Você está na página 1de 47

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ENGENHARIA DE INSTRUMENTAÇÃO, AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA

MARCOS VINÍCIUS DE AMORIM


KANAN CASTRO SILVA

CONTROLE ELETRÔNICO DE TEMPERATURA


DE UM CHUVEIRO ELÉTRICO

Santo André – SP
2014
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC


ENGENHARIA DE INSTRUMENTAÇÃO, AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA

MARCOS VINÍCIUS DE AMORIM


KANAN CASTRO SILVA

CONTROLE ELETRÔNICO DE TEMPERATURA


DE UM CHUVEIRO ELÉTRICO

Projeto de Pesquisa apresentado para disciplina


Trabalho de Graduação III da Universidade Federal do ABC.

Santo André – SP
2014
3

RESUMO

O presente trabalho aborda a elaboração de um protótipo para controle


eletrônico de temperatura a ser utilizado em chuveiros elétricos convencionais,
utilizando um controlador e elementos de eletrônica de potência. Inicialmente, foi
apresentada uma abordagem do cenário atual mundial e brasileiro, com relação à
utilização de água e energia elétrica, bem como às tecnologias atualmente
utilizadas destacando as vantagens da utilização do chuveiro elétrico devido ao
seu baixo custo e eficiência. Na sequencia, foi analisada a dificuldade de ajuste
de temperatura em chuveiros elétricos e os desperdícios causados por esta
deficiência, sendo mostrados diferentes tipos de controle utilizando a eletrônica de
potência como PWM (Modulação por Largura de Pulso) e Gradadores, sendo o
segundo controle utilizado neste projeto, pois o mesmo é capaz de variar a tensão
eficaz de uma tensão alternada. Em seguida foi descrito o funcionamento de dois
importantes componentes utilizados no projeto que é o TRIAC e o TCA780. Após
ter apresentado os conceitos teóricos necessários para a compreensão do
protótipo, o mesmo é detalhado, desde sua composição e princípios, até seu
pleno funcionamento. Foi apresentado em detalhes cada bloco funcional do
projeto formado pelo controlador, placa de potência, sensor de temperatura, IHM
e alimentação do circuito. Após vários testes na bancada, foi possível fazer um
experimento real utilizando um aquecedor elétrico sendo coletados os dados
medidos do controle da temperatura. Os dados e gráficos obtidos revelaram a
eficiência e eficácia dos estudos, quanto aos objetivos propostos.

Palavras-chave: controle de temperatura, chuveiro eletrônico, gradador, TCA780.


4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Imagem de um chuveiro elétrico tradicional³ ...................................................... 9


Figura 2: Exemplo de funcionamento de um sistema PWM4 ........................................... 10
Figura 3: Circuito gradador utilizando um Triac6 ............................................................. 10
Figura 4: Formas de onda de um circuito gradador6 ....................................................... 11
Figura 5: Gráfico de Potência x Ângulo de Disparo ......................................................... 13
Figura 6: Diagrama de bloco do TCA7807 ....................................................................... 13
Figura 7: Diagrama de pulso do TCA7807 ....................................................................... 14
Figura 8: Diagrama de controle em bloco do sistema ..................................................... 17
Figura 9: Diagrama estrutural do sistema ....................................................................... 17
Figura 10: Placa do Arduino Uno R38 ............................................................................. 19
Figura 11: Circuito elétrico de ligação da placa do Arduino com os I/Os ......................... 21
Figura 12: Fluxograma do programa principal ................................................................. 23
Figura 13: Fluxograma do subprograma de controle ....................................................... 24
Figura 14: Fluxograma do subprograma de monitoramento da temperatura real ............ 25
Figura 15: Fluxograma do subprograma do preset de temperatura................................. 26
Figura 16: Fluxograma do subprograma de escrita na tela do LCD ................................ 27
Figura 17: Circuito elétrico da placa de potência............................................................. 30
Figura 18: Imagem de um sensor de temperatura LM359 ............................................... 31
Figura 19: Display LCD utilizado para monitorar a temperatura ...................................... 32
Figura 20: Exemplo de um circuito pull-down .................................................................. 32
Figura 21: Ligação hidráulica do aquecedor elétrico ....................................................... 34
Figura 22: Circuito eletrônico montado no protoboard..................................................... 35
Figura 23: Circuito eletrônico de potência utilizando conectores Sindal .......................... 35
Figura 24: Formato da tensão sobre um resistor............................................................. 36
Figura 25: Tensão de carga no capacitor do TCA780 ..................................................... 36
Figura 26: Entrada de sincronismo do TCA780............................................................... 37
Figura 27: Saída PWM do Arduíno ................................................................................. 37
Figura 28: Sinal PWM do Arduíno após o filtro passa - baixa.......................................... 38
Figura 29: Gráfico experimental do controle de temperatura do chuveiro. ...................... 38
5

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Custo mensal para uma família de 4 pessoas 8


Tabela 2: Comparação dos custos de aquisição e instalação2 8
Tabela 3: Comparação do consumo de água 8
Tabela 4: Potência x Ângulo de disparo 12
Tabela 5: Lista de alocação de I/O do Arduíno 20
6

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 16
3. METODOLOGIA .......................................................................................................... 17
3.1 Controlador .............................................................................................................. 19
3.2 Placa de Potência .................................................................................................... 28
3.3 Sensor de temperatura ........................................................................................... 31
3.4 Interface Homem Máquina ...................................................................................... 31
3.5 Alimentação.............................................................................................................. 32
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 34
5. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 40
6. CRONOGRAMA .......................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 42
APÊNDICE – CÓDIGO-FONTE DO CONTROLADOR ..................................................... 44
7

1. INTRODUÇÃO

O clima sempre variou em função de causas naturais e assim continuará a


ser, podendo ter estes fenômenos origem em alterações mínimas na radiação
solar, erupções vulcânicas que podem cobrir a Terra com nuvens de partículas
que refletem a energia do sol de volta para o espaço, bem como variações
naturais no próprio sistema climático1.
No entanto, tudo isto explica apenas uma pequena parte desta variação
climática global a qual as pessoas estão vivendo atualmente. A grande maioria
dos cientistas concorda que esta mudança se deve à atividade humana e, com o
passar dos anos e o crescimento populacional, começam-se a sentir os efeitos do
consumo desenfreado do século passado1.
Um dos efeitos graves das alterações climáticas é o da redução dos níveis
de água doce em muitas partes do mundo, o que a torna cada vez mais valiosa. A
limitação do uso da água tornou-se, assim, uma grande prioridade no combate
contra as alterações climáticas1.
A mudança do clima é um problema global, no entanto, ações individuais
têm o poder para fazer diferença. Mesmo as menores alterações na rotina podem
ajudar o planeta, sem ter que afetar a qualidade de vida, representando, inclusive,
uma economia1.
Um exemplo disto é o chuveiro elétrico. Trata-se de um equipamento
presente em 71.3% das residências no Brasil, ou seja, mais de 110 milhões de
brasileiros utilizam esse equipamento (2007)2. Um dos motivos para ampla
penetração é seu baixo custo, aliado ao fato de proporcionar uma eficiência de
aproximadamente 95% da energia consumida para aquecer a água. O chuveiro
elétrico é também a forma mais econômica de obter água aquecida com relação
aos outros equipamentos. As tabelas 1, 2 e 3 mostram algumas comparações
entre diferentes formas de aquecimento de água para fins domésticos
relacionados ao ano de 2009 2.
8

Tabela 1: Custo mensal para uma família de 4 pessoas


Sistema de Aquecimento de Custo Mensal [R$] Variação [R$] (em relação ao
Água chuveiro elétrico)
Chuveiro Elétrico 36,00 -
Solar Convencional (coletor 55,20 + 19,20
solar + boiler elétrico)
Gás 70,80 +34,80
Híbrido (coletor solar + 32,40 -3,60
chuveiro elétrico)
Boiler 124,80 +88,80

Tabela 2: Comparação dos custos de aquisição e instalação2


Custo de Variação [%] (em
Sistema de
Aquisição/Custo de Custo Total [R$] relação ao
Aquecimento de Água
Instalação [R$] chuveiro elétrico)
Chuveiro Elétrico 31,00 / 0,00 31,00 -
Solar Convencional
(coletor solar + boiler 3.695,00 / 350,00 4.045,00 +12.948
elétrico)
Gás 825,00 / 120,00 945,00 +2.948
Híbrido (coletor solar +
688,00 / 200,00 888,00 +2.765
chuveiro elétrico)
Boiler 1.505,00 / 350,00 1.855,00 +5.584

Tabela 3: Comparação do consumo de água


Sistema de Aquecimento Consumo de água (litros Variação [%] (em relação
de Água por minuto) ao chuveiro elétrico)
Chuveiro Elétrico 4,2 -
Solar Convencional
(coletor solar + boiler 8,4 +200
elétrico)
Gás 8,7 +207
Híbrido (coletor solar +
4,1 -2,3
chuveiro elétrico)
Boiler 8,5 +205
9

Devido às suas vantagens, muitas empresas fabricantes de chuveiros


elétricos estão sempre à procura de novas tecnologias para melhorar a qualidade
do banho e aprimorar o desempenho dos aparelhos, buscando a melhor eficiência
possível no consumo de água e de energia.
Os chuveiros comumente encontrados no mercado brasileiro hoje em dia
permitem duas formas de se fazer a regulagem de temperatura. Uma delas é pela
posição da chave de seleção no corpo do equipamento e outra é regulando-se
pela própria válvula de controle da vazão de água liberada, porém essa
regulagem não é muito rápida nem eficaz. No caso da chave de seleção, existem
poucas opções de temperatura. Nos chuveiros mais populares há apenas três
posições: frio, morno e quente. Muitas empresas que fabricam chuveiros elétricos
estão desenvolvendo aquecedores com multi-temperaturas e com ajuste
eletrônico, fornecendo um controle maior que os chuveiros tradicionais, porém
com o custo de aquisição mais elevado³. Na figura 1, é mostrado um exemplo de
chuveiro elétrico tradicional com 3 níveis de temperatura:

Figura 1: Imagem de um chuveiro elétrico tradicional³

Muitos controles são feitos variando-se a resistência do elemento de


aquecimento, porém, isto causa desgaste físico do componente e o controle pode
variar com o tempo, devido ao uso constante. Uma forma de evitar que isto ocorra
é utilizando-se um sistema eletrônico com microcontrolador e PWM (Pulse Width
Modulation)4. Esta forma de controle, muito utilizada em controle de iluminação e
velocidade de motores elétricos, permite uma maior regulagem de temperatura,
sem desgaste físico, além de dissipar pouca potência e, consequentemente, toda
a potência consumida pelo sistema será apenas para o elemento de aquecimento.
10

O sistema PWM consiste, como o próprio nome diz, em modular a largura


do pulso da potência aplicada à carga. Com isso é possível obter uma potência
média dependente do tempo em que a carga foi efetivamente energizada. Na
figura 2, é possível observar um exemplo de seu funcionamento.

Figura 2: Exemplo de funcionamento de um sistema PWM4

Outra forma existente de controle ocorre através do uso de gradadores,


conversores estáticos destinados a variar o valor eficaz de uma tensão alternada.
Caracterizam-se por colocarem a carga em contato direto com a fonte, sem
tratamento intermediário de energia. São utilizados em controle de intensidade
luminosa e temperatura, velocidade de motores de indução, bem como limitação
de sua corrente de partida5.
Para a transferência de potência, dois tipos de controle são normalmente
utilizados: controle liga-desliga ou controle do ângulo de fase. Neste último caso,
as chaves com tiristores conectam a carga à fonte CA (corrente alternada)
durante uma porção de cada ciclo da tensão de entrada, conforme figura 3. 6

Figura 3: Circuito gradador utilizando um Triac6

Os tiristores são dispositivos semicondutores que funcionam de forma


semelhante aos diodos, ou seja, quando polarizados diretamente eles se
comportam como uma chave fechada e quando polarizados inversamente se
comportam como uma chave aberta, com a única diferença que quando eles são
11

polarizados diretamente, para haver fluxo de corrente é necessário um pulso em


um terceiro terminal chamado “gate” (gatilho). No circuito da figura 3, o tiristor
utilizado foi um Triac que consiste em dois tiristores conectados em antiparalelo
para que seja capaz de conduzir em ambas as direções desde que a cada ciclo
seja recebido um pulso de gatilho no terminal “gate”. Na figura 4, é mostrado um
exemplo do seu funcionamento:

Figura 4: Formas de onda de um circuito gradador6

Se Vs ( 𝑉𝑠 = √2 𝑉𝑠𝑒𝑓 × sin 𝜔𝑡 ) for a tensão de entrada e os ângulos de


disparo dos tiristores T1 e T2 forem iguais (α1 = α2 = α), a tensão eficaz de saída
aplicada em uma carga resistiva pode ser encontrada a partir de:
𝜋
2
𝑉𝑜 = √[ ∫ 2𝑉𝑠 2 𝑠𝑒𝑛2 𝜔𝑡 𝑑(𝜔𝑡)] [1]
2𝜋 𝛼

4𝑉𝑠 2 𝜋
= √[ ∫ (1 − 𝑐𝑜𝑠2𝜔𝑡)𝑑(𝜔𝑡)] [2]
4𝜋 𝛼

1 𝑠𝑒𝑛2𝛼
= 𝑉𝑠 √[ ∗ (𝜋 − 𝛼 + )] [3]
𝜋 2

Analisando a equação 3, é possível verificar que variando-se o ângulo de


disparo α de 0 a π, V0 poderá variar de Vs até 0 V.
12

Para obter um controle de temperatura de um chuveiro elétrico sabe-se


que a potência dissipada pelo chuveiro pode ser definida por:
𝑉2
𝑃= [4]
𝑅
Como a potência depende da tensão eficaz aplicada na carga e essa
depende do ângulo de disparo dos tiristores, pode-se controlar a potência
dissipada numa carga em função do ângulo de disparo. Por exemplo, para uma
resistência que dissipa 4400 W a 220 V, variando-se o ângulo de disparo, tem-se
o controle da potência dissipada conforme a tabela 4 e o gráfico da figura 5.

Tabela 4: Potência x Ângulo de disparo


α [°] Potência [W]
0 4400,00
10 4395,07
20 4361,24
30 4273,13
40 4111,87
50 3867,42
60 3539,80
70 3139,02
80 2683,95
90 2200,00
100 1716,05
110 1260,98
120 860,20
130 532,58
140 288,13
150 126,87
160 38,76
170 4,93
180 0,00
13

4500.00
4000.00
3500.00
Potência [W] 3000.00
2500.00
2000.00
1500.00
1000.00
500.00
0.00
0 50 100 150
Ângulo de Disparo [°]

Figura 5: Gráfico de Potência x Ângulo de Disparo

Para realizar o disparo do Triac pode ser utilizado um Controlador de Fase


TCA780. Este controlador de fase é responsável pela detecção de cruzamento de
zero do sinal de entrada (zero-crossing) e, consequentemente, garantir que os
pulsos de disparo do Triac tenham uma defasagem de 180° transferindo a mesma
potência em cada semi - ciclo do sinal da entrada. Na figura 6 é mostrado um
digrama de bloco do seu funcionamento:

Figura 6: Diagrama de bloco do TCA7807

Analisando a figura 6, resumidamente, verifica-se que o TCA780 recebe


um sinal senoidal em sua entrada de sincronização (pino 5) passando por um
14

detector de zero e em seguida por um registrador de sincronismo. Nos pinos 16 e


1, (Vs e GND, respectivamente) o circuito é alimentado gerando uma tensão de
referência interna de aproximadamente 3,1 V, que pode ser verificada no pino 8.
Esta fonte interna em conjunto com o resistor R9, forma uma fonte de corrente
constante responsável em alimentar de forma linear o capacitor C 10 que é
descarregado a cada cruzamento de zero do sinal de entrada pelo registrado de
sincronismo. Durante a carga do capacitor, a tensão sobre ele é comparada com
uma tensão de controle aplicada no pino 11, sendo que toda vez que a tensão no
capacitor ultrapassa esta tensão de controle, é gerado um pulso de
aproximadamente 30 μs na saída Q1 ou Q2, dependendo da polaridade do sinal
de entrada7. Na figura 7 é mostrado o seu diagrama de pulso:

Figura 7: Diagrama de pulso do TCA7807

Pelo diagrama de pulso, verifica-se que o tempo de disparo do pulso de


saída depende da tensão de controle e do tempo de carga do capacitor, logo é
possível determinar o seu valor pela equação:
15

𝑉11 𝑥 𝑅9 𝑥 𝐶10
𝑡𝑇𝑟 = [5]
𝑉𝑅𝐸𝐹 𝑥 𝐾

Onde: K = 1,10 ± 20%.7

Com base nestas informações, esse projeto consistiu na elaboração de um


protótipo implementado utilizando um gradador a Triac a custo relativamente
baixo e com a finalidade de obter a redução no consumo de energia e de água em
um chuveiro elétrico. Foi escolhido este tipo de controle, pois foi possível colocar
a carga em contato direto com a fonte e controlar o sinal senoidal vindo da rede.
16

2. OBJETIVOS

Este projeto tem como objetivo a elaboração de um protótipo a ser


implementado utilizando um gradador a Triac, de modo a possibilitar o controle
eletrônico de temperatura em chuveiros elétricos, proporcionando conforto ao
usuário e evitando desperdício de energia elétrica e de água.
17

3. METODOLOGIA

Neste projeto foi utilizado um gradador a Triac, que controla o tempo de


acionamento na resistência do chuveiro comandado por um Arduíno (plataforma
open source de hardware com base em microcontroladores AVR)5 em conjunto
com um controlador de fase TCA780, com base no valor de temperatura
estipulado pelo usuário através de uma IHM (Interface Homem Máquina) e um
sistema de realimentação por meio de um sensor de temperatura. Na figura 8 é
apresentado o diagrama de blocos do sistema de controle.

Figura 8: Diagrama de controle em bloco do sistema

Partindo-se do sistema de controle, foi possível dividir este projeto em


blocos funcionais mostrados na figura 9 sendo mais adiante apresentada a
descrição do funcionamento de cada bloco.

Figura 9: Diagrama estrutural do sistema


18

Para realizar a montagem deste protótipo, foram utilizados os seguintes


materiais e componentes:

1 Arduino UNO R3;


1 Display LCD 16 x 2;
1 Sensor de Temperatura LM35;
1 Optoacoplador MOC3023;
1 TRIAC BTA41600B com dissipador;
1 Controlador de Fase TCA780;
1 Transformador de Tensão 220/24 V – 1 A;
1 Regulador de Tensão 7815T;
2 Push-button com 1 contato NA (normal aberto);
3 Resistores de 100 kΩ;
2 Resistores de 47 kΩ;
1 Resistor de 10 kΩ;
1 Resistor de 1 kΩ;
1 Resistor de 22 kΩ/ 3 W;
6 Diodos Retificadores 1N4007;
2 Capacitores Eletrolítico 100 µF/50 V;
1 Capacitor de Cerâmica 47 nF/50 V
1 Aquecedor Elétrico WM 4400 W/220 V;
10 Conectores Sindal de Polietileno de 6 mm²;
1 Protoboard;
2 Cabos banana-jacaré;
19

3.1 Controlador

Este bloco foi constituído por um Arduíno8, o qual é responsável por


receber as informações do usuário de forma digital e do sensor de temperatura no
formato analógico. O programa contido no controlador converte as informações
obtidas em escala de temperatura, realiza seu processamento e aciona uma
saída utilizando a modulação PWM, ou seja, variando o valor de saída da tensão
média que é enviada ao pino de controle do TCA780. Além da parte de software,
este bloco possui toda uma estrutura de hardware para garantir seu
funcionamento e interface com os outros blocos funcionais, conforme a figura 10.

Figura 10: Placa do Arduino Uno R38

Existem duas entradas do Arduíno conectadas a dois botões com o


objetivo de receber as informações do usuário do valor de temperatura desejado,
sendo que um deles serve para aumentar e outro para diminuir. Além disso, foram
utilizados outros pinos de entrada e saída para interligar o Arduíno com um LCD
(Liquid Crystal Display). Na tabela 5 é mostrada a alocação de I/O (entrada e
saída) utilizada para integrar o controlador com os outros componentes.
20

Tabela 5: Lista de alocação de I/O do Arduíno


Pino Função Descrição
3 OUTPUT Sinal de controle do TCA780
6 INPUT Sinal do botão Up
7 INPUT Sinal do botão Down
8 INPUT/OUTPUT Pinos de dados 4 (DB4)
9 INPUT/OUTPUT Pinos de dados 5 (DB5)
10 INPUT/OUTPUT Pinos de dados 6 (DB6)
11 INPUT/OUTPUT Pinos de dados 7 (DB7)
12 INPUT/OUTPUT Enable (Ativação)
13 INPUT/OUTPUT RS (seleção de registrador)
A0 INPUT Sinal do sensor de temperatura

Com base nesta tabela de alocação, foi feito o circuito elétrico de ligação
na placa do Arduíno conforme a figura 11 a seguir:
21

Figura 11: Circuito elétrico de ligação da placa do Arduino com os I/Os


22

Com relação ao programa de controle, foi utilizado o software Arduíno 1.5.3


BETA, sendo implementado o código-fonte mostrado no apêndice. Para melhor
compreensão do seu funcionamento, foram elaborados fluxogramas mostrando o
funcionamento do programa principal, figura 12, e das sub-rotinas:

 Controle: responsável em monitorar a temperatura real e a temperatura de


preset e a partir disto aumentar ou diminuir o tempo de disparo através da
sua sápida analógica, figura 13;

 Real: responsável em monitorar e converter o sinal vindo do sensor de


temperatura em graus Célsius, figura 14;

 Preset: responsável em verificar o acionamento dos botões pelo usuário


para aumentar ou diminuir a temperatura de preset, figura 15;

 Tela: responsável em escrever em um display LCD todas as informações


necessárias ao usuário sobre o status de funcionamento do controlador,
figura 16.
23

Figura 12: Fluxograma do programa principal


24

Figura 13: Fluxograma do subprograma de controle


25

Figura 14: Fluxograma do subprograma de monitoramento da temperatura real


26

Figura 15: Fluxograma do subprograma do preset de temperatura


27

Figura 16: Fluxograma do subprograma de escrita na tela do LCD


28

3.2 Placa de Potência

No bloco da placa de potência está contido o circuito de chaveamento do


gradador que controla a tensão de alimentação do chuveiro, logo, o mesmo foi
dimensionado de tal forma que suportasse a corrente na casa de dezenas de
ampères necessária para alimentar um chuveiro. Este circuito é composto por um
controlador de fase TCA780 responsável pela detecção de zero do sinal de
entrada e controlar o ângulo de disparo do Triac regulando a potência dissipada
no chuveiro, com o intuito de garantir que a diferença de temperatura medida e de
referência estipulada pelo usuário seja praticamente zero. Seu mecanismo
funciona da seguinte maneira: o TCA780 recebe um sinal senoidal em sua
entrada de sincronização obtido através de um circuito ceifador, com a finalidade
de limitar a tensão de entrada da rede de 220 VRMS para uma tensão
aproximadamente 3 V evitando o risco de queima do controlador do TCA780. O
ângulo de disparo depende do tempo de carga do capacitor da entrada 10 e dos
resistores da entrada 9, segundo a equação 5. Para calcular este valor sabe-se
que a tensão de controle varia de 0 até 5 V e que o tempo de carga do capacitor
precisa ser maior que o intervalo entre os cruzamentos pelo zero do sinal da rede.
Como a frequência padrão da rede elétrica no Brasil é de 60 Hz, o tempo de
carga do capacitor precisa ser maior que 8,33 ms. O valor da tensão sobre o
capacitor é comparado com o sinal de controle no pino 11 proveniente da saída
PWM do Arduíno, o qual passa por um filtro passa – baixa, formado por um
resistor e um capacitor, para ter seu valor estabilizado, uma vez que o TCA780 é
bastante sensível às variações da modulação de pulso. Cada vez que a tensão no
capacitor possui um valor maior que o sinal de controle, um pulso é emitido pelo
controlador de fase, sendo esta tarefa dividida entre duas de suas saídas, Q1 e
Q2, uma para o semi - ciclo positivo do sinal de sincronização e outra para o
negativo. Elas são interligadas, através de diodos e conectadas a um
optoacoplador MOC3023 com um resistor para limitar a corrente. Na saída do
MOC3023 foi conectado um Triac BTA41600B, que suporta uma tensão de
alimentação de 600 V e uma corrente nominal de 41 A, montado em um
dissipador parar evitar a sua queima. O Triac é chaveado pelo optoacoplador
29

controlando a tensão da rede variando a potência dissipada no chuveiro. Na figura


17 é mostrado o circuito da placa de potência.
30

Figura 17: Circuito elétrico da placa de potência


31

3.3 Sensor de temperatura

Elemento responsável em transformar a temperatura da água da saída do


chuveiro em um sinal de tensão analógico que alimenta a entrada do Arduíno. Ele
é composto por um LM35, figura 18, que fica em contato direto com á água
proveniente do chuveiro e possui dois terminais de alimentação e um terminal de
saída analógico, o qual varia a tensão em 10 mV/ºC.9 Como o mesmo permanece
em contato direto com a água, os seus terminais receberam um isolante elétrico
para evitar que haja risco de curto-circuito entre eles.

Figura 18: Imagem de um sensor de temperatura LM359

3.4 Interface Homem Máquina

Este bloco é composto por um LCD10 que mostra a temperatura real da


água obtida pelo sensor, a temperatura de referência estipulada pelo usuário, e a
porcentagem do tempo de condução no Triac, mostrado na figura 19.
32

Figura 19: Display LCD utilizado para monitorar a temperatura

O valor da temperatura de preset é obtido através de dois botões, com


ligação do tipo pull-down, sendo um de incremento e outro de decremento, onde o
usuário pode definir, com escala de 1ºC, a temperatura desejada, dentro dos
limites do sistema, 15 e 50°C. O esquema em que esta ligação é feita está
mostrado na figura 20. Segundo esta figura, se o botão for pressionado, a
corrente toma o caminho de menor resistência, e flui entre os 5 V e o pino de
entrada. Entretanto, quando o botão não é pressionado, a entrada está conectada
ao resistor de 10 kΩ e é direcionada para o terra. Sem esse resistor, o pino de
entrada ficaria em vazio quando o botão não estivesse pressionado, e flutuaria
entre 0 V e 5 V. Portanto, nesse circuito a entrada sempre será direcionada para o
terra, ou zero volt, quando o botão não estiver pressionado, e para 5 V quanto ele
estiver pressionado.

Figura 20: Exemplo de um circuito pull-down

3.5 Alimentação

Como o próprio nome diz, este bloco funcional tem como objetivo garantir a
alimentação dos diferentes módulos de forma segura e estável. Normalmente a
33

alimentação de um chuveiro é de 220 VRMS, porém o Arduíno e o TCA780 são


alimentados por uma tensão contínua de 15 V e os outros componentes são
alimentados com uma tensão DC de 5 V obtidas pelo regulador interno do
Arduíno.
Portanto foi utilizado um transformador 220/24 V alimentando um retificador
de onda completa com derivação Center Tap, seguido de um filtro e um regulador
de tensão 7815, para permitir uma alimentação praticamente constante de 15 V.
O motivo do uso deste tipo de retificação se deve ao fato de a mesma possibilitar
que o sinal do secundário do transformador tenha o mesmo referencial que o
restante do circuito, conforme pode ser observado na figura 17.
34

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base nas informações acima foi montado o protótipo com controlador
de temperatura de um chuveiro. Para realizar os testes foi utilizado um aquecedor
elétrico da WM de 4400 W/220 V11 mostrado na figura 21.

Figura 21: Ligação hidráulica do aquecedor elétrico

Para efeitos de teste foi utilizado o chuveiro na posição “Morna” para evitar
que a corrente requerida da rede fosse muito alta e houvesse risco de desarme
do disjuntor da bancada.
Como é um protótipo, a parte eletrônica foi montada em um protoboard,
figura 22, e em conectores Sindal, figura 23, com a finalidade de facilitar futuras
modificações.
35

Figura 22: Circuito eletrônico montado no protoboard

Figura 23: Circuito eletrônico de potência utilizando conectores Sindal

Antes de trabalhar diretamente com o aquecedor, foram realizados vários


testes com cargas de baixa potência como resistores e lâmpadas. Utilizou-se na
alimentação um gerador de sinais, sendo monitorado o formato das ondas pelo
osciloscópio. Na figura 24 é mostrada a tensão no resistor sendo alimentado por
um gerador de sinais.
36

Figura 24: Formato da tensão sobre um resistor

Em seguida foi acoplada uma lâmpada de 220 V/100 W, para fazer os


ajustes do circuito com a tensão da rede. Inicialmente foi ajustado o tempo de
carga do capacitor do TCA780 para que ele pudesse carregar de 0 até 5 V em um
intervalo de 8,33 ms, devido a frequência da rede de 60 Hz. Na figura 25, é
mostrado o sinal obtido sobre o capacitor C10:

Figura 25: Tensão de carga no capacitor do TCA780


37

Na entrada de sincronismo do TCA780, foi montado um circuito ceifador


com a finalidade de limitar a tensão utilizando dois diodos em anti - paralelo e um
resistor. Na figura 26, é mostrado o sinal obtido:

Figura 26: Entrada de sincronismo do TCA780

Conforme mencionado, o Arduíno varia a sua tensão de saída através de


uma modulação PWM, porém como o TCA780 é bastante sensível a essa
variação, foi utilizado um filtro passa – baixa para linearizar o sinal que é aplicado
a sua entrada de controle. Nas figuras 27 e 28 é mostrado o sinal PWM antes e
depois da filtragem, respectivamente:

Figura 27: Saída PWM do Arduíno


38

Figura 28: Sinal PWM do Arduíno após o filtro passa - baixa

Após os testes com a lâmpada, para testar o protótipo em situações reais


foi feito um teste prático acoplando o aquecedor, onde foi medida a temperatura
na saída do aquecedor para uma temperatura desejada de 30°C durante dois
minutos obtendo o gráfico da figura 29:

31
30.5
30
29.5
Temperatura [°C]

29
28.5
28
27.5
27
26.5
26
0 20 40 60 80 100 120
Tempo [s]

Figura 29: Gráfico experimental do controle de temperatura do chuveiro.


39

No gráfico obtido, verificou-se que existiu o controle de temperatura em


torno do valor desejado, de 30°C, com uma variação de ± 0,3°C, depois de
decorrido 40 s do instante que o chuveiro foi ligado, mostrando que o circuito
funcionou conforme o esperado.
40

5. CONCLUSÃO

Através dos dados obtidos e da curva experimental levantada, verificou-se


que o protótipo de um controlador de temperatura para chuveiros elétricos,
funcionou conforme o desejado. Observou-se que o controle da temperatura
atingiu o valor de preestabelecido pelo usuário e estabilizou-se de maneira
relativamente rápida, mantendo-se dentro de uma faixa de erro pequena de
±0,3°C, imperceptível à pele humana. Isto ocorreu, pelo fato do tempo de
verificação da temperatura, pelo controlador, depender inversamente da diferença
entre a temperatura real e a desejada garantindo um controle rápido e estável.
Além disso, a divisão de atribuições de controle entre o Arduíno e o TCA780,
sendo este último o responsável pela detecção do zero e disparo do TRIAC,
permitiu ao controlador desempenhar suas funções sem lentidão ou travamento,
possibilitando um controle mais eficaz e monitoramento da temperatura real
quase instantânea.
41

6. CRONOGRAMA

Para a que este projeto fosse realizado com sucesso foi realizado um
cronograma com a finalidade de orientar durante a sua execução:

DATA ATIVIDADE
1° mês Análise geral do projeto: Escolha das tecnologias e
planejamento do trabalho
2° mês Elaboração do projeto elétrico e eletrônico
3° mês Elaboração do projeto elétrico e eletrônico
4° mês Simulações e teste em bancada
5° mês Programação do controlador e comunicação com os outros
componentes
6° mês Programação do controlador e comunicação com os outros
componentes
7° mês Programação do controlador e desenvolvimento da malha de
controle
8° mês Programação do controlador e desenvolvimento da malha de
controle
9° mês Construção do Protótipo
10° mês Realização de testes utilizando o protótipo em situações reais
de trabalho.
11° mês Realização de testes e alterações no protótipo em situações
reais de trabalho.
12° mês Elaboração do Relatório Final
42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]Comissão Europeia. Alterações Climáticas. Disponível em:


http://ec.europa.eu/clima/sites/campaign. Acesso: 09 de março de 2013.

[2]ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).Chuveiro


Elétrico. Disponível em: <http://www.banhoeconomico.com.br>. Acesso: 10 de
janeiro de 2014.

[3]Lorenzetti. Produtos. Disponível em: http://www.lorenzetti.com.br/. Acesso 24


de março de 2013.

[4]Colégio Politec. Apostila Sobre Modulação PWM. Disponível em:


http://www.eletronica.org/. Acesso: 24 de março de 2013.

[5] BARBI, Ivo. Eletrônica de Potência. Florianópolis: Do Autor, 2005.

[6] RASHID, Muhammad H.. Eletrônica de Potência: Circuitos, Dispositivos e


Aplicações. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1999.

[7] PHASE CONTROL IC TCA785. Disponível em:


http://www.digchip.com/datasheets/parts/datasheet/216/TCA785.php. Acesso: 01
de dezembro de 2013.

[8] Arduíno. Disponível em: http://www.arduino.cc/. Acesso: 24 de março de 2013.

[9] LM35. Disponível em: http://www.ti.com/lit/ds/symlink/lm35.pdf. Acesso: 24 de


março de 2013.

[10]LiquidCrystal. Disponível em: http://arduino.cc/en/Tutorial/LiquidCrystal.


Acesso: 24 de março de 2013.
43

[11] AQUECEDOR ELÉTRICO. Disponível em: http://wmaquecedores.com.br/.


Acesso: 02 de outrubro de 2013.

[12]MCROBERTS, Michael. Arduino Básico. São Paulo: Novatec Editora, 2011.


44

APÊNDICE – CÓDIGO-FONTE DO CONTROLADOR

// inclusão da biblioteca do LCD no código


#include <LiquidCrystal.h>
// inicialização do LCD com os números dos pinos de interface
LiquidCrystal lcd(13, 12, 8, 9, 10, 11); //LiquidCrystal(rs, enable, d4, d5, d6, d7)

int up = 6; // entrada para aumentar a temperatura de preset


int down = 7; // entrada para diminuir a temperatura de preset
int saida = 3; // saída PWM
int time = 0; // tempo de disparo
int porcento = 2; // porcentagem do tempo
int preset = 25; // temperatura de preset
int temp = 0.0; // temperatura real
long ctrl_time = 0; // auxiliar de controle
long botao_time = 0; //auxiliar do botão

void controle(); // função de controle


void preSet(); // função do preset
void real(); // função do sensor de temperatura
void tela(); // função para escreve no LCD

void setup()
{
// carrega o número de linhas e colunas do LCD
lcd.begin(16, 2);
lcd.clear(); // limpa o LCD
pinMode(up, INPUT); //define o pino como entrada
pinMode(down, INPUT); //define o pino como entrada
pinMode(saida, OUTPUT); //define o pino como saída
}
45

void loop()// ciclo principal


{
controle();
real();
preSet();
tela();
}

void controle(){
//malha de controle
if ((preset > (temp/10)) & (time > 2)&(millis() > ctrl_time)){
time = time - 1;// decrementa o tempo de disparo
// tempo para verificar a condição novamente
ctrl_time = (millis()+(100+400/(preset-temp/10+1)));
}
if ((preset < (temp*10)) & (time < 255)&(millis() > ctrl_time)){
time = time + 1;// incrementa o tempo de disparo
// tempo para verificar a condição novamente
ctrl_time = (millis()+(100+400/(temp/10-preset+1)));
}
porcento = map(time,255,2,0,100);// converte o valor do tempo em porcentagem
analogWrite(saida, time); // escreve o valor na saída PWM entre 0 a 255
}

void real(){
//sensor de temperatura
int lm35a = analogRead(0);//faz a primeira leitura do sensor
delay (10);
int lm35b = analogRead(0); //faz a segunda leitura do sensor
delay (10);
int lm35c = analogRead(0); //faz a terceira leitura do sensor
delay (10);
int lm35 = (lm35a + lm35b + lm35c)/3;//média das medições do sensor LM35
46

temp = map(lm35,46,144,230,750); //conversão de temperatura do sensor


}

void preSet(){
//leitura dos botões de preset
if ((digitalRead(up) == HIGH) & (preset < 50)&(millis() > botao_time)){
preset = preset ++;//aumenta a temperatura de preset
botao_time = (millis()+200);// tempo para verificar o botão novamente
}
if ((digitalRead(down) == HIGH)& (preset >15)&(millis() > botao_time)){
preset = preset --; // diminiu a temperatura de preset
botao_time = (millis()+200); // tempo para verificar o botão novamente
}
}

void tela(){
// controle do display LCD
// seta o cursor para columa 0 e linha0
lcd.setCursor(0, 0);
// mostra o valor do tempo presetado
lcd.print("Set ");
lcd.print(preset);
lcd.write(B11011111);//símbolo do °
lcd.print ("C ");
// mostra o valor em porcentagem do tempo
lcd.setCursor(10, 0);
lcd.print(" ");
lcd.print(porcento);
lcd.print ("% ");
// mostra o valor real de temperatura
int temp1 = temp/10;//parte inteira da temperatura
int temp2 = temp%10;//parte decimal da temperatura
lcd.setCursor(0, 1);
47

lcd.print("Real ");
lcd.print(temp1);
lcd.print(".");
lcd.print(temp2);
lcd.write(B11011111);
lcd.print ("C ");
}

Você também pode gostar