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A Hora da Estrela

A hora da estrela consiste em uma verdadeira peregrinação da escuta e da fala, ao longo da qual
o escritor tenta construir, a partir do limo de uma pessoa-formiga (Macabéa) e de sua própria
pessoa-gigante-deconsciência, uma estrela-pessoa e uma estrela-palavra.
História – Resumo
A história começa com o narrador personagem dizendo que não sabe como deve começar pois
todas as coisas possuem um começo anterior ao que se conta nessa. Mais adiante diz que narrará
a história de uma nordestina e em seguida se nomeia como Rodrigo.
Além disso, Clarice faz menção a si no meio do texto, dizendo que não poderia ser mulher para
publicar o seu livro, mas sim um homem:
Aliás – descubro eu agora – eu também não faço a menor falta, e até o
que escrevo um outro escreveria. Um outro escritor, sim, mas teria que
ser homem porque escritora mulher pode lacrimejar piegas.
Seguindo continua falando de uma das muitas nordestinas, todas com suas dificuldades para
manter-se vivas.
Texto em partes metalinguístico:
Pretendo, como já insinuei, escrever de modo cada vez mais simples.
Aliás o material de que disponho é parco e singelo demais, as
informações sobre os personagens são poucas e não muito elucidativas,
informações essas que penosamente me vêm de mim para mim mesmo,
é trabalho de carpintaria.

“Quem antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de
ir vivendo à toa. Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?”
Cairia estatelada em cheio no chão. É que “quem sou eu?” Provoca
necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é
incompleto.”
Nos conta que a nordestina foi despedida por cometer diversos erros em datilografia.
Macabéa nascerá raquítica e perderá os pais com dois anos de idade, posteriormente fora para
Maceió com a tia beata.

Personagens:
Macabéa – Sertão de Alagoas (vestido de Chita) - só tinha até o terceiro ano primário –
datilógrafa
Madama Carlota
Rodrigo S. M. – Narrador – Personagem – (Clarice se coloca nesse personagem)
Olímpico de Jesus – Paraibano
É. Parece que estou mudando o modo de escrever. Mas acontece que só
escrevo o que quero, não sou um profissional – e preciso falar dessa
nordestina senão sufoco
A Paixão Segundo G. H.

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