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Módulo I
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Sumário
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Enfatizamos a qualidade de ouvir, porque as soluções prontas podem até
funcionar por algum tempo, mas nunca para todos os problemas e de forma definitiva.
Diz o ditado que “falar é prata, mas ouvir é ouro”. Em diversas situações, o líder
não traz a solução, ele apenas ajuda o outro a encontrá-la. Ele organiza as ideias e pensa
“fora da caixa” (expressão utilizada para quem consegue analisar o problema longe da
situação) e para que o líder tenha condições de orientar, ele deve ouvir e a partir daí
direcionar a forma de pensar, facilitando o outro a encontrar o caminho que antes não
conseguia enxergar.
- Estou percebendo que você está com algum problema, estou errado?
- Não, mas fique tranquilo que vai passar e não vai influenciar no meu
rendimento.
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- Sem problemas, mas você não quer falar ou desabafar? Pode ser que eu te
ajude, pois tenha vivido algo similar e posso compartilhar minha experiência.
Também é importante não afirmar nada. Faça as suas colocações sempre com
uma pergunta, neste exemplo temos:
- Estou percebendo que você está com algum problema, estou errado?;
Deixe espaço para que o funcionário se posicione e inicie a conversa, se ele não
estiver preparado para falar naquele momento, ofereça ajuda;
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Lembre-se do seguinte pensamento: a liderança não se impõe, a liderança não se
herda, a liderança não se compra, a liderança não se barganha, pois a liderança se
conquista.
A liderança só existe porque existe alguém a ser liderado e esse liderado precisa
sentir que faz parte da equipe, dos problemas e que pode ter a oportunidade de sugerir
as soluções.
Valorize sua equipe, pois sem ela, sua liderança não existe!
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pessoa pode se tornar líder através de treinamentos, mudanças de hábitos, posturas,
alterando sua forma de agir e buscando sempre agir com senso de justiça.
Muitas vezes, o líder nato exerce a liderança apenas pelo seu jeito de ser, mas
como qualquer profissional, ele precisa se aprimorar e se desenvolver.
O Brasil era conhecido pelas suas fantásticas partidas de futebol e jogadores com
uma técnica incrível.
Alguns times perceberam que não eram líderes neste cenário e se planejaram,
estudaram, se desenvolveram, se aprimoraram e se tornaram líderes, superando até
mesmo o Brasil na Copa desse ano.
Enquanto o comando não for alterado, a liderança não for respeitada, admirada e
seguida, não teremos mudança.
A formação de líderes
A receita é basicamente a mesma que a do líder nato: estudar, se desenvolver e
evoluir sempre, mas com uma diferença, o profissional que precisa se tornar líder
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precisa não só conhecer as técnicas de liderança, as formas e os tipos de liderança, mas
conhecer os princípios básicos da liderança e exercitá-los.
Ninguém se torna líder de uma hora para outra, ninguém ganha ou compra uma
liderança, o que pode acontecer é alguém ganhar uma função ou um cargo de liderança,
mas exercê-la com dignidade e competência é outra história. A liderança é conquistada
ao longo do tempo, e os princípios básicos da liderança são: Influência, Respeito,
Confiança, Admiração e Orientação.
Esses princípios também são características de um líder, mas não são os únicos
que veremos neste curso. Vamos descrever cada um dos princípios e indicar uma forma
de conhecê-los e conquistá-los.
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Respeito: A comunicação é importante em todos os aspectos da vida, sem ela
não conseguimos ser rápidos, práticos e objetivos no momento de indicar o que
queremos ou o que precisamos, mas, neste caso, não é a palavra que fará com que
tenhamos respeito e sim as atitudes, como já ouvimos anteriormente, os exemplos
arrastam multidões.
Ter respeito de uma pessoa é difícil e leva tempo, mas ter respeito de uma
equipe é uma tarefa árdua e que requer muito mais esforço, isso porque você está sendo
analisado a cada momento e por diversas pessoas. Em uma equipe existem pessoas de
todos os tipos de personalidade e força de persuasão. Então, é preciso ter cuidado ao
lidar com equipes que possuem certa resistência, é interessante sempre observar e
identificar cada perfil para tentar descobrir a melhor forma de lidar com cada indivíduo.
É possível citar um exemplo: Imagine que você é competente no que faz, tem
longa experiência e o resultado do seu trabalho é de qualidade. Além disso, o seu líder
sempre que te pede para fazer uma atividade, ele te acompanha de perto e pede para
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verificar o andamento. Lembre-se que não estamos falando sobre gerenciamento de
projetos, onde faz parte do trabalho esse acompanhamento e identificação de possíveis
atrasos, e, sim da qualidade do trabalho realizado.
Você em algum momento vai começar a pensar: “Ele não confia no meu
trabalho”. E você confiaria em uma pessoa que não confia em você? A resposta é não!
Nós precisamos estar sempre atentos ao que acontece ao nosso redor, tanto na
vida profissional quanto pessoal.
Se, por exemplo, você tem um relacionamento amoroso com uma pessoa
ciumenta, que te questiona tudo, que, por qualquer motivo, começa a desconfiar de
você, chegando a fazer perguntas irritantes e que esgotam a sua paciência, você pode
começar a se questionar sobre a fidelidade dela também, pensando que talvez esta
pessoa seja assim porque já vivenciou isto e tem medo de viver uma traição.
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Se você tem um “chefe” que você discorda de suas atitudes, do que ele diz,
questiona o caráter e o senso de justiça dele, você o admiraria? Provavelmente não, pois
uma das piores situações que vivemos no mercado corporativo é quando temos um
“chefe” que desconfiamos da sua competência e liderança. A consequência natural,
nesta situação, é a desmotivação, pois o respeito pelo profissional acaba.
Outro exemplo do dia a dia ocorre quando temos um professor que não
admiramos, e, sem perceber, nos desinteressamos em assistir as aulas, seja pelo assunto
ou por qualquer outro motivo e acabamos abandonando a matéria ou o curso.
Para conquistar a admiração dos seus liderados, aja sempre com justiça, tenha
suas atitudes pautadas em cima de sólidos conceitos, busque o melhor para sua equipe e,
principalmente, deixe sempre tudo claro para os funcionários, compartilhando com eles
as suas intenções ou ideias. Além disso, admire-os também, aqui também é uma via de
mão dupla, elogie-os e a consequência natural é que você terá a admiração de sua
equipe.
Vejamos: em uma empresa, onde todos buscam o objetivo maior, que é fazer
com que a empresa tenha sucesso na sua área no mercado e são orientados para tal,
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certamente, eles recebem orientações claras e objetivas. Para cada liderado, o líder
precisa ter mapeado seus aspectos profissionais, pessoais e ajudá-los com orientações.
O que é Coaching?
Coaching significa ensinar, orientar e direcionar as melhores atitudes para
obtenção de metas. Coach em inglês é técnico, como um técnico de futebol, por
exemplo.
É preciso ter cuidado para não confundir estes momentos com as reuniões de
avaliação, a maioria das empresas faz reuniões anualmente, mas isto é o que chamamos
de período de avaliação. Sabemos que este é um processo demorado, mas o propósito é
outro e abordaremos este assunto mais adiante em nosso curso.
Nas RPPs, gere relatórios por liderado com os aspectos pessoais e profissionais,
com os pontos fortes e pontos fracos, planos e desejos do liderado, o estabelecimento de
metas e seus prazos para atingimento delas.
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A seguir um exemplo bem simples do modelo, também chamado de “Template”,
desse relatório.
Aspectos Pessoais
Pontos Positivos
Pontos Negativos
Planos
Hobby
O que mais gosta em uma pessoa ?
O que menos gosta em uma
pessoa?
Defina a sua família ?
O que você admira em uma
pessoa?
Palavra que o define
Aspectos Profissionais
Pontos Positivos
Pontos Negativos
Planos
Como é o seu trabalho ?
O que mais gosta em uma pessoa
O que menos gosta em uma pessoa
Como você vê o trabalho em
equipe ?
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Palavra que o define
Tema Livre
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1.3 – Qual o melhor tipo de Líder ?
Este tipo de líder sempre acha que está certo, assim pouco se interessa se o que
disse é compreensível ou não, gerando irritação e impaciência entre os liderados.
Classificá-lo como líder soa mal, mas é necessário, isso porque nos dias de hoje ainda
existem líderes com esse tipo de liderança. Esse tipo de líder não acredita que vai
aprender nada com os seus liderados.
Segundo: Se tenho um líder assim, como posso conviver com ele e não criar
situações embaraçosas e desagradáveis? Para essas situações, a dica é: ouça o que ele
tem para dizer e identifique o real motivo da situação, que podem ser dois:
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1. Medo de ser questionado. Neste caso, o líder autocrata está se escondendo
atrás do poder, da posição de “líder”, ou melhor, “chefe”. Ele está inseguro, então faça a
atividade que ele disse ou mandou. Somente quando a atividade for finalizada, você
poderá sugerir ou opinar uma melhoria ou algo novo para aquela atividade que você foi
designado. Se você argumentar no momento da ordem da execução da atividade,
provavelmente você será repreendido e ofendido. Então reflita bastante antes de agir,
sugira depois e cuidado com a maneira que for se expressar, pois esse tipo de líder,
geralmente, não aceita opiniões diferentes da sua.
2. Ele está usando sua posição para tomar uma decisão necessária e assumir
riscos. Nesta situação, não se trata de insegurança ou medo, muito pelo contrário, o líder
precisa tomar uma decisão que por vezes assume riscos e é difícil, na posição de líder,
ele precisa dar a palavra final. O melhor a fazer é acatar e fazer a atividade, porque,
provavelmente, a atividade é necessária e seu líder não tem mais opções, se mais tarde
ele trouxer o assunto de novo à pauta de alguma discussão ou reunião, neste caso você
poderá dar sugestões.
Líder Permissivo
O líder permissivo tolera e aceita tudo, chegando ao ponto de ser omisso em
determinadas situações. Ele transmite insegurança para a equipe, pois apenas distribui
as atividades, mas não explica ou não acompanha o desenvolvimento delas.
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Líder Paternalista
O Líder constrói laços fraternais, coloca a necessidade das pessoas em primeiro
lugar e é capaz de construir uma equipe voltada aos relacionamentos. É muito bom em
resolver conflitos internos. O ponto negativo é que gera uma equipe extremamente
dependente emocionalmente e, nos momentos de crise, a equipe se desestabiliza e perde
o controle. Este líder precisa atuar sempre para dar segurança à equipe.
Líder Servidor
O líder servidor foi mais difundido através do autor James Hunter em o Monge e
o Executivo, onde James nos mostra que o líder servidor precisa ser sempre um
facilitador e estar comprometido com seus liderados e não apenas envolvido.
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sempre comprometido com seus objetivos e mais do que isso, com sua equipe e seus
liderados.
Ele “blinda” seus liderados, defende-os até a última instância, isso fortalece o
elo entre líder e liderados. Para completar a postura do líder servidor, o líder tem a
característica de praticar a empatia, o que significa colocar-se no lugar do outro,
detalharemos esse conceito de empatia em um tópico mais adiante.
O líder servidor vive os problemas dos seus liderados e age como se fossem seus
problemas, sente suas dores e busca soluções como se esses problemas fossem do
próprio líder. O líder servidor também tem uma maneira diferenciada quando temos a
velha “maçã podre” na equipe, um liderado problemático e que gera problemas com o
próprio líder e com a equipe. Neste caso, o líder servidor procura estreitar relação,
incentivá-lo e tenta se aproximar para criar um canal de confiança e cumplicidade.
No filme da vida de Nelson Mandela, a história mostra que depois de ele ficar
mais de 20 anos preso e o povo da África do Sul em uma verdadeira guerra civil, ele foi
capaz de dizer ao povo que ele perdoava o governo em um momento em que todos
desejavam a vingança. Na posição de líder, ele precisava dizer ao povo o que eles não
queriam ouvir que era “vamos buscar a paz, pois se eu pude perdoá-los, vocês também
podem e vamos combatê-los nas urnas”. Posteriormente, ele foi eleito o presidente do
país.
Líder Centralizador
As decisões são normalmente tomadas pelo líder. Este estilo pode ser utilizado
em momentos de urgência e, principalmente, quando os profissionais envolvidos
possuem baixa maturidade para caminharem sozinhos, ou seja, estão em processo de
capacitação para tal. A falta de delegação nas atividades pode desestimular a equipe e
causar queda no rendimento final da tarefa.
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Líder Inspirador
O líder inspirador é definido através da palavra autonomia. Sua equipe é
independente e normalmente atinge um nível de maturidade alto, desenvolvendo e
desempenhando as atividades sem orientações e um acompanhamento mais perto. O
líder inspirador conhece bem as potencialidades dos liderados e sabe delegar, pois tem
confiança no trabalho dos liderados e no resultado desse trabalho. O ponto negativo é
que ele sempre acha que é um exemplo a ser seguido e que, como ele teve sucesso, a
fórmula do sucesso é a dele, ficando enciumado se existir alguma outra forma de
sucesso. Este sentimento pode gerar uma possível insatisfação dos liderados, além de o
próprio líder perder a oportunidade de conhecer novas tendências, técnicas e métodos de
trabalho.
Líder Hierárquico
Esse tipo de líder é o que chamamos de líder “by the book”, ou seja, faz o que
está escrito, através dos procedimentos e métodos, resistente a inovações e mudanças,
mas não exclui caminhos relativos à melhoria. O líder hierárquico é adepto de tudo
organizado, controlado e não gosta de surpresas, chega a ser metódico. Tem seu valor e
dependendo da organização ou instituição, é necessário para ditar o ritmo do
desempenho das tarefas, costumamos dizer que é o “tocador de bumbo”.
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Líder democrático
Completamente o oposto do hierárquico
quando o assunto são formas ou métodos de trabalho.
Ele ouve a opinião dos liderados, cria fóruns
específicos para inovações, busca melhoria contínua
e a equipe tem poder de influência na decisão final.
O fato é que por executar as atividades operacionais, ele deixa de executar suas
atividades de gestão e liderança, e isso pode prejudicar os resultados, ocasionando
atraso nas entregas. Este tipo de líder é adorado e os liderados gostam de trabalhar com
eles. Outro ponto positivo é que seu senso de justiça é baseado no que ele vê e não no
que falam para ele, este tipo dá importância aos fatos e atos da equipe.
Citamos aqui alguns dos principais tipos de lideres. E agora, você já sabe qual é
o melhor tipo?
Não queremos de maneira alguma induzir sua resposta, mas o ponto de vista que
o mercado exige é o Líder Generalista. Você pode estar se perguntando qual é este tipo,
já que não foi explicado anteriormente.
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precisa tomar uma decisão e não ouvir os liderados? Pois é, o generalista em algumas
situações precisa fazer isso.
Será que o líder permissivo sabe dizer não? Esse ponto é um dos mais difíceis
para alguns líderes, saber dizer não. Mas precisamos saber dizer não e justificar.
O chefe tem medo do novo, a mudança é um inimigo que pode ser uma ameaça
ao seu cargo e à sua posição. Normalmente é grosseiro, arrogante e encontramos a
maioria dos chefes na categoria de “líder” autoritário e autocrático. O gerente possui
uma função ou um cargo dentro de uma instituição e pode ser gerente, chefe ou gerente
líder, o gerente está interessado em gerar resultados. Seu principal objetivo é atingir
metas e entregar os resultados planejados e solicitados. O que difere o chefe e o líder
são os métodos utilizados para atingir os resultados.
O chefe opta pelo seu jeito autoritário e, independente da equipe, vai ao extremo
para gerar a entrega, desgastando demais o relacionamento. Já o líder é situacional e
sabe dosar o momento de cobrar e o momento de aliviar nas cobranças, porque percebe
que a equipe começa a não render e as horas trabalhadas só servem para desgastar mais
a equipe, deixando de ser produtivas.
O líder é influente, ele mostra, conduz, orienta, ouve e diz o “sim” e o “não”
quando precisa dizer, mas sempre justifica a sua resposta, pois é importante que o
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liderado entenda o porquê de suas decisões. O líder não pode esquecer de ser coerente
com suas atitudes, pois ele é observado e avaliado o tempo inteiro pelos seus liderados.
Chefe Líder
Tem um grupo sob seu comando Tem uma equipe sob seu comando
Dirige os empregados Comanda uma equipe
Inspira medo Gera entusiasmo
Sabe como é feito Mostra como é feito
Utiliza a autoridade o tempo todo Utiliza o bom senso
Diz "eu" quando acerta e quando erra "eles" Diz sempre "nós"
Ganha o crédito Distribui o crédito
Dá ordens Pede
Espera obediência Espera comprometimento
Justiça e Coerência
Quando pensamos nas principais características da personalidade do líder e no
motivo pelo qual ele inspira os liderados, sempre lembramos do senso de justiça e da
coerência, essenciais para qualquer profissional. As atitudes são mais importantes que
as palavras, não que não precisemos utilizar as palavras, claro que as palavras são
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instrumentos fundamentais para um líder, todo líder precisa ter o domínio da oratória,
de falar em público, mas se as palavras não condizerem com as suas atitudes, nada
funcionará dentro da equipe.
Quem nunca ouviu a frase “uma imagem vale mais do que mil palavras”?
Analisando o que inspira e quem inspira, chegamos facilmente à conclusão que
inspirar pela hierarquia é um engano. Vamos dividir muito bem essa diferença e o que é
facilmente perceptível. A hierarquia nas instituições e organizações existe e é
necessária, mas o que se inspira aqui não é a liderança, mas sim o desejo e a
possibilidade de alcançar um novo cargo na linha hierárquica.
O pior é que ainda ouvimos frases como: “Muita gente gostaria de ocupar o meu
lugar, mas fiz muito para estar onde estou”. Será que essa frase é dita por um líder ou
por um chefe? Acho que não precisamos responder, a única ressalva é que poderia ser
dita por um líder autocrata, mas a resposta correta é por um chefe.
Resumindo, construa sua liderança e solidifique-a sempre baseada em atitudes
justas e coerentes.
Incentivar, elogiar e motivar são ações que andam juntas e são dependentes e
totalmente positivas e necessárias. Neste tópico, vamos ver uma breve descrição da
essência das ações para depois podermos analisar os perigos que temos com elas, além
disso, veremos como funciona a motivação por meio das recompensas.
O cuidado que precisamos ter com as recompensas é para não criarmos liderados
que baseiam suas ações em recompensas. As recompensas financeiras têm um efeito
muito positivo, mas não podem ser banalizadas, com recompensas a qualquer conquista
e a todo o momento. Alguns líderes só sabem incentivar e motivar quando fazem uso do
poder financeiro e isso vale em alguns momentos, mas não por muito tempo.
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institucionalizar um benefício a título de recompensa que não seja proveitoso para os
liderados, como por exemplo, um auxílio-creche para profissionais que não tenham
filhos, isso causaria revolta ao invés de motivação.
O que sempre precisamos buscar junto aos nossos liderados são as recompensas
que tenham um efeito duradouro, como reconhecimento, elogios, ascensão profissional
e o investimento na formação do liderado.
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As recompensas financeiras também são conhecidas na prática como
gratificação. Existem outros tipos de gratificadores como os próprios benefícios, não
esquecendo que os benefícios extras, os que não estão acordados no contrato de
trabalho, também podem ser uma forma de gratificação, como, por exemplo, um
aumento de categoria em um plano odontológico ou então a extensão do benefício para
toda família.
Vale agora uma explicação que muitos desconhecem ou se conhecem não dão a
real importância: o que seria a motivação ruim?
Assim como a liderança que poderá ser destinada para atitudes boas e ruins, a
motivação possui o mesmo conceito. A motivação é um instrumento poderoso, mas que
mal empregado pode causar uma motivação negativa, portanto, o líder precisa ficar
atento. Quem nunca ouviu as frases:
Apesar desse tópico não mencionar sobre “punição”, é melhor deixar claro que a
punição não deve ser aplicada como instrumento de correção, é preciso orientar, sugerir
e acompanhar o desempenho do trabalho do liderado, mas nunca punir. Se for para
punir, a ferramenta que temos é a demissão e esta é a maior punição. Mas para
chegarmos a isso, precisamos esgotar todas as formas de tentativa para acertar e corrigir
as falhas.
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Unidade 2 – Características, Fatores e Personalidade de um
Líder
O líder se estabelece por suas atitudes e pela influência que causa no ambiente e
na equipe. O líder é o tipo de pessoa respeitada, pois sua opinião é importante dentro do
contexto, isso é natural e todos percebem. A equipe busca naturalmente o líder para
ouvir uma sugestão, um conselho, uma opinião, porém é muito importante evitar a
dependência. Os liderados não podem tomar decisões apenas quando o líder opina ou
aconselha.
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Um fator que está inerente ao líder é o conhecimento. Existem dois cenários
extremos, ambos possíveis no mercado de trabalho:
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Além disso, o líder pode se cercar de liderados com os conhecimentos técnicos e
funcionais necessários e delegar as atividades, não esquecendo nunca de que precisa
acompanhá-los e dar as orientações necessárias para atingirmos o sucesso e a qualidade
esperada.
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A entonação, por exemplo, faz toda a diferença no processo de comunicação e
pode influenciar a forma como a mensagem será enviada, se mais amável, áspera,
descontraída ou séria.
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Com o decorrer da conversa, você poderá confirmar se realmente o cliente não
ficou satisfeito com o prazo, mas, de fato, em um primeiro momento, ele não precisou
dizer uma única palavra para que você interpretasse a mensagem.
O email é a forma de comunicação escrita mais utilizada nas empresas, mas não
podemos esquecer que o principal propósito do email é acelerar o processo de
comunicação, além de documentar situações. O problema é que existe outro objetivo no
envio de e-mails, atualmente, o de proteção. As pessoas utilizam o email para se
proteger no futuro quando forem cobradas de alguma ação.
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Vejamos uma situação que exemplifica essa afirmação:
Um liderado recebe uma atividade para ser executada até o final da semana. Ao
verificar a atividade, o liderado percebe que precisa de uma tabela de índices
econômicos para executar a atividade, então envia um email para o departamento
financeiro, solicitando a tal tabela. O tempo passa, a semana chega ao fim e quando
questionado pelo líder sobre a atividade, o liderado apenas responde que não conseguiu
fazer por culpa do departamento financeiro que não enviou a tabela de índices
econômicos, além de mostrar o email para o líder, que havia sido enviado há três dias
solicitando a tabela.
Apenas a título de exemplo, nesta situação a resposta não viria tão cedo, pois o
liderado enviou o email para um profissional do departamento financeiro que ele tinha
mais contato, mas infelizmente o profissional estava de licença médica e ele não sabia.
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Outro cuidado que precisamos ter com a comunicação escrita e, no caso, por
email é a criticidade da mensagem enviada e o entendimento de quem vai receber a
mensagem.
O primeiro ponto a ser destacado é que não é adequado utilizar um email para tal
situação, novamente, o email seria apenas uma forma de documentar.
Segundo ponto, a comunicação por email é fria! Por email não conseguimos
demonstrar a nossa emoção ou a nossa entonação. Não teremos um diálogo, porque
apenas enviaremos uma mensagem e o risco de alguém entender de outra forma é
enorme.
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pré-conceitos, conceitos, crenças, posturas e ideias, como conseguiremos nos comunicar
com a outra pessoa?
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decisões importantes no meu dia a dia.
3. Se fico com raiva posso até ter uma
explosão, mas não fico remoendo esta
raiva por muito tempo.
4. Uma derrota minha (ou do meu
time) no esporte me deixa aborrecido,
mas não me perturba muito. Sei que
vamos melhorar na próxima.
5. Sempre quando alcanço meus
objetivos espero receber elogios e
cumprimentos sinceros. Mas elogios
não me sobem a cabeça.
6.Jamais fico muito ansioso pelo
sucesso em uma prova a ponto de
prejudicar meu preparo.
7. Na maior parte das vezes, acho-me
uma pessoa legal e creio que a maior
parte das pessoas que me conhecem
me acham simpático (a)...
8. Creio que meus amigos sabem me
compreender e me avaliam de acordo
com que realmente eu acho que é meu
verdadeiro valor.
9. Felicidade afeição, orgulho e alegria
são atitudes mais presentes em minha
vida que desgosto, culpa, inveja,
tristeza e arrependimento.
10. Não acho muito difícil construir
um futuro em que eu venha amar muito
uma pessoa e ser plenamente
correspondido.
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Atribuir pontos:
Jamais = 1 / Raramente = 2 / Às Vezes = 3 / Quase sempre = 4 / Sempre = 5
GABARITO
41 a 51 pontos = Sua inteligência intrapessoal é bastante alta. Mantenha-a sob controle e
aprimore alguns pontos negativos;
31 a 40 pontos = Sua inteligência intrapessoal é bastante desenvolvida. Continue a viver
bem consigo mesmo, mas modere sua presunção;
21 a 30 pontos = Sua inteligência intrapessoal precisa "deslanchar". Converse consigo
mesmo.
Você sabia que cada pessoa se comporta e reage de diversas formas aos
estímulos característicos à sua personalidade? Vamos entender um pouco mais como
funcionam esses estímulos do canal de comunicação na Programação Neurolinguística
(PNL).
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Antes de mais nada, é bom deixar claro que qualquer pessoa possui os três tipos
de canais, o que ocorre é que cada um possui um canal de sua preferência e,
naturalmente, opta por esse canal, pois é sua zona de conforto e onde consegue registrar
e entender melhor as mensagens. Vamos a seguir descrever um pouco mais
detalhadamente as características de cada canal e ajudá-los a descobrir qual é o de sua
preferência.
2. O canal visual é o canal que podemos chamar de canal resumo e objetivo, pois
o que se vê é a realidade, independente de interpretações, além disso é o canal que
conseguimos explicar melhor as ideias;
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3. Já o canal cinestésico é o canal onde as ideias são colocadas em práticas,
normalmente as ideias estão transformadas em realidade e podemos tocá-las, também é
o canal físico e de ações.
Abaixo, vamos detalhar um pouco mais sobre cada tipo de canal e ver como
podemos reconhecer essa predominância:
Negociar e ter um conflito com pessoas que têm o canal auditivo desenvolvido é
muito difícil porque possuem contra argumentações rápidas e se preparam muito bem
para esse momento. Eles conseguem reverter situações e se você não se cuidar, irão te
vencer pelo cansaço, pois costumam ser prolixos.
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característica interessante de quem é visual é que sempre buscam um papel e caneta
para desenhar, seja num mero telefonema ou até numa reunião importante, isso não
significa descaso, mas apenas uma forma de concentração.
Existem profissões clássicas para este tipo de pessoa, que são ligadas ao
desenho, às cores e à organização, como: designers, arquitetos, web designers, artistas
(em geral) e outros.
Algumas expressões clássicas dos visuais são: “pensa comigo!”, “consegue ver o
que estou falando?”, “ideia brilhante!”, “consigo ver a cara dele...”, “imagina”, “mostra”
e “deixa-me ver”.
Como o contato é seu forte, gostam de se comunicar tocando nas pessoas e isso
pode causar algum tipo de rejeição em outras pessoas que não possuem o canal
cinestésico desenvolvido. Este comportamento pode gerar irritação e inclusive algum
tipo de rejeição. Se você é um cinestésico, trabalhe seus outros canais, porque existem
determinadas situações em que não podemos e nem devemos deixar nosso canal
cinestésico vir à tona e tomar conta da situação.
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Feedback
É o processo de se certificar ou validar que a pessoa entendeu a mensagem da
forma correta. A forma mais simples de fazer essa validação é perguntando, questione o
que a pessoa entendeu e isso te trará segurança de que a mensagem que você gostaria de
passar realmente foi compreendida.
Faça feedback não só do que se fala, mas também do que se faz, isso ajudará a
evitar problemas no futuro. Você precisa ter certeza de que as ações foram
compreendidas pela outra pessoa também. O grande vilão é a comunicação intrapessoal,
pois como somos pessoas diferentes, podemos ter entendimentos diferentes devido às
nossas crenças, aos nossos preconceitos, aos nossos medos e às nossas opiniões.
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Receptor: aquele que recebe a mensagem;
Meio: canal de comunicação, ex: voz, texto, som;
Ruído: barulho, som ou elementos que atrapalhem a emissão da mensagem;
Resposta: Mensagem enviada do receptor para o emissor;
Feedback: Nesta etapa, verifica-se se o sentido da mensagem foi compreendido.
No caso do ruído externo, por exemplo, pode ser uma conversa paralela, uma
buzina, uma televisão ligada ou qualquer outro elemento que faça barulho e atrapalhe na
comunicação. Além deste, existe também o ruído interno, que muitas vezes pode
atrapalhar mais que o externo.
O ruído interno é aquele que faz com que você não preste atenção na mensagem,
porque não está concentrado ou porque está pensando em outro assunto, ou, ainda,
quando está raciocinando sobre um problema e isso não permite que você entenda a
mensagem e, neste caso, o feedback tem como resposta o famoso: “não entendi.”
Uma constatação no mundo atual é que em uma comunicação, quando não existe
sucesso, normalmente, se põe “a culpa” no receptor, com frases como: “você nunca
entende o que eu falo” ou então “será que é só com você que não consigo me fazer
entender?”.
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Já vivemos a Era Industrial (revolução industrial – século XVIII e XIX) onde
tivemos o trabalho industrial com a mecanização dos sistemas de produção, depois
passamos pela Era da Informação vivida no século XX, onde tivemos destaque da
televisão, rádio, telefone, o computador, celular e a internet.
Atualmente, com o mercado cada vez mais exigente, não basta ter a informação,
é preciso ter conhecimento e diversas competências.
O fato que mais gera preocupação é o uso correto do feedback. Isto porque o
feedback mais comum é o feedback do que se fala, do que se ensina, do que se orienta,
mas também é importante que exista o feedback do que se faz.
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produtiva e clássica de feedback. Geralmente, isto ocorre em situações em que alguém
está passando o trabalho para outro profissional porque sairá da empresa ou por
qualquer outro motivo. Esta situação é conhecida como uma fase de transição de
conhecimento.
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carências. Um dos grandes instrumentos para ajudar o desenvolvimento dos liderados é
permitir que eles atuem em atividades que encarem como desafios. Desta maneira, o
líder conseguirá maior produtividade da equipe. Vale lembrar que este instrumento
recebe o nome de delegação.
O grande problema é que para alguns líderes a delegação é muito difícil e essa
dificuldade está basicamente relacionada a dois grandes aspectos:
Centralizar
Em diversos líderes, o ato de delegar é dificultado por ser um líder centralizador,
esse tipo de líder não confia que ninguém executará a tarefa com a mesma qualidade,
velocidade e competência que ele faria. Existe uma resistência natural com a delegação,
já que este tipo prefere executar tudo, as consequências são muitas, como: estresse,
desgastes, atrasos nas entregas, comprometimento da qualidade das entregas, o que
culmina com questionamentos da equipe e a perda da liderança.
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Para esse aspecto, a solução é o efeito multiplicador gradativo. Como o líder tem
dificuldade de distribuir as atividades para toda a equipe, o melhor a fazer é montar um
time de confiança dentro da equipe, normalmente, o mais indicado é selecionar alguns
funcionários mais seniores (com mais experiência). Eles podem começar com 1, 2 ou no
máximo 3 liderados, repassando todas as informações que foram orientadas pelo líder.
Desta forma, além do líder exercitar a delegação, ele permite que o time de
confiança também participe deste processo. Não podemos esquecer que o líder forma
líderes.
“Delargar”
Você não leu errado, é “delargar” mesmo. Muitos líderes acreditam que delegar
é distribuir as atividades e só cobrar no final. Porém, delegar não é isso, cuidado com
esse tipo de atitude, pois ela pode trazer uma imensa insatisfação na sua equipe.
Delegar é o ato de repassar, mas não acaba nesse ponto, o líder precisa
acompanhar e orientar. No mercado chamamos de fazer FUP (abreviação de follow up,
que significa fazer pequenas reuniões, questionamentos para saber de como está o
andamento da atividade/tarefa) e coaching (que é orientar, instruir, dar dicas de como
chegar ao melhor resultado de uma determinada situação ou atividade/tarefa).
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O líder que apenas repassa as atividades e não acompanha e orienta os liderados
estará correndo um sério risco de atraso nas entregas e de ter a qualidade comprometida.
O papel do líder é prezar pelo trabalho da sua equipe. A culpa aqui não é do liderado,
mas sim do líder que não fez FUPs e não deu o coaching necessário.
A Inteligência Emocional
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a que mais contribui para seu sucesso são suas habilidades interpessoais, ou seja, as
habilidades exigidas no relacionamento com seus liderados. Na época, este estudo não
teve tanta importância e se tornou mais um entre tantos outros no assunto liderança.
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Quando identificamos a emoção e sabemos lidar com ela, precisamos manter o
foco e fazer uso dessa emoção, nos projetando para frente em busca de nossos objetivos
e metas, então faça o controle das emoções. Este pode ser um estímulo a mais para sua
motivação!
Saiba identificar esses sentimentos, buscando quais são os motivos para eles
estarem presentes na equipe. Se possível converse abertamente com seus liderados, com
objetividade e franqueza, e monitore os conflitos internos para que ninguém seja
influenciado.
Há algum tempo essas doenças do século XXI existiam, mas as causas não eram
conhecidas ou tinham outro nome. O importante é que hoje além de conhecê-las,
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sabemos que é possível evitá-las, para isso precisamos ficar imunes. A vacina está
dentro de nós mesmos, pois nossos sentimentos e emoções são capazes de permitir que
tenhamos controle de nossas reações, mas para isso precisamos que a nossa razão ajude
sempre.
A experiência e a maturidade fazem com que saibamos cada vez mais como
dosar a razão e a emoção, mas uma dica poderosa é não ter nenhuma atitude baseada
apenas no sentimento. Reflita com calma sobre as suas decisões.
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tudo fluirá de forma mais fácil, por isso, não diga "não" sem conhecer o que se propõe.
Sempre avalie, raciocine e sinta, isto pode te trazer grandes benefícios!
As atitudes feitas de forma instintiva são as que estão no inconsciente e por isso
têm relação com a inteligência emocional. Essas são as que temos que tomar cuidado,
pois o racional ou o consciente não é acessado e podemos nos arrepender.
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Os líderes devem evitar dizer que tiveram uma empatia natural por alguém. Esta
frase não faz o menor sentido e para ser mais assertivo na sua comunicação, é possível
dizer que se identificou com determinada pessoa ou que possuem vivências em comum.
Porém o conceito de empatia não se limita nesta ideia, porque à medida que você
vai praticando, principalmente com os seus liderados, você se esforça para entender o
que eles estão sentindo e se coloca no lugar deles para sentir as dificuldades que eles
estão passando.
A liderança precisa utilizar a empatia e fazer com que seus liderados saibam
disso, não basta se colocar no lugar do seu liderado, você precisa compartilhar com ele
que sabe dos seus problemas e que vive seus problemas como se fossem dele. Seja
franco e honesto, lembre-se da confiança que seu liderado precisa ter em você, só assim
você conseguirá fazer com que ele acredite que o problema dele realmente é seu
problema e que isso te incomoda ao ponto de se esforçar ao máximo para resolvê-lo.
Seus liderados precisam ter um líder parceiro e que estará disposto a aconselhar,
dividir experiências, muito mais do que simplesmente ouvi-los. Ouvir é fundamental na
relação líder e liderado, preste atenção no que seus liderados têm a dizer. Você também
pode tirar proveito desta experiência.
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Negociação e Administração de Conflitos
Nossa vida gira em torno da negociação, desde cedo temos que convencer os
nossos pais a nos deixarem sair com os amigos ou chegar um pouco mais tarde,
passando pela irmã ou irmão para emprestar uma roupa, chegando à mulher ou ao
homem numa proposta de namoro ou casamento, até a um grande empresário para
fechar um grande negócio. A nossa vida é uma eterna mesa de negociação, precisamos
saber conduzir nossas atitudes e obter sucesso sem prejudicar ninguém, afinal não é
porque estamos negociando, que o outro é nosso inimigo.
Negociador Afável
Evita conflitos pessoais e desse modo faz concessões para se chegar a um
acordo. Frequentemente é explorado, mas preza acima de tudo o relacionamento com a
outra parte. Esse é o tipo de negociador que não gosta de vender o carro para amigo,
pois apesar do carro estar bom, caso venha a dar problemas, poderá abalar a sua
amizade, então ele prefere se prejudicar e perder ou se dar “mal” na negociação do que
comprometer o relacionamento.
Negociador Áspero
Encara qualquer situação como uma disputa, assume posições mais extremas e
resiste por mais tempo, obtém melhores resultados. Mas cria ao mesmo tempo uma
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relação áspera com a outra parte e dificilmente voltará a negociar. Esse tipo de
negociador não sossegará enquanto não atingir o seu objetivo, ele não tem limite e está
olhando apenas para a sua empresa e nunca para o relacionamento.
Afável Áspero
Os participantes são amigos. Os participantes são adversários.
A meta é o acordo. A meta é a vitória.
Confia nos outros. Desconfia dos outros.
Faz ofertas. Faz ameaças.
Insiste no acordo. Insiste em sua posição.
Tenta evitar a disputa de vontades. Tenta vencer as disputas de vontades.
Faz concessões para cultivar o Exige concessões como condição do
relacionamento. relacionamento.
Cede à pressão. Exerce a pressão.
Mas essa não é a melhor forma de negociar? Com certeza não, porque chega em
determinado momento que o foco da negociação muda, onde o mais importante (mesmo
que inconscientemente) não é mais o objeto, o bem, ou a ideia que está sendo negociada
e sim o “jogo”, a disputa de quem cede mais e quem ganha na negociação para poder se
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vangloriar depois de terminada a negociação. Este comportamento torna-se improdutivo
e insensato na negociação, pois o foco muda sem que as partes percebam.
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Veremos agora como a tabela de comparação entre os negociadores afável e
áspero tem uma terceira opção de posicionamento quando consideramos o PON.
Através do PON
Os participantes são solucionadores dos problemas;
A meta é um resultado sensato, atingido de maneira eficiente e amigável;
Procede independentemente da confiança;
Explora os interesses da outra parte;
Insiste em critérios objetivos;
Tenta chegar a um resultado baseado em padrões independentes da vontade;
Separa as pessoas dos problemas;
Raciocina e permanece a razão, cede aos princípios e não às pressões.
Lembre-se sempre de focar nas pessoas, nos interesses, nas opções e nos
critérios em uma negociação e não apenas em vencer seu “oponente”, pois ele não é seu
inimigo, ele apenas quer o melhor pra si, assim como você.
O líder precisa saber que as emoções não podem ter espaço em uma negociação,
e nem influenciar as decisões. No conflito, se as emoções tomarem conta da situação, o
resultado será catastrófico.
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Concentre-se, peça um tempo para poder voltar ao seu ponto de equilíbrio, pois,
durante a negociação, o estrago pode ser irrecuperável.
Ao invés de falar a palavra “você”, opte por dizer a mesma mensagem, mas
utilizando a palavra “eu” e com as consequências que serão causadas em você mesmo,
vamos, na próxima tela, ver um exemplo para ficar mais claro o entendimento.
Em um conflito, um dos interlocutores diz a seguinte frase: "você sempre chega
atrasado nos nossos compromissos, estou cansado de esperá-lo e por muitas vezes o
assunto é sério".
Podem ter certeza que quem ouviu essa frase se sentiu acusado e sua resposta
não será algo para resolver o problema e sim de se defender e justificar.
Uma forma correta sem causar essa sensação de ataque e justificativa seria: "eu
acabei perdendo o meu próximo compromisso devido ao tempo que tive que esperar, eu
preciso encontrar uma forma de contornar o impacto, pois o assunto é sério".
A sensação causada aqui em quem gerou o atraso é de ser o ofensor e ele se
sentirá mal com o mal que causou em você. Isso porque você não falou diretamente dele
e sim do impacto que causou em você do que ele fez, fica a dica. A negociação possui
etapas que se iniciam muito antes de estar frente a frente com quem você vai negociar.
Alguns pilares são fundamentais dentro do PON, mas é preciso refletir sobre a
negociação desde o momento em que temos que negociar até a hora do desfecho, por
isso temos 3 etapas ou fases cruciais para toda e qualquer negociação, são elas: a
análise, o planejamento e a discussão.
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Veja abaixo as três etapas da negociação:
Análise: nessa etapa temos que recolher toda e qualquer informação da outra
parte (liderados por exemplo) e da substância (o que queremos negociar), devemos
organizá-las e ponderar sobre elas. É o momento que temos que diagnosticar a situação.
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Conclusão do Módulo I
Para passar para o próximo módulo, você deverá realizar a avaliação referente ao
primeiro. Essa avaliação encontra-se em sua sala de aula virtual. Fique tranquilo(a) e só
faça a avaliação quando se sentir preparado!
Até breve!
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