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RESUMO: Sabe-se pouco sobre a peste negra que assolou a Europa durante meados do
século XIV. No entanto, na busca de se entender melhor sobre esse acontecimento, a obra
de Giovanni Boccaccio (1313-1375), um dos precursores do Renascimento do referido
século, intitulada Decameron, pode oferecer um melhor entendimento do contexto da
sociedade medieval. O autor da obra, poeta e escritor nascido em Certaldo, próximo a
Toscana, foi um dos expoentes do humanismo, característica renascentista. Por isso, o
presente texto tem por objetivo analisar a relação entre a obra de Boccaccio e seu contraste
com a moral da Igreja daquele contexto. Além disso, será analisada a conexão entre a
escrita do autor e o conceito de Memória, abordado por Patrick Geary (2002), com
destaque sobre a construção da pandemia na memória coletiva e na vivência dos dez
personagens, sendo eles três homens e sete mulheres, trazidos no livro, que durante dez
dias narravam dez “novelas”. Com isso, o Decameron contribuiu para a memorização da
peste negra que marcou a Europa. Ainda nesse sentido, o conceito de representação,
trazido por Roger Chartier (2002), nos auxiliará na compreensão sobre como a ideia de
religiosidade, cultura e moralidade são representadas na supracitada obra, uma vez que a
representação é também a construção da imagem de um objetivo previamente designado
a suprir determinado discurso. Com essa análise, será possível, por fim, entender um
pouco mais sobre a sociedade medieval e o acontecimento da peste negra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
Graduando em História pela Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina.