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USINAGEM

ME9340-NMB340
5-Temperatura na usinagem e Fluidos de corte

Prof. Adalto de Farias


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1-TEMPERATURA EM USINAGEM

•Linhas isotérmicas para usinagem ortogonal a seco de Aço Carbono.


•Ferramenta (γ = 20 °)
•Vc: 155,4 m/min
•fn: 0,274 milímetros/rot
•Valores em °C.
Ferramenta

Peça
adaptado de Shaw, 2000
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2-EFEITOS DO AUMENTO DA TEMPERATURA


PEÇA • Alteração dimensional:
ΔL=α.L0.ΔT
Para aço carbono α=~1,4 10-5 K-1

• Danos térmicos:
Características Externas: REGIÃO 1:
Depósitos,
-Química; adsorção e óxidos
transição 1
-Rugosidade; Camada branca
transição 2
-Ondulação;
-Forma;
-Textura;
-Riscos e Marcas;
Camada escura
-Ressaltos e Arestas; afetada REGIÃO 2: Camada
termicamente e/ou de Material Alterada
plasticamente
subsuperficial
Características Internas:

-Microestrutura;
-Dureza;
transição 3
-Trincas;
-Tensão Residual;
-Transformações de fase; REGIÃO 3:
-Deformações Plásticas;
Prof. Adalto Núcleo do material 3
-Camadas Brancas
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2-EFEITOS DO AUMENTO DA TEMPERATURA


FERRAMENTA
• Perda de resistência
• Diminuição da dureza
• Aumento do desgaste
• Danos térmicos
Crateramento Deformação plástica

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Fonte Sandvik, 2015
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2-EFEITOS DO AUMENTO DA TEMPERATURA


MÁQUINA
• Distorção

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2-EFEITOS DO AUMENTO DA TEMPERATURA


MÁQUINA
Eixo árvore de uma fresadora

Ferramenta

Calor

Deterioração dos rolamentos do eixo árvore.


O rolamento “Trava”.
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Fonte SKF, 2015
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2-EFEITOS DO AUMENTO DA TEMPERATURA


MÁQUINA

•Sistema de compensação
de temperatura.

•Máquinas Okuma.

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3-DISTRIBUIÇÃO DAS TEMPERATURAS

Superfície de saída da ferramenta


Temperatura na interface cavaco/ferramenta (°F)

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Fração da interface cavaco/ferramenta


medida no sentido do fluxo de cavacos
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Fonte: B. T. Chao and K. J. Trigger.
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4-DISIPAÇÃO DAS TEMPERATURAS

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4-DISIPAÇÃO DAS TEMPERATURAS

15%

8%

•As propriedades térmicas do material que está sendo usinado são muito
importantes para os estudos da dissipação do calor.
adaptado de CIMM, 2015
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5-MEDIÇÃO DA TEMPERATURA

•Termopar ferramenta/peça

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5-MEDIÇÃO DA TEMPERATURA

•Termopar inserido na pastilha

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5-MEDIÇÃO DA TEMPERATURA

•Ópticos
Pirômetro
Câmeras

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5-MEDIÇÃO DA TEMPERATURA

•Elementos Finitos

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Fonte: Third Wave Systems -AdvantEdge 6.0
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6-MÉTODOS ANALÍTICOS PARA DETERMINAR A TEMPERATURA DE CORTE

•Existem vários métodos analíticos para calcular estimativas para a temperatura


de corte.
•Possíveis regiões para estudo:

I. Zona de cisalhamento primário, zona A;


II. Zona de cisalhamento secundário, zona B e C;
III. Zona entre a peça e a superfície de folga da ferramenta, zona D;
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7- PROPRIEDADES TÉRMICAS DE MATERIAIS


Valores de propriedades térmicas comuns para materiais selecionados. Valores à temperatura ambiente.
*Podem variar para temperaturas diferentes.
Calor Específico Condutividade Massa específica Calor específico Difusividade
C Térmica k ρ volumétrico ρC térmica K
Material Cal/g °C J/kg K J/s mm °C W/m K kg/m3 g/cm3 J/mm3 °C mm2/s m2/s
Metais
Alumínio 0.24 1005.0 0.22 202.4 2700 2.7 2.71E-03 74.58 7.46E-05
Ferro fundido cinzento 0.113 473.0 0.06 56.0 7250 7.25 3.43E-03 16.34 1.63E-05
Cobre 0.092 385.1 0.4 388.1 8930 8.93 3.44E-03 112.86 1.13E-04
Níquel 0.105 439.5 0.07 59.8 8910 8.91 3.92E-03 15.26 1.53E-05
Aço baixa liga 0.1161 486.0 0.049 52.9 7860 7.86 3.82E-03 13.86 1.39E-05
Aço alta liga 0.1082 452.9 0.044 45.5 7860 7.86 3.56E-03 12.77 1.28E-05
Aço inox austenítico 0.1151 481.8 0.014 13.9 7850 7.85 3.78E-03 3.68 3.68E-06
Titânio Ti6Al4V 0.135 565.0 0.083 7.0 4550 4.55 2.57E-03 2.72 2.72E-06

Polímeros
Fenólicos 0.4 1674.3 0.00016 0.2 1350 1.35 2.26E-03 0.07 7.07E-08
Polietileno 0.5 2092.9 0.00034 0.3 950 0.95 1.99E-03 0.17 1.67E-07
Teflon 0.25 1046.5 0.0002 0.2 2400 2.4 2.51E-03 0.08 7.93E-08

Outros em diferente temperaturas


Água ~20°C 1 4185.9 0.0006 0.6 1000 1 4.19E-03 0.14 1.44E-07
Gelo 0.46 1925.5 0.0023 2.3 970 0.97 1.87E-03 1.22 1.22E-06
Ar ~0°C 0.24 1004.6 0.0013 0.026 1.29 0.0013 1.30E-06 20.03 2.00E-05
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7- PROPRIEDADES TÉRMICAS DE MATERIAIS

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7- PROPRIEDADES TÉRMICAS DE MATERIAIS


°C
0 200 400 600 800

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7- PROPRIEDADES TÉRMICAS DE MATERIAIS

°C
0 200 400 600 800

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Exercício 1
Uma usinagem de torneamento é realizada em uma liga de alumínio
N1.3.C.AG cujo calor específico de massa, densidade e difusividade térmica
podem ser extraídos da tabela acima. A velocidade de corte Vc15corrigida é de
240m/min, avanço de 0,3mm/rot e profundidade de corte de 2,0 mm.
Determine a temperatura na interface cavaco/ferramenta, supondo a
temperatura ambiente de 20°C e o processo é executado sem utilização de
fluido de corte.
Dados da ferramenta:
Suporte: PSSNR
Pastilha:NGA

Dureza do material: 148HB

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Exercício 2
Uma usinagem de torneamento é realizada em uma liga de aço de Alta Liga.
A velocidade de corte Vc15corrigida é de 240m/min, avanço de 0,3mm/rot e
profundidade de corte de 2,0 mm. A força de corte foi medida em 1100N.
Determine a temperatura de corte pela equação de Cook, supondo a
temperatura ambiente de 20°C e o processo é executado sem utilização de
fluido de corte. Dados:
Suporte: PSSNR T=853°C
Pastilha:NGA
Exercício 3
Uma usinagem de torneamento é realizada em uma liga de Titânio Ti6Al4V.
A velocidade de corte Vc15corrigida é de 240m/min, avanço de 0,3mm/rot e
profundidade de corte de 2,0 mm. A força de corte foi medida em 1100N.
Pela equação de Cook, determine a temperatura de corte, supondo a
temperatura ambiente de 20°C e o processo é executado sem utilização de
fluido de corte.
Dados da Ferramenta: T=1952°C
Inviável: reduzir Vc!
Suporte: PSSNR
Pastilha:NGA
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Exercício 4
Para a mesma temperatura e energia específica encontradas no Exercício 2,
execute uma estimativa aproximada do aumento no comprimento da haste
de um suporte de ferramenta, devido à dilatação térmica. O material do
suporte é um aço carbono. Considere que a troca de calor para o ambiente
é desprezível. O comprimento total da haste é de 100mm, o eixo árvore da
máquina é refrigerado mas a usinagem é feita a seco.

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Exercício 5
Na usinagem de desbaste de uma pá de turbina em aço inox 304 (1,9.10-5 K-1),
a velocidade de corte Vc15corrigida é de 817m/min, velocidade de avanço de
10.140mm/min, profundidade de corte de 2mm e largura de corte 2mm. A
força de corte foi de 70N na temperatura ambiente de 25°C, o processo é
executado sem utilização de fluido de corte. Qual deverá ser o mínimo
sobremetal na peça para garantir que haverá material para o acabamento.
Dica: Execute uma estimativa aproximada para o aumento no comprimento da
haste (em aço carbono, comprimento total de 100mm) da ferramenta e da seção
significativa da peça que tem 150mm ambas devido à dilatação térmica. Considere
que a troca de calor para o ambiente é desprezível. Usar a taxa de remoção de
cavacos pelo fresamento. Fresa Ø16mm, zd=4 facas, considerar h=~fz e Kr=90°.

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8- FLUIDOS DE CORTE
•Sistemas de distribuição do fluído:
Convencional

Interno

Interno Alta Pressão ~70 bar

Fonte: CIMM

Fonte: Sandvik

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Fonte: Iscar
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8- FLUIDOS DE CORTE
•Sistemas de distribuição do fluído:

Prof. Adalto Fonte: Sandvik 27


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8- FLUIDOS DE CORTE

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8- FLUIDOS DE CORTE
•Sistemas MQL (Minimum Quantity Lubrication):

Óleo Ar

Fonte: Interempresas Metalworking Fonte: Modern Machine Shop


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8- FLUIDOS DE CORTE
•Sistemas MQL (Minimum Quantity Lubrication):

Válvula Junta rotativa Eixo árvore Ferramenta

Porta
ferramenta

Módulo MQL
Porta
ferramenta

Ferramenta

Parafuso de
ajuste
Prof. Adalto Fonte: Bielomatik 30
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8- FLUIDOS DE CORTE
•Sistemas Criogênicos:

Fonte: 5ME Solutions

Prof. Adalto 31
Fonte: Yusuf Kaynak
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8- FLUIDOS DE CORTE
•Sistemas Criogênicos:

Prof. Adalto Fonte: MAG 33


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8- FLUIDOS DE CORTE

•Influência da utilização de um fluido de corte e sua direção de sua aplicação na temperatura;

Superfície de saída das ferramentas de corte, após usinagem:

a) sem fluido de corte;


b) com fluido de corte aplicado sobre-cavaco;
c) com fluido de corte aplicado entre a superfície em usinagem principal da peça
e a superfície de folga da ferramenta de corte.
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Bibliografia:

Machado A.R., Coelho R.T, Abrão A.M., Bacci da Silva M., Teoria da Usinagem dos
Materiais, Blucher, 2015 3ª ed.

ANSELMO, Diniz, Marcondes, Coppini. Tecnologia da Usinagem dos Materiais.


Artliber Editora. 2002

FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. Edgard Blucher Ltda . 1988

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