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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE

MACAÉ/RJ

GERSON, brasileira, solteiro, médico, portadora da carteira de identidade nº..., expedida pelo...,
inscrita no CPF sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado em VITÓRIA/ES, por
seu Advogado com endereço profissional..., vem a este juízo, propor

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

Pelo procedimento comum, em face de BERNARDO, nacionalidade..., estado civil..., profissão...,


portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF nº..., endereço
eletrônico..., residente e domiciliado em SALVADOR/BA, JANAINA, nacionalidade..., estado
civil..., profissão..., portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF
nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliada em MACAÉ/RJ, representada pela sua
genitora..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da carteira de identidade nº...,
expedida pelo..., inscrita no CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado em
MACAÉ/RJ, pelos fatos e fundamentos jurídicos passa a expor.
DOS FATOS

O autor e credor do réu por meio de uma nota promissória no valor de


R$80.000,00 (oitenta mil reais), cujo vencimento foi em 10/10/2016. Ocorre que, o réu, além de
não efetuar o pagamento do documento de promessa de pagamento na data prevista no valor
total de R$300.000,00 (trezentos mil reais) e a Ré, menor impúbere, com cláusula de usufruto
vitalício, como forma de eximir-se da dívida, agindo assim de má-fé.

DOS FUNDAMENTOS

Verifica-se no caso em tela, a existência do vício do Negócio Jurídico


denominado Fraude contra Credores, uma vez que estão presentes os requisitos, na intenção
de fraudar consilium fraudis e quando o autor faz a doação o eventus damni (evento danoso),
dano causado ao autor, ora, credor.

Nesse sentido vale mencionar a Doutrina de Maria Helena Diniz, em seu


Dicionário Jurídico, da Editora Saraiva, diz que a Fraude contra Credores “É a prática maliciosa
de atos pelo executado que desfalcam seu patrimônio, com o escopo de colocá-lo a salvo de
uma execução de dívidas, em detrimento dos direitos creditórios alheios, onde esse tipo de
fraude só é atacável por Ação Pauliana”.
Para corroborar com a pretensão da autora vale citar o Julgado da 3ª Turma do
STJ (Superior Tribunal de Justiça), em que o Relator Ministro Ari Pargendler, Recurso Especial
139093/PR, quando julgou o caso semelhante da seguinte maneira:

“Ementa: CIVIL. FRAUDE CONTRA CREDORES. O AVALISTA QUE PAGA A

DÍVIDA DO AVALIZADO SUCEDE O CREDOR NOS RESPECTIVOS DIREITOS

E AÇÕES. Nota promissória avalizada. Inadimplemento do respectivo

emitente, que, depois do aponte do título, vendeu o único imóvel de

sua propriedade. Pagamento, pelo avalista, que, sub-rogado nos

direitos do credor, ajuizou ação pauliana. Alegação de que o avalista, na

data da alienação do imóvel, não era credor do avalizado.

Improcedência, porque o avalista que paga a dívida assume a posição

do primitivo credor, legitimando-se ao exercício dos direitos e ações

deste. Recurso especial não conhecido.

(STJ, REsp 139093/PR, Terceira Turma, Rel. Min. Ari Pargendler, DJ

10/04/2001)”

Assim diante do que foi explanado, espera a autora que este Juízo atenda a sua
pretensão.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, a autora requer à Vossa Excelência:

• Citação e intimação do réu para integrar na relação processual;


• Intimação do Ministério Público;

• Julgue procedente o pedido de Anulação do Negócio Jurídico;

• Condenação do réu ao pagamento dos ônus de sucumbência.

DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito, admitidas na amplitude dos


Art.369 do Código de Processo Civil, em especial à prova documental, a prova pericial, a
testemunhal e o depoimento pessoal do réu.

DO VALOR DA CAUSA

Da-se à causa o valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais).

Nos termos,

Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 15 de março de 2017


Nome do Advogado

OAB/Sigla do Estado

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