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Representação de Modelos Dinâmicos em Espaço

de Estados
Graus de Liberdade para Controle

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Roteiro

1 Modelo Não-Linear
Modelo Não-Linear Monovariável
Modelo Não-Linear Bivariável
Variáveis Desvio
Modelo Não-Linear Multivariável
2 Linearização e Modelo Linear Invariante no Tempo
3 Graus de Liberdade para Controle
4 Exemplos
Tanque de Nível Linear e Não-Linear
Tanques de Nível Sem Interação
Tanques de Nível Com Interação
Reator Bioquímico
5 Atividades Complementares

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Espaço de Estados ("State Space Representation")

Linearização é o procedimento pelo qual aproximam-se sistemas


não-lineares por lineares.
É largamente utilizada na investigação da dinâmica de processos e no
projeto de sistemas de controle, pois:
permite desenvolver soluções analíticas. Soluções analíticas
indenpendem dos valores dos parâmetros e variáveis de entrada.
Soluções numéricas de sistemas não-lineares fornecem somente
o comportamento dos sistemas para valores específicos das
entradas e parâmetros
ferramentas para o projeto e análise de sistemas de controle são
em sua maioria limitadas a processos lineares

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Espaço de Estados
continuação

Seja a equação não-linear

dx
= f (x)
dt
Expandindo a função não-linear f (x) em uma série de Taylor, em torno
do ponto x0

1 d 2f
 
df
f (x) = f (x0 ) + (x − x0 ) + (x − x0 )2 +
dx x0 2! dx 2 x0
1 d nf

··· + (x − x0 )n · · ·
n! dx n x0

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Espaço de Estados
linearização

Desprezando os termos de ordem superior a 1, obtém-se



df
f (x) = f (x0 ) + (x − x0 )
dx x0

onde a aproximação é satisfatória quando x é próximo de x0 .

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Espaço de Estados
linearização (continuação)

Interpretação Geométrica

f(x )= f(x 0)+ d f/d x )x0(x -x 0)


f(x )

f(x )
x 0 x

A aproximação é exata somente em x0 .

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Espaço de Estados
linearização (continuação)

Considere o sistema dinâmico (autônomo)

dx1
= f1 (x1 , x2 )
dt
dx2
= f2 (x1 , x2 )
dt
Expandindo em série de Taylor e desprezando os termos de ordem
superior a 1, tem-se para o ponto de linearização(x10 , x20 )

∂f1
f1 (x1 , x2 ) = f1 (x10 , x20 ) + (x1 − x10 ) +
∂x1 x10 ,x20

∂f1 dx1
(x2 − x20 ) =
∂x2 x10 ,x20 dt

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Espaço de Estados
linearização (continuação)


∂f2
f2 (x1 , x2 ) = f2 (x10 , x20 ) + (x1 − x10 ) +
∂x1 x10 ,x20

∂f2 dx2
(x2 − x20 ) =
∂x2 x10 ,x20 dt

As equações anteriores (eqs. diferenciais lineares) constituem o


modelo aproximado (linearizado) do sistema não-linear original.

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Espaço de Estados
variáveis desvio

No estado estacionário

0 = f1 (x1s , x2s )
0 = f2 (x1s , x2s )

Realizando a linearização em torno do estado estacionário (x1s , x2s ),


tem-se
=0(EE)
d(x1 − x1s ) z }| {
f1 (x1 , x2 ) = = f1 (x1s , x2s ) +
 dt 
∂f1 ∂f1
(x1 − x1s ) + (x2 − x2s )
∂x1 x1s ,x2s ∂x2 x1s ,x2s

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Espaço de Estados
variáveis desvio (continuação)

=0(EE)
d(x2 − x2s ) z }| {
f2 (x1 , x2 ) = = f2 (x1s , x2s ) +
 dt 
∂f2 ∂f2
(x1 − x1s ) + (x2 − x2s )
∂x1 x1s ,x2s ∂x2 x1s ,x2s

Define-se, então, as seguintes variáveis desvio (desvio em relação ao


estado estacionário s)

x¯1 = x1 − x1s e x¯2 = x2 − x2s

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Espaço de Estados
linearização e variáveis desvio

Deste modo, o modelo linearizado pode ser escrito em termos das


variáveis desvio anteriores e na forma de espaço de estados

d x¯1
= a11 x¯1 + a12 x¯2
dt
d x¯2
= a21 x¯1 + a22 x¯2
dt
ou na forma matricial equivalente
!   
d x¯1
x¯˙1
 
a11 a12 x¯1
dt
d x¯2 = = ⇒ x̄˙ = Ax̄
dt
x¯˙2 a21 a22 x¯2

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Espaço de Estados
linearização e variáveis desvio (continuação)

onde
 
∂f1 ∂f1
a11 = a12 =
∂x1 x1s ,x2s ∂x2 x1s ,x2s
 
∂f2 ∂f2
a21 = a22 =
∂x1 x1s ,x2s ∂x2 x1s ,x2s

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Espaço de Estados

Modelos matemáticos dinâmicos podem ser representados por


conjuntos de equações diferenciais ordinárias de 1a ordem:

dx1
ẋ1 = = f1 (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um , t), x1 (0) = x10
dt
dx2
ẋ2 = = f2 (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um , t), x2 (0) = x20
dt
..
.
dxn
ẋn = = fn (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um , t), xn (0) = xn0
dt
ou
dx
= f(x, u,t), x(0) = x0
dt

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Espaço de Estados
continuação

onde

x = (x1 , x2 , · · · , xn )T : vetor de estado


("state vector")
T
u = (u1 , u2 , · · · , um ) : vetor de entrada
("input vector")
T
f = (f1 , f2 , · · · , fn ) : funções não-lineares

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Espaço de Estados
continuação

Existem situações onde não se está interessado diretamente no vetor


de estado, mas sim em seu efeito sobre o vetor de saída, y:

y1 = h1 (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um )
y2 = h2 (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um )
..
.
yp = hp (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um )
ou
y = h(x, u)

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Espaço de Estados: "Linear Time Invariant - LTI"

A linearização é útil na investigação do comportamento do sistema


não-linear nas vizinhanças de pontos de operação estacionária, onde
diversos processos contínuos operam de fato.
Aplicando-se expansão em série de Taylor em

ẋi = fi (x1 , · · · , xn , u1 , · · · , um )
=0(EE)
z }| {
ẋi = fi (xs , us ) +
 
∂fi ∂fi
(x1 − x1s ) + · · · + (xn − xns ) +
∂x1 s ∂xn s
 
∂fi ∂fi
(u1 − u1s ) + · · · + (um − ums ) + R
∂u1 s ∂um s

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Espaço de Estados: LTI
continuação

e desprezando os termos de ordem superior a 1


 
∂fi ∂fi
ẋi = (x1 − x1s ) + · · · + (xn − xns ) +
∂x1 s ∂xn s
 
∂fi ∂fi
(u1 − u1s ) + · · · + (um − ums )
∂u1 s ∂um s

Definindo as variáveis desvio x̄ = x − xs e ū = u − us , pode-se


escrever a eq. linearizada
   
˙ ∂fi ∂fi ∂fi ∂fi
x̄i = ¯
x1 + · · · + ¯
xn + ¯
u1 + · · · + u¯m
∂x1 s ∂xn s ∂u1 s ∂um s
| {z } | {z } | {z } | {z }
ai1 ain bi1 bim

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Espaço de Estados: LTI
continuação

x̄˙i = ai1 x¯1 + · · · + ain x¯n + bi1 u¯1 + · · · + bim u¯m


onde as constantes aij e bij são calculadas de
 
∂fi ∂fi
aij = e bij =
∂xj s ∂uj s

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Espaço de Estados: LTI
continuação

Após a linearização, obtém-se um conjunto de equações lineares com


coeficientes constantes:

x¯˙1 = a11 x¯1 + · · · + a1n x¯n + b11 u¯1 + · · · + b1m u¯m ,


x¯1 (0) = 0
x¯˙2 = a21 x¯1 + · · · + a2n x¯n + b21 u¯1 + · · · + b2m u¯m ,
x¯2 (0) = 0
..
.
x¯˙n = an1 x¯1 + · · · + ann x¯n + bn1 u¯1 + · · · + bnm u¯m ,
x¯n (0) = 0

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Espaço de Estados: LTI
continuação

As equações não-lineares das medidas podem também ser


linearizadas de forma semelhante:

y¯1 = c11 x¯1 + · · · + c1n x¯n + d11 u¯1 + · · · + d1m u¯m


y¯2 = c21 x¯1 + · · · + c2n x¯n + d21 u¯1 + · · · + d2m u¯m
..
.
y¯p = cp1 x¯1 + · · · + cpn x¯n + dp1 u¯1 + · · · + dpm u¯m

onde ȳ = y − ys e
 
∂hi ∂hi
cij = e dij =
∂xj s
∂uj s

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Espaço de Estados: LTI
continuação

Em notação vetorial

x̄˙ = Ax̄ + Bū, x¯0 = 0



⇒ LTI
ȳ = Cx̄ + Dū

Os elementos das matrizes A, B, C e D são invariantes no tempo.

Na grande maioria dos casos D = 0: não existe uma conexão direta


de u em y. Ela ocorre através dos estados x.

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso

Tanque de Aquecimento com Agitação


Estudo de Caso
vetores
x = (h, T )T : vetor de estado F i1 F i2

T i1 T i2
T
u = (Fi1, Ti1, Fi2, Ti2, Fst, Tst) :
vetor de entrada Q T
h
T F , T
y = (h, T ) : vetor de saída
f = (f1 , f2 )T : C o n d e n s a d o

funções não-lineares: estados T s t F s t

V a p o r
h = (h1 , h2 )T :
funções não-lineares: saídas

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

equações de estado

dh k h Fi1 Fi2
= − + + = f1
dt A A A 
aFst b
dT 1  Fi1 + Fi2 + ρCp  1 Fi1Ti1
= − T+
dt A h A h

1 Fi2Ti2 1 aFst b Tst


+ + = f2
A h A ρCp h

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

equações de saída

y1 = x1 = h(h1 ) e y2 = x2 = T (h2 )
modelo LTI

ẋ = Ax + Bu, x0 = 0
y = Cx + Du

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

A(2 × 2)
 
∂f1 1 k ∂f1
a11 = =− √ a12 = =0
∂h s 2 A hs ∂T s

aFstsb
  
∂f2 1
a21 = = Fi1s + Fi2s + Ts −
∂h s A ρCp
aFstsb

1
Fi1s Ti1s − Fi2s Ti2s − Tsts 2 = 0 (BE no EE)
ρCp hs
aFstsb
 
1  Fi1s + Fi2s + ρCp 

∂f2
a22 = =−
∂T s A hs

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

B(2 × 6)
 
∂f1 1 ∂f1
b11 = ∂Fi1 s = A b12 = ∂Ti1 s =0
 
∂f1 1 ∂f1
b13 = ∂Fi2 s = A b14 = ∂Ti2 s =0
 
∂f1 ∂f1
b15 = ∂Fst s =0 b16 = ∂Tst s =0
 
∂f2 1 ∂f2 Fi1s
b21 = ∂Fi1 s = Ahs (Ti1s − Ts ) b22 = ∂Ti1 s = Ahs
 
∂f2 1 ∂f2 Fi2s
b23 = ∂Fi2 s = Ahs (Ti2s − Ts ) b24 = ∂Ti2 s = Ahs
abFstsb−1
 
∂f2 ∂f2 aFstsb
b25 = ∂Fst s
= Ahs ρCp (Tsts − Ts ) b26 = ∂Tst s
= Ahs ρCp

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

C(2 × 2)
 
∂h1 ∂h1
c11 = ∂h s = 1 c12 = ∂T s =0 
10

  ⇒C= =I
c21 = ∂h2
= 0 c22 = ∂h2
=1 01
∂h s ∂T s

D(2 × 6)
D=0

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

Aplicando os valores dos parâmetros e variáveis no estado


estacionário hs = 1m e Ts = 104, 5o C

parâmetros: especificações:
k = 2 · 10−1 m5/2 /min Fi1s = 1 · 10−1 m3 /min
a = 3, 556 · 103 Ti1s = 18 o C
kcal/min2/3 .m.o C Fi2s = 1 · 10−1 m3 /min
b = 1/3 Ti2s = 20 o C
ρ = 1 · 103 kg/m3 Fsts = 3 · 10−2 m3 /min
Cp = 1 kcal/kg.o C Tsts = 120 o C
A = 1 m2

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

obtém-se as seguintes matrizes do sistema


 
−0, 10 0
A=
0 −1, 30
 
1, 00 0 1, 00 0 0 0
B=
−86, 52 0, 10 −84, 52 0, 10 190, 04 1, 10

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

O modelo LTI fica, então, igual a


„ « „ «„ «
ḣ −0, 10 0 h
= +
Ṫ 0 −1, 30 T
| {z } | {z } | {z }
ẋ A x
0 1
Fi1
« BTi1C
B C

1, 00 0 1, 00 0 0 0 BFi2C
B C, x0 = 0
−86, 52 0, 10 −84, 52 0, 10 190, 04 1, 10 B Ti2C
| {z }B@Fst A
C
B
Tst
| {z }
u
„ « „ «„ «
h 1 0 h
=
T 0 1 T
| {z } | {z } | {z }
y C x

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

Comparando os comportamentos dos modelos não-linear e linearizado


Degrau em Fi1 (± 10%)
1.15
degrau nl+
1.1 degrau l+
degrau nl−
1.05 degrau l−
h (m)

0.95

0.9
0 10 20 30 40 50 60
t (min)

105.5
degrau nl+
degrau l+
105
degrau nl−
degrau l−
T (oC)

104.5

104

103.5
0 10 20 30 40 50 60
t (min)

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

Degrau em Fst (± 50%)


1.1
degrau nl+
degrau l+
degrau nl−
1.05
degrau l−
Observa-se o efeito das
h (m)

1 não-linearidades,
especialmente para
0.95
0 1 2 3
t (min)
4 5 6 7 perturbações com
107
amplitudes elevadas. Isto é,
106
degrau nl+
degrau l+
quando se afasta muito do
degrau nl−
105
degrau l− ponto de linearização.
T (oC)

104

103

102

101
0 1 2 3 4 5 6 7
t (min)

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Espaço de Estados: LTI
estudo de caso (continuação)

Diagrama de Fluxo de Sinal


O diagrama de fluxo de sinal facilita a visualização das relações
envolvidas em sistemas multivariáveis:

T T
F s t
b 2 5 i1
c F
T
2 2
b i1
2 2
s t
b 2 6 T b 2 1

b a
b
2 4 2 2
1 1

T i2 b
h
2 3

F i2

b 1 3
h c 1 1

a 1 1

Figura: Diagrama fluxo de sinais da representação linear do sistema

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Graus de Liberdade para Controle

O controle desejado de um processo químico será alcançado quando


um número suficiente de variáveis forem especificadas para reduzir o
número de graus de liberdade a zero:

f =V −E

Um processo cuidadosamente modelado apresentará f > 0.


Nestes casos, o sistema ficará completamente especificado quando f
equações adicionais forem introduzidas ao modelo, seja pelo:

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Graus de Liberdade para Controle
continuação

Meio Externo
especificando os valores das perturbações, adiciona-se uma equação
de especificação para cada uma
di = constante

Sistema de Controle
a presença de uma malha de controle introduz uma equação adicional
entre yi e mj
P: mj = Kcij (yisp − yi )

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Graus de Liberdade para Controle
continuação

Portanto,
não se deve especificar mais objetivos de controle do que é
possível para determinado processo, do contrário o sistema ficará
superespecificado (f < 0); isto é, sem graus de liberdade
suficientes para atender aos objetivos de controle.
com isso, o número de graus de liberdade para o controle indica a
dimensão do problema de controle a ser enfrentado.

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Graus de Liberdade para Controle
estudo de caso

Tanque de Aquecimento com Agitação

número de graus de liberdade inicial

V: Fi1, Ti1, Fi2, Ti2, Fst, Tst, h, T = 8


E: f1 , f2 = 2
(−)

f = 6

6 graus de liberdade devem ser especificados para que f → 0.

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Graus de Liberdade para Controle
estudo de caso (continuação)

reduzir o número de graus de liberdade


1 meio externo: especificar perturbações
especificando Fi1 = constante, Ti1 = constante, Ti2 = constante,
Tst = constante
f =6−4=2
2 sistema de controle: especificar malhas
malha #1 → Fi2 = f (h) por realimentação
malha #2 → Fst = f (T ) por realimentação
f =2−2=0
possibilidades de diferentes configurações de controle
2! = 2 × 1 = 2 (apenas com as variáveis manipuladas escolhidas
acima!)

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Modelos Não-Linear e Linear

Exemplo
Verifique o efeito do ponto de linearização na resposta de um tanque
de nível de seção reta uniforme de área A = 0, 3 m2 , ao qual é
adaptado uma resistência ao fluxo. Suponha que a vazão volumétrica
F , através da √
resistência, se relaciona com a altura de líquido h pela
relação F = 8 h. Uma vazão volumétrica Fo de líquido e massa
específica constante ρ alimenta o tanque. Considere, para efeito de
análise, os níveis médios de operação de hs = 1 e 3 m de altura de
líquido.

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Modelos Não-Linear e Linear

Exemplo (continuação)
F o

h
F = k h
(A )

Figura: Tanque de nível

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Modelos Não-Linear e Linear
Solução

Modelo Não-Linear: equação de estado (espaço de estado)


Balanço de Massa Global

dh Fo k h
= − , h(0) = hs
dt A A

Modelo Linear: LTI – linearizando o termo F = k h
√ k
k h∼
p
= k hs + √ (h − hs )
2 hs
Substituindo na equação não-linear
 p 
dh Fo 1 k
= − k hs + √ (h − hs )
dt A A 2 hs

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Modelos Não-Linear e Linear
continuação


Modelo Linear: LTI – linearizando o termo F = k h
Definindo as variáveis-desvio h̄ = h − hs e F¯o = Fo − Fos

F¯o + Fos
 p 
d h̄ 1 k
= − k hs + √ h̄
dt A A 2 hs

Fos k hs
Como A − A = 0 (estado estacionário)

=0(EE)
z }| √ {
d h̄ ¯
Fo k F k hs
= − √ h̄ + os −
dt A 2A hs A A

d h̄ F¯o k
= − √ h̄, h̄(0) = 0
dt A 2A hs

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Modelos Não-Linear e Linear
continuação

Comparando os Comportamentos Dinâmicos dos Modelos


Não-Linear e Linear
Resolvem-se as seguintes equações diferenciais

dh Fo k h
não-linear: = − , h(0) = hs
dt A A
d h̄ F¯o k
linear: = − √ h̄, h̄(0) = 0
dt A 2A hs

para duas condições estacionárias distintas:


1 hs = 1 m → Fos = Fs = 8 m3 /min
2 hs = 3 m → Fos = Fs = 13, 86 m3 /min

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Modelos Não-Linear e Linear
continuação

Comparando os Comportamentos Dinâmicos dos Modelos


Não-Linear e Linear
Condições estacionárias
1 hs = 1 m → Fos = Fs = 8 m3 /min
Degrau Unitário em Fo: op. 1
1.45

1.4

1.35

1.3

1.25
h (m)

1.2

1.15

1.1 não−linear
linear op. 1
1.05 linear op. 2

1
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
t (min)

Espaço de Estados (CP1) Figura: Degrau em torno de hs = 1 m


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Modelos Não-Linear e Linear
continuação

Comparando os Comportamentos Dinâmicos dos Modelos


Não-Linear e Linear
Condições estacionárias
2 hs = 3 m → Fos = Fs = 13, 86 m3 /min
Degrau Unitário em Fo: op. 2
3.5

3.45

3.4

3.35

3.3
h (m)

3.25

3.2

3.15
não−linear
3.1 linear op.1
linear op.2
3.05

3
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
t (min)

Espaço de Estados (CP1) Figura: Degrau em torno de hs = 3 m


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Modelos Não-Linear e Linear
continuação

Observe que o modelo linear representa bem a resposta do tanque de


nível (não-linear) somente quando a linearização é realizada em torno
do ponto de operação escolhido.

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação

Exemplo
Determine as equações de estado, o modelo LTI (linear) e o número
de graus de liberdade para controle para o√sistema representado
√ por
dois tanques sem interação, onde F1 = K1 h1 e F2 = K2 h2 .
Apresente uma configuração de controle por realimentação para o
mesmo.

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação

Exemplo (continuação)
F i

A
h 1 F 1
F
1

T a n q u e 1 3
K 1

A 2
h 2

T a n q u e 2 K 2
F 2

Figura: Tanques de nível sem interação

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação

Solução

Balanço de Massa Global: tanque 1

d(ρA1 h1 )
= ρFi − ρF1
dt
dh1
ρA1 = ρFi − ρF1
dt
dh1 Fi F1
= −
dt A1 A1

Balanço de Massa Global: tanque 2

dh2 F1 F3 F2
= + −
dt A2 A2 A2

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

Equações Auxiliares: fenômenos de transporte


p
tanque #1: F1 = K1 h1
p
tanque #2: F2 = K2 h2

Modelo Não-Linear: equações de estado (espaço de estado)



dh1 Fi F1 Fi K1 h1
= − = − , h1 (0) = h1s
dt A1 A1 A1 A1
√ √
dh2 F1 F3 F2 K1 h1 F3 K2 h2
= + − = + − , h2 (0) = h2s
dt A2 A2 A2 A2 A2 A2

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

Modelo Não-Linear: equações de estado (espaço de estado)

dx
ẋ = = f(x, u), x0 (0) = xs
dt
y = h(x, u)

onde f = [f1 f2 ]T , x = [h1 h2 ]T , u = [Fi F3 ]T , y = [h1 h2 ]T e


√ √
dh1 Fi K1 h1 Fi K1 h1
= − ⇒ f1 = −
dt A1 A1 A1 A1
√ √ √ √
dh2 K1 h1 F3 K2 h2 K1 h1 F3 K2 h2
= + − ⇒ f2 = + −
dt A2 A2 A2 A2 A2 A2

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

Modelo Linear: LTI


dx
ẋ =
= Ax + Bu, x0 (0) = 0
dt
y = Cx
 
∂fi ∂fi
onde x, u e y são variáveis-desvio e aij = ∂x j s
, bij = ∂uj e
 s
cij = ∂hi
∂xj .
s
Assim,
A(2×2):
 
∂f1 1 K1 −1/2 ∂f1
a11 = =− h e a12 = =0
∂h1 s 2 A1 1s ∂h2 s
 
∂f2 1 K1 −1/2 ∂f2 1 K2 −1/2
a21 = = h e a22 = =− h
∂h1 s 2 A2 1s ∂h2 s 2 A2 2s

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

B(2×2):
 
∂f1 1 ∂f1
b11 = = e b12 = =0
∂Fi s A1 ∂F3 s
 
∂f2 ∂f2 1
b21 = =0 e b22 = =
∂Fi s ∂F3 s A2
C(2×2): C = I
Desta forma,
   
dh1 1 K1 −1/2 1
= − h1s h1 + Fi , h1 (0) = 0
dt 2 A1 A1
| {z } | {z }
a11 b11
    
dh2 1 K1 −1/2 1 K2 −1/2 1
= h1s h1 + − h2s h2 + F3 , h2 (0) = 0
dt 2 A2 2 A2 A2
| {z } | {z } | {z }
a21 a22 b22

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

h
F i
1

b 1 1 c 1 1

h 1

a a 2 1
1 1

h
F 3
2
b 2 2
h 2 c 2 2

a 2 2

Figura: Diagrama fluxo de sinais da representação linear do sistema

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Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

Graus de Liberdade para Controle


balanço de informação: f = V − E

V: Fi , F3 , h1 , h2 = 4
E: f1 , f2 = 2
(-)
f = 2

2 graus de liberdade devem ser especificados para que f → 0


reduzir o número de graus de liberdade
1 meio externo: especificar perturbações
especificando Fi = constante
f =2−1=1
2 sistema de controle: especificar malhas
malha #1 → F3 = f (h2 ) por realimentação
f =1−1=0

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 55 / 79


Modelo LTI e Sistemas Sem Interação
continuação

F i

A
h 1 F 1
F
1

T a n q u e 1 3
K 1

L C

A 2
h 2

T a n q u e 2 K 2
F 2

Figura: Sistema de controle por realimentação

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação

Exemplo
Determine as equações de estado, o modelo LTI (linear) e o número
de graus de liberdade para controle para o√sistema representado
√ por
dois tanques com interação, onde F1 = K1 h1 − h2 e F2 = K2 h2 .
Apresente uma configuração de controle por realimentação para o
mesmo.

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 57 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação

Exemplo (continuação)

F i F 3

A
h 1
F 1 A
h 2 F 2
1 2

T a n q u e 1 K T a n q u e 2 K
1 2

Figura: Tanques de nível com interação

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação

Solução

Balanço de Massa Global: tanque 1

d(ρA1 h1 )
= ρFi − ρF1
dt
dh1
ρA1 = ρFi − ρF1
dt
dh1 Fi F1
= −
dt A1 A1

Balanço de Massa Global: tanque 2

dh2 F1 F3 F2
= + −
dt A2 A2 A2

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Equações Auxiliares: fenômenos de transporte


p
tanque #1: F1 = K1 h1 − h2
p
tanque #2: F2 = K2 h2

Modelo Não-Linear: equações de estado (espaço de estado)



dh1 Fi F1 Fi K1 h1 − h2
= − = − , h1 (0) = h1s
dt A1 A1 A1 A1
√ √
dh2 F1 F3 F2 K1 h1 − h2 F3 K2 h2
= + − = + − ,
dt A2 A2 A2 A2 A2 A2
h2 (0) = h2s

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 60 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Modelo Não-Linear: equações de estado (espaço de estado)

dx
ẋ = = f(x, u), x0 (0) = xs
dt
y = h(x, u)

onde f = [f1 f2 ]T , x = [h1 h2 ]T , u = [Fi F3 ]T , y = [h1 h2 ]T e


√ √
dh1 Fi K1 h1 − h2 Fi K1 h1 − h2
= − ⇒ f1 = −
dt A1 A1 A1 A1
√ √ √
dh2 K1 h1 − h2 F3 K2 h2 K1 h1 − h2 F3
= + − ⇒ f2 = + −
dt A2 A2 A2 A2 A2

K2 h2
A2

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 61 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Modelo Linear: LTI


dx
= Ax + Bu, x0 (0) = 0
ẋ =
dt
y = Cx
 
∂fi ∂fi
onde x, u e y são variáveis-desvio e aij = ∂x j s
, bij = ∂uj e
 s
cij = ∂hi
∂xj .
s

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 62 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Assim,
A(2×2):

∂f1 1 K1
a11 = =− (h1s − h2s )−1/2
∂h1 s 2 A1

∂f1 1 K1
a12 = = (h1s − h2s )−1/2
∂h2 s 2 A1

∂f2 1 K1
a21 = = (h1s − h2s )−1/2
∂h1 s 2 A2

∂f2 1 K1 1 K2 −1/2
a22 = =− (h1s − h2s )−1/2 − h
∂h2 s 2 A2 2 A2 2s

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 63 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

B(2×2):
 
∂f1 1 ∂f1
b11 = = e b12 = =0
∂Fi s A1 ∂F3 s
 
∂f2 ∂f2 1
b21 = =0 e b22 = =
∂Fi s ∂F3 s A2

C(2×2): C = I

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação
Desta forma,
   
dh1 1 K1 −1/2 1 K1 −1/2
= − (h1s − h2s ) h1 + (h1s − h2s ) h2 +
dt 2 A1 2 A1
| {z } | {z }
a11 a12
 
1
Fi , h1 (0) = 0
A1
| {z }
b11
 
dh2 1 K1 −1/2
= (h1s − h2s ) h1 +
dt 2 A2
| {z }
a21
   
1 K1 −1/2 1 K2 −1/2 1
− (h1s − h2s ) − h2s h2 + F3 ,
2 A2 2 A2 A2
| {z } | {z }
a22 b22
h2 (0) = 0

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 65 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

h1
Fi
b11 c11

h1
a11 a21

a12
h2
F3
b22 h2 c22

a22

Figura: Diagrama fluxo de sinais da representação linear do sistema

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Graus de Liberdade para Controle


balanço de informação: f = V − E

V: Fi , F3 , h1 , h2 = 4
E: f1 , f2 = 2
(-)
f = 2

2 graus de liberdade devem ser especificados para que f → 0


reduzir o número de graus de liberdade
1 meio externo: especificar perturbações
especificando Fi = constante
f =2−1=1
2 sistema de controle: especificar malhas
malha #1 → F3 = f (h2 ) por realimentação
f =1−1=0

Espaço de Estados (CP1) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp1 DEQ/UFSCar 67 / 79


Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

F i F 3

L C

A
h 1
F 1 A
h 2 F 2
1 2

T a n q u e 1 K T a n q u e 2 K
1 2

Figura: Sistema de controle por realimentação

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação

Exemplo
Obtenha a representação em espaço de estados LTI (linear) e o nú-
mero de graus de liberdade para controle do reator bioquímico tanque-
contínuo com mistura perfeitamente agitada e volume constante. Apre-
sente uma configuração de controle por realimentação para o mesmo.

F
S f

V F S
X

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação

Solução
Modelo Não-Linear: equações de estado (espaço de estado)

dX
= (µ − D)X , X (0) = Xs
dt
dS µX
= (Sf − S)D − , S(0) = Ss
dt Y
µmáx S
com µ =
km + S + k1 S 2

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Modelo Não-Linear: equações de estado (espaço de estado)

dx
ẋ = = f(x, u), x0 (0) = xs
dt
y = h(x, u)

onde f = [f1 f2 ]T , x = [X S]T , u = [D Sf ]T , y = [X S]T e

dX
= (µ − D)X ⇒ f1 = (µ − D)X
dt
dS µX µX
= (Sf − S)D − ⇒ f2 = (Sf − S)D −
dt Y Y

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Modelo Linear: LTI


dx
= Ax + Bu, x0 (0) = 0
ẋ =
dt
y = Cx
 
∂fi ∂fi
onde x, u e y são variáveis-desvio e aij = ∂x j s
, bij = ∂uj e
 s
cij = ∂hi
∂xj .
s
Assim,
A(2×2):
  
∂f1 ∂f1 ∂µ
a11 = = µs − Ds e a12 = = Xs
∂X s ∂S s ∂S s

∂µ
∂f2

µs ∂f2

∂S Xs
s
a21 = =− e a22 = = −Ds −
∂X s Y ∂S s Y

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

B(2×2):
 
∂f1 ∂f1
b11 = = −Xs e b12 = =0
∂D s ∂Sf s
 
∂f2 ∂f2
b21 = = Sfs − Ss e b22 = = Ds
∂D s ∂Sf s

C(2×2): C = I

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Desta forma,
 
dX ∂µ
= (µs − Ds ) X + Xs S + (−Xs ) D, X (0) = 0
dt | {z } ∂S s | {z }
a11 | {z } b11
a12

∂µ
 
dS  µ  ∂S s Xs
s
= − X + −Ds −  S + (Sfs − Ss ) D + (Ds ) Sf ,
dt Y
| {z } Y | {z } |{z}
a21 | {z } b21 b22
a22
S(0) = 0

com
µmáx (km − k1 Ss2 )

∂µ
=
∂S s (km + Ss + k1 Ss2 )2

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

X
D
b11 c11

X
a11 a21
b21
a12
S
S c22

Sf b22 a22

Figura: Diagrama fluxo de sinais da representação linear do sistema

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

Graus de Liberdade para Controle


balanço de informação: f = V − E

V: X , S, D, Sf = 4
E: f1 , f2 = 2
(-)
f = 2

2 graus de liberdade devem ser especificados para que f → 0


reduzir o número de graus de liberdade
1 meio externo: especificar perturbações
especificando Sf = constante
f =2−1=1
2 sistema de controle: especificar malhas
malha #1 → D = f (X ) por realimentação
f =1−1=0

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Modelo LTI e Sistemas Com Interação
continuação

F
Sf
CC
X

V F
S
Figura: Sistema
Espaço de Estados (CP1) de controle por realimentação
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Leitura I

Leitura Complementar
Próxima aula:
apostila do Prof. Wua , capítulos 7, 8, 9 e 10 (volume I).
livro do Stephanopoulosb , capítulos 7, 8, 9 e 10.
livro do Marlinc , capítulos 4 e 5.
livro do Seborg et al.c , capítulos 3, 4 e 5.
a
Kwong, W. H., Introdução ao Controle de Processos Químicos com MATLAB. Volumes I e II, EdUFSCar, São Carlos, Brasil, 2002.
b
Stephanopoulos, G., Chemical Process Control. An Introduction to Theory and Practice. Prentice Hall, Englewood Cliffs, USA,
1984.
c
Marlin, T. E., Process Control. Designing Processes and Control Systems for Dynamic Performance. 2nd Edition, McGraw-Hill,
New York, USA, 2000.
d
Seborg, D. E., Edgar, T. F., Mellichamp, D. A., Doyle III, F. J., Process Dynamics and Control. 3rd Edition, John Wiley, New York,
USA, 2011.

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Vídeos I

e-Lessons Prof. Marlin


Dynamic Behavior of Typical Process Systems - Part I. Basic Process Systems
Dynamic Behavior of Typical Process Systems - Part II. Complex Process
Structures Dynamic Behavior of Typical Process Systems - Bonus Material:
Parallel Systems

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