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Ciência e Engenharia de

Polímeros
CADEIAS LINEARES E REDES
POLIMÉRICAS

EMT-055:“CIÊNCIA E
ENGENHARIA DE
POLÍMEROS”

Prof. Rodrigo Oréfice

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS


CURSO DE ENGENHARIA METALÚRGICA DA UFMG 1
Ciência e Engenharia de
ESTRUTURA DAS CADEIAS Polímeros

POLIMÉRICAS

CADEIAS LINEARES
• f=2
• Unidimensional
• Forças intermoleculares baixas e forças intramoleculares elevadas
• Aquecimento permite rompimento das ligações intermoleculares fracas 
cadeias podem se mover  são TERMOPLÁSTICOS
• Atuação de solvente (substituição de ligações de van de Waals polímero-
polímero por solvente-polímero) também permite deslocamento (escoamento,
deslizamento) das cadeias perante as vizinhas
• Ex.: PMMA, PVC, PET, etc.
FORÇAS ENVOLVIDAS EM POLÍMEROS LINEARES
TERMOPLÁSTICOS
Forças intramoleculares fortes (covalentes) 100 kcal/mol
Forças intermoleculares fracas (van der Waals) 5 kcal/mol 2
Ciência e Engenharia de
ESTRUTURA DAS CADEIAS Polímeros

POLIMÉRICAS

Polímeros com ramificações ou braços


• Ramificações na cadeia primária;
• Ramificações alteram empacotamento e cristalização;
• Ramificações podem surgir através da transferência (de
radicais livres) entre cadeias;
• PEBD (polietileno de baixa densidade): ramificado – mais
baixas densidades e cristalinidades;
• PEAD (polietileno de alta densidade): menos ramificado –
mais altas densidades e cristalinidades (pode ser produzido
via Ziegler-Natta);
• São TERMOPLÁSTICOS. 3
Ciência e Engenharia de
Polímeros
BLENDAS
• Mistura mecânica de polímeros; BLENDA INCOMPATÍVEL BLENDA COM COMPATIBILIDADE AMPLIADA

Interface A-B Fraca


Interface Compatibilizada
Podem ser miscíveis, mas usualmente Forte

resultam em separação de fase.


Polímero A Polímero B
Polímero A Polímero B

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ESTRUTURA DAS CADEIAS Polímeros

POLIMÉRICAS

Polímeros em rede (reticulado polimérico)


• f > 2;
• Reticulado tridimensional;
• Ligação primária (usualmente covalente) entre cadeias (LIGAÇÃO CRUZADA),
assim como ligações de van der Waals;
• Massa molar (peso molecular) tende a infinito;
• Densidade de ligações cruzadas (Dlc): número de ligações cruzadas/volume ou
número de segmentos ativos/volume;
• Massa molar entre ligações cruzadas = r/ Dlc (r = densidade);
• Forças intermoleculares elevadas  deslocamento de cadeias restrito  são
TERMORRÍGIDOS (ou termofixos)
• Atuação de solvente ou temperatura leva a um aumento de mobilidade das cadeias,
mas o deslocamento é reduzido
» Inchamento por solvente;
» Não amolece com a Temperatura.
• Ex.: borrachas vulcanizadas, poliésteres insaturados, resinas epoxídicas, etc.
• Gel: polímero em rede contendo solvente ou monômero não polimerizado 5
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Inchamento de rede polimérica Polímeros
com solvente

FORÇAS ENVO LVIDAS EM POLÍMEROS EM REDE


TERMORRÍGIDOS
Forças intramoleculares fortes (covalentes) 100 kcal/mol
Forças intermoleculares fortes (covalentes) 100 kcal/mol
Forças intermoleculares fracas (van der Waals) 1 - 5 kcal/mol

Solvente

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Ciência e Engenharia de
Microreticulados Polímeros

• Microreticulados são redes que envolvem uma ou poucas cadeias. São


característicos de proteínas globulares, as quais possuem ligação cruzada
intramolecular - pontes de enxofre.

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Ciência e Engenharia de
Classificação de Polímeros Polímeros

Hidrogel de PHEMA
PMMA poli(metacrilato de metila) poli(metacrilato de hidroxietila)

• Hidrofóbico • Hidrofílico: apresenta grande


afinidade por água;
• Ligações intermoleculares fracas: • Para evitar-se dissolução completa:
van der Waals (3 Kcal/mol) – formação de ligações cruzadas
entre as cadeias;
– ligações intermoleculares fortes:
covalente (100 Kcal/mol)

• Cadeias lineares •Rede Polimérica (gel)


POLÍMERO TERMOPLÁSTICO POLÍMERO TERMORRÍGIDO
(amolece com a temperatura e (não amolece com a temperatura e é
dissolve) insolúvel) 8
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Formação de Reticulados Polímeros
Poliméricos
• Polímeros em rede podem ser produzidos de três formas:
– Sol-gel: reação entre monômeros com f > 2;
– Cura: formação de ligações cruzadas entre cadeias lineares ou com
braços;
– Uso de altas energias: radiação, temperaturas, pressões.

Formação de Reticulados Poliméricos: transição sol-gel

Sol Gel
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Ciência e Engenharia de
RESINA EPOXÍDICA Polímeros

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RESINA EPOXÍDICA Polímeros

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ESTRUTURA DAS CADEIAS Polímeros

POLIMÉRICAS

Formação de Reticulados Poliméricos: cura


• Formação do reticulado envolve em geral duas
etapas:
– Pre-polimerização até o ESTÁGIO
“B” ou polímeros lineares com
insaturação;
– Pós-polimerização ou "cura";
• Polímero linear ou ramificado com insaturação
(funcionalidade residual) é produzido (Estágio
B). Posteriormente, a insaturação é usada para
produzir ligações cruzadas;
• Exemplos: vulcanização de elastômeros
(polibutadieno, poliisopreno, SBR, etc), resinas
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epoxídicas, vinílicas e poliésteres insaturados.
Ciência e Engenharia de
Controle da Estrutura de Géis Polímeros

• Para se inserir ligações cruzadas no polímero, pequenas quantidades


de monômero multifuncional (duas ou mais C=C) são introduzidas na
produção de um copolímero.

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