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Design Thinking – Uma maneira inovadora de inovar

1. O surgimento do Design Thinking

O Design Thinking já é usado – não com esse nome - há bastante


tempo no processo cognitivo de desenvolvimento dos designers. Esse
processo é composto por: pesquisa, brainstorms, seleção de ideias,
prototipagem.

A ideia do Design Thinking aplicada a áreas diferentes do Design foi


de duas personalidades do Vale do Silício: David Kelley, professsor da
Universidade de Stanford e seu colega Tim Brown, autor do livro Change by
Design, ambos fundaram a consultoria de inovação IDEO e, em 2009,
lançaram o livro Design Thinking.

Segundo Brown:

“Não são só designers que deveriam prestar atenção: quem


trabalha com gestão, administração ou em posições de liderança também se
beneficia desse conhecimento”.

2. O que é Design Thinking?

O Design Thinking é uma abordagem que ajuda a resolver problemas


dos mais diversos tipos. Pois bem, é bom deixar claro que não é uma
metodologia ou uma receita de bolo a qual o resultado de sua aplicação será
necessariamente o sucesso. Isso é assustador, não!? Se você é muito
corajoso e tem um forte desejo pelo sucesso, continue lendo, caso contrário,
esse artigo não irá te ajudar.

O conceito de Design Thinking segundo Tim Brown, um dos autores


dessa abordagem é:

“Design thinking é uma abordagem antropocêntrica para inovação que


usa ferramentas dos designers para integrar as necessidades das pessoas,
as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso dos negócios”,
Tim Brown em Change by Design.

3. Pense de maneira revolucionária?

Você já percebeu que a maioria das “novas” ideias surgem e são


executadas de maneira semelhante? Ou seja, alguém percebe um problema,
quase ao mesmo tempo, de maneira rápida, vislumbra uma solução e produz
um plano de negócio robusto e “infalível”. Após isso, gasta-se tempo, recurso
financeiro e energia para desenvolver a “solução ideal”. Após essa cadeia, a
estrita minoria das soluções trará o resultado esperado (sucesso + money),
não acredita? Clique aqui e veja uma pesquisa feita pelo IBGE.

Essa já é a fórmula do fracasso. Então por que não tentar de uma


maneira muito mais eficaz e promissora? Que, caso dê errado, você perderá
muito menos?

Estamos vivendo o momento ápice da pressão. Seja no ambiente de


trabalho, familiar ou acadêmico. O nível da competitividade aumentou, a
sociedade exige que você se destaque, que você seja melhor que seu irmão
ou seu primo, enfim, que você brilhe mais que todos. Essa pressão faz com
que você seja muito cauteloso, medroso e calculista. Isso é totalmente o
contrário da inovação, como inovar sendo medroso?

Temos que entender que o erro faz parte da nossa vida, e,


literalmente, cada erro cometido agora será um erro superado no futuro.
Então, não devemos ter medo de errar, e inclusive, a cada tentativa,
devemos incluir o erro, o fracasso como um resultado esperado.

Para inovar, criar um produto ou solução inovadora e eficaz, devemos


fazer diferente, perder o medo do fracasso, assumir o risco ou no inglês “Skin
in the game” – colocar a bunda na janela.

4. Inovando com a abordagem Design Thinking

Após identificar um possível problema a ser solucionado, o que


acontece é um verdadeiro brainstorming, o time responsável pelo projeto
tenta se colocar no lugar daqueles que irão usufruir. Com isso, o projeto será
baseado na empatia, percebendo padrões e oportunidades. Além disso, essa
é uma proposta que considera vários pontos de vistas, os quais são vistos
como caminhos possíveis para a solução.

O processo de Design Thinking pode ser feito em fases, o número de


fases não é e nem precisa ser taxativo, citaremos aqui 5, são elas:

1) Empatia e Compreensão

Se colocar no lugar do outro, sair do seu contexto de vida e entrar


no contexto do usuário que irá usufruir da solução. Entrar no contexto
pode ser literal, o(s) membro(s) da equipe pode(m) “viver 1 dia” do
usuário.
2) Definição

O conhecimento adquirido na etapa anterior deve ser usado para


definir a problemática sobre o que se está analisando. Após a análise
desse conhecimento, é definido o objetivo que a solução deverá trazer,
ou seja, delimitar o problema.

3) Idealização

É a fase de brainstorms, caso não saiba o que é, clique aqui. As


ideias e sugestões devem fluir, sem censura, ideias ousadas são bem-
vindas sem medo de errar.

4) Prototipação

Aqui nascem os MVPs – caso não saiba o que é um MVP, clique


aqui. Uma ou mais ideias da fase anterior devem ser escolhidas. É o
momento de colocar em prática o que foi pensado e avaliar por meio
de testes. Os próprios usuários finais podem acompanhar e dar
feedbacks durante a criação dos MVPs.

5) Teste

Esse é o momento de experimentar os MVPs gerados da etapa


anterior e escolher o que resolve o(s) problema(s) com mais eficiência
e eficácia.

5. E se em alguma fase você descobre que está errado?

Esse é o diamante do Design Thinking. Você descobre o erro


rapidamente, isso pode lhe poupar muita energia. No modelo convencional, o
erro geralmente é visto após o lançamento do produto, pior ainda, muitas das
vezes, ainda tentam-se emplacar um produto ruim, gastando mais e mais
recursos.

Utilizando a abordagem Design Thinking, é possível descobrir o erro


no final de cada etapa, com isso, você tem a oportunidade de voltar a etapa
anterior, corrigir e continuar no ciclo, diminuindo consideravelmente o
desperdício de recursos.

6. Casos reais de Design Thinking

Grandes empresas usam essa abordagem. Como exemplo: Natura,


Netflix e Volkswagen.
Caso queira saber a história de cada caso, clique aqui.

Design Sprint – ...

1. O que é Design Sprint

Design Sprint é uma metodologia ágil criada na Google Ventures. O


Designer Jake Knaap o percursor, em 2010, quando trabalhava na Google.
Em 2012, Knaap levou esse jeito de trabalhar para um braço da Google, o
Google Ventures, lá o método foi aperfeiçoado e finalmente lançado.

Design Sprint é uma maneira ágil de conceituar e desenvolver uma


ideia ou produto em um curto espaço de tempo. São cinco dias de trabalho,
juntando estratégia de negócios, inovação e ciência do comportamento, ou
seja, é uma prática de Design Thinking.

Jake Knapp, autor do livro SPRINT, conceitua:

“O Sprint é um processo de cinco dias para responder a questões


críticas de negócios através do design, prototipagem e teste de ideias com os
clientes”

2. Diferença entre Design Sprint e Design Thinking

Design Sprint é uma receita de bolo, um passo-a passo para produzir


e testar ideias em 5 etapas (entender, criar, definir, prototipar e validar)
distribuídas em apenas 5 dias com uma sugestão bem fechada de
ferramentas que funcionam melhor neste processo. Já o Design Thinking é
uma abordagem/filosofia a ser incorporada em um projeto.

Ao contrário de lançar um MVP para validar a ideia, trabalho que pode


levar muitos dias ou até meses, o Design Sprint foca especificamente na
validação da ideia com os usuários e diminui o processo para 40 horas de
trabalho, 5 dias x 8h/dia.

A metodologia, apesar de não exigir uma regra para a composição da


equipe, recomenda, para uma aplicação eficaz, que o time tenha pelo pelos
um Designer, um Product Manager (conhecedor do problema), um
Stakeholder (a parte interessada no negócio), um Especialista (pessoa que
tenha um conhecimento mais técnico) e um Mediador (aquele que irá
comandar e organizar as sessões coletivas).
3. A aplicação em 5 dias

o Dia 1 - ENTENDER

Nesse dia, o problema deverá ser mapeado e entendido. Para isso, a


equipe deve pesquisar, levantar hipóteses e elaborar ideias. Os membros do
time deverão exteriorizar tudo o que sabem, isso resultará em um
alinhamento de conhecimento.

Dica: Reserve um espaço no ambiente de trabalho para publicitar as


ideias. Você pode fazer isso com post-its. Isso é uma maneira de gravar a
conversa do dia, além do mais, os membros ficam animados em ver suas
ideias estampadas pelo ambiente.

o Dia 2 - DESENHAR

Todas as ideias que foram escritas e coladas na parede do ambiente


devem ser transformadas em desenhos, isso mesmo! Os membros
transformam os seus textos em desenhos, algo muito objetivo. O desenho
deixa a ideia mais clara e mais fácil de ser compreendida.
Quando os desenhos estiverem finalizados, o time olha e realiza uma
breve discursão sobre cada ideia. O resultado disso é um grupo contendo as
melhores soluções. Esse processo deve ser democrático, a sensação que
deve ficar é a que O TIME escolheu aquelas soluções, então elas deixam de
ter autores específicos para serem soluções colaborativas.

o Dia 3 - DECIDIR

Esse dia é decisivo, costuma ser o mais difícil. De todas as ideias


selecionadas, uma deve ser a escolhida. Esse passo é dolorido, pois muitas
ideias que pareciam promissoras deverão ser descartadas.
Ao escolher a melhor solução, é necessário criar um plano detalhado,
contendo um mapa para a criação do protótipo. No dia 5 terá uma espécie de
pesquisa/teste para validar o protótipo criado, então, esse mapa já deverá
conter os nomes dos membros que irão participar dessa pesquisa.
Para facilitar a prototipação (dia 4), as interações com o usuário
deverão ser incluídas no plano, é interessante usar o formato de Storyboards.
Se facilitar, histórias do usuário, semelhante a metodologia Scrum, poderão
ser incluídas.

o Dia 4 - PROTOTIPAR

O time coloca a mão na massa, ou seja, execução do


planejamento/mapa resultante do dia 3. O dia tem que render, para isso, é
importante utilizar ferramentas de prototipagem que a maioria dos membros
consigam utilizar rapidamente. Para facilitar, logo no começo do dia, o time
pode realizar uma reunião que decide as tarefas que cada membro deve
executar. O grande objetivo é criar um protótipo garantindo que tudo estará
certo para que possa ser utilizado e testado na próxima etapa.

o Dia 5 - TESTAR

Dia muito esperado! Aqui não só o protótipo é colocado à prova, como


todo o trabalho realizado nos últimos dias. O protótipo deve ser apresentado
para usuários promissores.
Diante dos feedbacks, o protótipo já pode ser atualizado, ou seja,
partes importantes são aprimoradas e o que não deu certo pode ser excluído.
O resultado final será um modelo tangível e já bastante criticado. Esse
modelo é o início para um desenvolvimento muito mais assertivo.

https://brasil.uxdesign.cc/google-design-sprint-como-funciona-e-como-aplicar-no-seu-
projeto-279107363659

https://www.chiefofdesign.com.br/design-sprint/

http://www.saiba-mais.com/2016/01/26/design-sprint/

https://www.des1gnon.com/2018/08/design-sprint/

https://uxdesign.blog.br/design-sprint-aprendizados-ea7332e2cf0f

https://www.hellerdepaula.com.br/design-sprint/

https://medium.com/skillsweb/qual-a-diferen%C3%A7a-entre-design-thinking-design-
sprint-a00de4cfe4e3

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