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Boletim j

Manual de Procedimentos
Legislação Trabalhista
e Previdenciária
Fascículo No 01/2017

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// Segurança e Saúde no Trabalho Veja nos Próximos


Mapas da NR 4 - SESMT - Acidentes do trabalho - Registro mensal. . . 01 Fascículos

// Décimo Terceiro Salário a Cabeleireiro, barbeiro,


Pagamento da 1ª parcela por ocasião das férias. . . . . . . . . . . . . . . . 06 esteticista, manicure, pedicure,
depilador e maquiador e o

// IOB Setorial contrato de parceria


a Contribuição sindical das
Esportes empresas
Educação física - Biomecânica do exercício - Área de especialidade
a Contribuição sindical das
profissional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
microempresas e empresas de
pequeno porte
// IOB Comenta
Horas de sobreaviso - Remuneração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

// IOB Perguntas e Respostas


Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho (SESMT)
Dimensionamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Manutenção - Obrigatoriedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Profissionais integrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Profissionais integrantes - Exercício de outras atividades na empresa
- Proibição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Registro - Acidentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
© 2016 by SAGE | IOB

Capa:
Marketing SAGE | IOB

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Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)


0800-724-7900 (Outras Localidades)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : mapas da NR


4 (SESMT) : acidentes do trabalho.... --
13. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2017.
(Coleção manual de procedimentos)

ISBN: 978-85-379-2885-1

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil


2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

16-00179 CDU-4:331(81)(094)
Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito


previdenciário 34:368.4(81)(094)
2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
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Manual de Procedimentos
Legislação Trabalhista e Previdenciária

a Segurança e Saúde no Trabalho


Mapas da NR 4 - SESMT - Acidentes sejam asseguradas condições de acesso aos regis­
tros e entendimentos de seu conteúdo, devendo ser
do trabalho - Registro mensal guardados somente os mapas anuais dos dados por
SUMÁRIO um período não inferior a 5 anos.
1. Introdução
2. Acidentes com vítima
3. Doenças ocupacionais Para preenchimento dos mapas, segundo escla­
4. Insalubridade rece o Ministério do Trabalho (MTb), em Brasília,
5. Acidentes sem vítima deve-se observar o descrito adiante.
1. INTRODUÇÃO (NR 4, item 4.12, letras “i” e “j”, aprovada pela Portaria MTb
nº 3.214/1978, na redação da Portaria SSMT nº 33/1983 e da
Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Portaria MTE nº 2.018/2014)
Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho (SESMT), entre As 2. ACIDENTES COM VÍTIMA
outras funções, registrar mensalmente empresas devem
os dados atualizados de acidentes Quadro III
registrar mensalmente os
do trabalho, doenças ocupacionais dados atualizados relativos a - Nº ABSOLUTO:
e agentes de insalubridade, preen­ acidentes do trabalho, doenças
chendo, no mínimo, os quesitos ocupacionais e agentes de Número de empregados
descritos nos modelos de mapas acidentados.
insalubridade, preenchendo, no
constantes dos Quadros III, IV, V e mínimo, os quesitos descritos nos - Nº ABSOLUTO COM AFASTA­
VI da Norma Regulamentadora nº modelos de mapas da NR 4, MENTO ≤ 15 DIAS:
4 (NR 4). mantendo-os à disposição da Afastamentos iguais ou inferiores
inspeção do trabalho a 15 dias.
Notas
(1) O SESMT é integrado por engenheiro de segurança
Nota
do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de  onsidera-se “afastamento” a ausência por jornada integral de
C
enfermagem do trabalho e técnico de segurança do trabalho. trabalho.

(2) As empresas privadas e públicas devem manter os SESMT confor­


me o grau de risco da atividade principal e o número total de empregados - Nº ABSOLUTO C/ AFASTAMENTOS > 15 dias: afasta­
existentes no estabelecimento. A finalidade é promover a saúde e proteger mentos superiores a 15 dias.
a integridade do trabalhador no local de trabalho. Veja Quadro II da NR 4,
com redação da Portaria SSMT nº 34/1987 (dimensionamento dos SESMT
- Nº ABSOLUTO SEM AFASTAMENTO: número de empregados
- número de técnicos de acordo com a quantidade de empregados do es­
tabelecimento). que retornaram ao serviço no mesmo dia ou no dia seguinte ao
do afastamento (perda parcial da jornada de trabalho).
A empresa deve manter à disposição da inspeção - ÍNDICE RELATIVO/TOTAL DE DESEMPREGADOS: resul­
do trabalho os mapas com os registros dos citados tado da divisão do número de acidentes pelo número total
dados, conforme a NR 4. de empregados do estabelecimento, multiplicado por 100.

Os registros dos dados devem ser mantidos na Fórmula:


sede dos SESMT ou facilmente alcançáveis a partir
da mesma, sendo de livre escolha da empresa o Ind Rel / Total Empr = nº acidentes x 100
método de arquivamento e recuperação, desde que nº empregados

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

- DIAS/HOMEM PERDIDOS: resultado obtido - ÓBITOS: mencionar o respectivo número.


da divisão do total de horas não trabalhadas por
empregados acidentados pelo número de horas - ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE:
correspondentes à jornada normal de trabalho da divisão do número de dias/homem perdidos pelo
empresa. número de acidentes com lesão, ou número absoluto
do quadro.
- TAXA DE FREQUÊNCIA: aplicar a seguinte fór­
mula:
Exemplo
WD
N X 1.000.000
Taxa de frequência = , sendo: Em oficina de empresa com a média anual de
H
N = número de acidentes com lesão ou número 200 empregados e jornada diária de 7 horas e 20
absoluto do quadro; minutos, ocorrem acidentes com 4 empregados:
H = homens/hora de exposição ao risco. Produto 1º - ferimento leve que o impede de trabalhar par­
da multiplicação desse número de emprega­ te do dia do acidente (4 horas);
dos pela jornada de trabalho normal da em­ 2º - afastamento por 10 dias;
presa, vezes o número de dias úteis do ano
(variável); 3º - afastamento por 14 dias;
1.000.000 = constante da fórmula. 4º - ausência por 60 dias.

Quadro III

Acidentes com vítima Data do Mapa .... / .... / ....

Responsável:________________________________ Ass.:________________________________
Nº absoluto Nº absoluto Nº absoluto Índice relativo/ Índice de
Dias/homem Taxa de
Setor nº Nº absoluto c/ afastamento c/ afastamento sem total de (3) Óbitos avaliação da
perdidos (2)
frequência
≤ 15 dias > 15 dias afastamento empregados (1) gravidade (4)
Oficina 04 02 01 01 02 84,5455 8,8837 0 21,1364
Total do
estabeleci­ 04 02 01 01 02 84,5455 8,8837 0 21,1364
mento (200)

Demonstrativo de cálculo:

(1) Índice relativo/total de empregados:

nº de acidentes x 100 => 4 x 100 =2


nº de empregados 200

(2) Dias/homem perdidos:

Total de horas não trabalhadas pelos empregados acidentados =>


Jornada normal de trabalho da empresa

(1 x 4h) + (10h x 7h e 20 min) + (14 x 7h e 20 min) + (60 x 7h e 20 min) =>


7 h e 20 min

Observação

Para facilidade de cálculo, substituir a jornada diária normal pelo seu valor equivalente em número decimal,
ou seja:

7h e 20 min = 7,3333
( 44h semanais
6 dias )
01-02 CT Manual de Procedimentos - Jan/2017 - Fascículo 01 - Boletim IOB
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(1 x 4h) + (10 x 7h e 20 min) + (14 x 7h e 20 min) + (60 x 7h e 20 min) =>


7h e 20min

(1 x 4h) + (10 x 7,3333) + (14 x 7,3333) + (60 x 7,3333) =>


7,3333

4 + 73,3333 + 102,6662 + 439,9980 =>


7,3333

619,99750
~
= 84,54555
7,3333

(3) Taxa de frequência:

nº de acidentes com lesão ou nº absoluto do quadro x 1.000.000 =>


nº de empregados x jornada normal de trabalho x nº de dias utéis do ano

4 x 1.000.000 4 x 1.000.000
=> <=>
200 x 7 horas e 20 minutos x 307 (*) 200 x 7,3333 x 307 (*)

4.000.000
=> ~
= 8,8837
450.264,62
(*) 307 dias úteis em 2016.

Nota
Neste exemplo, para a apuração dos 307 dias úteis em 2016, excluímos os domingos, os feriados nacionais e a Sexta-Feira da Paixão. Contudo, as em­
presas devem observar, também, os demais feriados municipais e estaduais da respectiva região.

(4) Índice de avaliação da gravidade:

nº de dias/homem perdidos
=>
nº de acidentes com lesão ou nº absoluto do quadro

84,5455
=> ~
= 21,1364
4

3. DOENÇAS OCUPACIONAIS
Quadro IV
Este quadro deve ser preenchido no caso de doenças profissionais adquiridas pelo exercício da atividade.

- TIPO DE DOENÇA: denominação da doença.

- NÚMERO ABSOLUTO DE CASOS: quantidade de empregados acometidos.

- SETORES DE ATIVIDADE DOS PORTADORES: local de ocorrência. Exemplo: oficina, laboratório, etc.

- NÚMERO RELATIVO DE CASOS (%/TOTAL DE EMPREGADOS): estabelecer a relação proporcional entre


o total de empregados e o número de casos de incidência da moléstia.
Por regra de três simples, tem-se:

A —————— 100 %
B —————— X

B X 100% B x 100%
=> => x = , onde:
AxX A

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

A = nº total de empregados;
B = nº absoluto de casas; e
X = nº proporcional a ser apurado.

- Nº DE ÓBITOS: quando ocasionados pela doença.

- Nº DE TRABALHADORES TRANSFERIDOS PARA OUTRO SETOR: empregados transferidos para outras


seções, por motivo de saúde.

- Nº DE TRABALHADORES DEFINITIVAMENTE INCAPACITADOS: empregados aposentados por invalidez


causada pela doença.

Exemplo
WD

Em oficina de empresa, com a média anual de 200 empregados, do ramo de porcelana esmaltada por
decomposto de chumbo, 2 trabalhadores contraem pneumoconiose, dos quais um se aposenta por invalidez.

Quadro IV

Doenças ocupacionais Data do Mapa .... / .... / ....

Responsável: ________________________________ Ass.: ________________________________

Nº relativo de
Setores de Nº de trabalhadores Nº de trabalhadores
Nº absoluto casos
Tipo de doença atividade dos Nº de óbitos transferidos para definitivamente
de casos (%/total de
portadores (*) outro setor incapacitados
empregados)
Pneumoconiose 2 Setor oficina 1% (**) 0 0 1

(*) Codificar no verso. Por exemplo: 1 - setor embalagens; 2 - setor montagem.

(**) Demonstrativo de cálculo:

200 —————— 100 %


2 —————— X

2 x 100 200
=> X = => => X=1
200 200

4. INSALUBRIDADE
Quadro V

São identificados os agentes insalubres.

- SETOR: local onde existe o agente.

- AGENTES IDENTIFICADOS: causadores da insalubridade. Mencionam-se os agentes químicos ou físicos,


tais como ruído, chumbo, calor, frio, etc.

- INTENSIDADE OU CONCENTRAÇÃO: grau de insalubridade - máximo, médio ou mínimo, conforme o caso.

Se a avaliação puder ser feita por meio de aparelho de medição, colocar o número correspondente à leitura.

01-04 CT Manual de Procedimentos - Jan/2017 - Fascículo 01 - Boletim IOB


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Exemplo
WD

90 dB (grau de ruído medido por decibelímetro).

- NÚMERO DE TRABALHADORES EXPOSTOS: número de empregados do setor.

Com base no exemplo anterior, tem-se:

Quadro V

Insalubridade Data do Mapa .... / .... / ....

Responsável:________________________________ Ass.: ________________________________


Nº de trabalhadores
Setor Agentes identificados Intensidade ou concentração
expostos
Oficina Chumbo Grau médio 200

5. ACIDENTES SEM VÍTIMA


Quadro VI

Refere-se à estatística dos acidentes do trabalho na empresa.

- SETOR: local de trabalho onde ocorreu o acidente.


- Nº DE ACIDENTES: acidentes ocorridos no período.
- PERDA MATERIAL AVALIADA: custo total da paralisação provocada pelo acidente, incluindo pagamento
ao empregado (até 15 dias), reparo de máquina (se houver quebra), prejuízos causados à produção pela para­
lisação. Inserir número inteiro que represente em milhares de reais (R$) o valor avaliado. Despreza-se a fração
de milhar, se houver.
ACID. SEM VÍTIMA
ACID. COM VÍTIMA

Demonstrar em forma de fração ordinária, com o número de empregados acidentados sem afastamento do
trabalho sobre o número de empregados acidentados com afastamento.
- TOTAL DO ESTABELECIMENTO: número total de empregados.
Exemplo
WD

Aproveitando o enunciado do Quadro III, tem-se:

Quadro VI

Acidentes sem vítimas Data do Mapa ..... / ..... / .....

Responsável: ________________________________ Ass.: ________________________________


Perda material avaliada (R$ Acid. s/ vítima
Setor Nº de acidentes Observações (*)
1.000,00) Acid. c/ vítima
Oficina 4 300 1/3
Total do estabelecimento (200) 4 300 1/3
(*) Para observações oportunas da empresa.

(NR 4, item 4.12, letras “i” e “j”, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, na redação da Portaria SSMT nº 33/1983 e da Por­
taria MTE nº 2.018/2014)

N
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a Décimo Terceiro Salário


Pagamento da 1ª parcela por ocasião Cabe lembrar que o adiantamento da 1ª parcela,
por ocasião das férias, somente é possível quando
das férias estas são gozadas entre os meses de fevereiro e
Todos os empregados - urbanos, rurais ou domés­ novembro.
ticos -, bem como os trabalhadores avulsos, têm direito
ao recebimento do 13º salário, independentemente da Ressalte-se que o documento coletivo de trabalho
remuneração a que fizerem jus. da respectiva categoria profissional poderá estabele­
cer prazo diverso do aqui descrito, razão pela qual a
O 13º salário é pago, nos termos da legislação empresa deverá consultá-lo antecipadamente.
em vigor, em duas parcelas, sendo a 1ª paga entre os
meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a 2ª, A 1ª parcela do 13º salário corresponde a 50% da
até 20 de dezembro. remuneração recebida no mês anterior, nesse caso,
Contudo, o empregado pode receber a 1ª parcela ao gozo de férias.
do 13º salário por ocasião das férias, desde que a
solicite ao empregador durante o mês de janeiro do Segue modelo do formulário de solicitação da 1ª
correspondente ano, ou seja, até o dia 31 desse mês. parcela do 13º salário:

(Constituição Federal de 1988 - CF/1988, art. 7º, inciso VIII e parágrafo único; Lei nº 4.749/1965, art. 2º, caput e § 2º; Decreto
nº 57.155/1965, arts. 3º e 4º)
N
01-06 CT Manual de Procedimentos - Jan/2017 - Fascículo 01 - Boletim IOB
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a IOB Setorial
ESPORTES diferentes atividades físicas, exercícios físicos,
práticas profissionais e esportivas;
Educação física - Biomecânica do b) medir, processar e analisar dados para me­
lhor compreensão do movimento humano, nos
exercício - Área de especialidade exercícios físicos, na atividade física, no es­
profissional porte, bem como suas adaptações;
c) orientar sobre a otimização mecânica do de­
O Conselho Federal de Educação Física (Confef),
sempenho humano no exercício esportivo, na
por meio da Resolução nº 322/2016, definiu a bio­
atividade física, no exercício físico e no esporte;
mecânica do exercício como área de especialidade
profissional em educação física. d) avaliar e definir indicações e contraindicações
para a realização de atividades físicas, exercí­
A biomecânica do exercício estuda o corpo e o cios físicos e esportes, atuando de forma indi­
movimento humano em relação às leis e aos princí­ vidual ou em equipes multiprofissionais;
pios físico-mecânicos, incluindo os conhecimentos e) interpretar os resultados de testes físicos vi­
anatômicos e fisiológicos, e contempla os aspectos sando à prescrição de exercícios físicos, labo­
cinemáticos, cinéticos, eletromiográficos e antropo­ rais e esportivos, na área da sua especialida­
métricos do movimento humano, sendo aplicada às de profissional;
diversas dimensões, formas e manifestações da edu­ f) avaliar o comportamento mecânico de próte­
cação física, do exercício físico, da atividade física, do ses e as adaptações necessárias à sua utiliza­
esporte e similares. ção;
g) prestar consultoria, auditoria e assessoria na
A especialidade profissional em educação física
área da sua especialidade profissional;
na área de biomecânica do exercício, para efeito de
reconhecimento pelo Sistema Confef/Cref e para atua­ h) elaborar pareceres técnicos acerca de equi­
ção profissional específica, destina-se exclusivamente pamentos esportivos;
aos profissionais de educação física registrados no i) desenvolver pesquisa na área de especialida­
citado Sistema. de ou de forma interdisciplinar;
j) atuar e contribuir de forma efetiva para a qua­
Compete ao profissional de educação física espe­ lidade do trabalho em equipe multiprofissional,
cialista em biomecânica, no contexto da aplicação da conforme sua área de habilitação, em confor­
biomecânica do exercício no âmbito do esporte, da midade com o Código de Ética dos Profissio­
atividade física e do exercício físico: nais de Educação Física e sem renúncia à sua
a) desenvolver estudos e formular metodologias autonomia técnico-científica.
capazes de produzirem evidências e compro­ (Resolução Confef nº 322/2016)
var a efetividade de estratégias utilizadas nas N

a IOB Comenta
Horas de sobreaviso - Remuneração A tecnologia eletrônica disponibiliza diversos
sistemas e aparelhos que podem ser utilizados pelo
Regime de sobreaviso é aquele em que o empregado quando ele permanece em regime de
empregado, mesmo estando em gozo dos seus pe­ sobreaviso, ou seja, aguardando ordens do empre­
ríodos de repouso, fica à disposição do empregador gador. Enquadram-se nesses casos o uso de “bip”,
aguardando a qualquer momento o chamado para o radiocomunicador portátil (walkie talkie), rádio PX,
serviço. pager, telefone celular, laptop, notebook, tablets, etc.,

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

os quais visam não só à pronta localização do empre­ observando-se que o uso de instrumentos telemá­
gado como também à transmissão de instruções para ticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao
a execução dos trabalhos e possibilita o contato com empregado, por si só, não caracteriza o regime de
clientes. sobreaviso.

Assim, é procedimento comum que as empre­ Configurado o regime de sobreaviso, a remu­


sas forneçam aos seus empregados os referidos neração das horas correspondentes (sobreaviso) é
aparelhos de comunicação eletrônica, objetivando a contada à razão de 1/3 do salário normal, ou seja:
convocação para a prestação de serviços.
Exemplo
WD
O regime de sobreaviso é legalmente previsto
para os empregados ferroviários que, nos termos Empregado horista permanece 8 horas de sobre­
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), art. aviso:
244, § 2º, permanecem em suas próprias casas,
aguardando a qualquer momento o chamado para o - salário-hora normal = R$ 4,80
serviço. Entretanto, pode ser estendido, por analogia, - salário-hora de sobreaviso: R$ 4,80 ÷ 3 x 1 =
a empregados de outras atividades empresariais que R$ 1,60
permaneçam fora do local da prestação dos serviços,
- total a pagar a título de sobreaviso: R$ 1,60 x
na expectativa de serem chamados ao serviço em
8 horas = R$ 12,80
horas destinadas a descanso e lazer.
Se o empregado durante o período de sobreaviso
Alguns doutrinadores posicionavam-se no sentido
(plantão) for convocado para a efetiva prestação de
de que, para configurar o regime de sobreaviso,
serviço extraordinário, fará jus ao recebimento além
era necessário, segundo a CLT, art. 244, § 2º, que
de 1/3 do salário normal pelo tempo à disposição do
o empregado permanecesse em sua própria casa,
empregador, das horas extras trabalhadas.
aguardando a qualquer momento o chamado para
o serviço. Portanto, o mencionado regime, segundo
Entretanto, como não há dispositivo legal expresso
essa corrente de entendimento, acarretava uma limita­
determinando a forma de apuração da remuneração
ção à liberdade de locomoção do empregado, o qual
nessa hipótese, há duas correntes a considerar:
não podia dispor livremente do seu tempo, posto que
deveria permanecer em sua residência. a) a primeira defende o entendimento de que ha­
vendo o chamamento ao serviço durante o pe­
Outra corrente de entendimento, considerando ríodo de sobreaviso este é suspenso, pois não
o desenvolvimento tecnológico que permite a utiliza­ pode haver pagamento de sobreaviso e horas
ção dos aparelhos de comunicação já comentados, extras relativa ao mesmo período, devendo ser
objetivando à convocação para a prestação de pagas as horas de sobreaviso ocorridas e as
serviços, os quais permitem uma certa liberdade ao horas extras prestadas;
empregado que pode locomover-se de acordo com a
sua necessidade e vontade, sustentava que, apesar Exemplo
WD
dessa liberdade de locomoção, o trabalhador não
podia dispor do seu tempo como bem desejasse, Empregado horista com salário-hora de R$ 6,00
como, por exemplo, ausentar-se da cidade, pois a permaneceu no mês de setembro por 10 horas de
qualquer momento podia ser chamado ao trabalho, sobreaviso, das quais foi chamado a prestar serviços
estando assim caracterizada a sua disponibilidade ao por 5 horas. Assim, temos:
empregador. - valor da hora de sobreaviso: R$ 6,00 ÷ 3 =
R$ 2,00
Entretanto, o Tribunal Superior do Trabalho, por
meio da Súmula nº 428, pôs fim à controvérsia ao con­ - valor das horas extraordinárias (adicional de
substanciar o entendimento de que se considera em 50%): R$ 6,00 x 1,50 = R$ 9,00
sobreaviso o empregado que, à distância e submetido - total a pagar a título de horas de sobreaviso:
a controle patronal por instrumentos telemáticos ou R$ 10,00 (R$ 2,00 x 5)
informatizados, permanecer em regime de plantão ou
equivalente, aguardando a qualquer momento o cha­ - total a pagar a título de horas extras: R$ 45,00
mado para o serviço durante o período de descanso, (R$ 9,00 x 5)

01-08 CT Manual de Procedimentos - Jan/2017 - Fascículo 01 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
Legislação Trabalhista e Previdenciária

b) a segunda (minoritária) entende que o total do pe­ - total a pagar a título de horas de sobreaviso:
ríodo de sobreaviso deve ter as horas correspon­ R$ 20,00 (R$ 2,00 x 10)
dentes pagas à razão de 1/3 das horas normais,
e, se houver chamamento ao trabalho durante o - total a pagar a título de horas extras: R$ 45,00
período de sobreaviso, as horas efetivamente tra­ (R$ 9,00 x 5)
balhadas devem ser pagas como extraordinárias.
Considerando a divergência de entendimentos
Exemplo
WD acerca do cálculo a ser efetuado, o empregador
deverá acautelar-se diante da ocorrência concreta
Empregado horista com salário-hora de R$ 6,00
da situação ora retratada, caso em que é acon­
permaneceu no mês de setembro por 10 horas de
selhável, por medida preventiva, consultar ante­
sobreaviso, das quais foi chamado a prestar serviços
por 5 horas. Assim, temos: cipadamente o Ministério do Trabalho, bem como
o sindicato da respectiva categoria profissional, e
- valor da hora de sobreaviso: R$ 6,00 ÷ 3 = lembrar que caberá ao Poder Judiciário a decisão
R$ 2,00 final da questão, caso seja proposta ação nesse
sentido.
- valor das horas extraordinárias (adicional de
50%): R$ 6,00 x 1,50 = R$ 9,00 N

a IOB Perguntas e Respostas


SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM e os respectivos profissionais que devem integrar o
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM serviço.
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) (NR 4, subitem 4.2 e Quadros I e II, aprovada pela Porta­
ria MTb nº 3.214/1978, com as alterações da Portaria SSST nº
Dimensionamento 33/1983 e da Portaria SIT/DSST nº 76/2008)

1) De que forma os SESMT de uma empresa de-


vem ser dimensionados? Manutenção - Obrigatoriedade

O dimensionamento do SESMT vincula-se à 2) Todas as empresas são obrigadas a manter os


gradação do risco da atividade principal e ao número SESMT?
total de empregados do estabelecimento, conforme São obrigados a manter o SESMT as empresas
Quadros I e II anexos à Norma Regulamentadora privadas e públicas e os órgãos públicos da admi­
nº 4 (NR 4), observadas as exceções existentes na nistração direta e indireta e dos Poderes Legislativo
mencionada NR 4. e Judiciário que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), desde
O Quadro I da NR 4, observadas as alterações
que enquadrados no Quadro II da NR 4. Portanto,
posteriores, dispõe sobre a Classificação Nacional de
não são todas as empresas que se encontram obri­
Atividades Econômicas (CNAE) e os correspondentes
gadas a constituir o SESMT, mas somente aquelas
graus de risco; e o Quadro II determina o dimensio­
que se enquadram nas disposições do mencionado
namento do SESMT, conforme o grau de risco da
quadro.
atividade, e o número de empregados no estabele­
cimento.
O SESMT tem por finalidade promover a saúde
Assim, de acordo com seu enquadramento nos e proteger a integridade do trabalhador no local de
mencionados quadros, a empresa deverá verificar trabalho.
se está ou não obrigada a constituir o SESMT e, em (NR 4, subitem 4.1, aprovada pela Portaria MTb nº
caso positivo, no próprio Quadro II, constam o número 3.214/1978, com as alterações da Portaria SSST nº 33/1983)

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2017 - Fascículo 01 CT01-09


Manual de Procedimentos
Legislação Trabalhista e Previdenciária

Profissionais integrantes Registro - Acidentes


3) Quais são os profissionais que integram os 5) Os SESMT devem registrar os acidentes ocorri-
SESMT? dos na empresa ou no estabelecimento?
Os SESMT devem ser compostos por médico do Sim. Cabe aos SESMT analisar e registrar em
trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, téc­ documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorri­
nico de segurança do trabalho, enfermeiro do traba­ dos na empresa ou no estabelecimento, com ou sem
lho e auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho, vítimas, e todos os casos de doença ocupacional, des­
obedecido o Quadro II da NR 4, ou seja, a empresa crevendo a história e as características do acidente
estará obrigada a contratar ou não esses profissionais, e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais,
de acordo com a sua atividade e respectivo grau de as características do agente e as condições do(s)
risco e a quantidade de empregados. indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou
acidentado(s).
(NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, subitem
4.4, com as alterações da Portaria MTE nº 590/2014)
Os SESMT deverão também registrar men­
salmente os dados atualizados de acidentes do
Profissionais integrantes - Exercício de outras
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insa­
atividades na empresa - Proibição
lubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos
4) O profissional integrante dos SESMT pode exer- descritos nos modelos de mapas constantes nos
cer outras atividades na empresa? Quadros III, IV, V e VI da NR 4, devendo o empre­
gador manter a documentação à disposição da
Não. Ao profissional especializado em segurança
inspeção do trabalho.
e em medicina do trabalho é vedado o exercício de
outras atividades na empresa durante o horário de (NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, subitem
sua atuação nos SESMT. 4.12, “h” e “i”, com as alterações da Portaria SSMT nº 33/1983 e
da Portaria MTE nº 2.018/2014)


(NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, subitem
4.10, com as alterações da Portaria SSST nº 33/1983)

01-10 CT Manual de Procedimentos - Jan/2017 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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