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Ernesto Geisel

Ex-Presidente do Brasil
Ernesto Geisel (1907-1996) foi presidente do Brasil. Eleito pelo
Congresso Nacional exerceu o cargo entre 15 de março de 1974 e
15 de março de 1979. Foi o quarto presidente do regime militar.
Ernesto Geisel Beckmann nasceu em Bento Gonçalves, Rio Grande
do Sul, no dia 3 de agosto de 1908 Filho do imigrante alemão
Wilhelm August Geisel, e da brasileira Lydia Beckmann, filha de
alemães.
Carreira militar

Em 1921, Ernesto Geisel ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre.


Aos 17 anos, iniciou sua carreira militar na Escola Militar do Realengo,
no Rio de Janeiro. Obteve diversas promoções por merecimento. Em
1960, Geisel chegou a general-de-brigada e foi promovido a
general-de-divisão no ano que começou o regime militar no Brasil.
Carreira política
A revolução de 1930 lançou o tenente Ernesto Geisel na política, e no
ano seguinte foi nomeado secretário do Interior do Rio Grande do
Norte e, em 1932 chegou a secretário da Fazenda, Agricultura e
Obras Públicas da Paraíba.
Em 1961, quando exercia como general o comando da guarnição
militar de Brasília, o presidente em exercício, Ranieri Mazzilli,
nomeou-o chefe da casa Militar. Geisel teve papel importante nas
negociações entre os ministros militares e o Congresso, o que
resultou na implantação do sistema parlamentarista, como condição
para a posse do vice-presidente João Goulart.
Geisel participou do movimento militar de 1964 e foi convidado pelo
presidente Castelo Branco para a chefia da Casa Militar, posto que
exerceu até os últimos meses desse governo. Foi depois ministro do
Superior Tribunal Militar até 1969, quando recebeu o convite do
presidente Costa e Silva para assumir a presidência da Petrobras.
Presidente da República

No dia 15 de janeiro de 1974, Geisel foi eleito presidente por um


colégio eleitoral. No dia 15 de março, sucedeu a Garrastazu Médici na
presidência da República.
Ligado ao grupo da Escola Superior de Guerra assumiu o governo
prometendo retomar o crescimento econômico e restabelecer a
democracia. Em seus pronunciamentos usava a expressão “distensão
lenta, segura e gradual”.
Mesmo lenta e controlada, havia sinais de que a abertura era
para valer. Nas eleições para deputados e senadores de 1974, a
oposição aglutinada no MDB obteve ampla vitória, principalmente
nas grandes cidades.
Em outubro de 1975, morreu enforcado nas dependências de um
órgão ligado ao II Exército, sediado em São Paulo, o jornalista
Vladmir Herzog. Meses depois, o operário Manuel Fiel Filho morreu
nas mesmas circunstâncias. O presidente tomou providências contra
o que chamou de excessos. O comandante do II Exército foi
demitido. Era uma derrota para a linha dura das Forças Armadas.
Porém, em fins de 1976 para evitar derrotas eleitorais da ARENA, o
governo, através do Ministro da Justiça, Armando Falcão, proibiu a
propaganda e o debate eleitoral no rádio e na televisão.
Em 1977, diante da recusa do MDB de aprovar uma reforma na Constituição
proposta pelo governo, o presidente baixou um conjunto de medidas que ficou
conhecido como “Pacote de Abril”. O Congresso foi fechado e o mandato do
presidente da República, foi aumentado para seis anos. Estabeleceu-se que
um terço do senado passaria a ser eleito de modo indireto.
Nas eleições de 1978 a oposição ganhou por milhões de votos à frente e
clamou por uma Assembleia Nacional Constituinte como solução política para o
país.
Entretanto, apesar dos poucos avanços no processo democrático e dos
momentos de retrocesso, o governo do general Geisel passou para a história
como o da distensão política, por sua pretensão de normalizar a vida política.
Em seu governo revogou o AI-5 a partir de 1.º de janeiro de 1979.
Política econômica

Com o milagre econômico se esgotando, o governo Geisel aumentou a participação do


estado na economia, graças à expansão das empresas estatais e ao planejamento
econômico.
O governo deu continuidade a alguns projetos destinados a dotar o país de uma sólida
infraestrutura, entre eles, a Ferrovia do Aço em Minas Gerais, o Programa Nacional do
Álcool, o (Pro-álcool), criado em 1975 como alternativa para a gasolina, a construção de
usinas nucleares para geração de energia e a construção da hidrelétrica de Tucuruí.
Esses projetos foram em geral muito criticados, por terem altos custos e serem
executados em grande parte com dinheiro emprestado de bancos internacionais, o que
alimentava cada vez mais a dívida externa do Brasil. De qualquer forma eles dotaram o
país de uma base industrial capaz de produzir a maior parte dos bens necessários para
a população.
Sucessão

Geisel escolheu como seu sucessor na Presidência da República o


general João Batista Figueiredo, chefe do Serviço Nacional de
Informação (SNI). Eleito de forma indireta, Figueiredo assumiu o
cargo em 15 de março de 1979.
Ernesto Geisel faleceu no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro de
1996.
Componentes:
● Marciele Paiva
● Moniele Paiva
● Marta Láyssa
● Maurício Mendes
● Guilherme Soares
● Solange

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