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Aula 00
• Orçamento público: conceitos. Princípios orçamentários
Aula 00
Vamos falar de nosso curso. Costumo dizer que uma grande vantagem desse
curso online está na agregação da matéria em uma só publicação. Se você
tentar reunir, por conta própria, todas as referências necessárias para cobrir o
edital, vai amontoar uma dezena de normativos – que não vai utilizar
completamente –, além de livros e materiais esparsos. Com nossas aulas, além
de ter acesso a todo o conteúdo, bem mastigado, você ainda verá os comentários
e ênfases conforme o comportamento das bancas nos últimos anos.
GRACIANO ROCHA
SUMÁRIO
ORÇAMENTO PÚBLICO .......................................................................................................................... 4
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.............................................................................................................. 6
LEGALIDADE ........................................................................................................................................... 7
UNIDADE/TOTALIDADE .......................................................................................................................... 10
UNIVERSALIDADE .................................................................................................................................. 14
ORÇAMENTO BRUTO ............................................................................................................................. 18
ANUALIDADE/P ERIODICIDADE................................................................................................................. 20
EXCLUSIVIDADE..................................................................................................................................... 22
N ÃO AFETAÇÃO/NÃO VINCULAÇÃO......................................................................................................... 27
ESPECIFICAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO/DISCRIMINAÇÃO..................................................................................... 33
CLAREZA.............................................................................................................................................. 39
EQUILÍBRIO .......................................................................................................................................... 41
P UBLICIDADE........................................................................................................................................ 44
OUTROS PRINCÍPIOS .............................................................................................................................. 46
RESUMO DA AULA ............................................................................................................................... 49
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................. 51
QUESTÕES ADICIONAIS ....................................................................................................................... 64
GABARITO ............................................................................................................................................ 72
ORÇAMENTO PÚBLICO
Reconhece a doutrina que o orçamento nasceu como instrumento de controle
e limitação dos gastos do governo (principalmente do Poder Executivo) por
parte do Legislativo. Os documentos históricos aceitos como “antepassados” da
peça orçamentária confirmam essa sistemática:
(A) Variável.
(B) Público.
(C) Empresarial.
(D) Estático.
(E) de Capital.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os princípios orçamentários consistem ora em normas, ora em simples
orientações aplicáveis à elaboração e à execução do orçamento público.
Legalidade
Uma das discussões mais antigas sobre o orçamento público diz respeito ao
conflito entre sua forma e seu conteúdo.
(...)
Por outro lado, quanto ao conteúdo, não há dúvidas de que o orçamento público
tem natureza de ato administrativo. A organização das finanças em
programas, a atribuição de recursos a certas despesas, a indicação de
competências de órgãos e entidades relativamente a certos setores de atividade
governamental, tudo isso tem a ver com a organização e o planejamento da
Administração Pública – atividades tipicamente administrativas.
O que ocorre com o orçamento público é que ele não cria nem regulamenta
direitos e deveres, não disciplina condutas, não prevê punições etc. NÃO TEM
CARÁTER ABSTRATO; pelo contrário, um orçamento deve se revestir de
concretude, para aplicação mais apropriada e racional dos recursos públicos.
Não obstante a essência de ato administrativo, o fato de o orçamento ser uma lei
lhe proporciona a normatização de certos requisitos e obrigações de natureza
orçamentária, na esfera concreta.
a) Da Transparência.
b) Da Publicidade.
c) Da Competência.
d) Da Legalidade.
Gabarito: D.
Unidade/totalidade
É por isso que se espera, por parte do Congresso Nacional, a edição de uma lei
complementar que atualize as normas gerais de direito financeiro. Enquanto
isso não ocorre, diversas “atualizações” relacionadas ao direito financeiro e ao
orçamento público são instituídas anualmente, com as Leis de Diretrizes
Orçamentárias.
Pelo princípio da unidade, o orçamento público deve ser uno, uma só peça,
garantindo uma visão de conjunto das receitas e das despesas.
Para facilitar esse controle, era necessário que o orçamento tivesse certas
características. Essas características vieram a constituir os primeiros princípios
orçamentários, dos quais, como já falamos, a unidade é um dos exemplares.
Segundo o professor James Giacomoni (in “Orçamento Público”, ed. Atlas, 14ª
edição), pelo princípio da totalidade, é possível a coexistência de orçamentos
variados, desde que estejam consolidados numa peça, de forma que
continue sendo possível uma visão geral das finanças públicas.
a) do orçamento bruto.
b) da independência orçamentária.
c) do equilíbrio.
d) da competência orçamentária.
e) da unidade.
Gabarito: E.
(A) da unidade.
(B) da anualidade.
(C) da exclusividade.
Universalidade
• conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim
de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-
las.
Até a Constituição de 1967, isso era verdade, mas, de lá para cá, os tributos
e sua arrecadação são regulamentados por leis próprias. A lei
orçamentária, atualmente, não autoriza a arrecadação, apenas a prevê. A
arrecadação ocorre havendo ou não orçamento publicado.
Gabarito: C.
(A) exclusividade.
(B) legalidade.
(C) anualidade.
(D) universalidade.
(E) totalidade.
d) despesas correntes.
Gabarito: B.
(B) universalidade.
(C) anualidade.
(D) transparência.
(E) legalidade.
Orçamento Bruto
Assim, se for o caso de se fazer uma dedução a uma receita, o ente público
não pode apenas registrar o valor líquido a ser arrecadado. Tanto a arrecadação
bruta quanto a dedução devem ser consideradas na elaboração da peça
orçamentária.
a) do equilíbrio e da anualidade.
b) da exclusividade e da totalidade.
e) da autonomia e da racionalidade.
Gabarito: C.
Anualidade/Periodicidade
Segundo o prof. Giacomoni (mais uma vez!), o princípio de que o orçamento deve
ser elaborado e autorizado para o período normalmente de um ano está ligado à
antiga “regra da anualidade do imposto”, vigente até a Constituição de 1967.
Como já estudamos, até esse momento a lei orçamentária é que autorizava a
arrecadação tributária para um exercício, para cobrir as despesas
pertencentes a esse mesmo exercício.
dos recursos em objetivos do governo e verificar o alcance das metas nos prazos
estabelecidos.
a) da exclusividade.
b) periodicidade.
c) orçamento bruto.
d) universalidade.
e) da especialização.
Para julgar essa questão, bastaria uma rápida leitura do art. 34 da Lei 4.320/64
para matar a questão. O exercício financeiro, período em que se observa a
execução orçamentária da receita e da despesa, necessariamente coincide com
o ano civil, pelo dispositivo legal referido. Questão ERRADA.
Exclusividade
O princípio da exclusividade pode ser traduzido pela afirmação inicial do art. 165,
§ 8º, da CF/88:
Grave essas exceções, porque é difícil achar um tópico tão cobrado quanto
esse quando o tema é princípios orçamentários!
(A) moralidade.
(B) anualidade.
(C) exclusividade.
(E) impessoalidade.
a) anualidade ou periodicidade.
b) universalidade.
d) exclusividade.
e) moralidade.
Gabarito: D.
Isso obedece ao arcabouço teórico da tributação, segundo o qual os impo stos são
os tributos apropriados para que o ente público possa auferir renda, sem estar
obrigado a prestar esta ou aquela obrigação junto à sociedade. Impostos teriam
a característica da fiscalidade (obtenção de recursos como finalidade principal).
Então, voltando ao princípio da não vinculação, cabe destacar que ele ganhou
estatura constitucional, mas com uma série de exceções:
(...)
(...)
Pois bem, diante desse quadro de alta vinculação dos recursos, para
“desamarrar” um pouco as receitas tributárias de suas aplicações
obrigatórias, instituiu-se, desde 1994, um mecanismo de desvinculação,
por meio de emenda à Constituição.
(C) do orçamento bruto determina que deve existir somente uma Lei
Orçamentária Anual, sendo proibida a existência de orçamentos paralelos.
Gabarito: D.
a) Publicidade.
b) Clareza.
c) Uniformidade.
d) Não-afetação da receita.
e) Legalidade da tributação.
Gabarito: E.
a) dividendos recebidos.
b) contribuições
c) impostos
d) serviços.
e) operações de créditos
Especificação/Especialização/Discriminação
Art. 5º. A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros,
transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.
O que se buscou na Lei 4.320/64 foi algo parecido com a exigência inicial, nos
países em que se originou o orçamento público, quanto à discriminação das
receitas e despesas.
Além disso, como sinaliza a redação do art. 5º da Lei 4.320/64, o art. 20 e seu
parágrafo único, da mesma lei, trazem mais uma exceção ao princípio da
discriminação:
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não
possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa
poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de
Capital.
a) discriminação.
b) unidade.
c) reserva legal.
d) universalidade.
a) licitações.
b) convênios.
c) encargos sociais.
d) reserva de contingência.
e) aposentadoria.
Mesmo assim, deve-se lembrar que a reserva de contingência não pode ser
executada diretamente como despesa. Primeiro, deve ser anulada em favor de
outras dotações, por meio da abertura de créditos adicionais.
Gabarito: D.
Gabarito: B.
Gabarito: E.
Clareza
http://www.orcamentofederal.gov.br/educacao-
orcamentaria/ofat/Revista_OFAT_2014_WEB.pdf
Vejamos as alternativas:
Gabarito: A.
Equilíbrio
Pelo exposto, o fato de um orçamento ser publicado de forma equil ibrada não
implica o equilíbrio das contas públicas. É com essa preocupação que se fala
em equilíbrio real, ou equilíbrio material. Essa, inclusive, foi uma das principais
bandeiras tratadas na famosa Lei de Responsabilidade Fiscal.
Assim, sob essa ótica, busca-se evitar o crescimento desordenado das despesas,
sem lastro para cobri-las. Da mesma forma, deve-se evitar o comprometimento
das receitas a ponto de não sobrarem recursos para amortizar a dívida pública.
Conclui-se, desse modo, que o “equilíbrio material” está mais ligado à execução
equilibrada do orçamento do que à sua publicação com montantes iguais de
receita e despesa.
(A) equilíbrio
(B) universalidade
(C) legalidade
(D) publicidade
(E) transparência
(A) estabelece que a Lei Orçamentária Anual − LOA não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação
de operações de crédito, ainda que por Antecipação da Receita Orçamentária −
ARO, nos termos da lei.
Publicidade
Questão CERTA. Quanto “maior” o ente público, maior o alcance que deve ser
dado à publicidade de seus atos, incluindo a aprovação do respectivo orçamento.
Outros princípios
a) consistência.
b) legalidade.
c) universalidade.
d) programação.
e) exclusividade.
Muito bem, caro aluno, nossa aula demonstrativa fica por aqui. Espero que o
conteúdo apresentado tenha sido suficiente para demonstrar nossa abordagem
durante o curso.
GRACIANO ROCHA
RESUMO DA AULA
1. O orçamento público tem natureza de ato administrativo, pelo que é
considerado uma lei em sentido formal.
(A) Variável.
(B) Público.
(C) Empresarial.
(D) Estático.
(E) de Capital.
a) Da Transparência.
b) Da Publicidade.
c) Da Competência.
d) Da Legalidade.
a) do orçamento bruto.
b) da independência orçamentária.
c) do equilíbrio.
d) da competência orçamentária.
e) da unidade.
(A) da unidade.
(B) da anualidade.
(C) da exclusividade.
(A) exclusividade.
(B) legalidade.
(C) anualidade.
(D) universalidade.
(E) totalidade.
d) despesas correntes.
(B) universalidade.
(C) anualidade.
(D) transparência.
(E) legalidade.
a) do equilíbrio e da anualidade.
b) da exclusividade e da totalidade.
e) da autonomia e da racionalidade.
a) da exclusividade.
b) periodicidade.
c) orçamento bruto.
d) universalidade.
e) da especialização.
(A) moralidade.
(B) anualidade.
(C) exclusividade.
(E) impessoalidade.
a) anualidade ou periodicidade.
b) universalidade.
d) exclusividade.
e) moralidade.
(C) do orçamento bruto determina que deve existir somente uma Lei
Orçamentária Anual, sendo proibida a existência de orçamentos paralelos.
a) Publicidade.
b) Clareza.
c) Uniformidade.
d) Não-afetação da receita.
e) Legalidade da tributação.
a) dividendos recebidos.
b) contribuições
c) impostos
d) serviços.
e) operações de créditos
a) discriminação.
b) unidade.
c) reserva legal.
d) universalidade.
a) licitações.
b) convênios.
c) encargos sociais.
d) reserva de contingência.
e) aposentadoria.
(A) equilíbrio
(B) universalidade
(C) legalidade
(D) publicidade
(E) transparência
(A) estabelece que a Lei Orçamentária Anual − LOA não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a
contratação de operações de crédito, ainda que por Antecipação da Receita
Orçamentária − ARO, nos termos da lei.
dos municípios que não tenham diário oficial, o orçamento pode ser
publicado em jornal local.
a) consistência.
b) legalidade.
c) universalidade.
d) programação.
e) exclusividade.
QUESTÕES ADICIONAIS
43. (CESPE/ANALISTA/DPU/2010) O princípio da legalidade, um dos primeiros a
serem incorporados e aceitos nas finanças públicas, dispõe que o orçamento
será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo
legislativo completo, isto é, um projeto preparado e submetido, pelo Poder
Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e posterior devolução ao
Poder Executivo, para sanção e publicação.
(E) da unidade, segundo o qual cada ente federado deve ter apenas um
orçamento.
(A) unidade.
(B) transparência.
(C) universalidade.
(D) temporalidade.
(E) anualidade.
(D) deve haver apenas uma única lei orçamentária anual para cada esfera
do Governo.
(A) integridade
(B) equilíbrio
(C) igualdade
(D) universalidade
(E) legalidade
a) unidade – universalidade.
b) equidade – especialização.
e) equilíbrio – universalidade.
(A) exclusividade.
(B) unidade.
(C) universalidade.
(D) anualidade.
(E) especificação.
(A) da exclusividade.
(C) da universalidade.
(D) da especialização.
(B) Anualidade.
(C) Clareza.
(D) Exclusividade.
(E) Especificação.
(A) do equilíbrio.
(B) da clareza.
(C) da discriminação.
a) Universalidade.
b) Exclusividade.
c) Anualidade.
d) Equilíbrio.
e) Unidade.
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) IV.
(E) V.
a) Unidade.
b) Universalidade.
c) Equilíbrio.
e) Especificação.
(A) exclusividade.
(B) unidade.
(C) universalidade.
(D) anualidade.
(E) especificação.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B C C D E E A C C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D B B C C B E E C D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B E E D D E C C A D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
B E A C A B E C C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A A C E D D E E A D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E D E D C E A C E C
61 62 63 64 65 66 67 68 69
E E B B E C D C E