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1 Exercı́cios Dickson

Este envio consiste na resolução dos exercı́cios da 2a edição do livro Actuarial mathematics for life
contingent risks, dos autores Dickson; Mary Hardy; H R Waters, 2013. O trabalho foi realizado pelos
alunos do programa de doutorado em Estatı́stica da Universidade Federal de Minas Gerais ao longo
da disciplina de Matemática Atuarial I sob orientação do Professor Fredy Castellares.
O alunos que resolveram os exercı́cios são:

1. Frederico Machado

2. Jussiane Gonçalves (Atualmente professora do Departamento)

3. Arthur Tarso

4. Túlio Lima

Incrementar a lista com códigos em R.

Tabelas de Vida e Seleção

2 Exercı́cio 3.1
Descrever µx , lx e dx

Figura 1: Gráfico de µx em função da idade x.


Figura 2: Gráfico de lx em função da idade x.

Figura 3: Gráfico de dx em função da idade x.


Para a obtenção das Figuras 1, 2 e 3 (µx , lx e dx ), respectivamente. Foi usada a tabua de
mortalidade do Brasil para o ano de 2015 disponı́vel no site do IBGE, acessado em Abril de 2017.

(a) A partir da Figura 1, observa-se que a força de mortalidade para ambos os gêneros mantêm-se
constante desde o nascimento até a idade 45. Da idade 45 até mais adiante o risco ou força de
mortalidade cresce de forma acentuada principalmente para os indivı́duos do gênero masculino.

(b) Na Figura 2 apresentamos o comportamento de lx em função do tempo. Dado um l0 fixo, 100.000,


por exemplo, observamos que o número de indivı́duos vivos decresce com o tempo. Isto porque
alguns indivı́duos vão morrendo com o passar do tempo(consequência do comportamento da Figura
1). Observamos ainda que o número de sobreviventes do gênero masculino é menor quando
comparado com do gênero feminino.

(c) Por fim, observamos que a mortalidade é maior nas primeiras idades (mortalidade infantil ou
prematuras) e vai decrescendo e, estabiliza entre as idade 1 a 40 anos aproximadamente. A partir
da idade 40 a diante ela cresce com muita intensidade (mortes por envelhecimento). Mais uma
vez, o ı́ndice de mortalidade é maior nos homens que nas mulheres.

Código do r

dx

plot ( dados$Idade , dados$nDx M, type=” l ” , l t y =3, lwd =3, col=c ( 3 ) , x l a b=” Idade ,
x” , y l a b=”dx” , cex . axis =1.7 , cex . l a b =1.7)
l i n e s ( dados$Idade , dados$nDx H, col=c ( 4 ) , lwd=3)
legend ( ” t o p l e f t ” , legend = c ( ” Masculino ” , ” Feminino ” ) ,
l t y =1:3 , lwd =2, col=c ( 4 , 3 ) , cex =1.2)

lx
plot ( dados$Idade , dados$ l x M, type=” l ” , l t y =3, lwd =3, col=c ( 3 ) ,
x l a b=” Idade , x” , y l a b=” l x ” , cex . axis =1.7 , cex . l a b =1.7)
l i n e s ( dados$Idade , dados$ l x H, col=c ( 4 ) , lwd=3)
legend ( ” t o p r i g h t ” , legend = c ( ” Masculino ” , ” Feminino ” ) ,
l t y =1:3 , lwd =2, col=c ( 4 , 3 ) , cex =1.2)

µx

plot ( dados$Idade , dados$mu M, type=” l ” , l t y =3, lwd =3, col=c ( 3 ) ,


x l a b=” Idade , x” , y l a b=expression (mu[ x ] ) , cex . axis =1.7 , cex . l a b =1.7)
l i n e s ( dados$Idade , dados$mu H, col=c ( 4 ) , lwd=3)
legend ( ” t o p l e f t ” , legend = c ( ” Masculino ” , ” Feminino ” ) , l t y =1:3 ,
lwd =2, col=c ( 4 , 3 ) , cex =1.2)

3 Exercı́cio 3.2
Dada a tabela abaixo, calcule:
a) 0,2 q52,4 assumindo distribuição uniforme das mortes.

A premissa de distribuição uniforme das mortes assume t qx = tqx . Com isso, temos que
l52,6
0,2 q52,4 = 1 − 0,2 q52,4 = 1 − ,
l52,4
Tabela 1: Extrato de uma tabela de vida (hipotética)
Age, x lx
52 89948
53 89089
54 88176
55 87208
56 86181
57 85093
58 83940
59 82719
60 81429

mas, 0,s px = lx,s /lx ⇒ lx,s = 0,s px lx = (1 − 0,s qx ) lx = (1 − sqx ) lx = [1 − s(lx − lx+1 )/lx ] lx ⇒
lx,s = lx − s(lx − lx+1 ) = lx − slx + slx+1 = (1 − s)lx + slx+1 , s ∈ (0, 1). Então,

l52,6 l52,4 − l52,6


0,2 q52,4 = 1− =
l52,4 l52,4

(0, 6l52 + 0, 4l53 ) − (0, 4l52 + 0, 6l53 )


=
(0, 6l52 + 0, 4l53 )

0, 2l52 − 0, 2l53
=
(0, 6l52 + 0, 4l53 )

0, 2(l52 l53 )
=
(0, 6l52 + 0, 4l53 )

0, 2(89948 − 89089)
=
(0, 6 × 89948 + 0, 4 × 89089)

171, 8
=
89604, 4
≈ 0, 001917.

b) 0,2 q52,4 assumindo força da mortalidade constante.

A premissa de força da mortalidade constante assume que µx+t = µx , com isso, temos que
t px = (px )t e px = exp(−µx ). Então,

l52,4 − l52,6 0,4 p52 l52 − 0,6 p52 l52 0,4 p52− 0,6 p52
0,2 q52,4 = = =
l52,4 0,4 p52 l52 0,4 p52

(p52 )0,6
= 1−
(p52 )0,4

= 1 − (p52 )0,2
 0,2
89089
= 1−
89948

≈ 0, 001917.

c) 5,7 p52,4 assumindo distribuição uniforme das mortes.

l58,1
5,7 p52,4 =
l52,4

(0, 9l58 + 0, 1l59 )


=
(0, 6l52 + 0, 4l53 )

0, 9 × 83940 + 0, 1 × 82719
=
89604, 4
83817, 9
=
89604, 4
≈ 0, 935422.

d) 5,7 p52,4 assumindo força da mortalidade constante.

5,7 p52,4 = 0,6 p52,4 × 5 p53 × 0,1 p58

l58
= (p52 )0,6 × × (p58 )0,1
l53
 0,6  0,1
89089 83940 82719
= × ×
89948 89089 83940

≈ 0, 935423.
e) 3,2|2,5 q52,4 assumindo distribuição uniforme das mortes.

3,2|2,5 q52,4 = 3,2 p52,4 2,5 q55,6

l55,6 l55,6 − l58,1


= ×
l52,4 l55,6

(0, 4l55 + 0, 6l56 ) − (0, 9l58 + 0, 1l59 )


=
0, 6l52 + 0, 4l53

(0, 4 × 87208 + 0, 6 × 86181) − (0, 9 × 83940 + 0, 1 × 82719)


=
89604, 4
86591, 8 − 83817, 9
=
89604, 4
≈ 0, 030957.

f) 3,2|2,5 q52,4 assumindo força da mortalidade constante.

3,2|2,5 q52,4 = 3,2 p52,4 2,5 q55,6

= 3,2 p52,4 (1 − 2,5 p55,6 )

= × 2 p53 × 0,6 p55 × (1 − 0,4 p55,6 × 2 p56 × 0,1 p58 )


0,6 p52,4
 
0,6 l55 0,6 0,4 l58 0,1
= (p52 ) × × (p55 ) × 1 − (p55 ) × × (p58 )
l53 l56
 "  #
89089 0,6 87208 86181 0,6 86181 0,4 83940 82719 0,1
     
= × × 1− × ×
89948 89089 87208 87208 86181 83940

= 0, 966373 × (1 − 0, 967973)

≈ 0, 030950.

4 Exercı́cio 3.3
A abaixo é uma extração de uma tabela de vida selecionada (hipotética) com um perı́odo seleci-
onado de dois anos. Note com cuidado o layout - cara linha é relacionada a uma idade selecionada
fixa.
Use essa tabela para calcular:
(a) a probabilidade que uma vida atualmente com idade de 75 que acabou de ser selecionada sobreviva
até a idade 85,
(b) a probabilidade que uma vida atualmente com idade de 76 que foi selecionada um ano atrás morra
entre as idades de 85 e 87 e,
(c)4|2 q[77]+1 .

Solução: A seleção dura apenas dois perı́odos, pois a partir de lx+2 já tem-se que l[x]+2 = lx+2 .
Desta forma, basta usar os valores da tabela para calcular:
(a) ll85 = 15930
10542
= 0.6617
[75]
l85 −l87 10542−9064
(b) 9|2 q[75]+1 = l[75]+1 = 15668 = 0.09433
Tabela 2: Extraido de uma tabela de vida selecionada (hipotética)
x l[x] l[x]+1 lx+2 x+2
75 15930 15668 15286 77
76 15508 15224 14816 78
77 15050 14744 14310 79
.. .. .. .. ..
. . . . .
80 12576 82
81 11928 83
82 11250 84
83 10542 85
84 9812 86
85 9064 87

(c) Essa notação significa que a vida foi selecionada no perı́odo 77 anos a um ano atrás, de forma
que atualmente estamos em [77]+1. Deseja-se saber qual a probabilidade de morte entre daqui a 4 e
4+2=6 anos. Matematicamente:
l82 −l84
4|2 q[77]+1 = l = 12576−11250
14744 = 0.08993
[77]+1

5 Exercı́cio 3.4
A CMI (Tabela 3) foi baseada em dados de 1999 a 2002 no Reino Unido para mulheres fumantes
que tinham apólices de seguro de vida temporário. O perı́odo de seleção é de cinco anos. Uma parte
desta tabela, contendo os valores de q[x−t]+t , é dado na tabela 3.11.
Use este modelo de sobrsvivência para calcular

(a) 2 p[72] ,
Solução:

2 p[72] = p[72] · p[72]+1


= (1 − q[72] )(1 − q[72]+1 )
= 0, 987347

(b) 3 q[73]+2 ,
Solução:

3 q[73]+2 = 1 − 3 p[73]+2
= 1 − p[73]+2 · p[73]+3 · p[73]+4
= 1 − (1 − q[73]+2 )(1 − q[73]+3 )(1 − q[73]+4 )
= 0, 044998

(c) 1| q[65]+4 ,
Solução:

1| q[65]+4 = p[65]+4 · q70


= (1 − q[65]+4 )q70
= 0, 010514
(d) 7 p[70] ,
Solução:

7 p[70] = p[70] · p[70]+1 · p[70]+2 · p[70]+3 · p[70]+4 · p75 · p76


= (1 − q[70] )(1 − q[70]+1 )(1 − q[70]+2 )(1 − q[70]+3 )(1 − q[70]+4 )(1 − q75 )(1 − q76 )
= 0, 920271

Tabela 3: Taxas de mortalidade para mulheres fumantes que possuem apólices de seguro de vida
temporário
Age x Duration 0 Duration 1 Duration 2 Duration 3 Duration 4 Duration 5+
q[x] q[x−1]+1 q[x−2]+2 q[x−3]+3 q[x−4]+4 qx
70 0.010373 0.013099 0.015826 0.018552 0.021279 0.026019
71 0.011298 0.014330 0.017362 0.020393 0.023425 0.028932
72 0.012458 0.015825 0.019192 0.022559 0.025926 0.032133
73 0.013818 0.017553 0.021288 0.025023 0.028758 0.035643
74 0.015308 0.019446 0.023584 0.027721 0.031859 0.039486
75 0.016937 0.021514 0.026092 0.030670 0.035248 0.043686
76 0.018714 0.023772 0.028830 0.033888 0.038946 0.048270
77 0.020649 0.026230 0.031812 0.037393 0.042974 0.053262

6 Exercı́cio 3.5
A CMI ( Tabela 3) foi baseada em dados de 1999 a 2002 no Reino Unido para mulheres fumantes
que tinham apólices de seguro de vida temporário. O perı́odo de seleção é de cinco anos. Uma parte
desta tabela, contendo os valores de q[x−t]+t , é dado na tabela 3.11.
Calcule

(a) 7 p[70]
Resolução:

7 p[70] = p[70] · p[70]+1 · p[70]+2 · p[70]+3 · p[70]+4 · p75 · p76


= (1 − q[70] ) · (1 − q[70]+1 ) · (1 − q[70]+2 ) · (1 − q[70]+3 ) · (1 − q[70]+4 ) · (1 − q75 ) · (1 − q76 )
= 0, 82193

(b) 1|2 q[70]+2


Solução:

1|2 q[70]+2 = p[70]+2 2 q[70]+3


= (1 − q[70]+2 )(1 − 2 p[70]+3 )
= (1 − q[70]+2 )(1 − p[70]+3 p[70]+4 )
= (1 − q[70]+2 )(1 − (1 − q[70]+3 )(1 − q[70]+4 )
= 0, 055008

(c) 3,8 q[70]+0,2 supondo UDD.


Solução:

3,8 q[70]+0,2 = 1− 3,8 p[70]+0,2


= 1− 0,8 p[70]+0,2 · p[70]+1 · p[70]+2 · p[70]+3
l[70]+1
 
= 1− · p[70]+1 · p[70]+2 · p[70]+3
l[70]+0,2
p[70] · l[70]
 
= 1− · p[70]+1 · p[70]+2 · p[70]+3
0,2 p[70] · l[70]
1 − q[70]
 
= 1− · p[70]+1 · p[70]+2 · p[70]+3
1 − 0, 2q[70]
= 0, 065276

7 Exercı́cio 3.6
Pede-se para calcular 3 p53 quando o perı́odo de seleção (r=3 anos) e:
q[50] = 0.01601;
2 p[50] = 0.96411;
2| q[50] = 0.02410 e
2|3 q[50]+1 = 0.09272.

Para achar 3 p53 = l56 /l53 precisamos achar uma relação entre a informação disponı́vel. Tal como
apresentamos a seguir
u|t q[x] =u p[x] t q[x]+u =u p[x] (1 − t p[x]+u )
−l
h i
l l[x]+u+t l
= [x]+u
l 1 − l = [x]+u l [x]+u+t ⇐⇒ l[x]+u+t = l[x]+u − u|t q[x] l[x]
[x] [x]+u [x]

De igual forma, podemos obter a seguinte expressão: l[x]+u+t+1 = l[x]+u+1 − u|t q[x]+1 l[x]+1

l[50]+1 = l[50] p[50]

l[50]+2 = l[50]+1 p[50]+1 = l[50] p[50] p[50]+1 = l[50] 2 p[50]

Com base na fórmula que apresentamos anteriormente podemos obter l53 = l[50]+3 , já que essa
quantidade é referente a um instante após o perı́odo de seleção. Neste caso temos: u = 2 e t = 1

l53 = l[50]+2 − l[50] 2| q[50] = l[50] 2 p[50] − l[50] 2| q[50] = l[50] 2 p[50] − 2| q[50] ;

l56 = l53 − l[50]+1 2|3 q[50]+1 = l[50] 2 p[50] − 2| q[50] − l[50] p[50] 2|3 q[50]+1

= l[50] 2 p[50] − 2| q[50] − (1 − q[50] ) 2|3 q[50]+1

Por fim obtemos:


l[50] ( 2 p[50] − 2| q[50] −(1−q[50] ) 2|3 q[50]+1 ) 0.96411−0.02410−(1−0.01601)∗0.09272
3 p53 = l56 /l53 = l[50] (2 p[50] − 2| q[50] )
= 0.96411∗0.02410 = 0.90294.

8 Exercı́cio 3.7
Quando enviados para o exterior para o paı́s A, os empregados de uma grande companhia estão
sujeitos à seguinte força de mortalidade seleta, com duração exata de t anos após o retorno do exterior
(t = 0, 1, 2, 3, 4),
A
q[x]+t = (6 − t)qx+t ,
onde qx+t está na base de tabelas de vida dos EUA, 2002, Feminino. Para aqueles que vivem no paı́s
A há pelo menos 5 anos, a força de mortalidade em cada idade é 50% maior que aquela da tabela
feminina de 2002 dos EUA, de mesma idade. Alguns valores de lx dessa tabela são apresentados
abaixo.

Tabela 4: Extrato da uma tabela de vida dos EUA, 2002, mulheres


Age, x lx
30 98424
31 98362
32 98296
33 98225
34 98148
35 98064
.. ..
. .
40 97500

Calcule a probabilidade de uma empregada enviada ao paı́s A na idade 30 anos sobreviver até aos 40
anos se ela permanecer no paı́s A.
Queremos calcular A
10 p[30] . Então:

A
10 p[30] = p[30] × p[30]+1 × p[30]+2 × p[30]+3 × p[30]+4 × 5 pA
35

= (1 − q[30] ) × (1 − q[30]+1 ) × (1 − q[30]+2 ) × (1 − q[30]+3 ) × (1 − q[30]+4 ) × 5 pA


35

= (1 − 6q30 ) × (1 − 5q31 ) × (1 − 4q32 ) × (1 − 3q33 ) × (1 − 2q34 ) × 5 pA


35
        
l30 − l31 l31 − l32 l32 − l33
= 1−6 × 1−5 × 1−4
l30 l31 l32
     
l33 − l34 l34 − l35
× 1−3 × 1−2 × 5 pA35
l33 l34

= 0, 996220 × 0, 996645 × 0, 997111 × 0, 997648 × 0, 998288 × 5 pA


35

= 0, 985991 × 5 pA
35
 Z 5 
= 0, 985991 × exp − µA
35+t dt
0
 Z 5 
= 0, 985991 × exp − 1, 5 × µ35+t dt
0

 Z  5 1,5
= 0, 985991 × exp − µ35+t dt
0

= 0, 985991 × (5 p35 )1,5


 1,5
l40
= 0, 985991 ×
l35

= 0, 985991 × 0, 991385

≈ 0, 977497.

9 Exercı́cio 3.8
Um modelo especial de sobrevivência tem um perı́odo de seleção de três anos. Funções para esse
modelo são denotadas por um asterisco, *. Funções sem asterisco foram tiradas das Tabelas de Vida
do Canada 2000-02, Homens. É dado que, para todos os valores de x,

p∗[x] =4 px−5 ; p∗[x]+1 =3 px−1 ; p∗[x]+2 =2 px+2 ; p∗x = px+1 ;

A tabela de vida, tabulada para idades inteiras, é construı́da com base no modelo especial de so-
∗ é tomado como 98363 (i.e. l
brevivência e o valor de l25 26 da Tabela de Vida do Canada 2000-02,
Homens). Alguns valores de lx para essa tabela são mostrados na tabela abaixo.
Tabela 5: Canada, Tabela de vida 2000-02, Homens
Idade, x lx
15 99180
16 99135
17 99079
18 99014
19 98942
20 98866
21 98785
22 98700
23 98615
24 98529
25 98444
26 98363
.. ..
. .
62 87503
63 86455
64 85313
65 84074

(a) Construa as colunas l[x] ∗ , l∗ ∗ ∗


[x]+1 , l[x]+2 e lx+3 para x = 20, 21, 22.
(b) Calcule 2|38 q[21]+1 , 40 p[22] , 40 p[21]+1 , 40 p[20]+2 , e 40 p∗22 .
∗ ∗ ∗ ∗

Solução: Para resolver este problema é necessário lembrar das seguintes propriedades:
l[x]+t
(i) t px = lx+t
lx ; t p[x] = l[x]

(ii) k px = ki=1 px+i−1


Q

(a) Primeiramente, é importante notar que lx∗ = lx+1 , pois p∗x = px+1 . Isso é verdade para x=25.
Considerando x=24 temos:

l25 ∗
l25 ∗
l25 98363

l24 = ∗ = = l
= 98363 = 98444 = l25
p24 p25 l
26
98444
25


Em seguida, nota-se que l[x]+2 = lx+2 , pois p∗[x]+2 =2 px+2 . Então:

p∗[x]+2 l[x]+2
∗ ∗
= l[x]+3

Mas como l[x]+3 ∗
= lx+3
p∗[x]+2 l[x]+2
∗ ∗
= l[x]+3 = lx+4
E, tendo que p∗[x]+2 =2 px+2

2 px+2 l[x]+2 = lx+4
∗ lx+4
l[x]+2 =
2 px+2
Sendo:
lx+3 lx+4 lx+4
2 px+2 = px+2 px+3 = =
lx+2 lx+3 lx+2
Então:
∗ lx+4
l[x]+2 = lx+4
= lx+2
lx+2


O próximo passo é mostrar que l[x]+1 = lx−1 , pois p∗[x]+1 =3 px−1 . Então:

p∗[x]+1 l[x]+1
∗ ∗
= l[x]+2 = lx+2
lx lx+1 lx+2 lx+2
3 px−1 = px−1 px px+1 = =
lx−1 lx lx+1 lx−1
∗ l[x]+2 l[x]+2
l[x]+1 = = lx+2 = lx−1
3 px−1
lx−1

Por fim, mostra-se que ∗


l[x] = lx−5 , pois p∗[x] =4 px−5 . Então:

p∗[x] l[x]
∗ ∗
= l[x]+1 = lx−1
lx−4 lx−3 lx−2 lx−1 lx−1
4 px−5 = px−5 px−4 px−3 px−2 = =
lx−5 lx−4 lx−3 lx−2 lx−5
∗ lx−1 lx−1
l[x] = = lx−1 = lx−5
4 px−5
lx−5

Com isso, é possı́vel calcular os valores pedidos para x = 20,21,22. Em resumo:


∗ ∗ ∗
l[x] = lx−5 ; l[x]+1 = lx−1 ; l[x]+2 = lx+2 ; lx∗ = lx+1

Assim, a tabela pode ser construida como: Substituindo valores:

x ∗
l[x] ∗
l[x]+1 ∗
l[x]+2 ∗
lx+3 x+3
20 l15 l19 l22 l24 23
21 l16 l20 l23 l25 24
22 l17 l21 l24 l26 25

x ∗
l[x] ∗
l[x]+1 ∗
l[x]+2 ∗
lx+3 x+3
20 99 180 98 942 98 700 98 529 23
21 99 135 98 866 98 615 98 444 24
22 99 079 98 785 98 529 98 363 25

(b) Para calcular os valores pedidos, basta olhar os valores correspondentes na tabela construı́da no
item (a) e na tabela fornecida pelo exercı́cio. Lembrando que:
∗ ∗ ∗
l[x] = lx−5 ; l[x]+1 = lx−1 ; l[x]+2 = lx+2 ; lx∗ = lx+1

Então: ∗ − l∗ ∗ −l
∗ l24 62 l24 63 98444 − 86455
2|38 q[21]+1 = ∗ = ∗ = = 0.121265
l[21]+1 l[21]+1 98866

l62 l63 86455

40 p[22] = ∗ = ∗ = = 0.872587
l[22] l[22] 99079

l62 l63 86455

40 p[21]+1 = ∗ = ∗ = = 0.874466
l[21]+1 l[21]+1 98866

l62 l63 86455

40 p[20]+2 = ∗ = ∗ = = 0.875937
l[20]+2 l[20]+2 98700

l62 l63 86455

40 p22 = ∗ = = = 0.876692
l22 l23 98615
10 Exercı́cio 3.9
(a) Mostre que a suposição de força de mortalidade constante entre idades inteiras implica que a
distribuição de Rx , a parte fracional do tempo de vida futura, condicionada em Kx = k, segue
a distribuição exponencial truncada abaixo, para x inteiro, 0 ≤ s < 1 e k = 0, 1, . . .
1 − exp{−µ∗x+k s}
P (Rx < s | Kx = k) =
1 − exp{−µ∗x+k }

onde µ∗x+k = − log px+k .


Solução:
P (Rx ≤ s e Kx = k)
P (Rx ≤ s | Kx=k ) =
P (Kx = k)
P (k ≤ Tx ≤ k + s)
=
P (k ≤ Tx ≤ k + 1)
k px s qx+k
=
k px qx+k
s qx+k
=
qx+k
1 − s px+k
=
1 − px+k
1 − psx+k
=
1 − px+k
 n R os
1
1 − exp − 0 µ∗x+k du
= n R o
1
1 − exp − 0 µ∗x+k du
1 − exp −µ∗x+k s

=
1 − exp −µ∗x+k


(b) Mostre que se a fórmula 3.17 vale para k = 0, 1, 2, . . . então a força de mortalidade é constante
entre as idades inteiras.
Solução:
1 − exp −µ∗x+k s

P (Rx ≤ s e Kx = k)
=
1 − exp −µ∗x+k

P (Kx = k)
1 − exp −µ∗x+k s

k px s qx+k
=
1 − exp −µ∗x+k

k px qx+k
1 − exp −µ∗x+k s

1 − s px+k
=
1 − exp −µ∗x+k

1 − px+k
(1)
onde:µ∗x+k = − log px+k
1 − exp −µ∗x+k s = 1 − s px+k


Observe que a força de mortalidade de (x+k+s) pode ser escrita como:


d
µx+k+s = − ln s px+k
ds
d
= − ln exp −µ∗x+k s
 
ds
d
= − − µ∗x+k · s
ds
= µ∗x+k
ou seja, µx+k+s não depende de s.

11 Exercı́cio 3.10
Verifique a fórmula (3.15)
Solução:
 Z t 
t p[x] = exp − µ[x]+s ds
0
 Z t 
2−s
= exp − 0, 9 µx+s ds
0
 Z t 
2−s x+s
= exp − 0, 9 (A + Bc )ds (2)
0

Resolvendo primeiro a integral

Z t Z t Z t
2−s x+s 2−s
0, 9 (A + Bc )ds = 0, 9 0, 92−s Bcx+s ds
Ads +
0 0 0
c s
Z t Z t 
2−s 2 x
= A 0, 9 ds + 0, 9 Bc ds
0 0 0, 9
s t

t 2 x

A 0, 9 Bc c
0, 92−s +

=  
ln(0, 9) 0 ln 0,9c 0, 9

"0 #
2 x c t

A 2−t 2 0, 9 Bc
= − (0, 9 − 0, 9 ) +   −1
ln(0, 9) ln 0,9 c 0, 9

0, 92 A 0, 92−t Bcx t
= − (0, 9−t − 1) +   (c − 0, 9t ).
ln(0, 9) c
ln 0,9

Agora basta substituirmos o resultado acima na equação (2)


 
 0, 92 A 2−t x
0, 9 Bc t 
t p[x] = exp (0, 9−t − 1) +   (c − 0, 9t )
 ln(0, 9) ln 0,9 
c

Referências

Dickson, D.C.M. & Hardy, M. R. & Waters, H.R.(2013) Actuarial mathematics for life contingent
risks 2 ed. Cambridge University Press.

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