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ENGENHARIA MECÂNICA
Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
FICHA DE AVALIAÇÃO II
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
Dedico este trabalho à minha família, em especial, à minha
mãe Marly Branco da Mota que foi e é meu alicerce, que
proporcionou a mim condições de chegar onde estou e
poder concluir um curso superior. – Carolina Mota dos
Santos.
The scientific community has been researching and developing new technologies to
improve the use of energy sources that minimize environmental impacts, in view of
increasing energy demand as a result of current consumption patterns and the possible
shortage of fossil fuel supply. The energy from the sun does not pollute, is renewable
and abundant, besides characterizing itself in an almost inexhaustible source of
energy, although little used for the benefit of human organizations. The sun radiates to
the Earth every day an extremely high energy potential unmatched by any other energy
system, as well as being a basic and indispensable source for almost all other forms
of energy used by man. The form of renewable solar photovoltaic energy has been
standing out among the others, due to its variety of application and the despicable
environmental impact in its generation. In this work will be presented the concepts of
photovoltaic solar energy, the main components of an autonomous system and its
application to a portable cell phone charger. Finally, the charger will be tested in the
laboratory, so that its operation is studied and compared with the information provided
by the manufacturer.
A – ampére
ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar
CRESESB – Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito
EPE – Empresa de Pesquisa Energética
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IEA – International Energy Agency
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
mAh – miliampere-hora
MME – Ministério de Minas e Energia
NREL – National Renewable Energy Laboratory
PNE – Plano Nacional de Energia
Wp – watt-pico
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 16
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 16
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 16
3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 17
4. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 18
4.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ........... 18
4.2. IRRADIAÇÃO SOLAR NO BRASIL .......................................................... 19
4.2.1 Viabilidade Econômica .......................................................................... 21
4.3 FUNCIONAMENTO DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA ........................ 22
4.4 TIPOS DE CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ................................................. 27
4.4.1 Silício Monocristalino .................................................................. 27
4.4.2 Silício Policristalino ..................................................................... 28
4.4.3 Silício Amorfo .............................................................................. 29
4.5 SISTEMAS AUTONOMOS (OFF-GRID) .................................................. 30
4.6 SISTEMAS CONECTADOS À REDE (ON-GRID) ..................................... 31
4.7 INMETRO ................................................................................................. 32
5. METODOLOGIA ................................................................................................... 34
5.1 APRESENTAÇÃO DE DOIS CARREGADORES SOLARES DO
MERCADO................................................................................................................ 34
5.2 REALIZAÇÃO DOS TESTES ................................................................... 36
6. RESULTADOS PARCIAIS ................................................................................... 41
6.1 COMPARATIVO COM O INMETRO ......................................................... 43
7. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 44
8. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 46
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1 INTRODUÇÃO
aparelhos celulares, pois com eles diminui-se a distância entre as pessoas, o que
instiga as operadoras a ampliarem seus sinais a lugares onde não se tinha qualquer
outra forma de comunicação. Contudo, a bateria com pouca autonomia gera um
grande desconforto especialmente para aqueles que passam muito tempo fora de
casa. Um carregador com energia solar para celular poderia resolver o problema de
falta de energia até mesmo para quem está sempre longe.
Entende-se o quanto é importante o investimento na utilização dessa energia
sustentável, não só como forma de favorecer a economia de energia como também,
de proporcionar comodidade para os usuários de aparelhos móveis, uma vez que um
carregador portátil elétrico depende de uma tomada, e em contrapartida o dispositivo
solar pode ser carregado na rua, até mesmo quando se está em movimento. Além
disso, muitas vezes só um carregador portátil não é o satisfatório. Atletas, pescadores,
fotógrafos, pesquisadores e profissionais que passam grandes períodos isolados
precisam de muito mais.
Dados de um relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE)
presume a energia solar como a principal fonte energética do mundo até 2050. Por
isso, este projeto visa seguir a tendência mundial que busca alternativas de energia
limpa para a construção de cidades sustentáveis, como forma de promover à cultura
da utilização de energia limpa e, ao mesmo tempo, mostrar que é possível fazer um
carregador voltado a sustentabilidade do planeta.
Igualmente, este trabalho expõe que a tecnologia e o avanço da usabilidade
de energia solar prometem um futuro onde tentar encontrar ou até mesmo disputar
por uma tomada para carregar a bateria de um telefone não será uma preocupação.
Com esse projeto tudo que se precisa fazer é plugar o cabo do dispositivo diretamente
na saída USB do carregador. Não há gasto nenhum com energia elétrica, o que torna
está forma mais econômica e emergencial com a qual se pode contar para deixar a
carga dos dispositivos em dia.
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2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 REVISÃO DE LITERATURA
para Terra. Nesse processo físico ocorre a absorção de moléculas de ozônio e outros
gases na atmosfera. Toda essa etapa de radiação faz com que a irradiância incidente
na superfície terrestre atinja valores de aproximadamente 1.000 W/m2 ao meio dia
(momento em que a posição do Sol fica mais elevada). Todavia, no território brasileiro
2
já foram observados valores de irradiância de global horizontal de até 1822 W/m
(Rüther et al., 2017).
Apesar desse potencial fotovoltaico o Brasil, segundo o Ministério de Minas e
Energia (2017), no fim de 2016 possuía apenas 81MWp de energia solar fotovoltaica
instalada, explorando apenas 0,05% da capacidade total do território. Bem atrás de
países europeus como Alemanha (segundo lugar no ranking de países líderes em
instalações fotovoltaicas, perdendo apenas para China, no estudo feito pela
consultoria WikiSolar). Nos mapas a seguir ilustra-se melhor a comparação entre a
incidência de irradiação no território brasileiro e no território Europeu em conjunto com
parte da Ásia.
O elevado custo da energia solar se comparada com o custo das outras fontes
renováveis de energia, explica a falta de competitividade da energia proveniente do
sol com as demais. Na atualidade, o seu custo é em média de R$ 280,09/MWh, ao
passo que o valor da energia oriunda da Biomassa situa-se em torno de R$
232,56/MWh, energia eólica R$ 168,17 MHh, e para hidrelétricas (Pequena Central
Hidroelétrica e Grande Central Hidroelétrica) 214,44MW/hora (Valor Econômico,
2018). Não obstante este quadro desfavorável, a tendência é que as tecnologias
usadas tanto para a energia fotovoltaica quanto para a fototérmica se tornem mais
competitivas nos próximos anos, como mostra a tabela a seguir:
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Por outro lado, se for introduzido um átomo trivalente, como o boro (B) de
impureza p haverá a falta de um elétron para completar as ligações. Esta falta elétron
é denominada lacuna ou buraco. Os elétrons dos átomos vizinhos de silício “tentam”
preencher este orifício, resultando na produção de uma nova lacuna em outro lugar.
Figura 6. Estrutura básica de uma célula fotovoltaica de silício. Destacando: (1) região tipo n;
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(2) região tipo p; (3) zona de carga espacial, onde se formou a junção pn e o campo elétrico
(4) geração de par elétron-lacuna; (5) filme antirreflexo (6) contatos metálicos.
Fonte: Adaptada de MOEHLECKE e ZANESCO, 2005.
obtidas barras de silício com pureza de 98%. No entanto esses 2% de impureza ainda
não são aceitáveis para a fabricação das placas solares (é admissível apenas um
bilionésimo por cento), dando continuidade ao procedimento de pureza. (ALTENER,
2004)
Coloca-se então o silício cuidadosamente num forno com ácido clorídrico,
onde este é convertido através do aço clorídrico a triclorossilano: Si + 3 HCl → Si H
Cl3 + H2. Devido ao seu baixo ponto de ebulição (31,8 °C), o silício é purificado pelo
Dimensões: Área: 10x10 cm2 ou 12,5x12,5 cm2. Diâmetro: 10cm, 12,5cm ou 15 cm.
Espessura: 0,3 mm.
partir desse resfriamento blocos de silício com dimensão de 40x40 cm2 e altura de 30
cm. Depois de dimensionados até a espessura e tamanho desejados são submetidos
ao tratamento antirreflexo e a criação dos contatos frontais.
Forma: Quadrada.
Dimensões: Área: 10x10 cm2, 12,5x12,5 cm2, 15x15 cm2. Espessura: 0,3 mm.
2
Dimensões: Módulo standard máximo: 0,77 x 2,44 m ; módulo especial máximo: 2
2
x3m .
Fabricantes: BP Solar, Canon, Dunasolar, ECD Ovonics, EPV, Free Energy Europe,
Fuji Electric, ICP, Iowa Thin Film Technologies, Kaneka, MHI, RWE Schot Solar,
Sanyo, ShenzhenTopray Solar, Sinonar, Solar Cells, Terra Solar, Tianjin Jinneng
Solar Cell, United Solar Ovonic e VHF Technologies.
Figura 10. Esquema de um sistema autônomo fotovoltaico. Destacando: (1) Painel Solar;
(2) Controlador de carga/descarga das baterias; (3) Baterias; (4) Inversor de corrente
continua para alternada.
Fonte: Adaptada de https://www.portal-energia.com/controlador-carga-sistema-solar.
Os sistemas fotovoltaicos ligados à rede elétrica, são aqueles que não utilizam
ou não precisam utilizar baterias para armazenar energia. Por não utilizar esse recurso
são ligados diretamente a rede elétrica, sendo geralmente mais baratos e mais
eficientes. Necessitam de uma regulamentação da legislação local, pois neste recurso
há o uso da distribuição das concessionárias para a energia gerada. (SOUZA, 2017)
O sistema conectado à rede pode ser exemplificado da seguinte maneira:
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Figura 11. Esquema de um sistema fotovoltaico ligado à rede. Destacando: (1) Inversor Grid-Tie; (2)
Quadro Elétrico; (3) Medidor Bidirecional; (4) Módulos Solares Fotovoltaicos; (5) Rede da
concessionária de energia.
Fonte: Adaptada de http://www.grindustrial.ind.br/servicos/energia-solar.
4.7 INMETRO
5 METODOLOGIA
Modelo: ES500
Bateria Li-polímero: 10000mAh
Carregamento Solar: 5V/200mA
Entrada: DC 5V/1A
Saída: DC 5V/2X1A
Tamanho: 142 X 75 X 13.6 mmMmassa: 150g
Modelo: ES500
Bateria Li-polímero: 58000mAh
Carregamento Solar: 5V/200mA
Entrada: DC 5V/1A
Saída: DC 5V/2X1A
Tamanho: 142 X 75 X 13.6 mm
Massa: 150g
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Fonte: Própria.
Figura 14. Gráfico de irradiação solar por metro quadrado no mês de agosto em Campos dos
Goytacazes.
Fonte: Cresesb (2018).
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Figura 15. Gráfico de irradiação solar por metro quadrado no mês de setembro em Campos dos
Goytacazes.
Fonte: Cresesb (2018).
O primeiro aparelho a ser testado no mês de agosto com esse carregador foi
um iPhone 7 Plus 128GB, que foi conectado ao carregador e o reconheceu
prontamente. No mês de setembro foi realizado teste no segundo celular, a saber:
Samsung J7, 16GB, que também reconheceu o dispositivo imediatamente. Além dos
aparelhos celulares foi testado também a própria lanterna do aparelho já que a mesma
funcionaria também com a energia provinda da luz solar.
Para que os testes não fossem afetados por eventuais falhas do carregador
em questão, foi adquirido um segundo carregador com mesmo princípio de
funcionamento e configurações parecidas, atentando para diferença de bateria já que
no primeiro carregador a bateria tem capacidade de fornecimento de 10000mAh e o
segundo 58000mAh, porém ambos têm uma corrente elétrica de saída de 1A e
carregamento solar de 200mA. Este segundo carregador ficou exposto ao sol no
período de 15 dias a partir da primeira semana de Novembro e foi testado com os
mesmos celulares iPhone 7 e Samsung J7. A média diária de energia solar obtida
nesse período foi exposta na figura abaixo:
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Figura 16. Gráfico de irradiação solar por metro quadrado no mês de novembro em Campos dos
Goytacazes.
Fonte: Cresesb (2018).
Modelo: EP-TA50BW
Entrada: 100-240V – 0,3A
Saída: 5V – 1,55A
6 RESULTADOS
O segundo teste foi realizado com o Samsung J7 que estava com 37% de
carga antes do teste, e ao ser conectado ao carregador o reconheceu
imediatamente. Após 30min carregando, o carregador desligou e o smartphone
estava com 52% de carga. A imagem e suas especificações técnicas são mostradas
abaixo:
7 CONCLUSÃO
incentivo para trabalhos futuros com temas semelhantes e uma amostra maior de
cunho mais significativo. Com o mercado fotovoltaico evoluindo a cada ano, acredita-
se que aparelhos como estes terão melhores tecnologias envolvidas e serão
devidamente planejados para satisfação final dos consumidores e dos órgãos de
inspeção de qualidade.
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8 REFERÊNCIAS
FREITAS, José Abílio Lima; ZANCAN, Marcos Daniel (Org.). Eletricidade. 3. ed.
Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 2010.
Paulo: Erica, 2012. PINHO, João Tavares; GALDINO, Marco Antonio (Org.). Manual
de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. 2. ed. Rio de Janeiro: Cepel -
Cresesb, 2014.
TIPLER, Paul A.; LLEWELLYN, Ralph A. Física Moderna. 6. ed. [S.l.]: LTC, 2014.
500 p.
ZUAZO, Pedro. Captação de energia solar cresce 300% em ano de crise. Extra. Rio de
Janeiro, 2017. Disponível em: <https://extra.globo.com/noticias/rio/captacao-de-
energia-solar-cresce-300-em-ano-de-crise-22087676.html>. Acesso em: 22 de jun
2018.