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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Teoria Geral das Provas��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Elementos de Informação X Prova����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Meios de Prova�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Destinatários da Prova������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Sistema de Apreciação da Prova���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Teoria Geral das Provas


Prova é tudo aquilo que é apresentado ao juiz, com o objetivo de contribuir na formação da sua
opinião quanto aos fatos ou atos do processo que sejam relevantes para auxiliá-lo a chegar à sentença.

Elementos de Informação X Prova


Elementos de informação não podem ser considerados tecnicamente provas, pois são produzidos
durante a investigação, ou seja, não foi em juízo, e não passaram pelo crivo do contraditório.
→→ Os elementos de informação não podem sozinhos fundamentar uma decisão condenatória, sendo
necessário que estejam junto a outras provas.
→→ Servem para aplicação de medidas cautelares.
→→ Formação da opinio delicti do titular da ação penal.
A Prova é produzida, em regra, durante o processo em que passa pelo crivo do contraditório.
Exceções a essa regra são as provas produzidas durante a investigação.
→→ Provas cautelares – São aquelas que necessitam ser realizadas de imediato. Exemplo: intercepta-
ção telefônica. Somente o juiz competente da ação penal poderá determinar e o contraditório será
o diferido ou postergado.
→→ Provas não repetíveis – Exemplo: homicídio culposo em direção de veículo automotor – perícia
do local do crime – laudo pericial. O próprio delegado pode determinar.
Nas duas espécies de prova acima citadas, não há contraditório nem ampla defesa imediatos, pois
acontece durante o processo no chamado contraditório diferido ou postergado.
→→ Provas antecipadas – As provas antecipadas são aquelas em há uma extrema necessidade de
serem produzidas na fase inquisitiva por risco de perda do objeto. Nesse caso, o juiz participa da
produção prova. Há contraditório antecipado.
Princípio da busca pela verdade real: A função da prova é a auxiliar o magistrado na busca pela
verdade, que no processo penal é denominada material, real ou substancial. O processo penal é
voltado para busca de uma verdade real, tanto que, a despeito de sua imparcialidade, o juiz poderá
determinar a busca de provas ex officio.
Não havendo informações suficientes, o juiz não deve se conformar somente com o que lhe é
apresentado pelas partes, devendo, durante o processo, buscar a verdade, tentando reconstruir na
audiência o que realmente aconteceu, e para isso pode até mesmo determinar a produção de provas
de ofício. Ex: art. 209 do CPP: “o juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas,
além das indicadas pelas partes.”

Meios de Prova
Vamos diferenciar o que é objeto DE prova e objeto DA prova. Enquanto o primeiro é tudo aquilo
que precisa ser provado, o segundo nada mais são do que os fatos.
Todos os recursos diretos ou indiretos utilizados para obtenção da verdade dos fatos têm por
função convencer o Juiz da versão apresentada pelas partes. O objeto DAS provas são os fatos ocor-
ridos e o objeto DE prova é tudo aquilo que precisa ser provado. Sendo assim, é mais fácil pensar
naquilo que é dispensado de ser provado:
→→ Direito Federal + Estadual e Municipal Local: É um dever funcional do juiz conhecer o direito
federal, sendo assim é desnecessário querer provar que existe ou não determinada lei federal.
→→ Fatos notórios: São os fatos de conhecimento de parcela significativa da sociedade, ou seja, nacio-
nalmente conhecidos. Ex.: Feriados Nacionais.
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→→ Fatos axiomáticos: são fatos autoexplicativos, como uma decapitação.


→→ Presunções legal absoluta: é a observação de determinada alegação a luz da legislação e que
permite realizar conclusões específicas pois não comportam prova legal em contrário, como, por
exemplo, a menoridade penal.
→→ Fatos inúteis (irrelevantes ou impertinentes): São os fatos irrelevantes à demonstração da verdade.
CUIDADO! Direito consuetudinário + alienígena + fatos incontroversos precisam ser provados!
Quanto ao estado das pessoas, somente haverá averiguação de prova mediante averiguação nos ditames
da lei civil, ou seja, somente mediante certidão (trata-se de um resquício do sistema da prova tarifada).

Destinatários da Prova
→→ Imediato: juiz;
→→ Mediato: as partes.
Ônus da prova: cabe à alegação.
Juiz: o juiz não tem obrigação de provar, mas, em razão do princípio da busca da Verdade Real,
pode ele, excepcionalmente, determinar a produção de prova (iniciativa probatória), desde que rele-
vante e urgente, mesmo antes do início da ação penal.
Art. 156 – A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I. Ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
II. Determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para
dirimir dúvida sobre ponto relevante.

Sistema de Apreciação da Prova


→→ Sistema da Persuasão racional ou da íntima convicção motivada: O juiz tem ampla liberda-
de para decidir podendo utilizar provas nominadas ou inominadas, devendo sempre, é claro,
motivar as suas decisões. (art. 93 inc. IX da CF; art. 155 do CPP).
→→ Sistema da verdade judicial / intima convicção: Por ele o juiz está livre para decidir e não precisa
sequer motivar a sua decisão. Ex.: JÚRI.
→→ Sistema da verdade da legislação: Por ele o legislador pré-estabelece o valor de cada prova e o
magistrado funciona como um interprete em razão dos limites impostos pela lei. Ex.: a exigência
da perícia para demonstrar a existência do crime que deixar vestígios.
Exercícios
01. O juiz, no ordenamento brasileiro, não pode determinar a produção de prova, de ofício. A
atividade probatória é de iniciativa das partes, cabendo ao juiz deferi-las ou indeferi-las, tendo
em vista a pertinência.
Certo ( ) Errado ( )
02. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditó-
rio judicial, podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Certo ( ) Errado ( )
03. Acerca do objeto da prova, assinale a opção correta.
a) Os fatos são objeto de prova, e nunca o direito, pois o juiz é obrigado a conhecê-lo.
b) Os fatos axiomáticos dependem de prova.

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c) Presunção legal é a afirmação da lei de que um fato é existente ou verdadeiro, independente-


mente de prova. Entretanto, o fato objeto da presunção legal pode precisar de prova indireta,
ou seja, pode ser necessário demonstrar o fato que serve de base à presunção, que, uma vez
demonstrado, implica que o fato probando (objeto da presunção) considera-se provado.
d) No processo penal, os fatos não-impugnados pelo réu (fatos incontroversos) são considera-
dos verdadeiros.
e) As verdades sabidas dependem de prova.
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - C

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