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Relatório 2:
Texto 1 – O arco íris
Matrícula: 14214040233
Texto 1 – O arco íris
1. Introdução
De acordo com Calçada (2001, p.447) o termo arco-íris é oriundo da mitologia grega.
Segundo o autor, em Ilída, de Homero, é citado um arco de cores por onde a Deusa Íris
descia à Terra para trazer mensagens dos Deuses.
Superados os aprendizados outrora mitológicos, numa concepção física, o arco-íris é o
produto da refração, reflexão e dispersão da luz branca, nas gotículas de água presentes
na atmosfera, gerando componentes ópticas que em posições geométricas específicas
interceptam nosso aparelho óptico (olho) nos proporcionando uma bela e inspiradora
imagem.
3. As consequências de
A configuração do arco íris não ocorre ao acaso, e esta diretamente relacionada com o
. Respeitar , implica na formação de um arco, assim como na impossibilidade
de que uma única gota seja responsável por emitir todas as componentes ópticas que
interceptam nossos olhos.
A formação de um arco é condição primordial para que a partir do observador haja a
manutenção de . Observe as figura 3 e verifique que a única forma de manter o
intervalo de ângulo máximo determinado pela função III, afim de que haja observação,
é fazer com que nossos olhos sejam a geratriz de um cone.
Por outro lado, o para o maior e o menor comprimento de onda do espectro
disperso, também implica que uma mesma gota não é capaz de transmitir todos os raios
que dela emergem para os nossos olhos. Experimente fazer um triângulo com 42°/40°,
48°/50° e 90°, conforme a figura 4, e observe que a partir de um único ponto/gota não
foi possível interceptar a representação do olho humano no intervalo de 40° a 42°.
Concluindo, podemos dizer que somando a ideia do ângulo máximo para observação do
espectro disperso, com suas consequências: necessidade de formação um arco para
manutenção deste ângulo e a impossibilidade geométrica de que de uma única gota
partam todas as componentes ópticas que interceptam nossos olhos, ficamos com o
arco-íris na exata configuração que conhecemos no ambiente. Resumindo, o modelo
aplicado para descrever o arco-íris corrobora com todas as observações do fenômeno.
Veja na figura 5 como essas proposições se unem para formar o arco-íris como
conhecemos.
4. Referências
-STEFANOVITS, Angelo (org). Ser Protagonista: Física 2º ano. 2 ed. São Paulo:
Edições SM, 2013.
Tabela 1 - Fonte: SILVA, Manuel Fernando Ferreira. Esclarecendo o significado da "cor" em Física. Física na escola, v.8, n.1, 2017.
Figura 1 - Segundo a relação I e II, o índice de refração da componente com maior comprimento de onda apresentará o
menor índice de refração, e consequentemente o maior ângulo de refração. Analogamente a componente com menor
comprimento de onda, apresentará o menor ângulo de refração.
Figura 2- Utilizando a geometria é possível encontrar uma relação para teta, em função do ângulo de incidência.
Figura 3 - Para que o seja respeitado é necessário a descrição de um cone com geratriz no receptor
(olhos).
Figura 4 - Um mesmo ponto no olho humano necessita de pontos distintos para observar todo o espectro disperso.
Figura 5 - Ao juntarmos os conceitos de , com suas consequências, podemos apresentar um modelo que
descreve perfeitamente o arco-íris na forma e características com este se apresenta.
Texto2 – Aspectos importantes utilizados para discutir a formação do arco íris
com alunos do ensino médio
Ter o arco-íris como objeto de estudo é uma rica possibilidade de abordar diversos
temas discutidos pela Física óptica, inclusive num direcionamento geométrico.
Apesar de uma compreensão não trivial é possível que com o domínio de temas base
como espectro visível, reflexão, refração e principalmente a dispersão, possamos
construir um conhecimento sedimentado, baseado num ensino concreto, ou seja, nossas
observações são recursos primordiais para estabelecer uma relação daquilo que
descrevemos com aquilo que a natureza nos apresenta.
Nessa perspectiva, nada mais proveitoso que reproduzir alguns aspectos que se referem
ao arco-íris, além criar novas inferências que podem ser objeto de estudo para
extrapolações dentro do tema.
A proposta de atividade prática é fazer com que a luz visível solar intercepte pequenas
peças de cristal, de maneira que o observador, numa proposta qualitativa, comprove a
ocorrência da dispersão, assim como o processo de refração e reflexão, de maneira a
conferir validade às proposições feitas na descrição da formação de um arco-íris.
3. A atividade prática
a) Requesito
- Realização em dia ensolarado.
b) Material
- Cristais com aparência levemente esférica
- Tripé
c) Montagem do experimento
- Reserve um ambiente, onde seja possível limitar a entrada do feixe de luz branca
oriunda do sol, de maneira que essa seja a única fonte luminosa neste ambiente.
- Disponha os pequenos prismas enfileirados verticalmente, e acomode-os em um tripé.
- Direcione o conjunto tripé/prismas de maneira que o feixe de luz intercepte a
disposição de prismas frontalmente.
- Faça ajustes necessários na posição do tripé de maneira que seja possível observar dois
aglomerados de dispersões.
d) Resultados
Vide anexo e observe as figuras 1 e 2.
A realização de uma atividade prática não oferece benefícios se não apresentar relação
imediata com o objeto de estudo. Como tal, na proposta de estudar o arco-íris, no que
tange a sua formação, a atividade prática tem como finalidade oferecer recursos para
que o aluno reproduza e sustente considerações a cerca de um modelo.
No direcionamento de observar, reproduzir, tecer uma hipótese e comprová-la esta
atividade foi escolhida para compor o método científico.
Não é esperado do experimento escolhido que este reproduza um arco-íris, e que
somente através disso o aluno possa definir uma linha de raciocínio que justifique o
observado. O motivo da escolha desse experimento é que o aluno fundamente suas
convicções naquilo que ele pode comprovar.
No experimento em questão o aluno poderá definir que a luz branca é uma composição
óptica, através da sua refração e posterior dispersão, assim como poderá determinar em
partes da tela experimental a ocorrência de reflexões. Dito isso, não há como não
considerar o experimento proveitoso, uma vez que tem a capacidade promover
analogias muito sincronizadas com aquilo que descrevemos na Física aplicada ao arco-
íris.
O texto 1, como um todo, fornece todas as explicações matemáticas e lógicas do que
ocorre, mas a validade de uma parte importante do lá foi descrito ganhará respaldo com
essa atividade prática, motivando a sua proposta de atividade com os discentes.
5. Anexo
Figura 1 - Na foto vemos a tela principal da atividade prática. Nela podemos verificar os processos de dispersão da luz
branca, reflexão e refração dos raios incidentes, assim como a reflexão interna que acabou ocorrendo em duas direções
distintas.
Figura 2 – Os aglomerados de dispersão têm posição espacial oposta a dos raios incidentes, denotando a
ocorrência de reflexão no interior dos pequenos prismas.