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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E
SANITÁRIAS

MÓDULO: Sistemas Prediais de


Esgoto Sanitário
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1. SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

Após o uso da água em qualquer que seja o equipamento sanitário (chuveiro,


lavatório, bacia sanitária, pia de cozinha, etc.), a água utilizada (efluente) deve
ser recolhida e coletada no sistema público de esgoto sanitário onde deverá ser
tratada e devolvida à natureza.
Porém somente 40 % dos domicílios brasileiros são servidos por uma rede
púbica de esgotos. A região sudeste é a melhor com um total de 63% dos
domicílios e a pior é a região norte com apenas 1,27% dos domícilios ligados à
rede de esgoto.
Estes indicadores mostram a precariedade do sistema onde 24% dos domicílios
brasileiros têm fossa rudimentar, 16% têm fossa séptica e 20% não possuem
qualquer tipo de escoadouro na instalação sanitária.
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2. TIPOS DE ESGOTOS:

Os tipos de esgoto gerados em uma cidade são:


 Esgoto doméstico – é a água utilizada no banho, nos lavatórios, nas
máquinas de lavar roupa, na descarga da bacia sanitária, etc.;
 Esgoto industrial – é a água utilizada nos processos de produção industrial
que gera um resíduo industrial, o chamado esgoto industrial;
 Esgoto Pluvial – as águas das chuvas, após serem recolhidas dos telhados,
coberturas e ruas são consideradas esgoto pluvial.

Os esgotos domésticos, os resíduos líquidos industriais e as águas pluviais


compõem o que chamamos águas residuárias.
A água residuária é composta em média por 99,9% de água e 0,01% de
impurezas.
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Cada tipo de esgoto é constituído de diferentes substâncias orgânicas e
minerais. Esses agentes podem proliferar doenças, contaminar o solo e os
mananciais. Por isso devem ser corretamente coletados e escoados para o
sistema público de esgoto.

3. SISTEMAS DE ESCOAMENTO
Os sistemas de escoamento dessas águas residuárias podem ser de dois tipos:
 Unitário: Toda a água residuária é encaminha para uma única tubulação.
Adotado em muitas cidades européias como Paris (França).
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Foto dos esgotos de Paris


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 Separador Absoluto: as águas residuárias provenientes de esgotos
domésticos e industriais são totalmente separados do sistema de águas
pluviais. Os esgotos domésticos e industriais são coletados e tratados em
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). As águas pluviais são coletadas e
encaminhadas diretamente aos rios e córregos. Como não há tratamento,
pode ocorrer contaminação dos rios e córregos. Esse é o sistema adotado
no Brasil:
 Sistema público de esgoto sanitário: recebe esgoto doméstico e industrial;
 Sistema de drenagem urbana: recebe águas pluviais.

4. COLETA DO ESGOTO SANITÁRIO

Em locais onde existe a coleta de esgoto, ela é feita da seguinte forma: O


esgoto domiciliar é ligado na rede coletora local. A rede coletora é ligada a
coletores tronco e os coletores tronco são ligados a tubos interceptores.
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Os interceptores levam o esgoto até as Estações de Tratamento de Esgoto
(ETE) onde serão tratados. As tubulações se diferenciam por tamanho,
localização e são instaladas de forma que o fluxo do esgoto ocorra, na maior
parte do tempo, por gravidade.

Projeto Tietê
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4.1. Redes Coletoras
As redes coletoras possuem pequeno diâmetro (100 a 400 mm), passam junto
ao meio fio das ruas e recebem o esgoto das residências.

Rede coletora (100 a 400 mm de diâmetro)


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4.2. Coletores tronco
Os coletores são tubulações de diâmetros médios (400 a 2.000 mm) colocadas
ao lado dos córregos que recebem esgotos de várias redes coletoras.

Coletor tronco (400 a 2.000 mm de diâmetro)


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4.3. Interceptores
Dos coletores-tronco, o esgoto corre em direção aos interceptores: tubulações
maiores (1,5 a 4,5 m de diâmetro) assentadas ao lado dos rios. O ponto final da
rede será uma Estação de Tratamento de Esgoto, que trata e devolve a água
ao meio ambiente.

Interceptor (1,5 a 4,5 metros de diâmetro)


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5. TRATAMENTO DE ESGOTO

O esgoto dos interceptores chega na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE)


onde todos os componentes poluidores são separados das água residuárias
antes de serem lançadas de volta ao meio ambiente.
As águas residuárias passam por diversas etapas de tratamento, que acontece
em duas fases, a líquida e a sólida.

5.1. Fase Líquida:


Após o bombeamento do esgoto (1), as águas residuárias passam pelo
gradeamento (2 e 3).
No gradeamento ocorre a remoção de sólidos grosseiros, onde o material de
dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido. Há grades
grosseiras (espaços de 5,0 a 10,0 cm), grades médias (espaços entre 2,0 a 4,0
cm) e grades finas (1,0 a 2,0 cm).
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As principais finalidades da remoção dos sólidos grosseiros são:
 Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos (bombas e tubulações);

 Proteção das unidades de tratamento subsequentes;

 Proteção dos corpos receptores.

Dependendo da natureza e da granulometria do sólido, as peneiras rotativas (4)


podem substituir o sistema de gradeamento ou serem colocadas em
substituição aos decantadores primários. A finalidade é separar sólidos com
granulometria superior à dimensão dos furos da tela. O fluxo atravessa o
cilindro de gradeamento em movimento, de dentro para fora. Os sólidos são
retidos pela resultante de perda de carga na tela, são removidos continuamente
e recolhidos em caçambas.
Seguindo o fluxo de tratamento, o esgoto passa pela desarenação (5).
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O mecanismo de remoção da areia é o de sedimentação: os grãos de areia,
devido às suas maiores dimensões e densidade, vão para o fundo do tanque,
enquanto a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, permanece em
suspensão, seguindo para as unidades seguintes.
As finalidades básicas da remoção de areia são:
 Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações;

 Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques,


orifícios e sifões;
 Facilitar o transporte líquido, principalmente a transferência de lodo, em suas
diversas fases.
Se o sistema não possuir as peneiras rotativas (4), há a necessidade do
decantador primário.
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Os tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os esgotos
fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos em
suspensão, que apresentam densidade maior do que a do líquido circundante,
sedimentem gradualmente no fundo. Essa massa de sólidos, denominada lodo
primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo do decantador e ser
enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os adensadores. Uma
parte significativa destes sólidos em suspensão é compreendida pela matéria
orgânica em suspensão.
Se o sistema possuir as peneiras rotativas, como no esquema acima, a próxima
etapa é o tanque de aeração (6). No tanque, há a remoção da matéria orgânica
efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios
(bactérias, protozoários, fungos etc) no tanque de aeração.
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A base de todo o processo biológico é o contato efetivo entre esses organismos
e o material orgânico contido nos esgotos, de tal forma que esse possa ser
utilizado como alimento pelos microrganismos.
Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e
material celular (crescimento e reprodução dos microrganismos).
Do tanque de aeração, passamos para o decantador Secundário (7)
Os decantadores secundários exercem um papel fundamental no processo de
lodos ativados, sendo responsável pela separação dos sólidos em suspensão
presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado,
e pela sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador,
permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada.
O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação, onde o lodo
ativado é separado, voltando para o tanque de aeração.
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O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque de aeração com uma
quantidade suficiente de microrganismos e manter uma relação alimento/
microrganismo capaz de decompor com maior eficiência o material orgânico. O
efluente líquido oriundo do decantador secundário é descartado diretamente
para o corpo receptor ou passa por tratamento para que possa ser reutilizado
internamente ou oferecida ao mercado para usos menos nobres, como lavagem
de ruas e rega de jardins.

Elevatória do Lodo Excedente – Descarte do Lodo: O lodo equivalente aos


sólidos suspensos produzidos diariamente corresponde à reprodução das
células, que se alimentam do substrato, e deve ser descartado do sistema, para
que este permaneça em equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos).
O lodo excedente extraído do sistema deve ser dirigido para o tratamento de
lodo, que é a fase sólida.
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5.2. Fase Sólida - tratamento do lodo
Na fase sólida é feito o adensamento do Lodo. Esta etapa ocorre nos
Adensadores de Densidade e nos Flotadores (2). Como o lodo contém uma
quantidade muito grande de água, deve-se realizar a redução do seu volume. O
adensamento é o processo para aumentar o teor de sólidos do lodo e,
conseqüentemente, reduzir o volume. Dentre os métodos mais comuns, temos
o adensamento por gravidade e por flotação.
No adensamento por gravidade o lodo é retirado do fundo do tanque.
No adensamento por flotação (2), o ar é introduzido na solução através de uma
câmara de alta pressão. Quando a solução é despressurizada, o ar dissolvido
forma micro-bolhas que se dirigem para cima, arrastando consigo os flocos de
lodo que são removidos na superfície.
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Numa outra etapa é feito o condicionamento químico (3) do lodo que resulta na
coagulação de sólidos e liberação da água absorvida. Os produtos químicos
usados incluem cloreto férrico, cal, sulfato de alumínio e polímeros orgânicos.
Na quarta etapa, o lodo passa por Filtros Prensa (4). Em um filtro prensa de
placas, a desidratação é feita ao forçar a água do lodo sob alta pressão. O lodo
prensado então é transportado em esteiras (5) até um silo de armazenagem (6)
e posteriormente enviados para aterros sanitários.
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Esquema detalhado de uma ETE


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6. FOSSA SÉPTICA
Em locais onde não existe rede pública os esgotos sanitários devem ser retidos
e a água residual tratada antes de ser lançada de volta na natureza.
Uma alternativa é utilizar a fossa séptica. A fossa séptica é um tanque capaz de
reter os dejetos vindos de banheiros e cozinhas transformando-os em material
menos agressivo a natureza. Ao reter estes dejetos no fundo do tanque são
formados líquidos sem cheiro chamados efluentes.
O lodo digerido das fossas sépticas deve ser removido no máximo a cada 24
(vinte e quatro) meses, em volume igual a 2/3 (dois terços) da capacidade total
da fossa utilizando-se o serviço de caminhões do tipo limpa-fossa.
Os efluentes provenientes de caminhões limpa-fossa serão dispostos em locais
adequados, tais como estações de tratamento de esgotos ou leitos de secagem
de lodos, conforme normatização específica.
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6.1. Fossa com filtro anaeróbico:
 Caixa de Gordura: Separador de gordura da água pelo processo de
decantação. A água proveniente da cozinha não pode ser lançada
diretamente na fossa (também não pode ser lançada diretamente na rede
pública de esgoto), pois a gordura ao entrar em contato com a água se
solidifica podendo obstruir as tubulações;
 Caixa Gradeada: Bloquear os resíduos sólidos. Resíduos sólidos também
podem obstruir as tubulações e devem ser retidas na grade;
 Fossa Séptica: 1° etapa do processo Bio-Digestivo. Os dejetos são retidos
no fundo do tanque;
 Filtro Anaeróbio: 2° etapa do processo Bio-Digestivo dotado de fundo falso
e Britas de Gnaisse, que proporciona o ambiente ideal para a formação das
Zogleias (colônias de bactérias), fase final do processo Bio-Digestivo.
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A eficiência do sistema é aumentada através do direcionamento do efluente
para a zona de biodigestão, localizada no fundo dos tanques, onde o processo
de auto - destruição das bactérias faz com que todo o lodo depositado no fundo
esteja em constante movimentação.
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Fossa com filtro anaeróbico


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6.2. Fossa Séptica Biodigestora para zona rural
Os objetivos principais dessa fossa séptica biogestora são:
 Substituir com um custo baixo o esgoto a céu aberto e as fossas sépticas
tradicionais;
 Utilizar o efluente como um adubo orgânico, minimizando gastos com
adubação química, ou seja, melhorar o saneamento rural e desenvolver a
agricultura orgânica.
O sistema é composto por duas caixas de cimento amianto ou plástico de 1000
litros cada que atende a uma família média de 5 pessoas (200 litros por pessoa)
conectadas exclusivamente ao esgoto de vasos sanitários, pois a água do
banheiro e da pia não têm potencial patogênico e o sabão ou o detergente tem
propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão e a uma
terceira de 1000 litros, que serve para coleta do efluente (adubo orgânico).
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Fossa Séptica Biodigestora para zona rural


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Esquema da terceira caixa - efluentes


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O material depositado nas caixas fermenta por aproximadamente 35 dias,
período suficiente para uma completa biodigestão, permitindo que o efluente
possa ser utilizado como um adubo orgânico em canteiros com plantações a um
custo praticamente zero.
A análise dos coliformes fecais mostrou que a quantidade encontrada foi de
3/100 ml nos dois primeiros meses e ausente nos subsequentes. Portanto esse
sistema de biodigestão foi eficiente na eliminação de agentes patogênicos que
poderiam contaminar as águas subterrâneas e superficiais.
As vantagens desse sistema são:
 Baixo custo para confecção;

 Grande eficiência na biodigestão dos excrementos humanos e na eliminação


de agentes patogênicos;
 Permite a utilização do efluente como adubo rico em micronutrientes para as
plantas, além de matéria orgânica para o solo;
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 Pode ser utilizado em substituição a tradicional “fossa negra” que é a
principal responsável pela contaminação das águas subterrâneas.
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6.3. Fossa séptica com caixa de cloração:
Esse sistema possui além da fossa séptica e do filtro biológico uma caixa de
cloração onde os efluentes são tratados de forma a liberar na natureza uma
água livre de coliformes fecais.
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7. SUMIDOURO:
É um poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa
séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da
quantidade de efluentes e do tipo de solo. Mas, não deve ter menos de 1m de
diâmetro e mais de 3m de profundidade, para simplificar a construção. Os
sumidouros podem ser feitos com tijolo maciço ou blocos de concreto ou ainda
com anéis pré-moldados de concreto.
A construção de um sumidouro começa pela escavação do buraco, a cerca de
3m da fossa séptica e num nível um pouco mais baixo, para facilitar o
escoamento dos efluentes por gravidade. A profundidade do buraco deve ser 70
cm maior que a altura de finos do sumidouro. Isso permite a colocação de uma
camada de pedra, no fundo do sumidouro, para infiltração mais rápida no solo,
e de uma camada de terra, de 20cm, sobre a tampa do sumidouro.
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Os tijolos ou blocos só devem ser assentados dom argamassa de cimento e
areia nas juntas horizontais. As juntas verticais devem ter espaçamentos(no
caso de tijolo maciço de um tijolo), e não devem receber pré-moldados, eles
devem ser apenas colocados uns sobre os outros, sem nenhum rejuntamento,
para permitir o escoamento dos efluentes. A laje ou tampa do sumidouro pode
ser feita com uma ou mais placas pré-moldadas de concreto, ou executada no
próprio local, tendo o cuidado de armar em forma de tela.
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8. PROJETO DE FOSSAS SÉPTICAS:
No cálculo de contribuição dos despejos, devem ser observados:
a. Número de pessoas a serem atendidas, não inferior a cinco;
b. O consumo local de água e, na falta desses dados, utilizar os valores
apresentados na Tabela1 da norma, item 5.7.

8.1. Volume útil total do tanque séptico (ABNT NBR 7229:1993): Consiste no
espaço interno mínimo necessário ao correto funcionamento do tanque séptico,
correspondente ao somatório dos volumes destinados à digestão, decantação e
armazenamento da escuma. É dado pela expressão:
V = 1000 + N (C x T + K x Lf)
Sendo:
V = Volume útil, em litros;
N = Número de pessoas ou unidades de contribuição;
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C = Contribuição de despejos, em litros/pessoa. (ver tabela 1);
T = Período de detenção, em dias. (ver tabela 2);
K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias equivalente ao tempo de
acumulação de lodo fresco (ver tabela 3);
Lf = Contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
(ver tabela 1).

8.2. Conceitos:
Lodo fresco: Lodo instável, em início de processo de digestão.
Lodo: Material acumulado na zona de digestão do tanque séptico, por
sedimentação de partículas sólidas suspensas no esgoto.
Período de detenção do esgoto: Tempo de permanência da parcela líquida do
esgoto dentro da zona de decantação do tanque séptico.
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Taxa de acumulação de lodo: Número de dias de acumulação de lodo fresco
equivalente ao volume de lodo digerido a ser armazenado no tanque,
considerando redução de volume de quatro vezes para o lodo digerido.
Profundidade útil: Medida entre o nível mínimo de saída do efluente e o nível
da base do tanque.
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Tabela 1 - Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e ocupante
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Tabela 2: Período de detenção (T) dos despejos, por faixa de contribuição diária.
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Tabela 3: Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio.
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Tabela 4: Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil.


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8.3. Aberturas de inspeção:
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição
tais que permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a
desobstrução dos dispositivos internos. As seguintes relações de distribuição e
medidas devem ser observadas:
 Todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual
ou superior a 0,60m, que permita acesso direto ao dispositivo de entrada do
tanque;
 O máximo raio de abrangência horizontal, admissível para efeito de limpeza,
é de 1,50m, a partir do qual nova abertura deve ser necessária;
 A menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deve ser igual
ou superior a 0,20m;
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 Os tanques executados com lajes removíveis em segmentos não necessitam
de aberturas de inspeção, desde que as peças removíveis que as
substituam tenham área igual ou inferior a 0,50 m²;
 Os tanques prismáticos retangulares de câmaras múltiplas devem ter pelo
menos uma abertura por câmara.
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8.4. Identificação:
Os tanques devem conter uma placa de identificação com as seguintes
informações, gravadas de forma indelével, em lugar visível (ver modelo a
seguir):
 Identificação: nome do fabricante ou construtor e data fabricação;

 Tanque dimensionado conforme a NBR 7229;

 Temperatura de referência: conforme o critério de dimensionamento


adotado; indicação da faixa de temperatura ambiente. Para tanques
dimensionados para condições mais rigorosas (T ≤ 10ºC), indicar “todos”;
 Condições de utilização: tabela associando números de usuários e intervalos
de limpeza permissíveis (conforme indicações do modelo apresentado em
anexo);
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8.5. Inspeção:
8.5.1. Verificação de Estanqueidade:
 Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido ao
ensaio de estanqueidade, realizado após ele ter sido saturado por no mínimo
24 h;
 A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após
preenchimento, até a altura da geratriz inferior do tubo de saída, decorridas
12 h. Se a variação for superior a 3% da altura útil, a estanqueidade é
insuficiente, devendo-se proceder à correção de trincas, fissuras e juntas.
Após a correção, novo ensaio deve ser realizado.
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8.5.2. Manutenção:
 O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a
intervalos equivalentes ao período de limpeza do projeto conforme Tabela 3
da norma NBR 7229/1993;
 O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de
projeto, sempre que se verificarem alterações nas vazões efetivas de
trabalho com relação às estimadas;
 Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% de seu volume
devem ser deixados no interior do tanque;
 Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior dos
tanques, as tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à
remoção de gases tóxicos ou explosivos (mínimo 5 min).
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Exemplo: Projetar o TQ, FA e Sumidouro para um edifício com 8 pavimentos
tipo, térreo pilotis, com 4 apartamentos por pavimentos, padrão médio de
acordo com os dados abaixo:
1. Profundidade do coletor na entrada do TQ e igual 0,70m;
2. Distância mínima do fundo das unidades ao lençol d’’água e igual 1m;
3. Diâmetro do coletor Ф150mm, declividade 1%;
4. Desnível entre o NA do TQ e do FA é Δh = 0,20m;
5. Distancia média entre FA e Sumidouro 10m;
6. Coeficiente de percolação do solo K = 0,08 m3 / m2 x dia;
7. Período de limpeza de 4 anos.
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DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA.
1º Passo: Determinação do Numero de contribuintes (N)
Edifício com 8 pavimentos tipo com 4 apartamentos por pavimentos, padrão
médio (2 dormitórios sendo um de casal, sala, cozinha, banheiro, dependência
de empregada e área de serviço).

Informações complementares:
 5 pessoas da administração do condomínio;

 1% a mais de toda a população do edifício (equivalente as visitas).

Teremos:
N = 8 x 4 x 5 + 5 + 1% x (8 x 4 x 5 + 5) = 166,65 = 167 pessoas.
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2º Passo: Determinação das contribuições unitárias de esgoto(C) e de Lodo
Fresco (Lf)
Tomando a residência com padrão médio teremos pela Tabela 1 ABNT NBR
7229:1993 os seguintes valores:
C = 130 litros/dia x pessoa
Lf = 1 litros/dia x pessoa

3º Passo: Determinação do período de detenção (T)


Para a determinação do período de detenção, consulta-se a tabela 2 (ABNT
NBR 7229:1993). Porém, antes disso é preciso calcular a contribuição diária,
obtida a partir do produto entre a contribuição diária por pessoa vezes o número
de pessoas.
C(diária) = N x C = 167 x 130 = 21710 litros/dia
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Tomando 21710 litros/dia como contribuição diária, consulta-se a Tabela
2 (ABNT NBR 7229:1993) e obteremos:
T = 0,50 dias

4º Passo: Determinação da taxa de acumulação total de lodo (K), por intervalo


entre limpeza e temperatura de mês mais frio.
Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano,
compreendendo t > 200, para o caso de São Luís – MA, e um intervalo entre
limpeza da fossa de 4 anos, consulta-se a Tabela 3 (ABNT NBR 7229:1993), e
obtém-se:
K = 177 dias
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5º Passo: Cálculo do volume útil (V)
V = 1000 + N (C x T + K x Lf)
Colocando os dados obtidos nos passos anteriores, teremos:
V= 1000 + 167 (130 x 0,50 + 177 x 1)
V = 41414 litros V = 41,414 m3

6º Passo: Determinação das dimensões


Conforme os dados acima tem-se conforme a norma ABNT NBR 7229:1993:
 Profundidade mínima = 1,80m;

 Profundidade máxima = 2,80m.


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Dimensionamento dos Componentes do Sistema Sanitário:
O dimensionamento das tubulações de esgoto é realizado a partir da somatória
de pesos atribuídos às peças sanitárias e da consulta a tabelas apresentadas
na norma.
O Método das Unidades de Hunter de Contribuição – UHC: é o fator
numérico que representa a contribuição considerada em função da utilização
habitual de cada tipo de aparelho sanitário.
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Tabela 1 - Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos
ramais de descarga
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Ramais de Descarga – recebem os efluentes dos aparelhos sanitários.

Declividade: 1%:significa 1cm de desnível para cada 1 m de tubulação.


Ramal de descarga: DN mínimo é 40 mm para PVC
Ramal de descarga da bacia sanitária mínimo é de 100 mm.
Mudanças de direção:
 Horizontal: ângulo ≤ 45º
 Vertical ≤ 90º
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Ramais de Descarga – para aparelhos não relacionados na tabela anterior,
devem ser estimadas as UHC e dimensionadas na tabela abaixo:

Tabela 2: Unidades de Hunter de Contribuição para aparelhos não relacionados na Tabela 1

Ramais de Esgoto – recebem os efluentes dos ramais de descarga.


Dimensionamento: somatório de UHC
Declividades Mínimas semelhante ao adotado para ramais de descarga.
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É aconselhável adotar o DN 75 mm para ramais de esgoto de máquina de lavar
roupa e banheiras para evitar o acúmulo de espuma no interior das caixa
sifonada.
Ramais descarga de pias de cozinha: ligação com a caixa de gordura.

Ramais de Esgoto

Tabela 3: Dimensionamento dos ramais de esgoto.


A partir da soma dos UHC dos aparelhos sanitários da Tabela 1, determinar
através da tabela 3 os diâmetros dos ramais de esgoto.
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Exemplo 2: Ramal de esgoto de banheiro edifício residencial.
Aparelho UHC
1 Lavatório 1 4 UHC D = 50mm
1 Chuveiro 2
1 Bidê 1
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Tubos de Queda – recebem os efluentes dos ramais de esgoto e ramais de
descarga até os subcoletores.
Os tubos de queda devem ter diâmetro uniforme e devem ser instalados em um
único alinhamento reto.
Em caso de mudança de direção: efetuadas com curvas de raio grande e com
ângulo superior a 90º.
Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e
máquinas de lavar louças, os quais devem descarregar em uma caixa de
gordura coletiva e em caixa de espuma, respectivamente.
As seguintes restrições devem ser observadas:
a) Nenhum vaso sanitário pode descarregar em um tubo de queda de diâmetro inferior a
100 mm;
b) Nenhum tubo de queda pode ter diâmetro inferior ao da maior canalização a ele ligada;
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c) Tubo de queda que recebe descargas de pias (de copa, cozinha ou despejo) não pode
ter diâmetro inferior a 75 mm. Faz-se exceção a prédios de até 2 andares, cujos tubos
de queda recebem até 6 Unidades Hunter.

Tabela 4 - Dimensionamento do tubo de queda.


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Subcoletores – recebe os efluentes de um ou mais tubo de queda ou ramais
de esgoto.
Coletor predial – é a canalização de esgotos de propriedade particular que
conduz o esgoto de um ou mais edifícios até:
a) a rede pública de coleta de esgoto sanitário, quando ela existir;
b) em sistema particular de tratamento, quando não houver rede pública de
coleta de esgoto sanitário.
Coletor Predial e Subcoletores – de preferência retilíneos, sendo que os
desvios deverá ter ângulos de 45º, com inspeção.
Escoamento por gravidade com declividades mínimas de:

Sendo i máx = 5%. Devem possuir o DN mín de 100mm


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Coletores e Subcoletores:

Tabela 5 - Dimensionamento de subcoletores e coletor predial.


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TRECO AB:
6 UHC X 12 pavimentos = 72 UHC 100mm, com i min = 1%;

TRECO BC:
72 UHC X 2 = 144 UHC 100mm, com i min = 1%.
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Sistema de ventilação – ramal de ventilação
Todo desconector deverá ser ventilado.
A distância de um desconector à ligação do tubo ventilador não deverá exceder
aos limites indicados na tabela abaixo.

Tabela 6. Distância máxima de um desconector (sifão) ao tubo ventilador


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Ramais de Ventilação

Tabela 7. Diâmetro dos ramais de ventilação


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Colunas de Ventilação

Tabela 8. Dimensionamento de colunas de ventilação


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Tabela 8. Dimensionamento de colunas de ventilação


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Ramal de descarga – DN mínimo é 40.
Ramal de esgoto – é função do somatório de UHC.
Tubo de queda – é função do somatório de UHC dos ramais de esgoto que se
conectam ao tubo de queda:
 DN mínimo que descarregue vaso sanitário é 100 mm.
Coletor Predial – função do somatório de UHC e declividades mínimas:
 DN mínimo é 100 mm;
 Considerar aparelho de maior descarga de cada sanitário para calculo
de UHC (predios residenciais).
Ventilação – função do somatório de UHC
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CONVENÇÕES:
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DISPOSITIVOS DE INSPEÇÃO:
a) Caixa de Gordura: O ramal de esgoto da cozinha não pode ser ligado
diretamente aos subcoletores. As águas residuárias da cozinha possuem óleo e
gordura que podem entupir as tubulações.
b) Caixa de Inspeção: São pontos de acesso para permitir a inspeção, limpeza
e desobstrução da tubulação.
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CAIXA DE GORDURA:
Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos
contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas
periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede,
obstruindo a mesma.
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As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com
boas condições de ventilação.
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários
pavimentos sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que
conduzam o esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de
caixas de gordura individuais nos andares.
As caixas de gordura podem ser moldadas in loco ou adquiridas prontas no
mercado.
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CAIXA DE INSPEÇÃO:
Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações.
Toda mudança de diâmetro, direção ou de declividade dos coletores e
subcoletores enterrados deve ser feita através de uma caixa de inspeção.
A distância máxima entre duas caixas não deve ultrapassar 15 m para facilitar a
desobstrução dos tubos.
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Detalhes da caixa de inspeção:
a) profundidade máxima de 1,00 m;
b) forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de
0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
c) tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
d) fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação
de depósitos.
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