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10.

4 - Teorema de Green

Teorema de Green

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


Câmpus Francisco Beltrão

Disciplina: Cálculo Diferencial e Integral 3B


Prof. Dr. Jonas Joacir Radtke

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cálculo Diferencial e Integral 3B


10.4 - Teorema de Green

Teorema de Greeen no Plano


O teorema de Green permite transformar as integrais duplas sobre
uma região plana em integrais de linha sobre o contorno desta
região, e vice-versa.
Teorema
Consideremos R uma região limitada e fechada no plano xy cujo
contorno C consiste em um número finito de curvas suaves.
Consideremos também que F1 (x, y ) e F2 (x, y ) sejam funções
contı́nuas e tenham derivadas parciais contı́nuas ∂F1 /∂y e ∂F2 /∂x
em todas as partes de algum domı́nio contendo R. Então,
Z Z   I
∂F2 ∂F1
− dx dy = (F1 dx + F2 dy ). (1)
R ∂x ∂y C

Aqui, fazemos a integração ao longo de todo o contorno C de R,


adotando um sentido tal que R fique à esquerda enquanto
avançamos na direção da integração.
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10.4 - Teorema de Green

Fazendo F~ = [F1 , F2 ] = F1~i + F2~j e lembrando da definição de


rotacional, obtemos (1) na forma vetorial,
ZZ I
~ ) · ~k dx dy =
( rot F ~ · d~r
F (2)
R C

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10.4 - Teorema de Green

Exemplo
Verifique a validade do teorema de Green para F1 = y 2 − 7y ,
F2 = 2xy + 2x e C correspondendo ao cı́rculo x 2 + y 2 = 1.

Revisão:
A fórmula para a mudança de variáveis, de x, y para u, v nas
integrais duplas é
Z Z Z Z
∂(x, y )
f (x, y ) dx dy = f (x(u, v ), y (u, v ))
du dv
R R ∗ ∂(u, v )

ou seja, o integrando é expresso em termos de u e v , e dx dy é


substituı́do por du dv multiplicado pelo valor absoludo do
jacobiano
∂x ∂x

∂(x, y ) ∂u ∂v
J= =
∂(u, v ) ∂y ∂y


∂u ∂v

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10.4 - Teorema de Green

Exercı́cio
Z
Usando o teorema de Green, calcule o valor das integrais ~ (~r ) · d~r seguindo
F
C
o sentido anti-horário em torno da curva de contorno C da região R, onde
1. F~ = [xy 4 /2, x 4 y /2], R é o retângulo de vértices (0, 0), (3, 0), (3, 2),
(0, 2)
~ = [y sen x, 2x cos y ], R é o quadrado de vértices (0, 0), (π/2, 0),
2. F
(π/2, π/2), (0, π/2)
~ = [−y 3 , x 3 ], C é a circunferência x 2 + y 2 = 25
3. F
~ = [−e y , e x ], R é o triângulo de vértices (0, 0), (2, 0), (2, 1)
4. F
~ = [e x+y , e x−y ], R é o triângulo de vértices (0, 0), (1, 1), (2, 1)
5. F
~ = [x cosh y , x 2 senh y ], R : x 2 ≤ y ≤ x. Esboce R.
6. F
~ = [x 2 + y 2 , x 2 − y 2 ], R : 1 ≤ y ≤ 2 − x 2 . Esboce R.
7. F
~ = [e x cos y , −e x sen y ], R é o semidisco x 2 + y 2 ≤ a2 , x ≥ 0
8. F
~ = grad (x 3 cos2 (xy )), R : 1 ≤ y ≤ 2 − x 2
9. F
~ = [x ln y , ye x ], R é o retângulo de vértices (0, 1), (3, 1), (3, 2), (0, 2)
10. F

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10.4 - Teorema de Green

~ = [2x − 3y , x + 5y ], R : 16x 2 + 25y 2 ≤ 400, y ≥ 0


11. F
~ = [x 2 y 2 , −x/y 2 ], R : 1 ≤ x 2 + y 2 ≤ 4, x ≥ 0, y ≥ x. Esboce R.
12. F

Respostas:
1. 45
2. π/2
3. 2945
4. −7/2 + 2e + e 2 /2
5. −2,449
6. 0,5 senh 1 − cosh 1 + 1
7. −3,7333
8. 0
9. 0
10. 25,51
11. 125,6637
12. −2,155
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10.4 - Teorema de Green

Exercı́cio
20. Considere R e C como no teorema de Green, ~r 0 um vetor
tangencial unitário e ~n o vetor normal unitário exterior a C .
Demonstre que (1) pode ser escrita como
ZZ I
~ dx dy =
div F ~ · ~n ds
F
R C

ou ZZ I
~ ) · ~k dx dy =
( rot F ~ · ~r 0 ds
F
R C

onde ~k é um vetor unitário e perpendicular ao plano xy . Verifique


~ = [7x, −3y ] e C sendo a circunferência
estas equações para F
2 2
x + y = 4; repita isso para um exemplo de sua própria escolha.

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