Conceito: É a contrariedade entre o fato típico e o ordenamento 2.LEGÍTIMA DEFESA:
jurídico como um todo. I. Agressão humana injusta II. Atual ou iminente TEORIA DA INDICIARIDADE OU RATIO COGNOSCENDI: III. Uso moderado dos meios necessários O fato típico, presume-se ilícito. IV. Proteção do direito próprio ou alheio V. Conhecimento da situação de fato justificante (A legítima defesa CAUSAS EXCLUDENTES DA ILÍCITUDE: deve ser necessária e orientada pela vontade de defender-se ou defender direito alheio) 1.ESTADO DE NECESSIDADE: I. Perigo atual A.LEGÍTIMA DEFESA E ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS): II. Agressão injusta de animal, coisa ou conduta humana injusta, O sujeito, ao repelir agressão injusta, atinge pessoa diversa consciente e voluntária. daquela que o agredia. III. Que a situação de perigo não tenha sido causada voluntariamente pelo agente (O provocador do perigo não pode se B.LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA: Ocorre quando duas ou mais beneficiar da excludente, salvo se for a título de culpa) pessoas, ao mesmo tempo, são agressoras e defensoras. Só pode IV. Salvar direito próprio ou alheio ocorrer se uma delas for putativa. V. Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo (ou dever legal, por relação contratual) C.LEGÍTIMA DEFESA PREORDENADA: É quando a pessoa emprega VI. Inevitabilidade do comportamento lesivo instrumentos visíveis em sua propriedade, e inacessível a terceiros VII. Inexigibilidade de sacrifício de interesse ameaçado inocentes, para defesa da sua posse/propriedade. O titular do bem VIII. Conhecimento da situação de fato justificante protegido não poderá responder pelos resultados lesivos, dele (O sujeito tem que ter consciência da existência do perigo e do fim decorrentes. É preciso a existência de alguma advertência de salvar o direito próprio ou alheio). cientificando terceiros sobre a existência dos ofendículos. Quando atingir o agressor, estará agindo em legítima defesa preordenada. A.TEORIA UNITÁRIA (ADOTADA PELO CP): Haverá estado de Se atingir terceiro inocente, será absolvido com base na legítima necessidade, quando o bem salvo for de maior importância que o defesa putativa. sacrificado, ou se equivalerem. Contudo, se salvar um bem menor, poderá responder pelo crime, pois não exclui a ilicitude, havendo D.LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA: Ocorre quando o sujeito vai se apenas a diminuição de pena. defender da agressão injusta e incorre em excesso, tornando-se agressor injusto e permitindo legítima defesa de volta (contudo, a B.TEORIA DIFERENCIADORA (NÃO ADOTADA PELO CP): Quando o pessoa que se defende do excesso, não estará isenta da ilicitude de bem salvo for de maior importância ou equivalente ao sacrificado, sua conduta inicial). tem estado de necessidade justificante, excluindo a ilicitude. Se for o contrário, tem estado de necessidade exculpante, excluindo OBS: É possível a existência de uma legítima defesa real X uma a culpabilidade. legítima defesa putativa.
CLASSIFICAÇÃO: E. LEGÍTIMA DEFESA AGRESSIVA: Ocorre quando o agente se
I.AGRESSIVO: Quando sacrifica bem jurídico de um terceiro que não defende praticando fato típico. provocou a situação de perigo. II.DEFENSIVO: Quando sacrifica bem jurídico de quem ocasionou a F. LEGÍTIMA DEFESA DEFENSIVA: Ocorre quando o agente se situação de perigo. defende sem praticar fato típico. III.REAL: Aquele que realmente está acontecendo. IV.PUTATIVO: É uma situação imaginária do agente, não serve para G. LEGÍTIMA DEFESA REAL: A injusta agressão ocorre excluir a ilicitude, pode influenciar apenas no fato típico. efetivamente. É aquela que exclui a ilicitude.
H. LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA: A injusta agressão é imaginária
(modalidade de erro), isenta o agente de pena.
3.EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
Todo aquele que exerce um direito assegurado por lei. Só alcança os atos exercidos dentro do estritamente permitido. Ex: Desforço imediato.
4.ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL
A própria lei obriga a realização das condutas, dando-lhe poder até de praticar fatos típicos para executar o ato legal. É necessário a existência prévia de um dever legal, uma atitude pautada pelos estritos limites do dever, e conduta, como regra, de agente público e, excepcionalmente, de particular.