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FGTS

O que é FTGS
O fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS) foi criado com o objetivo de proteger o
trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao
contrato de trabalho.

No início de cada mês, os empregadores depositam em contas abertas na caixa, em nome dos
empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.

O FGTS é constituído pelo total desses depósitos mensais e os valores pertencem aos
empregados que, em algumas situações, podem dispor do total depositado em seus nomes.

Por que o FGTS foi criado


Com o FGTS, o trabalhador tem a oportunidade de formar um patrimônio que pode ser sacado
em momentos especiais, como a da aquisição da casa própria ou da aposentadoria e em
situações de dificuldades< que podem ocorrer com a demissão sem justa causa ou em caso de
algumas doenças graves.

O trabalhador pode utilizar os recursos do FGTS para a moradia nas casas de aquisição de
imóvel novo ou usado, construção, liquidação ou amortização de divida vinculada a contrato
de financiamento habitacional.

Assim, o FGTS tornou-se uma das mais importantes fontes de financiamento habitacional
beneficiando o cidadão brasileiro, principalmente o de menor renda.

A importância dos recursos do fundo para o desenvolvimento do país ultrapassa os benefícios


da moradia digna, pois financia, também obras de saneamento e infraestrutura, gerando
melhorias na qualidade de vida, ao proporcionar água de qualidade, coleta e tratamento do
esgoto sanitário.

O FGTS tem sido a maior fonte de recursos para a habitação popular e o saneamento básico.

Como foi criador o FGTS


O fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS) foi criado pela lei n° 5.107, de 13 de setembro
de 1966 e vigente a partir de 01 de janeiro de 1967, para proteger o trabalhador demitido sem
justa causa. O FGTS é constituído de contas vinculadas abertas em nome de cada trabalhador,
quando o empregador efetua, o primeiro depositado. O saldo da conta vinculada é formado
pelos depósitos mensais efetivados pelo empregador, acrescidos de atualização monetária e
juros.

Quem tem direitos ao FGTS


Todos os trabalhadores regidos pelo CLT que firmaram contrato de trabalho a partir de
05/10/1988 antes também têm direito ao FGTS os trabalhadores rurais, os temporários, os
intermitentes, os avulsos, os safrista (operários rurais, que trabalham apenas no período de
colheita) e os atletas profissionais( jogadores de futebol, vôlei, etc.) o diretor não empregado
poderá ser equiparado aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Foi facultado ao
empregador doméstico recolher ou não o FGTS referente ao seu empregado até 30/09/2015, a
partir de 01/10/2015 o recolhimento quando facultado (antes de 01/10/2015) estabelece a
sua obrigatoriedade enquanto durar o vínculo empregatício. O FGTS não é descontado do
salário, é obrigação do empregador.

Também tem direito ao FGTS


-Trabalhadores rurais;

-Trabalhadores intermitentes (lei n° 13.467/2017) -Reforma trabalhista;

-Trabalhadores Temporários;

-Trabalhadores avulsos;

-Safrista (operários rurais que trabalham apenas no período de colheitas);

-Atletas Profissionais (jogadores de futebol, vôlei, etc.);

-Empregado doméstico;

Quem deposita
o empregador ou o tomador de serviços faz o deposito na conta vinculada ao FGTS do
trabalhador. O deposito pode ser feito até o dia 7 de cada mês.

Qual o valor depositado


o deposito equivale a 8% do valor do salário pago ou devido ao trabalhador, cujo contrato é
regido pela CLT. No caso de contratos de menores aprendizes, o percentual é de 2%
Rescisão

Como funciona a rescisão de contrato de trabalho


A rescisão de contrato de trabalho é a formalização do fim do vínculo empregatício, ou seja,
aponta o término da relação de trabalho por vontade do empregado ou do empregador.

Existem muitas causas e classificações para rescisão de contrato de trabalho, e relacionamos


as mais praticadas no mercado, além de mostrar os direitos e deveres, tanto das empresas,
como dos profissionais:

Sem justa causa: de iniciativa por parte do empregador, onde o contratante não tem mais
interesse na prestação de serviços do funcionário. A empresa precisa comunicar previamente
sobre a decisão.

Por justa causa por parte da empresa: quando o empregado comete um ato faltoso (artigo
482 da CLT), de tamanha gravidade, que se justifica o rompimento do contrato de trabalho
sem a obrigação de pagamento de alguns títulos, como Fundo de Garantia, aviso prévio e
férias proporcionais.

Por justa causa por parte do profissional: se dá geralmente quando a companhia não cumpre
os termos assinados no contrato ou sobrecarrega o trabalhador. Este tipo de rescisão também
acontece quando um funcionário corre risco de vida na profissão ou sofre algum tipo de dano
moral.

Por culpa recíproca: quando ambas as partes cometem, ao mesmo tempo, faltas que
constituem justa causa para a rescisão - descumprem algum dever ou alguma obrigação legal
ou contratual que lhe são inerentes.

Contrato do regime da CLT


No caso da chamada fase de experiência do trabalhador, geralmente com contratos de 45 dias
e renováveis por mais 45, haverá o término normal do acordo. Então, depende da empresa
prorrogar este contrato, o caracterizando como de prazo indeterminado, para efetivar o
empregado em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) - um dia a mais de trabalho,
além do prazo de experiência em contrato, já valida a efetivação do profissional.

"Existem também contratos com prazos determinados, ou seja, a partir do momento da


contratação, tanto empresa como funcionário, já sabem o período de duração do contrato",
explica Fernanda Garcez, especialista em direito do trabalho no escritório Abe Advogados.

Termo de rescisão de contrato de trabalho


O TRCT é um documento formal que consta dados pessoais do trabalhador, como nome de pai
e mãe, e dados básicos da empresa, como nome fantasia e razão social. No TRCT constam
também informações sobre contrato, como data de admissão e desligamento, além do registro
de todas as verbas que devem ser pagas por conta da rescisão (aviso prévio, férias e 13º
proporcionais, entre outros).
"Se o tempo de trabalho for superior a um ano, o TRCT deve ser homologado pelo sindicato
responsável ou pela delegacia regional de trabalho, e, com o termo e carteira de trabalho, o
empregado pode dar também entrada no levantamento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS)", indica Fernanda.

Quando cumprir o aviso prévio


O aviso prévio surgiu pela preocupação de empregado e empregador se programarem para
uma possível quebra de contrato - seja para o trabalhador buscar uma nova posição, ou para a
empresa contratar um novo funcionário. De acordo com o artigo 487 da CLT, quando um
contrato não tem prazo de término estipulado e há intenção de rompimento de alguma das
partes, é necessário o aviso com antecedência mínima de 30 dias.

"Se a empresa não quiser que o empregado trabalhe neste período, deve indenizá-lo com o
valor respectivo aos 30 dias de cumprimento do aviso prévio. No caso do trabalhador não
cumprir o aviso, a empresa pode descontar o valor no pagamento das verbas rescisórias. É
uma obrigação das duas partes", conta a especialista.

Garcez ainda informa que uma nova lei foi promulgada recentemente, e estabeleceu o aviso
prévio proporcional ao tempo de serviço. "Além dos 30 dias, a cada ano de trabalho, o
profissional deve receber mais 3 dias da empresa. Ou seja, se trabalhou 20 anos na
organização, vai receber os 30 usuais, mais 60 dias. Da parte do empregador, nada muda",
completa.
Tipos de dispensa
Dispensa sem justa causa
Ocorre quando o fim do contrato se dá por vontade única do empregador. Nessas
circunstâncias, o empregado tem direito ao aviso prévio, férias vencidas, acrescidas de 1/3,
férias proporcionais, décimo terceiro salário proporcional, saldo de salário, além de multa de
40% sobre o FGTS, que é a penalidade para a dispensa imotivada. Tem direito também de
sacar os depósitos do FGTS. O empregador ainda tem que emitir os documentos necessários
para que o trabalhador possa se habilitar ao recebimento do Seguro-Desemprego.

Dispensa por justa causa pelo empregado


Ocorre quando o empregado comete faltas graves, em casos de desonestidade ou má conduta,
indisciplina, negligência, abandono do emprego, violação de segredo da empresa, embriaguez
em serviço, agressão física e à honra contra colegas, chefe e empregador, entre outras, como
previsto no art. 482 da CLT. Nesse caso, o empregado só recebe o saldo de salário e os
períodos de férias vencidas.

Pedido de demissão
Ocorre quando o empregado quer deixar o emprego. É a declaração de vontade do
trabalhador, independe, portanto, do empregador. Todavia, quando pede demissão, o
trabalhador perde o direito ao aviso prévio (salvo se trabalhado), não tem direito à
indenização de 40% sobre os depósitos no FGTS, nem pode sacá-lo. Também não lhe são
entregues as guias para saque do Seguro-Desemprego e, ainda, deixa de incidir a proteção das
garantias de emprego.

Termino do contrato por ato culposo do empregador: rescisão indireta


Ocorre quando o empregador ou seus prepostos (chefes, gerentes, entre outros) cometem
atos culposos que constam do art. 483 da CLT, tais como: exigir do empregado serviços
superiores às suas forças, proibidos por lei, contrários aos bons costumes; quando o
empregado for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo; quando o empregador não cumprir as obrigações do contrato. Nesse caso, o
empregado tem direito às mesmas verbas trabalhistas devidas no caso de dispensa sem justa
causa.

Rescisão por causa recíproca


A rescisão do contrato de trabalho pode ocorrer por culpa recíproca, ou seja, quando o
empregado e o empregador praticam infrações trabalhistas. Nesse caso, há justa causa de
ambas as partes. Somente a Justiça do Trabalho pode declarar a rescisão do contrato de
trabalho por culpa recíproca. Nesse caso, algumas verbas rescisórias são devidas apenas pela
metade, sendo elas: multa do FGTS, aviso prévio indenizado, 13° salário proporcional e férias
proporcionais acrescidas de 1/3.
Bibliografia
FGTS- www.fgts.govbr/pages/sou-tralhador/o-que-aspx
www.calculoexato.net/como-calcular-fgts

Rescisão e tipos de dispensa- https://www.catho.com.br/conteudo/duvidas-


trabalhistas/como-funciona-a-rescisao-de-contrato-de-trabalho.php

www.pcdlegal.com.br/cartilhampt/convercional/capitulo26.php

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