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A Declaração Universal dos Direitos do Homem, em seu art.

3º diz-nos “Todo o
homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. E no art. 5º “Ninguém
será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”.

Diante deste pressuposto, chegamos à conclusão que é digno de reprovação o


ato de mutilar as genitálias femininas, prática supostamente cultural realizada no
Quênia. Além de trazer trauma, infecção, dor e até a morte resultante de tal
procedimento. A prática é realizada muitas vezes em bebês do sexo feminino e em
garotas a partir da sua puberdade.

O procedimento é desumano, visto que não há um mínimo de esterilização dos


objetos utilizados no ritual, tampouco o uso de analgésicos contra a dor a que são
submetidas as pacientes.

Alguns pais acreditam que a mutilação é necessária, pois consideram a genitália


da mulher suja e feia, e ao ser removida ficará com aspecto mais bonito e higiênico. No
entanto, todo esse pensamento machista não visa o bem-estar das crianças. Há uma
preocupação com o “negócio”, pois o valor do dote será expressivo se elas forem
“puras”.

Baseando-se nas análises feitas, concluímos que todo esse “ritual” bárbaro está
vinculado a um modele de sociedade que não se importa, verdadeiramente, com os
direitos dos seres humanos citados na Declaração Universal dos Direitos do Homem.

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