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TCC André Ikeno - A4 PDF
TCC André Ikeno - A4 PDF
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MARINGÁ
2016
1
MARINGÁ
2016
2
Aprovada em _____/_____/_______
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Mestre Alexandre Hitoshi Ito (Orientador) - UEM
________________________________________
Profª. Dra. Luci Mercedes de Mori - UEM
________________________________________
Prof. Dr. Ed Pinheiro Lima - UEM
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter me dar saúde e conceber sabedoria para que eu
conseguisse terminar a minha graduação.
Em segundo lugar aos meus pais que concederam a oportunidade de fazer a graduação
e me ensinaram que as conquistas mais difíceis são as que damos mais valor. As minhas irmãs
pelo incentivo. Ao meu primo Daniel que me ajudou durante toda a graduação.
Em terceiro lugar ao meu professor e orientador Alexandre Hitoshi Ito, por todo apoio
e suporte durante a realização deste presente trabalho.
Em quarto lugar a Universidade Estadual de Maringá em geral, por me oferecer um
ambiente para que eu pudesse ter um ensino de qualidade.
Em quinto lugar aos meus amigos da Taky Empreendimentos, em que convivi durante
três anos e ajudaram a colocar em prática os conhecimentos adquiridos na faculdade, além de
ajudarem no meu crescimento pessoal. Entre eles: Dr. Vicente, Rogerio, Victor, João Carlos,
Emerson, Cabral, Diego, Tomaz, Rosimeire e Daniele.
Por fim, meus amigos de faculdade André, Arthur, Edmar, Isadora e Renato que me
acompanharam durante toda essa jornada. Aos meus amigos do grupo Cachaça, do grupo
Garutis e Garutas, as amigas de longa data Veronica, Karoline e Jéssica pelo constante apoio
durante toda a graduação.
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RESUMO
O uso da água da chuva traz benefícios financeiramente e ecologicamente, uma das vantagens
do aproveitamento de água da chuva é a utilização das estruturas já existentes nas edificações,
como telhado, lajes, calhas e condutores, o baixo impacto ambiental, e obtenção de água de
boa qualidade com pouco ou nenhum tratamento, o complemento ao sistema tradicional e a
reserva de água para situações de emergência. Outro benefício é economia de água tratada
fornecida pela concessionária e ajuda a evitar inundações nas regiões em que os solos são
altamente impermeabilizados. O objetivo do presente trabalho é analisar a viabilidade
econômica na implantação do sistema de aproveitamento de água pluvial para fins não
potáveis. Para isso, fez-se um estudo de caso em um edifício de múltiplos pavimentos situado
na cidade de Bauru-SP. Com base nos projetos do empreendimento, fez-se um levantamento
dos gastos com os insumos que serão utilizados, avaliou-se a área de captação aproveitável,
verificou-se o quanto será a economia mensal de água potável com base nas tarifas da DAE
(Departamento de Água e Esgoto de Bauru-SP) e com o uso de ferramentas de análise
econômica obteve-se um retorno do investimento de 12 anos.
Lista de Figura
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Distribuição dos recursos hídricos e densidade demográfica no Brasil .................. 15
Tabela 2 – Coeficiente de Runoff ............................................................................................. 26
Tabela 3 – Tabela para análise da Curva ABC ......................................................................... 32
Tabela 4 – Planilha para dimensionamento pelo Método da Análise da Simulação ................ 40
Tabela 5 - Precipitação média mensal entre os anos de 2001 a 2016....................................... 44
Tabela 6 - Tarifa residencial com base no consumo mensal da concessionária de Bauru-SP ... 0
Tabela 7 - Materiais necessários para a implantação do sistema de aproveitamento de água de
chuva........................................................................................................................................... 1
Tabela 8 – Dados da CURVA ABC ........................................................................................... 2
8
Lista de símbolos
- área de coleta em projeção, expresso em metro quadrados (m2);
C – coeficiente de Runoff;
Co – capital inicial investido;
( ) - demanda ou consumo no tempo t;
FC – fluxo de caixa;
- intercepção da água que molha as superfícies e perdas por evaporação, geralmente 2 mm;
n – tempo total projeto;
- precipitação média anual, expresso em milímetros (mm);
( ) - volume de chuva aproveitável no tempo t;
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 11
1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................................... 13
1.3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 13
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 13
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 14
2.1 CICLO HIDROLÓGICO ............................................................................................... 16
2.2 INTENSIDADE DAS PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS ...................................... 17
2.2.1 Pluviometria ............................................................................................................ 17
2.3 APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA NO MUNDO.................................... 19
2.4 APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA NO BRASIL .................................... 20
2.5 PARTES COMPONENTES PARA A CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA ............ 22
2.5.1 Água de chuva ......................................................................................................... 23
2.5.2 Área de captação...................................................................................................... 24
2.5.3 Calhas e condutores ................................................................................................. 25
2.5.4 Coeficiente de Runoff (C) ....................................................................................... 26
2.5.5 First Flush ............................................................................................................... 26
2.5.6 Peneira ..................................................................................................................... 26
2.5.7 Equipamentos de filtragem ...................................................................................... 27
2.5.7 Extravasor ................................................................................................................ 27
2.5.8 Instalações prediais .................................................................................................. 27
2.5.9 Reservatório ............................................................................................................. 28
2.6 VIABILIDADE ECONÔMICA ..................................................................................... 29
2.6.1 Fluxo de Caixa ......................................................................................................... 29
2.6.2 Modelos Determinísticos de Análise de Projetos .................................................... 29
2.6.2.1 Valor Presente Líquido (VPL) ...................................................................................... 29
2.6.2.2 Payback Simples .......................................................................................................... 30
2.6.2.3 Payback Descontado..................................................................................................... 31
2.7 CURVA ABC ................................................................................................................. 31
3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................. 34
3.1 LOCAL DE ESTUDO .................................................................................................... 34
3.2 COMPONENTES DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DE
ÁGUA DA CHUVA NO EDIFÍCIO INFINITY BAURU .................................................. 35
3.3 MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO ................................ 38
3.3.1 Método de Rippl ...................................................................................................... 38
3.3.2 Método da Simulação .............................................................................................. 39
3.3.3 Método Azevedo Netto............................................................................................ 41
3.3.4 Método prático alemão ............................................................................................ 41
3.3.5 Método prático inglês .............................................................................................. 41
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1. INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
Vários países estão enfrentando o problema de escassez de água e uma das causas para
esse problema é o crescimento populacional, desenvolvimento desordenado das cidades aliado
ao aumento da demanda de água pela indústria e pela agricultura, pelas mudanças climáticas,
pela contaminação das fontes e pelo desperdício provocando o esgotamento das reservas
naturais de água.
Segundo Tomaz (2010) existe duas formas de programar medidas de conservação de
água no uso urbano (residencial, comercial e industrial) as convencionais e não
convencionais.
Para o mesmo autor as medidas convencionais consistem em conscientizar as pessoas
a fazer o uso racional das águas através de mudança no preço das tarifas, leis sobre aparelhos
sanitários, educação pública, reciclagem e reuso da água, redução de pressão nas redes
públicas, conserto de vazamento nas redes públicas e conserto de vazamentos nas residências.
As medidas não convencionais são reuso e águas cinzas (águas servidas), utilização de
excretas de vaso sanitários em compostagem, aproveitamento de água de chuva,
dessalinização de água do mar ou salobra, aproveitamento de água de drenagem do subsolo de
edifícios.
A escolha da implantação do sistema de aproveitamento da água de chuva é
consequência da sua simplicidade na instalação e dos benefícios financeiro e ecológico que
ele proporciona.
É de suma importância o proprietário do empreendimento e o proprietário do imóvel,
saber dos benefícios que este sistema proporciona. Pois com a conscientização das pessoas, é
possível implementar novas formas de minimizar os impactos no meio ambiente e garantir
que as gerações futuras não sofram com a escassez de água tratada.
Desta forma, a conservação da água é um conjunto de atividades que consiste em
reduzir a demanda de água tratada, evitar o desperdício, melhorar o uso e implantar práticas
para economizar água.
13
1.3 OBJETIVOS
2. REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com Tomaz (2010) o Brasil possui 12% de água doce do mundo, tendo uma
das maiores bacias hídricas. No entanto, em certas regiões ocorre a escassez devido ao
desequilíbrio hídrico entre a distribuição demográfica, industrial e agrícola.
Na Tabela 1 são apresentados dados da Agência Nacional de Águas (ANA, 2010) as
quais informam que no Brasil 68,5% dos recursos hídricos estão na região norte, enquanto no
nordeste há 3,3%, sudeste 6,0%, sul 6,5% e centro-oeste 15,7%. A discrepância na
distribuição ocorre na região norte por possuir 68,5% da nossa água doce e a menor densidade
demográfica do país, sendo de 4,12 hab·m-2, enquanto que no nordeste existem 34,15 hab·m-2,
na região sudeste 86,92 hab·m-2, no sul 45,58 hab·m-2 e o centro-oeste 8,75 hab·m-2. Portanto,
o Brasil apresenta uma quantidade significativa de água, no entanto, apresenta uma
distribuição desigual, mas ela não é bem distribuída, pois, onde existe muita água doce ocorre
pouca população e onde existe muita população há baixa disponibilidade de água.
15
lavatórios de banheiro, 4% em tanque para lavar roupa, 1% lavagem de piso, 1% para rega de
jardim e 1% para beber e cozinhar.
A partir dos dados observados na Figura 3 podem ser desenvolvido medidas para a
econômia hídrica, como a implementação do uso de água de menor qualidade como em vaso
sanitário, rega de jardim e lavagem de piso e carro. Isso corresponderia a uma economia de
em média 40% de água fornecida tratada. Uma das alternativas seria fazer o uso de água da
chuva para esses fins, que será analisado mais detalhadamente como segue.
Para Góis e Telles (2013), precipitação é entendida como toda a água que está presente
na atmosfera e atinge a superfície terrestre. A precipitação possui diversas formas: chuva,
granizo, orvalho e neve. A forma mais importante de precipitação é a chuva, pois nesse estado
que ocorre a infiltração no solo e escoamento superficial.
A chuva é caracterizada por meio de três grandezas: altura, duração e intensidade.
A altura pluviométrica é o volume da chuva precipitado medido em milímetros
(mm). No entanto, esse valor não tem significado se não estiver relacionado a uma
duração, a qual sempre está relacionada a um período de tempo (por exemplo, 50
mm.mês-1 ou 15 mm.h-1); sendo assim, a intensidade tem por finalidade caracterizar
a variabilidade temporal, e geralmente é medido em mm/h ou mm/min, sendo
muito importante para determinação de vazões. (Góis; Telles, 2013, pg. 60)
2.2.1 Pluviometria
De acordo com Góis e Telles (2013) a chuva é medida com a utilização de
instrumentos chamados pluviômetros, que são recipientes para coletar água precipitada, com
algumas dimensões padronizadas.
18
Figura 5 - Pluviômetro
Figura 6 – Pluviágrafo
Segundo Tomaz (2010), a água da chuva vem sendo utilizada a milhares de anos
conforme relatos onde cita que o rei Masha, de Maob, data de 830 a.C. sugere a construção de
reservatório de aproveitamento de água da chuva em cada casa de seu reinado. Na região de
ilha de Creta, há inúmeros reservatórios escavados anteriores a 3.000 a.C. que aproveitam a
água de chuva para o consumo humano. A fortaleza de Masada, em Israel, possui 10
reservatórios cavados nas rochas com capacidade total de 40 milhões de litros. No México,
existem cisternas que foram usadas antes da chegada de Cristovão Colombo à América, e
ainda estão em uso.
Para o Group Raindrops (2002) na Alemanha, a utilização da água de chuva é uma
alternativa para minimizar o consumo de águas subterrâneas e conter picos de enchentes,
sendo este o recurso mais usado para o abastecimento público. Nesse país, a água captada nos
telhados é armazenada em reservatórios de concreto, onde sua utilização é para fins não
20
potáveis, tais como alimentação de bacias sanitárias, lavagem de calçadas, uso comercial e
industrial. O governo alemão está participando com apoio financeiro, oferecendo
financiamentos para a construção de sistema de captação de água pluvial.
Segundo Wagner (2015) no Japão, principalmente na capital Tóquio, a água da chuva
é coletada e usada com frequência, pois as cisternas de abastecimento se situam longe da
cidade. A água da chuva é armazenada em reservatórios que ficam no subsolo e essa água é
tratada e usada para combater incêndios e para utilização da população.
Para o mesmo autor, Cingapura é considerada um dos polos mais efetivos em relação
ao aproveitamento da água de chuva, a população é alimentada com água potável graças a
uma potente infraestrutura implantada para coleta de água pluvial. Além disso, ocorre várias
campanhas de conscientização para o uso racional. Em 1992, iniciou-se o sistema de
aproveitamento de água da chuva no aeroporto de Chagui. A água pluvial captada das pistas
de decolagem e aterrissagem é usada em descargas sanitárias, evitando transtornos com
enchentes nas pistas.
De um modo geral, a quantidade de água disponível em níveis mundiais é superior ao
total que é consumido pela população. Entretanto, a forma como essa água é distribuída é
totalmente desigual, não sendo proporcional as necessidades apresentadas em diferentes
países. Com isso, o aproveitamento de água de chuva acaba surgindo como uma saída nesses
casos.
Artigo 7. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada
a uma cisterna ou tanque, para ser utilizada em atividade que não requeiram o uso de
água tratada, proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais como:
a) descarga de vaso sanitário;
b) rega de jardins e hortas;
c) lavagem de roupa;
d) lavagem de veículos;
e) lavagem de vidros, calçadas e pisos.
Artigo 8. As águas servidas serão direcionadas, através de encanamento próprio, a
reservatório destinado a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após tal
utilização, será descarregada na rede pública de esgoto.
Artigo 9. O combate ao Desperdício Quantitativo de Água, compreende ações
voltadas à conscientização da população através de campanhas educativas,
abordagem do tema nas aulas ministradas nas escolas integrantes da Rede Pública
Municipal e palestras, entre outras, versando sobre o uso abusivo da água, métodos de
conservação e uso racional da mesma.
Artigo 10. O não comprimento das disposições da presente lei implica na negativa de
concessão do alvará de construção, para as novas edificações.
Após passar pelo filtro, a água é armazenada em um reservatório (cisterna) que pode
ser enterrado, apoiado ou elevado e ser constituído de diferentes materiais como: concreto
armado, blocos de concreto, alvenaria de tijolos, aço, plástico, poliéster, polietileno, fibra de
vidro e outros.
Da cisterna, a água é bombeada a um segundo reservatório (caixa d´água), onde
tubulações irão distribuir a água não potável para o consumo na edificação.
servem para o dimensionamento dos reservatórios e sim para o dimensionamento das calhas e
condutores (verticais e horizontais).
2.5.6 Peneira
Um método para se conter grandes detritos tais como folhas e insetos, é a utilização de
telas (grelhas) sobre calhas. No entanto, este sistema requer uma constante manutenção e não
dispensa o uso de filtros que retenham partículas menores ou microorganismos.
27
2.5.7 Extravasor
Segundo Tomaz (2010) a função do extravasor (ladrão) é de conduzir o excesso de
água, quando a cisterna se encontrar cheia, para a sarjeta, também deverá possuir um
dispositivo que evite a entrada de animais, e deverá ser instalado no reservatório.
2.5.9 Reservatório
Os tanques de armazenagem de água podem ser fabricados ou construídos com
diferentes tipos de materiais, dependendo de seu uso, custo ou finalidade. Alguns dos
principais materiais utilizados são: concreto, alvenaria de tijolos comuns ou bloco armado,
aço, madeira, fibra de vidro e polietileno. Podem estar apoiados, enterrados ou elevados.
Segundo Fendrich e Oliynik (2002) quando o reservatório é suficientemente grande, a
primeira porção da chuva corresponde a uma porcentagem tão pequena que não chega a
apresentar risco, devido a diluição dos poluentes. Portanto, neste caso, não há necessidade de
descarte de água (first-flush). Porém, em reservatórios de pequena capacidade, isso poderá
representar um risco e a primeira porção da chuva deve ser descartada. Para reservatórios de
até 1.000 L a primeira chuva possui um valor significativo.
A ABNT NBR 15.527/2007 especifica as diretrizes para se dimensionar o reservatório
do aproveitamento de água da chuva. Primeiramente, o reservatório deverá atender à ABNT
NBR 12.217/1994. Devem ser considerados no projeto: extravasor; dispositivo de
esgotamento; cobertura, inspeção; ventilação e segurança.
Um dispositivo de freio d’água deve ser instalado para que se evite o turbilhonamento,
dificultando a movimento dos sólidos suspensos e arraste de materiais flutuantes. Recomenda-
se que a retirada de água do reservatório seja feita aproximadamente a 15 cm da superfície do
chão.
Quando o reservatório for alimentado por outra fonte, ele deverá possuir dispositivos
para que impeçam a conexão cruzada. O volume a ser aproveitado depende do coeficiente de
escoamento superficial da cobertura e da eficiência do sistema de descarte do escoamento
inicial.
De acordo com a ABNT NBR 5626:1998, os reservatórios devem, pelo menos uma
vez por ano, serem limpos e desinfetados com solução de hipoclorito de sódio. A parcela de
água da chuva que não for armazenada, poderá ser lançada na galeria de águas pluviais, na via
pública ou ser infiltrado total ou parcialmente. A água armazenada deve ser protegida contra a
incidência direta da luz solar e do calor, e também de animais que podem entrar no
reservatório através da tubulação do extravasor.
29
= −∑ (Equação 1)
( )
investimento inicial. Isso ocorre no período em que a soma dos fluxos de caixa
futuros é igual ao investimento inicial. (BORDEAUX-REGO et al., 2014, p. 43).
Segundo Wlademir (2016), o problema do método do payback simples é ele que não
considera o valor do dinheiro no tempo, não leva em conta a distribuição do fluxo de caixa
dentro do período de recuperação do investimento, não considera os fluxos de caixa após o
período de recuperação, isso pode levar a rejeição do projeto com maior duração e, no
entanto, de melhor rentabilidade, como o custo de capital.
O cálculo do Payback Simples é feito pela seguinte fórmula:
= (Equação 2)
í
A curva ABC, ou também conhecida como Diagrama de Pareto (em homenagem a seu
criador), nasceu quando Vilfredo Pareto percebeu que 80% da riqueza estava nas mãos de
apenas 20% da população. Isto ficou reconhecido como a regra 80/20 e é muito utilizada em
processos administrativos e na logística (Henrique, 2010).
Segundo Mattos (2006) num orçamento de obra, constata-se que um mesmo insumo
aparece em várias composições de custos diferentes. Como é o caso do cimento que entra na
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composição do concreto para a estrutura, da argamassa para assentar lajotas cerâmicas, pisos e
azulejos. Por isso, é de suma importância para o orçamentista saber quais são os principais
insumos, o total que será usado e qual a sua representatividade. Isso serve para priorizar as
cotações de preço, definir as negociações mais criteriosas, canalizar energia dos responsáveis
da compra, etc.
Após obter os quantitativos de materiais e os respectivos custos, devem ser dispostos,
na Tabela 3, em ordem decrescente de custo total.
Para Henrique (2010) os itens da Classe A são aqueles de maior importância (valor,
quantidade, custo) e devem representar aproximadamente 20% dos itens ou 80% do custo (ou
lucro, quantidade, etc).
Os itens da Classe B são de importância intermediária e representam em torno de 30%
dos itens. Ou outros 50% são itens da Classe C.
Para Mattos (2006) para separar em Classes A, B ou C usa-se planilhas eletrônicas.
Com os dados relativos aos estoques e seus custos (para todos os produtos), organiza-se em
ordem decrescente de custo. Some todo o custo e depois calcule o percentual que cada
produto representa do custo total. Depois, basta somar as primeiras linhas até encontrar 80%
dos custos (isto deve representar em torno de 20% dos produtos). Estes produtos serão
aqueles que comporão a Classe A da Classificação ABC. A ideia continua para montar as
Classes B e C assim como se mostra na Figura 11.
No ponto de vista econômico, é muito mais eficaz um desconto nos insumos da faixa
A do que num das faixas A e B. Em obras de edificação são utilizados cerca de 500 itens,
nota-se historicamente que, em média, 50 deles fazem parte de 80% do custo total da obra.
Um desconto de 2% num insumo da faixa A pode representar mais ganho do que um desconto
de 30% em um da faixa C.
É por meio da curva ABC que o construtor pode avaliar o impacto que um aumento
(ou diminuição) do preço de um insumo terá no resultado da obra. Quanto mais
para cima o insumo estiver na tabela, mais significativo será o impacto positivo ou
negativo. Isso se torna mais importante no andamento da obra, quando o construtor
quer demonstrar a seu cliente que a obra sofreu aumento por causa do aumento em
um item de custo que tem grande peso no orçamento. (MATTOS, 2006, pg. 176)
34
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O filtro Vortex (WFF 150) é conectado na tubulação antes que a água da chuva chegue
no reservatório e serve para filtragem de sólidos suspensos na água. É utilizado para áreas de
cobertura de até 500 m2, possui eficiência de 90% de retenção de sólidos, filtram partícula de
36
até 0,28mm, não há redução da seção da tubulação, sendo assim, evita entupimentos e facilita
a execução.
A água proveniente da tubulação passa pelo filtro onde serão retidos os resíduos, uma
parcela da água filtrada vai para o reservatório e outra parte vai para a sarjeta. É necessário
fazer a limpeza no filtro, de seis em seis meses, para que não acumule tantas impurezas. Na
Figura 14 está representado esse filtro.
água potável que, quando necessário, é acionado automaticamente caso ocorra um período de
estiagem e comprometa o seu abastecimento.
( ) = ( ) − ( ) (Equação 3)
( ) = çã ℎ ( ) á çã (Equação 4)
=∑ ( ), somente para valores ( ) >0 (Equação 5)
Sendo que: ∑ ( ) <∑ ( ) (Equação 6)
: volume do reservatório;
: coeficiente de escoamento superficial.
( ) = ( ) + ( ) − ( ) (Equação 7)
( ) = çã ℎ ( ) á çã (Equação 8)
Para este método, duas hipóteses devem ser feitas, o reservatório está cheio no início
da contagem do tempo “t”, os dados históricos são representativos para as condições futuras.
Segundo Tomaz (2010), no Método da Simulação, arbitra-se o volume do reservatório
e verifica-se a quantidade de água que vai sobrar (overflow) e a quantidade de água que vai
faltar (suprimento do serviço público ou caminhão tanque). Considera-se este método, o
melhor para se avaliar o reservatório. Deve ser considerado um coeficiente de runoff igual a
0,8.
Na Tabela 4 é apresentado um exemplo de planilha para aplicação da Análise da
Simulação:
40
= í ( á ) 0,06 (6%)
(Equação 11)
= í ( ; ) · 0,06 (Equação 12)
= · ·( − ) (Equação 14)
= + − (Equação 15)
Confiança: = (1 − )
Recomenda-se que os valores de confiança estejam entre 90% a 99%.
43
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
2016 380,2 351,3 118,9 37,8 110,2 94,0 9,1 61,7 24,6 103,6
2015 182,4 134,1 251,5 46,7 125,2 0,0 88,1 21,6 220,2 123,4 260,1 259,8
2014 104,6 132,3 125,5 74,4 63,8 0,5 30,5 22,4 125,0 37,3 116,6 257,0
2013 284,0 162,8 192,0 105,9 144,8 78,0 39,9 0,0 66,3 135,1 171,2 54,6
2012 262,1 81,8 177,0 192,3 83,8 197,6 11,4 0,0 94,7 51,8 138,2 121,9
2011 496,1 173,7 144,5 89,2 31,5 45,7 7,9 40,4 3,0 209,3 135,9 207,5
2010 213,4 42,7 55,1 88,9 33,0 29,2 88,6 0,0 92,7 132,6 86,4 218,9
2009 253,7 149,1 117,1 8,1 45,0 51,6 67,8 91,4 121,2 130,1 229,9 319,5
2008 213,4 149,9 92,2 125,2 73,9 58,2 0,0 54,1 29,7 129,8 107,9 132,3
2007 327,2 177,0 42,4 55,9 45,0 3,3 239,5 0,0 3,0 51,3 219,7 182,6
2006 166,1 263,1 43,7 12,2 13,7 12,2 34,3 15,5 62,5 7,4 65,5 251,0
2005 363,2 89,4 119,6 21,3 70,4 47,2 7,1 16,5 39,4 10,7 63,8 190,2
2004 189,0 137,2 48,3 65,8 105,4 16,0 43,9 0,0 4,1 98,8 11,7 174,2
2003 366,3 138,2 84,3 158,8 34,8 47,2 12,4 29,7 14,5 82,3 138,2 202,9
2002 158,2 196,3 24,4 17,3 81,0 0,0 33,8 52,6 - 14,7 122,7 169,9
2001 310,6 188,7 115,3 11,2 77,7 45,7 38,6 42,2 26,9 45,2 35,1 231,6
Média Mensal 266,9 160,5 109,5 69,4 71,2 45,4 47,1 28,0 61,9 85,2 126,9 198,3
Fonte: IPMet – SP (2016) (Adaptado)
Nota: Os itens com sinal “-“ não constam dados de precipitação e os dados foram coletados até o mês
de outubro/2016
76%
80%
70% 62%
60%
50% 42%
40%
30%
20%
10%
0%
Mão de obra
Mangote de sucção
Filtro modelo WFF 150
Controlador automático
Caixa da água 15.000l
Polietileno
chuva
Insumos
Para análise de viabilidade econômica, verificou-se o custo total dos materiais que
foram usados para implementação do sistema, este custo diz respeito ao capital inicial
investido. O fluxo de caixa abrange a receita e saída de capital, nesse caso, a saída é o custo
total dos materiais mais a manutenção anual no valor de R$ 100,00. A receita de entrada é o
valor economizado a cada ano de agua potável não utilizada.
O Valor Presente Líquido (VPL) é uma ferramenta de suma importância na análise de
viabilidade econômica pois o dinheiro de hoje não terá o mesmo valor monetário daqui uns
anos, portanto, esse indicador trás para a data “zero” o valor real do dinheiro. Para o cálculo
do VPL é utilizado um como parâmetro o TMA (taxa mínima de atratividade), que serve
como parâmetro para aceitação ou rejeição do projeto de investimento, o mínimo a ser
alcançado pelo investimento para que ele seja economicamente viável, nesse caso, a taxa será
de 8%.
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construtoras a instalar esse sistema, descontando certos impostos caso a obra faça
aproveitamento de água da chuva para fins menos nobres. Devem ser feitos estudos para
analisar certas particularidades do sistema, tais como tipologias de edifícios e telhados, e em
diferentes regiões quanto ao regime de chuvas.
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REFERÊNCIAS
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2011. Disponível em: <http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/36/curva-abc-
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http://www.wrprates.com/o-que-e-vpl-valor-presente-liquido/. Acesso: 04 nov. 2016.
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Vol. 1. São Paulo. 2010.