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Entidade Projecto Nº: 003672/2008

Promotora: ACISMA /22


Entidade Gabinae - Gabinete de Apoio ao Empresário, Código
Formadora: Lda. Administrativo: 2364788
POPH - Programa Operacional Potencial Acção Nº: 1
Programa: Humano It. Formação
2.2 - Cursos de Educação e Formação de CNQ: 34501
Carga Horária: 1860 h
Tipologia: Adultos
Percurso
Curso: 3 – Técnico/a de Apoio à Gestão
Formativo: NS
Local de Quinta da Mina – 2050-273 Azambuja
Realização:

PRA – PORTEFÓLIO REFLEXIVO DE APRENDIZAGENS


FICHA DE ORGANIZAÇÃO

Formand Marina Serra Trindade


o
UFCD CP_5 – Deontologia e Princípios Éticos
Formado
Edmundo Bolinhas
r

Os assuntos abordados nesta UFCD, CP 5 – Deontologia e Princípios


Éticos, geram sempre alguma controvérsia e por isso mesmo, as
expectativas eram muitas, especialmente sobre a Eutanásia, como
depois constatei, em formação, quando realizámos o debate “A Favor ou
Contra a Eutanásia”.
Expectativas estas que foram correspondidas e consolidadas, através de
novos pontos de vista, já que as “discussões” abrangiam sempre os
“dois lados da história”, fazendo-nos pensar e reflectir sobre ideias
opostas á nossa.

A matéria abordada, desde a Ética e Moral até ao Código Deontológico,


foi sempre bem documentada, pelo visionamento de filmes, tais como “O
Senhor da Guerra” quando falámos em “construir” uma ética global, á
escala mundial, “ O Clube dos Poetas Mortos” relativo a distinção entre
ética e moral, ou seja, noção do que é o bem e do que é mal e, outros
pequenos vídeos sobre Eutanásia, por exemplo, sobre a qual
desenvolvemos um debate, como já referi mais acima.

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Neste debate, foi difícil chegar a um consenso, aliás, os argumentos de
ambas as partes, (contra ou a favor), são bem fortes e qualquer um
deles, valido.
Mas o objectivo principal, aqui, não seria optarmos por uma delas mas
sim tornarmo-nos conscientes de tudo o que rodeia aquela situação /
acção, de todo o sofrimento, quer do próprio sujeito, quer da família e
amigos, de todas as perguntas e respostas, de todos os pormenores,
macabros ou não, que envolvem aquele momento.

Até hoje, o “episódio” mais parecido, pelo qual tive de passar,


ressalvando naturalmente todas as comparações e métodos que se
utilizam, a questão da legalidade, etc., enfim, tudo o que lhe seja
inerente, foi com os meus cães.
Eu, que classifico os meus cães como pessoas da minha família, não
podia deixar de os mencionar. Infelizmente, passei, por duas vezes, pela
decisão de escolher o dia em que iria ficar sem eles, proporcionando-
lhes, calma e dignamente, o fim do seu sofrimento, tendo que esquecer
o meu.
Claro que, (para a maior parte das pessoas) uma vida humana não pode
ser comparada a vida de um animal de estimação, nem as questões
envolventes são tão lineares quanto isso mas talvez eu tenha ficado
mais ciente e aberta a esta questão da Eutanásia, acabando com alguns
preconceitos, embora deva ser das decisões mais difíceis, pôr fim a uma
vida humana, voluntariamente, por razões devidamente justificadas e
documentadas, claro. No entanto, será perdoável esta acção? É ético? A
unanimidade é difícil de encontrar aqui!

Durante esta UFCD falamos também sobre a Deontologia,


particularmente, a profissional.
Nesse âmbito, elaboramos um pequeno trabalho sobre o nosso
quotidiano profissional, o que me levou a pensar sobre as minhas
acções: “Será que desempenho o meu trabalho de forma correcta?”,
“Será que estou a agir de acordo com a política da empresa?”, “E a
política da empresa respeita o código deontológico?”.

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Felizmente, pude confirmar que a empresa onde trabalho, esforça-se por
cumprir, legal e deontologicamente os seus deveres.
Na área em que estou inserida – Mediação Imobiliária – são vários os
concorrentes na zona e não sendo uma localidade muito grande, temos
de nos esforçar para que o processo de aquisição de um imóvel seja
rápido e transmitido de forma clara, certificando-nos que toda a
documentação está em ordem, agindo de acordo com o Código
Deontológico da Mediação Imobiliária.
Se o processo falhar de alguma forma, os potenciais clientes não
hesitarão em escolher outra mediadora, pelo que tentamos destacar-nos
pela clareza e rapidez no decurso de toda a acção que envolve a compra
de uma casa e não tanto em cartazes ou folhetos publicitários como
outras o fazem.

Neste trabalho fala-se muitas vezes em Ética, que muitos profissionais


não a cumprem, arrastando assim uma imagem de pouca confiança para
este sector. Não criticando ninguém em particular, mas muitas vezes os
nossos colegas não primam pela boa fé, existindo ainda muitos
angariadores imobiliários sem a certificação devida, trabalhando a
margem da lei e muitas vezes “passando-nos a perna”, fingindo-se de
clientes apenas para ganharem mais uma angariação. Aqui não se
respeita minimamente nem a Ética nem o Código Deontológico!

Outro assunto ainda discutido nesta UFCD, foi a “Carta da Terra”, da


qual eu não tinha o mínimo conhecimento que existia. Talvez por isso,
além da Eutanásia, esta parte da formação foi a que me interessou mais!
Também aqui elaboramos um trabalho, em grupo, ilustrando a “Carta da
Terra” com imagens, pensamentos, musicas, etc., reflectindo o seu
conteúdo ou a forma como ela chega ate cada um de nos.
Para mim, esta Carta menciona as preocupações com um mundo melhor,
como deveríamos tratar a nosso planeta e o seu habitat natural,
poupando os seus recursos naturais, acabando com a desflorestação
excessiva em nome do progresso, retrata a miséria por tantos vivida e
sentida na pele, as minorias que continuam a ser desprezadas, os
animais que continuam a sofrer e a morrer para comércio ou satisfação
de “belezas artificiais”, as crianças que em vez de exercerem o seu

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direito de estudarem e brincarem têm de trabalhar e muitas vezes sem o
devido pagamento.

Esta carta é um aviso e mostra a urgência de acabar com tamanha


podridão e de todos os interesses por detrás desta miséria!
A necessidade de mudar mentalidades, ainda nesta geração, é
premente!
É neste sentido que temos de crescer, este é um trabalho de equipa,
respeitando a natureza e admitindo que cada pessoa tem a sua
personalidade e cultura bem diferentes da nossa. Infelizmente no mundo
actual ainda são poucos os que pensam desta forma, deixando para os
que vierem a triste tarefa de sobreviver com as sobras do presente!

A Formanda: Marina Trindade Data: 14/06/2010

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