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Um Método para A Implantação e Promoção de Acesso Às Práticas Integrativas e Complementares Na Atenção Primária À Saúde PDF
Um Método para A Implantação e Promoção de Acesso Às Práticas Integrativas e Complementares Na Atenção Primária À Saúde PDF
ARTIGO ARTCILE
Um método para a implantação e promoção de acesso às Práticas
Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde
Abstract The rendering of integrated and com- Resumo A oferta de Práticas Integrativas e Com-
plementary practices in the Brazilian Unified plementares no Sistema Único de Saúde é estimu-
Health System is fostered to increase the compre- lada para ampliar a integralidade da atenção e o
hensiveness of care and access to same, though it acesso às mesmas, mas é um desafio incorporá-las
is a challenge to incorporate them into the ser- aos serviços. Nosso objetivo é apresentar um mé-
vices. Our objective is to provide a simple method todo de implantação das PIC na Atenção Primá-
of implementation of such practices in Primary ria à Saúde, derivado da análise de experiências
Healthcare, derived from analysis of experiences municipais, resultado parcial de estudo de mes-
in municipalities, using partial results of a mas- trado cuja metodologia foi a pesquisa-ação. O mé-
ter’s thesis that employed research-action meth- todo envolve 4 fases: 1 - definição do núcleo res-
odology. The method involves four stages: 1 – de- ponsável pela implantação e sua solidificação; 2 -
fininition of a nucleus responsible for implemen- análise situacional, com mapeamento de profissio-
tation and consolidation thereof; 2 – situational nais competentes já existentes; 3 - regulamenta-
analysis, with definition of the existing compe- ção, organização do acesso e legitimação; 4 - ciclo
tent professionals; 3 – regulation, organization of de implantação: pactuação de planos locais, tuto-
access and legitimation; and 4 – implementation ria e atividades de educação permanente em saú-
cycle: local plans, mentoring and ongoing educa- de. As fases são descritas, fundamentadas e sucin-
tion in health. The phases are described, justified tamente discutidas. O método estimula o desen-
and briefly discussed. The method encourages the volvimento de ações racionais e sustentáveis, fo-
development of rational and sustainable actions, menta a gestão participativa, a construção da in-
sponsors participatory management, the creation tegralidade e a ampliação responsável do cuidado
1
Programa de Pós- of comprehensivenessand the broadening of care realizado na Atenção Primária à Saúde através
Graduação em Saúde
provided in Primary Healthcare by offering pro- da oferta progressiva e sustentável de Práticas In-
Coletiva. Universidade
Federal de Santa Catarina gressive and sustainable comprehensive and com- tegrativas e Complementares.
(UFSC). Av. Professor plementary practices. Palavras-chave Gestão em saúde, Terapias com-
Henrique da Silva Fontes
Key words Health management, Complementa- plementares, Medicina integrativa, Política
6100, Trindade. 88036-700
Florianópolis SC. ry therapies, Comprehensive medicine, Health de saúde
melcostasantos@gmail.com policy
2
Departamento de Saúde
Pública, Centro de Ciências
de Saúde, Universidade
Federal de Santa Catarina.
3012
Santos MC, Tesser CD
Tabela 1. Número de reuniões e seminários realizados pelo núcleo responsável pelo processo de implantação das Práticas
Integrativas e Complementares no município de Florianópolis/SC, no período de abril de 2010 a outubro de 2011.
FASE 1
Linha do tempo
Estabelecimento de
responsáveis
FASE 2
Análise situacional
FASE 3
Regulamentação
FASE 4
Implantação
ETAPA D
1º ciclo: •x unidades de saúde
ETAPA C
Viabilização de Atividades de apoio em
tutoria Educação Permanente
em Saúde
PIC implantados
ETAPA B ETAPA A
Pactuação do Plano Início do ciclo de
Local de Implantação implantação
ETAPA D
2º ciclo: •x unidades de saúde
ETAPA C
Viabilização de Atividades de apoio em
tutoria Educação Permanente
em Saúde
PIC implantados
ETAPA B ETAPA A
Pactuação do Plano Início do ciclo de
Local de Implantação implantação
ETAPA D
3º ciclo: •x unidades de saúde
ETAPA C
Viabilização de Atividades de apoio em
tutoria Educação Permanente
em Saúde
PIC implantados
ETAPA B ETAPA A
Pactuação do Plano Início do ciclo de
Local de Implantação implantação
mas questões norteadoras: quais as dificuldades deriam reservar até dois turnos de trabalho para
e impeditivos para atuação das PIC na APS? Qual praticar alguma PIC somente aos seus usuários
seria a melhor estratégia de organização do pro- adscritos. Já em Campinas – àquela época – de-
cesso de trabalho, do fluxo de atendimento e do cidiu-se organizar colaboração horizontal entre
acesso na APS (atendimento só da área de abran- Centros de Saúde, em que profissionais com com-
gência, colaboração horizontal, matriciamento)? petência, além de poderem atender sua própria
Como as atividades poderão ser registradas e clientela, reservariam alguns horários para aten-
formalizadas? Uma pesquisa brasileira mostrou dimentos oriundos de unidades vizinhas, sendo
haver pelo menos três modos de inserção das referência para elas.
PIC “naturalmente” desenvolvidos por profissi- Considerando a diversidade profissional na
onais na APS em situação de ausência de apoio APS, em Florianópolis foi refutada a padroniza-
institucional30: reserva de turno(s) específico(s) ção das atividades. Consensuou-se que o profis-
para a prática; integração com demais atividades sional capacitado elaborasse uma pequena pro-
da APS e ambas as formas associadas. posta de atuação para ciência e acordo de suas
A mesma dinâmica participativa pode ser coordenações, sem prejuízo de suas demais ati-
adotada em seminários com os gestores e repre- vidades, atribuições e responsabilidades, de for-
sentantes da sociedade a fim de problematizar e ma que a inclusão das PIC contribuísse para a
compreender as dificuldades relacionadas à pro- sua prática e não fosse compreendida como uma
moção do acesso e implantação das PIC. Ao fi- sobrecarga de trabalho. O Quadro 1 apresenta
nal dos seminários, recomenda-se que sejam re- uma sugestão de Formulário de Atuação em PIC,
gistrados os tópicos importantes, na visão de que poderá estar como anexo à regulamentação
cada esfera (profissionais, gestores e sociedade), municipal, permitindo a sistematização dos da-
que, juntamente com o mapeamento de profissi- dos de profissionais atuantes na APS e a viabili-
onais, compõem uma síntese da análise situacio- zação das necessidades específicas solicitadas.
nal das PIC no município. No caso de não haver Durante esta fase e ao longo do processo de
profissional praticante ou capacitado nos servi- implantação, algumas adequações institucionais
ços, sugere-se identificar profissionais interessa- podem ser necessárias a fim de possibilitar o
dos no tema para essa fase. monitoramento e a avaliação das atividades, com
geração de importantes relatórios institucionais.
Fase 3 – Regulamentação Por exemplo, é necessária a atualização do Ca-
dastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde,
A regulamentação surge da necessidade de incluindo as unidades de saúde que disponibili-
legitimação profissional e institucional, muito zarão PIC. Também o registro do atendimento
comum em ambientes com gestores não sensí- em PIC realizado deverá ser estimulado, confor-
veis às PIC, o que desestimula ou mesmo impos- me códigos definidos pelo Ministério da Saúde
sibilita a atuação profissional. A regulamentação ou códigos próprios quando esses não existirem.
pode se dar por uma política municipal, com trâ- Complementarmente, sugere-se a checagem da
mites legais próprios, ou, de forma mais sim- situação das legislações gerais ou específicas so-
ples, por ato institucional do gestor municipal, bre as PIC, incluindo a regulamentação dos con-
estabelecendo normas gerais para o desenvolvi- selhos profissionais. Podem ocorrer casos de prá-
mento das PIC, em consonância com a PNPIC, ticas não regulamentadas, em que os gestores e
tais como: fluxos de acesso aos usuários, organi- fóruns competentes, notadamente os Conselhos
zação da demanda, estruturação dos serviços e Municipais de Saúde, podem ser corresponsá-
do processo de trabalho das equipes, registros veis no processo de avaliação e possível legitima-
de atendimentos e procedimentos, disponibili- ção socioinstitucional dos mesmos.
zação de medicamentos e insumos relacionados, Recomenda-se a aprovação da versão final
processos educativos e de participação social, etc. da normatização municipal em um encontro com
O ponto de partida para a elaboração do docu- profissionais e gestores, que ainda poderá ser
mento normativo poderá ser o produto da fase submetida a consulta pública e aceitação do Con-
anterior, ampliando a discussão em todas ins- selho Municipal de Saúde, para que, após for-
tâncias. Por exemplo, em Florianópolis, como matação e adequação judicial, o secretário mu-
resultado das discussões e negociações, definiu- nicipal de saúde possa aprovar e encaminhar à
se que os profissionais da APS capacitados po- publicação.
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Data:___/___/___
Profissional requerente:_______________________
Profissão:__________________
PROPOSTA DE ATUAÇÃO (descrever detalhadamente como a PIC será realizada, em que periodicidade,
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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____________________________________
com o processo, já que os espaços coletivos são amplamente favorável para que uma pessoa ou
uma estratégia de democratização das relações organização decida mudar ou incorporar novos
de poder, garantindo aos trabalhadores o acesso elementos à prática é a vivência e/ou reflexão sobre
à informação e o tempo necessário aos proces- as experiências e desconfortos, de modo a gerar
sos de discussão, deliberação e planejamento21. disposição para produzir transformações e se abrir
O produto dessa discussão coletiva poderá ser para alternativas de práticas e de saberes35, refle-
diretrizes de ação que nortearão o planejamento tindo em melhoria da qualidade31.
do núcleo responsável, e não exatamente um pla- Para isso, sugere-se uma atividade denomi-
no de ação padrão, já que nossas experiências nada “Oficina de sensibilização em PIC – pactua-
têm demonstrado que a estratégia de desenvol- ção de ações”, cujo objetivo é sensibilizar os traba-
ver um plano de implantação específico para cada lhadores da unidade de saúde sobre o tema, utili-
unidade de saúde, considerando suas caracterís- zando referenciais da educação crítico-reflexiva e
ticas de população, territórios e equipes, favore- dinâmica que fomenta a discussão no contexto
ce a sustentabilidade das PIC. Isso porque as ne- da realidade local e, por fim, pactuar ações relaci-
cessidades e demandas devem ser compreendi- onadas às PIC a serem desenvolvidas naquela uni-
das à luz da realidade de cada serviço, conside- dade. O Quadro 2 apresenta uma sugestão de ro-
rando seus profissionais, condições sociais, or- teiro, com duração total de quatro horas, dividi-
ganizacionais e especificidades, devendo ser rea- das em cinco momentos. Nesta oficina é estimu-
lizado um processo de construção conjunta, com lada a participação de todos os trabalhadores da
corresponsabilização31,33. unidade, já que o vínculo e o sentimento de per-
Nesta etapa, pactua-se quais e quantas uni- tencer às intituições é mobilizado pelo desejo de
dades de saúde integrarão o ciclo. Sugere-se, com participar e de reconhecimento identidário21 e,
base nas experiências observadas, que os primei- portanto, quanto maior o número de participan-
ros ciclos contemplem as unidades de saúde que tes mais caracteriza-se a pactuação de ações do
já possuam interesse nestas práticas (e/ou pro- grupo e não apenas ações individuais. Para a rea-
fissionais capacitados), o que facilita a expansão lização da oficina, a unidade de saúde permanece
da estratégia para outras unidades não tão sen- fechada por cerca de 4 horas, devendo a data ser
sibilizadas inicialmente. Na experiência de Flori- definida antecipadamente com ampla divulgação
anópolis trabalhou-se com ciclos de 6 unidades à comunidade, incluindo prévia pactuação com o
de saúde, buscando uma representatividade por Conselho Local de Saúde, se houver.
distrito sanitário. Nesta lógica, em cada ciclo as O plano local de implantação das PIC é, en-
ações se solidificam e, em longo prazo, é possível tão, produzido a partir de discussões que opor-
que todas as unidades de saúde estejam com ações tunizam a reflexão com base nas situações já vi-
em PIC em curso e bem consolidadas. Paralela- venciadas ali, nas experiências de outras locali-
mente, o núcleo responsável segue com outras dades e nas vivências individuais. Esta constru-
discussões/providências, como o estabelecimen- ção coletiva é fundamental para identificar as
to de parcerias institucionais, provisão de recur- práticas e concepções vigentes e então problema-
sos financeiros e organização de atividades de tizá-las no concreto do trabalho de cada equipe,
Educação Permanente em Saúde (EPS), esta en- incentivando a inovação36, e estabelecendo no-
tendida como uma proposta inovadora que bus- vos pactos de convivência e práticas, com vistas à
ca adequar os processos de educação dos profis- atenção integral, humanizada e de qualidade35. É
sionais à realidade e à necessidade dos serviços bastante provável que desta discussão coletiva e
de sáude34, podendo corresponder aos proces- problematizadora surjam demandas de educa-
sos educativos relacionados à educação em ser- ção em serviço, tal como propõe a lógica ascen-
viço, educação continuada, educação formal de dente da EPS, a partir dos problemas locais ob-
profissionais e, até mesmo, educação popular35. servados, considerando a necessidade de prestar
cuidado relevante e de qualidade37. O quadro 3
Etapa B – Pactuação apresenta um protótipo de documento final, re-
do plano local de implantação presentando o plano local de implantação das
PIC de uma unidade de saúde, como resultado
O estabelecimento de planos locais de implan- da oficina anteriormente sugerida, contendo:
tação das PIC participativos, singularizados e adap- ações pactuadas, que a unidade se responsabiliza
tados às realidades locais dos serviços foi uma es- e é capaz de implantar; líderes de cada ação, que
tratégia adequada, na avaliação da equipe do semi- serão o contato com o núcleo responsável e esti-
nário de pesquisa de Florianópolis. Uma condição mularão o restante da equipe no cumprimento
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Roteiro da Oficina
das ações; bem como indicadores, metas e ou- rado e obter permanência e sustentabilidade das
tras atividades relacionadas. PIC, valendo-se da pedagogia da EPS, para que
as PIC façam sentido na realidade do serviço e
Etapa C – Viabilização de tutoria operem processos significativos nela, rompendo
com a tradicional vinculação de políticas ou pro-
O objetivo da viabilização de tutoria é fomen- gramas específicos à uma linha de capacitações
tar a realização e execução do plano local elabo- ou prescrições de trabalho aos profissionais, sem
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Santos MC, Tesser CD
Quadro 3. Exemplo de Plano Local de Implantação das Práticas Integrativas e Complementares em uma Unidade
de Saúde, como resultado da Oficina de Sensibilização em Práticas Integrativas e Complementares.
diversas influências que interferem no decorrer nas práticas em saúde exige envolvimento de ato-
deste processo: gestores, políticas institucionais, res sociais, institucionais e profissionais e pare-
sujeitos envolvidos (e suas competências), cultu- ce-nos que a estratégia proposta favorece o pro-
ra local e organizacional, etc. A realização de um tagonismo e a participação dos profissionais,
processo guiado democraticamente, discutido e democratizando a gestão e ampliando a atenção
sustentado, promove o aperfeiçoamento e ade- à saúde, com responsabilização pactuada entre
quação das atividades e norteia as ações a serem gestores, trabalhadores e usuários, como estimu-
implantadas. A coparticipação no estabelecimen- la a Política Nacional de Humanização. O méto-
to de ações em PIC é tão importante quanto os do apresentado facilita o desenvolvimento de
resultados obtidos, refletindo em mudanças na ações sólidas e sustentáveis, fomentando a ges-
percepção dos envolvidos e na cultura da pró- tão participativa, a construção da integralidade e
pria instituição31. Nossa experiência, ainda em a ampliação responsável e cuidadosa das práti-
fase relativamente inicial e com resultados, por- cas e saberes no cuidado, além de propiciar o
tanto, parciais, vem indicando que o roteiro me- registro de experiências, contribuindo para a
todológico sintetizado parece defensável, susten- implantação das PIC na APS.
tável e promissor. Sabe-se que a transformação
Colaboradores
Agradecimentos
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