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Resumo
Analisa-se, neste artigo, o instituto do registro, visando diagnosticar a eficácia desse
instrumento de proteção do patrimônio cultural imaterial.
Abstract
This paper analyses the institute of the registry and also tries to diagnose the efficacy
of this instrument of protection of the intangible cultural heritage.
1 Introdução
O estudo dos direitos culturais - já inserido por alguns entre os “novos direitos” - está
em ascensão. Contudo, as pesquisas realizadas sobre o assunto, apesar de poucas,
ainda não criaram consciência de sua unidade, sendo os trabalhos, ainda, bastante
esparsos nas diversas áreas do Direito.
2 Patrimônio cultural
Neste capítulo faz-se, primeiramente, uma necessária iniciação à doutrina jurídica
dos Direitos Culturais. A seguir, aprofunda-se a pesquisa sobre o conceito e a
evolução do patrimônio cultural, abordando suas dimensões material e imaterial. Por
fim, apresentam-se as formas de proteção desse patrimônio, previstas no § 1º do art.
216 da Constituição Federal de 1988, dentre as quais encontra-se o registro, objeto
de estudo do presente trabalho.
Na visão desta autora (REISEWITZ, 2004, p.77), “os direitos culturais englobam
todos aqueles direitos que implicam em participação na vida cultural, que viabilizam
o contato da população com as fontes da cultura e com a natureza [...]”. Apesar da
generalidade de tal sentença, principalmente na árdua identificação do que vem a
ser vida cultural, tal definição já é um avanço para se chegar a um conceito de
direitos culturais.
José Afonso da Silva, apesar de não fornecer um conceito do que sejam os direitos
culturais, explicita quais são estes direitos reconhecidos na Constituição Federal de
1988:
“(a) liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica; (b) direito de criação
cultural, compreendidas as criações artísticas, científicas e tecnológicas; (c) direito de
acesso às fontes de da cultura nacional; (d) direito de difusão das manifestações culturais;
(e) direito de proteção às manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras
e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional; (f) direito-dever estatal
de formação do patrimônio cultural brasileiro e de proteção dos bens de cultura.”
(SILVA, 2001, p.51-52, grifo nosso).
Francisco Humberto Cunha Filho, não obstante ser o primeiro doutrinador a fornecer
uma definição de direitos culturais, possui também a melhor conceituação dos ditos
direitos, in verbis:
“Direitos Culturais são aqueles afetos às artes, à memória coletiva e ao repasse de saberes,
que asseguram a seus titulares o conhecimento e uso do passado, interferência ativa no
Lúcia Reisewitz (2004, p.76), ao lado de Humberto Cunha Filho, assume uma
posição de vanguarda ao afirmar que “os direitos culturais brasileiros e o direito
ambiental convergem para um ponto comum”. Tal equiparação da ambientalista
prenuncia, mesmo que indiretamente, a existência de um novel ramo do Direito, a
saber, os direitos culturais.
grifo do autor).
Percebe-se que José Afonso da Silva (2001) não aufere valores qualitativos a esse
conjunto de normas relativas à cultura, no sentido de atribuir-lhes uma autonomia
unificadora consubstancial, sendo, na visão deste autor, apenas uma organização
(ordenação) de normas culturais sob a égide do direito constitucional.
“Com a Constituição Federal de 1988, o conceito de patrimônio cultural sofreu sua mais
significativa ampliação no que diz respeito à materialidade ou imaterialidade dos bem
culturais tutelados, indo de encontro à própria concepção atual que se tem de cultura e ao
contrário do Decreto-lei n. 25/1937 e da Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio
Cultural e Natural Mundial, que prestigiaram apenas os bens materiais.” (REISEWITZ,
2004, p.99).
Dessa forma, o patrimônio cultural passou a ser compreendido não só pelo seu
aspecto tangível (corpóreo), mas, sobretudo, levando-se em conta a existência do
patrimônio imaterial (incorpóreo). Na verdade, essa divisão entre patrimônio cultural
material e patrimônio cultural imaterial será adotada neste trabalho como um recurso
didático, uma vez que ambos
“[...] não aparecem mais como duas áreas separadas, mas como um conjunto único e
coerente de manifestações múltiplas, complexas e profundamente interdependentes dos
inúmeros componentes da cultura de um grupo social.” (LÉVI-STRAUSS, 2001, p.24).
Tanto podem existir bens materiais móveis como imóveis. São exemplos de
patrimônio cultural material: os Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro; as Jarras de
Louça de Cachoeira, Bahia; o Passeio Público, na capital cearense; e as dezesseis
imagens, representando a morte de Nossa Senhora, em Canguaretama, Rio Grande
do Norte (7).
3 Registro
Neste capítulo, analisa-se mais especificamente o instituto do registro, o qual está
previsto no artigo 216, § 1º da Constituição Federal de 1988, e foi regulamentado
pelo Decreto 3551 de 4 de agosto de 2000.
“O novo decreto sobre bens culturais imateriais do Brasil e o programa nacional para sua
salvaguarda respondem, por conseguinte, às prioridades da UNESCO, mas são também
notáveis por vários outros fatores. De início, pela rapidez e seriedade com que o decreto foi
preparado. Resultante da Carta de Fortaleza, adotada em novembro de 1997 como
recomendação de um seminário internacional de alto nível, os trabalhos que o
fundamentaram se desenrolaram em menos de três anos, graças às orientações
estabelecidas pela comissão criada em março de 1998, [...] mas também graças ao
dinamismo incansável do grupo de trabalho [...].” (LÉVI-STRAUSS, 2001, p.26).
3.2 Conceito
A doutrina jurídica acerca do instituto do registro é lacunosa, com raras exceções.
Talvez porque o Decreto que o regulamentou tenha somente seis anos, ou então a
doutrina especializada concentrou seus estudos no tombamento e desapropriação.
Anos após, José Afonso da Silva, não sem explícita desatualização, sustenta que “o
registro e o inventário não são formas regulamentadas” e, em manifestação algo
contraditória, logo em seguida arrola o conjunto de registros para efeitos de proteção
autoral, definidos essencialmente na Lei nº 9.610/1998, como sendo “uma forma de
conservação” (2006, p.811).
No intuito de fortalecer uma doutrina jurídica acerca dos direitos culturais, formula-
se, nesse estudo, um conceito de que registro é uma ação do Poder Público com a
finalidade de identificar, reconhecer e valorizar as manifestações culturais e os
lugares onde estas se realizam, os saberes e as formas de expressões dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, levando-se em consideração
o binômio mutação-continuidade histórica do patrimônio cultural imaterial.
3.3 Finalidade
Uma das grandes indagações a serem feitas neste trabalho é acerca da finalidade
do registro. Para que serve realmente este instrumento previsto na Carta Magna e
regulamentado pelo Decreto 3551/2000?
“O decreto propõe, sobretudo, uma solução inovadora do problema que parecia a priori
insuperável, de integrar, num mesmo dispositivo, a prodigiosa diversidade e a infinidade de
aspectos das inúmeras criações culturais reunidas na denominação genérica e cômoda,
mas certamente simplificadora, de patrimônio imaterial [...].” (LÉVI-STRAUSS, 2001,
É verdade que os bens imateriais são dinâmicos, sendo necessária uma mínima
intervenção possível. Contudo, entende-se, neste trabalho, principalmente com
relação aos bens imateriais relacionados aos saberes, que o argumento de que não
se deve (ou não se pode) protegê-los em virtude de sua dinâmica natural constitui
uma falsa premissa. É possível, sim, proteger os bens imateriais contra os abusos e
apropriações cometidas à propriedade intelectual coletiva dos detentores /
produtores dos bens imateriais. Alegar que não é correto proteger os bens
imateriais, devendo somente identificá-los e reconhecê-los, é abaixar a guarda.
Através de uma análise do próprio §1º do art. 216 da Lei Maior, infere-se, à primeira
vista, que o registro é uma forma exemplificativa de proteção ou até mesmo de
acautelamento e preservação do patrimônio cultural imaterial.
Até hoje não foi resolvido esse impasse. Márcia Sant’Anna demonstra a
preocupação atual com as questões relativas à proteção da propriedade intelectual
coletiva, ipsis litteris:
p.8).
3.4 Efeitos
O registro, como já dito anteriormente, não possui qualquer constrição ao direito de
propriedade intelectual; tampouco produz obrigações aos sujeitos envolvidos com o
bem registrado. Entretanto, principalmente ao Estado, destacam-se alguns efeitos
advindos do registro.
Vê-se, portanto, que o registro não é auto-suficiente para proteger um bem imaterial,
necessitando sempre do auxílio de outros meios para a guarida real desse bem
intangível. Muitos desses auxílios aparecerão no Programa Nacional de Proteção do
Patrimônio Imaterial com a importante missão de complementar o registro.
Conforme já visto no tópico 3.3 deste estudo, não era de interesse de alguns
intelectuais, à época da elaboração dos estudos para criação do registro, a inclusão
de restrições ao direito de propriedade intelectual. Tal omissão pode ser explicada
também através da intenção de conferir maior rapidez à criação do registro,
considerando que se houvesse tal inclusão de restrições à propriedade intelectual, o
registro teria, necessariamente, que ser instituído através de lei, em consonância
com o art. 5º, II da Constituição Federal, o que demandaria, sem dúvida, uma
dificuldade maior na criação de tal norma.
4 Processo de registro
Neste capítulo, analisa-se, pormenorizadamente, todo o procedimento administrativo
descrito no Decreto 3551/2000, visando ao registro de um bem imaterial.
“Artigo 7º - O IPHAN fará a reavaliação dos bens culturais registrados, pelo menos a cada
dez anos, e a encaminhará ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural para decidir
sobre a revalidação do título de ‘Patrimônio Cultural do Brasil’.
Parágrafo único. Negada a revalidação, será mantido apenas o registro, como referência
cultural de seu tempo.”
O Ofício das Paneleiras de Goiabeiras foi o primeiro bem registrado, inscrito no livro
de registro de saberes em 20/12/2002. O relatório oficial das ações desenvolvidas
pelo Departamento de Patrimônio Imaterial em 2005 (BRASIL, 2005, p. 27) dá conta
do “crescimento da procura pelas panelas de barro de Goiabeiras, no Espírito Santo,
o que tem, inclusive, demandado ações de apoio, por parte do Iphan, no sentido da
melhoria da organização comunitária e gerencial do grupo”. Atenta-se, contudo, à
descaracterização que tal bem imaterial está suscetível, em virtude da
desobediência do princípio da mínima intervenção sobre os bens registrados.
Entende-se, neste estudo, que o livro do registro dos saberes poderia guardar uma
melhor proteção. Pelo menos com relação aos saberes, deveria haver previsão no
Decreto 3551/2000 de formas mais eficazes de proteção da propriedade intelectual
coletiva.
O termo celebrações foi utilizado corretamente, uma vez que se podem incluir
nesse livro as manifestações religiosas que integram o patrimônio cultural imaterial e
que não poderiam se enquadrar em termos considerados “profanos” como, por
exemplo, “livro das festas”.
Os seguintes bens estão inscritos nesse Livro: Kusiwa - pintura corporal e arte
gráfica Wajãpi, do Amapá, inscrito em 20/12/2002; Samba de Roda do Recôncavo
Baiano (21), inscrito em 5/10/2004; e, por fim, Jongo no sudeste, inscrito em
15/12/2005 (22).
Segundo Antônio Arantes (BRASIL, 2000, p.165) o termo lugares é o conceito que
na teoria social e na geografia melhor descreve a apropriação do espaço físico pelos
grupos humanos, o qual foi acertadamente empregado no Decreto 3551/2000.
“[...] outros livros de registro poderão ser abertos para a inscrição de bens culturais de
natureza imaterial que constituam patrimônio cultural brasileiro e não se enquadrem nos
livros definidos no parágrafo primeiro deste artigo.”
5 Conclusão
Podem ser extraídas várias conclusões deste trabalho. Destacam-se, entretanto,
duas: uma do ponto de vista epistemológico e outra de um viés mais pragmático.
Notas
(1) Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
(2) Como exemplo, cita-se o art. 179, XXXIII da Constituição de 1824, o qual previa que “Collegios, e
Universidades, aonde serão ensinados os elementos das Sciencias, Bellas Letras, e Artes.”
(3) Miguel Reale e seu culturalismo jurídico; no âmbito da Sociologia do Direito, A. L. Machado Neto; e,
recentemente, o constitucionalista José Afonso da Silva, ao identificar os direitos culturais; a ambientalista Lúcia
Reisewitz, ao auferir uma visão ambientalista aos direitos culturais; e, por fim, o doutrinador Francisco Humberto
Cunha Filho, ao criar um sistema autônomo dos ditos direitos, como um novo ramo da Ciência Jurídica.
(5) A Carta Internacional sobre Conservação e Restauração de Monumentos e Sítios, conhecida como Carta de
Veneza, extraída na ocasião do Segundo Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos
Históricos, em maio de 1964, é considerado o primeiro documento internacional a auferir importância ao
significado cultural de patrimônio cultural. Além disso, a Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura
Tradicional e Popular, criada na 25ª Conferência Geral da Unesco, realizada em Paris, em 15 de novembro de
1989, fazendo frente ao conceito essencialmente materialista de patrimônio cultural inserto na Convenção da
Unesco sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural de 1972, é considerado o marco inicial à
proteção do patrimônio cultural imaterial no mundo ocidental, e, mais recentemente, a Convenção para a
Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial de 2003, consolidando o conceito de patrimônio cultural imaterial.
(6) Principalmente os debates coordenados por Aloísio Magalhães, resgatando o visionário estudo de Mário de
Andrade.
(7) “Localizadas na Capela de São José, na cidade Canguaretama. O conjunto de dezesseis imagens
representando a morte de Nossa Senhora, se distingue como um dos melhores exemplares da imaginária sacra,
segundo Oswaldo Câmara de Souza. Possivelmente esculpidas em fins do século XVII ou princípio do XVIII, as
imagens representam: a dor das três Marias (27 e 28 cm), São Judas, São Pedro, São Felipe, São Bartolomeu,
São Simão, São Thomé, São Thiago, São Matias, São João, São Mateus, Santo André, São Tiago, cujas
medidas variam de 25 a 30 cms. Esculpidas em madeira, não possuem olhos de vidro e permanecem com a
pintura primitiva, bem como laimadas a ouro e estofadas com apuro, segundo Oswaldo C. de Souza”.
Informações obtidas em: <http://www2.iphan.gov.br/ans/inicial.htm>. Acesso em3 nov. 2006.
(8) Para se inventariar a dimensão imaterial do patrimônio cultural é utilizado o Inventário Nacional de
Referências Culturais fomentado através do Plano Nacional do Patrimônio Imaterial do Iphan.
(9) O decreto-lei nº 25/37, que regulamenta o tombamento, por sua vez, foi recepcionado pela Carta Magna.
(10) No mundo oriental, a proteção legal às expressões do patrimônio cultural imaterial remonta à década de 50,
mormente no Japão através da Law for the Proctetion of Cultural Properties. Disponível em
<http://www.tobunken.go.jp/~kokusen/ENGLISH/DATA/Htmlfg/japan/japan01.html>. Acesso em: 21 ago. 2006.
(11) Portaria nº 37, de 04 de março de 1998, publicada no Diário Oficial da União, em 6 de março de 1998.
(12) São instituições vinculadas ao MINC: Agência Nacional do Cinema - Ancine, Fundação Biblioteca
Nacional, Centro Técnico Audiovisual, Cinemateca Brasileira, Fundação Casa Rui Barbosa, Fundação Cultural
Palmares, Fundação Nacional de Arte, Instituto do Patrimônio Histórico Nacional - Iphan e Centro Nacional de
Folclore e Cultura Popular.
(13) O texto do Decreto 3551/2000 não especifica, contudo, a abrangência dessas entidades, limitando-se a
dizer “sociedade ou associações civis”.
(15) Resolução aprovada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em sua 49ª reunião,de 3 de agosto de
2006, instituindo os procedimentos a serem observados na instauração e instrução do processo administrativo de
Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial. Tal resolução, apesar de aprovada, ainda não foi publicada
oficialmente, servindo, neste trabalho, apenas como documento que orienta a práxis administrativa do processo
de registro.
(16) Mário de Andrade (apud SOUZA, on line), em seu Dicionário Musical Brasileiro define o frevo como “dança
instrumental, marcha em tempo binário e andamento rapidíssimo”.
(17) Entendimento contrário: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 11. ed. São Paulo, Atlas,
1999, p.130.
(18) Esta resolução, repita-se, ainda não foi publicada, mas sintetiza o trâmite do processo administrativo de
registro.
(19) Sobre o assunto, ver: PAIVA, Ricardo Bacelar. A rapadura e sua proteção legal. Leis e Letras, Fortaleza,
Poder Local, n.1, p..48-49, fev. 2006.
(20) Há mais bens que estão em processo de registro. Como exemplo, cita-se o Festival Folclórico de Parintins
dos Bois-Bumbás Garantido e Caprichoso, no Amazonas, e os Cantos Sagrados de Milho Verde, em Minas
Gerais.
(21) Considerado também pela Unesco como obra prima do patrimônio oral e imaterial da humanidade, título
conferido em novembro de 2005.
(22) Ressalte-se, dentre outras formas de expressão, a tramitação do processo de registro da obra de Patativa
do Assaré, proposta pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - CE. Contudo, acredita-se que é necessário abrir um
novo livro para enquadrar a obra de Patativa do Assaré; talvez o livro dos gênios.
(23) A lei 13.427/2003 do Estado do Ceará já prevê a existência do livro dos mestres e do livro dos guardiões da
memória, além dos quatro livros já contidos no decreto 3551/2000.
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