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Plantão de dúvida P1 

Desenho Técnico 
Prof. Henrique Naim 
   
 
1-  Qual  a  diferença  entre  tangenciamento  interno  e  externo?  Como  identificar  e 
calcular? 
 
Tangência externa: 
 
Passo  1  -  Foram  dados  dois  círculos,  um  de  raio  15  e  um  de  raio  20.  O  primeiro  passo  é 
abrir  o  compasso  com  uma  medida  qualquer  e  traçar  os  arcos  para  encontrar  o  ponto 
médio (isso vale para os dois casos) 
 
Agora,  pra  tangência  externa,  subtraia  o  raio  maior  do  menor  e  faça  um  círculo  com 
centro no círculo maior. 
 

 
 


 
Passo  2  -  Colocar  a  ponta  seca  do  compasso  no  ponto  médio  dos  dois  círculos  e  marcar 
no círculo menor que a gente acabou de fazer. 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
Passo 3 - Agora é o seguinte: a une o centro do círculo maior com a marca que fizemos 
com o compasso e estende até a o círculo maior. Esse vai ser o ponto da tangência, 
lembrando que essa é a tangência ​externa​. Em seguida, traçar uma reta paralela a essa 
no centro do outro círculo. O ponto em que tocar com o outro círculo, de raio 15, vai ser 
o ponto de tangência dele. Daí, só ligar os dois pontos e tá feita a tangência ​externa​. 
 
 

 
 
 
 
 
 
 


 
Tangência interna: 
 
Passo 1 - Para a tangência ​interna​, o passo 1 é igual ao anterior! Passo 1 abaixo 👇 
 

 
 
 


Passo 2 - Agora a gente faz uma circunferência com a ​soma​ dos dois raios. Daí, que nem 
no outro, coloca a ponta seca no ponto médio entre os centros e abre até um dos 
centros. Então, bate com o compasso na circunferência que a gente fez com a soma dos 
raios. 
 

 

 
Passo 3 - Pro passo 3, a gente une o ponto que obtivemos no Passo 2 com o centro do 
círculo maior. Essa reta também passa pelo ponto de tangência do círculo de raio 40, 
como na figura. Lembrando que é a tangência interna! Em seguida, a gente faz uma reta 
paralela a essa na outra circunferência, a de raio 20! Ali, vai sair o ponto de tangência 
dela! então, é só unir os dois pontos! 
 

 
 
Conclusão: a reta externa vai passar por fora das duas circunferências e a interna vai 
fazer um "caminho menor entre elas". Essa é a diferença. No cálculo, o que muda é a 
soma ou a subtração dos raios, sendo que o procedimento é quase o mesmo. E, com 
isso, acabamos essa resolução. 


2 - Quais dicas você daria para a perspectiva isométrica em relação às elipses falsas? 
 
Bom, pra fazer uma elipse falsa, o primeiro passo é fazer um paralelogramo com o lado 
igual ao diâmetro da elipse, como na sequência de fotos abaixo. 
 

 
 
 


 
 
 

 
 
 


 
 

 
 
 
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A primeira coisa que eu recomendo que você faça é marcar o raio do círculo em todas as 
direções assim fica mais fácil fazer o paralelogramo. 
 
Em seguida, fazer as construções horizontais do paralelogramo, ligando os vértices do 
meio com os pontos em que tocam as linhas de centro, assim. 
 

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Em seguida, a diagonal. 
 

 
 
 
 
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E, finalmente, as curvas com os centros que mostram nas fotos abaixo. Os arcos menores 
na intersecção entre a diagonal e as horizontais e os maiores com o centro no canto do 
paralelogramo. 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 

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Com essa foto a gente encerra a resolução. 
 

 
 
Também temos no site, um vídeo que explica exatamente este procedimento, nos três 
planos! Aqui está o link: bit.ly/elipses 
 
Pra ver de graça até o fim das P1 é só usar o cupom FEI.SEM.MEDO 
 

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3- Como cotar? Devo colocar a medida do meu desenhou ou do desenho do lado? 
 
Vamos supor que foi dada essa peça pra gente cotar. Ela tá em escala 1:5, que é uma 
escala de ​redução​. Ou seja, a peça real é cinco vezes maior que essa! 
 

 
 
 

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Tá vendo que a largura dela é 68 milímetros, no desenho? A peça real, então, vai ter 68 
vezes 5 milímetros, que vai dar 340! 
 

 
 
Aqui, me perguntaram como descobrir o raio de arredondamento. Não se preocupem!! 
Ele é dado na prova!! Todos os raios de concordância são dados na prova. Porém, eles 
são dados com a medida real da peça, então fiquem espertos com as escalas! 
 
 
 
 
 
 

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Pra fazer a cota, a gente puxa as linhas de chamada da linha e une elas pela linha da 
cota. A peça toda cotada vai ficar que nem na foto abaixo! 
 

 
 
 
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Notem que eu cotei todas as distâncias necessárias, sem exagerar. Tem aí a distância 
entre as paredes e a linha de centro do furo, largura e altura da peça, e raio do 
arredondamento de canto ali. 
 
Sempre lembrando que ​na cota vai a medida real da peça​. 
 
Então se tivermos uma peça com escala 1:5, a gente vai multiplicar por cinco o valor da 
medida e na cota vai o resultado dessa multiplicação! 
 
Além disso, lembrando também que pra cotas verticais a gente joga o número pro lado 
esquerdo! 
 
Pra raios, a gente coloca a letra ​R​ antes do valor do raio! 
 
Também lembrando que é sempre bom centralizar os valores da cota na linha da cota! 
 
E, por fim, temos esse vídeo de um exercício sobre cotas: bit.ly/excotas 
 
Pra ver tudo de graça é só aplicar o cupom FEI.SEM.MEDO até 26/09. 
 
4- Como fazer a concordância de dois arcos?​ (Imagem abaixo) 
 

 
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Primeiramente, existem dois tipos de concordâncias de círculos, uma ​externa​ e uma 
interna​. Vamos começar com a externa. 
 
Foram dados os dois círculos com raios conhecidos, e precisamos concordá-los por um 
arco de raio 30. 
 

 
 
 
 
 
 
 

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O primeiro passo é traçar arcos auxiliares, com centro nos dois círculos, e de raio igual à 
soma do círculo com o raio de concordância​. ficou difícil? olha na imagem abaixo! 
 

 
 
Começando pelo círculo maior: o raio vai ser 25 mais 30, que é 55 milímetros. traçamos 
então o arco. Em seguida, o menor: o raio do arco é de 15 mais 30, que é 45. então, 
traçamos o segundo arco! Agora, a gente abre o compasso com raio 30 milímetros, 
coloca a ponta seca na ​intersecção entre os arcos​ e manda bala na concordância! 
 
"Neste arco que concorda as duas circunferências tem alguma dica para achar os pontos 
de tangência?" 
 
A resposta é não. É necessário abrir o compasso com o raio da concordância, que é dado, 
e colocar a ponta seca na intersecção dos arcos e unir as circunferências! A concordância 
deve cair como uma luva nos círculos. 
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Na imagem abaixo resolvendo a concordância interna! 
 

 
 
Foi pedida então a concordância ​interna​ dos arcos, dessa vez. O procedimento é 
basicamente o mesmo, mas ao invés de somar os raios, a gente subtrai eles! Assim, no 
círculo maior traçamos o arco com raio 100 menos 25, que é 75. Em seguida, no círculo 
menor, fazemos o arco com raio 100 menos 15, que é 85! A intersecção vai ser o centro 
da concordância de novo, mas como ela é interna, ela vai entrar lá do outro lado! 
 
Por fim, para todos os casos de concordância e tangência, temos vários vídeos 
explicando aqui: bit.ly/exconcordancia 
 
Pra ter acesso liberado até 26/09 é só usar o cupom FEI.SEM.MEDO 

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5- Alguma dica ou forma mais fácil de fazer uma perspectiva isométrica de um 
desenho fora dos eixos dados? ​(imagem abaixo) 
 

 
 
 
 
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Suponhamos que foi dada essa peça em perspectiva cavaleira, com esse plano inclinado 
doidão aí. 
 

 
 
Pra gente passar uma linha que não tá nos eixos espaciais pra outra perspectiva, a gente 
tem que basicamente brincar de ​ligue os pontos​. 
 
O primeiro passo é ligar os pontos que definem o plano inclinado por retas que ​fazem 
parte​ dos eixos espaciais. no caso, uma reta paralela ao eixo y. 
 

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Pra passar pra outra perspectiva, primeiro a gente mede os dois catetos do triângulo. 
assim, quando for passar, passa com a mesma medida mas respeitando a direção do 
novo eixo espacial, que nem tá na próxima figura: 
 

 
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Basicamente, esse é o procedimento pra qualquer plano ou linha que estiver fora dos 
eixos espaciais, tudo bem? em alguns casos, dá pra contornar esse procedimento 
fazendo o caminho contrário da peça. tomando como exemplo a mesma peça, é possível 
começar pela origem e “dar a volta por trás”, simplesmente ligando o último ponto da 
linha do plano superior de volta à origem! 
 
Essa é uma dica bem prática, um caminho alternativo, digamos assim :) 
 
O primeiro exercício da P1 2018.1 cobra exatamente isso, e eu faço o caminho 
alternativo. O link tá aqui: bit.ly/ex1perspectiva 
 
Já para a parte de dentro da peça, não houve escapatória: bit.ly/perspecfrontal 
 
Pra acessar gratuitamente até o fim das P1 é só usar o cupom FEI.SEM.MEDO 
 
6- Como eu faço essa concordância?​ (imagem abaixo) 
 

 
 
A concordância de raio 10 é a concordância externa entre dois círculos, que eu expliquei 
agora há pouco. Porém, a concordância de raio 6 ali em cima é a entre uma reta e um 
círculo. Vou explicar usando um exemplo meu, mas serve pra qualquer caso desse tipo! 
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Suponhamos que foi dada essa reta e esse círculo de raio 50, e foi pedido pra concordar 
com raio 10. 
 

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O primeiro passo é somar os raios das duas circunferências, justamente por ser uma 
concordância ​externa​. Somando os raios, temos um resultado de 60 milímetros. Assim, 
a gente põe a ponta seca no mesmo centro que a circunferência e traça um arco assim: 
 

 
 
 
 
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Agora, e pra reta? reta não tem raio pra somar. O segredo é traçar uma reta paralela a 
ela, de distância igual ao raio de concordância! O resultado deve dar algo desse tipo: 
 

 
 
Como vocês já devem imaginar, a intersecção entre os dois coincide com o centro da 
circunferência de concordância! 
 
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Algo desse tipo! 
 

 
 
Segue também o link do vídeo que ensina essa parte da matéria: bit.ly/ex2concordancia 
 
E pra ter acesso gratuito é só usar o cupom FEI.SEM.MEDO até 26/09. 

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7- Pode falar um pouco sobre escala e cotas? 
 
Então, galera. falando mais sobre escala e cotas, vou resolver mais um exercício 
tranquilinho pra vocês pegarem um pouco mais o jeito. 
 
Suponha que foi dada essa figura em escala 1:10 e foi pedida pra replicarmos ela, em 
escala 1:5. A figura que foi dada é dez vezes ​MENOR​ que a peça realmente é, certo? então 
vamos fazer uma figura cinco vezes menor que a peça real. Ou seja, a gente vai duplicar 
as medidas dessa peça aí! 
 
Além disso, vamos também cotar ela. Lembrando sempre que as cotas informam o 
tamanho real da peça! 
 
 

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Então ta aí a peça feita e cotada. Notem que o arredondamento do canto foi feito com as 
retas paralelas às linhas que vão ser unidas pelo arco. Como a medida real do raio é 100 
milímetros e estamos usando uma escala 1:5, eu fiz com 20 milímetros :) 

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Isso foi aplicado em TODAS as cotas, galera! 
 

 
 
Tomando como exemplo mais uma: essa distância tem 64 milímetros. como estamos na 
escala 1:5, eu multipliquei por 5 pra descobrir a medida real, que é 320. Daí, só fazer a 
cota! 
 

 
 
Esse é um exercício de cotas que caiu na P1 2018.1 para vocês praticarem um pouco! 
bit.ly/exfigplanas 
 
Pra ver esse e mais exercícios resolvidos é só usar o cupom FEI.SEM.MEDO e receber 
acesso gratuito até dia 26/09. 

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8- Quando eu vou cotar uma peça, eu preciso cotar apenas os raios como você 
mandou a foto ali no grupo ou tem algum caso que eu tenha que cotar o diâmetro da 
circunferência? 
 
Você pode também cotar o diâmetro, se preferir! eu, pessoalmente acho o raio mais 
elegante, mas não faz diferença porque a informação que tá sendo passada é a mesma 
(já que o diâmetro é sempre o dobro do raio haha) 
 

 
 
A cota de diâmetro poderia ser assim! Lembrando de que quando cotamos o diâmetro, a 
gente coloca esse O cortado antes! 

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9- Estou com uma dúvida na transferência da perspectiva cavaleira para isométrica 
(imagem abaixo) 
 

 
(Escala 5:1) 
 
Resolvi a peça em escala 10:1. ou seja, duplicando as medidas desse enunciado 
 

 
 
Começando ali pela face da direita, não precisei puxar triângulo pra traçar a reta 
inclinada, só fazendo o contorno e voltando ao início 
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Em seguida, puxei a linha horizontal paralela ao eixo x onde tinha terminado a outra 
imagem. daí já liguei ao ponto da esquerda e fiz a linha distorcida da esquerda. Em 
seguida, pra fazer esse triângulo, fiz primeiro os catetos que são paralelos aos eixos e 
depois liguei com a hipotenusa! 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 

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Pra fazer a parte de cima tive que traçar um triângulo no enunciado pra puxar a 
hipotenusa, que não é paralela aos eixos, como mostra na figura. Depois, puxei a linha 
horizontal ali de cima e liguei essa última linha com o ponto láaaa embaixo 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 

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Depois, a face superior. Nenhuma linha distorcida aí, só fiz com o uso dos esquadros a 30 
e 60 graus mesmo. 
 

 
 

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Depois, localizei a base da perna da esquerda da peça em relação à origem e já tracei ela, 
como mostra essa imagem. 
 

 
 
Pra subir esse plano inclinado tive que, de novo, puxar um triângulo no enunciado pra 
medir os catetos, duplicar e em seguida traçar a hipotenusa! 
 

 
 
Daí a face foi feita só com os esquadros mesmo, nenhum segredo. 
 
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Em seguida liguei o ponto da esquerda com a quina lá em cima. 
 

 
 
E depois marquei a coordenada em que a linha ia ligar a segunda reta la em cima. Eu 
consegui marcar esse ponto pq essa distância é paralela ao eixo x! 
 

 
 
Em seguida, só puxei a linha vertical ali e em seguida fiz a paralela ao eixo x embaixo, pra 
fechar o desenho! 
 
Tem um vídeo de uma outra figura que tem que transformar da cavaleira pra isométrica 
pra vocês darem uma praticada! bit.ly/exfacesuperior 
 
E pra conferir todos os exercícios de graça é só usar o cupom FEI.SEM.MEDO até 26/09. 
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10 - Tenho uma dúvida que os professores enchem o saco, essa maldita setinha da 
cota, qual o jeito certo de fazer? Tem alguma medida exata? 
 
É o seguinte galera, tentem fazer ela o mais fina possível. ela tem que tem ângulo de 15º 
na ponta (mas ninguém vai ficar regulando isso). então tentem não deixar ela muito 
gordinha e vocês devem ficar bem! 
 
 
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Além disso, para quem só começou a estudar agora, preparamos um intensivo com o 
que você precisa pra atingir a média e se livrar da DP, é só acessar aqui: 
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né? Mas não deixa pra depois que é só até dia 19/09. 
 
Boas provas! 

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