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ChemPro – Consultoria em

Projetos Químicos
Engenharia de processos – divisão de tecnologia de reatores químicos
Número do relatório: 1
Relatório técnico Data de elaboração: 21/08/17
Elaborado por:
Amanda Matsuguma – RA: 160283
Bruno Celotti – RA: 159630
Grazielle Morgado – RA: 159728
Letícia Kis – RA: 146919
Lucas Vida – RA: 158177

Projeto: “novo reator”


1.1 Para determinar com maior certeza os parâmetros cinéticos necessários para o projeto do
reator, como a ordem da reação e a constante da taxa, o método do excesso pode ser utilizado,
juntamente com o método diferencial. Esse método é uma alternativa para casos em que mais
de um reagente está envolvido e a reação é irreversível. Para o uso do método, serão necessários
dois experimentos em reator batelada isotérmico. Em um primeiro momento, o reagente A deve
ser mantido em excesso e a concentração de B será avaliada em função do tempo de reação.
Após isso, as medições devem ser feitas para A mantendo o reagente B em excesso.

2.1 A reação ocorre em fase líquida. Dessa forma, não é esperada a ocorrência de expansão
volumétrica e assim, não será significativa no projeto do reator.

2.2 O melhor modelo que atende às exigências da empresa é o PFR considerando os volumes
obtidos para cada modelo de acordo com os dados disponíveis.

Através dos dados de 1/(-rA) em função de X para temperatura de 434 K e pressão de 30 atm
constantes, foi obtido o gráfico da Figura 1.

0,045
0,04 y = 0,0000338753x4 - 0,0005555866x3 + 0,0031426282x2 -
0,0064118493x + 0,0063866667
0,035
1/(-rA) (m³h/kmol)

0,03
0,025
0,02
0,015
0,01
0,005
0
0 20 30 40 50 60 70 80 90 95
X (%)

Figura 1: Gráfico de 1/(-rA) em função da conversão.

A equação de projeto de CSTR em função da conversão é:

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𝑉 𝑋
𝐹𝐴𝑜
= (−𝑟𝐴𝑓 ) (1)
𝐴

Já a equação do projeto do PFR é:

𝑉 𝑋 𝑋
𝐹𝐴𝑜
= ∫𝑋 𝐴𝑓 (−𝑟𝐴𝑓 (2)
𝐴𝑒 𝐴)

Para o cálculo do volume do PFR, integrou-se a equação da linha de tendência que representa
os dados do gráfico da Figura 1, obtendo uma relação de 𝑉⁄𝐹𝐴𝑜 de 0,00396423 m³h/kmol.
Assim, calculando a vazão molar do reagente A na entrada:

𝐹𝐴𝑜 = 𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙,𝑜 . 𝑦𝐴,𝑜 = 705,3 kmol/h (3)

em que, 𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙,𝑜 é a vazão molar total e 𝑦𝐴,𝑜 é a fração molar de A, ambos na entrada, o volume
do PFR foi de 2,79 m³.

Para o cálculo do volume do CSTR, a relação de 𝑉⁄𝐹𝐴𝑜 é de 0,0379 m³h/kmol obtida através da
área do retângulo que compreende o último ponto de conversão do gráfico da Figura 1. Assim,
o volume é de 26,73 m³.

Dessa forma, o melhor modelo que atende às exigências da empresa é o PFR considerando os
volumes obtidos para cada tipo de reator de acordo com os dados fornecidos.

2.3 De acordo com as Equações 1 e 2 acima, referentes ao projeto dos reatores CSTR e PFR,
respectivamente, pode-se visualizar graficamente as vantagens relativas a escolha do PFR como
o modelo de reator na Figura 2 abaixo, de modo que a área correspondente a relação a 𝑉⁄𝐹𝐴𝑜
para o PFR é menor do que para CSTR.

Figura 2: Comparação entre o volume dos reatores CSTR e PFR.

2.4 Calculando a vazão molar do componente C na saída, considerando 95% de conversão


final e reação com estequiometria 1:1, obtém-se:

𝐹𝐶,𝑠 = 𝐹𝐴,𝑜 𝑋𝐴 = 705,6.0,95 = 670,82 𝑘𝑚𝑜𝑙/ℎ (4)

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Como,

𝑣𝑜 = 211,8 𝑚2 /ℎ (5)

Tem-se,

𝐶𝐶,𝑠 = 3,1649 𝑘𝑚𝑜𝑙/𝑚³ (6)

2.5 Para que o desempenho do reator principal possa ser fielmente representado pelo reator
piloto, os parâmetros que devem permanecer iguais são a conversão e concentração inicial,
portanto, o tempo espacial. Como a capacidade será diminuída em 1/6, entende-se que o
volume do piloto será 6 vezes menor, logo de 0,47m³. Assim, para se manter o tempo espacial
igual no reator piloto e no industrial projetado, deve-se diminuir a vazão para 1/6 da vazão
original.
A análise deu-se utilizando o tempo espacial como parâmetro constante, pois assim não se
influenciaria o andamento da reação, ou seja, a variação da taxa em função da conversão,
conforme equação abaixo:
𝑉1 0,95 𝑑𝑋𝑎
𝜏1 = 𝑣01
= 𝐶𝐴0 ∫0 −𝑟𝑎
= 𝜏2 (7)

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