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Marcelo F. S. F. de Moura I Alfredo B. de Morais I António G.

de Magalhães

Materiais Compósitos
Materiais, Fabrico e Comportamento Mecânico

2. a Edição
,
Indl
Aulor
Mllllo lo F,S,F, de Moura , Alfredo a, de Morais, Antó nio G. de Magalhãe s

I llulo
M 11111 i,Ji Co mpó s itos - Mate riais, Fabrico e Comporta me nto Mecân ico

opyrlgh t © 2005 da Publindústria , Produ çã o de Comunicação, Lda .


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"ditar
I' ublindú s tri a, Edições Técnicas
Prefácio
www.publ in dustria.pt

1. INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS COMPÓSITOS


Di s tribuidor 1.1. Perspectiva global dos compósitos e suas aplicações
Cnge book - Conteúdos de Eng enharia e Gestão, Ld a ,
1.2. Reforços
Praç a da Co rujeira, n03814300 -144 Porto l)
1.2.1. Fibras de vidro
foI. 220 104 872 I Fax. 220 104 87 1 I email : livraria0 enge book ,co m I www,e ngebook,co m II
1.2.2. F ibras de carbono
I I
1.2.3. Fibras aramídicas
Dcsign I II,
1.2.4 . Fibras de boro
Pub lindústr ia, Prod ução de Comun icação , Lda, I
1.2.5. Outros tipos de reforços
I,
1.3. Formas que podem apresentar os reforços
Impressã o Ih
1.3.1. Roving
Pub lidi s a, S,A, I ()
1.3.2. Mantas
17
1.3.3. Tecidos 2D
2," Edição 1.3.3. 1. Tecidos entrelaçados (wovenfabrics) 17
2," Re- impres s ão 1.3.3 .2. Tecidos quase unidireccionais Iii
5 lembro de 20 11 I ii
1.3.3.3. Tecidos híbridos
I ii
1. 3.4. Malhas (knitted fabrics)
I l)
1.3.5. Tecidos 3D
Biblioteca Nacional de Portugal- Catalogação na Publicaç ão I I)
1.3.6. Entrançados (braids)
ISBN 17
1.3.7. Pré-formas
978-972-8953 -00-3 21
1.4. Matrizes
CDU 624 - Eng e nhari a Estrutura l 1.4.1. Temperaturas de transição
061 - Mate ria is Compós itos 1.4.2. Temperatura de deflexão sob carga
II,
1.4.3. Matrizes termoplásticas

III
I 1, 1. 1, 1'11 11 11111'11111 1' ( /' 1')
1••1, I, " 1'lI l lllltld ll ( I' )
UI III" !t ..

(,7
I , 1,iI., MlI l l'lz' I , ,'111 1) v'ls
'ndllr ' 7 t I III ( :( )N. 'I'I'I'UTIVAS DA CAMADA
67
1.4 .11-.1. Poli 'se 're ' Insucurud 7 1. 1. 11l1('Üt!1I\' "
(,/1
1,11.,11.. 2. Resinas de vini les tc r: 2S I(\.l l·lll de sólidos aniso trópicos
\ . \ . (h' W LI'lIph , • isotropia transversal
71
I,/LIJ:. . ResillHs fen li cHS 28
I A/I-.4. R sinHS de ep xid 1./1. ( ;"11 t mi , de Engenharia da camada 7
2
I • . I, I '(lwltltuliva tridimensional 7/1
1.t1-.'1-. . Di m a leimidas 29
1 'unslltuúva para estado pl~no de tensão lU
I JI, ,1L . Poliimid Hs term oendu recíveis 30
/I')
I , ., Illll- rH'odutlls 31
I , , I , Co mpoRe s de moldação 31
') I
I . . 1. 1. M (sheet molding compound) 31 N USE MI.CIWMECÂNICA DA CAMADA
, I
I .. 1.2. TM (thick molding compound) 31 1. 1. Introdução
I)
I .. 1.. M (do ugh molding compound) 32 ii .. I\nálisc das constantes de engenharia
I) \
I . . I A. mpostos termoplásticos 32 4.2. 1. M odelos de mecânica dos .materiais
4.2.2. M odelo auto-consistente 11'/
I , . . Pr '-impregn ados 32
4.2. 3. Limites superior e inferior lI H
1./, . C ,,; ~ l N outros aditivos 33
4.2.4. Modelos semi-empíricos 10 1
1.7. (' 011 IU S d) 34
4.2.5. M étodo das células 10 '
~1I t 'S 34
l (lli
I{ re lo oelas 35 4.2.6 . Conclusão
l\l /l
4.3 . Análise das resistências
III
• I'H.OCESSAMENTO DE MATERIAIS COMPÓSITOS 37 4.3 .1. Resistência longitudinal à tracção
4. 3.2 . Resistência longitudinal à compressão I iii
2.l. Moldação por contacto 38
2. 1.1. Moldação manual 38 4. 3.3. Conclusão
I 7
2 .1.2. Moldação por projecção 40 Referências
2 .2. Moldação por vácuo 41
I II
2.3. Moldação por compressão 43 . . CRITÉRIOS DE ROTURA DA CAMADA
I II
2.3. 1. Moldação por compressão a frio 44 5. 1. Introdução
11
2.3.2. Moldação por compressão a quente 44 5.2. Critérios não-interactivos
III
2.4. Moldação por injecção 45 5.3. Critérios interactivos
5.4. Critérios parcialmente interactivos 1 \7
2.5. Moldação por injecção a baixa pressão e por transferência 48
1·11
2.5.1. RTM (Reaction Transfer Moulding) 48 5.5. Conclusão
14i1
2 .5.2. SRlM (Structural Reaction Injection Moulding) 50 Referências
2.5.3. RRlM (Reinforced Reaction Injection Moulding) 50
6. ANÁLISE DOS COMPÓSITOS DE FIBRAS CURTAS 1117
2.6. Moldação em autoclave 51
117
2.7 . Enrolamento filamentar 54 6.1. Introdução
1/1/1
2.8. Pultrusão 56 6.2. Compósitos de fibras alinhadas
lilil
2.9. Moldação por centrifugação 57 6.2.1. Modelo de Kelly-Tyson
1') 1
2.10. Moldação em contínuo 58 6.2.2. Modelo de Cox
1, /,
2.11. Maquinagem de materiais compósitos 59 6.3. Compósitos de fibras com orientação aleatória

iv
UI' I' III I (/oU
, .... " IUI'II 111\. ( II" .. II'
\l I M. tll"u
7, N 1.1 H DO I AM IN UO, Hd 1j .1 I ,
l(iJ 11 ,01 , " 11,1
7, . 'J' 1M
, ~I ' Ulllu lI 1III111nlldo 170
II'i 'o, 17 III 1111 ' 1110 1\Vt\N Çi\ I>O l'> J\M Mt\TBJUAIS~ OMPÓSITOS
7, .'J. Aná lise da l'csisc n iu de lu min t1d o ~ J7H 'II. I . 111. ,1111 ti lH."tln
7, I . '1\ lid I uvtulçadas dos lamina dos 184 10, 1, 1, I .HIli/nlllos Iii O (O, 'O)
7,'-1, 1. T ' o dus de deform ação globais 1 'I· I n, I , , J .lIJ1) lnl1dos ripo ( 0, -0)
7, L , T 'o ri as de deformação locais 187 I O, I ,'L i\ni'l ils I'c6ri 'u <.I lam inados
7, L I. T 'o rills de deformação globais-locais 187 10, 1,1)" l) ensaio de provclcs de laminado nos bordos
188 10, , (~I'II " "lu de rotura p a r a compósitos com furo e entalhes
10. l . hlll)lIcto cm c ompósitos
1. 1'111'11 t' Jll( 1~()'n'm.MI COS E VISCOELÁSTICOS 191 10. .1. Jmpact de baixa velocidade
1/ 191 10 . . I .1 . Ensaios de impacto de baixa velocidade
1/ 193 10.3. J .2. M étodos experimentais usados para a detecção do dan o
193 10.3.1.3. Dano ca usado por impacto de b aixa velocidade
'tHl stitunvas com efeitos higrotérmicos 196 10.3.1.4. Modelação
204 10.3. 1.4.1. Força de impacto
II 204 10.3 .1.4.1.1. Modelo do balanço energético
/I I. '. Mo Iclos de comportamento viscoelástico 205 10.3. 1.4. 1.2. Modelo de massa e mola
II I. ). 1\11 lise quase-elástica 209 10.3. 1.4.1.3. Distribuição espacial da força de conttl ' I l
/I , \,iI., So U itações sinusoidais e notação complexa 210 10.3 .1.4.2. Previsão do dano causado pelo impacto
H. l .. I' dncipio de equivalência tempo-temperatura 213 10.3.2 . Impacto de alta velocidade
III ".' II .) í H 216 10.3.3. Parâmetros fundamentais na resistência ao impacto
10.3 .4. Resistência residual após impacto
". \l(c: NI CA DA HlACTURA 221 tOA. Fadiga em compósitos
fi . I . I nlt'oclução 221 10.4.1. Mecanismos de dano
1) • • Fundamentos de Mecânica da Fractura 222 10.4.2. Factores que afectam o comportamento à fadiga
9.2 .1. Teoria de Griffith 222 10.4.3. Modelos
9.2.2. Extensão da teoria de Griffith 225 10.4.3.1. Modelos de previsão da vida à fadiga lOO
-1 01
9.2.3 . Factor intensidade de tensão e tenacidade à Fractura 226 10.4.3.2. Modelos fenomenológicos
'10 1
9.2 .4. Relação entre G e K 228 10.4.3.2.1. Modelos de rigidez residual
'J()
9.2 .5. Modos de solicitação 230 10.4.3.2.2. Modelos de resistência residual
'3() \
9.2.6. Teoria da densidade de energia de deformação 234 10.4.3.2.3. Modelos de dano progressivo
30.
9. 3. Aplicação da mecânica da fractura aos compósitos 236 Referências
9.3. 1. Fractura intralaminar 237
3\ t
9.3. 1.1. Factor intensidade de tensão e taxa de libertação de energia 237 t 1. ENSAIOS MECÂNICOS
3 1t
9.3. 1.2. Processo de rotura micromecânica em compósitos 239 11.1. Introdução
3 12
9.3 .1.3. Teoria da densidade de energia de deformação 241 11.2. Ensaios de tracção
1(,
9.3.2. Fractura interlaminar 243 11.3. Ensaios de compressão
3 II
9.3 .2.1. Obtenção da taxa critica de libertação de energia em modo I 243 1104. Ensaios de corte
1 O
9.3 .2. 2. Obtenção da taxa critica de libertação de energia em modo II 248 11.4.1. Ensaio de tracção de laminados ±45°

vii
VI
II ,d, • I ', IIHII ii di' 111 11 ~111 1 di' 11111111 11 11 11 IIII d I I I I 11 1111 II I II" \ 'I
I I ,01 , \, 1(11 1\ II ~ di' 11 111 Iii 1 1" 1111
11 ,11" 1, 11,11 11 11,, I" dpl 1'11
11 ,11" , 1(1\ lIl!! li 1<l 1 ~'I1 " II pltl 'II I
II A ,!) , HIl Hldo ~I I ()I'~:I \l li ' lul)O li ' pu r IlIlltl
V' /)
I " • l!1I ,lo d n x ti
,I 7
1/ ,lI , M dl ~ Q d a s pr()pl'i ' d a d cs II U dil" 'ç Q d a eH )) NS lI l' U
•:W
I I. 7, li.. ",tlN de ft'uctUl'a
33,1
11 .7. I. M d o I
11 .7 . . M odo II
11 ,7 . . M od o misto I-II
11 ,7 ,1 , r aminad os multidireccionais
H, /, " II I,
340
Ilc l,l( I( 11M MATE RIAIS COMPÓSITOS
345
I I. I I, II", \J) lJ'ufu sadas e rebitadas
346
I
346
tura 347
349
I j I "Indus
352 II III HII'flui " compósitos iniciaram a sua caminhada de sucesso em m eados do , ~ 'ulu
I I, " I, ( :nro tcl'Ísticas 'II II , 'm dia nte a su a expressão industrial não mais parou de crescer. D esd ' lI !'1il\ol
352
I " ,'I , PI' ccdimentos de execução de uma ligação colada I IlIpl \ , lI cilizados quotidianamente por todos nós, até aplicações em estruW l'1l
354
I I,' , }. T ip s de adesivos
356 , Il ll If H ll'\ ' l'ltC para a indústria aeronáutica e aeroespacial, os materiais com i l , ilo
l :.l, .II. M odos de rotura
361 III IIJ um. li tualmente um lugar destacado entre os materiais de engenharia. Isto d ' v ' fi '
I , . . M od elação
363 11 111111'11 111 cnte às vantagens que possuem relativamente aos materiais tradicio nai ,
I .2 .6. Regras de projecto de uma ligação colada
366
, I, Llgnções por fusão 11 11" Hl q uais sobressaem a facilidade de processamento, a elevada rigidez e res i s t ~ 1l 'il\
367
J{ h I' n las III l' ni '1;1 e o b aixo peso específico dos compósitos d e matriz polimérica. P or ' 0 11
368
"l lli nl . são eles o objecto de estudo neste livro.

( l p l'i n eiro capítulo apresenta exemplos particularmente significativos da aplicaçiJ o d '


1'1111 ·dai compósitos em diversos domínios e descreve as características dos co.mai lll
Il l l ' principais, com ênfase nos tipos de fibras e de matrizes mais utilizados. Um fa ' LO I'
II ' 'il-livo n a disseminação dos compósitos é a existência de técnicas de fabrico q ue di o
III' projectista uma enorme liberdade de concepção e a garantia da competitividade lo
pl'O lu to final. As técnicas de processamento são por isso descritas detalhadamen tc no
I ' ' pí lUlo 2.

( ) capítulos 3 a 7 tratam os aspectos essenciais do comportamento mecânico. ON


111 11 'criais compósitos de alto desempenho são frequentemente constituídos por várill N

'umad as reforçadas com fibras contínuas. No capítulo 3 são formuladas as relaçõ '
' fure tensões e deformações da camada, tratada como um sólido aniso trópi '\)

vII I
, II 11111 11 111\1 111111 1111 11 (' II ' I'IH III III! Il l'III IIPl l' ' 1\ ln
('II , II thllllll' I II I 111111111 I ~) , d 'di 'II I1I 1 I III~'I ' II 11 11111 .1111 11111111'1 III , IH' V ' I"dl'
dI! !l IIIJl OII IIIII ' 111 11 III \' 1\ II I ' ([II ' I 111111 11 11 '11 I' I I' I' 11 11 III I l O 'I'lp i ' I, "hJ ' 'l O d\! I I 11I1t1l 1111\1" Plldl' til' 'I 11'1I't.( 'I I II dlVI I 1111111 I llIilll~'(k II III dltl!
IIl m l ,lo IIti '1'111 11 '('1 1\1 ' I) 'III ' I o IIp)' , '1111 lo 1 0 'IIJll ltl lí I" 1(' 111 d o , II 11 11[111' ':t.1I t """!lI ti l' I H '~II, I' '~ll d ltm d l' dl' )liOlllllhilldll I , 111 1 I' 'ltl l't.l\~: II I ' I' '''"I' I~'l ' , NII
II I 1i11l~'I' IJ lnd'u.uJwi ' r 'hltll ln lnl '1'l'Wl1l l'll1 n 'Olltilllli Il\d '
1111 1'01 ' 11' I L10 II lv'l JlIi '1'0 '<'> 1 i 'o '. I' 'S J)OI; l v ' I I ,1" 'X i Il l'ln ti • Vl l'ill 111 \1 lo d '
1111111 11, () ' lp/lid o ubol' lu I l" 'ÍtIlIl1I 'nl . LI pI' 'vi lo lu rotul' lI li I 'l1 l1l Udll, 1IIIII "do I · hl Vl lI ' ' '1\\ Illl OH I ) '1I 1i1,U lo ', POf' ' ()I I I;' 'uinL ) II UIT\ '11"1 I IlI'till.l II
I 1'lI lld ' '0111111 'xidllo' , 'l:ndo ti utilização LI ' lihl'U H l:O l1linllllH f'ul1dull1 '01 111 I UI'II II 11\ II I /J,I I~' ll ' ('ollldn 'om ud 'sivOi:l Ci:llfutul'uis,
111 111 I I~' o ti ' 'I 'vudas pr priedades mecânicui:l, (,:Jn 'rca til lica ' 'S I I' 'vLdi: " JT\ li
1111 lid" I , I ' I 1'0 ' 'ssamenc e o menor cu t dos c mpósic s di: f'i brus 'urcus, s rUI - este livr des reve decalhad af'l1 ' 111 'l) '0 11 1
li 1111 1110 lo H' U 'o mportamento micro e m acrom ecânico são tratados n capítulo 6, , I II 11111 11111 III " II! 'o '\l, mod 'l0" usados para O álculo de estruturEIS ' ompó ltll ,
1I IItI I "lIn lUlu que a rigidez e a resistência são muito inferi res a da camadu I I II I I ti · 11111 li lll\111 que é d i: relevân ia creSCente para os pro liHRionui li 1\
Illlidlt II 0 11 11 1 ti ' m l'<lS contínuas na direcção longitudinal. Porém, os laminad S 1111 I 1111111 1\ M " ni ' 1\, ivil Aero náutica e o utra afins. De fa tO a ti:J1'llhi 'II II I
\111 ii II I I 111111 11(1 1' 'i'j 'ntam propriedades na direcção transversal relativamenw III Iii I II II III IIIPÓ Í10H 'onsea actu alm nte dos planos de estudos das li 'cn 'ill l III' 11 I'

II I II III ~' \0 PUI'll ':;te problema passa pela utilização de laminados constituíd s I I 1111 '11 1111 111 1 11 11 ILI ,I 'H d 1111nios, A profundidade com que os as untos 5< O lJ'llllldo
I " ' I 11111111 IlIlI dif"r 'nces orientações. O seu comportamento é descrito habitual- II II I III " '(l n isl 'nL' m a exigên cias d e uma disciplina d e mestrado . Todo (li
III 1111 I" iii 11111 1IIi'I i 'II dos laminados, apresentada no capítulo 7. 11 1 111111 I III 1 0 1' hase uma revisão bibliográfica extensa da literatura interna ' jon d,
1111 lIillldll1I 1'ligo" ,i ' ntí:fi os nas mais prestigiadas revistas sobre m ateriais COmi ó.' Ilo ,
I ,1111 Iii III tllI ' 1'11I\;OH mecânicos, os materiais estão geralmente expostos a I'li l 11111 111 lid o, 'sec livro pode servir d e base à leccionação de disciplinas q u ' 11'[11 ' III
ti 111111 II ti 'o1l1p6sitos a outros níveis. Assim, para uma disciplina de introdu üO LIli
! IIlI d II! 14 di 1"llIl llIlI le c temperatura que influenciam o seu comportamento, O
I 1111111 "" 1,1111 111 Idl) ~ efeitos higrotérmicos assume particular relevância nos com- III iii I II ' riio ú teis conhecimentos transmitidos nos capítulos 1 e 2. Além IiHHO, (lI l
1"1 III til 1I 11l1'lz I o limérica, dado que as matrizes têm um carácter acentuadamente I l il l Ildll , /I" I ) 0'1:.2. 1, 6. 1 e 6,2.1 proporcionarão um entendimento básico d corn l III'
'I I III III 11111, qu' s(,: manifesta por exemplo em fenómenos de fluência e relaxação. 1111111 11111 IIl ' '~lli co. N o caso de uma disciplina de materiais compósitos d e licen iUIUI' I,
I ( 1\ li II III OM BlO objecto de estudo no capítulo 8, II I 1I 1t 1~' 1I IUIn-lle os capítulos 1 a 8 e 11.1 a 11.5,

() I I11f41 (JS no meios computacionais de projecto e as eXIgencias crescentes de I" 'I II'UC':UO d este livro assenta evidentemente na formação e na experiên cia d • l11:d
'!1I III H' lltlvidude económica têm diminuído a margem de segurança no projecto de til 111111 li ', ada dos autores em materiais compósitos, De facto, sendo todos licenc ia I(lr
I' II 1I111 I'U , Em muitos casos,' é actualmente admissível a presença de defeitos, desde I tllll!lund em Engenharia Mecânica, os seus trabalhos de doutorament 1'01':1111
11111' I li i evolução e efeitos na resistência possam ser previstos no sentido de evitar a til dll'l ld oH hl d iferentes aspectos do comportamento mecânico de materiais comp siw ,
1'(lIU I'U 'ucastrófica. Isto constitui o dominio da Mecânica da Fractura, cujas aplicações 1'11111 1.1 "111 da experiência na leccionação de disciplinas sobre compósitos, os autor'
1111 'Ol11p itos são apresentadas no capítulo 9. Por outro lado, a natureza laminada dos \I III I 111 bém realizado vários trabalhos de investigação nesta área publicad S ' 11\

't) llIpótlitos de elevado desempenho gera um conjunto particularidades no seu compor- 1\ V ii lItl ientíficas internacionais, Os autores têm também em comum o facto ti '

I un 'mo, de que é exemplo significativo a sensibilidade ao impacto, Estes aspectos mais !lI ' 11\ sido alunos de licenciatura e de doutoramento de António Torres Marqu '1'1,
IIVllnçudos do comportamento mecânico são analisados no capítulo lO, PI (lI' 'HIi r Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade d o P no,
I ) 'p lrcamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. O Professor António
1\ aplicações estruturais exigem um conhecimento preciso do comportamento mecânico 'I'lII'r 'i:l M arques tem tido um papel preponderante no desenvolvimento de trabalho,
los materiais, que é geralmente obtido em ensaios de amostras. Há actualmente um II ' investigação sobre materiais compósitos em Portugal, sendo reconhecido actu'tl-
'onjunto significativo de ensaios que são objecto de normas internacionais. Porém, como III 'oce como um dos grandes especialistas mundiais na matéria. Os autores querem
1')"1 ressar um voto de agradecimento ao Professor António Torres Marques pdil
v ' I' ' mos no capítulo 11, subsistem dificuldades importantes na determinação de várias
v 'I'lentes do comportamento mecânico complexo dos compósitos. ('" luboração prestada e pelo interesse na investigação que lhes incutiu ,

X!
Capítulo 1
Introduc-
. •. , .
materiaiS c~mposltos

1.1. Perspectiva Global dos Compósitos e suas Aplicaçõ

Um material diz-se compósito quando resulta da combinação de dois ou 11) I


materiais distintos. O exemplo clássico e mais vulgar são os compósitos fibrosos) i I I)
é, que resultam da dispersão de fibras num material aglomerante, que se designu p l ll
matriz. A incorporação de fibras para melhorar as propriedades dos m aterilli
tradicionais começou nos primórdios da história da humanidade. Um dos primeiro
exemplos, referido no Antigo Testamento, são os tijolos de argila reforçados com fibrll
de palha. Hoje em dia, o conjunto de materiais que se adjectivam de compósiwfl '.
muito vasto, e vão desde o vulgar betão armado até aos compósitos de elevado d s ' 111
penho, à base de resinas de epóxido reforçadas com fibras continuas de carbono.

Uma das razões principais para as excelentes propriedades dos compósitos resulta lo
facto de as fibras apresentarem propriedades mecânicas muito superiores à do
materiais idênticos na forma maciça. Isto foi pela primeira vez demonstrado por GriOiLh
[1.1], que constatou que, na forma maciça, o vidro possuía tensões de rotura de cer 'lI
de 170 MPa, enquanto fibras de vidro com cerca de 20 flm de diâmetro alcançavalll
tensões de rotura de 3500 MPa. A tabela 1.1 apresenta propriedades de algumas fibra ~
bem como de materiais na forma maciça, ilustrando de forma clara a importância do.
fibras na obtenção das elevadas propried ades mecânicas dos compósitos fibrosos.
r III II. 1.1. / ' III JlI /1I 1I1I1I11 j 1111 """I j " II" III l/I I/I/ "I III 11111111 " "II" " , 111 "11,'"11" II" II 'lI I II.:lJ. 'H II " ~' IO ! "pl"I' Il'"11 " , .1 1 111 1 I 1 1111'11 1 ,IIIIIIII"I! dll vl lI !,'d\(1 ,' !'l'I"v lllllld,
M6du'od 11o,,~ 01"1 1. , MI.!IIIII I( HIMI " III lIp li ' Ü(,:( • ti ' llI lÍ H to 'O IIlP Ú I II
M'" 1' 111 ' IU8L101dud " I' ( ~ ~Id,,, ') '-I" ,
/Ih II, ,'H Il" 1/1 n,
11(01"11) I II (J/p __
II/brll.: orno é eviden te, os mUl 'dllí ' 1IlillHI 1111 1111" 1' "" ul lttn 'iuJm'nl ' () I lU' "
V drll Il 72 3 ..5 ~. ~ ti . I. 8
Vldr,) :-; 87 4. 3 2 .49 J .0 1.70 op ções qu e e colocam aos I ro; " ti III l' l ' lI f ' IIh " 1'0 de muteriai L1.4 ] , (\ 110 1'111 11 11'
(P/cch CP-
( " ,,'1 0 11<) 690 2.2 2 .1 5 21 1.00 com toda a n aturalidade que S 11 UI 'I'i li 'ol11 póHi LO se encon tram diss 'minLl to 111 \I
.IIrlloHo (PAN C 345 2.3 1.85 186 1.24
iloro 393 3.1 2.70 146 J.l5 diferentes áreas de actividad e que inclu em ind ú 'trias d e grande exigêllt:ia 'vi h ll
,'iii II 72.4 5.8 2.19 33 2.65 dade tecnológica como a aeron áutica e as indústrias espacial e d e defeso,) llll IlU ll' I
' 1'1II 1f1111 1110 414 4 .2 19.3 21 0.22
I hll l/I,) 240 1.3 1.83 13 1 0.71 como os transportes (com particular destaque para a indústria automóv -) , lI!'''!,1I
I' " ~ " ,,'I III 13 1 3.6 1.45 90 2.48 desportivos, componentes eléctricos e electrónicos e a construção civil.
MlIl 'tlu/ b 'onvêncion ais:
1\\ ' I 2 10 0.34 - 2.1 7.8 26.9 0.043- 0.27
I IWIIH li A I 70 0.14 - 0.62 2.7 25.9 0.052- 0.23
V" ' II 70 0 .7 - 2.1 2.5 28 0.28 - 0. 84
' I " " l flM l I) " 350 1.1 - 4.1 19.3 18. 1 0.057 - 0.2 1
I/ l "'u 300 0.7 1.83 164 0.38

II " II I' do I Up ,I fu ndamental no desempenho dos compósitos, devido à pequena


! l,\' ll0 I' 'HiHI 'nu.:, as fibras não podem ser directamente utilizadas em aplicações

II'UlllI'lIi" k engenharia. De facto, cabem à matriz as funções essenciais de dar


141 111 111 'S l.úve! ao compósito, de assegurar a distribuição eficiente de carga pelas fibras
I ' li ' pro! ' er as suas superficies. Os materiais compósitos podem classificar-se segundo

V{, I'iO H ritérios, sendo precisamente o tipo de matriz um dos mais relevantes.
I 'nu '1110 então distinguir compósitos de matriz polimérica, metálica, cerâmica e
'llllent sa. A facilidade do processamento e a baixa densidade dos polímeros fazem
'(lm qu e os compósitos de matriz polimérica sejam actualmente os mais importantes
l'1I1 termos de desempenho e de campo de aplicações. Por conseguinte, são eles o
obj 't:to de estudo neste livro, em que se adopta uma perspectiva de caracterização do
'omportamento mecânico, tendo em vista aplicações estruturais e semi-estruturais.

A$ fibras mais utilizadas em compósitos de matriz polimérica são as fibras de


'urbono, de vidro e de aramida, cujas características principais são descritas nos cJ dI
'HI itulos 1.2 e 1.3. Por seu turno, as matrizes podem ser termoplásticos, como o Figura 1.1. Apli cações de mate riais co mp ósitos na ae roná uti ca: aI he li có pte ro Bell modelo 430 qu e utili z,
po li propileno, poliamida e o poli-éter-éter-cetena (PEEK), bem como resinas ma teriai s co m pósitos nas pás e no ga rfo qu e as s us te nta [1 .51: bl o des ign apresenta do pe lo pequ e no
/ 'J'l11oendurecíveis de poliester ou epóxidas, entre outras, conforme se verá no aviã o M309 seria impensáve l de rea lizar sem o rec urso e m gra nd e esca la a os materi a is compós itos [1.61:
\''' 1 ílulo 1.4. As fibr~s e a matriz podem ser pré-combinadas, dando origem aos cJ C-17 Glob e ma s te r III qu e a prese nta partes importa ntes da estrutura e m materiais compós itos [1 .71; di Son/c
I'lll unados semi-produtos (ver capítulo 1.5), que são posteriormente processados para cruise r. avião da Boe ing e m dese nvolvim e nto qu e a presenta rá 60% dos se us materiais em co mp ós itos [1.81.
II ohl 'nção da peça compósito final mediante técnicas descritas no capítulo 2.
I" " " IrTlente, no capítulo 1.6 faz-se referência a um conjunto de aditivos frequente- Na indústria aeronáutica os desafios tecnológicos são permanentes e a sua especiJi ,!
I II ' III ' presentes nos compósitos, tendo objectivos tão diversos como diminuir o dade resulta de ser um tipo de produção em p equena escala, em que os eleva lo
I II 10, uumentar a tenacidade ou melhorar o comportamento ao fogo. Para concluir custos de fabrico podem ser compensados por menores custos operacionlli ,
I II I ~1I 111 II' VWllJ ,'I lo I , 'l 'vlIl lo dI' 11111 11111111 III I \111111 , 1IIIId 1111 '111111" '1It ' ú bns ' A IlIdú ii i' I ' l U 'ill l " 1111111 II d I I \11 i 1111111 II ti l 111 11 11111 IIIIJ III III ' I I 'vl ll l I
d., f 11 m ti ' 'UI hOIlO , urUI1 ida, hlhrl lo I , l'1I 1hlllll1 11 1'11 1111.1 11 III " li hl lHl <./(; I oro em 'vl d t'11 dll 11d o U, ))111 -11 '1II IIdllll .III 11111 11111 111 1111'11 III , () 'II 10 ' llI '0 1111 )1 1 I vII
II pll '[1\:1' Jl1uis 'spt:d li cas. j' ' LÍVI) " 'II ii II I' • 11'IIIIII'tt ~ (1) I , a elevada 1I111' iI 0 10 ' lÇt { (,!n1!'l1'! i l ll d 11111.1'1111 I I 11111111 11 I I 'v lul i II O I ,lo qll ' )11 11\11 11 1
'Ime 'Ui.ea e a grande leveza 8 ' t\ O ' 1111 II 1I11)U ' 1)t)f1'l'\' liberdade de IlI lIh o ' I peso é Ll m I'lI ' IOJ ' d, I II III I 1'\1 1111 , I\ ljlllU UH unc n1:,; in ' 01'(l Ol'lI III ( ' III
I II I\(' 'I (,:10 Ic I rod uto . A figura 1.1 mostra exemplo ' ~LI ' ilw;Lnlm estes princípios. v 'i 'ulos espaciai, qW,\fl lo 'X IHI III dll '1Il Ill 'n[ ' aos rai S s lares I) "H. hUIIl II ,
IHtl nter a sua estabilidade dim '11 iouul p uru Ht: obter um bom d esem enh o no ' Il V ti
1(1 111 II'U) • 'l<'Iria d s materiais compósitos na indústria aeronáutica iniciou-se por volta tI) sinal. A utilização de eS lrulu rus de arbo no-epóxido, que p dem UI r '1-1 1' 111 111
.III 11 111\ ()O . ' ílo de realçar aplicações em aeronaves militares, caso da cobertura dos , eficientes de expansão térmica nulos, são particularmente útei para eSI:l ' tiPII d '
I "1111111 ~ lI d () l' 'H horizontais dos F-14A e, posteriormente, por ordem histórica, nos up licações. A figura 1.3 ilustra o lançame~to do Space Shuttle Atlantis, um 'x ' I11JlI II
I 11111 11111 111 1 ' v ' nicais e leme dos F-15 e F-16, cobertura das asas dos F-18 e, final- de utilização diversificada de materiais compósitos.
1111 111 1, II II ('o ll1ll 'ca, estabilizadores e parte da fuselagem exterior do AV-8B [1.9]
f 11' 11111 I ' ) ' 1'111111-)'111 na aviação comercial a utilização em larga escala de materiais
111 1111" 1 illl l 1111 I' IrUlLIras contribui para uma redução significativa de peso, permitindo
Iii II 111111111 11111 lIum 'oto da lotação dos aparelhos e, consequentemente, uma maior
/I 111 11 1ti l II 1111 , II li ' IIS li iferentes empresas não podem descurar num mercado de forte

111 11111 11 ' II III , A 'Hll'ulura típica de um avião pode representar até 30% do peso total,
I 1It111 1111 111 ' \l/l S 10(% corresponde a peso útil efectivamente pago. Tomando em
11 1111 11 11111' Ivio 'H merciais como o Boeing 757 e 767 incorporam apenas 4% em
11\ II li I \l llll Ó"ilOS avançados, percebe-se que o campo de progressão neste domínio
111 11 111 "

Figura 1.3. Spac e Shuttle Atlantis [1 .14].

Na indústria automóvel, o constrangimento de custos com que se deparam O


construtores determina que a produção se faça adaptada a elevadas cadên iU H '
baixos custos. Assim, os compósitos de matriz depoliester e reforço em fibra de vi 11'0
a) b) ocupam um lugar de destaque . Nos anos 30, a Ford iniciou a aplicação de m at(;rioi
compósitos em modelos seus, embora o maior sucesso conhecido seja a realização d .
uma estrutura em fibra de vidro para o Chevrolet Corvette em 1953 (figura 1. 4) .

c) d)
Figura 1.2, Aeronaves militares com aplicações s ignificativas de compós itos:
a) F15 [1.10]; b) F16 [1 .11]; c) F-18 [1.12]; d) AV-88 [1.13].

Figura 1,4, Chevrolet Corvette de 1953 [1.15 , 1.16].


( I 11 11\1 1111 \ 11 do LI ' li ' lLI ú li ~ ' lr
1111 1' 111 tio ' II dll" 101 It II 1'\1 I 1111 1)1 111 11 • II 111111 ,, 111 III • .II 1111111'1111 "l' 1'111 I' " 1\(' 1111 1111
111111 11 II I(II~' j) '1'11111 '111 rcduções 11111 IIlllll l' III O III I'i~id ':t, 11)1' loou l I 11111111111 1111 1111 "" I 111111 " "I ti ' dv I I' \dll~'I\1l di'
pes . ontud , a adcSt o l l ' II 'II I · JlI 'odll~1 o I 'senvolvidas P ' 11 , 1\ 'vo lu 'l O l " ull lól 'II II II )1111111 1 11110 IlII II"H 'Olllpon 'lIl ' l\l1'l\ lll ' 1111
'Ii 'tln ' I1 CC pura s materiais compósit s ti Ou uqu " III dll 'xl ' 'tuuvas 1111ClalS, o II " iV1I11'I ' I1L ' !lubsLiLUiul) ))lll' '11 11'1 1(', 1111 Ilti , d ' 'II rl){l 110 . I; ·hll Hi MP'I li
qll ' ' I' ,/1 • 'lili naturalmente num crescimento mais Iene do número d e aplicações. \llili~lld( s p ' l<1 Mel aren cm I ' 9 1, I) W ' ' 1llll Vll lll " r c lI de 7 'Xl do H' U I • ) ' III
NO I 0, assistiu-se a progressos substanciais que tornaram as técnicas de 11l1l1 ' I'iuis comp6sitos. Accualm 'nL ') ' OIl S 'gu ' m-se atingir percemageJ1R ai l du Il lll lt
I'IIHllly !) • mpatíveis com as necessidades da produção massificada característica da ,I ' vlIc.hi S o que diz b em das potenciali lades re onhecidas a estes materi ~üs II .( I,
Ild t't l!'iu IIUlom6vel. A Ford, por exemplo, demonstrou que a moldação em grande
I I ltl lI I · " f ' li de meia centena de peças a incorporar na estrutura de um seu veículo

1'"1f1l11 IO Il IlVII uma economia de cerca de 60% relativamente à utilização de chapa


I lIdllll ti I, () pl'ogresso conseguido, ano após ano, torna mais próximo o objectivo
di 1'1 1 1I 1t1 ~ I 1I11 1om6veis em materiais compósitos ao mesmo preço dos que são
111 1111111 dll 1'\)1 11 J110ccriais metálicos [1.17]. Na figura 1.5, por exemplo, pode
"I. I I VIII ii 11111 Illod ' lo actual onde se introduziram diversos componentes estru- Figura 1.6. MacLaren MP4-1 de 1981 [1.191.

I III 1111111'1 III 'ol11p6sitos.


No domínio dos transportes é de salientar ainda outros exemplos paradigmáLi '0 1 ,
Barcos, comboios, novos veículos em desenvolvimento, movidos a energias alterntt ti v I
(figura 1.7) são áreas onde os materiais compósitos desempenham papéis releva nl 'H,
com tendência clara par~ aumentarem a sua influência.

Figura 1.5. As:o n Martin V12 Vanquish com indicação de locais la verde )
onde se utilizaram compósitos de fibra de carbono [1.181.
a)

I\l n lu n<1 indústria automóvel, mas num sector muito mais restrito como é o da
VOl11 p ,tição, o custo final tem um peso bastante reduzido. O desenvolvimento de pro-
IÍl tl, oS onde são testadas soluções inovadoras pode gerar uma vantagem tecnológica
I ' 'i, ivu em relação aos concorrentes. Até ao início dos anos 50, todos os chassis
II ' l' l1 vu lvid s para a fórmula 1 eram feitos com perfis tubulares de alumínio, sendo
I) 111 11110ll oco revestido por painéis de alumínio. Por esta altura fez-se a introdução de

111111 1 Ó ilos Ú base de fibra de vidro, com fibras aleatoriamente distribuídas numa
c)
111111 1''1. ti ' policster. Estes materiais cedo se revelaram uma solução técnica e economi- b)

111 111 \ II I ' lnl 'res ante, tanto mais que se adaptávam com facilidade à produção de Figura 1.7. Aplicações de materia is co mpós itos no domínio dos tra ns portes [1 .20):

1'1 \11 '1) 111 I' 'ometria complexa. A sua utilização manteve-se até aos anos 80 quando a) ba rco; b) veículo solar; cl comboio de alta velocidade.

I 11111111111 II M 'Laren international, a primeira equipa a introduzir os compósitos de

11 11 ii 111\1 1111 'II lllmi.. do modelo McLaren MP4-1, ilustrado na figura 1.6. Na opinião A indústria de componentes eléctricos e electrónicos representa actualmente cerca de
I ' ,1)1" do III ' I' 'lido ti ' Il1 uwl'illi 'OlllpÚ IIi II 111 1' 1,11111111 ii I 'I (' 111'111 I , li' 'Uftln çO
, -lu ' IO!l1l III ' Olll iHOlulI1 ' I1W 'I - ' l ri ' O JlII l " '11111 II 11 111 di 1I1I11\\l lnl 'lllllPÓfiitos em
V III O 'OI1l)X)/l'nlCS, c m blindogens 'ir ' ullo i lllll1 III \III 1)1 11 'IIn, , A figura 1.8
III II'lI nlgul fi cxemplos de aplicações 'neste domínio, Oll.l!'llH npHr..:uç cs comerciais
dpl 'Ufl Kão u produ ção de artigos desportivos (figura 1.9).

A g 'o 'n llização das aplicações em áreas tão díspares tem contribuído significativa-
III ' 111 ' r ara a redução do preço dos materiais compósitos e, consequentemente, para
II HUll 'xpansão, A provar que as propriedades mecânicas apresentadas concorrem,

' O Il1 rande vantagem, com os materiais tradicionais de utilização estrutural está o ai bl
' ,
,' . Iol'c,;o de olunas de pontes em regiões sismicamente activas, como a Califórnia e o Figura 1.9. Aplicações de materia is compósitos em artigos despo rtivo s: a i garfo de bicicleta qu e ulll lll l
J lI PUO, ' f'C rrendo a compósitos de carbono/epóxido (figura 1.10). com binações de fibra de vidro so b a forma de e ntra nçado e fibra de ca rbon o [1. 21]; bl raqu e tes de t l1i I D~ I

ai bl

Figura 1.10. Apli cação de ma teriais com pósitos e m pontes [1.51.

1.2. Reforços

1.2.1. FIBRAS DE VIDRO


cJ di
Figura 1.8. Aplica ções na área dos componentes eléctrico s e electrónicos [1 .51: ai circuito impresso com aplicação As fibras de vidro constituem o tipo de reforço mais utilizado. A técnica mais cornWll1
de uma res ina de e póxido re forçada com fibra s d e vidro; bl cablagens em fibra s ópticas; cJ torre de distribuicão de para produzir fibras de vidro é o estiramento de vidro fundido através de uma ii 'j ,' I
ne rgia e léctrica co m perfis pultrudidos; di tambor de máquina de lavar em polipropileno reforçado com fibra ~e vidro . em liga d e platina-ródio com orificios de dimensões muito precisas, conforme ilwlIl lI
a figura 1.11. A temperatura de fusão depende da composição do vidro, mas r 11 lu
normalmente os 1260°C. As fibras de vidro são sujeitas a tratamentos superficiai,
saída da fieira, que variam consoante o fim a que se destinam: um revestimento t xII I
para o fabrico de tecidos sem risco de danificação da fibra; um revestimento plásli ' \I
para permitir a compatibilização da fibra com as diferentes matrizes orgâni 'II

8
I 1 I I' III I'I, ()I" V ' tilll 'll(Opili 11 '0 ' 0 111 " 111 1111111111 1 111111111111111 di 11111 11 :
I ti 11'11 I li vi 11'1 )
iiI) d III II I ' II li II I 1 I 1 I"" 11111 11111 II,' / I. '( ), 'q 1111 II II I" I II
) 11111 I l~li lll ' III ' P ' nlli1 ' muol 'I' OS litulIl ' UI O IIlI ltll l I I Vl l ll lld " I' lllilVi lll ' lHO relativo li , 1!" lIl l,:ltO HC I ~ ,10 I I()() li 'I. I I' 111 1 II 111111 11111 I ' ollllllllll d • Vl dll l 1\
11 111 11111 , II
I' 1111'11 /'11 10; <lI'! ligam's são co nsrilUíd os J 01' !l U P ' II / ( 1)11 IIlId ti ' p()Ji ~i(;(;tato de
\ 11111 um li m ' Lrt) 11 Qmi ll ul t · I f I 1"11 '11 111 11111 P I I) li · ,O, I'Ll1111 14 pOr' 'lI d ll I ()()()
vl ll ill), I' 'si nu s tI!; poliester ou epóxido;
1I 1l'II'O . OUlra ~ rmu d t.: 'l u:; li 'UI,:IlO II I t '/,11 I) 'IIII~: ' ln I , "'a ". II:lC' ct:l'mQ I , 11' 11 11 Il
) 11111 II!', ' 111 ' Ic ade ão à base de compostos orgânicos de si lkio c m o objectivo de
II ' () d ' 1000 metros d e um fio '0 11 11 II I (I IH)I' lIpl'oxirnadamentc 200 I.i l u I11 ' III (I I ,
adt.:Rão fibra-matriz de resina;
III ,II I li I' LI
" '(\ undo esta terminologia, a d Si l'l1U <,:l U unl 'I"ior, orresponderia a um fio ' 0 111 lIlll
) II III hlhl'ili 'ante;
'n,' de 40.
) 111 1' 111 ' Ullli-t.:titáticos e/ou agentes de impregnação,

Ligante 1.2.2. FIBRAS DE CARBONO

Fi,"" I Existem dois tipos de fibras agrupáveis no termo mais lato de "fibras d e carbono" : I

~~
Tanque libras de carbono propriamente ditas, com percentagens de carbono entre O ,() 1%,
. as fibras de grafite onde a percentagem de carbono chega aos 99%. Estas são UI I
FiI=,n", 'udas em compósitos de elevado desempenho mecânico, em áreas como a aeronulId ' II
['~~-' .J
,~-,_ I
, li indústria espacial.
Cordão Aplicador do ligante

mm Enrolamento I\. tecnologia mais recente para a produção de fibras de carbono centn l-!;' II I
Iccomposição térmica de vários precursores orgânicos, que são essencialmenr LI' :
Figura 1.11. Representação esquemática da produção de fibras de vidro.
li celulose, que dá origem às chamadas "rayonjibers", o poliacrilonitrilo (PAN) . o

alcatrão ("pitch"). Os precursores devem possuir algumas características especí li 'u ,


• " /-1 111 111 0 '/'I ludos recentes, o teor alcalino é o principal responsável pela resistência ao
Lais como:
'II V% 'im 'mo. Fibras com teores alcalinos inferiores a 14% apresentam alterações
I possuir resistência apropriada e características de manuseamento necessárias plll'll
III ' 1)(1 II i rnifica tivas em contacto com agentes atmosféricos ou químicos particular-
manter as fibras juntas durante todas as etapas do processo de conversão em carb nu ;
II I l ' lI I ' desfavoráveis [1.23]. Assim, a fibra do tipo A, fortemente alcalina, foi sendo
) não fundir durante qualquer etapa do processo (para isso deve seleccionar-se lIlll
J)l'lIgr 'ssivamente substituída pela fibra do tipo E, um vidro de borosilicato com baixa
precursor não-fusível ou estabilizar o precursor termoplástico antes do proces:> I ,
1" lI l1lidad e de compostos alcalinos, que apresenta boas propriedades eléctricas,
conversão);
III ' ' ll1icas e químicas, Actualmente, pelo menos três tipos de fibras são produzidas
) não volatilizar completamente durante o processo de pirólise.
1)1 a forma de fio, casos dos tipos E, S, e R. As duas últimas são produzidas a partir
ti ' vidros de alta resistência e são muito aplicadas na indústria aeronáutica. Na tabela
Os diferentes precursores conduzem a fibras de carbono com caracteristicas mecâni 'II
I , são indicadas algumas propriedades que podemos encontrar nas principais fibras
li ' vidro. distintas. A produção a partir da celulose, que foi o primeiro dos processos utilizacl
conduzia a fibras com baixas propriedades mecânicas e caiu rapidamente em desui;o ,
Tabela 1.2. Propriedades de alguns tipos de fibra de vidro.
O método foi posteriormente melhorado e passou-se a obter fibras com proprieda I ..
Propriedade Vidro E
idênticas às obtidas pelos restantes processos. Contudo, são exigidas elevadí sima
Vidro S Vidro R
Densidade (glcm 3) 2.6 2.49 temperaturas na grafitização, tornando o processo muito dispendioso. As fibras bd
2.55
Módulo de Young 73.0 85.5 86.0 das a partir do precursor de alcatrão apresentam propriedades mecânicas ligciru-
Tensão de rotura (MPa) 3400 4580 4400
DefOImação na rorura 4.4
mente inferiores, embora, ainda assim, satisfaçam um largo conjunto dé mercad H,
5.3 5. 2
Coeficiente de expansão 5.0 2.9 4.0
como por exemplo, a indústria automóvel. Apresentam essencialmente vantag n.
térmica (J O·6;0C)
económicas. O precursor actualmente mais utilizado é o poliacrilonitrilo. O processo,

10
II
\' 'III ' 111 111 ' 11 111 ' III ' " 'Jll' ' nl tl d o 111 li UI 'lI 1. 1 j 1111 11 111111 111 II 'lUI OS: I '1111 " I'" ii. 1I11I 11.h ,,"11111111
I IIldd ll ~: () - I lib" UH tlHl uqu 'cj las tlcé 00 "<; l ' lll lI llI lIl 11 111 1 'l I l' lll oxi rénio con- I', iI]l.
""11 " IIIII'I! • 1'"./1" II "~'J1dll 11/ri'tlW"
lu ~I Jldo 1\ lilJ' ll1 uç{ o de li ma estrutura reei ular lu 'U I ,III 111 0 1 ' 'uI II" O o~ jectivo' desta --
I) ""I""d., (III, 111 '1 I II ' II L"
li, j ' '. upl'Í mil' urciu ialmente o pOnto d e fu são das fibras ' ) M6Jll lo", 11111 1/1 1111 11111 1111111111 4 1~- ('H()

TcnRI () ti · ,'o,"rll (M I 'III ' 11111 111111 l iI(lO J' 00 2070-2760


VII I hor\Iy.Ilc,:1 o - u adeia molecular é aquecida progressivamente até cerca de 11 00 0C
Dcformllç o 1111 r IIUIII 0.( I. J I - l. 0.5-0,6
1111111 l\ln1 de atm osfera neutra permitindo que apenas átomos de carbono per-
Coeficiente de CXpO I1H () -0,7,, -0, 5 - 1.6 a -0.9
111 111 ) 'VII I" no fin ul; as fibras obtidas apresentam boas propriedades mecânicas e podem térmica axial ( I O'~I" )
I I II f11 ld llll fi '111 pos terior tratamento superficial;

I III II I II~ 'v,lo - é um processo necessário quando se pretende obter fibras de elevado I\. fibras de carbono apresentam uma particularidade importante: n o semidQ k) li! i
1I11'ld l do li ' 'Inslicidade; em atmosfera neutra é feita a pirólise das fibras, obtendo-se lu u in al têm um coeficiente . de dilatação negativo ou quase nulo. A s ciad o. ii
11 111 I II'vlI(/ o I rtl u de orientação da estrutura;
1I1oceriais com coeficiente de dilatação positivo podem dar origem ao apare im ' 111 0
1 1111111 0 11 ' 111 0 up ·di ial- numa atmosfera de ácido nítrico ou ácido sulfúrico as super- I ' tensões prejudiciais na interface. Pelo contrário, conseguindo uma c nj u 'l i '1I1í
I, II , I II IIU I lili 'odas de forma a atingirem-se elevados níveis de adesão entre as fibras 'I'iteriosa entre a fibra e a matriz, conseguem-se fabricar materiais compósit S ' 0 111
I II 1'11 II I " I ' llIall de resina empregues como matrizes. 'oeficiente de dilatação nulo, o que é útil para aplicações no domínio da m eel' I 19l1l,
da óptica e aeroespacial.

1.2.3. FIBRAS ARAMíDICAS


Oxidaçno Carbonização

l 300'C -lo, r--~:


····l I" '.
i Grafitização
As fibras aramídicas são produzidas a partir de poliamidas aromáticas. A soluç5 I ,
.) 1-----1 Lf~; i
:
Oxidação
">, polímero é mantida a baixa temperatura (entre -50°C e -80°C), sendo d ep ois eX II'U-
j
I 11I"~ Oxigénio Gás inerte L- - - - - - - / . [ fiNo 'L. Elevada. resistência
3 I/~:,::.\
dida a uma temperatura de aproximadamente 200°C. Por este m étodo, a ca I ·itt
1\ rlilclI~
I '1 molecular é alinhada conseguindo-se obter uma melhoria das propriedades mecânica, .
\
'--_./ j As fibras aramídicas foram comercializadas pela primeira vez pela Dupont, em 1 72,
Igur 1.12. Processo esquem á,tico de obtençã o de fibras de ca rbon o a partir do poliacrilonitrilo IPAN). e posteriormente quer a Enke, quer a Teijin desenvolveram fibras similarcH .
Actualmente existem dois tipos, de produtos [1.25]:
'Ia 1.3 ilustra exemplos de propriedades mecânicas de fibras de carbono obtidas
I II l as fibras standard, tipo Kevlar®29, Twaron® ou HM.50® (referência utilizada p 'Ia
,, 0 1' qu alqu er um dos processos referenciados. As fibras de carbono são classificadas Teijin), com aplicações correntes em cabos, materiais diversos de baixo coeficiente ti '
VO III hase n a sua resistência mecânica e comercializadas segundo as seguintes desig- atrito e objectos de protecção pessoal;
II I V ) 'S [1. 24J:
) as fibras de elevado módulo, tipo Kevlar®49 da Dupont ou Twaron HM® da Enk '
) I rM (ulcra high modulus) para fibras com módulos superiores a 500 GPa; com inúmeras aplicações em cascos de barcos, estruturas de aviões, capacetes, coletcH
11M (hzgh modulus) para fibras com módulos superiores a 300 GPa e rácio resistên- de protecção balística e automóveis de competição.
'iu mecânica/módulo em tracção inferior a 1 %;
) 1M (iruermediate modulus) para fibras com módulos até 300 GPa e rácio resistência Apresentam excelente resistência química, mecânica, óptima relação rigidez-pe
Ic ânica/módulo de cerca de 1 %; boa resistência ao impacto e à fadiga, boa capacidade de amortecimento de vibrações
) fi bras d e baixo módulo, com valores inferiores a 100 GPa; boas características dieléctricas, elevada resistência a solventes orgânicos, com-
) I I (high strength) para fibras de resistências à tracção superiores a 3 GPa e rácio bustíveis e lubrificantes. Possuem também boa resistência a ácidos e alealis. O seu
J' 'sis tência/rigidez entre 0.015 e 0.02.
coeficiente de dilatação tem um comportamento idêntico ao das fibras de carbon
[1.26J, com as consequências que então se referiu. As principais desvantagens são a

I~
13
1111 II I I' i I II ' I I I L' II IIIPI" I~) ' l II 'x III II 111 1111 11 11 I ii 11.1 11 l' l\t 11111 IlItI ·
corte tiO 1.2.• U RO IP
III ri 1111 11 111', 1\ III LI 'HVUl1tu g '\1') '. nOI'l11 tlll' ' 111 \ III !til d ll I 11 111 I l iKII~:t (\ inLçlJacial
1' 1111 '1' 1\ I1HlIl'i :t. • II H libras pelo que se dcsenvolv ' 1' 1111 II ' I ' III ' 11' 1111111 ' l1l S super- 1\ I I UlIlll grlll1d • vori III k d · IlI lll I 11 1111 11111 111111 1' 111 ' I' ClllJ1I'l'l' lI ' ' 111 'HII'UIIII'III
I ,' dt III, Iii rt\~ ul'<unidica para m elhorar a ligu çt o inl 'l'Iil 'illl ' ti resistência à \ '11 111111'1 ilLl. , n ui l'ituriú1'l1 '111 ' LI lO 'l"tl lI II I - ' 1111 ' 1III tH ti · 111 ' 1101' 'xig ' 1.1 'iu , II I tl

II -llIl1 ll1 l1[ ' 1'l1, A tabela 1.4 ilustra algumas propriedades mecânicas características. II I I ' 'l11l0 <lH 'libras de l:l1l1i1ll1LO (111'1 1 - tt lt), i d, ptlllllJ1lidü ' c poliestCfc '

Tabela 1.4. Propriedades mecânicas de fibras aramídicas. Alllitlllto _ e uma fibra mineral, formada por um silicato complexo de c mpo i<':lll
Propriedade Kevlar®29 Kevlar®49 Twaron® Vllri(lv'l e possui como principais propriedades [1.28]: elevada resistência mcd ll1i ' II II
Densidade (glcm 3 ) 1.44 1.45 1.44 I '1Il1 eraturas elevadas, incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidadl.: H ')( 1
Módulo de Young 60 129 60 hilidade, resistência elevada aos ataques de ácidos, a1calis e bactérias, e baixo w l lt) p OI'
'J" nsuo de rotura (MPa) 3000 3000 2600 I 'r l1bundante na natureza. Como material para fins industriais teve o seu ap ' U JHI
Deformação na rotura 3,6 1.9 3
P 'dodo compreendido entre as duas guerras mundiais, tendo vindo a ,d e air I ,I"
,l)cfi icnte de expansão -2.0 -2.0
t rmica axial (IO· r e)
6 'ünhecimento de que estava associado ao desenvolvimento de doenças parucularn 'nl •
f ruves, como cancros de pulmão e outros tumores malignos.

I '/.11. I IORA DE BORO Sisai _ é constituído por fibras naturais com diâmetros entre 125 e 500 flm e com ' 011 1
primentos entre 100 e 150 cm, habitualmente. Como reforço em materiais compósiW
111I 11i k horo sã produzidas por deposição de boro em fase de vapor sobre um IIH suas propriedades estão francamente abaixo das que se conseguem com reforç I) ' 111

I I, di' 11111 / Il' nÍç) ou carbono, que actua como substrato [1.27]. O diâmetro deste é libra de vidro. Além disso salienta-se o facto de serem bastante higroscópicas,
II 111\ d I' I.. 111 C o resultado, após deposição do boro, é uma fibra que pode atingir

" 100 /1111 , As fibras de boro apresentam um módulo de elasticidade cinco vezes Polianridas _ são mecanicamente resistentes, tenazes e resistentes à abrasão, e basttlllw
11\1 11, )1' lO d il fibra de vidro mas são ligeiramente mais pesadas do que estas. resistentes aos solventes orgânicos mais comuns, a1calis e alguns ácidos , São p~ (h.~l­
I II 1:1.II 1l1- !l ' na forma de fitas pré-impregnadas numa resina de epóxido, fenólica ou das em filamentos contínuos e podem ser processadas em várias formas para aphcaço 'H
pull Ill kl u, P elo seu elevado custo, os compósitos com fibras de boro aplicam-se na indústria têxtil. Apresentam baixo módulo de elasticidade.
ul)l' lUdo na indústria aeronáutica. As fibras de boro também podem ser integradas
11 0 'io de matrizes metálicas para produzir materiais de utilização a temperaturas Poliesteres - As fibras de poliester apresentam propriedades semelhantes às p oli ami-
l"tritO 'Ievadas, Contudo, o boro tem o inconveniente de reagir com a matriz metálica, das excepto o módulo de elasticidade, que é superior. Os laminados com fibra ti '
tiL' Il'uindo-se, Esta situação é ultrapassada através de uma deposição final de car- pol~ester comportam-se melhor que os seus congéneres em fibra de vidro nos caSQS
hOIl 'LO de boro ou de carboneto de silício, que actua como barreira ao mecanismo de em que se exige resistência ao impacto éà abrasão.
tiI'usi:io. Esta fibra designa-se por "BORSIC". Propriedades típicas de fibras de boro
I ) indicadas na tabela 1.5. Para aplicações a altas temperaturas, são de salientar as fibras cerâmicas obtidas por
deposição química em fase de vapor. Trata-se de fibras que combi~am uma el~v~du
Tabela 1.5. Propriedades mecânicas de fibras de boro em função do seu diâmetro. resistência mecânica e elevado módulo de elasticidade a uma capacldade de reslstcn-
cia a altas temperaturas bastante apreciável. De entre elas, distinguem-se as fibras d
alumina e de carboneto de silício. As fibras de natureza cerâmica são normalmenl'
produzidas sob a forma de pequenos whiskers. Os whiskers são constituíd~s por crist~is
simples, produzidos em condições de crescimento controlado, consegumdo-se r.esls-
tências mecânicas equivalentes às fibras de vidro, módulos de elastícidade supenores
aos apresentados pelas fibras de boro [1.23] e tolerando alongamentos elásticos d e

1,1
I ,1, %" o III ' III , '0 11 !' ' .. ' I 1'0(1ri 'dll I ~· II I 11111111" I ~ 'III II I 11 111 \'l'i II i , 'omo OS
jI" ~' 1I1 11 1l1 hlllll 1 '1I 1l1I11 -111 0 11)1111 II ti I I ltI 111111 111111 Il lldlll I . I IIi II iii iii 11 11,," ,
III ' lIIi )óx idos, 'urt n ' l O ' (; C mpOSlOS (/'1'1 l"lIl 1111 11 1 111 II 11I1I 1I \l'Ildo ob a forma
I • 'whis/'>(m'. JJs t~ls Libras estão principahnent ' ti o 'Indu )II \l IlI \'1() d ' co mp6sitos

li ' I11tllri z mt:tálica, pelo que caem fora do âmbito d~sttl publi 'IIÇ. ~).

1.3. Formas que podem apresentar os Reforços


1.3.1. ROVING
ai bl
Figura 1.14. Mantas tipo : ai CSM IChopped Strand MatJ; bl CRM IContinuous Random Mail [1.29 1.
o roving, figura 1.13, é basicamente um cordão de filamentos contínuos enrolado
h 'Iicoidalmente em bobines. Habitualmente o roving é constituído por fibras com
di m '[1'OS de 9 ou 13 flm. Pode destinar-se à produção de fibras curtas (por exemplo 1.3.3. TECIDOS 2D
p II' U 1 moldação por projecção), tecidos, ou pode ser processado para a produção de
III IIIII.II S entrançados, malhas ou híbrido.
m tecido pode ser do tipo 2D ou 3D e define-se como a confecção de uma Ji HlI\' III
'nere feixes de fibras longas de carbono, aramida, vidro ou a combinação descus, plll ll
Illlicações em que se exigem elevadas propriedades mecânicas. Existem em vr',,' IH
larguras, espessuras, orientações e resistências mecânicas. Devem ser suficiem 'J'[ ' 1I Il'
t:sráveis para serem manuseados, cortados e aplicados, mantendo contud o 1111)11
rrande capacidade de conformação à forma do molde (propriedade que e LI si/',1\ 1l
p r drapability). Os tecidos 3D distinguem-se dos 2D por possuírem fibras oricnllld ll
na direcção da espessura, facto que confere melhor resistência interlaminar a ' 0 111
pósito (ver capítulo 9). Porém, a necessidade de garantir a boa impregnação pl'lll
Figura 1.13. Bobine de roving [1.5J.
resina, limita o teor das fibras orientadas no plano, diminuindo as propriccllid '
mecânicas em relação aos tecidos 2D. Os tecidos são caracterizados pela orienLtl\' lo
das fibras, pelos diferentes métodos empregues na sua confecção e classificad R p ,III
1.3.2. MANTAS
massa por unidade de área, tal como as mantas.

NII mantas (figura 1.14) as fibras são distribuídas aleatoriamente e agregadas com
11111 li ante especial em emulsão ou em pó que confere estabilidade e deve ser solúvel 1.3.3.1. Tecidos entrelaçados (woven fabricsl
1111 impregnação. Podemos distinguir três tipos fundamentais de mantas: as mantas de
Ii lumentos cortados, designadas por CSM (Chopped Strand Mat), as mantas de fila- São produzidos pelo entrelaçamento de fibras segundo direcções perpendicul ar ' ,
III ' \lt S contínuos designadas por CRM (Continuous Random Mat) e as mantas de
podendo apresentar padrões variados. Os mais comuns são designados por "pt/II I
l-lLl pcrficie. Nas CSM, as fibras apresentam comprimentos típicos menores do que weave", "twill weave", e "satin weave" [1.30]. Nos tecidos "plane weave", cada fib t' \
O mm e as propriedades mecânicas são baixas. Com o CRM consegue-se melhor orientada a 0° passa, alternadamente, por baixo e por cima de cada fibra orienta til Il
'onformabilidade e melhores propriedades do compósito. As mantas de superficie 90° (figura LISa). O tecido é simétrico e com boa estabilidade. Nos tecidos "nui/l
'a racterizam-se pela sua leveza (20 a 30 g/m 2 ) e são constituídas por fibras curtas weave" (figura 1.15b), uma ou mais fibras a 0° é tecida, alternadamente, por cimll .
pré-impregnadas com resina, nas quais se evita o afloramento de fibras à superficie. por baixo de duas ou mais fibras a 90° de uma forma regular ou repetida [1. 3 1] . OH

16
1'/
tÍ l 11111'11 '1111 l ' ! ,I I ' \l' 0111\ I
t · 'iuo!; "set, filt wuavu" (l1gut'U 1. J .), l (I li I 1II I Ii 111 1 II dll dll t p ll "/ruiUwoave" 111 \ 111111 II II , ( li \1 1 lo
7) ,
modificad os d e D rma a p rovocar p ou cas i ll ~ ' 1' Jll lIlI II O" . ai> fibras 11 111 I' ' 1'0 1'(,:0 ' 0 )11 I 1' 0 1 I'
a 90°.

Figura 1.16. Exe mplo de uma malha. É vi s íve l a e xistência de vá ri as ca madas coz id as e ntro 1[1. 31,
ai bl cI
Figura 1.15. Dife rentes tipos de tecido [1 .32]; ai "plane weave"; bl "twill weave" ; cI "sa tin weave" .

1.3.5. TECIDOS 3D
1.3.3.2. Tecidos quase unidireccionais
( H tecidos 3D são obtidos por processos especiais de tecelagem (figura 1. 17) qil l
li 'am múltiplas camadas de fibras com orientações diversas. Esta tecnologia r ' 1'111 I
Estes tecidos caracterizam-se por apresentarem uma elevada predominância de fibras
\I . nfecção de formas para painéis e perfis com fins estruturais [1.21] . A su a r '!-li I I I
orientadas a 0° (até 95% da massa total) . A principal função das fibras na trama é
garantir alguma estabilidade, permitindo colocar as fibras, num determinado compo- 'lU interlaminar é naturalmente boa.
nente, no local exacto pretendido e nas quantidades necessárias.

1.3.3.3. Tecidos híbridos

Os tecidos híbridos res~ltam de combinações de diferentes tipos de fibras, como por


exemplo vidro e carbono ou carbono e aramida. Desta forma, juntam-se as caracterís-
ticas mais favoráveis de cada tipo de fibra. A utilização de tecidos híbridos permite
Figura 1.17. Tecido 3D [1 .341.
confeccionar compósitos com algumas vantagens relativamente aos compósitos
convencionais, nomeadamente minimização de distorções de origem térmica, melhor
compromisso entre resistência mecânica, rigidez e tenacidade ou ainda reduções de
peso e/ou de custo. 1.3.6. ENTRANÇADOS (BRA/OS)

s entrançados (figura 1.18) são geralmente mais caros do que as mantas d evido 1\\
processo de confecção. A sua resistência específica é mais elevada. Os entrança III
1.3.4. MALHAS (KN/TTEO FABR/CS)
estão disponíveis em configuração tubular e plana, apresentam boa conformab ili lu I '
podendo ser utilizados como forma de reforço no fabrico de produtos diversos CO nl O
São produzidos pela ligação sucessiva de camadas de fibras alinhadas. As diferentes
raquetes de ténis, sticks de hóquei ou pás de hélices de avião.
camadas são cozidas em conjunto, como ilustra a figura 1.16. Este tipo de construção
facilita a distribuição da carga pelas fibras, permitindo obter elevados módulos em
tracção e em flexão . Apresentam ainda excelente conformabilidade e boa resistência
1'/
18
1 4. M triz
mlllri :;.o:·H I ' oulun:;t,.l p I•In1 "' !'l 'LI II I-, III " III -1'1 11 ' ti l ' rl\v
0-" l'I','I,
,, J~l'in 'i i ui : 1'111 111
pi 'I ti ' UH ' " rm ' ndll.recíveis.
, Inul dzcs ccnnoplásricas são ccn tiLld Itls 111 .1i ricariamente pcJ s dl:si nu lo I pl (1
I 'o L6t:nic . E tes plásticos são formados a partir de macromolé ulus indl vi 111 11
Ill l'llf 's em qualquer reticulação entre si. Estas moléculas de grandes dim 'o ' I \I
Figura 1.18. Figura 1.18. Entrançado (braidl em forma tubular [1.32].
1IIIInridas nas suas posições à custa de ligações secundárias (forças intcnn ol ' ·,d lll'-
I li 'orno forças de van der Waals e ligações de hidrogénio. Quand se aqu ' " III \I
1.3.7. PRÉ-FORMAS pol mcros termoplásticos, estas ligações são temporariamente quebradas .' J, I\ I II
'Khil'ir mobilidade molecular que permite a reconformação. Com o arrei ' ' II IWIl II I
11OH ccrior, as moléculas como que 'congelam' nas posições entretant uI -l\ II I~' lIdl1 \
As pré-formas são produzidas com diversas formas 2D ou 3D (figura 1.19), e tendo
I ' cabelecendo-se as ligações químicas acima referidas. Em geral, os tenn J lu I 'II
fibras curtas ou fibras contínuas. As pré-formas de fibras curtas podem resultar do
nllentam-se por apresentarem maior resistência ao impacto, maior ccml 'i IlId ' I
corte e sobreposição manual de mantas ou da projecção das fibras e de um ligante
hll l;tante menor higrospicidade quando comparados com os polímer S I '1'1111 1
sobre uma armação perfurada. A sobreposição manual de mantas é um processo de
llndurecíveis. São facilmente processados por injecção ou por termoforn 1I ~:ll0 I
baixa reprodutibilidade que apenas se justifica para pequenas séries. A projecção é
podem ser reciclados, o que constitui um ponto importante nos dias d e h ljl' ,
um processo automatizável, mais dispendioso, que permite a realização de formas
'xpansão dos compósitos de matriz termoplástica sempre foi condicionada p lu I}lll 111
complexas 3D com distribuição planar das fibras. As pré-formas de fibras contínuas
lificuldade em impregnar completamente os reforços. A produção com.cr 'ill l dI
resultam da união de camadas bidimensionais de tecidos com várias orientações.
I rânulos reforçados que ocorreu a partir da década de 60 facilitou o rápid ' f ' 11'1
Apresentam melhor resistência interlaminar e é possível fazer variar a sua espessura.
11 ento dos compósitos de matriz termoplástica, estimando-se que repr fi 'llll'lIl
H tualmente cerca de 35% do mercado mundial de materiais compósitos.

As matrizes termoendurecíveis são constituídas por polímeros em que as m


f rmam estruturas tridimensionais bastante rígidas. Os termoendurecíveis, ao '011
(rário dos termoplásticos, não podem ser reprocessados. Uma vez aql!' -ido
assumem uma forma permanente. Estes polímeros, vulgarmente designados I (II
resinas termoendurecíveis, são frequentemente fornecidos para processament Hol 1\
forma de uma mistura de dois ou três componentes: resina, acelerador e cata l i~ I\(hll ,
bl
Quando estes componentes são misturados na proporção adequada, dá-se a p linl '
Figura 1.19. Exemplos de pré-formas: ai 20 em fibra de carbono [1 .29J; bl 30 em fibra de vidro [1.5J.
rização e a constituição da estrutura tridimensional, num processo que se dcsipllI
habitualmente por 'cura'. Algumas resinas requerem a aplicação adicional de ulor
As pré-formas são utilizadas no fabrico de produtos complexos. Depois de colocadas
pressão para se efectuar a cura. Noutras, porém, a cura ocorre à temperatura am hl
na cavidade de moldação é feita a injecção de resina. As pré-formas são estáveis e
oferecem óptima relação resistência - peso. ente. Contudo, as propriedades mecânicas das resinas tendem a melhorar c m 11111
tratamento de pós-cura a altas temperaturas. Uma das principais vantag ns di
resinas termoendurecíveis é a maior facilidade de impregnação do reforço, dad o qll \
antes da cura, apresentam viscosidades bastante inferiores às dos termoplástico!l,

Uma das características fundamentais das resinas é a temperatura limite de fun cionll
20
II
d ll I IH 10 l\t l ' O lllp l \l\1111 ·11\ 11 III " 11 \ 'o d li 1111 1111 1' 1\1
m ' l1 C . N 'S le ' l1leXLO USfl Ul ' 11 f)tlrl l ' \1111 I I II II II I 11 11" 111 1111 11 , dil Ufl de lnm -
II ln ' 1111 ' UI C P ' I" ') I v · , II 'IIi . dll 'vo lu \: \\ III 111 1'1 lulo li ' ,lu ti ' Ind '\ 1\
III
sição e a tempera tura d e d eflexão sob ca rgu.
1 11 111 II 1 ' 1111 l' l\ llI r11 , '0 1\1 0 lIiI I1gunI J .wC 111 l 'nl1 opl ú ti ' o UI1I 0 I' I'O II I I" ' 111 11
11'1\ LI
Il lIi ll 'rtlv ,I ul t 'rnçl
' Oll , id lus I l'Qp ri cd ad es m ' ~\l1j ' UK panl a cc mi ' rU l l lI'lI I ' 11'11 11
1.4.1. TEMPERATURAS DE TRANSiÇÃO I~' o vltn.:u. Assim, a temperatura máxima de utilizaçã de um tCl' lTl Opl á HII CO II Il Hl tl ll
ti 'V' , ' L' in feri r a T • U m polímero termoendurecível sofre alteraç ~ s rl'l u iW 1\ \ ' 111 1
g
No aquecimento ou no arrefecimento de um polímero são observáveis várias fases a pi 0 1111('\ 'ülda a esta temperatura, devido ao elevado grau de reticL~la . . ' (JI I t i III, I
que estão associadas "temperaturas de transição". Consideremos a figura l.20, repre- I ' 1111 'I'lltul'a m áxima de utilização não deve exceder Tg, p ara evitar E 06m 'n o li
sentativa do andamento do volume específico de polímeros termoplásticos com a 1111 II 'iu e relaxação acentuados (ver capítulo 8). Os polímeros semicriscu lil () \I I
temperatura. Os polímeros total ou parcialmente amorfos são caracterizados pela sua ,'llI U( igualmente pequenas variações de propriedades à temperatura d ' li' UII 1 1~'i\1!
II' 'u d evido à presença das regiões cristalinas da matriz. N este cas , é 'orl' ' III ' II
temperatura de transição vítrea, Tg . Esta temperatura marca a mudança de um com-
portamento rígido para um comportamento caracterizado pelo amolecimento. Acima IItlliz;Ção a temperaturas compreendidas entre Tg e T m, pois abaixo I ' '/ ~ II
da temperatura de transição vítrea, o módulo reduz-se consideravelmente e os j\(l l!n eroS semicristalinos são geralmente demasiado frágeis.
polímeros são dúcteis e facilmente deformáveis. Continuando a aumentar a tempe-
zona dO coqJOl1ameAO vtreo

ratura atinge-se o estado de líquido viscoso a uma temperatura designada por tem- :z:ono de COIf'POrlomeRO vlteo

peratura de fusão, T m" Idealmente, um polímero totalmente cristalino não apresenta Loo Loo emolecimefdo
Loo
• E I
I
E

temperatura de transição vítrea. Quando se aproxima da temperatura de fusão, a sua I


I
estrutura sofre um colapso catastrófico passando-se a um estado de líquido viscoso, I oocompoolçio
I
com o consequente aumento brusco do seu volume específico [l.35]. I
"""""" .,,, I
I
fum I
"Tg ,.
Ve temperahJf8

Ji-
t~l,I'e

I I bl cl
ai

L-----r-
I I
Figura 1.21 . Evolução do módulo de elas ticida de e m fun çã o da tempera tura :

Am~~?__~_.--~~---- I _____/ , I a i termoplás tico amorfo ; b) termoe ndurecíve l; te rmoplá s tico semicris talino .

----- _------
. Scmicristalino
Cristaíino ideal
_.--~--
--1
~._~·-í------
I
/ I
I
I
1.4.2. TEMPERATURA DE DEFLEXÃO SOB CARGA (HEAT DEFLECTION TEM..
I
PERATURE, HDT)
Tg Tm Temperatura

Figura 1.20. Va riaçã o do volume e spe cifi co de um polímero com a te mperatura.


As características de amolecimento de polímeros não reforçados são determin a iii
. m base na sua temperatura de deflexão sob carga, HDT. Um provete é suj eilO I
Os polímeros termoendurecíveis não apresentam fusão. A temperaturas elevadas uma tensão de flexão em três pontos de 264 psi (1 .82 MPa) e aquecido a tu 1\
degradam-se de forma irreversível. A sua temperatura de transição vítrea é controlada onstante até se deformar de um valor específico, A esta temperatura, o m at 'rI,,1
pelo grau de reticulação da estrutura e, normalmente, as alterações são muito menos upresenta ainda propriedades estruturais aceitáveis. Este procedime~to encon tra- \
acentuadas do que nos termoplásticos [l.36]. A medição da temperatura de transição descrito pela norma ASTM D648-72. Quer a temperatura de deflexao ao cal r , 0\
vítrea em polímeros é realizada recorrendo a métodos como a calorímetria diferencial arga, HDT, quer a temperatura de transição vítrea, Tg, dependem da de~sidad ' li
de varrimento (DSC) ou análise térmica diferencial (DTA). reticulação de um polímero. Os polímeros que apresentam HDT mms elevHd l1
apresentam melhores propriedades a temperaturas altas e melhor resistência qUÍI i 'II ,

22
, vll lh I d o II't ' Ill ' I - 'un, l' I) 'j 'Ii) '~ I , ' (11 1\ "II I" II ' I' II 1111 111 1'1' l 1\1 ' 11 [lt'C' ["111
., I ti I ,I ' 1\ I l '
11 , 17 1.
drdn " I' ' I ~)I' ' 1\ III , 11 11 11 11'" I'e iHI n 'lU IH ' " II i ' I. ( :11 111 0 II 1" hubi lLIiI.11I1 ' 111 '
'nW II1
III' \) 11101. ' UIUf 'I{ inl"rI)1' uos dos pHu;CÍc ' , lnll n , II HUU viscosidudc 6 111 ' I ()I', o
111 1' d ' I 'rrninu a 11 ss idadc de precauç - es cspcciuiH1"1 pr cessam 11tO.
1.4.. MATRIZES TERMOPLÁSTICAS

( h'lI 'I'i 'um 'mc, podemos dividir os compósitos de matriz termoplástica em duas 1.4,3.3. Policarbonato IPC)
1'111 HIli'illM di sLincas: os compósitos de fibras curtas, produzidos a partir de grânulos
\ \1 111 ' 1\ lo lib rus de comprimenco inferior a 6.4 mm, e os compósitos de fibras longas, ( ) poli 'arbonato é um termoplástico amorfo que resulta da reacção de compos tol-l d
III ' , I 'HIll 'um por apresentarem propriedades mecânicas superiores, IIUddr xido arom ático com ácido carbónico. ' É incolor, dimensionalment Sll v ,I,
IlII'óvd , com boa resistência térmica, química e à exposição aos agentes ambi '111 1\1 •
1'11111 111,1 'II 'c 'H não estruturais e semi-estruturais, os polímeros que podemos encontrar • ' IIU 'nta-se ainda o facto de se tratar de um polímero retardador de ch ama, J Li ' U
II1 1I II'(-\l u 'ln 'mCnte como matriz são polipropilenos, poliamidas, e policarbonatos, III 'nte transparente e pouco higroscópico . A sua resistência ao impacto é el 'vlldll,
NIl '1l lllPÔHhos :1vançados de alta resistência usam-se sobretudo o PEEK (Poli-éter- \'()I)tjiderando-se mesmo a mais elevada de entre os diversos termoplásticos. É baStLHH '
" ' I' 'l' IOnll») I oJiimidas e o PPS (Polisulfureto de fenileno). IlIilizado na indústria automóvel, sob a forma de compósitos de fibras longa pum
" nas aplicações onde a absorção de energia entre -40° C e 80° C é importul1 l "
1\1 resenta temperatura de transição vítrea, Tg, entre 140 e 150 °C, m as nuo "
1.4.3. 1. Polipropileno (PP) \" 'omendável o seu uso em continuo a temperaturas superiores a 80°C. A temperullll'll
tlpica de processamento é de 200 °C.
( I olipr pileno é um polímero do grupo das poli olefinas, produzido pela primeira vez
' ln I ( 7. Trata-se de um termoplástico branco e opaco com cristalinidade em torno
de ()() ti 70 %. Apresenta boa resistência ao impacto e rigidez, resistência à distorção e 1.4.3.4. Poli-éter-éter-cetona (PEEK)
pI> ui excelente resistência ao ataque químico por ácidos, álcalis e sais, mesmo a ele- 1\ poli-éter-éter-cetona é um polímero semicristalino, com grau de cristalinidHd '
VII Jus temperaturas. As suas propriedades mecânicas dependem largamente do peso lOáximo de 48%, utilizado frequentemente em compósitos para a indústria aeronáu-
ll1oh.:c ular m édio, da distri~uição do peso molecular, da estereoregularidade da cadeia Li ca. Apresenta temperatura de transição vítrea, Tg, próxima dos 143°C e pode I:l ' I'
l' Jus ondições de processamento. A sua cadeia macromolecular é aparentemente usado em contínuo a temperaturas até 250 oe. Relativamente às resinas de epóxiclo,
ti 's uilibrada, uma vez que, em átomos alternados da cadeia principal, aparecem gru- tem algumas vantagens importantes, como maior tenacidade e baixa absorção d '
pos laterais de meti lo de grande peso molecular em comparação com os átomos de água (menor do que 0 .5% a 23°C). Todavia o processamento é mais dificil devido
hiclr génio. A temperatura típica de processamento ronda os 200 °C, o que o torna um do facto da sua cristalinidade ser variável, e o seu custo é elevado. Para garantir umo
dOi> mais acessíveis ao processamento por técnicas tradicionais. boa impregnação dos reforços são necessárias temperaturas e pressões elevadas.

1.4.3.2. Poliamida (PA)


1.4.3.5. PoLiimidas termoplásticas
As poliimidas termoplásticas caracterizam-se genericamente pela boa resistência <1
As poliamidas, vulgarmente designadas por Nylons, têm designações especificas (6, altas temperaturas, que lhes permitem funcionar em contínuo até aos 260 °C. Ao
() 11, entre outras) que se baseiam no número de átomos de carbono do ácido que contrário das poliimidas termoendurecíveis, podem ser reprocessadas por aplicação
lI ' u origem à amida-base. As que derivam de aminoácidos são designadas por um de calor e pressão. As polietermidas (PEI) e as poliamidas-imidas (PAI) são doi s
único algarismo enquanto as que resultam de diaminas e de diácidos são designadas exemplos de poliimidas termoplásticas. São ambas polímeros amorfos, com tempe-
I or dois algarismos. As poliamidas são fortemente higroscópicas, apresentam baixos raturas de transição vítrea de 217 °C e 280 °C, respectivamente [1.36] . A temperamra

2,)
d i' fll 'IW' 1111 ' 111 0 '. I l'óxl l110 IOH 0 "( :, 1111 IH 111111111 II 'lId" I

tI, id '''' Il ttll lh 1 ' Inp ·,.tllllI·U~, 'sra bili lucJ ' dl'lI ' II 11111 ti
!lu I 'S ' 16 crica
Itll ll 1'"111 1'
T li 111 1.6, 1'1111111111111111
"II" 1 1111"111 '1111'" 11. 1'1 1
I (11", ti d'
1;1' 1 ftH 11111\' ii I
" () IlIo ,b "m l'cc<lrdnd ras de chama e resist '1'11 b '( n II u/I III ' I ( III 111 1 'o 'om hidro- 1',,111 11 1'0 Tipo 7~ (" ) tiL! 111 1' 1' ("( ' ) l'OIUl'U, 1'1"
"oLll rü, 1'" ('!lu)
'1II'bol1 'tos 'solventes h alogen ados. Em alguns cas s, ~ suo -J 'vudu resistência à ~ Ml'nl
N I< I( NH H NR R
lIu n 'in permite subStituir metais e outros materiais em muitas aplicações estruturais. 1 O I iiI> 9.0
"
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2.9
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9.0
65
34
83
13 1
8
172
J2
400
200
I 1I1\~ OUCnlS p liimidas termoplásticas, conh ecidas como polímeros K e LARC-TPI I SU A 190 175 L85 2.5 70 120 I.
per A 220 204 2 10 9.0 200
( I ,II IlL I 'Y I esearch Center Thermoplastic Imid e), são geralmente disponibilizadas PI A 280 270 275
oh II furma d e pré-polímeros dissolvidos em solventes adequados. Nesta forma PPS C 130 280 137 265 3.3 11.0 74 130 110
PEEK C 150 310 148 286 9.0 98 190
II)!' 'H 'OCal11 baixas viscosidades que permitem impregnar as fibras para a produção de
A "morfo; e semicristalino; R reforçado com 30 % em peso de fibra curta de vidro; NR nllo I'cl'o,'çu,h>
'W"-iu pregnados flexíveis. A cura requer temperaturas à volta dos 300 oe. Dos
polim 'r s K conhecem-se duas versões: K-l e K-2 . A poliimida K-l é um polímero
1111101'1"0 om temperatura de transição vítrea de 210°C, que possui boas propriedades
1.4.4. MATRIZES TERMOENDURECíVEIS
"' • 'I ni as excelente tenacidade, baixa absorção de humidade e boa resistência a

div'fROS tlgentes químicos. A poliimida K-2 é superior à K-l em termos de tempe- resinas termoendurecíveis mais utilizadas no fabrico de compósitos panl III li
"111 u n i de rran ição vítrea (cerca de 270 °C) e de tenacidade [1.38] . A poliimida
1'lIções não-estruturais e semi-estruturais são os poliesteres insaturados, as r Ilillll
I A R -TPT, que pertence ao grupo das poliimidas lineares, foi desenvolvida por I , vinilester e as resinas fenólicas . Em compósitos avançados de alta resistên iII, O
111 1 onll ri s da NASA e apresenta boa tenacidade, é flexível e tem excelentes carac-
('p6xidos, as bismaleimidas e as poliimidas são as referências mais comuns.
I 'l'!sLi ca!l mecânicas e eléccricas para uma larga gama de temperaturas.

1.4.4.1. Poliesteres insaturados


1.4.3.6. Polisufureto de fenileno [PPSJ
1\:; resinas de poliester classificam-se em duas grandes classes, designadas, resp ' LÍVI\
) l li sulfureto de fenileno é um polímero semicristalinino, com grau de cristali- mente, por saturadas e insaturadas. No primeiro grupo estão os poliesteres com er 'in
Ilid tlde máximo de 65%, que tem temperatura de transição vítrea a 85°C. O baixo lizados sob a forma de filme ou fibras, resinas termoplásticas ou plasticizador '
vo lor de Tg resulta da ligàção bastante flexível entre o sulfureto e os anéis aromáticos. p liméricos. As resinas de poliester insaturado são das mais utilizadas n o fabrico li '
Apresenta elevada resistência mecânica, excelente resistência química e pode ser loateriais compósitos, devido ao seu baixo custo, facilidade de processamento e bOJ11
usado em continuo a temperaturas até 225 0C.
, mpromisso entre propriedades mecânicas, eléctricas e químicas. A cura tem inl '10
imediatamente após adição de catalisadores - habitualmente peróxidos orgânicos - .
A tabela 1.6 apresenta algumas propriedades das matrizes termoplásticas acima uceleradores especiais, por exemplo à base de cobalto. O processo desenvolve-s ' l1l
r feridas, e onde se ilustram os beneficios significativos do reforço na resistência e na duas etapas: na primeira, a resina líquida transforma-se num material gelatin so
rigidez.
etapa que se designa por 'ponto de gel'; a segunda fase conduz ao endurecimento finul
através de um processo exotérmico (com libertação de calor). A velocidade ti
reacção depende de vários factores, tais como a reactividade da resina, o teor I '
acelerador, o teor de catalisador e as condições ambientais. Por ordem creSCeI1 1 .
de resistência química, as resinas de poliester insaturado dividem-se em três grand '
grupos:
) as resinas ortoftálicas, que têm aplicação geral;
) as resinas isoftálicas, que se distinguem por possuírem boa resistência térmica e q u .

26
7'1
:4 upli 'U l.ll8 ém 111 'jos kVI.!In 'nt' III I' \ 11111 11 d" 111 1 II ' 10 LI 'ond iç es 1 . 4 .~ . 4 . R d
ambientais bastante d esfavoráveis;
I illll I '" óxido UI I" 'I l tllll fun t'
tnd ' t , t'ol'lllulllÇ , 4uinli 'lI , 1111 111 \11
vlIri '
) as resinas bisfenólicas, usadas em meios parricularl1'l 'nt ' IVO -, obre rudo com
características ácidas. 1 1111 • tlll 'n liI ~ no li li 'idil " l'r I bisf'1'\ OI A ( JUBA) .. 'S lU '11111 I , : UI'I\ 1 ,1111
1
'ç o d " 'Iln a rente endur<; edor apr pn éH.I mo 11I11 11l il ,1I1t1l 1
II 1111 p lll1fl tl P ' Ju ti d I t ... .
II III'OITIÚLi " IR U algumas p liamid a . O LISto destas resinas é a ' l;I I ' l lUII'O V "I.'
1\ I'I'l' yll dú:> r 'sinas de poliester e cerca de duas vezes o custo das res~n'ls l ' ~i llil
1.4.4.2. Resinas de vinilester
I : 11I 1l() vlIncagens principais citam-se a elevada resistência m ecámcu, r .~t.1 n 'III I

As resinas de vinilester são produzidas pela reacção de uma resina de vinilester insa- 1111 IIlIO resistência química (sobretudo em meios alcalinos), boas r , fi ' lud ' di
li ti 10 ~\ fibra, processo de cura sem líbertação de voláteis, grande 'Hwl ii id ,d i
turada com uma resina de epóxido. Estas resinas apresentam como características
uma excelente resistência química, elevada tensão de f0tura, baixa viscosidade e ii III ' nsi nal em resultado da sua baixa contracção (2 a 3 %), baixa abs rç I '" 1111
processo de cura rápido. A principal desvantagem é a elevada contracção volumétrica, I' H'Il1.plo:!'aturas de funcionamento tipicamente entre 100 e 220 o e. Al~rl.!S '\1," ~n t 11 11
que pode atingir valores até 10 %. Quando comparadas com as resinas de epóxido, 1"'11 " ssabilidade, embora inferior à apresentada pelas resinas de poli e l ' f , I~I ' l ' I
1
III d()res viscosidades iniciais e aos tempos de cura longos. Por outro lado, us 1\\1:1111
exibem adesão moderada. As resinas de vinilester foram especificamente desenvolvi-
das para o fabrico de compósitos com aplicações em ambientes corrosivos e por isso I \~'I 's de base são algo frágeis, mas esta deficiência é facilmente colmatada UlI' UV ' di
é frequente a sua utilização no fabrico de tubos e tanques para a indústria química. "II It iv de alta tenacidade, tais como alguns termoplásticos como o AB e bOffll ·1111
( :' I'13N .

1.4.4.3. Resinas fenólicas


1.4.4.5. Bismaleimidas
As resinas fenólicas resultam da reacção de fenol com o formaldeído em condições
ácidas ou alcalinas, conforme o tipo de resina pretendida. Estas resinas foram resinas bismaleimidas são substâncias de baixo peso molecular (pós s ' CII
primeiramente introduzidas por Beakland, de que resultou o nome de "Baquelite" l'I)l1Cendo estruturas imida já sob a forma de monómero. Estes monómero r {) 1l: 11I
para o primeiro tipo de resina fenólica produzida. Podem apresentar-se no estado t 'tlencadear várias reacções de poli(adição) entre eles, bem como. COI~l ~ ()lll 1( \
líquido (resóis) ou no estado sólido (novolacs), dependendo da proporção de cada VIl-monómeros, Em contraste com as poliimidas, as reacções de polI(adIça o) 1\ \1
reagente, do tempo de polimerização, etc. As resinas líquidas, que são soluções ou hi Hmaleimidas não produzem polímeros lineares mas sim reticulações tridimensiol111 I I
emulsões em água, álcool ou misturas água - álcool, usam-se para impregnação de (' (ruturas termoendurecíveis que também exibem elevada resistência térmica. AI "1\ 1
materiais diversos, como papéis, tecidos, madeiras, etc. O processo de fabrico dos liHHO, as reacções de poliadição não produzem qualquer tipo de produto . v \{n '
resóis desenrola-se em meio alcalino ou seco e é usado apenas quando se deseja obter 11 .40]. As resinas bismaleimidas são largamente utilizadas na sua forma m aIs P ~I III
resinas translúcidas ou de cores muito claras. Estas resinas podem curar sem adição 6lida. Em muitas aplicações, elas estão em conjunto com co-monómeros rea ~ IvO \
de outro material. As resinas sólidas apresentam-se normalmente já formuladas com por exemplo, vinil e seus compostos, amina~ aromáticas, compostos. ~ bas~ de (:11 \1:
cargas, plastificantes e outros aditivos, que lhe conferem uma cor escura. O processo 'tC .. A vantagem mais significativa destas mIsturaS sobre a forma ongmal e a m II III
de fabrico é designado por ácido ou húmido e a sua reticulação faz-se por adição de processabilidade. Com a ajuda dos co-monómeros, os pós podem ser transfom li 1\\ ,
um agente endurecedor e aplicação de calor. A resina resultante presta-se bem à 'm pasta e moldados à forma desejada. Contudo, a viscosidade destes SIS[e.n~lI •
moldação por compressão e por transferência. As resinas fenólicas têm geralmente muitas vezes elevada, pelo que se torna necessário adicionar solventes para faCl~ll l\ l' II
excelente comportamento ao fogo, com baixa emissão de fumos. A principal desvan- , rocessamento, ou mesmo para o tornar viável. As resinas bismaleimidas são ~ti!J~ild I
tagem é o facto de haver libertação de voláteis na cura, que faz com que sejam pouco 'omo matrizes para compósitos de elevado grau de desempenho para a mdUi'\ 11 \I
usadas em compósitos de alto desempenho . tieronáutica e espacial. Apresentam excelente resistência térmica, bom comportam '1\11:
00 desgaste, baixa flamabilidade e baixa emissão de fumos. No processo de CUl"lI , '

1'1
28
11 (' qll l' lll ' I' !llI l' l' ' I' ' (II I ' 11) 1 OH IOH O " 'IIIP I I 11 111111 I I, ' ltll ( 11111
'1 1I1I1~' 11I ' II" ', ll H ' 'I c/veis a ataques pO !' II I " II ,
IIl" OO " ). • •5 ml .. Produtos
I) ' mi- I l' I Ll t s são pré-co mbinações d' iii 1'11 ' lll u l l'iZ qu su p t'l C 'ri0 1'111 ' III '
1"1\ " llUOS para a obtenção da peça compósito Cinal, atra vés das técni as d .. ' l'i l ll
1.4,4,6. Poliimidas termoendurecíveis
Iii I (' /I I ÍLu lo 2. Há basicamente dois tipos de emi-produtos: os c mp ::HO \ I ,
IIl1 dd nçlo e os ch am ados pré-impregnados .
I nWmida : .term oendurecíveis são utilizadas em composltos aos quais é exigida
( I ' VlI III 'stablhdade dimensional a temperaturas elevadas. São preparadas fazendo
I (' UI ir li ma diamina com um di anidrido, tornando-se insolúveis e infusíveis após 1. .1. COMPOSTOS DE MOLDAÇÃO
11
1 111 111 ·I'ização. As principais vantagens das resinas poliimidas são a sua elevada
I 'f I ia térmica (260°C em funcionamento continuo, podendo chegar a 460 0C
I 11
() 'ornpostos de moldação são produzidos a partir de fibras curtas ou longas impre 'n u-
1' 111' I períodos, mesmo na presença de solventes), a elevada resistência mecânica
' Llno s
1111 'om resina. Geralmente são utilizados para a moldação por injecção ou mold açt o
II !lnll r 'S istência ao impacto, a resistência à oxidação, a boa capacidade de adesão; 1"11' mpressão (ver capítulo 2). Existem vários tipos disponíveis, com resinas de bUH'
n lluj X() coeficiente de atrito. Como desvantagens, citam-se o elevado custo, a tendên- 1\ I'Illoendurecível ou termoplástica, sendo os mais comuns designados por sheet motding
viII (') 111'[\ lima elevada absorção de água e a sua dificil transformação.
,'fl lI/{Jound (SMC), thick molding compound (TMC), dough molding compound (DM ) 0 11
/'1/11' molding compound (BMC) e glass mat therrnoplastic (GMT), respectivamente.
( :Olll(~ ~on:equência do elevado grau de reticulação que é possível atingir, estes
IIl l1 l ·n.lus s~o frequentemente frágeis, o que origina alguma tendência para uma
'x • 'tl/HVa r~l1crofissuração. A melhoria da tenacidade passa por adicionar poliimidas
1.5, 1.1. SMC (sheet molding compoundJ
I ' I'II (>plástIcas [1.37], o que aumenta o tempo de reacção e melhora a processabili-
I, I.', aspectos favoráveis para o fabrico de peças de geometria mais complexa. designação SMC refere-se a um composto constituído por fibras e resina (poliester
IIU vinilester) envolvidas por folhas de polietileno, estando disponíveis com espessuras
1\ IUbela 1. 7 apresenta algumas propriedades das matrizes termoendurecíveis acima II I " 6 mm. Utilizam-se para produção de componentes em que se exige uma elevada
I' 'l' Tidas.
('ndência de produção e uma resistência mecânica moderada. Os SMC apresentam
liricamente 30 % de fibras em peso. Há também SMC especiais, com elevada
Tabela 1.7. Propriedades de resinas termoendurecíveis [1 411
I' 'H istência mecânica e elevada resistência ao impacto, pelo que são designados p r
HDT B
Resina (Oe) (Tu êu "High Impact SMe" ou, simplesmente, HMC. Considerando a forma da fibra utilizada,
(GPa) (MP.) (%)
Poliesler Ortoftálica 66 3.6 55
'xis tem três tipos de SMC disponíveis no mercado: SMC-R, com fibras curtas
Ortoftálica 2.0
95 3.3
Isoftálica 93
70 3.5 lispersas aleatoriamente, SMC-CR, composto formado por fibras contínuas uni di-
4.1 65 2.5
Isoftálica 125 3. 7 55 1.5
r 'ccionais e fibras curtas dispostas aleatoriamente, XMC, que consiste numa mistura
Fenó1ica Ressol 250 2.0 32 1.8 de fibras curtas dispostas aleatoriamente e fibras continuas dispostas numa configu-
Vinilester Bisfenol A 102 3.5 82 6. 0
N ovol.c 150 3.5 ração 'X' [1.26].
Tc 20 0e
Epóxidas 68 3.5
62 3.2 62
DGEBA 2.0
Tc- 1200e 121 3.0 90
Epóxida Tc 1200e 110 4. 1
8.0
125
DGEBF 5.0 1.5,1.2. TMC (thick molding compoundJ

I istinguem-se dos compostos SMC porque apresentam espessuras que podem ir até
'50 mm. Com este tipo de composto de moldação evita-se a necessidade de utilizar
várias camadas de SMC para produzir p eças m oldadas mais espessas. Devido à sua

.10
31
111'11 , " I' du >': ldn II j)O, i[)i lldl\d ' II 1' 11111 IIl l1 ill 111 11 , III III III)II H I II 'I'M .) <l S
I'ii" 1111 I' 'g llll lo II 1111 ~ 1IIIIIIIJlII'I I ' II,
l' lillHII' \ \I I lI' 111 \' I \) Il' 11 111 ti ' lIpl ' 1I~' J11l 111 11
' (l I'11I Iml 'H l l O U) 't1LOl'Íumence lisu' l u II d I' 11111 111 111111 11 Itld 111 ' 1\ iona!.
I lIlI'illi>': udu , 1" 1'111 ~'I I I ' III ' )' l\ l rl fl ' d - vi 11' 0 , ' 1I1'1H, II O ou 1I 1'[\111i lu 1111 lill'lIl l1
I ii
.I I li h l'llll On d l'l. lJ li ~1l1 I I I'" -lonai l:! Ou teci los. NO fl f'l l' -- impr ' I1UUO I l -IIII \) ' I)

.1 111" ' V ' iH o siscernu LI ' J" l)ina mais omum é o ep6xid . A r sin '~ suo udi 'ioll u III
1. ,1.3. DMC (dough molding compoundJ
1111 ido)' 'I) ue impedem a cura antes d o processamento, desd q ue armuz ' 1111 lo ii
li II lp -roturas baixas. Como características mais importantes sa lientarn-~c: muo 'uh
( ) 'OlllPOStos DMC, também designados por BMC (Bulk Molding Coumpouná),
I lill I · auto-adesão de camadas no empilhamento, facilidade de po i i I'IUlll ' 111 0 ,
I 11111 '~n B nnabilidade a curvaturas do molde, mas validade limitada. Ao i nv " \ (l
l'l' l' I' '\11.-l:1 e a uma mistura pastosa de uma resina de poliester ou vinilester com fibras
l ' W' l lI tl. A percentagem de fibras é de 15 a 20 %, tendo comprimentos entre 6 e 12
I" " impregnados termoplásticos têm um tempo de validade ili~1itado à te~ f'l ' r.lI l lll·1I
111111 , I l:vido à menor quantidade de fibras e aos menores comprimentos destas, a
1IIIIhi 'me. São processados à temperatura de 'fus ão da resina, cUJa elevada VJ ~ - Hl1d nd '
I' 'h i l neia mecânica é inferior à dos compostos SMe.
dll 'ul ca a impregnação e consolidação. São também rígidos e mais dificeis d ' I11Ulll ' I
I 111 P sição no empilhamento. Como não possuem capacidade de auto-ad <': Hllo d

1. .1.4. Compostos termoplásticos \ lllHtda , o processamento posterior exige pré-aquecimento. O s m aiore b ' 11 -11 ' iI)
do LI de pré-impregnados termoplásticos são a sua capacidade de recicla ' 111 , (I
I 'dll zido tempo de processamento, elevada tenacidade e resistência ao impacto ,
() I II. L 'resse n a utilização de compósitos termoplásticos tem-se acentuado nos últimos
IIno, . E~ ces materiais oferecem algumas vantagens relativamente aos compósitos de
ll1 liCl'i Z termoendurecível, nomeadamente porque podem ser reprocessados.
; ' 11 ' ricamente estes compósitos podem apresentar-se nas seguintes formas
1.6. Cargas e outros aditivos
, I"'-preparadas: GMT (Glass Mat Thermoplastics) e ATC (Advanced Thermoplastic
.'ol/'lposices). Em princípio, as formulações GMT podem utilizar qualquer tipo de
1'111'(\ além do reforço e da matriz os compósitos são constituídos por cargas e Ui I' \)
II il lriz termoplástica, embora 95 % das aplicações comerciais sejam à base de
II ditivos que se juntam com o propósito de produzir vários efeitos como:
poli) J'opileno. O reforço é constituído por fibras Curtas de vidro E. A temperatura de
, diminuição do custo;
ulilização destes não excede os 110°C . O seu domínio de utilização é fundamental-
11'1 'nce a indústria automóvel.
) 1'1Icilidade de manuseamento;
, lI1elhoria das características de moldação;
) rnelhoria das propriedades pós-cura;
Originalmente, os ATC utilizavam termoplásticos amorfos para a matriz, tais como
, introdução de motivos decorativos.
llS p lietersulfonas e as polietermidas. Hoje em dia outros termoplásticos podem ser

usad s, como por exemplo PEEK e PPS. O reforço, sob a forma de fibras continuas,
I\fl cargas mais comuns são obtidas a partir de depósitos naturais, por exemplo: mi 'ii ,
pode ser vidro E (para temperaturas de utilização mais baixas), carbono ou aramida.
r-Idspato, sílica, quartzo, argila ou cálcio; e têm como principal função ~imin uil~ ,0
) seu domínio preferencial de utilização é a indústria aeronáutica.
preço do compósito. As suas principais características devem ser a boa dlspersablll
Ilude, estabilidade de suspensão, baixa densidade, cor clara, baixa percentagem I \
1.5.2. PRÉ-IMPREGNADOS humidade, baixa absorção de óleo, resistência ao calor e resistência química.

( ~ o m o objectivo de melhorar determinadas propriedades específicas são empre LI '


pré-impregnados constituem misturas de fibra e resina para posterior consoli-
lH.litivos que, embora em peso tenham uma reduzida percentagem relativamente Ú
dação, geralmente através da moldação em auto clave (ver capítulo 2). São semi-
, Irgas e aos reforços, desempenham funç ões muito importantes, como por exemplo;
-produtos de custo elevado para aplicações de grande exigência, como é o caso da
) diminuição da contracção da matriz durante o processo de cura;
indústria aeronáutica . Existem pré-impregnados de base termoendurecível e
) melhoria da resistência ao fogo;
32
:1'1
1
1I1 11 11Ki P" III' I', 'I II l'II III" I' II 1'111\1 111' 01 1' II ' 1110 _ 1IIIIIo h 11111111' , ·11111 II ,1111 di " I, \' j ii III 'I' ' 1 1'1\ , 111 11111' 111 1111'1 111 1
) diminuição da emissão de voláteis;
1111 1 11 10 11 0; P 11I1I11I' Ulllll !lUP 'r i 'I , 1'111111 111 111 111 111 11111 11 111 11
) supressão da emissão de estireno, contribuindo para <l III l ' lh u l II ti I qUlIlidudc do ar
no ambiente de trabalho;
) condutibilidade eléctrica; I \ , () IlI ' ~ l o 'ompos tas ele m tl!llu<,! \l ~ 10 101 lIl l" \\ .. 111'111 '11 111 8 tlrOH•
Il ~ l 'II II1j10 HW S de moldação são mislLlrllH li ' " 's lt", ~ Jibrns nonnalmcnte usados pnn, " '1101<1 11\'111 plll
) melhoria da tenacidade;
Itl ll\l'(' o ou moldação por compressão . Existem vários tipos disponíveis, com res in as d ' I 11M' 1\" " 111
) estabilizadores de ultravioletas;
, lIdlll'''' 'Ivd ou termoplástica, sendo os mais comuns designados por SMC , DM ' Ou li M e: ' 1M' I"
) coloração;
) efeitos anti-estáticos. " ~P l\ 'tlvul11 cnre .

I, I. I) 'lina temperatura de transição vítrea.


111'1111 -.se temperatura de transição vítrea como a temperatura à qual o polímero passa d e uLTl 'Slll lo V 11 1' 11
II 11111 .~tudo de amolecimenro com o aquecimento. A esta temperatura associam-se variações s ·t1 slv ,11l1 1I11l
1.7. Conclusão
MIIII rropricdades, como é o caso da redução signiticativa do módulo.

Neste capítulo foram descritos os constituintes principais dos compósitos de matriz


polimérica, os seja, os vários tipos de fibras e de matrizes mais utilizados. I , . Que características devem ter as cargas?
principais características das cargas devem ser: boa dispersabilidade, estabilidade de suspçns n, \)11 1101
Inicialmente, apresentaram-se vários exemplos de aplicações demonstrativos das
t! ," sidade, baixa percentagem de humidade, baixa absorção de óleo, resistência ao calor e resistêndu LI l i III I II
vantagens dos compósitos em relação aos materiais tradicionais, nomeadamente ao
nível das propriedades mecânicas. A caracterização do comportamento mecânico dos
compósitos, que está na base do projecto, é tratada em detalhe neste livro a partir do
capítulo 3. No entanto, o sucesso dos compósitos deve-se também aos progressos
conseguidos nas técnicas de fabrico, que permitem a obtenção de peças de geometria Referências
complexa, grandes dimensões, excelentes propriedades mecânicas, com custos de
1. 1. G riffith, A. A., The phenomenon of ruprure and flow in solids, philosophical transactions 01' Ih - rllVll1
produção cada vez mais competitivos. Por conseguinte, o capítulo que se segue aborda
precisamente as técnicas de processamento específicas dos compósitos. society, 22 1a: 163- 198, 1920 .
I. . Agarwal, B. D .; Broutman, L.J., Analysis and performance of fiber composites, 2nd ed., John WII 'V :II

Sons, Inc., 1990.


I : J. ASM (Engineering Materiais Handbook, vol. I (composites), ASM Intemarional, 2001.
1.4. Magalhães, A. G., Caracterização do comporramentomecânico de compósitos de matriz cil11 ~ n l()~II ,
Questões
Tese de Mestrado, FEUP, 1990 .

1.1. o que se entende por material compósiro? I . . hup:llwww.owenscoming.com.br/mapa.asp

Em sentido laro, a combinação de dois ou mais materiais constitui um compósiro. No entanto, os com- 1.6. hup:llwww.raacomposites.comlraacompapps.hnnl
I .7. http://www.globalcomposites.comlnews/news_fiche.asp?id=384&
pósiros reforçados com fibras distinguem-se neste contexro genérico na medida em que os constituintes,
1.8. hrrp:llwww.globalcomposites.comlnews/news_aeronautics.asp
além de serem diferentes ao n ível molecular, são mecanicamente separáveis.
1.9 . Magalhães, A.G., Aplicação das técnicas de emissão acústica e radiografia na caracterização do (,1 111 11 \
produzido por tluência em juntas de m ateríais compósitos sujeitas a diferentes condições ambi ' I1I It1I ,
1.2. Que funções desempenbam as fibras e a m atriz?
As funções principais das fibras são: conferir rigidez, resistência m ecânica, estabilidade térmica e outras T ese de doutoramento, FEUP, 1999
l . lO . http://www. af.millnews/factsheets/F_ 15_Ea gle.html
propriedades estruturais ao compósito; permitir a condutibilidade eléctrica ou isolamento, d ependendo do
1.11 . http://www.af.rnillnews/factsheets!F_16_Fightin~Falcon.html
tipo de fibra utilizada.
1.12. http://www.chinfo.navy.millnavpalib/factfile/aircraft:lair-fa 18.hnnl
As funções d a matriz são: dar forma estável ao compósito; assegurar a distribuição eficiente de carga pelas

34
1. 1 I. hLLp :llwww . ld~ LOJ.y.Jl tlVy. 1I11l/pI 1l 1l .~/lI vH . 11I11l

l.1 3. hrcp: //www . boc in gph orosco rc .co m /s Our cc/ l'O J)1) '11111.11 Jl lff l . 1 " JlIIII\ ~ I.:.l II H'" & Rctu rn
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l.26. Mazumdar, S.K., Composites Manuíacturing: Materiais, Product and Process Engineering, CRC
press, 2002
1.27. htrp://www.eng.uab.edulcompositesLablb_fiber.htm
designação processamento refere-se aqui ao conjunto de técnicas que cond u%' Ill I
1.28. htrp:l/abrea.com.br/02amianto.htm
1IIll cnção ou modificação de peças em materiais compósitos de matriz polimérica. 1'1\111
1.29. htrp:l/www.mech.porr.ac.uk/zyz/Public_htmIlENIMlCD_ROMlModule24IUnit%202/content.hrrn II I"m das excelentes propriedades mecânicas, a utilização de componentes compô ir (I
1.30. htrp:/lfavonius.comlsoaringlmaterialslmaterial.htm
p 'l'mite uma grande flexibilidade na concepção, facto que constitui uma Van lHIl' 111
1.31. hnp:llwww.azom.comldetails.asp?ArticJeID=1091
IlI1portante sobre os materiais tradicionais. Além disso, as técnicas de fabrico propi ' ILIIII
1.32. htrp:llwww.netcomposites.cOmleducation.asp?seqUence=42
I · I.uções substanciais do número de peças a integrar um determinado conjulll o,
1.33. http://secure.owenscorning.net
diminuindo os custos de mão-de-obra associados à montagem. O desenvolvim 'nl ll
1. 34. hnp:l/www.mdacomposites.orglmaterials.hrrn
I 'nológico dos últimos anos tem permitido acentuar o grau de automatização LOrl1 II
l. 35. Pouzada, A.S., Bernardo, C.A. Introdução à engenharia de polímeros, V.Minho, 1983
!l diferentes processos de fabrico economicamente mais competitivos. Este [u ' I \l l
1.36. hnp:llwww.eng.uab.edulcompositesLab/c_matrix.htm
llimdo ao melhor conhecimento do comportamento em serviço, tem garanúd o 1\
1.37. htrp:llwinshipmodels. tripod.comlresins_and_materials.htm
'ontÍnua expansão dos materiais compósitos, impondo-os definitivamente em li " '1\
1.38. Processing and Fabricarion Technology, D elaware Composites Design EncycJopedia, vol.3, 1990 1110 díspares como a aeronáutica, a indústria automóvel, indústrias de compon '( l '
1.39. Chrétien, G.; Matériaux composite à matrice organique. Technique et documentations, 1985
'léctricos e electrónicos, construção civil, transportes, desporto e recreio.
1.40. hnp:llwww.polymerics.de/technologylbmi_en.html

1.41. EVROCOMP Design Code Handbook - Structural Design ofPolymers and Composites, Ed. John L. Os diferentes processos podem ser, genericamente, classificados em dois tipos: pr
Clarke, Chapman and Hall, 1996
os em molde aberto ou processos em molde fechado. Nos primeiros, apenas umu dn
uperficies tem bom acabamento, limitação que é compensada pela possibilidad \ I ·
I'calização de componentes de grandes dimensões e de geometria complexa, p is 1\
pressão exercida é reduzida ou inexistente. Os componentes obtidos por proccsso
, m moldes fechados apresentam excelente acabamento nas duas superficies e óplill lll
reprodutibilidade. Outra vantagem inerente aos moldes fechados é a menor emis:'1i \1
de produtos voláteis, nocivos à saúde, nomeadamente o monómero de estircll lI,

36
1'/
presente na maior parte dos processos que env lvem LI I' 'I 11 11 II ' poll ' I ' I'. H.ccent 'S 'IlIII 'lIdu " II1\II" I'l'llHJn 'UI\ I I" 1I 11 11I 11I 11 11I 11.t r vll'ol l l l ' ' 111 1" t OO() I '
11 111 1\'11

directivas internacionais impõem limites apertados a escas 'mi ) ') rI 'tO que tem I !lO " III1) oi 'H ( 'p H) 'c nnpacLU UU 'Olll ll ll l ld 1111<1 , 't'lpi 'llm ' fll ' up ' I" ' ll l llj" 111
estimulado o desenvolvimento de novos materiais e métodos d e fabrico onde o con- lo 1111 I IHIproduto final realizado J' \ I • pl'(l ,. l) ti ' 2 %. A m Ida ' uO 111 lI\lI llI ,
I,

trolo dessa emissão é maior. 111 11 11 11 11 11 nll li gura 2 .1 , adequa-se ao fabri o I ' pequenas séries (abaix de 1 00 I '\:11
1" 11 li ll\ \) 'c 11 uma cadência diária de uma a quatro p eças por molde ( O u .. () O
Outro factor de diferenciação dos processos é a natureza da matriz, que, como se viu 11'/11 \1 11\ 'm/dia). Geralmente a mão-de-obra, embora pouco qualificada, ten 1I11 I \ 1 I

IlI l ll lll In t ' n s custos. D evido à libertação de voláteis, sobretudo es tiren , 'xie ' l '
no capítulo anterior, pode ser termoendurecíve1 ou termoplástica, No primeiro caso,
1111\ l'jü realizada em locais de boa ventilação. As principais vantagens d o n " 1\1 II )
os ciclos de aquecimento e arrefecimento são utilizados para iniciar e controlar o
processo de cura, de modo a garantir o preenchimento do molde e a consolidação da II II llpli idade, reduzido investimento inicial, poucas restrições à geom lri u t ll
peça. A elevada fluidez inicial da resina permite a utilização de pressões baixas. I' \ I ii realizar (espessuras mínimas de 1 mm e raios de curvatura mínim s ti ' I
Ao invés, com matrizes termoplásticas, o aquecimento inicial provoca o necessário 111 111 ) , A.s maiores desvantagens estão associadas à necessidade de uma quan tidad ' 1\
III i 1 de-obra importante, à forte dependência da habilidade e cuidado do p '1'1'11'10 ,
amolecimento e fusão sendo combinado com a aplicação de pressões elevadas. Segue-se
naturalmente o arrefecimento do molde para minimizar os ciclos de fabrico, dentro de 11111 1\ produtividade, bom acabamento superficial numa só face, teor de Iibl'lI
algumas restrições ligadas ao grau de cristalinidade. III I 'l'lw\nco, necessidade de rebarbagem e acabamento da peça e importante '1111
II II ' 'stireno. Aplicações habituais desta técnica podem ser encontradas nO fut I'Íl i\

Como veremos em seguida, existem vários processos de fabrico disponíveis, cada qual ti p ' jllcnos barcos de recreio, figura 2.2a), reparações, reforço de pontes, jig l ll'll
com as suas especificidades que, obviamente, condicionam os tipos de peças que I ~ h )) etc.
podem ser produzidas. Factores como os requisitos de propriedades mecânicas,
Camada de reJorço
dimensões, complexidade das formas, volume e taxa de produção são decisivos na
selecção do processo.

2.1. MoLdação por Contacto

A moldação por contacto sobre a superficie de um molde é o método mais económico


Figura 2.1. Re prese ntação esquemática da moldação ma nua l. a daptação de [2.11.
e mais comum, sobretudo para compósitos de fibra de vidro. O processo pode ou não
ser automatizado, levando a que se faça a distinção entre dois métodos: a moldação
manual e a moldação por projecção.

2.1.1. MOLDAÇÃO MANUAL

Neste método, o empilhamento e a impregnação de sucessivas camadas de reforço


(manta, tecido) é feito manualmente em molde aberto. Previamente, sobre a face do
molde utilizada, é aplicada uma resina de poliester, designada por "gel-coat" cuja
função é a de garantir um bom acabamento superficial. Em seguida o "gel-coat" é a)
Figura 2.2. Exem plos de moldação manual: a) aplicação de uma cama da de re forço no corpo de um ba rco [2.21:
endurecido num forno a uma temperatura de, aproximadamente, 50°C. Para facilitar
b) aplicação de um reforço e m ca rbono no pilar de uma ponte [2.3].
a desmoldagem, é aplicado sobre o molde um agente desmoldante. Cada camada de

38
2.1.2. MOLDAÇÃO POR PROJECÇÃO . . Moldação por Vácuo
o processo consiste na aplicação simultânea de resinu ' Jil)l' I, :101 I'l' UII\ molde, através II II IId li <,!l (\ I o!' v:l ' U 6 semelhant . I p I' ' II II ' lU Il II o, '011'1. li vuntu rL: 111 ti · 'xil ii' 1111
de uma pistola de projecção conforme representado n a figura 2 .. A r 's ina utilizada tem II I til" ' )1 ( meo r em moldes e q ui\ IIIH.'III O , O I flj 'csso c nsistC n u apli ' LH,: o I ,

uma viscosidade entre 500 e 1000 cps e a fibra, sob a forma de roving, é conduzida até 'I II \ 10 11 0 in.cerior do molde. A utilizuçt lj d c mold es es tanques permite r' 1 ~I~il' 111\

à cabeça da pistola de projecção onde é cortada no comprimento desejado e lançada I III ( ' , de produtos voláteis, nocivos à saúde. A resina é inj ectada a baixl;\ I I", 1\\

sobre o jacto de resina . A moldação por projecção, de que se ilustram exemplos na figu- 1\1\ III ' ri r d molde ou, alternativamente, a resina e o reforço são introdu zic.l oH I I' ,

ra 2.4, é basicamente similar à moldação manual. Adequa-se ao fabrico de pequenas 1\111 ' nL ' no interior do molde. Quando o molde é fechado, aplica-se vácu no , (' U

séries (até 1000 peças) com cadências diárias até 600 kg/homem/dia. Embora possa ter 111 1 dor. Es te processo, representado esquematicamente na figura 2.5, p rmil II

algum grau de automatização, na maioria dos casos, a projecção é feita por um operário. 1II IIl' I\(': O de duas superficies lisas, com quantidades reduzidas de bolhas de ar ' I l' l'

Normalmente as caracteristicas mecânicas das peças obtidas são piores do que as que I I III 'I 'ns até 70% de fibras. A figura 2.6 ilustra a sequência operatória deste pro ' , tiO,

se conseguem na moldação manual, sobretudo porque, tipicamente, se atingem apenas 'i IH' " udcquado para produzir componentes de médias e grandes dimensões <.: iol ', ri '
15% de fibras incorporadas. O processo deve ser realizado em locais arejados devido à 1[IIl' VI de 500 até 5000 peças por ano. A figura 2.7 ilustra o exemplo d e um 0 111
libertação de voláteis anteriormente referida. 1 1ll\ ' ll tC de grandes dimensões produzido por este processo, enquanto a figLlru .... ,H
11111 t I' U um barco salva vidas com casco produzido em polipropileno r eforçad o ' 0111
Roving Resina
1 tll'lIH de vidro. O fabricante (Halmatic) produz cerca de 500 unidades ano.
Catalizador

Figura 2.3. Representação esquemática da moldação por projecção.

Figura 2.5. Representação esquemát ica da moldação por vác uo.

a) b)

Figura 2.4. Aplicações da técnica de moldação por projecção [2.41 . [2.51.

40
Figura 2.8. Barco. salva-vidas produzido por moldação em vácuo [2.81.

. . Moldação por Compressão

111\lIdação por compressão (figura 2.9) pode ser feita a frio ou a quente, dependend o
cJ 1111 II 'cessidade de pré-aquecimento dos moldes utilizados. A moldação por compressão
dI
Figura 2.6. Etapas da moldação por vácuo [2.6]: aI colocação da resina líquida; pl' lmite obter peças aplicadas nas carrocerias de automóvel, ou outros componentes
bl colocação do roving cortado; cJ aplicação de vácuo; dI remoção da peça . I II ~Iturais para a indústria automóvel, equipamentos eléctricos e electrónicos, materi-

II I I 11Initários (banheiras, por exemplo) e mobiliário urbano.

Figura 2.7. Exemplo de um componente produzido por moldação em vácuo [2.71.

Figura 2.9. Representação esquemática da


moldação por compressão

Molde
2.. 1. MOLDAÇÃO POR COMPRESS O A FRIO

1\ 1 \ processo consiste na compressão de reforços em fibra de vidro sobre os qu ais s .


d 'po/l icn posteriormente a resina líquida. As resinas empregues são habitualmente
poli 'seores insaturados às quais se associa um sistema catalítico bastante activo, forte-
m ' OL ' exotérmico, que assegura o aquecimento progressivo do molde e permite ciclos
ti ' moldação industriais adequados. As pressões exercidas são baixas - inferiores a 4
I li' - ' as temperaturas de 30 a 45°C, o que permite utilizar prensas leves e moldes
II111i. bu ratos, realizados em compósitos termoendurecíveis de matriz epóxida ou de
"uur 2.10. Co mpone nte de carroceri a de veículo Is uzu produ zida por compressão de um compos lo Me
poli 't) l(;r. P ara manter as mesmas condições de moldação em produção são utilizados
Iproduçã o de 10000 unidades/anal [2 .91.
i 1 '1111:18 d e extracção de calor. A compressão a frio é adequada à produção de séries
111 \ Jias de peças (4 a 12 peças por hora), com superficies simples entre 0.01 e 6 m 2 e
'0111 acabam entos superficiais pouco cuidados. Devido à contracção, a precisão
tl im 'nsional é fraca. Além disso, não é aconselhável a presença de ângulos vivos,
II Tv uras ou outras partes verticais relativamente à superficie do molde.

2.3.2. MOLDAÇÃO POR COMPRESSÃO A QUENTE

A 'ornpressão a quente é um processo similar ao descrito anteriormente. Neste caso,


por f i os moldes são pré-aquecidos a temperaturas entre 80° e 170°C e as pressões
I 's '.nvolvidas na compressão podem variar entre 0.5 a 15 MPa, o que requer a
ulil h~ação de moldes metálicos. O ciclo de produção depende da temperatura, com-
plexid ad e e peso da peça moldada, podendo ser muito rápido, da ordem dos 30
. . undos, ou de 2 a 4 minutos, como é mais comum. As cadências de produção,
nw.i res do que na compressão a frio, elevam-se para valores entre 15 e 30 peças por
Figura 2.11. Fabri co do pain el frontal GM/Re nault -X83 produzido por compressão de um
hora. As peças obtidas incorporam maiores quantidades de reforço, o que melhora as
composto te rmoplástico GMT 186000 unid ades/ a nal [2. 101.
pr priedades mecânicas conseguidas.

A ompressão a quente é também utilizada com compostos de moldação do tipo SMC,


a MC e GMT (ver capítulo 1). O composto de moldação é colocado no interior de um
molde metálico pré-aquecido até 140°C. Por compressão, o composto flui dentro do
.4. Moldação por Injecção
111 Ide e preenche a cavidade de moldação expulsando o ar acumulado . A peça fica
1I10ldação por injecção é um processo muito utilizado para a pr~dução de gran~ ':
pronta após um curto processo de cura - 1 a 4 minutos, dependendo da espessura - sob
.ri 's de peças. Pode ser aplicado a compostos de moldação de matnz termoendure~lV .1
di;:ito da pressão e da temperatura. Este método está largamente difundido na indústria
In l Lcrmoplástica. No que diz respeito à produção de componentes termoendureclvel.
tltl to móvel na produção de painéis, pisos, coberturas de radiadores, suportes para
. d d" . moldação por injecção [2.11] de granulados reforçados
II lorçados, po emos Isungwr a
depósitos, como se exemplifica nas figuras 2.10 e 2.11 . De salientar a utilização cres-
prontos a moldar e de compostos de moldação. Os primeir.os a~res:ntam a v.antagel1~
cente de GMT (glass mat thermoplastic), face à reciclabilidade e aos menores ciclos de
I I • !-lerem facilmente processados em equipamentos convenCIOnaIS. Sao essenclalmenL
I. r dução (3:1 para moldação de SMC e 2:1 sobre a moldação por injecção) .
II III ' I1\1 \ Io
o 1-' II ' I 1 II • I111II II 'IIII II)!) I'I I III 11'11 ) 111 10
nsuluidos I J' fl.'HlLriy. '8 r 'oóli Ht4 ou d ' I II lh' H'I 1111 11\lId I 1111111111'11 d ' tim 'n ' 'S I lti · 1\ "O l!) 11 1\1. • 111 1111 I I II ii

muito urtas. Os segundos sã preparadOHH )lU 1'111' di' 1111111 I 11 11 1!III dll, sobretud 1111 III ' III II I'U ti ' il1j' 'Çl Ü ' ) IPI'l 111111 I 1111 11111 I 1111 111 111 II I' 'l. 1 ~' 10 ui 'i -I)I ' , I 1'\) " ii '
de poliester insaturado. A principal vantagem é o Jll ' l O lo '( 111)11'1 111 'nc de fibra s I ItI j '( ' ~' I li
. 1'1' 0 1' d o fl.H) II - II I III
no H1l .11 I1I11 11111 1I11 '111 1) rÚI id.o I ' ll't\" . 1 1I~1I0 III
(entre 6 e 12 mm) permitir obter compósitos de caracct:risticul:l m ·c. nicas elevadas. III II , " '/ U ' -se a fa e de pr 'H , lll' ",I\~' \I ,'III lI" ' I 1'0 ' ~II' I '011 P nsar eVt:.1 I lH~i '\)11
Em ambos os casos, a matéria prima é alimentada através de um êmbolo ou de um 11111 () , lu peça. A fase de [ln ti 'l'l.IH,' 10 ' or l' I Ir'ld.e à preparaçã d mar ' 1'1111 ',' 11'11
parafuso helicoidal para dentro da cavidade de moldação. As duas partes do molde 111 11\.ílVO ido, enquanto se el:lp ' l'l1 q Ll t: ti peça no interior do molde ~rr' I '\'[1,
são mantidas sob pressão até que a resina cure. A figura 2.12 a) ilustra esquematica- 111 1111111 '!'Ue a peça está a uma temperatura à qual pode ser extraída sem d IS . () I'~ I II ,
mente uma máquina de injecção convencional, onde se destacam os seguintes com- II I JliI! do extracção da peça e após um período de pausa, por .vezes n ecessáriO p ll l'/I
ponentes principais: o molde e a unidade de fecho (1 e 4, respectivamente), a unidade I. I ' 'LIção de algumas operações manuais, começa um novo CIclo.
de injecção (2) e a unidade de potência (3). A unidade de fecho, que acomoda o
molde, assegura os movimentos da parte móvel do molde e as forças de fecho, aperto
e abertura do molde. A unidade de injecção recebe o material da tremonha (5) e
transporta-o até ao bico de injecção por acção de um parafuso alternativo, represen-
tado na figura 2.12 b). A unidade de potência suporta as unidades de injecção e de
fecho e incorpora um sistema de accionamento que fornece a pressão necessária aos
diversos movimentos da máquina.

Figura 2.13. Representação esquem ática de um ciclo de injecção

I) moldes são normalmente em aços tratados de forma a suportarem as elevn I 1


a) pi 'HI>Õ eS de injecção, sobretudo no caso da injecção de .compostos termoplásti 'o ,
IIjns matrizes podem ser poliamidas, polipropilenos, pohcarbonatos, etc. As ca k II
(III~ de produção são muito elevadas podendo atingir 20 a 100 peça~/hora ,
)1I1I'Ctmetros que controlam essa cadência são a temperatura de aqueCImen tO 1\
b) . .
111 1\1 éna pnma
(200 a 350°C) , a temperatura do molde (20 a 120°C) e a press. O I '
Figura 2.12. Represe ntação esquemática de uma máquina de injecção: a) compon entes principais; llI;ccção, que pode ir de 300 a 1500 bar. Além disso, os moldes são normahn '1111'
b) deta lhe da unidade de injecção. (lotados de canais de arrefecimento com circulação de água.

As máquinas de injecção modernas, controladas por microprocessadores e dotadas e \ Jma das maiores vantagens da moldação por injecção de termoplásticos consist, IIlI
vários sensores, permitem a obtenção de peças de alta qualidade, face à capacidade produção de peças de geometría bastante complexa numa única operação. Red uz-
de monitorização e correcção em tempo real, se necessário, de alguns parâmetros 1\ 'sim consideravelmente o número de pequenas peças que seriam necessárías part.' II

essenciais, por exemplo, a dosagem conveniente da matéria prima, temperatura de pl'odução de um determinado componente. Podemos ainda citar a l~v~za conse~ 1 1\
injecção, temperatura do molde, velocidade de injecção, pressão de injecção, veloci- IIHS peças, a estabilidade dimensional e algumas propriedades como a ngIdez, a resJ~t I,'
dade de rotação do parafuso, etc. dêl à tracção e à flexão. Os inconvenientes príncipais são a possibilidad~ de .ocor~en 'I I
Ic anisotropia material, resultante de forma como a matéría prima flUI no mterlor d, \
Um ciclo de injecção comporta várias fases, conforme representa a figura 2.13. O Inolde, bem como os elevados investimentos nas máquinas de injecção e nos mold ",

46
I II' U li ' io \l u llll ' 1\1 ' I (\ IHIII I 1111111 li I 111 1 I 1\1 111 IlI d l l\ ' I I 1I 11 I II II II
2.5. MoLdação por Injecção a 8 x oe
111 1111 \\
1'"ltllI \'1 () • ba ixoH ILlXlI ti , I' , rOI , ' O 1'\111 'I " dll • I 11111 ., O I 'I' M ti 'tl' l!Vll lv ' II
por Transferência 1I' III1I I '[i l iv' ltTlCnt ,I '\O~ últill1 ), Ll tl \l , NI' III I t ll lll, l ti IllpW11\1)1 • r { ' ri l' () 11 111) ,I II I
111111 111 \' 1 (l tlutOma ti~Hda d ' p r ',. rOI'lIl H V 'I '1I j! li do I) I'l '0 1'1' ' üuo LI 111 ' I t) lo l o '1 11\
Os processos de moldação por injecção a baixa pressão e por transferência têm
III d, I,'tpido' b a cad s n a tccn ' lo dn :N< . III 'r Nu mcri ca \l y ~ú nl fo \l ' II, ()
I( : 0 111)
adquirido relevância crescente na produção de componentes compósitos de matriz
til I II vo lvimento consegu ido n este S' ' l I' ' li ' \) lll b i nuç à com u s de r 'Hi t ti
termoendurecível. De facto, a utilização de formulações de baixa viscosidade permite
I 111\ d cura por ultravioletas p rmiúu HLingir aI) elevadas taxas de produ.çt O LI '1IIlI
que a injecção seja feita a pressões entre 1 e 5 bar. Por um lado, isto possibilita a uti-
1111 IIlIltI -as compatíveis com uma indústria de referência, com a ind ú, I I II
lização de equipamentos mais simples e muito menos dispendiosos do que as
1III II1III ó v el. Em componentes de grandes dimensões e geometria complexa, ' '0 1111111 1
máquinas de injecção de fuso (figura 2. 12). Além disso, torna-se exequível o reforço
1 Iii II1llmrmOS ciclos de uma a duas horas, mas para componentes de pequena d il11 ' lU 1\11
por fibras contínuas, previamente posicionadas no molde, com grandes vantagens ao
11 1111 (' )l U cm-se tempos de ciclo inferiores a três minutos e percentagens de (i hl' u II
nível das propriedades mecânicas, bem como a realização de peças de grandes dimen-
II lhl, 1\ evolução previsível poderá levar a tempos de ciclo inferiores a u m tni n 1111 •
sões. Todavia, a complexidade de formas que se podem obter, sendo superior à
I" n ' 'j) lugens de reforço próximas de 60% em volume. O interesse do RTM (; 1l' I IId
moldação por compressão, não está ao nível da moldação por injecção. As cadências
III . tll . visível na indústria aeronáutica, porque permite em alguns caso 0 1111 ' I I
de produção atingidas são também inferiores às da moldação por injecção, facto que
dll' 'Iumente com a moldação em autoclave, permitindo uma redução con!li I ' 1" , v\ , 1
se procura compensar recorrendo a resinas altamente reactivas. Relativamente aos
processos de moldação manual ou projecção, são nítidas as vantagens ao nível da III l' lItl tos.
qualidade (desde logo, duas superficies lisas) e da reprodutibilidade (pouca influên-
' 1111 11 variante do processo RTM recorre à utilização de vácuo após a ioj c 'ç II III
cia da mão-de-obra). Os parágrafos seguintes descrevem algumas variantes dos
1\ ltio. Este processo, designado por VARTM (Vacuum Assisted R esin Trcw .'jtl l
processos de moldação por injecção a baixa pressão e por transferência.
I~ IrlltlJ:ng), permite que a resina impregne mais facilmente o reforço, aument~lI) lo II
I I II' " de fibra até 70%, e minimizando a formação de porosidades. Em 1 SO, III
1'" 1 ol1 teada uma versão do processo VARTM com o nome de SCRIMP ( . 11 1/ 11 1//
2.5.1. RTM (REACTION TRANSFER MOULDING)
I :lImposite Resin lnfusion Molding Process). O processo tem sido utilizado em apli 'lI~: "
ti l' úreas diversas, incluindo a indústria automóvel, a produção de pás d e rurbil1l1 I'
O processo é esquematicamente representado na figura 2.14. O reforço é colocado na
\ 111 1' .os, por exemplo. A característica principal está associada à produção de f0 1'11I 1I
parte inferior ,do molde. Fechado o molde, injecta-se resina sob pressão dentro da
tfuturais de grande dimensão e virtualmente isentas de vazios.
cavidade de moldação. A resina impregna o reforço e cura, formando o compósito. A
figura 2.15 ilustra um molde utilizado para a moldação por transferência de resina.

Refoll,'o

Figura 2.15. Exemplo de um molde para moldação RTM [2. 121.


Figura 2.14. Representação esquemática da moldação por transfe rência de resina,

48
2.5.2. SRIM (STRUCTURAL REACTlON lN I (, IION MIIlJl DIN ) ~I
I

Este processo utiliza um sistema d e resina de b ~ti x u vi '0 Id I I , 'OITI doi compo-
1»00111111110 [ 1 M

nentes (isocianato e poliol), os quais são combinados e mistura I s juntos, conforme


ilustra a figura 2.16. Em seguida são injectados na cavidade do molde que contém o MIsturo

~~ /~
reforço. Este reforço é, geralmente, de fibras contínuas. Na cavidade do molde, a
resina cura rapidamente. Trata-se de um sistema que permite uma redução do tempo
c-j
~.~~~~)j
-~~~~.
~
de ciclo, relativamente ao processo RTM. As peças produzidas por este processo são
particularmente aplicadas na indústria automóvel e destacam-se por apresentarem L"~ ~-
geralmente grandes dimensões, leveza e boa resistência ao choque. ---~ - --

Figura 2.17. Representação esquemática da moldação por RRIM .

.6.Moldacão
. em Autoclave
II pro esso de moldação em auto clave (figura 2.18) consiste em consolidar UI ' 0 111
Molde
/,J(~01-~ ,/./. . / IlI lIl 'nte pré-formado através da aplicação simultânea de temperatura, pr 'S8 II
II uo. Os ciclos destas variáveis dependem naturalmente do material a moldar, 1111\
IlIplicam quase sempre uma subida gradual, estágio a valores cons ta~l, ' .
II Illln uição também gradual, estando frequenteme~te. des:asados. ~~ma ~nm ' lI~l:
III l' , procura-se baixar a viscosidade da resina para ehmmaçao de volatels ,e plOITI OV I
/
/ II /luxo de resina, de modo a garantir teores de fibra elevados e hom~geneos: , LI \1

II 10 ~ejam usados pré-impregnados, a boa impregnação do reforço ser~ ~ambem 1I111


Retorço

Figura 2.16. Representação es quemática da moldação por SRIM.


1111)' tivo fundamental. A aplicação de vácuo no molde é sempre declSlva . A etll l II

2.5.3. RRIM (REINFORCED REACTION INJECTION MOULDING)

As peças produzidas por este processo apresentam características semelhantes às


descritas para o processo anterior. Conforme representado na figura 2.17, o reforço
é adicionado aos componentes da resina antes de reagirem. A combinação de resina
reforçada é injectada na cavidade do molde, onde a resina reage rapidamente e cura
formando o compósito.

Figura 2.18. Panorâmica geral de um a utoclave [2.131.

ii i
50
l ' l ll I I I ' I, II , ' 111 ' 1 ' 'olHl o li 11I,:t () UO ' 0 1111 11111 III , III '111111 II 1'" 10 I, ' (111) 'nhu ()
p UJl ,I 11111 i (' ,1 'VII I\L "

é frequentemente utilizad nu pro lu çl () I. ' lllminados. Para


,d, '0111 çu- e por cortar e empilhar o pré-impregnado sobre o molde, na sequência
pr ' l 'nd ida e até se atingir a espessura desejada. O conjunto é inserido num saco de
v{, ' 11 0 's uj eito a um Ciclo de pressão e temperatura devidamente definido. A figura 2.19
III 11' 11 de modo esquemático a montagem necessária para produzir o laminado.
V Tilica- e qu e o laminado está inserido entre duas películas de Teflon® poroso, que
I 'I'm i te O escoamento do excesso de resina ao mesmo tempo que facilitam a desmol-
d llg 'm. O excesso de resina é retido no tecido absorvente, colocado imediatamente
ai
II ll l 'S das placas de moldação. Finalmente, o tecido homogeneizador para promover
Figura 2.20. Exe mplos de moldes para produção de co mp onentes e m autoclave [2.1 4].
" unif nn ização do vácuo a toda a placa. Todo este conjunto está coberto por uma
I ,II 'ul a de N ylon®, designada por saco de vácuo, cuja vedação é garantida por tiras
li '~i li one. T odo o conjunto é colocado no interior do autoclave, conforme se repre- I' IlIlrli cularmente adequada para o fabrico de pequenas séries de. compon n l '
' 111 0 na figura 2.1 8.
1111' li )S aos mais exigentes requisitos de desempenho mecânico e qualIdade, CO I "lO
I III 'U na indústria aeronáutica e no desporto automóvel. A figura 2.21 a), por exemplo,

Tecido
IliI 11'1\ ~\ obtenção de um componente de um chassis Renault utilizado em fórmu lu I

r
hO::9~~:~~ad o r I ii, \II' lI 2 .21 b).

MOlde~ TeC ido

Teflon _ ____.
,.~~~~~~~~~ /
/~ absorvente
poro so Lam inado
Tec id o
a bsorvent e Mol de
Sen so r de
Sa co de temperatura
vácuo

Mesa do
Silicone d e Válvula de
auto clave
vedoçoo vácuo
bl
Figura 2.19. Represe ntaçã o esque mática da obt enção de um la minado. ai
Figura 2.21. ai Moldaçã o em a uto clave de co mpone nte de um chass is Rena ult ; bl chass is Re na ult R24 [2. 15].

A m oldação em autoclave permite a produção de peças de grandes dimensões e


suas principais desvantagens são o forte investimento inicial e a m orosidade nu
~e o metria complexa (figura 2.20) com elevada qualidade e excelentes propriedades
mecânicas, devido à elevada fracção volúmica de reforço (mais de 60 %). IIhlldação que torna o processo inadequado para a produção em série.

52
2.7. Enrolamento Filamentar
I I IIH IIIIII ' 1110 ntum '1 LUr I Ll 111 11 " 11 1 11111 11 I I II d lw tl ll 1 11111 I" III I ' 1'lI l<l pl 'I ti ' I I,
I 111 11 1' ' II L1 mu fi w [(;rmOIl úSI 'II I I "" " I II l ltI " 1111 ' '1I1'Ollldu ' 11 ,1U Ll IlI () • II pli II
o enrolamento filamentar, ilustrado na figura 2.22, Uln I I'\) "H ti IlI ' consiste enJ 111 1." I no ponto de o n lU 'l o (; 1)111 ti 111 11 11 II I P U.I'II prom over a fU Sl o ' 'Oll t II
I r 'tlti50
depositar sobre um mandril em rotação fibra em forma <.1 (; .l'oving previamenc '
11.111\ 111 1 do lermoplástico . H abiLu ahH '1Il', li Li Ilzurn- 'e mbinações rel) rço- n u l l'I ~
impregnada com resina. As resinas com utilização mais habitual são as resinas ter-
1111 I ti · 'urb no/PEEK, carbono/nylon ou carbono/PPS. Relativamente ao '11 1'O ! 1
moendurecíveis de poliester, fenólicas, epóxidos, poliimidas ou de silicone, embora
1111 111 \\ filumencar tradicional, o processo com resinas termoplásticas é m ais ' O llll li
também possam utilizar-se resinas termoplásticas, conforme se descreverá adiante.
' .ltllI l l' m ora possua a vantagem de ser um processo mais limpo devid a llU S Il e I
Através de sistemas de guiamento, o reforço é desenrolado sob condições contro-
.I, 1 1\.1 'sões de estireno, prejudiciais à saúde.
ladas, impregnado em resina e enrolado em várias camadas sobre o mandril em
rotação. Durante a fase de enrolamento, as fibras são orientadas em função das soli-
d enrolamento filamentar podem ser produzidas peças como rese rvlI lórlo
IIIIV('!'l
citações a que a peça estará sujeita em serviço, bastando para tal controlar o
.II III' 'Ksão, peças esféricas ou cilíndrico-esféricas, tubos cilíndricos, quadran )li III I' ,
movimentos de translação do carro e de rotação do mandril, figura 2.23. O uso d e
11 11 II 'xugonais, com taxas de reforço de 60 a 75% de fibras em peso. A figuru .... "
uma tensão controlada na fase de enrolamento permite dar união às fibras e boas
II pi 'm a alguns produtos simples obtidos por este processo.
características mecânicas às peças obtidas. Após o enrolamento procede-se à polime-
rização em forno ou através de luzes infravermelhas.

Figura 2.22. Visão global do processo de enrolamento filamentar [2 .161.

Figura 2.24. Tubos obtidos por enrolamento filam entar [2.181.

principais vantagens do método são: a sua simplicidade, automatização, VOIU lll l'
ti \ fibras elevado e portanto peças com boas características mecânicas, possibili dlld ~'
ti ' rientação do reforço segundo as solicitações previstas, possibilidade de produ ' I o
ti ' peças de grandes dimensões. As desvantagens mais importantes são: limituc,;( L'
1111 forma das peças, sobretudo no que toca a concavidades, necessidade de m ~\ qll i
Figura 2.23. Enrolamento de fibra s sobre o mandril. É visível o carro e a orientação con cedida
lIt1gem ou acabamentos posteriores, requer a presença permanente de LIli I
às fibras para obtenção das melhores propriedades mecâ nicas [2.171.
operador qualificado para fazer a mudança de bobines ou verificar deslizamentos II'

lill
'libras, clili uJel ade n a obcCl1çt d e 11 WIOII !l1l ti (II II I I" ) 1111 '" 1'1I111~: () dus libnilj
I" II Jl di VII III II~ l'" IlIl Ulll'l ll l II II II 1'1 1111111 1111111 11111111 1 I' liIl l tllll ' l1l ' lIlIIOIIIÚ!i 'II ,
relativamente ao eixo de rotação d o mandri1.
, 1"1 11111/11 ' 0111 I ou ' II 111 1 11 Iii 11 111 11 11 ° 11'0 IUl O I nuI, LI
In '( J" POl'lIl,' l () d ' 'x 'i' /(olll I
1111111 I ' I' li m " lIi cus n a dir ' 'ÇUlI IOII/" ltld II ti lo I 'rliH ' 11') virLwJ ' lu. ,[ 'v Idll
'Ui"l
1" 11111 111/ ' IlH ti ,libras ( O a 70 %) ' 111 p ' 0, 'li Vflri '<.I ade de secções pod ' 11 \
2.8. Pultrusão " I I I I . C\l 11 o principais desvantagens ciwm-sl.:: limita ção ao fabrico de c 11 I on ' III •
11111 '(,:10 nstante, não ser possível produzir peças com grande rigor dim ' n. IO l ll il ,

A pultrusão (figura 2.25) é um processo continuo através do qual se produzem perfis


II 1\ "li
~:() seá limitado à direcção longitudinal sendo necessário recorrer a L ' 'Ido
llitlll III 'Ih orar as propriedades transversais. No caso de serem usadas resiJ <Ii{ I ' [111 (1
de secção constante, ocos ou maciços, de diferentes formas. Os reforços são dispostos de
11111 I 1'11 (qu e possuem maior viscosidade) são necessárias maiores forças d . llI' t' lI lO
modo a proporcionarem um reforço longitudinal, sendo fibras de vidro, carbono ou
1\ I" \) , 'sso torna-se mais complexo.
aramida, tipicamente na forma de roving, manta ou tecido. O reforço é traccionado
através de um recipiente com resina no estado líquido - normalmente resina de poli-
I'tllll ti Cubrico de perfis curvos de secção constante, existe uma variante d p ro " O
ester - onde se dá a impregnação, e, em seguida, é conduzido através de uma fieira
rll pldll'usão, conhecida como "pulforming". A sequência operatória para a produ !,:llo
de aço pré-aquecida. Esta, também designada por molde, confere a forma do perfil e
polimeriza o reforço impregnado. O perfil pultrudido, figura 2.26, é puxado pelo
iii ",,.1iIé semelhante ao descrito anteriormente mas antes de terminad,a a ' Ll rl\, ti
II ~ II " ' urvada [2.19].
módulo de arrasto e, no final do processo, um sistema de corte deixa o perfil no com-
primento desejado. A velocidade típica da pultrusão é de 0.5 a 2 metros por minuto,
dependendo da resina, espessura e complexidade do perfil.

.9. Moldação por Centrifugação


1~ 1I111 molde metálico com forma cilíndrica, que é mantido em rotação, é intr duzidu
1111111 resina, de poliester ou epóxido, e o reforço sob a forma de roving, tecido, J11111~ 1 I
11 11 l11,aeeriais mais complexos. Por efeito da força centrífuga desenvolvida, a r 's in I
11 111)/" ma o reforço e forma, depois da polimerização, uma estrutura cilíndrica. A v lo -I
Distribuição Impregnação Conformação Pós-cura Tracção Corte Ihli k' de moldação depende de alguns factores como a quantidade e a naturezu do
de reforços e
Polimerização li 10I'c,:0, a espessura e diâmetro da peça a produzir e a viscosidade da resina empr gu "
Figura 2.25. Representação esquemática da moldação por pultrusão.

II processo, esquematicamente ilustrado na figura 2.27, é adequado para a produçã I,


I H'v":; ocas, como por exemplo, tubos para instalações químicas, petrolífera , le
H/lII Hcccimento de água ou depósitos para armazenamento de vinho, leite ou pr ellllOf!
1/11 micos. O exemplo de um tanque de armazenamento produzido por este processo "
1111 Irado na figura 2.28.

111 ldação por centrifugação estão associadas algumas vantagens como, por exemp l l ,
II obtenção de duas faces lisas através do uso do gel coat, boa reprodutibilidade e on
t 1010 do compósito durante o fabrico. A força centrífuga permite a aplicaçã(
IIlunutenção in situ do reforço, a repartição uniforme da resina, a eliminação de bolh LHI
II ' ar e uma elevada percentagem de reforço.
Figura 2.26. Pultrusão de perfi s [2.17].

56
!I'/
11 111 I I II~' I \I I, , IU I"U .

IlI d tl J'JII II ÇUi) faz-:;<.: d e Co nTIU 1 1'0 / 11" VI I , 1I J1.lt dll 1\ UIII 'j Iv I · po lirn ' d :t.U<,:l ll ' II I
11111 II) Ó o q ual a chapa é COI' IU I III II III ' II ' li 'tl jadas. As prin 'jp a i s Vt\ I1IJ1
\ , '
I II IIJl i)ll tU ltls ao processo são : pro lu <,: O '()J1t1fWU e completamen te atH mu ll '11 ,
1 1111 II I I '8 de produção elevadas ( a 1 metros por minuto), n ecessid ad e d e I ou ' II
11 111 11 II ' obra. A aplicação do 'gel coat' ou a colocação do filme adesivo permite 01 t ' I'

11 111 I!O IlI II 'abamento superficial e uma boa resistência ao envelhecimento. O elevndo

III ' I I III ' nC inicial e a necessidade de uma área de trabalho com grandes dimen I '
t I tOO 1\ 000 m 2 ) constituem as principais desvantagens do processo .

Figura 2.27. Moldação por centrifugação.

Corte
'f,t ,'"l~I /'
, .... ,\',

.-< \ \ J'):XV
;'7.,;;"y:J- I

Figura 2.29. Moldação em co ntínuo .

Figura 2.28. Tanque produzid o por centrifug ação [2.201 .


. 11. Maquinagem de Materiais Compósitos
As principais desvantagens'deste método são o investimento na instalação, a limitação
IlIlIquinagem em materiais compósitos advém da necessidade de ligar component ' H
nu f, rma das peças (cilíndricas ou cilíndrico-cónicas), a necessidade de mão-de-obra
I Il'1Iturais. A furação é um dos processos de maquinagem mais usado, nomead a-
qLltlJificada e a exigência de grande precisão no balanceamento do molde.
1111' 11 [<': para o estabelecimento de ligações ou reparações estruturais. Num .av~ ão \

I lI tnUm a existência de 250 mil a 2 milhões de furos; numa só asa podem eXIstIr aL'
tllil furos. O desempenho das juntas aparafusadas depende da qualidade dos fur s
2.10. Moldação em Contínuo I IlU ·urados. O corte de materiais compósitos é outro processo que deve merecer
III 'nção pelos danos que pode causar. Independentemente do método usado, a
IIlHq uinagem de materiais compósitos apresenta as seguintes características:
processo de moldação em contínuo (figura 2.29), também designado por lami-
, (' uma operação delicada, devido à heterogeneidade e anisotropia dos materiais; não
nagem contínua, consiste na impregnação contínua de rovings cortados ou de mats
l' consegue alcançar a mesma qualidade obtida nos materiais metálicos;
de filamentos, cortados ou contínuos, com resina. A camada de resina é introduzida
I O' métodos tradicionais usados nos materiais metálicos devem ser adaptados de mod
entre d~as películas de celulose que servem de molde. Este processo é utilizado para
II reduzir os danos causados por factores térmicos e mecânicos;
produzIr chapas em configurações lisas ou perfiladas cujas principais aplicações estão
, 1\ orientação das fibras tem grande importância no comportamento ao corte;
na construção civil (revestimentos de fachadas e telhados) e no sector agrícola para
I II riação de descontinuidade nas fibras afecta o desempenho do componente;

50
5'1
I 1I)I'u N II 'UIll ')(,pO til , Ú hwniuuJ
' , 11 1 111111 111 1"11 1111 111 \ lI" mi 'OS;
II 1 ' 111[1 ')'tlturu uuwncc u operação de '01'1 ' 11 11 11 LI 'v I • ( 'l,dlol' LI temper'ltllra e Cu rti
nu I' 'Il inus t rn oendllr cíveis para evitar a deg1'tlduçt t) lo mU Lerial; as fibras de vidro
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Ip ur 2,3 0. VI uoUz .ç o pO!' r dlog rotl po. 1111 0' X t UII1 liqu ido co nlrasl nle dos dono" co u do
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, IlnlU'lid a ~lpres entaU'l baixa condutividade térmica, O que pode originar excessivo
por fur ç O m m lerlo i comp6sitos,
II lU ' '1m nt localizado; no caso de resinas termoplásticas, devem-se evitar temperaM
Illl'l1fl pr ' ximas da temperatura de fusão; caso contrário poderá ocorrer a obstrução da
,II 11I1Iino cns onstituem O dano mais importante. A furação provoca delam il1il g ' 1\
1l.'I'I'um nta de corte com consequências para o material circundante;
11" I 'I\lrada quer à saída da broca. À entrada, a broca promove o arran 9m ' 111 0
) 1\ dif 'n.:n ça de coeficientes de expansão térmica entre as fibras e a matriz dificulta o
1.1 "lI lIllIda superiores [2.21] (ver figura 2.30), provocado pelo maior filete d ' '()I'I ,
I' I '01' dimensional; é comum a obtenção de furos de diâmetro inferior ao da broca
I 1'1111 I' lo momento em que a extremidade da broca corta a primeira cama 111 ,
ulili zada;
IlliliI li broca actua como um punção e a força de avanço promove delamin u ' \I
'. iml rtante o uso de um fluido de arrefecimento adequado durante o corte; no caso
lo u , 75% do calor gerado dissipa-se nas aparas e apenas 18% e 7% são absorvidos 111 11' li 'amadas inferiores [2.22].
p -lo ferramenta e pela peça, respectivamente; nos compósitos 50% é absorvido pela

1
Força de
r 'ITumenta e a outra metade é igualmente absorvida pelas aparas e pela peça; por outro avanço

InJo, a vida da ferramenta aumenta devido à diminuição do coeficiente de atrito'


.
) il Vida da ferramenta é curta em face da natureza abrasiva dos compósitos; as ferra-
' ç~< j----j
m ' mas são usualmente diamantadas ou revestidas por carboneto de tungsténio ou \ I/
lIitrcto de titânio para reduzir o seu desgaste; i / (
1 " dit1cil a obtenção de superficies suaves e com bom acabamento; os compósitos de >-:-_!
,
:
•. --
''1\ /
l
I - --
.-::=;
===;
IIramida, em particular, são muito tenazes e absorvem bastante energia durante o :--/ I -= ---j

~=~
' orce, o que implica uma superficie de corte irregular;
I l'naquinagem de materiais compósitos origina delaminagens junto às superficies de

'orre; a orientação e sequência de empilhamento das camadas têm grande influência


Figura 2.31 . Delaminagens ca usadas pela fura ção de materiai s compósitos.
n ' te aspecto.
II III I s realizados por Meade [2.23] mostraram que brocas mais pontiagudas ori ,i-
Vamos de seguida apresentar com mais detalhe as principais características dos dois
11111 11 Lima penetração mais gradual, diminuindo assim a extensão das delaminagens ,
métodos de maquinagem referidos.
I 110 et aI. [2.24] e Durão et aI. [2 .25] comprovaram que a força de avanço pode s\.:r
III Hluncialmente reduzida através da realização de um pré-furo de menor diâmetr ,
II IlIInbém universalmente aceite que o apoio do componente a furar sobre suportes
2.11.1. FURAÇÃO DE MATERIAIS COMPÓSITOS
til' I la rico ou de madeira e a diminuinção da velocidade de avanço à saída da br ca
M
' " lllribuem para a minimização das delaminagens. Todavia, a diminuição da veloci
A furação dos compósitos recorre geralmente a ferramentas de corte revestidas
tI,,1I ' de avanço aumenta o tempo de maquinagem e o desgaste da ferramenta, qu '
( arboneto de tungsténio, nitreto de titânio ou diamante) para aumentar o tempo de
\1111' vezes contribui para a extensão dos defeitos encontrados nas peças. A orientação
vida útil. Esta operação pode causar diversos defeitos nas peças, como é o caso da
,III libras e a sequência de empilhamento também afectam a extensão das delaminagen
ddaminagem, fissuras interlaminares, descolamento fibra/matriz e danos de origem
tlllI'unte a furação . Os laminados com camadas diferentemente orientadas apresentam
térmica (ver figura 2.30) .
IIH'lhores superficies após a maquinagem do que os laminados unidireccionais.
N' ces, as fibras tendem a ser "arrancadas" da matriz nas zonas onde o movimento
I rlll tiVO entre a ferramenta e a peça é paralelo às fibras.

6'1
60
2.11.2. CORTE DE MATERIAIS COM PÓ II () III I \ dlld ' I - v 'ndlU\:!io " i l1l1 \)11 1111 d\ ' ti \ 111\ 11111\\\ ' III dd,) 1111 '11\1( ' 'I I I 1\1\

o corte de materiais compósitos pode ser exe LILI Iw I' , '1) 11' ' lid o 1\ II' 'fi mécodos di/"
rentes: o corte com serra, o corte com jacto de água c O ç tt' ' 0111 ltser.

As operações de corte com serra podem ser executadas com diferentes tipos de sem] " Reciclagem de Materiais Compósitos
(serras de fita, serras de disco), geralmente diamantadas para melhor resistência ao
desgaste, Para uma melhor qualidade de corte, a velocidade de corte deve ser a maia III I \'J lIvl O crescente de materiais compósitos conduz naturalmente a a Ll m ' ]1 LO li '
elevada que a matriz possa suportar, no sentido de minimizar as forças de avanço, 111 1111\\1\ 'nces que estão fora de serviço. Actualmente, o depósito em aterro é I 'Htil1()
que reduz a quantidade de defeitos induzidos pelo corte. Wang et aI. [2.26] concluíram 1,1 IIIIt\tlriu dos resíduos de materiais compósitos. Todavia, como os plásticos c S ' OHI
que a orientação das fibras é fundamental na obtenção de uma boa superfície d 1"\ II) I)U são biodegradáveis, quando depositados num aterro apresentam vida quu '
corte. Os autores verificaram que uma orientação de fibras de 90° relativamente i\ 111111 111 I ' causam poluição ambiental. De facto, as sobras e as peças degradadas I 't-ll '
direcção de corte correspondia a um valor crítico, a partir do qual a flexão das fibras \1\111" 11"IH não podem continuar a ser enviadas para aterros, devido à falta de e paço 1 UI'II
originava superfícies de corte mais rugosas. /III '1\ III nos, à opinião pública negativa e à legislação cada vez mais restritivlI . 1'\\1'

11 111111 ludo, a incineração pura e simples, geralmente num forno municipal, qu ·i l l1l1
No corte por jacto de água, esta é projectada a muito alta velocidade (800 mls) 1111111'1 lIi~ com valor económico importante (fíbras de carbono e aramida p or exen ,I lo)
através de um orifício de muito pequenas dimensões (0,25 mm) sobre a superfície a 11111 liwi uma fonte de poluição. Todavia, estas desvantagens podem ser compenslI lu
cortar. A pressão da água chega a ultrapassar os 400 MPa. Os parâmetros m ais , II I'1I 'rgia obtida a partir dos gases libertados for aproveitada para outros fins.
importantes são: a pressão da água, a velocidade de corte, a espessura do laminado. e
o diâmetro do orifício de saída. É comum a adição de partículas abrasivas à água para II ''I, 'Iagem nasce portanto da necessidade de preservar os recursos naturais lim iw 1m
aumentar a velocidade de corte e cortar laminados mais espessos. Hulrburt et aI. dI' pr piciar um melhor ambiente. De salientar que a comunidade europeia et-llu
[2 .27] verificaram que quanto menor for o diâmetro do orifício de saída melhor é a I" Ir " u recentemente que os plásticos e compósitos devem ser reciclado, nuo
qualidade do corte. Todavia, o diâmetro do orifício está condicionado pela espessura " II IllIl ce as dificuldades resultantes do facto dos compósitos serem constituídos pOI'
da peça a cortar. Constataram ainda que maiores pressões do jacto de água e menores d" ou mais materiais diferentes (ver capítulo 1).
velocidades de corte or!ginam melhores superficies corte. Este processo de corte apre-
senta como vantagens o facto de não originar pó prejudicial à saúde do operador, e 11" j lagem pode ser dividida em quatro categorias: primária, secundária, terciárill
do nível de ruído associado ser baixo (inferior a 80 dB). Todavia a possibilidade de qlllternária. A reciclagem primária envolve o reprocessamento dos resíduos c n (\
existência de delaminagens com a consequente absorção de água por parte do lami- " It)l' 'tivo de obter um produto igualou similar ao original. Em geral é o que acon-
nado não deve ser descurada [2.28]. \1,1 IIOS componentes fabricados com resinas termoplásticas não reforçadas. Na re -i-
, IlI fll' m secundária, o produto obtido após reciclagem não apresenta as mesmas pr -
O corte com laser é executado a partir de um feixe concentrado de luz monocromática 1111 -dades do material original. Isso acontece porque, durante a vida do produto,
focado na peça a cortar. O corte executa-se por fusão, vaporização e degradação ,II} limas das suas propriedades degradaram-se e não são recuperáveis. Na reciclagem
química. Este processo de corte geralmente danifíca a resina na zona de corte devido II I 'júria, os polímeros usados nos compósitos são separados nos seus componentt.:H
ao aquecimento localizado que provoca. Na realidade, as temperaturas de corte exigi- I fll micos. Os hidrocarbonetos obtidos podem ser usados como monómero~ )
das pelas fibras (3300 °C para as de carbono, 2300 °C para as de vidro e 950 °C para flll lhneros, fuels e outros produtos químicos, contribuindo para a conservação d fi
as aramídicas) provocam a degradação da matriz. As matrizes termoplásticas fundem 11 ,'lIrsos petrolíferos. As fíbras e cargas obtidas por este processo podem ser usaduH
localmente ao passo que as termoendurecíveis apresentam vaporização localizada e 11111'" compostos de moldação. Finalmente, na reciclagem quaternária, o.s resíduos são
degradação química. A carbonização dos bordos aumenta com a espessura do lami- 'I" 'imados e a energia obtida a partir do gás ou fuel produzido pelo processo é usada
nado a cortar; em placas fínas pode ser reduzida por aumento da velocidade de corte. 11I1I'tI outras aplicações.

62
\YWW ,lhw H,dlll ,14l)v/ III{II )( li i/ I\p/Hd (I '),hlll)
As cécni as actualmente mais usadas para a reei lu tcm de compósitos süo: tr itLlruçt u,
WWW .lIW(· I\H·OI·IIlII/{.1I I
pirólise, incineração e dissolução por ácidos. A trituração é um processo de re i la m
www .pt.m.1 'HIH"I,ro lu 'l~. ·ol111<.;Olnp2 .hl lll
secundário em que os resíduos de compósito são cortados num tamanho adequad o
II \ WW,\lW · nH~() I·l'I ing .~o l11.br/1 rcnsagel11_vlI ·IH l. It) ,
para servirem como cargas noutras aplicações. No caso dos compósitos de m atriz
\yww ,phIHI ·l:h. l:o .uklncwsld etails.asp?ID =8
termoplástica, os materiais resultantes são usados nos processos de moldação p or
injecção ou compressão. Os compósitos de matriz termoendurecível são utilizados www.·onl.orm. nl/gb/reddi.h tm

como cargas nos compostos de moldação. A pirólise é um processo de reciclagem " WWW. l11ilnl~.Co .u klis uzu. htm

terciário em que o polímero é decomposto sob temperaturas elevadas e na ausência III WWW .•11iu·as.co. uklgm_renault.htm
I I I li 11",11 ' 11, G. Matériaux composites à matrice organique. Technique et documcntation, II)Hü,
de oxigénio. Este processo produz hidrocarbonetos reutilizáveis, tais como
monómeros, fuels e produtos químicos, o que contribui para a conservação dos recurso I ' www. nctm.comlncunlnsamples.htm
I \ www. l ond tech .nethtmlcomposite.html
petrolíferos. Como as temperaturas atingidas são bastante inferiores à temperatura de
queima, as fibras retêm a sua resistência inicial e não se tornam frágeis. Assim, as II www.ncffi1.comlncunlnsamples.htm
1111 p://www.renaultfl.comlde/publid flashlcar/chassislpics. php?page=7#
fibras são separadas e reutilizadas como reforços ou cargas, nomeadamente nos com-
II I www.trival-kompoziti.silang/winding.htm
postos de moldação. A incineração, como já foi referido, pode ser considerada u m
processo de reciclagem desde que a energia produzida seja aproveitada para outros I I www.owenscorning.net
I H www.trival-kompoziti.silang/winding.htm
fins. Finalmente, a dissolução por ácidos, que consiste no uso de produtos químicos
III ," hwartz, M .M. Composite Materiais H andbook.McGraw-HiIl, 1984
para dissolver o polímero. Durante o procedimento forma-se uma mistura de hidro-
, III 11111 ://new.hobas.comlatlmain3/sub 1103 I 69/index.shtml
carbonetos e ácido que requer mais processamento. Em geral este processo não é
I I Il ll-Cheng, H ., C. K. H . Dharan . D elamination During Drilling in Composites Laminate~. j O lll 11\11 II I
aceitável do ponto de vista ambiental.
Ilngineering for Industry, 112: 236-239 ( 1990).
I I , I'lq uet, R. , B. Ferret, F. Lachaud, P. Swider. Experimental Analysis of Drilling in Thin Carbon/II,p\l~V
l' late using Special Drills. Composites: Part A, 3 1: 1107-111 5 (2000) .
, \, Roy M eade L. E . Wilson. Machining, Assembly and Assembly Forms. Engineered M IH 'I II I
Questões
Il andbook, vol. 1 Composites. ASM lnternational, 9: 667-672, (1 987).
' t. '('sao, C. c., Hosheng, H . The Effect of C hise1 Length and Associated Pilot H ole on D clflmillllllllll
2.1. Quais os materiais e equipamentos necessários para uma moldação manual?
when Drilling Composite M ateriais. International Journal of M achine T ools & M anufacture , 4 : 1111'4'1
2.2. Compare o processo de injecção d e resinas termoplásticas com a injecção de resinas termoendurecíveis.
2.3. Que potenciais vantagens podem apresentar os processos de moldação em molde fechado? 1. 092 (2003).
, I, I urão L. M . P ., A. T . M arques, A. G . Magalhães, A. M . Baptista. Maquinagem d.: Mil! 'I'IIII~
2.4. Indique os principais componentes de uma m áquina de injecção. Quais as suas funções?
ompósitos de M atriz P olin1érica. VI Congresso Ibero-Americano de Engenharia M ecânica- )l11I,MI"
2.5. Descreva sucintamente a moldação em autoc1ave.
oimbra-Portugal, Vol. II, pp. 1073-1078, 15-1 8 de Outubro d e 2003.
2.6. Indique alguns objectos que possam ser produzidos por centrifugação .
, Ih, Wang, X. M., L. C. Zhang. An Experimental Investigation inro the O rthogonal C uuin f{ III
2.7. Indique algumas características específicas da maquinagem de materiais compósitos.
Unidirectional Fibre Reinto rced pplastics. International Journal of M achine T ools & Manufa cl U I' " ii I'
2.8. Quais as principais técnicas utilizadas para a reciclagem de m ateriais compósitos?
10 15-1022 (2003).
I ''I. }-Iurlburt, G. H ., J. B. Cheung. Waterjet Cuning ofAdvanced Composite Materiais. SM E T ' '11 '11UII
Paper N o. MRI/-225, Society of Manufacturing Engineers, 1997.
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, .'H . Mazurndar, S. K . Composites Manufacturing - Materiais, Product and Process E ngmecnn l:!.
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2.1 . www.designinsite.dk/htmsider/pbOl02.htm)
2.2. www.galasport.comlboats/assembly/hand_lay_up.htm

64
pítulo 3
is Constitutivas
Camada

1. Introdução

II l'o mpósitos de fibras contínuas apresentam rigidez e resistência elevada L ' IH III'
J11 11 1 80 aplicações estruturais de grande exigência. Como vimos nos capítulos ( I' • • ,
.II III 'S, estes materiais possuem geralmente uma estrutura laminada, isto \ "I ti
11 11 1 Li tuídos por várias camadas nas quais as fibras estão todas alinhadas n a n ' fl 111 I

.III ~ 'ção. A camada é portanto um bloco elementar cujo comportamento m ecâni '() l'
IlI lId nm ental caracterizar. De facto, veremos no capítulo 6 como definir o compol'llI
III ' 11l mecânico do laminado com base no comportamento da camada, sabendo qu '
II luminados têm normalmente várias camadas diferentemente orientadas. Por Ou II' \)

1,,!I o, a camada pode ser considerada um compósito unidireccional. Logo, as I ·1


I tl lIlititutivas apresentadas neste capítulo são geralmente válidas para comp6sit ()f

li li/direccionais de pultrusão, apesar de estes não possuírem uma estrutura lamin o lu,
II mesmo se passa para compósitos reforçados com tecidos bidireccionais, d esde qUL'
IIldas as camadas tenham a mesma orientação.

IlIl p rta desde já definir claramente a escala de análise aqui utilizada. Obviam entc, I
Jl l'opriedades mecânicas da fibra e da matriz determinam as distribuições internas Il'
1I'lIsões e as propriedades mecânicas efectivas da camada. É inclusive de grande inl '
I l' se ter modelos capazes de prever as propriedades da camada em função do tc r L'

ii III propriedades dos constituintes. Isto é domínio da chamada Micromecânica, qu ' I.


I Hunto do capítulo 4. No entanto, é evidente que, possuindo a camada uma enorm .

/,'/
1[1111111 dud ' I , I , " '\)I1V '111 '\lI ' il'UII', I , I !II III I 11111 " I di, 111 11111111 IHIII 11111' 1 I 'H T ' V "
111 )1'
II ' II 'OIlII )()J'lil lll ' l1l( m" ni ' . Ú '!l W tl " lIlI 'li",1 III lill \, II IIIIl IWH I ' 'spitulo.
1'1)1' ' 0 1 'ui n '~ lI S Cé n sõC' c as de±' rmo ço 'fi tI\I ~'O ll 11' 11 111111 l O Juantidad ..
III ' dtll I ' um c](;mento de volume representativo CUjll M I 01 'n
III ' 111 ' li' rdem d e grandeza superior à do diâmetro da fibru.

N O\)fltante trabalharmos com um modelo homogeneizado da camada, o seu com-


' I)

IHlI' 1 Imcnt não deixa de ser substancialmente mais complexo do que o dos materiais
Il'u wrais mais correntes, como os aços e as ligas de alumínio. Como é sabido, no
Íln' elástico, aqueles materiais são isotrópicos, ou seja, as leis constitutivas são 2
1111 ' )1 'ndentes da orientação local. Pelo contrário, devido à grande diferença entre as
Figura 3.1. Es tado de tensão t ridimensional num elemento de volume de um sólido.
PI'OI I'i 'dades da fibra e da matriz, a camada é fortemente anisotrópica. Por exemplo,
I di i<.kz na direcção das fibras é uma ou duas ordens de grandeza superior à rigidez
1111 IiI" ção perpendicular. I ' 11 õe dão naturalmente origem a um estado d e deformaçã~, descrito pelo tensor
II dcrormações, &kl' que também é simétrico (3 .1, 3.2], ou seja,
()lIlrn hipótese básica que admitimos é a de a camada ter comportamento linear elás- ( .2)
ti 'o . Na realidade, aproximando-se de estados limite, as relações tensão-deformação
IH)(.J ' n') tornar-se não-lineares devido a plastificação e/ou à formação gradual de fis- 111 11 /., l = 1,2,3.
III'lI!l. Todavia, a análise ao nível da elasticidade, para além de ser fundamental para
" a das situações os sólidos têm comportamento linear elástico, pelo
II 'ompreensão do comportamento dos compósitos, é adequada n a grande maioria II gnm d e malOn ,
III s.i mações de projecto de estruturas de materiais compósitos. 1111 ti:; relações tensão-deformação podem ser expressas por

(3. )
N ·tice capítulo começamos pela análise das relações tensão-deformação de sólidos
1\l1i otrópicos, desde a anisotropia extrema até a isotropia transversal que a camada
.. é o tensor de rigidez. Os seus termos também se d esignam por Constantes
II I I'csenta. Admitimos nesta fase que o leitor tem conhecimentos de Mecânica de III lu e C !)kl - (3 2)
'Midos e que está familiarizado com a notação tensorial. III/I'/icas. Da simetria dos tens ores das tensões (3.1) e das deformaçoes . ,

(3 .4)
C ijkl = C jikl , Cijkl = Cijlk '

3.2. Análise Geral de Sólidos Anisotrópicos 1'1Ii1 'mos então resumir (3.3) na forma m atricial
a =Ct

m dado ponto material pode estar sujeito a um estado de tensão tridimensional C IIII C 11 22 CIJ33 C J1 23 C II13 C IJ12 &11
(}II

(Ii ' LIra 3.1), caracterizado pelo tensor das tensões crij' com i,j = 1,2,3. As equações C 2222 C 2233 C 2223 C22J3 C Z2 12 &22
(}22 C 22 11
I ' equilíbrio ditam a simetria do tensor das tensões [3.1,3.2] , isto é,
C3311 C 3322 C 3333 C 3323 C33 13 C33 12 &33
(}33 (3.5)
{:::>
(3.1) C 2311 C2J22 C Z333 C 2323 C 2313 C 2312 &23
(723

C13 11 CI322 C m3 CJ323 C1313 C m2 &13


(}J3

CI222 C I233 Cn23 C 1213 C1212 &12


(}1 2 Cml

69
i>ll
ou ainda, proced endo a uma contracção d e índices, II HH d t' I' IlI'lUOS um sólido elástico sujeito a várias solicitaçõ' ) I
IIl d tl I ' LI ' form ação fi n al, e n ão da ordem pela qual são aplicad uHli di v 'r~a8 I {O l'-
0"1 CII C I2 Cl3 CI4 C I5 C I6 EI
11 1'1\1 I P I\)' 'iuis. M atem aticamente, esta condição exprime-se p or
0"2 C 21 C22 CZ3 C24 CZ5 C26 E2
J ZU J 2U
0"3 C3 1 C32 C33 C34 C35 C36 E3 Jt'üJE u J&kJJ&(i
(3.0)
0"4 C41 C42 C43 C44 C45 C46 E4 ( .1....
0"5 CSI CS2 C 53 CS4 CSS CS6 ES
III 111 11 1 .[ , atendendo a (3.4) e a (3.8), também temos,
0"6 C61 C62 C63 C64 C6S C66 E6

( . I l)
De modo análogo, é possível exprimir as relações deformação-tensão por
( .J I),
(3 .7)
em que 1'III III n to as matrizes de rigidez em (3.5) e de flexibilidade em (3.9) são simétri ãK •
(3. 8) 1 111 111 ' ' l'O de constantes elásticas independentes fica reduzido a 21.

é o chamado tensor de flexibilidade. Na forma matricial,


1>=80'
EII SIIII SI 122 Si m SI1 23 SIIIl SII1 2 0"11 • . Ortotropia e Isotropia Transversal
E 22 S22 11 S 2222 S 2233 S 2223 S 22 13 S 22I2 0"22 I lI ntada dos laminados é ortotrópica, ou seja, tem 3 planos de simetria mutuam ' 11 1 '
E)3 S 3J II S 3322 S 3333 S 3323
I" 1II ' odiculares, facto que permite diminuir o número de constantes elásticas ind
S33 13 S 3312 0"33
<=> (3.9) III IId 'o tes. Às rectas de intersecção desses planos são associados os eixos princit IIi
E Z3 S2311 S 2322 S2333 S2323 S2313 S2312 0"23 ,II II rlotropia 1,2 e 3 (figura 3.2), estabelecidos de modo que o eixo 1 é o d a dire <,:00
EI 3 SJ311 SI 322 SI 333 S 1323 S1 3 1) S I3 12 0"13 ,III nbras, e o eixo 3 é o da direcção perpendicular ao plano da camada.
E I2 SI 2 11 S1222 SI233 SI 2Z3 SI 2IJ S 1212 O"IZ

~parentemente, (~.5) e (3.9) sugerem que são necessárias 6 x 6 36 constantes elás- =


tl:as ,para caractenzar completamente um sólido elástico anisotrópico. Na realidade
nao e . esse o caso ' _ ' I o recorrendo ao conceito de densidade de
e podemos. d emonstra-
energIa de deformaçao, ou seja, energia de deformação por unidade de volume,

(3.10) Figura 3.2. Eixo s principais da cama da.

que, atendendo a (3.3), se pode escrever unodo expresso no referencial {123}, S tem vários elementos nulos, e os term os n<l\
11 11\ s têm um significado fisico mais claro, sendo relacionáveis com as cham aduH
(3.11) ' ,'!Instantes de Engenharia, isto é, os módulos de elasticidade e os coeficientes d '

70 'I I
a' == T'" a
1'0 on. P ÜI'H ti 'J1l 0nscrannos (; tas PUf! I 'ulud IILI ' , VU ll10S recorrer à lei d ' Lrunst'ol'
III 11,:1 d os censores perante rotação d referen cial (figu ra 3.3) . 0".,-" c2
?
s- O O O 2cs 0"1l

3=z -2cs
O"yy
S2 c2 O O O 0"22

0"", O O O O O 0"33
(3.17)
<=> O
O"yz O O O c -s (}23

O"XZ O O O s c O 0"\3

-cs cs O O O c 2 _S 2 0"\2
O"xy

Figura 3.3. Rotação de referen cial e m torno do eixo 3. 111111 1' (3 .18)
C == cose, s == sine.
1\ 'sjl'l , podemos obter o tensor das tensões em {xyz}, U~q, a partir do tensor em
II }, u"', através de [3.1, 3.2], II H'IHlor das deformações transforma-se de forma análoga,
(3.15) (3.1 9)

(3 . 16)
'd S e presso em fi 23 f1 , pretendemos
Ilponhamos então que, conh eCI o o tensor iji<l' x ,
I 'signa o cosseno do ângulo formado entre os versores dos eixos correspondentes aos " III ' I' o tensor S'rnnpq' expresso em {xyz } (figura 3.3), tal que
fndices p e k. Por exemplo, se, como sugere a figura 3.3, {.xyz} se obtiver de {123} (3 .20)
I or rotação de um ângulo e em torno de 3, teremos: &'mil = S' IIwpq 0"' PI} •

". t ubstituirmos (3 .15) e (3.19) em (3.20), obtemos

(3.21)

I portanto, da analogia com (3 .7),


a 22 == cos(e y' e 2 ) == cos e;
(3 .22)
a 23 == cos(ey,e 3 ) == cos 90° == O;

I .onsideremos agora o caso da figura 3.4, em que {1'2'3' } se obtém de {1~3}. atra~és
et ., podendo (3.15) ser expressa na forma matricial
-e -- 180 em torno de 3 . É evidente que as constantes elastlcas tem
I l ' uma rotaçao
0

Ilue ser iguais em ambos os referenciais.

73
S l lll Sl1 22 SIJ3J O O O

S 2222 S 2233 O O O

S 3333 O O O
s= (3. 2 )
S2323 O O

Simétrica SlJl J O
Figura 3.4. Rotação de referencial em torno do eixo 3 de 1800.
SI 212

V 'hllliOS O que resulta da aplicação de (3 22) I


. a a guns termos. Por exemplo, 'I III IIJ a existência de apenas 9 constantes elásticas independentes.
S' 1111 == alialjalkaIlSY'kl'
II I IIlid ade, verifica-se ainda que as fibras estão distribuídas aleatoriamente 11\\
jue é necessário considerar o somatório de 81
l' ll1
l'Ol11binações de i j k e I N i.': • termos, correspondente a todas aA 1'111 11 11 II'ansversal <23>. A camada apresenta por isso isotropia transversal, ou sej a, II
, , . o entanto, lacllmente se vê que 1111 'o nstantes elásticas são independentes da orientação dos eixos no plano <2 >,
I li d o Iilcil de mostrar que
se i == I
se i == 2, 3 (3.24)

e I ortanto, como seria de prever,


O seu comp 1'-
'I I IIll'lindo, a camada apresenta 5 constantes elásticas independentes.
S'1111 -- 4S
ali Ull == SIIJJ '
1,1111 ' lHOé portanto bastante mais complexo do que o dos materiais isotrópicos, q ue,
II IllI'dc-se, possuem apenas 2 constantes elásticas independentes. Nos cálculos I '
e analisarmos agora o termo
"lIf1, 'nharia utiliza-se habitualmente o módulo de elasticidade E, também conhecido

S'JJ23 == alialjaUa31Sijkl , I" II II ódulo de Y oung, e o coeficiente de Poisson. Vamos agora obter as ConstanL ~ H
.II 1i11genharia da camada.
é fácil ver que a expressão se reduz a

S'JJ23 == ali ali a 22 a 33 S 1123 == (_1) 2(-I)(I)SI 123

~ S\123 == -SI 123


.4. Constantes de Engenharia da Camada
No entanto, como as direcções dos eixos de {1'2'3'} -
[antes elásticas têm que ser iguais nos dois referenc;a~:, ~:t:::mas de {123}, as COllS-
Irll nsideremos um elemento rectangular de camada sujeito a uma tensão tractiva 0' 11

(I gura 3.5). Atendendo a (3.9) e a (3.23), o elemento sofre uma deformação


pelo que,
(3 .2 )

,' lIhendo que um módulo de elasticidade é o quociente entre uma tensão aplicad u
Se prosseguíssemos a análise dos outros termos e 'd' ,
{1 '2'3'} obtidos de {123} _ conSI erassemos tambem referenciais Ill lica e a deformação resultante na mesma direcção, define-se o módulo de elastici-
0
por rotaçoes de 180 em torno dos eíxos 1 e 2, obtenamos
' IIlIde longitudinal
(3. 26)

74
(1.\ 1)
o 'l 'm ') 'Iun ulul' lu ligul'Ll
101" 1 ' III IIlld I II 111111111 \ I 111 \11 VI' I' ui 1i22 't:}}, (
quociente entre uma deformação transv 'I'flul ' 1\ ti ' 111 111 1 1\ 1 11 111 11 ludinu l é um c ,11
ciente de Poisson. Podemos então definir o cgu i nl ' '() ' I '1 ' llI ' d' J i son:

&
V = _-.n... (3. 27)
12 '
eLl
A partir de (3.9), (3 .23) e (3.26), obtemos

S33 11 -- - -vI] o (3.28)


"r 12
EI Figura 3.6. Ca ma da ao corte, incluindo a re presentação da deformada a tracejado .

1111111 , C de outros casos permite facilmente obter


_ V21
-~ O O O
EI E2 E3
_ VI Z 1 _ V 32
O O O
EI E 2 EJ
,,r - - - - - - - -- - - - -- - - - -- . - - -- . - -- - . - .,
,,, O
-~
_ V 23 O O
,
Ez EJ ( 2)
EI
! LI! s=
O O O
1
2G 23
O O

, ,
O O O O
!. - - - - - - . _ - - - - - - - - - - - - - - _ . - - . - -_ . , O 2GJ3
Figura 3.5. Ca mada sob solicitação long itu di nal, incluindo a re presentação da deformada a traceja do .
O O O O O
2G I2
Definem-se de modo análogo módulos de elasticidade transversal, E2 e E 3' e coefi-
cientes de Poisson V21> V2 3' v 3 1 e V32 ' 1'" imetria de S, (3.3 )
V .· V ii
~ == -'- ,
Ei Ej
Consideremos agora um elemento rectangular de camada sob uma tensão de corte 1'1 2
(figura 3.6). Notar que, em vez de (J', usamos o símbolo 1', habitual em Engenharia • IIquunto a isotropia transversal (3.24) impõe que:
para designar tensões de corte. O módulo de corte é o quociente entre uma tensão de (3 .34)
corte única e a deformação de corte de Engenharia resultante. Logo, define-se o
módulo de corte longitudinal
G12 -- 1'1 2 • (3.29) 1'1 11 I unto, as constantes elásticas independent:s neces~ári~s pa~a;arac~riz:: ~co.n~
r12 - d t ão da camada sao 5: E p E 2' V12' 12 e 23 23
III iii umento tensao- e ormaç " d dezas obtidas em ensaios de
É importante relembrar a diferença entre a deformação de corte tensorial, &ij' e a I valores nplCoS estas gran ,
I llh ,Ia 3.1 apresenta a guns _ d'sponíveis valores experimentais de
deformação de corte de engenharia, Yij' pois , . 'd" a' s Raramente estaO 1
I I II HpOSitOS um irecclOn 1 ' . ecessários se for admitido esta-
G ais dificeis de medir, e nem sempre n .
\ I C de 23' m _ bém ue é sempre medido o coeficiente de POlsson V 12'
(3.30)
dll plan~ de tensdao. NO~: t:a:o es~ último assume valores muito baixos, pois
III detnmento e V2 1' ,
Atendendo também a (3 .9) e a (3.23),
77

76
.. II 111\' () ln v ' f All
(J = Ct , ( I, II))
111111 1 '/, ti ' rigidez é
e EI » E 2· Por exemplo, com EI = 143 GPa, E = 10. '1
V = 0.0194.
21
2 ti ' vl 2 =0 .27, obtém-:w CII CI2 CI3 O O O
C22 CZJ O O O
Tabela 3.1 . Propriedades de alguns compósitos [3.31.
C33 O O O
Compósito Reforço ~ Ii, 0.2 C == S-I = ( AO)
Vr
(GPa) (GPa) (GPa)
Vl2 C44 O O
C (T300)/Epoxy(934) UO 0.60 138 9.65 4 .55
C(T800H)/EpoXY(3900_2)
0.30 Css O
UO 0.65 162 9.0 6.2 0.28
C(AS4)/EpoXY(3501_6) UO 0.63 143 10.3 7.2 0.27 sim. Có6
C(AS4)/PEEK(APC2) UO 0.66 .134 8.9 5.1 0.28
C(IM6)/Epoxy(SC 1081) UO 0.65 177 10.8 7.6 0.27
C(IM7)/EpoxY(977-2) UO 0 .65 III 1111 ' os seus elementos não nulos são dados na tabela 3.2.
168 7.6 5.5 0.30
E-G/Epoxy UO 0.55 39 8.6 3.8 0.28
K49/Epoxy UO 0.60 87 5.5 2.2 0.34 Tabela 3.2. Fórmulas ex plícitas para os termos não nulo s de C 13.401 [3.41.
C(T300)/EpoXY(LTM25) Twill2 x 2 0.47 55 55 2.9 0.04 C _V I2 +V )2 V n C _VI3+VI2V23
12 - EJ E 3 d IJ - EIE d
2

C _ V 23 +V2IVJ3 C _ l - v 12 V 21
23 - E E tJ ' 33 - EIE d
3.5. Lei Constitutiva Tridimensional I 2 2

Dada conveniência em usar as deformação de corte


'd ij (3.30), de agora em diante
conSI eramos na lei constitutiva '
t == Sa ,
(3.35)
t == {&I &2 &3 r 13 r/3 r12}' , I III II!) é evidente, as equações (3.35) a (3.40) só são aplicáveis no referencial prin 'iJ II I
(3.36)
a == {(TI I I • \f. Nas aplicações usam-se quase sempre laminados ditos multidirecciOJ1l1i ,
(T2 (T3 T 23 T 13 T I2 Y, (3.37) 11 11 tituídos por camadas com diferentes orientações e portanto com difercl1l 'I
_ VI2
-~ O O O I. 1"1' 'nciais {123}. Como veremos no capítulo 6, para definir o comportamento I ·
E, E, E, 111 11 luminado, é necessário obter a lei constitutiva de cada camada num refereI iul
1 _ V 23
O O O h,hlll comum {:xyz}, em que z = 3. Por outro lado, os critérios de rotura d a cam ll
E2 E2
dll , objecto de estudo no capítulo 5, são expressos em função das tensões em {1 2'l f .
1
O O O ' II III OS agora tomar como referência precisamente a operação de transformaçã I'
S== EJ
(3.38) "11 ores em {xyz} para {123}, com z = 3 (figura 3.7). Devido à utilização de Y,j (3. O)
O O 1 111 I:ij (3 .36), há que proceder a adaptações na lei de transformação dos tens .. .
0 23
( I 2), que permitem escrever:
O
OIJ
sim.
GI2
78
'1'1
(J = T.,(J' ., , II 'II I( "I'I I I"~,

2 2
0"1 e S O O O 2es O"x
III I I II 1Ij)1I I'tl ti 0 111 ( .44) p ' nnil • v ·rili.cur uC
o
0"2 S2 C O O O - 2es O"y
C' = T; 'CT• .
0"3 O O O O O O"z
<=? (3. 4 1
°23 O O O e - 8 O 0YZ I II III II riz tcm a forma genérica
O C'1l C'12 C'I3 O O C'16
° 13 O O s e O 0"

-es 2 2 C' 23 . O O C' 26


0\2 es O O O e - s ° xy C' 22

C'n O O C'36
E = T.E' ( / \;7)
C'=
2 C' 44 C ' 45 O
el e s- ?
O O O es ex
2 C'5 5 O
e2 S2 c O O O -cs ey
sim. C'66
e3 O O O O O ez
<=? (3.42)
III I{II • os seus elementos não nulos são dados na tabela 3.3.
r23 O O O e -s O r yz

rn O O O s e O r A-z Tabela 3.3. Fórmulas explíc itas para os termos não nulos de C' 13.47) [3.41.

rl 2 -2cs 2es O O O C'1 _S 2


r xy C' II = C4 C
II
+ S4C 22 + 2c 2 S2 (C 12 + 2C 6ó )
4)C
C'12=C 2S 2(C II +C 22 - 4C(,6 ) + (C +s
,4
12

com
c,13 = C 2c IJ + S.2 C 23
e=cosO, s=sinO. (3.43) 3
C'16 =C 3s(CII-CI2 - 2C 66 ) +Cs (C 12 -C22 +2C66 )
y
2 C" 22 -- S4C 11 + C4C02
-
+2c2S2 (CI2+2C66)
2
C'23 = S2CI3 +C C 23
3
C'26 = cs 3 (Cu - C I2 - 2C 66 ) + c S(C I2 - C 22 + 2C66 )

x
C'36 = cs(C I3 -C 23 )
o 2C
C'44 = C"C44 +S SS

Figura 3.7. Mudança de referencial {xyz} para {1231.


C'4S = cs(Css - C 44 )
2
C'S5=S C 44 +C 2C 55
Como já referimos, interessa também obter a matriz de rigidez C' em {xyz}, a partir 4
de C em {I23}, tal que C'66 - c 2 .1'2 [C 11 + C 22 - 2(C 12 + C 66 »)+ (c + S4)C66

(J'=C'E' . (3.44)
I k modo análogo, é possível demonstrar que, na relação

Se substituirmos as equações (3 .4 1) e (3.42) em (3.39), obtemos (3. 4 )


E' = S'(J' .'

81
80
t' . 't' tl:m valores desprezávei!:l l'ucc aOfl ti 11-1 I ' I) \ • 11\1
S'= T.-IST", ( Ali) III ' P ' HH UfU, l~' IJ 2~ ,. " "
I) d eT Nestas circunstanCiaS, a lei COI fl llLULlv.1 ( . I )
·00'l. d.1I cama a, 0' 11 ' 0'22 12 '

n °fl
• 1\
S'II S'1 2 S'I3 O O S'16
SI2
S'22 S '23 O O S'26 ( . I)
lSU S 12 O 0'2'

S' =
S'33 O

S'44
O

S'45
S'36

O
(3. O) ;~2 = sim. S66 r l2

S'55 O 11011 , III ·ndcndo a (3 .38):


1 1
sim. 1 v\2 . (3.52)
S'66
SII =}i; SI 2 =-E' S12 =F:;
2
Súó =G'
1 I 12

I
" II que os seus elementos não nulos são dados na tabela 3.4.
Q a matriz de rigidez em estado plano de tensão, tal que,
Tabela 3.4. Fórmulas explícitas para os termos não nulos de 5' (3.471 [3.41.

S'II =C4SIl +S4S12 +C 2 s 2 (2S 12 +S66) I 1"IIlUOS por {0'11lQII QI2 O j{EI
= Qo, O Eo ·
( .
2 2 4 O'
S'12 =c s (SI\ +S22 -S66)+(C +S4)S,"
S'13 =C 2SI3 + S2 S 23 ri: sim. Q66 r:2
3
S'J6 =c s [2(Sll -S12)-S661+ cs3 [2(S12 - S22)+S66 1

S'22 = S4S" 4
+C S 22 +C2s 2(2S12 +S66)
I III Iue, sendo Q =S-I, os seus termos são:
EI .
QII = 1- v" E /EI '
l2 2
QI2= l - v12E 2
2
/ E1 (3.54)
E2
S'33 = S 33

S'36 = 2C,~(S' 3 -S23 )


1I'lInsformações de referencial (3.41) e (3.42) exprimem-se por:
S'44 = C2S44 + s 2S 55

\:JJ:: :: ;~cs,lf::t
lrJ l-cs cs c llrJ S
(3.5 5)

\::U:: : ~CScs,l[: t (3.5 6)

3.6. lei Constitutiva para Estado Plano de Tensão lrJ l-2CS 2cs c -sl1rJ
I evido às suas excelentes propriedades mecânicas, os laminados utilizam-se geralmente 1\ pcctivamente. Num referencial {xyz}, as relações (3.44) e (3.48), reduzem-se a
sob a forma de placas relativamente finas. Torna-se então frequentemente legítim o
udmitir que as camadas estão sob estado plano de tensão, isto é, qu e as tensões na
83
02
r}
Ihll II ln 'lusa d s rern o 1/ \\1 ' I' v' lil S de acoplamenro tra ç -corte. 1 ' I'a '10,

Q'' l}
Q'12
I 111111 oii irada por uma únic I tensão CYX ' ou seja, quando
[Q'" Q'22 Q:26 êy ;
( . 7)

:: = sim. Q 66 rxy

n
IlId,) I ' deformação resultante é

S:'Jl
S'12 _ 17.-cy6 x } '
Ex '
[S'" S'22 S 26 (3 .5H)
~
6 y ,

= sim. S'66 "rxy I'III 1\ lú portanto uma deformação de corte yxy não nula, como é esquemari ' UI\l I ' 11I
1'" ' ntudo na figura 3.8. Isto ilustra bem as particularidades do compOl'l lllll 111 11
respectivamente, sendo os seus termos dados nas tabelas 3.5 e 3.6. ", I \\l11p6sitos.
y

Estando já bem definidas no referencial {123}, podemos agora definir as Constam ,I 2

de Engenhana nU,m referencial genérico {xyz}. Para tal, basta proceder à interpretação
dos termos de S , de que resulta
-v
~
-17xy
E, Ex Ex
1 - J.1.'Y
S'= (3.59) Figura 3.8. Representação esquemática da deformada da camada perante uma tensão axial
Ey Ey
desviada dos eixos principai s.
1
sim.
Gxy
'ressante estudar a variação das Constantes de Engenharia aparentes c 111 o
11\
Tabela 3.5. Fórmulas explícita s para os termos não nulos de Q' 13.571 [3.4]. 111110 e em relação a {123} (figura 3 .7). Se igualarmos os termos de (3.59) aos ob tl
_ 4Q II+ S 4Q22+ 2c 2 S-(QI2+
Q' II-C ?
2Q66) I" I<ls fórmulas da tabela (3 .6), podemos obter, entre outras, as relações:
2 2 4
.Q'12 =C S (QIl +Q22 -4Q66)+(C +S4)Qp
-
3
Q'J6=C 3S(QIJ -Q12 -2Q66)+CS (QI2 -Q22 +2Q6ó)
Q' 22-
_ S.4QII+ C4Q22+ 2cs
2 ?
-eQI2+ 2Q66)
3 3
Q'26 = Cs (Q" - QI2 - 2Q66) + c S(QI2 - Q22 + 2Q66)
2 4
Q'66 = c S2 [QII + Q22 - 2(Q12 + Q66)]+ (c + S4 )Q66

Tabela 3.6. Fórmulas explícita s para os termos não nulos de S' 13.581 [3.4].

S\I_C4SI1 +s4S22 +C 2s 2(2S 12 +S66)


2 2 4
S'12 =c s eSI I +S22 - S66)+(C +S4)S12
3 3
S\6=c s[2(SII- SI2)-S66]+cs [2(SJ2 -S22)+S66]
S'22 =s4S11 +C4S22 +c 2s 2(2S 12 +S6d
3 3
S'26 = cs [2(SII -SI2)-S66]+c s[2(S12 -S22)+S66 ]
S'66 = 2c 2s 2 [2(SII +S22 -2S12 )-S66 ]+«('4 +s4)S66

Iill
84
2
((HIUi'l 'quaç cs sã representadas graficamente na figura 3. , tendo-se para cul tlt\l1'lidd I
propriedades típicas da camada de um compósito de fibra de carbono: EJ 140 ' 1'11 \ =
U = 10 GPa; VI 2 = 0.28 e G I2 = 6 GPa. Devido à grande diferen ça entre os módu l ii 11 11
dir' ção das fibras, Ep e na direcção perpendicular, E2' há várias características a salienlll l jl===::I====1~ lú
) Q decréscimo acentuado de Ex com e para valores relativamente próximos de 0°;

) os máximos atingidos por Vxy e por T/ xy para valores de e relativamente baixos;


) () l1'ulximo de Gxy a e = 45°, facilmente interpretado se atendermos à equivalência ti
, l U I s de tensão da figura 3.10 quando O'x = O'y = T 12'
2
y x
Ex (GPa)
160
140 ........ ....... ......... ......... ........ . ,_o
120 ~
100 \
~o
60 \.
40
20
o
"........... :

lO 20 30 40 506() 70 S090
() (graus) (Jx

v" Figura 3.10. Estados de tensão equivalentes no comportamento elástico se O'x= O'y= 12 .
U.35 I

0.25
lU ·1
j· ....... I - I
...

OO;~ +
' -._·_···.·_· +-_.+. _-~--i._._+_·-_"~""'I_=·rT " i I 3 1 Considere a barra rectangular de comp6sito unidireccional carbono/ep6xido solicitada por
• 11111" . • " .. d E-140 GP'\
0.1 . , I i 111111 1"11 11 l) O"X = 100 MPa de acordo com a figu ra 3.8. Sabendo que f) = 30 e admu m o que I - "
'UlS ·_·········-1
O ~---+--~--+--+--+---+---~--+---i I() ;Pa, v12 = 0.28 e G I2 = 6 GPa:
O 10 20 30 40 50 60 70 80 90
III 1\\I',nine as tensões no referencial principal.
O (grous)

G ly (OPa)
I I I III ull.': as deformações resultames.
10

·8 Ilhl\:,. o

1'11 'lindo (3.55) ao cas\, :]"~["::: ::: _0;':,]\1 ~O] = \ :: 1


MPa.

10 20 3U 40

8 (grous)
SO 60 7U SO 90
1'12 - 0.433 0.433 0.5 ° -43.3
2
1,-.y {m /GN) 1(11 'orrendo a (3.58) e à tabela 3.6, obtemos
0.04077 - 0.01241 - 0.05223]
S'= 0.08720 -0.028 19 Gpa",
[ 0.1250
Sim .

•h pois
10 20 30 40 50 60 70 80 9Q
0.4077]
f) (graus)
t'= -0.1241 %.

Figura 3.9. Variação típíca das Constantes de Engenharia com a orientação da camada para compósitos de fibras de carbono . \ - 0.5223

87
86
NIlIIII' 1'01'11111 10 qu ' , 1111 'U III O UI ' I'~' II Il/-l Ul'1I LH , p ll l ll II I III d l l ~ 1111111 111 I I Mdi 1'11 "1111 11 (/'\1)' II h llfl' lI 0 111 "ncias
também umu <.k form I~ o d~ 'O l't~ ry <.:o nsklcrt\v 'I. 1.0/-111 , 1111111111111 I I li I I 11 11 11 11 11 II I'H llIl lo li ' t 'ns, Ü UII
1 " 110 11 'lI ko, '. P., j. N . ooeller, ' l' h "11 1 ii i I\hllll d ly, M ,( li' IIW- l lill , 1970.
axial CYx' o sistema de transmissão de carga tcria de I el'mi tl r II I' " II I III d l' h I' 11111\ II I I h' 11 111 " II que, na p n\tl 'II.
MI!lv rll, I . E. Inrroduction to tl1' M . 'hulI ! 's ll l' II :ontll1uo us M edium. Pr<.: nti cc 11 11 11 I I)()I) ,
é difícil de conseguir.
111'11' 1111 ' rg, B . Composire Marerials G uide. "hrtp:llplastics.about.com" , 200 2. .
1\ '11h 'Iot, J. M. Composite Marerials: Mechanical Behaviour and Structural Analy~ls . Spl'l ll /WI

Exemplo 3.2. Voltando à barra rectangular do exercício anterior, calcule agora o estado de tensão 1111 V!'1'l1l f\, 1998.
referencial principal para o valor de ex obtido anteriormente, supondo agora que, por constrangimentos d ll
transmissão de carga, rxy = o.

Resolução. Perante a restrição à deformação de corte, obtemos de (3.57) ,

O'X = Q'II e x + Q' 12 e p


O'y = Q'12 ex + Q'22 ey ,

! 1'xy = Q'1 6 ex + Q'26 e y

onde intervêm os rermos de matriz de rigidez (tabela 3.5),


85.38 25.54
41.43]
Q'= 20.01 15.18 OPa.
[
sim. 28.73

Por ourro lado, de (3 .58) e das condições do problema,

Se substituirmos as relações entre tensões e deformações,

As tensões em {xy z} são portanto

I!O'x
O'y

T "Y
(121.0)
= -73 ,75

33 ,93
MPa,

enquanto no referencial principal,

0'1) = (J01.7)
0'2 - 54.44 MPa,
( 1'12 - 67.37

estados de rensão substancialmente diferentes dos que foram impostos no exemplo 3.1. Estes exemplos
ilustram a importância dos carregamentos e das condições fronteira no comportamento de compósitos.

11'1
88
pítulo 4
álise Micromecanic
Camada

, . Introdução
II 111 1 /tulo anterior, apresentámos as relações tensão-deformação da camada unidi -
I I I I1 l1 ul dos compósitos de fibras contínuas, em que esta foi tratada como um sólido
IIII lItllg'éneo. Esta abordagem, que se designa habitualmente por Macromecânica, '.
I II 'ial para o projecto com materiais compósitos. Por outro lado, a compreenSLo

III Il lInpOrtamento dos compósitos exige uma análise ao nível dos constituintes, qu ;
II. llIlita por exemplo justificar os valores típicos das Constantes de Engenhariu
'1' 11" 'ntados em 3 .4. Este é o domínio da chamada Micromecânica, cujo objectivo
I II 'ial é prever as propriedades da camada a partir do teor e propríedades dos

111 1 lituintes [4.1-4.3] .

• 11 111 0 a camada é constituída por uma infinidade de fibras, a Micromecânica procuru


I I II [mente recorrer a modelos do tipo "célula elementar", cujo comportamento scju

11 111 'sentativo de toda a camada, e de maneira que a análise conduza a expressões

IIl1tll l'icas relativamente simples. Estes objectivos foram já atingidos num número
111 11 Indo de casos, sendo o exemplo mais significativo o do módulo de elasticidade nu
oIlH' 'ção das fibras CE)) . Todavia, há geralmente obstáculos importantes ao desen-
,dvimento e aplicação prática de modelos micromecânicos rigorosos.

dí'ficuldades começam na incerteza acerca das propriedades dos constituintes. D '


hH 10, é extremamente dificil medir algumas propriedades das fibras, sobretudo quando

91
, LI lu dl . i ou'ópi 'II i
I \) fI\I'l ' 11 h ' ll! ' III 0 11 Ó, i '1\ I Ii i,.. I li , '1I 1'ho ll il ' d ' IIl'Llln i III,
'0 111 0 ' () 'II () III 1I1 1I1I 1I1'L 11\1 ',HO ti o ' UI' ·I.hni ' pal'o t1hnl I' 1'111 11 II II HllI I. (( II '

NOl' II1 l\ Im 'nl ' II ' ' II U " 'O ' O l1 lrUn1 tis, on(v ' j/oj o rn < hdo ' ti 1 ' II HI () I , I'( l UfU 1"l lrl ll\ II I ' flUO intcrfl:l ial fibra/malri z .
Il'IwÇ 10 10 111 ii LI linllifl, A:> I I'Opri dad 'S tnlJ1 sv ' fsais são f I' ' q ucotCtn 'n t ' 's limadati II
111 111 I' I , J' 's ul cados de ensaios de mpósÍt s usando tn delos m icI' mecâni o" I pllI l /'l'af s qu e se segu em descrevem s pdl1 ·~p.ioS bá~icos em q~e. assent \I~~ \) '

' , '1 11111) "111 " importante salientar qu e os vaI res disponíveis para propriedades dw ' 11111Ipuii:l 111 delos, escolhidos de acordo com criten os d e mteresse t~onco e de II. 01'

I ' 1111 1.0 btidos com provetes d e dimen sões muito superiores às das finas camadu , III' 11" 'visõe . Estes modelos são enquadrados nas seguintes categonas:

di 11 11 11 1'1 % q ue envolvem as fibras. II 1111 II-los


de M ecânica dos Materiais;
MIII I 'I Au to-Consistente;
I :111 111\ 'vi.d 'nte, a previsão das tensões de rotura é muito mais complexa do que l1
" I" " I 'H uperior e inferior;
1'11 ' II !III 1 '0 0 tantes elásticas. Para isso contribuem os efeitos da heterogeneidad • 111\11 1 -lo semi-empíricos;
1,11 Iii I I' '" ' III 'H modos de rotura. A investigação nesta área é objecto de revisão M,"IOdo das Células;
111 111 di 111111 1 - Pl1l'lI as resistências longitudinais à tracção e à compressão, cujos ele-
I Il1 odelos numencos, como os m odelos de elem entos finitos, não co~du~em àfl
Ild ll Idol\' I ' I () entre as principais vantagens dos compósitos.
!!ll lIlulas explícitas pretendidas, mas são úteis na validação de modelos mais Simp les,
1'1 11 I tllI I ~ II l ll l',
no actual estado da arte, os modelos micromecamcos n ão \I "l ll' justifica uma breve referência neste contexto .
ItI, 11 1111 111 Il"ttlização de ensaios. Porém, a forte anisotropia da camada faz com qu
I I III ' . I 'trio realizar um número elevado de ensaios, nos quais é por vezes difici l

11\1111 I ' ull ad s válidos. Há portanto grande interesse no desenvolvimento de 2.1. MODELOS DE MECÂNICA DOS MATERIAIS
111111 1 -lo m i romecânicos rigorosos.
I I tn d elos de M ecânica dos M ateriais são os mais simples, b~seando-se na :náli c
N ' I ' 'opítulo, são apresentados modelos micromecânicos para a camada unidirec- ,Ii li ma célula elementar bidimension al (figura 4 .1), constitUlda por un: a so fib~a
I IIvo lvida por duas camadas de matriz. As suas dimensões devem reprodUZir a fracça
d I no l ou para compósitos unidireccionais de fibras contínuas, que são os mais impor-
111 111 's a nível de aplicações estruturais. As expressões obtidas n ão se aplicam aos II lúmica de fibra do compósito, ou seja,
'olllpósitos reforçados por tecidos bidireccionais. De facto, a modelação destes é h (4.1)
• LI' 'mamente dificil, resultado da geometria complexa dos feixes de fibras, dos Vj = -. - f - o
hJ + hJII
' I' 'iros d a curvatura localizada dos mesmos e do escorregamento relativo entre feixes
LI lu un do da aplicação de cargas. Não estão ainda bem estabelecidos modelos· rigo-
2
I'OHOS, qu e serão provavelmente numéricos.

4.2. Análise das Constantes de Engenharia


~
2 i--- L - - - - - -....
o objectivo dos modelos que apresentamos neste item é prever as Constantes de
I\ngenharia independentes dos compósitos unidireccionais de fibras contínuas, que, como Figura 4.1. Célula elementar das leis das mi sturas.

vimos no capítulo 3, são Ep E 2' Vw G 12 e G 23 ou V23' OS modelos são de complexidade


· I (figura 4.2), a célula elementar sofre defor-
muito variável, mas baseiam-se quase sempre no seguinte conjunto de hipóteses: I uando solicitada longitu d ma mente
) fibra e matriz como únicos constituintes, excluindo vazios e inclusões; IlItlçÕeS longitudinal e transversal.
) arranjos regulares simplificados para a distribuição espacial das fibras;

93
l/ 2 = 11'lj 1 U2", ,>
""
,. I, I I " lU ) ,, " , 1/ '"" • 11,,,
(4.7)

I 1I11d o ii ra a lei de Hooke,

(4.8)
I hllll ) I 11111/1 11111 111\1\1111' 101) oli citação longitudinal. incluindo a representaçã o da deformada a tracejado.
II , , li mos à equação
1111 I Itl iI 1 11 11 1\ 11 III ' Ifn SClldas dos pontos de aplicação das cargas, a defor-
11 111111' I l ltI II ti I I IlI tI Jl UI'O 11 fibra e para a matriz, isto é,
11 11 sendo tão rigorosa como (4.6), parece estar em boa concordância com os
111
(4. 2) II 11 11 11 los experimentais, se bem que haja alguma incerteza nos valores de Vj12 [4. 1-4 . I.

I II I ~'II lo wl será repartida pela fibra e pela matriz, e portanto, " 11 10 S agora o caso de uma solicitação transversal (figura 4.3).

"'II,h 111 11111 ti·. 1), podemos reescrever na forma da chamada Lei das Misturas
II 111 11 1 III Un al,
(4 .4) y

'. _----
I II1 I I Ill II lI ' tado plano de tensão, ou seja:
0"22

(4.5) Igura 4.3. Célula elementar sob soli citação transversal. incluind o a representaçã o da deformada a tracejado.

• III lção
dmitimos que a tensão transversal é igual na fibra e matriz, isto é,
(4. 6)
O' f2 = 0'", 2 = 0'2 ' (4 .10)

I I I' ii 1"111
'(.H'lhecida por Lei das Misturas ou por Modelo de Vozgt. Modelos mais sofisti-
111 11 11 próprios resultados experimentais confirmaram o rigor de (4.6) [4.1-4.3] .
' O!:l IIl'l1'l como estado plano de tensão,
N1 1I II' (u e, sendo o módulo da fibra uma ou duas ordens de grandeza superior ao da
O' f 2 0'", 2 (4. 1 1)
11 1111 1 ~, ' como Vjanda tipicamente entre 0.5 e 0 .65, êr
-
= -- ,
E f2
ê m2 =T'
",

,' lIbstituindo (4.10) e (4.11) em (4.7), que se mantém válida, obtemos


1 V l-V
- -r,
f (4.1 2)
I "1 0, h á todo o interesse em que o teor de fibra seja elevado, de maneira a obter um - =--+
E2 E f 2 Em
11l 111PÓ::; ito mais rígido. Na prática, a necessidade de garantir a boa impregnação das
I 1 I'US por parte da matriz limita o teor de fibra máximo a cerca de 70 %. \l)u ação que é conhecida como Modelo de Reuss. Ao contrário de (4.6) e (4.9), esta
quação é claramente inadequada, subestimando considerave.l~ente os valores expe-
, 'tomando a análise do modelo da figura 4.2, a contracção transversal de Poisson é l'i mentais [4.1-4.3]. De resto, facilmente se constata que a hlpotese de estado plano

95
d ' I '11 10 Ctt I J) não é correcta, pois Lid u resul rariam diferentes c n l rtl 'ÇÕ ' H d l' 1.. MODELO AUTO· CON 1< II N II
I'ohmoo on direcção 1 que são inconsistentes com a noção de célula elemen tar. 1 !l I
OlHl'O lud ,admitir contracção uniforme na direcção 1, isto é, 11 11 1' () fi dei os que fazem L11" -l. o li 11 11 "11 1 lu 1111 'LO da Teoria da Elasei 'iulld .,
"1\ \1 1'1 " particular notoriedadt: O hUI11t1 lo Mucfo[o Auto-Consistente [4.4, 4. \. E II
111111 h lo nsidera uma célula elementar cilíndrica, embebida num m eio homo ' I ' I)
11 () 'onduz a uma expressão suficientemente rigorosa para ter interesse prático. N u IIt I"'opriedades equivalentes iguais às da célula (figura 4.5). Em seguida, ão r 'LI li·
I' 'uliuude, a previsão de E 2 exige uma célula elementar de geometria mais realista 111 1" L10álises de tensões em coordenadas cilíndricas (r, 8, z) de que apenas eXpOn1\l
Il1 l\ lisc!> bastante mais complexas, como veremos mais à frente. I, PÓLC es básicas e os resultados finais, dada a complexidade dos desenvolvimcn l'(), ,

(J
Jt'illlllmente, o módulo de corte longitudinal, G I2 é deduzido do modelo da figura 4.4. Meio homogéneo

Fibra

Matriz

TI2
Figura 4.5. Repre se nta çã o esq uemáti ca do Mod elo Auto-Consistente [4.4. 4.51.
Figura 4.4. Célula elementar ao corte longitudinal. incluindo a representação da deformada a tracejado.

/\ cinemática do modelo traduz-se por 1m, no caso da previsão de Bt e de V12' admite-se um campo de deslocamentos nu
11111'11 e matriz do tipo:

(4.13)
UI' = F(r); U o = O; UZ = Uo ;

, fu - d t . ar e Uo e' um deslocamento uniforme. As


que F(r) e uma nçao a e ermm
1 11\
Ht:odo complementada pela Lei de Hooke,
quuções obtidas são [4.3-4.5] :
4(v m - V f 12)2k."k j P", (1- Vf )VI
r - 01""'12 '
11112-
(4.14)
EI = Vf E fi + (1 - VI ) E", + (k f2 + Gm )k + (k /2 - k m )G Vf
(4 .17)
ln ln III

, pela hipótese de tensão de corte uniforme


(VIU -V f I2)(k", -kf2 )G",(1-Vf )Vf . (4 .1 )
(4.15)
Vl2 = Vf V f l2 + (1- Vf )V", + (k f2 + G )km + (k J 2 - k ln )G m VJ. '
lU

Obtém-se então IlI1de k designa o módulo de compressibilidade em estado plano de deformação .


(4.16) ( :onsideremos um elemento cilíndrico de compósito, com o eixo z coincidente com
1\ orientação das fibras, e com os deslocamentos axiais dos topos impedidos, ~u sej~
=
I:,. O. Quando sujeito a uma tensão radial U r, o cilindro sofre uma deformaçao rad l·
'quação que, como (4.12), subestima excessivamente o valor experimental [4.1-4 .3].
111 sr' sendo então

9'/
96
1111
til I III 11I1I1l 1I1 - '01111'11 'udi) " III I . I , 2, (
... ,). 1\ I ' 1 - 1 11 1\11·\ 111111 111 11' 11111 .111111

11 11 '1111 , 11\1 \'lI lllp O hubiwul I 1"- ' \)


/lO tk:sprczáv ' j I
1/,
' (lido n
u" =_, JJJO" ..(SjO" .)dCP.
10 1)1'

2(P ,p I U ./
I'i 'vid 'me q ue a geome tria cilíndrica da célula não é adequada para a previsão de Is'
de d·r f l n 1 " I'
Il l' l d' v~'3 mas im p ara k z. Os desenvolvimentos analíticos conduzem a [4 .3-4. 5 1 IlI i tou dos limites implica admitir campos de tensões ou campos , 1'1' " .
11111 llllveis com as condições fronteira do problema, explorando ~e~ols os I .1 1' 1,
(4 .1 () : li de (4.23) e (4.24) . De facto, segundo o Princípio VanaclO,nal ela 1\ 11 ' I' , III
I II III s , _ lU ' empre sobrestimada, 0 11 ., \
'II I ' 1\ 'ial Mínima, a energia de deformaçao rea, r' e s
No 'ncanro, k z não é uma Constante de Engenharia conveniente para a análise I,
C/L .. )
'1\ InllUU, se bem que esteja relacionada com as outras constantes através de [4.3-4. I

k, = ( E" E,) (4. 20) · .


I ollele resultam 1Imites supen
'ores para S .. e G .. No entanto, como
I} Ir
ü = ,'1/ I,

2 1-V23 -2VI 2~ 1"lI klUOS estabelecer limites inferior (-) e superior (+) para Gij,

Pil uJmente, o Modelo Auto-Consistente permite prever GIZ' admitindo que actu a Cij (-) <
-
c IJ.. <- c.(lJ +) '
tllnH tensão de corte ' rz uniforme e o campo de deslocamentos:

I lIlw; termos são directamente proporcionais às Constantes de Engenharia.


Ur= O; uo=O; u z =U(r,8);

U(r,8) uma função deslocamento a determinar. O resultado, 1)1110 é evidente, o aspecto crítico desta abordagem é a escolha d~s ~amp~s elC"t '~~ 1:'
')
1111 le deformação. A titulo exemplificativo, consideramos os hmltes ditos pllllll
Gfl2 + G", + Vf (G f12 - Gm )
Gl2 = Gm , (4.2 1) Ilvos", que se obtêm admitindo campos uniformes.
Gf l2 + Gm - Vj' (Gf 12 - Gm)
' fi quação mais importante do Modelo Auto-Consistente, na medida em que se . . nsiderarmos então o estado uniaxial de deformação uniforme:
1'I.:vclou em boa concordância com valores experimentais para compósitos de fibra de é:
i
=Eo i =1,2,... ,6 (tl-. 7)
vidro [4.3-4.5]. Os resultados também são considerados rigorosos para compósitos
{ Ej =O j :t i
(k fibra de carbono, se bem que haja incerteza nos valores de Gflz, O Modelo Auto-
onsistente é portanto um contributo importante para a previsão das Constantes de IIplicarmos (4.23) e (4 .25),
Jlngenharia. 2
Eõ? c.. :::; _E0- (CPfC fi /. +CPmCm,ij )
2 u 2$ .
(4. 2H)
Ç::} Cij :::; VfCf,ij + (1 - VI )Cm.ij'
4.2.3. LIMITES SUPERIOR E INFERIOR
I uc é uma expressão muito semelhante à Lei das Misturas ,(4.6)" D.e, fac~o, q~al 1\
Em face das dificuldades na obtenção de equações rigorosas, foram propostos modelos I . d ' _ . _ 1 demonstra-se que o limite supenor pnmltlvo e [4.3]
"Ol1creuza a para z - ) - ,
que permitem determinar os limites inferior e superior das Constantes de Engenharia.
2(Vf 12 -v.,) 2kf2 kmGf l2 (4. 29
ecordemos que a energia de deformação de um dado corpo com volume cp é dada por Ei+)= V/Ef l+(l- Vf)E/I/+k k +G (v k -v k)'
12 111 /12 f12 112 /ti m

(4.22)
'1'1
98
III IH\ I II ' 1I\ I l ' lI dl l 1I 0f V tl OI" IÍPl ' (lt III I l' O pl I lI lIdl • 1!l II l' II do I I " 'ni ' li vlI d u 'ioouili Hol ti 'n Iw pll~ '1 1 /l l ll l' '1I 11lPOH LI ' t 'o ( ' , I·
11111 11 11 (,: 1 ' 4ll ' U o ( ri
litn ic's mu i 1I 1l1'll udl) /-1 , 1, " 0, 4.7J. N o CnWI1 10,lI
eO'\ a
_P" I obLidu s t roam-se mui to CO m i li
'II I I! ' 1\ I mitl:s continu am separuuoH
IlI do/llm ' OL ' H' 1 for LllllU qualq uer Constam' I ' 11111 '1111II I II t ' U 11n ice sup eriO I 1'"1 III '/'Vu los d ema iado amplos. Por cons ' ruint " l:li tu abordagem n ão p arece s ' r 1
p i milivw ~ l4, I 111111 III li ·oda.
(4. O)

I) pOI l O de vista físico, a hipótese de estado de deformação uniforme resulta nu m 'J .4. MODELOS SEM I-EMPíRICOS
'Ii lJl! ' superior de P, devido a não se verifícar o equilíbrio de forças, e portanto o estado
'II ' 1'1 "!ico ser superior ao real. (pio b ásico destes modelos é o recurso a parâmetros empíricos, cujos valores
I 1'1 li
_II ' 1\1 S respeitem os limites superior e inferior. O modelo mais conhecido é cJara-
( II l1 nl O a limite primitivo inferior, podemos obtê-lo admitindo o estado uniaxial d ' II I III ' o d e Halpin-Tsai [4.2], cuja equação base é
I 'II I o llnifo rme:
P=P Pr +ç?,,, +ÇVI (PI -?,,, )
i =1,2, ... ,6 (4. 35)
m P 1"D _ V (P - P ) ,
f +'r m I f rn
(4.3 1)
j::f. i
I , P representa uma qualquer Constante de Engenharia e ç é um parâmetro
II iii

IIlpirico de valores não negativos (ç ~ O). Este parâmetro é determinado por ajuste
i' Il lll undo de (4 .24) e (4.25) d" I' sultados experimentais, e traduz a eficiência do reforço. Facilmente se verifica
qtH' o modelo respeita os limites primitivos (4.30) e (4.34), uma vez que:

- 1
(4. 32) V l -V
:::::;:, P = _I + __
1 ;
[ )
PI ?'''

:t II 'I' ' tizando agora para i =j = 2, obtemos o limite inferior primitivo


E2
H _ (
- -VI- +-1--VI J -I (4.33) I I1gura 4.6 compara este modelo com os limites primitivos para P =E z de um
E'2 Em
IlI tnpósito de fibra de vidro-E. Os resultados experimentais destes compósitos suge-
, PI' 'ssão idêntica a (4.11), sendo também válida a generalização [4.3] I I 111 ç (Ez) = 0.9 a 2 e Ç(G 12 ) = 1, sendo interessante constatar que, neste último caso,

( I. 5) fica igual à equação (4.21) do Modelo Auto-Consistente.


P (-) _(
- -
VI +l -
-VI -) -I (4. 34)
Pt P,,,
li te tipo de abordagem tem como principais desvantagens a necessidade de calibração
/\ interpretação fisica é que a hipótese de tensão uniforme implica vazios e I' perimental do parâmetro empírico e o facto de a equação base não ser rigorosa .
obreposições, sendo por isso necessária mais energia para compatibilizar deformações.

Nu prática, estes limites primitivos estão demasiado afastados para fornecerem esti-
Il1 ucivas úteis das Constantes de Engenharia. Por exemplo, para um compósito de
libra de vidro-E com Ef = 75 GPa, vf = 0.2, Em = 3 GPa, vrn = 0.35, Vf = 0.55, com
li bra e matriz isotrópicas, obtemos 6.36 :::; E z (GPa) :::; 42.6, intervalo de valores
l1)unifes tamente excessivo.

100
101
60
--Reuss
40 --.r- HT(I)
-o-HT(10)
20 +-- _ _____ --Voigt

0.2 0.4 0.6 0.8


3
Figura 4.6. Previsão de E de u . . .
VI I h", I
• 2 m compos lto de fibra de vidro-E com o modelo de Halpin-Tsai, HT(çl. Es tão
tamb em repres entados os limites superior (Voigtl e inferior [Reussl Admitiu-se f,'bra e m t' . t " Figura 4.8. Sub-células da cé lula elementa r.
. a nz ISO roplcas
com Ef ~ 75 GPa, vf ~ 0.2, Em ~ 3 GPa, V ~ 0.35.
m
IIIu'di sc envolve a aplicação das condições de equilíbrio, bem como a determiIo l,:l \)
I.. I'I'opriedades em todas as direcções no plano 23. Em seguida, procede-se a '!lI
II ltIdos valores médios de todas as propriedades nesse plano, de forma a satisfu z ' I' \)
4.2.5. MÉTODO DAS CÉLULAS I qui ico de isotropia transversal, ao qual a célula quadrada não obedece "a pri ori" ,
I IIqlli resulta uma série de equações extremamente longas, que na prática exi ' II I
o chamado Método das Células baseia-se numa análise 3D de uma ' I I I III n informáticos, e que estão geralmente em boa concordância com os resul tud o
Na sua for " I A . ce u a e ementar, IH'rimentais [4.8] . Esta análise foi objecto de refinamentos posteriores, no in LU ilil
d' 'd 'd ma ongma, boudl [4.8] considerou uma célula quadrada (figura 4 7)
IVI I a em quatro sub-células (figura 4.8) em que se admitem tensões constant~s. ) .II pI' ver aspectos mais complexos do comportamento dos compósitos, por eXelTlj lo,
I I omponente viscoplástica [4.9].
:------------------- ------------------

~~~
I . IItl o em mente o interesse em obter equações relativamente simples, realizo u-se ' 11 1
I ' 10] uma análise simplificada da célula quadrada da figura 4.8, na qual se co n i
d l' l'lI apenas uma solicitação na direcção 2 para obter E2. Desprezando as ten Õ ' H d tO

~~~
1 11 1 te, as equações de equilíbrio são:

Matriz

~~~
Figura 4.7. Arranjo g eOmétri~~-~-~é-I-~~~-~;~-~~~;~~-~~-~-é;~~~-~:as Células [4.81.
I'li ra fibras transversalmente isotrópicas, a lei de Hooke pode escrever-se

'0111 i,j e k = 1,2,3, enquanto a matriz é isotrópica, A compatibilidade geométric"i dll


vúrias células impõe a uniformidade de I:: J e de 1::2' ou seja:

102
1II I
1
1' /1 1'11 1; 1 11 1 I hl • I", (11 .. J.O )
I ,I (4. O)
li; '/ 2 1" hml'''l (It I I 11", )1 , (4·.1 1
hl 8 b2 + hm8 c2 == ("I + " m l' . (4 .1 1'"1111110
Eo == ,JV;aU2 + (1-,JV;)a c2
1"lI 11U impor Lima condição na direcção 3, que, à partida, deveria ser a de &3 uniform ', - 8
2

h l 8 13 + h",8b3 == h f Ea3 + hmEcJ .

To Inviu, e ta hipótese conduz a um sistema de equações complicado e, como já fo (4.5 1)


I' ·j"rid , torna necessário analisar todas as direcções no plano <23> . Para evitar es t

n 'Ol1vcnientes, e para esbater a anisotropia em < 23> inerente ao arranjo geométrico


'oJ1sid erado, admite-se estado plano de tensão em < 12>,
~ JlH'visões desta equação foram comparadas com as de um modelo 3D de elementOH
(4.43) 1111 10 \ no qual se considerou uma célula elementar do arranjo hexagonal de fibJ'l1
II 101 (figura 4.9). Este arranjo é tido como o mais realista para o campo habitu al dI'
N 'SCas circunstâncias, se substituirmos a lei de Hooke (4.39) para a fibra e para ti
I , (r, ) li 65 %), respeitando a condição de isotropia transversal. Impõe-se à célula unI
mlllfiz e (4.43) em (4.40) a (4.42), obtemos
I. lo 'Hmento uniforme da sua face superior, y = b, e que as restantes faces se 111.,11
II 1I 1lt llU planas. Os erros de (4.51) foram inferiores a 10 % para compósiros de fit rll
1 V fl2 I v
- aj'I---a == - a -~a (4. 44) . " V Iro e de fibra de carbono.
EII E j2 E ai E 02
II m m

1 Vm 1 v'"
Em aal - Em a a2 == Em a hl - Em a h2 (4.45) ".

(4.46)

(4.47)

h h
--L(a
E h2
-vm a hl )+~(a
E .2
- vm a c1 )-
-
(h I + h) E •
2 ln (4.48)
m m

Podemos agora resolver o sistema constituído pelas equações (4 .37), (4.38) e (4.44) Figura 4 .9. Célula e leme ntar de um mod elo de e lementos finitos. incluind o a representação
a (4.48). Sabendo que da deformada a tracejado [4 ,1DI,

V -
hI2
f - (h + h ) 2 ' (4 .49)
f ln

e desprezando alguns termos tendo em conta que EfI » Em> facilmente se demons-
tra que [4.10]:

104
"III II 1 ~11l1'1I1l11l dli 11l1l'1I dli 11 11 111' ~o:
1. .'2.6. N u o lo,
U, 1(111 ' , 1
I" , II I \ 1'11,

()o ln! 'rOll1' 'l oicos que fonll11 UI I' ' -111 11(/ 0
1111 ) ( ' 10 1111 11 111 111 "01 C njun co II I( , I.Oll7 OPu.
11/1
l qll lH,l , lU ' P T l1 iC ' ITI prever Om bastam ' t'i 'W ' 1l : 01\ 111\1 ' U ' Engenharia m ui '" (I I "",

' \)I IIUI1 . Trucn-t>(; c n retamente, das equaçõe (4:.6) (L() (4.2 1) e (4.51) para 1:'"
I ""III")~ 1I ~() ra recorrer à equação (4.2 1),
1' 1 , 01 _ '!J"2l respe tivam ente. Se for necessário o valor de v2 3' podemos ,obter 1~2 li .
31.25 + 1.087 + 0.55(31 .25 -1.087)
('I.P» , . I (4.20), G\2 = 1.087 3 1.25 + 1.087 - 0.55(31.25 -1.087)

? E? E? <=} GI2 = 3.38 GPa.


v, =1-2v- -- - - - (4. 52)
_3 12 E 2k
1 2
. ' I 3 estas Constantes de Engenharia são suficientes para os problemas mai s ""Ii
No 'ntl:\nto, como já foi referido, uma das principais dificuldades na aplicação do I vI mo s no capltu o ,
11 11111 óI I
. , . ma análise 3D então há que calcular os m l o () ~
IIIIIIN d ' I;stado plano de tensão. Caso seja necessana u ,
IIlod 'los é a ausência de dados seguros para certas propriedades das fibras anisotrópica
II I IIl llprcssibilidade (4.20):
UI" vfl 2' Gf1 2 , G123)' Estas têm vindo a ser inferidas dos resultados experimentais d
k - 75 <=> k f = 52.08 GPa;
'olnp6sitos, combinados com os modelos micromecânicos. A tabela 4.1 dá interval . f - 2(1-0.20-2.0.20
2
)

I I i ·os para as propriedades das fibras. Quanto às matrizes, temos habitualment ·


k = 3 <=> km = 4.529 GPa;
UI/I = 2 a 5 GPa e vm = 0.35 a 0.42. m 2(1 - 0.38-2.0.38 2)

1',1111 ~, 1Itã o obtermos de (4.19)


Tabela 4.1 . Intervalos de valores típicos das propriedades das fibra s. 4.529(52.08 + 1.087) + 0.55 · 1.087(52.08 - 4.529)
Fibra EIl (GPa) En (GPa) GIl2 (GPa)
k2 = 52.08 + 1.087 - 0.55(52.08 - 4.529)
VIl2 V/.I3

Carbono 230-600 10-30 0.20-0.27 20-50 0.25-0 .33 <=> k 2 = 9.97 GPa,
Vidro-E 70-75 70-75 0.20-0.22 29-31 0.20-0.22
I 1Il1l1lmente, de (4.52),
Aramida 120-150 4-6 0.33-0.37 2.5-3 .5 0.33-0.37 2 9.78 9.78
Y23 = 1-2·0.28 - - - 2.9.97
42.6
Finalmente, há que ter consciência que, por muito rigorosos que sejam, os modelo <=> Y 23 = 0.47.
nai r mecânicos nunca substituirão a realização de alguns ensaios de comprovação,
pUf O feitos de projecto com materiais compósitos.

. ' 't carbono/epóxido em que os constituintes têm as seguintes pro-


I('" lmplo 4.2. ConSidere um composl o _ O
III 'dades: E = 294 GPa; EJ2 = 20 GPa; Gf12 = 40 GPa; Vf12 = 0.22; VJ23 = 0.28; E III .= 3.5 GPae Vm .- . • '
Ilxcmplo 4.1. Estime as Constantes de Engenharia de um compósito unidireccional de fibra de vidro com I . 11 , da moldação por autoclave permite, seguindo as Illstruçoes do fabncante, obl<.: r
\ I lubriCO de peças atraves • ' ., , , .
lN Kq;:uintes características: Ef = 75 GPa; vf= 0.20; Em = 3 GPa; vm = 0.38 e Vf = 0.55. ra de uma peça fabricada através de moldaçao por vacuo, obtev<:-H
\' O 65 No entanto, com uma amost

It ~olução. Admite-se normalmente que a fibra de vidro é isotrópica. Aplicando (4.6) e (4.9), obtemos
1/
I
6; . I "
.
= ; GPa nos ensaios de tracção. Preveja as diferenças entre os valores esperados, fornecid~os na I.O~.h ll
am efectivamente medidos das Constantes de Engenhdllll.
iii' 'specificações do fabricante, e os va ores que sen
EJ = 0.55·75 + 0.45·3 <=> E[ = 42.6 GPa;

V12 = 0.55 . 0.20 + 0.45 · 0.38 <=> v J2 = 0.28. Ilcsolu ção. Se de facto tivéssemos Vf =0.65,
EI = 0.65 ·294 + 0.35·3 .5 = 192.3 GPa,
Ih eq uação (4.51),

• d'd ' 12 1 % inferior. Logo, VI é necessariamente inferior, podendo Sé l'


" ln relaçao ao qual o valor me I o e .
I ulculado através de

10',
106
I'I II I
I l ' l) I - rOtura 10ngiLudinúJ t\ Ll'Ucção; _
I(i
pll 'II IId o " ,1») ,
I ' II , f o de rotura longitudinal à co~pressao;
I ' lItl< O de rotura transversal à tracçao; _
1 - n ~ ão d e rotura transversal à compressao;
Vl 2 = 0.266 GPa para /II = 0.6 ; I 'n ão de rotura ao corte;

IvI 2 = 0.276 GPa para /I/ = 0.57;


/ II /I . a ta b eIa 4 , 2 apresenta alguns valores típicos ,
qU l'\lS
lo uma p equena diferença de 3.6 % relativamente ao valor esperado. Recorrendo agora a (4. J I ,
111 0 I r,, "

I, - ;V; (I -Vrv. )
1 (TI
I
1 (TI
~
.c..,_ + 3.5

~
-
} ' -
Y
2
- -JV;
- + ( 1- JV;)1-0.35
V/_ 1-0.35 2 ' - - _ _ _o

20 3.5 -- - ---
II'IIII IN untii o:

E 2 =9.84GPa para V/ = 0.65;


~
==:=~.=:~~
{
E 2 =8.59GPa para VI = 0.57; (TI (TI

OU N -;11, o valor m edido seria cerca de 13 % interior ao esperado. Finalmente, no q ue toca ao módulo ti '
l'OI'Ii.: =
(4.2 I), sabendo q ue G m Em/2(I + V ,) 1.296 GPa, = (T, (T2 (T,

~
ll
~
G = 1.296,-40+
_1.296+ /lf (40-1.296)
_ _-'-_ _ __
12 40+1.296-V/ (40 - 1.296)'
o hl 1110S:
F·/gura 4 . 10 . Os m odos bás icos de solicitação da camada .
jG J2 = 5.34 GPa para /1/ = 0.65;
Ta bela 4.2. Te nsões de rot ura de a lguns comp6s itos unidireccio na is [4.11 J
[Gil = 4.27 GPa para Vr = 0.57; 0;111
Compósito VI
HI' lIdo pOrtanto de esperar uma diferença de -20 % em relação ao valor esperado. Estas dilerenças de (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MP a)

Vll lo/'cs pod em d ar origem a erros importantes nos cálculos de dimensionamento. Por isso, é importante C(T300)/Epoxy(934) 0.60 l 3 14 1280 43 168 48
I' 1111' "tcnto aos valores efectivos do teor de fibra. C(T800H)/Epoxy(3900-2) 0.65 2840 1550 52 165 58
C(AS4)/Epoxy(3501-6) 0.63 2280 1440 57 228 71
C(AS4)/PEEK(APC2) 0.66 2130 1100 80 200 160
C(IM6)/Epoxy(SC l081) 0 .65 1500 1500 40 246 68
C(lM 7)/Epoxy(977-2) 0.65 2818 16 12 75 161 109
E-G/Epoxy 0.55 1080 620 39 128 69
4.3. Análise das Resistências K49/Epoxy 0.60 1280 335 30 158 49

I'()[ura da camada é geralmente um processo complexo, que pode envolver pIas ti- - me1han a do que acontece com os módulos, são gra,n~ es
( .omo se pode constatar, a se ç . d" as transversais. As anahses
\' IlI de e formação e crescimento de fendas localizadas, sendo portanto muito dificil . ências longnu lllalS e
liA diferenças entre as reslst . f 'l ente justificar essas diferenças. Por
,I ' prever. Apesar disto, a análise Micromecânica permite tirar conclusões úteis acerca micromecânicas já realizadas permitem aCl m »B
dOI-; mecanismos de rotura e das propriedades relevantes dos constituintes, Convém 'xemplo, retomando a equação (4.4), e como Bj1 m'

ii 'St l<.: já definir os modos básicos de solicitação da camada (figura 4,10), aos quais (J, '" V/(J fi'
\ '\)/'/' Spondem as seguintes tensões de rotura:
O que explica que os elevados valores das resistências longitudinais das fibras se
11111

109
I lI h . llil '1" 1 nnúl I, 1ST NelA LON GITUDINAL À TRACÇ
I I I1 I I 1 ' I II 1111 1'1' t II ' II H III ) '0 11 11 1'11 l O , N II 1111 1 1\"1 1111' '!l l ll ". R
111 ' 111 ' Ul I I \) ti I 11 1 ui,' II , oU 'i t I Ç ·tI d t1' lI \ '1 11 li I di 1 Ill lllIlI II I II p lll ~ lHl m e 'anl . . 1 '\ . " {:. naturaln " L ' o
. ~ da resistên cia 10ngltud ll1a ti I ILI <':l O, 111, 1>
11 10 til' l'OI I Il' 1 iii t) diC -r 'J1C 'S . 111\ \ pura l prcvlsa . . _ 42 1 N lma primeira análise, a r lllfll
I I t M ânica dos M aten als da secçao . . ' L
III I II " ~c. . d t tingida a deformação de rotura da fibra, c'ifl o u
1'11 1 (!l It ro lud ) OS m delos de 4 .2.1 prevêem q uc, se ti n .uLl'iz fo r men os resistcn t 1\ 1 II 1I1 P ÓSl to lfilCla-se quan o or a . '. > s . (fi urll
. ecessário conSiderar dOIS casos. Su}1 U I/ I
II I ' 1 ti l 1'<1 ( q ue é geralmente correcto, excepto p ara os omp ósitos d e fibra li . 1.1 II llt riz 6 U /1/ ' Torna-se p or ISSO n
11I'lI l1 dd u), tcrCm 0''''2 = O'lIlm e 'u12 = ' um' Apesar destes modelos não serem rigo I I II
. (.
v 'ifl
< s um (figura 4.11 b) .
1'\\ li ) I 11/2 C O'"c2 d e compósitos de fibra de vidro e de fibra de carbono são frequem '

III -nl ' Hl!1nclhantes aos das respectivas matrizes. Aliás, o facto de O'uc2 ser superior li

(l,l' l' 'l:I ul ca directamente do melhor comportamento à compressão das resinu


jill ll m 'd a [4. 12,4.13]. Relativamente a ' u I2' os seus valores são geralmente superi-
I II" lI OS de 0'",2 ' Isso deve-se parcialmente ao facto de, nas resinas poliméricas, ' um S ' 1'
1IIlI ILO próximo de O'utm [4.14, 4.15]. Outra razão é a maior eficácia do reforço nll
I' Id 'z ao corte do que à tracção transversal, isto é, o rácio G I 2 /Gm é superior a E 2 /EII/'
No ' l1U1 n to, é importante salientar que os valores de ' u 12 são algo sensíveis a, Matri z
III 'Iod 1 gias d e ensaio [4.16,4.17].

,,'uf l
II "I P rém, uma dificuldade básica na definição de e ',,1 2 : verifica-se que, em
O'Ul2 al
" 0111\1 sitos multidirecionais, aquelas dependem das orientações das camadas vizinhas a
I·1. I H-4.2p] . Por exemplo, O'Ul2 de um laminado unidireccional é inferior a O'UE2 de uma
, 'IIII HI la de um laminado multidireccional, cujas camadas vizinhas tenham orien-

I I ~a 'S dife rentes. As razões para tal são ainda objecto de investigação, mas estão

1 ' l lI ·j nadas com influência da presença de fendas, com maior probabilidade de

I ' I tirem e seguramente mais críticas quando há várias camadas com a mesma orien-

111 1,' 10 agrupadas, acabando por constituir uma só camada de maior espessura. Por
1' \l Il H ' uinte, os valores de O'uc2 e ' u 12 obtidos através de ensaios de provetes unidirec-

, oll uis devem ser encarados com alguma reserva, o mesmo se aplicando natural-
111 ' fi à previsão micromecânica. L'

bl
VIl 1110 Sportanto concentrar-nos exclusivamente na análise das resistências longitudinais . . . d du ctilidade relativa dos con stituintes e
Figura 4.11. Representação dos dOIS casos passiveis e . .
d . tracção e de compressão, que são de resto as mais importantes por duas r azões suas r epercu ssões na r esistênci a do comp os ltO.
I'lll1 dam entais. Primeiro, porque são as mais elevadas, visto que beneficiam mais
,Ii 'Ilzm ente do contributo das fibras . Segundo, porque, nos compósitos multidirec- . _ rais é claramente desejável a primeira situ a-
'ionais, h á todo o interesse em ter camadas orientadas nas direcções das cargas Do ponto de vista das aphcaçoes estru~ , I no a elevada resistência das fib ras.
) para q u e se aproveite em P e
ção (figura 4. 11 a, , 't s de matriz m etálica e de
I I'incipais, pois são estas que suportam a maior parte do esforço, dada a sua maior 4 llb) 'fica-se nos composl o
ligidez. ) segundo caso (figura. ven _ . . têm a ver com a rigidez a altas
, . . s preocupaçoes essenCIaiS
matriz ceramlca, nos qUais a N ática as matrizes poliméricas
sistência ao d esgaste. a pr ,
temperaturas ou com a re valores de s relativamente
são mais dúcteis do que as fibras, embora por vezes com um

111
110
baixos. Nestas condições, a tensão de rotura do compósito é, numa primeira abord u 'III ,
Iltlll VII II \(1 ' !lI fi' , ui ILI ti 'mOnHIl'tl l'.

~ I a d istrib ui ção estatí tica de IJ I c' u ltu d a existência de d {'iw ,


I III li ' 1llll tl 110
(4. I
'"11 II lo 'omprimento das fibras. Aplica-se habitu almente uma distribui ' l () ti l'

s~ndo (J'mfa tensão na matriz para sujl (figura 4.lla). Deve dizer-se que, apesar de () 111,, 111 I '.1 4 .2 1-4.27] ,
dlagramas da figura 4.11 sugerirem relações tensão-deformação lineares, esta anális O"!f'1 P] (1\,. ü)
mantém-se válida quando tal não se verifica, o que é aliás frequente nas matriz'
P(au/J == l-exp -L (-
[ (f wo
) ,
polimérica,s. Por. outro lado, a equação (4.53) supõe que (J'ujl » (J'mf' e que o te I
III 11" ' I d esigna a probabilidade acumulada de rotura, L é o comprimento de r -r '.
de fibras e sufiCIentemente elevado para que a rotura das fibras implique a rotur"1
I III II da fibra e (J'wo e p são parâmetros da distribuição que se obtêm dos re ul to io
imediata do compósito. Podemos, todavia, para efeitos de análise, considerar o ca ~ (I
1" I 1\ .<.: ntais, Logo, para um mesmo nível de probabilidade de rotura P, as tenSõ 'H
contrário, no qual a matriz poderia suportar alguma carga após a rotura das fibras, •
Ih 111 1li ra correspondentes para diferentes comprimentos relacionam-se por
portanto,
(4. 54) a ,l/le L 2 ) (4. 7)
a ufl (LI)
A figura 4 . 12 confronta as equações (4.53) e (4.54), revelando a existência de u mu
11I" llIzindo uma diminuição da resistência com o comprimento de referência d afibrLl
fracção volúmica mínima de fibra, Jií,min' a que corresponde (J'lU l mínima, bem como
1111 .nsaio de tracção, até determinado L, naturalmente. A resistência média d e UlUlI
uma fracção volúmica crítica de fibra,
1111111, q ue corresponde a P((J'ujl) = 0 ,5, é então
v _a
I,cril -
um - (J'tf!!'

a ufl - a "if
(4.5 5) _ (In2)I
L I
a ul l ==
P

0' ,,0'
(4.5 )

acima da qual há ganhos de resistência relativamente à matriz ' ou se)'a" (J'Ui l > (J'um " N ""
. 1',11 outro lado, se considerarmos um feixe de fibras, todas de comprimento L, ti
reahdade, como os valores de V}; crit são muito baixos, tipicamente à volta de 5 % só
, .
tem mteresse prático as condições de (4.53) .
' 'I I tência média do conjunto é
O"~'I == a :f Jl- P( a :fl)1 (4 .5 )

1111 le a O é a tensão máxima suportada pelo feixe, ou seja,


II/l
O"ufl

(4.60)

o "}:mitl V;:cril
r portanto
O'~ll == 0',.0 ( e~L r P

l' l'ldo e a base do logaritmo d e Neper. Esta resistência m édia do feixe d e fibras é evi-
(4.61 )

Figura 4.12. Va riaçã o da resis tência do compós ito com a fracç ã o volúmi ca de fibra s egundo a s equações 14.531 e 14.541.
II 'ntemente inferior à resistência média de uma só fibra (4.58). Por exemplo, para
IIhras de carbono T300, obteve-se uma distribuição estatística (4 ,56) com (J'wo = 601 Ó
Aparentemente, portanto, a previsão de (J'wl seria b astante simples. Contudo, a varia-
bilidade estatística da resistência das fibras complica significativamente o problema,
= =
MPa, p 7 e L 25 mm [4.26] . Para o m esmo comprimento de referência, obtemoH

11 2
d - ("" H), (>0 M~ u ' d - .j' , /I , ) , tJ'~ 1 = 24
°'1/ 1 _ 4 Mfa .
II I! I 'I
\l lil mctl' da fibra e ri a tcnSt \) " 'O l'I l ' IOlll' iludinal na ii1Ccrt~l ' '.
NUIl 'o mp sir unidireccional, o process de rotura é bastante m ais c mplexo, p i I
I ln -"Uda qu e, sob tensões crescentes, vão ocorrendo roturas sucessivas em pOn COM .._ J __________ _
11.1 Jl S r " is tentes das fibras, as tensões são redistribuídas pelas restantes zonas du
, I rus através de dois mecanismos principais:
> II Irn nsferência de carga gradual para a fibra que partiu, até que esta recupere o valOI'
ÚU lensã que actua nas fibras íntegras suficientemente afastadas do ponto de roturu ;
> II T ~s imos de tensões nas restantes fibras, sobretudo nas mais próximas da fibra qu
I urtiu, devido à concentração de tensões.

1l1l1b ra modelos analíticos mais simples tenham obtido concentrações de tensões


lIpr 'ciáveis [4.23-4.29], estudos com modelos mais elaborados [4.29-4.32], incluindo
3D de elementos finitos [4.31, 4.32] mostram que este último efeito c
It ll llmCnte localizado, e relativamente modesto em termos de tensão média na fib ra .
J' '10 contrário, os mecanismos de transferência de carga são fundamentais, condicio-
ollndo o chamado "comprimento ineficiente", li' ao longo do qual a tensão na fib ra
punida retoma gradualmente a tensão das fibras íntegras. Quanto mais eficiente for a
ai
C1:unsferência de carga, menor será li' e portanto maior será o número de roturas que
Figura 4.13. Modos de rotura a. vo lt a de uma fibra pa rtida : ai descoesão interfacia l; bl fi ssuração da ma triz.
'lida fibra pode sofrer, permitindo globalmente uma maior tensão de rotura do
'ompósito.

Vejamos em mais pormenor o que se passa após a rotura de uma fibra, de acordo com
II rcpresentação esquemática da figura 4.13. Devido às elevadas tensões aplicadas, as
Huperficies de fractura da fibra separam-se, gerando instantaneamente na interface
fibra-matriz tensões de coite elevadas. A camada de matriz que circunda as superfi-
dz
'ics fracturadas da fibra vai estar sujeita às tensões de corte transmitidas pela inter-
Figura 4.14. Equilíbri o de força s de um ele m e nto de fibra à tracção.
ti:\ce. Logo, se a interface for menos resistente ao COrte do que a matriz, dar-se-à a
descoesão interfaciaI. Caso contrário, devido à acção combinada das tensões de Corte
c das tensões normais, forma-se uma fenda na matriz, seguida de uma zona plástica I es ta estabelecer as condições exactas de transferência de c~rga, o ~ue. faz~:o~:~:,',:
n:lativamente extensa. ' modelo da figura 4.15 [4.32]. Neste, a camada e matnz a vo . .
'ndo ao
Ijlortida é representada por um CITm d ro de raio exterior rrn' tangente às fibras vlzmbu H
dI.: um arranjo hexagonal.
Para analisarmos a transferência de carga, consideremos inicialmente o equilíbrio de
forças de um elemento de fibra (figura 4 .14), que se traduz por

nd" nd 2
(0'/1 +dO'/I )_f - 0 ' / 1/- -1',(ndj )dz== O
4 4

(4.62)

114
II ',
' iii I •• •

11.,í:, ' • I li ,I VII .,.III I ' I II úllbl1l obtcl'l.'loS


,I, I 11Iirt1l o~ as variúv 'itl ' II' II

1.0",_( /w" _ dW,,).


dl l", dz dz

I lido lo a tensão remota nas fibras íntegras,


dW h 6 f (4.6~)
dz = E f '

(4. ')
dH'o 6 fo
dz =E;'
Igura 4.15. Modelo de cilindros concêntricos para dete rminação da transferência de carga da matriz para
equação diferencial para 61' cuj a
a fibra partid a [4.321. a plicável para descoesão interfacial [a) ou fi ssuração da matriz (bl. 1\11 " substituídas em (4 .67), dão origem a uma
" llI ção é (4.70)
( ~ ()I\'lO
vimos anteriormente, imediatamente a seguir à superficie fracturada da fibra,
°
ou Il 'ja, para ~ Z < Zr (figura 4.15), dá-se descoesão interfacial ou forma-se umu
l.Ol1. n de cedência plástica da matriz. Admitimos então que a tensão de corte interfa - 111\ \1 4G", (4.71 )
'ia l assume nessa zona um valor constante, r ir' igual à tensão de rotura da interface,
/3 = d f /",Ef
"il Ou à tensão de cedência da matriz, rpm ' Esta última hipótese implica admitir que . . - Cy ~ (5 quando Z ~ oc. , de onde C 2 = 0,
, mLHriz tem comportamento elasto-perfeitamente plástico. Assim, sendo a tensão na condições fronteira a impor sao que . f . _ fo 70) em (4 62) Obtemos fina l-
_~. obtendo-se r·(z) da substltUlçao de (4. .'
fibn.l nula em Z = 0, da integração de (4.62), ( )
1\" ' ri zr - ',r' ' .
\II 'nte 4r ir P(>,_» (4.7 2)
4. 6 f = O"li' - e ,
0"/ 1 = d Ir z, (4.63) (ti
PUf
/

'quação idêntica à dos modelos de Kelly [4.33] e de Piggott [4.34] para os casos de I', da continuidade de (5f em z =Zr'
lIucsão perfeita e de descoesã"o interfacial, respectivamente. (4.7 )

Um qualquer dos casos, em Z ~ Zr' há, obviamente, uma zona de adesão interfacial em orém não considerou nenhu-
que a matriz se mantém elástica. Dada a maior rigidez das fibras, podemos admitir A - (472) é semelhante à de Cox (4. 35) , que, P ,
equaçao . ortanto o seu modelo irrealista. A figura 4.16 m o tru
I , ~ [mação de corte na matriz constante na direcção radial, e que, ma zona precedente, tornando P _ _ fibra partida. Dada a evolu çã~)
" d de evoluçao da tensao na i
II fo rma upica a curva " d fi e se normalmente o comprimento ineficiente
(4.64) . " d zona elasuca e m -
m;SimptOUCa e (5fna 'd' na qual se atinge uma percentagem
A •

I anteriormente referido como sendo a istanCia z


, .
onde Wb e W o são os deslocamentos axiais das fibras partida e vizinhas mais próximas 'levada da tensão remota, ou seja, (4.74)
(figura 4.15), respectivamente, e, da geometria hexagonal da célula (figura 4.15), 6 f(li ) = a6ji"

Portanto, atendendo a (4.72) e a (4.73),


(4.65)
I = d f 6 fo -~{1 + 111[(1- a)fXi f 6 fo J}. (4.7 )
e aplicarmos a lei de Hooke, , 4r. Ir
/3 41"ir

Ir!
11 6
~ :()nl~ ~ugere a figura 4 .16, li é fortemente condicionado pelas zonas d
1111 'rJa clal ou de cedência da matriz. dcs O· II Inl d ·vi lo l ·I 'vu lu. d ' /()/,IlHI\'j • di 1111 11 1111 II II Ijlll • 1t'1 LI) 'Itll I linn '1I 11l/ld u
/1 1111 1 '/" O 'xcJt1p l penl1icc ClImh "111 VI I II III '1"1 I, , IlIl dlo 1I1uis P ' ~LI ' no do LILI '
Oj / a ,/V
I III II pl' i 111 'ne S de referên cia, L, ' III lili ' '. !l O I v 'I J ' I '['Jl1inar dircceam nL' n
1 . 2 ' - - i - - _ - , -_ _-.,-_ _---,
II Idhlliç s esta tísticas de resis[(!J'\ 'ia dll libra:; (4. ) . É portanto questionáv I LI
" , _.::-;-t--- ....
0.8

0.6 V- I'IIi Ilhllidude destas a segmentos de fibra c m comprim ento li' problem a que é I ur-
III ,,11 11111 'nce importante, pois os modelos de previsão da resistência do comp ' situ
II ,jdl'm os fibras em vários segmentos com aquela dimensão.
OA ......•.........•.;/
.. ./:..........._ ....... .. ......: .................. ... I........................ I
0.2 . /

o.L Ill odeJos mais elaborados recorrem à simulação de Monte CarIo [4.25-4.27], com
O 5 10 15 20
II I lência de cada segmento gerada aleatoriamente com base na distribuiçã
z/d j
11\11 lita (4.56). Procede-se então ao acréscimo gradual da carga aplicada, d etermi-
Figura 4.16. Forma típica da distribuição de ten são ao longo da fibra partida.
1111111 10 a roturas sucessivas dos vários segmentos de fibra e efectuando as redis-
1IIIIu . ~ es de tensões correspondentes, até que não seja possível aumentar mais a
III jJ,1I , Trata-se portanto de modelos que exigem meios computacionais conside-
:tI ~I:l(~ ~l~~,~o:i:erem ~m c~mpÓsit: carbono/epóxido unidireccional com as seguintes característica~: Illvll , e que não deixam de assentar em algumas hipóteses simplistas, por exemplo,
I 'f !.1 , Em . 3.5 GI a; v", = 0 .35;, = 60 MPa' v: = O 6
II) 1)clinind I . , . pm, f '. I, 11111'pendente da tensão na fibras, e regras relativamente grosseiras de transferência
o ,como sendo a distanCIa a que a tensão na fibra atinge 98 'Yc d' t .. ..
,_ . o a ensao remota e admItind o I\. I' Irga para as fibras vizinhas [4.25-4.27].
qUl: ' ir - 'pm' determIne li quando E;,
JO
1 % e quando E;
jo
=
1 .
5 0/
/0.
=
I' ) Rl.:solva a) com,zr O•5,pmo =
MIII uma vez, face a estas dificuldades, é pertinente a questão da real necessidade du
n clloluçâo 1"I'viRão micromecânica de O"Ull> dado que se trata de uma grandeza que é essencial
II) J I.: (4.65), tlfl = 1.377 !.1m, e sabendo que IIlI'd ir. Por um lado, recordemos que a análise micromecânica permitiu compreender
II mccanismos de rotura e identificar os factores relevantes para maximizar O"Ul l> caso
G = Em _? " ,
1111 boa adesão interfacial. Por outro lado, há também uma aplicação de grande
m 2(1 + V ) - 1._96 aPa ,
m
olHemos de (4.71) f3 = 52.24 mm-I . Como lI"p rrância, que são os efeitos de tamanho em O"uel> resultantes da distribuição
I I Ilística de resistência das fibras. Como veremos no capítulo 6, estes manifestam-se

(/11 IIrlicação de (4.75) res ulta 111\ presença de zonas de concentração de tensões, pois o volume de material sujeito
II I 'nsões elevadas é relativamente pequeno. Por conseguinte, a previsão da resistência
I,. = {92.2 ~lrn pata é/o = 1%
III"gitudinal à tracção é uma área de investigação relevante.
1131.ln1 pata é fo = 1.5 %
h) Procedendo de modo análogo a a), obtém-se

136 ~1 para é/o = I % 4.3.2. RESISTÊNCIA LONGITUDINAL À COMPRESSÃO


{
I,. = 186 ~lrn
pata é/o = 1.5 %

«) interesse na previsão micromecânica da resistência longitudinal à compressão


"'/fl' é reforçado pelas dificuldades na medição experimental. De facto, como veremos
II i~~e exemplo mostra claramente. a importância da boa adesão interfacial para mini-
l' lI) mais detalhe no capítulo 9, dos ensaios de compressão d e provetes unidireccionais
1'llzar I" que se traduz em melhorIa na resistência à tracção longitudinal Estudo .
IIbtêm-se geralmente valores de O"uel inferiores aos de O"Ull [4.38-4.42]. Na verdade,
I'Ce~.tes ~4.36, 4.37] indicam ser esta a situação mais frequente nos CO~PÓsitos s :~: I HO deve-se a acentuados efeitos de transmissão de carga, que conduzem a rotura
tiUtl_lZa,çao d~ revestimentos das fibras com o objectivo específico de promov;r boa
prematura junto às zonas de amarração. Com métodos de ensaio mais recentes
udesao a matrIz. No entanto, em [4.32] é colocada a hipótese de haver roturas inter-
II 'monstrou-se que, em vários tipos de compósitos, O"uel era frequentemente superior
11 8
119
i III 1 I ' 1\ ii I 111 11 1 ,\I 11 IIdti lld lld ' dll I h,' I, ti/I ' 1' 1\ lo
[4.41,4.42]. 111 1111 1\ d Ú~ , lll ul1d o '
H a,aI I iI II IV" li · (II. ,) II U lj" ii
11 11 'J'
I
' o llq II 111 " 111 1 I , . ,
I . 1 H Il ,iII " mi r 'Sf\t\
C

Diversos estudos experimentais mostraram que o mecanismo de rotura a \.::'1 '11 111 III I 111 11 I 'R ) r ZHr ~l n tribuiç tiLl II l l ll '/, I II

micromecânica é a microencurvadura das fibras, que por vezes dá origem I


hamadas bandas de corte (figura 4.17), visíveis após a rotura dos provetes l'LI ,
' t 43-4.45], Os modelos de previsão são por isso de dois tipos:
) modelos que tratam directamente a microencurvadura das fibras, trabalhando a uniu I II "I iu p rencial do sistema é dada por
escala verdadeiramente micromecânica; (11..77)
ll==Um+U/-W,
) modelos que consideram a propagação das bandas de corte que surgem em conRl'
quência da microencurvadura. U ' 'a d e I ,ro" ,
, W é o trabalho realizado pela carga aplicada a fibra, f e a energl .
III 1\" d fl - d fibra e U é a energia de deformação de corte da m arm:. Po
"11::~~I~;1iê~1ci:~::n~deramos t~das estas quantidades. ~or unidade de esp es ur~~ , ~,(l
1l lI llpósito. Tratando-se de uma análise linear, a instablhdade ocorre quando a en J glll
""II'll eial se anula, ou seja, quando (4.78)
W == U", +Uf ·

Figura 4.17. Bandas de corte obs ervadas em en saios de compressão de compósitos unidireccionais.
II ,balho realizado pela carga de compressão é

Dentro da primeira categoria, o modelo de Rosen [4.46] foi a primeira abordagem a


adquirir notoriedade. Rosen considerou dois modos de microencurvadura (figura
I ~ e h são as dimensões características da fibra e da matriz (figura 4.1) e ue " (1
4.18), que classificou de "extensional" e "de corte", consoante as deformações
:::: l~c;me:to do ponto de aplicação da carga. Desprezando as deformações de COITl-
prevalecentes na matriz. Com base nas análises e nas observações experimentais
verificou-se, como aliás é intuitivo, que é o modo de corte que ocorre nos casos de pt~'K!:lã o da fibra, (figura 4 .19),
interesse prático, nos quais os compósitos possuem teores de fibra elevados. O modelo
2D de Rosen assenta fundâmentalmente nas seguintes hipóteses: U, " r(! -1)"'" r[ 1+(:)' -+x
) as fibras estão inicialmente perfeitamente alinhadas com a carga de compressão apli-
cada; <=> u z-
1
2
l,(dv)2
dx
~
,l.
uX,
(4.80
) a flexão das fibras é descrita pela Teoria das Vigas; c

) a matriz tem comportamento linear elástico.


1\ Imitindo pequenos deslocamentos transversais da fibra, y(x).

Y
Lft
a) ~ . __ ~ m . :;;.:; ____.:;
~~><"j
----;..~-E--

~
hm~ __ .~. m :-:!
(ff l dx
b) ~m ' , ----#" --" o.;.:,m-- ~

~ Figura 4.19. Defini ção do desloca mento do ponto de aplica çã o da carga de compressão,
----;..~ ~ ~ j_E__
~
t: m.~ __ . ~~ __ .:-:i
Recorrendo à Teoria das Vigas, a energia de flexão da fibra é dada por [4.47]
Figura 4.18. Os modos de microe ncurvadura : ai extens ional ; bl de corte.

11 1
120
(4- ,H I ) I' /I III ( '/\
I 1 (d ,H I
' 111 que o momento flector é
2
M == E I d y l /II I" u l t'l
f f i f dx 2 ' (4.8 )
" l' o Hcgundo momento de área da s -
I'lill(· 'rCver-se
I ecçao, neste caso, If =h)/12, pelo que (4. 8 /
3 (4.tl H)
U . == E f lh f(d 2y) 2
J 24 L dx 2 dx. (4. 8
1"1111 () co mprimento de encurvadura, L, é naturalmente muito maior do qu hl ,
I I H'I" iu de deformação de Corte da matriz é, genericamente,
III! lituindo agora (4.88) em (4.76), obtém-se a conhecida fórmula de Rosen

U == h G ~f Y 2dx'" (4 . I)
lU ln m 111
(4 .8 /1)
1IIId II deformação de COrte da .
'I . .1. ' matrIz, (';"" é determ O d llil quul é interessante verificar que não intervêm as propriedades da fibra, pois a encr lU
( /I Il1tltJcas da figura 4 .2 0 '
,ou seja, ma a com base nas h Ipotes
' , ..
ti I\'xão da fibra é desprezável face à energia de deformação ao corte da matriz. N ll
11 == éJu m + dV m Llu f dy IIlI lidade, esta expressão prevê valores demasiado elevados para a resistência à c m -
I m 0; dx '" -h- + dx Itll' Hão, tipicamente entre 3 e 4 GPa, facto que se explica pela influência combin adu
m
.III ondulação inicial das fibras e do comportamento não-linear da matriz. Váriofl
1IIIIores (por exemplo [4.48-4.51)) desenvolveram modelos, baseados na formula ção
(4.85) ti Rosen, com o intuito de ter em conta aqueles dois factores. Todavia, os modelos
l jll' substituída em (4.84), dá " mosos exigem sempre formulações geometricamente não-lineares e procediment s
IIlIméricos iterativos de resolução das equações [4.52, 4.53].

(4.86) lima hipótese para simplificar o problema consiste em admitir que o estado de in ta -
hllidade é aproximadamente igual ao de início de cedência plástica da matriz [4.54J .
NII presença de ondulações iniciais do tipo sinusoidal
\--7-- ;--
(4 .90)

supondo que a d eform ada é, em qualquer instante,


~h\
I'

'" 1<\\ (4.91 )

Figura 4.20. Cinemática do m~~e;~ ~-~ ~;~~ ~ ------ -- -- "'~- -- - I) trabalho realizado pela carga aplicada é agora dado por
e corte de mlcroencurvadura [4.461.

I agora substituir as equações (4 79) 4


'IlCH
li ' uma equação diferencial para a 'de: ( .8 O), (4.83) e (4.86) em (4.78), obtendo-
-I, 17) lorma d a da fibra () D
. ' que a solução que dá o r i ' _ y x. emonstra-se [4.46
gem a menor tensao crítica é '
(4.9 2)
1'1 II' I 'II IlIl'J)(), ti ti ' j'On nUçEO de (; rte na matriz é
,Ii I J "/I/
(II., I ()O

r", ==(1+ hlJ(dY_dYo ),


," IIIU

(4,( I) I ' ' \) 1'1' 'rm s ,ii aproximo ' , t) ' \1 10 II ' II ~ 1 1111 III ' p l{l. d eli de igual energia d ' ti {Ü l'·
hm dx dx
um u vez inserida em (4.84), obtém-se
11111, 10 da figu ra 4.2 1 e USa rL110, un i m ó lulo J . CoreI.! médio, Gem = 'r/lIl,lYdll/' P demo
II IIlv'f (4.99) p ara a tensã de ro cu ra
h G ?
U' = m m 1[- ( )2 a = _ __-,u:.:::",
Z' _ __
'" (I-V )2 L a-ao . (4.9 1) ucl (4. 10 l )
f
80 + (1 - VI ) !..,!"!-
l' pr 'zundo a energia de flexão da fibra, a energia potencial do sistema (4.77) é apena Gem

n ==U", -W r

I 11 111 H 1Í1lIindo (4.92) e (4.94),

n == hmGm 1( 2 _ 2 1( 2 . ? ?

(1-V )2 L (a ao) -oAhf +h"')T(a- - aõ)' (4. 95)


f

1111 Princípio da Energia Potencial Mínima,

an
-==0
aa ' (4. 96)
111111' 111 0 :;

[1:~]
Figura 4.21. Aproxim ação e lasto -perfe ita me nt e plástica de igua l ener gia de deform açã o.
a == 1- _ _
I a
(4.97)
G cl
liN ta formulação 2D pode ainda ser extendida a 3D substituindo em (4.101) Gem por
m

módulo equivalente [4.53, 4 .54]


r~ usar um cri~éri~ de cedência da matriz, que, no caso mais geral, tem que
1110
I I 1,11 II.
II I II' onta_o estado blaxlal de tensões a que esta está sujeita, incluindo as tensões
dI '1IIII pressao, O"m ' No entanto; se admitirmos que E »E o ' I G'em =(l + Vf )Gem , (4.102)
, _ fi m' que e uma exce ente
IIj 1111 IInaçao ~ara compósitos de fibra de carbono, podemos ignorar 0"", e considerar
II II II ' II tensa o de corte p '10 que
'lum
a ue l = 1 V (4.103)
8o+ -~ Tup-
l+Vf Gem
~ Z'", == l -GV/
m 21( [27lX]
T(a-ao)sin T ' (4 .98)
C omo é evidente, é dificil encontrar disponíveis os valores do ângulo de ondulação f)o
d. pI! ti · substituídas (4.93), (4.90) e (4.91). Atendendo a (4.97), . de G em, que exige o conhecimento de toda a curva 'r-Y da matriz. Os valores de f)o
podem ser obtidos por análise da elipticidade das secções das fibras em cortes trans-
( Z' ) ac/Jo versais do compósito [4,55-4.58], ou por reconstituição das trajectórias dos centros
m ma< == ---;=[~l j =-
--'-'-V-"- ] - , (4.99) das fibras ao longo de cortes transversais sucessivos [4.59] . O s ângulos das ondu-
1- - - a
G c
lações são obviamente sujeitos a variabilidade estatística, e os valores absolutos
'"
médios andam à volta de 0.8 a l ° [4.55-4.59], A tabela 4.3 compara as previsões de
• III q u ' 00 é o ângulo máximo de ondulação da sinusóide, que, sendo bastante
I " q l ll'1l 0 (4,95) com resultados experimentais [4.54], revelando geralmente boa concordância.

1,1
125
III / I/ I II II1 IlI l dlll ' t) v'i I' ' \l 111 lIJ)~: tI .
I li I li, , lllIlIjlllllI\ 11I1 JlII /1I11I1i 110 1I 11 111 11vl , 0111111 I I / 1111,111 11 I " I I 1111/ 11111 I' /1 "/flll/ III/ 111/ IIIIII U/l ii xlllo 11" ldd II I! 111'1'1 l\PU ' UI' lI\ O I ' Io II I \ 111 11\

1)/11 1"0 II.. I I" \I ' I


, %) «. (II r!l Ua) "r/I ( 1',,) 'I;,.. eMl'u) 1 1o V I ~ 1 11 "",1 011, ( " (I ('i )
5~. () 0.76 1.2'1 72.7 :l UI (lI) liA
67.2 0.90 1.2'1 72 .7 2670 ' )}O ) (1.6 ferências
(j .f) 0.9 ) 1.05 59.7 2 102 2 0 2~ 3.8
· An I ' f Material Prop erties ln: Engineered Materiais 11 11 11dl1o\l1\,
60. 0.75 0.88 64.4 2065 199 1 3.7 I I ItOKcn, B.W ., Z. I-I as I1m . a ySls o .
9.8 0.83 0. 89 63.4 1958 2066 -5.2 V,)lume 1 (C omposites) . ASM lnternational, 1987.
1 I Il nlpin, J. C. Primer on Composite Materiais: Analysis. Technomic Publishing Co., 19!14 .
I, McC ullo ugh, R . L. Micro-Models for Composite Materiais - Continuo us Fiber Com poH II 'H . I/I:
P 1/ '11 ·on.cluir, uma breve referência à outra abordagem referida, que consiste em
I claware C omposites D esign E ncyclop edia, Volume 2 . Technomic Publishing Co., 1990 .
111 0 I 'lnf a propagação das bandas de corte (figura 4 .17), originada pela rotura /\
. J M M B Riley. E lastic Properties of F iber R einforced Composite M ateriais. I\IAA
1\ , () dus fibras resultante de micro encurva dura localizada [4.60-4.67]. Estes mode- I I. WI1Itney,. ., . .
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. J M EI . - M d li of Unidirectio nal Composites with Anisotropic F ilam en ts . NU "f1 11 1 01
v 'I'd uuciram ente micromecânicos. O principal modelo deste tipo foi desenvolvido p or I . Whnney, . . ast1l: o u
1111 liuns ki [4.60]. Os cálculos são longos e elaborados sobretudo quando são incluído~ Gomposite M ateriais, 1: 188-1 93 ( 1967).
I aul, B. Prediction of Elastic Constants of Multi-Phase Materiais. Transactions o[ AIMt!. , ' IH:
() li 'Halinhamentos iniciais e o comportameiuo elas to-perfeitamente plástico da Iii .
IIl tl tr iz. Uma limitação importante do modelo é necessitar, como dado do problema 36-41 ( 1960) . "
I 'I. T orquato, S. R andom H eterogen eo us M edia: Microstructure and lmproved Bo unds 0 11 P.II ,,'I vi'
d I) VII I r do ângulo de inclinação da banda, f3 (figura 4.17). Segundo a maior parte

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'n q ue 4>0 é o ângulo de desalinhamento inicial das fibras . É interessante verificar


,1. 10 . M orais, A. B. Transverse M oduli of Con tinuo us-Fibre-Reinforced P olymers. C omposites S 'icfl~ '
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.1. II . Berenberg, B. C omposite M ateriais G uide . "hrtp:llplastics.ab o ut. com", 2002 .
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4.3.3. CONCLUSÃO
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'b C sires I. T hermoplasti ' 111,, 1
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4 .16. Adams, D . F , E. Q. L ewis. Experimental Assessm ent
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' Juações bastante simples, e cujas previsões se revelaram bastante rigorosas . .t. . aggs, . ., .
in G raphite/Ep oxy Laminates. Journal of Composite M ateriais, 16: 103-11 6 ( 1982) . . '
'r davia, os dados necessários para os aplicar raramente estão disponíveis. Estas , . F W A S D W ang. T he Dependence of Transverse C racking and Delam mauo ll '" I
limitações, que resultam naturalmente da complexidade dos problemas tratados, 4 .19 . C rossm an , . ., . . .
Ply Thickness in G raphite/Ep oxy L aminates. ASTM ST P 775, 11 8-1 39 ( 1982).
poderão ser ultrapassadas com os progressos nas técnicas experimentais, o que

1?6
I III (1 111111, I' I'" M /I <:1 11'11. ' /i II ' II I , ' III I'IV 1111111 111"1'1 11 111111111111"" " ,, ( 1II pll ll'/I(,HllIV 1/1111 1\ /\II 11(1 'UII II1U 1i\'H: 1111 11 I 11"" 1"" 1,.'1 1'" " 1111 lilll v 1111 111(1 111 1111 '11 " 11 11 11' MII I.! ' 1'111
I 11111 II lI lI ,d t 111 1111111 HIII' , 1111 111111 10 1' ( :01 11111) 1\' MII I I III", I , ,,,. III I IIIIH I , II ,'H (ln :)to"HII (;011 " 111 ,"11,," IIll1ll1llh N 1'/1 11 ., II 1111 1'/ 1 (' 000),
l'ild'I' I. , I., , ', I " I h ll'lllllll , A. M , MII ~()II . W 'Jhu ll AII II IV" H II I il lI • I II II I ti, 11 1 < :11 1'1 1011 Illbel's ~I IlIf I III II h '1'1', ,[, ~ , II. L , MIII I/J 'W" II " " 1" 111'1 " 1 , ", 11'11111 Ill ' lu" Cl)l npl' ' ~H lu n 'I' 's ti ll K nl\ J, lid 1\'\

I 1111111 1 11 1111 I'IIW" ,' I ,IIW Moei ·IN I()I' Ih ' I . ' nglh uni; 'l. JOl1l'l 1ltl 1l1 ( 1111 1'1111,, 111 ' M III ','llI lH, 2': 187 - 1101 10111 I Ull ul l'ibn:- Rcilll'o l' " li I'IIH.II ", l li VI 111"" 11 111 II lItI I 'H Ult N, 'o mpositl:s, 2 : 3 $-'37 I ( 11)<)/1) .
( 11111·1 . \I i. KI II1, R, Y. , A. . C ril 1\ \ . /\ I A11i1 Ili li 111111 ( :ull1pn:ssion Test for Compos itl:s usin g H Sall Iwl 'ii
I I'
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I II I ~II
« ,11 11 11111" II H, 1"11i IIli III Iii l/ I! I III llIli II llIl lllI lI l ~ II ' I
, I' "II III 1111 ti, I i \ 'I I" ( I ill)())
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pítulo 5
.
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.
Comp<)sitc M a teriais, 27: 47 1- /I,')() ( 1 111'1)
.
I ' III I/ II
" III 1 II ldV,ilN I" I', I " .
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I, H. 1'"lu 'h, n. AJlllly~ is 01' Gcometrie Imperfections ln U . II " , '
nl ( I'C ' I OIl UI/ 1{<!inJorced Compos i l '~
1' ,'\1 '(,' ,,, IIIl-ls o/'J lC M 6, 05-3 J O (J 993) .
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01' :omposite Materiais, 27: 83-106 (1993). I rous omposltes. Journal No capítulo anterior (vide 4.3), foram apresentados os modos básicos de soli citut,!1 II
I 1111 , Il su, S -Y T J Vogl S K . k' du camada, bem como valores típicos das tensões de rotura correspondentes. No
. ., " er,. yna Ides. Compressive Strength P d" . .
. . . re IctlOns for Flbre Com " ntanto, é fundamental saber prever a rotura nas situações mais gerais, em q ue Ul ll lI
,IoUl'n,11 ot Apphed Mechanics, 65: 7-16 (1998). pOsltes.
1,117. lIl1rbcro , E . J. P re d IctlOn
" o f C ompreSSlOn
. Strength of U 'd' .
l'Ilmada integra um compósito multidireccional, sujeito a solicitações multiaxiais, 1'\
. m Irectlonal Polymer Matrix C . precisamente este o objectivo dos critérios de rotura.
Jlwrnal of Composite Materiais, 32: 483-502 (1998). omposltes.

Como é evidente, trata-se de um assunto cuja complexidade é incompativel com UI 1H


unálise micromecânica nos moldes do capítulo 4. Volta-se por isso a considerar a Càn I
da como um sólido homogéneo aniso trópico, como foi feito no capítulo 3, FicunlJ11
'mão patentes as vantagens em recorrer às leis constitutivas no referencial principu l
{l23}, e daí os critérios de rotura serem sempre expressos em função das tensões n '!H '
referencial. Por conseguinte, a obtenção destas tensões através das operações des riwH
no capítulo 3 é o primeiro passo para avaliar a integridade da camada, Atendend tiO
actual estado da arte e à sua importância prática, continuamos, no seguimento de ,6,
u admitir estado plano de tensão na direcção da espessura da camada,

Idealmente, os critérios de rotura deveriam obedecer a dois requisitos fundamenlUi H


algo contraditórios:
) interactividade plena, ou seja, a capacidade de ter em conta os efeitos de todas li
componentes das tensões;
1III

1'11
I Ilr lll lll' 0 11 [1 11'" ' IH ' ' III tlu '
) IU'IIII I I ii dl' llIll ' II~' II d o IIl odo ti · 1'\111111\ III
, \I I s 'H II III 1111 I li I I II I II 1111 iii • 1111 II I . I
1111 1 1111 11 ,,"11 11 "h 'o o qll ' ' 1 1111 U\II I 'V I I . , ' I I III'IÍIll ·l)ld A I IZ ,7 1. J\p ·I II' 11I
III di P )Ilibilizuu.< Lili) VII II \) \ 0 11 11111 11 d. I I II 1111 I. I I ~ \ cl I:! 111UiH ri, 0 1' 0 I
v lIl lI llIl ' III ' l lIlj OI'11I 11l ' UlI lI lv ' ldl lilHll ' O I H'1 111I 1 11I11 111\11111 ii Ihl'lI!l ' r OI Uf'lI
.LI' Yl'dud"... "v ' !'iI " 1 \I IH 1\ II II III I iii I I I VI In u um
dll III UII' l x, I)()I li lI H 1 dl11 'il'U1:! qu' 'onl l l'OIlI I I II II I 1 Hill 111 ' II il'ltegt"id ud 11111 III 'flí

l oh,, \ II) IlI lTliondo, 'Otn verem s no caplLll lo 7, II.


, , " d d 'f'ormação máxima, segund o \.jU lil II
( )\11 1'0 PI)OC imp rcante é o compromisso entre complexidade e rigor . De facto , () 111 1'0 ' ritério não-interactlv O c t) ' f lt ' 1'10 a e . r l LII' I)' J\
,,,IIII' L1 se d á quando uma das d eformações atinge o respectiVO valor de
\, 1' 1 ', 1'11), nHis elab rados exigem geralmente mais dados experimentais, nomeadu

III ' 01 ' I' 'sultad s de ensaios biaxiais. Todavia, estes ensaios são de execução delicadu , I " tldi 110 d e integridade exprime-se agora por
• I \lI l o suj eito a problemas de rotura prematura junto aos sistemas de amarraç II
, II di p'fsõe estatísticas consideráveis (ver capítulo 10). ( ,2)

( ) ti 'H 'I1V lvimento de critérios de rotura tem merecido grande atenção dos investi
j II dnr 'H, não sendo possível rever exaustivamente todos os critérios propostos. Vamo . , . t m oS d ' I 'n
(3 51) ode se exprimir este cnteno em er
. .
I1UI I Il I1 I,O restringir-nos principalmente aos que têm demonstrado ser os m ai,
I " 'orrendo à lei constltutiva . ,P - . I . " da tel HUI
5 1 compara as curvas de rotura preVIstas pe os cntenos
I II)ro 'os, tendo porém em mente que não existe actualmente um critério que s' I l'H, A figura. _ ' xima numa situação de carregamento biaxial com I '
pu II IIlinnar ser claramente superior a outros. III 'txima e da deformaçao ma, . d d compósito de fibra de carbono .
" , admitindo propriedades tiplCaS da cama a e um

300 <>2 (MPa)

200
.2. Critérios Não-Interactivos
100
0', (MPaY==-TM
, . :
1'11 1 '0010 o nome indica, os critérios não-interactivos não têm em conta os efeitos o 2500 · - -DM
1II IIlh lIud s das várias componentes do tensor das tensões [5.1, 5.2]. A limitação -500 500 1500
-2500 -1 500
-100
I I I \( ' I II I destes critérios é que as previsões não são geralmente conservadoras, sobre- ...J
IlIdo P 'fUnte estados de tensão que se desviam bastante da uniaxialidade. No entanto,
,
1111 1\1 11 0 1' ' S que preferem este tipo de critérios, na medida em que possibilitam uma
-300 J
di III II 'lição imediata do modo de rotura, e porque não está efectivamente demons-
Figura 5.1. Curvas de rotura previstas pelos critérios de tensão máxima ITMI e da deformação m áXim_a ~~:l~
1111 III )II sejam menos rigorosos que os critérios interactivos [5.3-5.6]. _ 2000 MPa (J = 1800 MPa, (Ju12 - o,
Admitiu-se E = 140 GPa, E2 = 10 GPa, v12 = 0.28, G12 = 6 GPa, (Jutl - , uc1
1
=
(Juc2 180 MPa e '[u12 75 MPa. =
\' II II " II C te grupo o chamado critério da tensão máxima, que prevê a rotura quando
1111 1\ ii I . mponentes do tensor das tensões atinge a tensão de rotura correspon- si nificativas em relação ao da tensão m áximu ,
d. III , I 'tire modo, para evitar a rotura há que garantir que se verificam as seguintes Este critério não apresenta vantagens g , I . constitutiva o que dificul ta LI
Ih Ijllll ll udes: c tem como limitação a necessida~e de recor~er ~ el camadas eU: laminados mull i~
- s de degradaçao progresslVa as
uplicaçao a processo 6]' d'u algumas alterações ao critério com ()
, . . Hart Smith [5 5 5 mtro UZl
dIrecclOnaIs, - . , '. _ P' do confrontados com um vasto
(5.1) . . d Ihorar as suas prevIsoeS. orem, quan
mtulto e me . ' as diversas variantes do critério revelaram-s '
conjunto de resultados expe.n~entaIs,Z" I bem como a alguns critério,
claramente inferiores ao cnteno de mOVIev et a,
11 1111 II vu lores numéricos das resistências à compressão são considerados positivos. interactivos.
., r trio Int r ctiva
() ',' I ',do I . ,
, I'Owru 'livos mu il:l / 1111 (l l lI llll i
II t T U ' ,
' II pl'l I II ' lll - N ' '111 I'UI1 tO ~ . b' ~
Ins cc II l/lI l1 d"II11 ' s, isco " I
,. nsoes so cI f l'IJltI ti · P ll l l li'l lld l) I " . U
'U II '''llIzl1 los" o 'hamud rieério d T saI. H ' \) grau. m lo
di 11 111 , - qd ~ncia Plást:ca do
IIHJ
.e E - Ill[./ .2 ,HI, qu' deriva do crit ' l'Io
< s m etaIS. ste por Sua vez fi . d I '
i " I "do I,

.
dcn cia d
e von

II I III ' ll SI l1<1is a fórmula do


M'
di' v," V 'I' li Hnis tr pia resulta t d
'
Ises para metais isotró .
n e o encruamento. No c '
' , . d H'
, I esenvo VIdo a partir Jo
pICOS, com O objectIvo d
aso maIs geral de sohcnaço .
. .
" ~
· 2200
o
·200

. 100 1
o,(MPa) r--TH™
'[
cnteno e 111 é

. 200 1
-300 J
(' III (1" • ti S COnStantes A B F - d .
, , .. " sao etermmadas com b ~
I I 11 11 ,11, medidas em ensaios sob solicI'taço~es u ' " ase nas tensoes de cedên- Fig ura 5.2. Curvas de rotura prevista s pelos critérios da tensão máxima ITM) e de Tsai- HilllTHI.
l11aXlalS:
Admitiu-se crun = 2000 MPa. cruel = 1800 MPa, crua = 60 MPa, cr ue2 = 180 MPa e Tu12 = 75 MPa.
B+C=_l_. A+C=_I_. A+B-
__l_.
a?0, 1 ' 2 '
0"0,2 O"g3 ' pesar de ter tido alguma popularidade, o critério de Tsai-Hill apresenta várill
2D=_I_. 1 I (5 .4) ii ' liciências ao nível da sua base teórica. De facto, são evidentes as inconsistên . j I
2E=-· 2F=-
'Z";'23 ' 2 ' 2 •
'Z"o,u 'Z"O,12 om a formulação inicial de Hill de que deriva, e que contrariam os resultado xp .
IlInentais para compósitos. Nomeadamente, é sabido que, nos metais, estad os ti •
I 'nsão hidrostáticos não provocam cedência plástica, facto que motiva a utilizo 'l ll
I dlll IIndQ es tado plano de tensão e sub t 't . d _
II s I um o as tensoes d d' . ('/(clusiva de termos quadráticos das tensões em (5.3), que obviamente se mantém ' 111
I 1IIIIIru í btém-se o critério de T '-H'H ' e ce encla por tensões
SaI I, que preve a rotura quando ( .5). Na realidade, verifica-se que os compósitos unidireccionais podem sofrer r OlU l'11
0"2 O" O" 1 2 ob estados de tensão hidrostáticos. Hoffman [5.9] propôs um critério que incoq orn
_ I _ I 2 0", 'Z"12
0"-
, --,-
0"-
+ - 2-- + -2- =1 . lermos lineares nas tensões. Na realidade, trata-se de um caso particular da fonnll-
ui ui O'u2 '/(1 2
(5.5)
lução de Tsai e Wu [5.10], na qual a superficie de fractura é descrita pelo polin óm io
I J11 111 1' II II
• O critério de Hill admite que as t - d Icnsorial quadrático
ensoes e cedênci - ' . _
'Olllpl'e são mas tal não se 1"
III _ a sao IguaIs em tracçao ( ,Ú)
, ap Ica as tensoes de rot d
I I II dlll 'uldade é COntornada ad d . , . ura a camada. Na prática,
optan o a reslstencla co d .
I I II I II , 1'0 1' exemplo se O" > O
, 1
O d rrespon ente ao smal da
e 0'2 < , evem-se usar em (5 5)
em que Fi e Fij são tens ores de resistência a determinar experimentalmente e l~ j 1, =
I H 1111li,. I Il Curva de rotura preVI'sta d . O'uel e 0'"c2' A figura 2, ... , 6, recorrendo portanto à notação contraída definida no capítulo 3. Admitin do
para esta os de tensã b ' '.
I ' 11 1'1 " 11 II Ild o-a com o critério da t - ,. o laXlalS com 0'1 e 0'2' estado plano de tensão e excluindo o termo linear em 0'6 = '12' desnecessário porqu .
ensao maxlma.
a resistência ao corte não depende do sinal, obtém-se a fórmula do critério dit ti '
Tsai-Wu,
(5.7)

Facilmente se constata que a inclusão dos termos lineares em 0'1 e em 0'2 permite l .,.
em conta as diferentes resistências à tracção e à compressão, o que torna o critério
naturalmente consistente com o comportamento real dos compósitos. As situações ti .
carregamento uni axial podem ser usadas para determinar quase todos os parâmetros
II
, !'\lI' I'X Illpl o, tl P UI' 111 ' 11'0 ,I' I
l' '"
II
I I I I
11111/111 1III I I II I II IId oo '11 1'11) ,II li 1 Ili' I J ' 'ud ono , ( : 011111 1 1'111 1. 11111 111111 III 1'11'/,11 I ) , I, II 1 I' 'vi H • do '1'1, I II
. li , ' OI11pl" o lon dlLl linuis r 'lIo lv 'lid o II
I 111 11 di I ","'~' , 'Ofdvel 110 Vll lo! di 'I /III III ! I ' 11111 d! 1 II d o pOI' ( . 1 ). NillUI' 111 11 ti ~ III
,,!lll 111)1 1 ' S
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'I III ncia no doml ni o III ' 11111/111 111 1,1 , d ,Oll ' ju , q Ll ando (J' , e (J'2 < O, Cu ' 1\1 1" 111
F', 10",;" , +1';O"lIcl = J II 1/11 ti não há comI r'oVU <,:1 () ' Xjl l' 1 111 ')l ltl l l .7J. Apesar d estas limi ta õ s,
I'"O' LI ' n do deste modo, facilmente se obtêm: III 'I'1l1:li-Wu é consid e l'ud(.) um UOH melhores critérios actualmente d is[ oniv 'i., I !t, l,
III 11111 estudo interna ional realizado recentemente [5.7].
F'" = - -- F 22 = - - -
G"ll/JO"Ucl
O'uI2 CJ'UC2 I' 1Ii11d a possível melhorar as capacidades de previsão dos critérios interacrivOI-I " • ,,"'
(5 .8) lI ' tlL! a polinómios tensoriais cúbicos [5.15]. Todavia, acentuam-se as d ifi 'ul I I I ,
1111 determinação dos parâmetros experimentais necessários, e subsiste lIm~, lin1il ll~' 10
1 1I~'rc nte aos critérios interactivos: a impossibilidade de identificar clarament ' () 1110 lo
'1lIllinLl undo a assumir valores algebricamente positivos para as resistêncl'as a' com
111" St o, A ex ce - . F ' . - , - d,<rotura.
,. p~ao e 12' cUJa determmaçao ngorosa exige a realização de ensaio
I ) Ifi ItII S om tensoes (J' e C .. c ' '
, I . (J'2' orno Ja ~OI referido, estes são difíceis de executar e 300
a 2 (Ml'a:
" ~JC~ld s apresentam dIspersões consideráveis. Isto afecta o rigor dos valores p0l! de 200
, onsequentemente, das previsões do critério. Wu [5 11] sug" I
duborados de optimização do rácio / d . ~nu ~or, ISSO processos
, , , (J'I (J'2 a a optar no ensaIO blaxlal de mod 100
'I1JOllUlzar o erro na determinação de F P o a
12' ara assegurar que (5 7) d I' ,
II )') 'rfície fechada d 'fi . e Imita uma a, (MP,,:
, eve ven Icar-se que i-1W(-1/2l !
i i
4000 ;--- 1W(O) i

-1:S;
F.12 < 1
..J1';I F n - , (5 .9)

Por OUtro lado, a concretização do valor de P perml'te t b'


,.' '6 ' 12 am em encarar outros
I ~t r~ os propostos como casos particulares do critério de Tsai-Wu P I -300
'1'Ic6n o de Hoffinan [5.9], , . or exemp o, no

F. =_ F',1 Figura 5.3. Curvas de rotura previstas pe lo critério Tsai -Wu com F 12 /IF11 .F22 j112 = -1/2 e O,
12 2' (5.10) Admitiu -se O"un = 2000 MPa, O"uc1 = 1800 MPa, O"ut2 = 60 MPa, O"uc2 = 180 MPa e T u12 = 75 MPa ,

'O uanto Tsai e Hahn [5.12] sugeriram

JF::F;;
2 (5.11) 5.4. Critérios ParciaLmente Interactivos
Estes critérios visam atingir um compromisso entre interactividade e capacidou ' li·
. ll~~dO origem ao chama~o critério de von Mises generalizado. Resultados experimentais distinguir modos de rotura, sobretudo a nível de roturas de fibras e roturas de mOlri",.
10 Icam que, para a maIOr parte dos materiais [5.13,5.14],
Por conseguinte, procura-se uma base micromecânica, que, como vimos n o capllul o
1 F. 4, assenta geralmente em duas hipóteses simplificadoras:
--:s;
2 "-
rr;-;::;- <
- O, (5.12) ) as tensões longitudinais são suportadas essencialmente pelas fibras;
"I/F'"F22
sendo que o limite inferior (5.11) se ajusta bem a ) as tensões transversais e de corte tendem a provocar roturas da matriz, uma vez qll •
o comportamento dos compósitos esta é menos resistente que a fibra,
136
11'/
~ . I 1)
I l I' "I ' " 1111 1 II pI! II ' 1'11 "1' () I J I II 11 I III II I di 1'1111, 1\ , 17, , 181 ljl ll , I 1 li 11'11 " O;
1111' 1111 I' " ' 1lI l ' lll III ' 01 J • ' lO d ' u vll lio y () I I !l l fl V N~, /1 ", 11 "

11111 J'I 'O


I d 'terminar por ajusl ' d ' I" Idl Hlo
C2' p", C P III HI () I !III I ii II II
( cril 1'10 I ' llllshin-R cem é id êntico a cri e ri o lu I l'n () 111 hnu no que tO oI
l'lilu rn dus fi bras, u seja, a condição de integridad e é 1II I IlIcntais.
lI tl I ' 11 I I'
m ento representado na figura 5.5, obtêm -s
(5. 1 I 'I I' ILlilíbrio de forças do le
I fla ",
c , ri I em função de 0"2 e '12:
'
POI' i-l 'LI. turno, a rotura da matriz é prevista quando a" == a 2 cos· a;

r nl ==-a2 cosasina;
(5.1 4

I 'II o que 0",,2 = O"ut2 se 0"2 > O e O"u2 = O"uc2 se 0"2 < O. A figura 5.4 representa a curvlI
I ' I' tura correspondente. Este critério foi implementado por Sun et aI [5.19,5.20 1, 3
I L' II I -se verificado bons níveis de concordância com os resultados experimentais do

, I uc.lo internacional já mencionado [5.7].

100 ... ~" (M1'a)

80 "
60
40
20
(F, (MP a)

-200 -150 -100 -50 -20 100

-40
-60 Figura 5.5. Tensões na face da fe nda que são con side ra das no crité rio de Puck.

-100 : . , . R R e R com O" 2 II( ) '


'I ' ssível relacionar as reslstenClas n' ru rrl :/1 , . ~
Figura 5.4. Curva de rotura de matriz previs ta pelo critério de Hashin-Rotem. l)e forma ana oga, e po . Id amada Por exemplo, e facll v 'I'
b' 'isotrOpIa transversa a c · .
Admitiu- se (Jut2 ~ 60 MPa, (Juc2 ~ 180 MPa e ~u12 ~ 75 MPa. r1l 12' atendendo tam em a C "dente a aplicação deste critério eXIge 11111l
R -, omo e eVI ,
que Rn = O"w2' e que nl - u1 2 ' _ que perante um estado d e tCl , 11\1
hém um cálculo prévio do.ângulo de fissura~a~ a, d ~n ão F (a), dada por
ritério de Puck [5.17, 5.18] vai mais longe na análise da rotura transversal, que é
'd (~ e ~ ) conSIste em achar o maXImo a ç u
rl!nericamente designada por rotura entre fibras, de forma a incluir eventuais roturas 'onh eCI o '"'2 '12'
interfaciais ou das próprias fibras. Puck considera a hipótese de o ângulo de fissu-
para a" < O;
ração da camada, a, poder variar conforme as solicitações que actuam na camada ( . 17
(Ligura 5.5), sendo o critério expresso em função das tensões O"n' 'nt e 'nl' que actuam
na face da fenda, e das respectivas resistências, Rn' Rnt e R"d' Concretamente, Puck e para a" ~ O.
chürmann [5.17, 5.18] propõem

1.1'/

138
('u 'k II ti Itil li , ilHO n o lo LI ' I 111 11 1 11 1 ' 111 11 ( li
) ln odo A [LI' s d á para 0'2 ~ O ' 0111 I X O'"
) 11. do B, n o qual ti = 0° e 0'2 < O;
) m do C, que se observa para 0'2 < O e com =I-' O em compósito relativamente esp ' OS cri, 'rios d ' "" H"'" I'M III"
I 1M • d ' 1'\ \f ll1l1 <': a.: s de con e . Com
III'" tI·"do rdevantCS P UI' II 'ti l ' (' ''11\ 1\ I ' 11 11 _ .
s s.
u S em função d as l cMI '~, " 'OIl V -1\1' nL ' ti ' Ilnlr
I "I" =a 12 0'Z ' 0'1

Trata-se portanto de um cnteno de aplicação mais complexa, e que envolve tllll


, dendo aos dados do problema (s2 = 3s,),
njunto significativo de parâmetros empíricos. Os seus valores, bem como simplili III II 'lua.:, aten

_ EI / Ez + 3V l2 = 1.7879
'nções adicionais, são justificadas em [5.17, 5.18]. Pode-se também constatar que II a l2 - 3+V12
l:\'itério de Puck é claramente mais optimista do que o de Hashin-Rotem na zona cI '
< O (figuras 5.4 e 5.6). A comparação com resultados experimentais permitiu qtl ' . . . d T' i-Hill a equação (5.5) reduz-se a
I '1I11,a;çando pelo cnteno e sa ' ? 2
II 'l'itério de Puck fosse considerado um dos melhores actualmente disponíveis [5.71 , 0'1- 0'10'2 + 0'2 = I .
- -- - - z
a ;c l (51~CI (Juc2
ModoS . - biaxial obrém-s ' 1'" • 1111\' 1111'
- d d . ue se trata de compressao ,
Modo A Ik 'orrendo à relação entre as tensoes e aten en o a q
- 0'"cI 0'"c2 =-128MPa;
0'2 = 2
O"lIcl
2
+ (a12 - a12
) 2
O"uc2

. . . T W (5 7) na ausência de tensões de corte,


No que toca ao cnteno de sa1- u . , _1
F 0' 2 + F"O'i + FIO'I + F Z 0'2 + 2FIZ O'I0'2 - ,
. II I --
onde, de (5.8) e (5 . 11): 4
Fil = 1.l364·] 0- 6 (Mpa)'2; F 22 = 1.9231· 10- (MPa)'2;
2
F, = _3.4091.10- 4 (Mpa)'l; F2 = 1.7308 .]0- (MParl;

F = _ 7.3914 . 10- 6 (MPa)'2


I2

e ua ão polinomial quadrática,
Trata-se agora de resolver para CJ'2 a q ç 2 ' 1- O
2 F +F2? +2a12F1 2 )0'2 +(a,~FI+F2)0'2 - - ,
Figura 5.6. Forma típica de uma curva de rotura transversal prevista pelo critério de Puck, e correspondência (a 12 1t -
d < O e de obter posterionnente CJ'I' O resultado:
com os modos de rotura definidos . Para efeitos de comparação, incluiu-se a curva do critério de Hashin-Rotem.
considerando apenas o caso e CJ'2 ' 251 M'j'a'
0'2 = -140MPa; 0'1 = - .. ,

é um pouco mais optimista que o anterior.


Exemplo 5.1. Uma placa em compósito unidireccional vidro/epóxido está submetida a um estado de com-
pressão biaxial, tal que S2 = 3s l . As propriedades do compósito são: EI = 40 GPa; E 2 = 8 GPa; vl2 = 0.30; . , . H h' -Rotem (5 . 13) prevê rotura das libras para
Finalmente, o cnteno de as m
12 = 4 GPa; CJ'url = 1100 MPa; CJ'uel = 800 MPa; CJ'ue2 = 40 MPa; CJ'ue2 = 130 MPa e Tu l2 = 70 MPa, cal- 0'1 = -0'"c1 =-800 MPa

'ulc as tensões no compósito quando se der a rotura, de acordo com as previsões dos critérios de Tsai-HiII,
::::> O'z = ~ = -447MPa.
T sa i-Wu e Hashin-Rotem. a 12

Resolução. Como vimos em 3.6, nomeadamente nas equações (3.51) e (3.52) , A rotura da matriz (5.14) ocorreria quando

I/ii
(I,. I III ""'11 1 11111111 ' g llll!l ll 1/ 11"", lilll ll 1111 tlll, 1'11 '1 N 1\l 1l1l'1I I I """ri ,I 11'11 11 VI' I'HIII.

.IIM I'II,
I II d i "r kl d' 'J'su l- IIIII I 1' 11 YI
Hl lld ll l l llllilil lll '1'ltI"", N OI III' qU ', nesce caso panicul ar, o cl'ilél'iü ti ' Il uHh ln- l~o l ' III \ ItI 1111 '0 ao da ccns ,I
11 11 )( 111 11 ( 1. I).

YII IIII' d aramente mais cQ nservad or.

H \ 1111'1.. .2. Um lamin ad o multidireccional de carbono/epóxido está sujeito a uma tensão normal <> •
[lUnLO ao critério de Tsai-Wu (5.7), de (5.8) e (5 .11):
I'ltll(·otl - H' pn,:vl:1' II rOCura de uma das suas camadas que está orientada a 45° relativamente à tensão apl i-
"1111 11 , Â 1I111, UI'l:~1l d o lamin ado e das condições fronteira permitem admitir que Sy = Y;ry = O. As propriedacks
Fil = 2.7778 .10- 7 (Mpa)'2; F]2 = 9.2593.10- 5 (Mpa)'2;
dI! I 'II /ll ll dll ml:uidas foram: EI = 140 GPa; E 2 = 10 GPa; vl2 = 0.28; G = 6 GPa; <>UlI = 2000 M Pu j
I2 F, = -5.5556 . 10- 5 (Mpa)"; F2 = 1.1111 · 10- 2 (MPa)";
11", 1 I 11 00 MPaj <>11/2 = 60 MPa; (ruc2 = 180 MPa e Tu l2 = 75 MPa. Calcule a tensão (rx crítica segund o
F I2 = -2.5358.10- 6 (MPa)'2.
IIN I'dl Cl'los da tensão máxima, Tsai-Hill, Tsai-Wu e Hashin-Rotem.

R '~o lvendo a equação polinomial quadrática,


UI oluç. o. A primeira fa se do problema consiste em obter as tensões na camada. Assim, começamos por
d l l l l ' I'IIIIlIul' as constantes de rigidez no referencial principal recorrendo a (3.54), de onde:
(a,2Fil +ai F 22 +al F66 +2a,a2 F'2)a; + (a,F, +a2F 2 )a x -I =O
<=> a x = 332 MPa,
QII =140.79MPa; Q' 2 =2.8158MPa;

Q22 = 10.056 MPa; Q66 = 6.0 MPa. I' 's ultado muiro próximo do critério de Tsai-Hill.

1(11 1 II 'gLlida , obtemos os termos da matriz de rigidez no referencial {xyz} , aplicando as fórmulas da tabela
Jlinalmente, o crirério de Hashin-Rotem (5.1 3) prevê rorura das fibras para
\,'i '\ 11 11 • = cos 45° e s = sin 45°, tal que:
a, = a"n = 2000 MPa
Q'II=4S.1l9MPa; Q" 2 =33.1l9MPa; Q" 6 =32.683MPa; (J'
=> a x = -'- = 1256 MPa.
Q'22 = 45.119 MPa; Q'26 = 32.683 MPa; Q'66 = 36.303 MPa. a,
Da condição de rotura da matriz (5.14) ,
I )" I ,I 'ol1 stitutiva (3.57):

(} x = Q'I 'I E.\o; a x = ~+~


2 2
2 2 ]-"2 =337MPa
[
O'UI2 'u12

a = Q' E = Q\2 a .
y 12 X Q'lJ x'

_Q' _ Q"6
TX), - 16 8 x --Q'. a x ' 5.5. Conclusão
II

Apresentaram-se neste capítulo os critérios de rotura actualmente mais utilii'; udo ,


ÂHO I'U há que obter as tensões no referencial principal aplicando (3.55), de onde resultam
tendo sido feita a sua apreciação à luz dos resultados de um estudo interna 'iu l)ltI
ai =a,ax '
'2 =a6 a x , a 2 =a 2 a x ' f
recente. Apesar do esforço que tem sido feito no sentido de desenvolver e vU li tlll l
" lIn a , = 1.5914,0: 2 = 0.14265 e 0: 6 = -0.13298. Estamos finalmente em condições de aplicar os critérios
II ' I'o tura.
critérios, é evidente que se está longe de poder apontar o mais rigoroso. As dili 'lI l
dades são muitas, não só a nível das formulações, mas também a nível experim 'I lul
entre as quais salientamos:
1)0 <.: ritério da tensão máxima (5. 1),
) modos de rotura indesejados, como é o caso da encurva dura em ensaios de ' () ll l
ax = mínimo {~> ~~2 1~~2 1} = 421 MPa , pressão;
) deformações plásticas e não-linearidade geométrica consideráveis em solicitaç 'H li •

1/,2
' I I " .' 1 1"\ " ' 1 " II V I .IH' 1'..,11, I " I' , ' ,',.hOVII, '1'10,' ,'II'l' il fllil 0\ M illt IIIY"II'iI
( :'HI\PI'HI~ 'H lI, "Ir . 11I ~~: I IIIi , :1I!lp(l~il 'S
11 111111 1\ II III I iii' 111\ '01'1 ' li · • ' 1'l iH I 1' 0 " 1IIIII ji ll 101'1111111 III I
'/" 111'" ' 1/ , I' ,
II I '!til I >' \ '\1 "llIll'1' ''l1l1 nl''I-\ , H: 12 ()1) I:.!' I ( I I)'I H) ,
di 1111 I 111111111111 1) ti l'I)IUl'll i '. I) A (I V 1 1111111' ''1' , "'I'H \'·O..,1L A Coupll!u Anuly~is 0 1' Uxp 'ril" 'nl nl HilL! 'I'IoCIII\' Iil'11I
11 111 111 "'1\ IIHIlII!! 10 ' I.U lu d ' L I1tlt C rClIl III V 111111 'I~ III }V I V, . 1 '\ ' 1 I I Y 1 " •

R 's ullS 0 11 III ' I ell ,," 1I1I 11l 1I 11111 "",ilurc 0 1' Composirc Laminales unu cr fi ' 1'111 ' u I' 1'11111 ' ,' I'\ 'K ,
di 111 111 \ li , lU ' Pt) 1 ' 111 H 'r puni ulannente signi'l 'lll II , '11 1111 \ I' ' llI OA 11 capitulo 7
Co mposircs ci..: n ·' lI lId 'I'c\.:hn( logy, 62: 1711-1723 (2002).
I 11111 1 II 11 11 \ II U LI. ' t ' 'I...' t o da fiI uraçao ~ transversa I ' 111 1111\1111' Id o!; l11ultidireccionui I. I [arr-Smith, L. J. Prcdictions 0 1' dle Original and Truncated Maxirnum-Sr rain P ailu l" M od 'Is 1\)1' '('I'
11 11111 '" lU ' 'H I 'S onlinuam geralmente a poder suportar Ctlrgas crescentes; , win Fibrous Composite Laminates. Composites Science and Technology, 58: 11 5 1- 11 78 ( 199H) ,
di jl l 1111 II 'i :1 IU H r 'siscf:ncia à tracção transversal e ao corte da orientação dll tl li , Hart-Smith, L. J. Expanding the Capabilities of the Ten-Percent Rule for predicring rhe Sir '11 \,\111 \lI'
I 11 11 1\ 111 11 VIy'll1lws D'n6m eno que já foi referido no capítulo 4;
Fibre-Polymer Composites. Composites Science and Technology, 62: 1515-1544 (2002)
ii I " I I 11 li i C consideráveis nos resultados experimentais, que resultam esscn- I-linton, M. J., A. S. Kaddour, P. D. Soden. A Comparison of the Predictive C apabilitics 0 1' : lll'l' ' fll
1111", 1' 111 \ lu I1lltllrCza heterogénea dos compósitos. 'I
Failure Theories for Composite Laminates, judged against Experimental Evid encc. Composh 'II

Science and Technology, 62: 1725-1797 (2002)


II I I I' I'obl ' mas que justificam o facto, à partida paradoxal, de, com base n H
J
,H. Tsai, S. W. Strength Theories 01' Filamentary Structures. ln: Fundamental Aspects ofbbcr R cinl'o r ' ,ti
I \I 11 11\ I' ll/Lud s experimentais [5.7], se tenha concluído acerca do bom de sem-
Plastic Composites, Wiley Interscience, New York, 1981.
I" I11 1111 di'I 'l'ic rios tão diferentes como os de Zinoviev [53 . , 54]
. , Tsa'1-W U [5 . 1 ) ( Hoffman, O . The Brittle Strength of OrthotrOpic MateriaIs. Journal of Composite MateriaIs, I: 200-
II I 1II ' k [ .17, 5.18]. Naturalmente, o desempenho destes variou conforme u , i.
206 (1967).
IIIIII~ I II, 'lI1bora não se tenham verificado tendências sistemáticas. É também impor- . 10. Tsai, S. W ., E. M. Wu. A General 'Ibeory of Strength for Anisotropic MateriaIs. Journal of Compll, ii '
I dl l' ll~tI~· u e alguns dos critérios recorrem a vários parâmetros empíricos, fac to
MateriaIs, 5: 58-80 (1971) .
ItlÜ lrçar deficiências fundamentais. . 11. Wu, E. M. Optirnal Experimental M easurements ofAnisotropic Failure Tensors. Joumal of COIn p\\slt '

Materiais, 6: 472-489 (1972) .


II 111111 'Hca d~ da arte, há que distinguir claramente duas situações, no caso mais . S W H T Hahn Introduction to Composite MateriaIs. Technomic Publishing Co., LancaSI '1',
. 12 . T sal, . ., . ' .
I 1111 11 II \ lal11l11ados multidireccionais: a primeira rotura de camada' e a rotura
", ti ~'II I1l1a1. O projecto com base na prevenção da primeira rotura de ~amada pode 1980 .
. 13. Liu, K S., S. W. T sai. A Progressive Quadratic Failure Criterion for a Laminate. Composites SciL;n "
II v l\rnen~te conservad~r. No entanto, pode-se revelar a abordagem mais apro-
and Technology, 58: 1023-1032 (1998).
1'1 I III , 1I11.uçoes em ,qu.e seja fundamental garantir a durabilidade, por exemplo, sob . h' A S W Tsal' K S Liu. A Progressive Quadratic Failure Criterion. Part B. Compos il ' S
I II I II V 'IS ~usCeptlVel~ de causar fadiga. Neste caso, recomenda-se a utilização de '5 14 K uraIs 1, ., . '
. . , . ,
Science and Technology, 62: 1683-1695 (2002).
1111 ' I'nC tIV~s. Em SItuações nas quais a rotura é desencadeada por sobrecargas, A. P . Nanyaro. Evaluation ofthe Tensor Polynomial Failure C rireri ol1
McDonald ,
IIIi 111111111 'nte Importante determinar o estado limite correspondente à rotura catas- 5 T enysson, R . C ., D .
5 .1.
for Composite MateriaIs. Journal of Composite MateriaIs, 12: 63-75 (1978) .
I I 11111 l - se então fundamental distinguir modos de rotura, facto que favorece os 5.16. Hashin, Z ., A. Rotem. A Fatigue Failure Criterion for Fibre Reinforced MateriaIs. Journal 01'
III II ince~activ~s ou parcialmente interactivos. No entanto, na modelação do
Composite MateriaIs, 7: 448-464 (1973) .
" II l~ll~lficaçao progressiva, é necessário considerar a degradação de pro- 5.17. Puck, A., H. Schürmann. A Failure Analysis of FRP Laminates by means 01' Physically bascu
I II' n gldez e de resistência. Este assunto será desenvolvido no capítulo 7.
Phenomenological Models. Composites Science and Technology, 58: 1045-1067 (1998).
5.18. Puck, A., H. Schürmann. A Failure Analysis of FRP Laminates by means of Physically b ascd
Phenomenological Models. Composites Science and Technology, 62: 1633-1662 (2002).
5.19. Sun, C. T., J. Tao. Prediction of Failure Envelopes and Stress/Strain Behaviour of Composite
as Laminates. Composites Science and T ec1mology, 58: 1125-1136 (1998) .
5.20. Sun, C. T., J. Tao, A. S. Kaddour. Prediction of Failure Envelopes and Stress-Strain Behaviour 0 1'
\I 1\ \VI, III : Engineered MateriaIs Handbook, Volwne 1 (Composites) . ASM International, 1987. Composite Laminates: Comparison widl Experimental Results. Composites Science and T echnology,
1111 ' , llIlIul'e Criteria for Unidirectional Fiber Composites. Journal of Applied Mechanics, 47:
62: 1673-1682 (2002).
, I I I IIH() .
apítulo 6
náLise dos Compósitos
e Fibras Curtas

6.1. Introdução

()s capítulos 3 a 5 foram dedicados aos compósitos de fibras "longas", que ão li .


Iheto os mais interessantes para aplicações estruturais. Os compósitos de fibras "curtu. "
'presentam valores do módulo e da resistência bastante inferiores. Isso deve-se enl
purte às fracções volúmicas de reforço substancialmente inferiores, tipicamente 20 %,
. ntra cerca de 65 % nos compósitos de fibras longas. Como vimos no capítulo 2, u
limitação ao teor de fibra resulta da necessidade de garantir boas condições d ·
processabilidade. Por outro lado, as fibras curtas tendem a distribuir-se de forma m ais
ou menos aleatória ao longo do volume do compósito, o que impede que se atinj am
os elevados valores dos módulos e das resistências dos compósitos unidireccionais I U
direcção das fibras. Neste caso, porém, a menor anisotropia simplifica o projecto, q ue
He faz frequentemente de forma análoga à dos materiais estruturais correntes. Ou tra
vantagem importante dos compósitos de fibras curtas é a facilidade com que obtêm
formas complexas, através da moldação por injecção, do RTM ou da moldação por
compressão, processos que permitem altas taxas de produção (ver capítulo 2).

Por estas razões, os compósitos de fibras curtas possuem actualmente um vasto


conjunto de aplicações (ver capítulo 1). Como veremos nos parágrafos seguintes, li
previsão rigorosa das propriedades mecânicas exige modelos numéricos complexos,
o que, na prática, nem sempre se justifica. O objectivo deste capítulo é portan to
transmitir um entendimento básico das propriedades mecânicas destes materiais
'lu 'l U, VIIIII \l 1 I" ' \l I I , \ II
lI ' i '\)I' I' ' lid o 1111 1' I ( III " 11!1 II ' 111 1 ' 1'0 ' 111 11 111111 \ 1 1 11 1\ II III VII II \ IIl l' , 101))1'/01 , 'rI' ' iLH ,

6.2. Compósitos de Fibras Alinhadas 6.2.1. MODELO DE K LLY-TY ON


. " d _ erfeitamenteplásti a (fi1 LlI'U (I : ,
( :unl'o l'l11e foi dito nos capítulos 1 e 2, as fibras são geralmente cortadas com compri
I' .n c Tyson [6.2] consideraram a matnZ ngl a p
. - de (6 2) conduza a
111 ' 11108 entre 3 e 10 mm para efeitos de incorporação em semi-produtos (DMC, ti lI"\.: faz com que a mtegraçao .
4T pm (h. \
,' M : \.: MT) [6.1] . No entanto, as elevadas tensões a que estes são sujeitos durantl' (F f l ==--x,
li I 1'(\ 'cssamento provocam roturas de fibras, que frequentemente reduzem o compri
dr
IlI ' nLO m ' dio das fibras a valores inferiores a 1 mm [6.1]. Facilmente se compreend '
. d - a fibra necessariamente sim "ll'i 'II '11\
· t 'buição hnear a tensao n , 1"\
uma d IS n
I 1'11 li uzindo . a tensão máxima n a I 1'1 ,
lU ' ii 'ficácia de reforço das fibras depende, em certa medida, do seu comprimento, - - LJ2 (figura 6.3). ConclUi-se portanto que
II' 1uçao a x -
1'\ isto que vamos de seguida demonstrar através de uma análise micromecânica cI '
2r pm L f (h,'1
'\ln: I 6sitOS com fibras alinhadas. (F f i max == ---;;--'
r
( ,onsideremos um elemento de volume cilíndrico, contendo uma fibra completa. . Na realidade este aumento tem um limil' qll (
IllImenta com o seu compnmento. " d fi~ras longas, obtido da equa l n (/11, 1
III ' ncc envolvida por resina (figura 6.1) . Quando o elemento é sujeito a tracção, dá·
II valor da tensão na fibra num composlto e 1
, lron ferência de carga da matriz para a fibra através de tensões de corte na inter-
do Lei das Misturas, «I, j
Cu • " de uma forma semelhante à descrita em 4.3.1. Do equilíbrio de forças de um
,I 'mento infinitesimal de fibra, concluímos que

d(Fj l
(6. 1)
dx

°ndo df o diâmetro da fibra e ri a tensão de corte longitudinal na interface


r
,. d 'tido para a matriz em [6.2J .
' 6 2 Comportamento rígido- pe rfe ita mente plastlco a mi
F Igura ..

ri
0'1 rpl1l~\- - - - - '\

.,~\0n.i:. _____LJ~~ x

Ti
-=--

U~ (I:' :1);1'
"""~'f'
Ti + dUj'
dx
Figura 6.1. Elemento de volume usado para a a nálise da trans ferência de carga em compósitos de fibras curtas. ""I
Sc desprezarmos as tensões nos topos, a tensão na fibra escreve-se
Figura 6.3. Comportamento rígido-pe rfeitam ente plás tico admitido para a matriz e m [6.2J
4 ex (6.2)
(F fl =-d Jo Tidx .
f
'011 11 i II •
II I S l . lIio I ' 1'1' I 'I'l cncaçã l · J. N 'A I ' ' II II I) ,\) I f'OV ' I '
11 1111111
o' mprlmt!nto minimo d a tlbm lU ' P 'f'l1 . ice que se atinja O"jll11ux ( • ) d 'sigllll- I" "
11111111 úni'a fibra 'ln 'b ida numa matriz translúcid E l send , suj eito ti ' UI' LI
til-
'ornprimento ineficiente, e é dado por
Iill \1 II Iln mesmo tempo que é observado em microscó~io. A m edida qu' l.I '11 1'1
11

II l1ll1llll1, a fibra vai-se partindo em segmentos de compnmento Lc'

comprimento ineficiente, cujo conceito já foi abordado em 4.3.1, diz respeil o I


zona ao longo da qual a tensão na fibra adquire o valor máximo. Para comprimenl o 1.' . MODELO DE COX
de fibra Lj > Li' existe uma zona central de tensão constante (figura 6.4).
'11 11 Indo à análise do elemento de volume da figura 6.1, em termos d ec n tl i '

Por outro lado, para se tirar pleno partido da alta resistência da fibra, a tensão máxinlll IlIn lll ~ aplica-se obviamente a Lei das Misturas
nesta deve atingir a tensão de rotura à tracção, O"u}l' Caso contrário, a rotura do C0l1 1 ( l. ( )
pósito será provocada pela rotura da matriz, ocorrendo a tensões mais baixas. Assi lll ,
resulta da equação (6.4) que as fibras devem ter um comprimento não inferior 1111
I ' /; 1 for a deformação imposta ao elemento de volume, o seu módulo é d ad pUI'
comprimento crítico
(6.7) (f/ I . ( . I O)
E, =V/ - +(l-V/)E""
t'1

r
I" hllitindo tensão constante na matriz. Como a tensão média na fibra é proporciol~Ll I
rpml----~
. (fi 63 e 64) é evidente que o módulo de um compósll o
/111 !'leu compnmento 19uras. ., . .
L,I2 x .II' libras curtas depende do comprimento destas. Para analisarmos qu~ntltatlVamenl.. ·
-r pm -- -- -- -- - - _. -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -'--------'
I I ' efeito, vamos recorrer ao modelo de Cox [6.4]. Este modelo adml~e que a maln ~
mantém elástica e que a tensão de corte interfacial em determmado pont '
1~I'\)POrCiOnal à diferença entre o deslocamento da fibra, Ujl> e o deslocame.nto Ug l qu e
HC ponto teria caso o elemento de volume fosse inteiramente de resma. N e Cl1

\ 1I\.:unstâncias, a equação 6.1 escreve-se agora

(6.1 1)
L;i2 Lr L,I2 LI' x
Figura 6.4. Di s tribuições de ten sões na int erface e na fibra segundo o modelo de Kelly-Tyson [6.2] se LI> Li'
I'm que H designa uma função da geometria e das propriedades dos materiais qu e

Por conseguinte, o Modelo de Kelly-Tyson permite facilmente justificar a necessi- definida de seguida. Derivando (6.11),
dade de as fibras possuírem um comprimento mínimo para maximizar a resistência (6.1 2)
do compósito. No entanto, do ponto de vista quantitativo, os resultados não são rigo-
rosos, em virtude das simplificações inerentes ao modelo. Relembre-se ainda que se
admitiu adesão interfacial perfeita, isto é, que a tensão de rotura ao corte da interface, onde surgem
Tui' é igual à tensão de cedência ao corte da matriz, o que nem sempre se verifica. De (6.1 )
facto, a expressão (6.7) é frequentemente utilizada em sentido inverso para obter

(6.8) (6 .14)

150
'Ilh , lIh llllld ,
' III ( (1 , 1 :"') , II lO 01 I III II 11 111 11 I '11i 1l~ III dI/ I II I II ii 1 11'1'
1 1111 1' 'ndu li lImll 11 11'11 I li I dl·lol' nlU ç , }( IhA I ti 'm u n I I'OUllil,dll I" '
0 111 , ' 11 0 I' poli \ j l) I ' II "

( ' 0 1II (6 , 1 )

(6. 1h III l)U • D é O diâm etro exterior do elemento de volume d a figura 6.l. Rc 0 1'1' ' ., \0 li
II 17) a tensão média na fibra é então
"III H)I1UO a S ond ições fronteira: (J. =O em x =O - L.' . tanh(,BLr I2)]
11111 11 1 ~dt1 - es algébricas 'jl e em x - l' obtem-se apos algulIlll ( 1. 20)
f3Lf l2 '

afl = Ef1CI{1 cosh[P(Lf 12- x )11 . " lia substituição em (6.10),


cosh(f3Lf 12) J' (6. 17
tanh(,BL r 12)]
E, = VfEf] 1- . +(l- Vf)E"" ( . I
Iii scicuindo em (6 .1), a tensão de corte na interface é dada por [ f3L f l 2

Ti = df Ef lcJ3{sinh[P(Lf 12-x)11 1110 Lra claramente o efeito do comprimento das fibras no módulo (figura 6.6).
4 cosh(f3L f 12) f' (6 . J li)
E, 1.2,..-- - - - - - - - - - - - - - - - ,
• IIlI1UO es tas distribuições de tensões representadas na figura 6.5.
~
'ri 0.09 r----------------,
0.08 · - - - -____.___ .__. _ _ _ _.___ . _ _ _ _
~:: t-~~~~_/_
-.----,,r------.----. -.. -_-_--.-... -.-_1

0.07 ---- .- ..-.. --.-.. -__ _ ~:: J ---------.---.--------------.-----


o 2 4
log(l'j I d J )

Figura 6.6. Efeito do co mprim ento d?s fibra s no módulo E1 de um com pósito unidirecc iona l de fibras curta
seg und o o modelo de Cox [6.41. E1 foi norma lizado pe lo valor previsto pela lei das mi sturas (equaçã o 1.. 61

Mais uma vez, apesar de o modelo de Cox possibilitar uma análise relativamem '
imples do efeito do comprimento da fibra no módulo, as equações não são efectivu-
mcnte rigorosas. Ao longo dos anos, foram apresentados vários modelos analí ticos
ubstancialmente mais elaborados, nos quais o problema é tratado em termos d .
'álculo tensorial [6.5-6.8]. Um dos modelos mais conhecidos é o de Mori-Tanaka
16.6], que foi originalmente desenvolvido para tratar o problema de um sólido com
inclusões elipsoidais alinhadas e uniformemente distribuídas. Trata-se porém de um
modelo complexo, cuja descrição está fora do âmbito deste texto. No entanto, foi
<.:om base no modelo de Mori-Tanaka que Tandon e Weng [6.7] concretizaram um
Figura 6.5. Distribuições de te nsões ai na interfa ce bl na f'b d
<.:onjunto de expressões analíticas para as constantes elásticas de compósitos de fibras
ra se gun o o mod e lo de Cox [6 .41.
I
<.: urtas isotrópicas e alinhadas. Estas expressões continuam a ser complicadas e ti
As tensões foram normalizada s pela quantidade E ~
11~ 1'
necessitar de soluções iterativas para o coeficiente de Poisson vl2 e para o módulo de
compressibilidade em estado plano de deformação, k 2 , embora tenha sido sugerid o
1I1 ~
I I
11111 1'"11 dlllll' IIIO 1" 11'" ' V 1111' II II ' l'II~' n ' l II 1111 11 1111 Iv I II Vllli 11I~: Hq '11111 I,
II I
" 111111 III I' Jl ' I' Ill l ' lIl ti I Ildll II !t111 I) II JlIIIIIII II 1l IIIIJl Ó I1l)H d' Ji l 1' 1 XII \II d i, ·I ' m CIlLU d' vo lurn ', '()lIIl)) 1\ ,
1 ~lIl d '"' tIlISln, n l sulll l1 ~'II ~ l lId lllll tI " IIIII, hh ' I / II II ," III" .' \ ,
1 1111 11 unkJil" ionai"" li IlV " 1\'1 11 I" 11 111 11 1 1 I ' III
I' 111 ,11' 1111 ' IlI ' Ii i I feiw 1 01 I ' I ' vúlumc de rnall'l Z, ISLO , liLi II
IIdlltllllll ll~ 1111111 111" 1.11 1111\'/111 1111 111 111 l
11 111 ,!lnrmcn tc r , r ·rido . • 'l- i '
111 11'1 11 111\'1 ti 'OIn ln c.J ,los d' elementos 6nieo Ih, I, '1'" 'I l i 1, 11 11-\ 1.6,5] dem OH 111 vll lUlI) , li ' 1l111lriz à volta d a fibra, o que s ' l n l 111. pu,
',1 111111 ' de matriz nos wpn d,' eI1' lI ll' lIl lI Il l llll 1
11 11111 111 \)\1 ' () I1l Ot)'l o de Mori-Tanaka [6 .6] é O 11'Ih ol' 1I 'llJulim:nce disponív -I.
I 11 111 II, 11 '1 qu ' "tili -ntar um co njunto importante de simplificu ç cs admitidas, enu' !!.. f) 2 (L - LI) = ~ (D 2 - d } )L I ,
4 4
1
' 11 "
IllI . d . definir a geometria exacta do modelo, isto é, o diâmetro exteriOI'
Il 11I'1'l' I ti .. III 'Inos
~l+Vj
"
D=d - - =12.121111l ,
II I II 'olilprim 'nto d elemento de volume cilíndrico (figura 6.1), que estão apenu I 2VI
\ Il lId l '10 11 \ lo pela fracção volúmica do reforço (ver exemplo 6.1);
I IIplicando a equação (6 .19),
) 1\ plI v ' iH interacções entre os vários elementos de volume, que podem ser tid a
fi = ~ 8·1.1 = 0.0377 ~n·1 .
I III ' 0 111 I udn irindo uma disposição espacial idealizada, por exemplo, um arranjo 7 230 In(12. 12/7)
II K If I1 ll tll sem elhante ao da figura 4.9;
I'. (Umos agora em condições de usar a equação (6.21),
I I II I II I ~ i1<,:1 o de um comprimento único médio para as fibras, quando na realidad '
" 1'11 1111 I'i n'l 'nto das fibras num compósito não é uniforme; , [ tanh(0.0377 .500 / 2)]+(1_0.2).3 = 43.5 GPa.
EI =0.2·2301 0.0377.500 /2
ii) 1\ 11 11 I II ,lu de edência plástica da matriz ou de descoesão interfacial das fibras
ltllllll I 'xtremidades destas, aspectos que, em rigor, não podem ser ignorados.
I{<:correndo a. formula
., d e H aI pm-
. T S'a'I (622)
.
com .,~ = 2LJdJ =142.9 ,
II 1It1 lid o t\ C mplexidade deste problema, Halpin [6.9] sugeriu que o módulo 230 + 142.9·3 + 142.9·0.2 · (230 - 3) = 35.0GPa.
1I 11I1'1111i1l 1l1l1 d um compósito unidireccional de fibras curtas pode ser previsto pela EJ =3 230+142.9.3 - 0.2.(230 3)

I I III I I~ I" li ' I [alpin-Tsai (4.35),


Ambos os modelos prevêem resultados inferiores à Lei das Misturas (4.6)

EI = O.2 ·230+(1 - 0.2) ·3=48.4GPa.


(6.22)
I)or outro lado, o comprimento das tibras é claramente superior ao comprimento critico do modelo I '
1111"" il - I • caso ç = 2LJdf' A comparação com modelos de elementos finitos
11 I !t,,, tlll ' os previsões da equação (6.22), sendo conservadoras, são geralmente
Kelly (6.7),
7·3500
L =---=245f!11l .
II I III l lill ' III 'rigorosas [6.5]. Verificou-se também, conforme Halpin tinha concluído, c 2.50

(III I ( l l \! ' Vl 2 são praticamente independentes do comprimento da fibra. e aça-o de rotura das libras é inferior à deformação de plastiticação da matriz, ou 8<:jll,
Logo, como a d elorm
O" if l O' pm
--<--,
E/I E",
• Hll,11I n • • , U m compósito unidireccional de tibras curtas de carbono tem as seguintes características:
a tensão de rotura do compósito é dada por
• li I I 1'11 , f!", = 3.0 GPa; G", = 1.1 GPa; dj = 7 11m; Lj = 500 11m; Vj = 0.2; CYujl = 3500 MPa; O',!(I
O'uc l =EI-E '
11 11 '\ 11 '11 \ r/•II • = 50 MPa. Usando os modelos acima expostos, preveja o módulo e a tensão de rotu- 'II

,,· lllItI 11111 d o ·ompósito. 'I 662 e 533 MPa para os modelos de Cox e de Halpin-Tsai, respectivaml:nl. ·,
de onde resultam os va ores _ "
. ' • 737 MPa A tensão de rotura de compósitos de fibras curtas e mullO
enquanto a Lei das Misturas preve · . . . .
() módulo BI pode ser estimado recorrendo às fórmulas do modelo de Cox (6.21) e de , . - são realmente umdlrecciOnals.
inferior a qualquer destes valores, pois estes composltos nao
II , ' ) , No primeiro caso, é necessário determinar f3 (6.19), o que exige o cálculo de D . Se o
I III' 11111, 11 y,tllIll1' d a ligura 6.1 tiver um comprimento L, então a fracção volúmica de fibra é dada por
6. . ompo to de ibr
Al tória Iu, I /1,( 11 i l ', 11 '1 III, I Â II " I I 11 '1 110(1/, I (,' li
lu libra I1 UH p r' Ilj) 1
11 1111 II ,/ \ II 01'1 ' Ill u<;uo Ili/", I Á, (/ II ' I', I HI', ) I I(I,'IJ 1 (//, )1
II' ' mul1'l. nt dil í I
ti ' (IV ti / li'
moltl '1'1 S '111 lhance aos d ' 6,2,
' III
• II 111 ' I 1'0 " diJ'l1<.:nt : , hUbicualmcllt ' 1II I v
II J)J' 'v ' r ( H módulos d compósito 'd ' ,
,, , um IrecclOna l de libras curcas E E G
\1" 1' IldJ11trll1 lo IS tropia transversal; , I' 2' 12, VI ' I'iII 1(,: es relativamente mpli 'IH J UH, ' lU<': necessitam ainda da de termiml çl o li ' IJ', \
I, Ohl ' I' II 111U triz de flexibilidade S (3 38) / " , II, (,'1 2' V12' G 23 e k 2 aplicando as <.:quaç - es micromecânicas apropriadas (ver ti l ii ul o
í' li ' ' e ou a matnz de ngIdez C (340) '
III 'III' tIS leIS de transformação das refe 'd ' ' , I .I ' .2).
, II I (, luaçã 22) b fI as matnzes perante rotações de refer 'n
, para o ter S' e/ou C',
NII realidade, a distribuição da orientação das fibras não é aleatória, dad o qu ' , til
N IIIII 'omp iro, as fibras têm uma distrib ' - , , ' /l'lld em a alinhar-se segundo as linhas de escoamento [6.5,6.11-6. 16] . De fu ' 10 , II
11 \' \ '\ ' lól'io o cálculo d " Ul~ao espaCIal estatIstIca, sendo portan l()
e constantes elastIcas medias Há dois ", I I 'vadas pressões e os fluxos pronunciados no processo de injecção fazem com tI li ' /I
I II I, 'onl'o rme a relação entr ' ' casos pnncIpaIs a distin I"'ópria matriz seja anisotrópica. Por outro lado, como já foi referido, existe LUI1?1 \,,\
IfI , ') , (J , I () I, e o compnmento das fibras Lj e a espessura da p eça /
IIIIlH distribuição estatística de comprimentos de fibras, cuja gama de valores aC ' 'lll ()
Illód ulo El' As distribuições estatísticas do comprimento e da orientação da s lib"lI
,', 1,/ Ih l' bas tante inferior a t, situação que ocorre eralm ' , , , podem ser obtidas recorrendo a técnicas microscópicas de análise d e imagem d \
I III 11111 por injecção então a fib , g, , ente nos composltOs fab rl-
A
l'<.:ções do compósito [6,1, 6 ,13-6.16]. As medições efectuadas servem de til. ' II
, s ras tem uma dIstnbUlção es ' I 'd' ,
r~I III Jl I prim eira abordagem d ' ,, paCIa tn ImenslOnal. IIh rdagens de modelação numéricas bastante elaboradas, que envolvem a eflll,lI (I
, po er-se-Ia admItlr uma distr'b ' - I "
dlll 1\ 0/'/ 'm a um material isotró ' A' " I ,Ulçao a eatona, o qu ' lIucomática de malhas de elementos finitos contendo centenas de fibras, cujas or'i 'n
III l1d o o vu l res médios para t d pICO, 'sSIm, _
a matnz de ngId ' b 'd
ez sena o tI a calcu- IlIções são geradas através de simulação [6.13, 6.14]. O problema é norma lm ' 11 1 •
o as as onentaçoes espaciais (figura 6,7),
implificado admitindo que todas as fibras têm o comprimento médio . Obviam ' I I "
Jr

c == fo Ia" Cij (f),r/J)df)dr/J 1 o necessários meios computacionais poderosos para implementar estes m odelos,

V L' rd(KJr/J '


(6,23)
Se Lj for de ordem' de grandeza não inferior à de t, as fibras tendem a distribui r- '
1 11111 11 ' 0 lIJeatoriamente em planos paralelos à espessura, e portanto o compósito apres ' 11111
<.:nnos da matriz dependem apenas de um módulo e de um coeficiente de
" I" 11 11 , isotropia planar. É esta a situação habitual na moldação por compressão e no RTM ,
'm que se usam mantas de fibras aleatórias. Nestas circunstâncias, a matriz de rigicl ''I
no plano de isotropia <12> obtém-se de (figura 6.8)

C == r Cij (f)df)
(6 ,26)
v J: df)
y

x
Figura 6.7. De fini çã o da orientação tridim ens iona l das fibras.

x
J 1111 I I II "II ' Waals [6.10] obtiveram

Figura 6.8. Defini ção da orientação das fib ras no plano.

I !,"
1111 1 I' 11 11 I' 11111\ I'H li ii )
I II III II 1' 1. I iii 11111 II I II
IIhl\ I " ' I "'II\tl II ' 1(1)\ \111 1111 1 ~ jl lI MI l ~ I ,
11 ' '. III II II1
I' 11 '11 l' I' ' II !l , 1\ \ I lI d I 1 1\11 II I I I '~ 11 11 \'w 1l \11 li til 11I\l1I!! I
" I II I l 'lIlo\lIl1l1 , L ili 111111 m 011 'III 11M, 111\ 'i II I d i 111111111 111 ii \ "111" I I 111 1. ' I I / ' 1\ )l il 'II I H" 1
_ 1 1111111 1 11 ' II ' 1 ' l wlI lI llll K lIlI I I ' I
t 11\.111" '0111\11'1 111 ' I\lO d l\~ IIhl' II 11 l'iI" I I VI I, 1" 11 I111111
I.f,' =...!..(u 1
- 1/ I'
II
( 6, n 'H, (iI,.h), (11.11) I ( I I . n l n l ll lllH
UI III' "'I VII/ II ' lllC ilH 'qulIç
1\ 1 0,1,1' I. I (I (I , I , ) ·. 1 1 .5 iPa ;
" IJ II
u = l.. E +~G + (3+2v ' 2 +3v l; ) '23k 2 VI • • 0,1 . 0. ·1 (1- 0. 15) · 0.35 = 0.33;
1 8 I 2 12 2(G 23 +k2 )
(6, H .Jõ.ls + (1 - Jü.l5)~ = 3.78GPa.
u =~E - ~G +(l+6Vll+ VI22)G23 k 2 E2 = r;::-;-;: ( ) 1 - 0.35 2 1-0.-')-
8 I 2 12 2(G 23 +k 2 )
~+ l- Jü.l5 -
2 , 75 2.7
, . d ódul0 dI! 'M l C ' do
, _
(419) e (4.21) que necessitam do cálculo prevlO o m
III ~ I II lIl:l0ra recorrer as equaçoes " d " S ndo estaS isolt' ll)\ 'II I
I qlll~' ( 'S que se revelaram em boa concordância com resultados experimentais [6.< lo I d deformação da fibra e a matnz. e
1111 ;\1111) ele compressibilidade em estad o p ano e
11'. 1 'quação 4.20), E E (
I 'III' OlIl'fO lado, Tsai e Pagano [6.17] propuseram as equações G= - - - , k= 2· '
2(I+V) 2<.I-v-2v )
- 3 5 - 1 1
E =-EI +-E2 , G =- E l +-E2 , (6. 2 ) - 3 33 GPa k = 52.08 GPa, e posteriorm ' nl ':
8 8 8 4 - 1 O GPa Gf = 31.25 GPa, kIII - • , f
.h' onele resuItam G111 - . ,

3.33. (52.08 + 1.0) + 0.15 ·1.0· (52.08 - 3.33) - 4.02 GPa ;


IIIH' I ln a vantagem de ser claramente mais simples. Relembre-se que é sempl"
k2 = 52.08 + 1.0 - 0. 15 · (52.08 - 3.33)
II úl'io obter os módulos do compósito unidireccional.
31.25+1.0+0.15·(31.25-1.0) 1.33GPa.
GI ~ = 1.0 31.25 + 1.0 - 0.15· (31.25 -1.0)
I 1IIIIlvllmente à previsão das resistências, trata-se evidentemente de um problemu
111\110 'omplexo, não havendo actualmente modelos rigorosos. Foram já desenvolvidos
1)11 equação (4.52),
111I 1I 11' lw, que exprimem a resistência de compósitos com isotropia planar em funç ão 2~ _ ~= 0.47,
V Z3 = 1-2· 0.33 13.5 2 .4.02
I II I ' iscên cias de compósitos unidireccionais. Por exemplo, Lees [6.18] prop ôs

I 1 1I1I 1 ~: 1I 0
I' da condição de isotropia trànsversal (equações 3.34) ,
_ 3.78 - 1 29GPa .
(6.30) G23 - 2(1 + 0.34) .
- (6 27) e (628) das quais resultam :
I \ ~[amos finalmente em condições d e aplicar as equ açoes. . ,
Em 3 .l (3+2.0.33+3 . 0.33z).1.29.4.027.67GPa;
(}ml = - - ( } '!f l ' (6.3 1)
E /I UI = 8 13 .5 + 2'1.33 + 2· (1.29 + 4.02)
2
1'11 111 1\ I " 111 das simplificações admitidas, este tipo de modelos sofre das limitações dos I 1 o (l + 6·0.33 + 0.33 ) ·1.29·4.02 = 2.53 GPa;
Uz = 813 .5 - 2'1.-,3 + 2. (1.29 + 4.02)
111111 1 lo n icromecânicos dos compósitos unidireccionais (ver capítulo 4).
E =_1_ (7.67 2 _2.53 2 ) = 6.8GPa;
7.67

I • 11111111 o,l . Um compósito de fibras curtas de vidro tem as seguintes caracreristicas: Ef = 75 GPa; vf= 0.2;
- -
v= - -O
2.53 - .33',
7.67
I I (l l'lI ; v", =
0.35; df = 10 m; Lf = 6 mm; Vj-= 0.15. Admitindo isotropia planar, preveja as pro-
1 ,h 01.11 1 Ml'li\ deus do compósito. G=~=2.6GPa.
2(I+ V)
:1111111 tll lI'l' I ~I'l ll illl'I\H II 'II I V I I III ~ 1111111" " " III 11ft ,1 1101 11I 1i1 1l111'I\Y, "H : 11)1 11 111'/:.1 ( IIIIIH) .
1'111'111111'11 IlId o, IIH m lUII \ll ~« (l . 0) II oll.d \' Il d , INI IIi IIJ 'll l lllIlIlIl lh lllllll lll ll hll l
II I \ 11111 ', 1', J., I ,u d, II , I ., I II M
I ' 11111111 111 111'111111111 11 1111 111 11' IW 'l lH I I VII IIIII Il' 1' 1'11 \ 1 1111 , N(I II

b - Si .S 1' 8 ./H I. I! 1'11,


1 11 1.1 IIn d Ilih!" 1, '1\ 1\111 1 ) ~ II I"" I I1 " .111 Iii. IIlilHiI 111111 ' 11i 'rll H)cllI~ d ' 1'I'oP' I'iI '~ \lI' , '11111 11 11\111
( :olllpositl!s. Ilmp()~I I ' , 't ,\111 1 11111 1 111 1i11l11""y, (1 ,1: 1'111, - 14" (2002) .
II I I I ,USI I, l . . ., ' .r' II 'III ,, A , I'Á ( '' II"I'V I ) I' 'l i Nu"\ 'I' 'ii i ))n:dic uons for mI;! l2Iusli c tl nd '1'11 'I" II WIlI"1 I
- 1 I -I R P
G =- 13.5+- 3.71l - Z.6 IPIl; " •
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v= ~-I=0.42. II I , Jll ng, S . W ., S . Y . l'" , ' . ,
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i'\ 1101 (, 1'1 0 que o valor previsto para o coeficiente de Poisson é algo irrealista, face aos valores de f e dI.: III , (2001 ).
,. l o. P.berhardt, c., A. Clarke. Fibre-Orientation Measurements in Short-G lass-F ibrc Co n pusl! 'H, ! '1 1'1 I
qu ' li previsão d o módulo é mais optimista do que a de Christensen e Waals. Por conseguinte, apesllr di
Automated-High-Angular-Resolution Measurement by Confocal Microscopy. Co mpositl.:s S 'I 'II l ' 11 11"
III IIIH 'o mp licadas, é de preferir as equações de Christensen e Waals.
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'I ,
I
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6. 12. Fu, S.-Y., B. Lauke. An Analytical Characterization of Anisotropy ofthe Elastic Modulus of Misaligned

160
pítulo 7
nális dos laminad

( .

7. 1. Introdução

16 aqui, o estudo do comportamento mecânico dos compósitos de fibras c ndnu II


1 'H eringiu-se à camada unidireccional, ou aos laminados unidireccionais (capítll lo

• '.I:). No entanto, devido às propriedades transversais relativamente fra cas d '1'1 1 '
IItilizam-se laminados multi direccionais na maioria das aplicações. Tal como nOlll '
Indica, estes lamir,tados são constituídos por camadas com diferentes orienw <;\ ' I
dispostas segundo sequências diversas na direcção da espessura. É evidente qu . II
Ilúmero, as orientações e as sequências de empilhamento das camadas são val'i LÍv ·1
de projecto adicionais relativamente aos materiais estruturais correntes, que con!"!' ' III
uma enorme flexibilidade à concepção de estruturas compósitas. Por outro lati , t
lambém notória a conveniência em prever o comportamento dos laminados a 11111' 11 1
do comportamento da camada, tratada como um sólido homogéneo e anisotr61 i 'II
(ver capítulo 3). O objectivo deste capítulo é precisamente apresentar os m odelos qll~'
permitem determinar o comportamento dos laminados multidireccionais segun I.)
\:sta metodologia.

Começamos pela chamada Teoria Clássica dos Laminados, modelo que está lal' 1\
mente difundido, sendo depois objecto de referência algumas teorias mais avançadll l ,
Em ambos os casos, trata-se de modelos que são aplicados a placas compósitas, ti '
bem que possam ser generalizados a cascas. Neste capítulo, porém, limitam o-n oli 1\
deduzir as relações entre esforços m ecânicos e deformações de placas laminadas. I '

l!tl
111('111 . II I' (\llI~'1 q II · Pl'oh l ' 111 11 ,
I \I " I II IIli 11111)1 " 1' [ ' () •

An l ' t , ioi 'iannos u cxp sição das te rias do 11111 11 11 101, 11 '1 !lU ' 's ulbclecer aI Ul ll ll
~'11I1V 'n ç 's puro o d signação destes. A basc da cJ 'si rn l<,:LlO " a lista entre parcol
I" 'ION da s ricntações das camadas da superficie sup rior para a inferior, separll III
y
tl 'lo traç "/". No sentido de contrair a designação, introduzem-se várias sim, I I
Figura 7.2. Placa rectangular com indicações das dimensões e do refer e ncial utili z do .
VlIt,: ) 'S ilustradas nos exemplos da figura 7.1:
) nl H! laminados simétricos, a lista inclui apenas as camadas até meia-espessura, re 0 1
'1 'oria das Placas de Kirchhoff estabelece relações entre as curvaturas du , ln 'II '
t' ' [ do-se ao índice "s" para indicar simetria, e colocando um traço superior na camudll
1\ 111 mentos flectores e torçores internos, que são normalmente gerados , Of 'lU', 1\
. ' oLral quando o laminado tiver número ímpar de camadas, para indicar que aqtl ,III
I1 l0 se repete;
1lIlli~versais concentradas ou distribuídas. A figura 7.3 representa um el 'J11 ' 111 11 ti
" llIme de uma placa, que está geralmente sujeito a uma carga distribuída, ' ( ', \I \
) IIIi1ização de índices numéricos para descrever repetições de camadas ou de conjun tll
,11 ' ximadamente constante no elemento, e aos seguintes esforços i~ternos:
ti ' ·'ll11adas. 11
, 1l1Omentos flectores M x' My, e momento torçor M xy = Myx' que deSIgnarem 8 1' ' II '
No 'aso de laminados compósitos híbridos, que são constituídos por camadas d • 11 'I1mente por "esforços de flexão";
I i r Tcntes materiais, deverão ser usados índices suplementares para os identificar. , " forços de corte transversal V x e Vy .

[0/901+45L (0 2 /90/45] ,
o' ()" 45°
90· 0° _45°
,
90· 0
45
i ,
_.-:-._. _.- 45° _._ ._. - ~_.-
r--,------=--,
45° -45'
4.:.::5_·_....;:'
I
: 90·
'
i
., +!---':4~5°--+!'
: - - --'=---,
-- f-!_ _

-45·
~._..:.::.._----<
: ()" : , _45° ,
90· :--0;---1 45·
: ' y
O' -45·

Figura 7.1, Alguns exemplos de se quências de empilhamento e de sig na ções correspondentes.


x

M,

y
7.2. Teoria Clássica dos laminados
Figura 7.3. Elem ento de volume de uma placa s uj eito a uma carga distribuída q( x,y]
e aos esforços internos indicados, representados separadamente para maior clareza.
A Teoria Clássica dos Laminados foi sendo desenvolvida por vários investigadores
[7.1, 7.2] com base na Teoria das Placas de Kirchhoff para materiais isotrópico
Notar que o índice atribuído a cada esforço coincide com o do eixo perpendi ulul' I
[7 .3]. Admite-se que o laminado é uma placa rectangular relativamente fina, ou seja,
face em que aquele actua, e não com a sua projecção no sistema de eix~s. Por ex '~1\
~ue a espessura h, constante, é muito inferior às restantes dimensões a e b (figura
pio, o momento Mx é assim designado por actuar numa face perpendIcular a ' I ltil
7.2). Para efeitos de análise, posiciona-se o referencial {xyz} de modo que o plano
dos x , apesar de ser um momento segundo o eixo y. De salientar ainda que qualqu . ' I'
<xy> coincida com o plano médio da placa, que é frequentemente o único represen-
dos esforços referidos está distribuído ao longo da face em que actua, sendo por I \ \
I ado nos esquemas.

11,11
'161.
nl "l\I dn d. Iii I II, II
IIhll ll Ill!) 1111111 "'11 \1\
I pI! \I P O I' 111I tl lI Il' I · 11\1'1 111'11 111111 ' 111 , III í ' 1' 1/ , pllnl I / 111 11
'H l'ür ' o , I , 111 >1111 1111 1111 (11' 111 1\ I , 1\111
I I \ I )I'OVI) ' (\ lo por 'UI'j m p 11'11 I ,III
1111 11 I IUlllllldo
é li . H 'H r\l l ~' \ di 1II I IIIhl l lllll 1\ IH 111I't,:1l
110l'11'lu i!l N ' N.v • I 1\ \I'l,al
lh'l II pl ll ll \) I
M., - f /,, ~ a.,.zdz, AI ' I' f l'"
iii
I .ztlz, ." I ) III 1'\)I' l ' N ;)I =N : y ' LO III
11 11 \\lJlI \) lu. Cu es cm qLl l\(;t u un ) , III

+/o /2 I/o /l I 1111 unam com as tt.:J RI '


Vx = f.
- /0 / 2 'r"dz, V.y =f.
- /0 / 2 '
r .. /z. (7 , ')
J
.~ " /2 J +1I/ 2
NY -- - /0 / 2 v y
"'dz ' N 'Y = - /0 /2
,.~Vdz.
10'/1 '~. hipótcsc d e fi «a) b (figura 7 .2), facilmente se compreende que os m om ntO
II • ' 11)r 'ti ' t rç res prevaleçam claramente sobre os esforços de corte transversal. I ) II Il
sforços dão naturalmente origem a deslocamentos independentes dc z, uo( ','\1
I IVI O , li T c ria das Placas de Kirchhoff admite que as tensões (J'z' 'xz e ' y z
li 'H pr 'ztlvcis relativamente a (J'x' (J'ye ' xy Nestas circunstâncias, as deformações Cz y\
> YI'JI ' o igualmente desprezáveis em relação a Ex, Ey e Yx)l' A hipótese de Ez"" O impU 'II
x
(\u > () Icslocam ento na direcção da espessura, w, é independente da coordenada ,
I '\li' ()~II 1'0 lado, sendo u e v os deslocamentos segundo x e y, respectivamente, li
" I Ôl 'tjcs relativas às deformações de corte transversal,
;I N"
Y Ny

(7 . Figura 7.5. Esforços membrana qu e podem actua r numa placa .

Por conseguinte, quando actuam simultaneamente esforços de flexão e esfol' ' O


1IlIId uzcm a IIIt.:mbrana, o campo de deslocamentos é expresso por
àw 8w (7.4)
u=--z v=--z ow(x,y)
8x ' ay' u(x,y)=uo(x,Y)-z âI:: '
11 11 cju os deslocamentos variam linearmente ao longo da espessura da placa. &(x,y) (7.7)
v(x,y) =vo(x,y)-z 0' '
1'\11'1 Il1l , qualquer secção recta da placa, inicialmente paralela a z, permanece recru
II ,, !'! II aplicação dos esforços, sofrendo rotações w(x,y) =wo(x,y).
locamentos, as deformações obtêm-se substituind o
ex = - -àw
8x
, e y =--,
àw
8y
(7 .5) I':m regime de pequenos des
li

equações (7.7) em
1llI lIIJ n)c se ilustra na figura 7.4. Obviamente, a aplicação destas hipóteses cinemáticas ât
ti

ri
I I plll ' HS laminadas pressupõe que existe uma adesão perfeita entre camadas e que se
iV (7. 8)
Iii' I I' 'za a contribuição da fina camada interlaminar, rica em resina. I> = liy = -
0'
ât iV
rxy - +-
0' ti

Daqui resulta a equação base das deformações da Teoria Clássica dos L aminados
I> = 1>0 + ZK , (7 . )

Figura 7.4. Represe ntação da deformada de flexão de uma placa no plano <xz>. onde
I Iii
1M
, 1111
,\ II' / I, I •" ", I"
1,'iI' j
/l o = CO" r"I
(7 . 10 )
!r UX)'
- -I - -
~
l'
l/o ' ~ o
11 11 1 ' h I
tllI l l l' n ç a
::; :s; ::?iI,'

1111 11 \ lkscon tÍnuas nU:i i nl ' 1'1' 1 ' t'


'!t',
li , I -fo l'n1l1 Ç 'S 'Oll l IHl iI \ II
I ' 0 11 ' 11 1111 1\ 11 1 I I I ltl n'l II llq HHl
(Q 'I) t~1z c n qLI ' a s I ' II \ ' 0 11;
I i 'li '11 111 11 1\
' I' 'X '11 .1 lo 7. 1). D a sub stiLUiçã d ' (7 . 1/1 ' II I
" \) V 'C .
l
d <.: d elOrmações
,e
m embrana e II I ~ ) t: (7. 13) e d a integrnçl o I , IIH, l'(;fl ul tam as equ ações fund'~ m c nta i R lu ' 1" 01 ' II
II'I Hi 'U d os Laminados,

1(X) (7 , 1 1
K = Kv =

I Kx;.
(7. 11
(7 , I II )

, o v ' CCOr d e curvaturas.


NOle-se desde já a existência de "acoplamento" membrana-flexão, isto é, es fo rço di'
'mbrana podem provocar deformações de flexão, assim como esforços d ' 11 'x \11
II I
' I ' 'ndo d efinido as relações cinemáticas, resta a ora in . plldem gerar deformações de membrana .
ln material nos esforços memb d fl _ g troduzIr a natureza laminaO l1
rana e e exao Se desig
ti 'Il udas d as superficies superi . c . ' narmos por zk_ J e Zk as CoOI'
or e mienor da camada k d I ' equações (7.15) e (7.16) são normalmente condensadas na forma m a ri inl
'umttdas (figura 7 6) - e um ammado com /I
. ,as equaçoes (7.6) e (7.1) podem ser reescritas na forma
7, 17
N = f +1I 12
- h/2 t; L,., dz ,
tJdz -
-
" { •
" ,
tJ k
}

(7.1 2)
onde surgem a m atriz de rigidez de m embrana
M= f +h l 2 fIzdz - ~ {f" , d}
- h/2 f::: Jz•.,
- fI k Z Z , (7. 13) A= L"
Q\ (Zk - z* _J , (7 , 1H)
<=1
r 'spectivamente, definidos os vectores N = {N, N }

's~ndo 0\ as tensões na camada k . y


N ,y ' eM = {Mx M y M xy }, 1\ matriz de acoplamento membrana-flexão

Zo r-----~-_

z , r----_~

z, r-----~

e a matriz de rigidez de flexão


.. .. __.... x h
_ 1l- 2 ,
""1- 2 --.J

11- 1 :
ZIH '-----~'
i
z" r-----...J- --1
n
De salientar que o comportamento membrana é independente da sequên cia d' 'mp
z
F' . lhamento das camadas de um laminado . Por exemplo, os laminados [0/90/±4 I ~
'gura 7.6. Srs tema de num eraçã o das camadas e das res pectiva s s uperfíci es.
[±45/0/90] 8 têm a mesma matriz A. Todavia, as matrizes B e D são senslv ,j I
.L)eve~os agora recorrer à lei constitutiva da camada sequência de empilhamento.
nu (equação 3.57), fazendo nela
'ervIr o campo de deformações (7.9), tal que
A forma expandida d a equação (7 .17) é
168

Ilr'/
N, A li AA i11 ~ /III III IIIHI IC O) J lLI ' dI / 11111 11 1111 III> 11111 111 IIII 1 II1 II ( III ' H I 01' (1111/1 -, til 1lll/ I /lI UII ~,' DII
p,
N, /1 12 AJ2 1/lIIJ 'sm<.:nteangL -t1Itl , Nllllll ll llllllld llll lill l llll ' ll '0, 1' r 'ud tl 'Ol11 l1du!' ' (1 1'1 ' 11
II l i) "I ! 11 //
111\'1 n O do material 1\11 ' 'ii II 1 Llp 'II ' . ti ' ::,/ I Z ,, ;!? O há sempre LIma ' um I II 'II , ti '
N~" A 26
A I li A66 })I I) 1/ ln /I",. r lhl'
(7 . I
I II 'mação -f), do macerittl NI (; t.:OI superficies de coordenadas Z m_1 <.: z", =-z"
"~I~ I' =
Mx BI) B I2 B ló DI) L 12 A' NOI '-se que um laminado só pode ser considerado anti-simétric se nuo I iv 'I',
/) Ih \

I IHlUldas orientadas a 0° nem a 90°. Por exemplo, o laminado [(±45)4], repr ' $ '1I1 ndo
M i' B I2 B 22 B 26 D I2 D 22 D 26 Ky
II I ligura 7.1 é anti-simétrico. Atendendo às leis de transformação da m .lLri í> d ·
M.'Y BI6 B 26 B66 DI6 D 26 D66 K,y Ii/l,kl ez da camada (tabela 3.5), verifica-se que QI6(f)) = -QI6(-f)), Q 26 (f)) = - Q2()( O)
(' 0 ó6 (f)) = Q66(-f))· Logo, resulta da anti-simetria e das ~quações (7.~8) a (7 .20) III '
1\ 111 1'\ L1itas B I = B 12 = B 22 = B66 e DI6 = D 26 = O. E portanto eVidente
situações, são conhecidos os esforços e pretende-se calcular as def()J' • l I() -- A 26 -- O' I _ q Ll ' .'H I '
11I1I~: (
s e curvaturas. Isto pode ser feito invertendo a equação (7.17), hllninados apresentam baixos níveis de acoplamento membrana-flexao. Al ém di. 0 ,
111\0 possuem acoplamentos corte-tracção nem flexão-torção, o que é muito fa vOl'Úv 'I
' 111 situações que envolvam esforços consideráveis de corte e/ou de torção.
(7 .22)
IIIl I.
Também têm aplicação muito frequente os laminados ditos quase-isotrópi c s. )(. 1/1
II 'signação justifica-se pelo facto da matriz A ser de facto equivalente à de um mal !'iII I
I otrópico, isto é, A 22 = A 11> A 16 = A 26 = O e A66 = (A II - A 12)/2 (ver exempl ' 7 A ,
(7.2 )
Todavia, as matrizes B e D não têm geralmente a forma equivalente à dos m ar 'ri II
hlO trópicos. Os laminados quase-isotrópicos são constituídos por blocos de m cam adll
udjacentes com orientações que diferem de 180 /m, por exemplo, [(60/0/-60) d, 0

I(0/45/90/-45) 2] e [0/90/ 45] 2s'


'/.2.1, RELAÇÕES ESFORÇOS-DEFORMAÇÕES DE ALGUNS LAMINADOS

I 11'1 . 'rtos tipos de laminados que merecem atenção especial por serem representa-
hxemplo 7.1. Uma placa laminada [(0/90) 2Is de 1.2 mm de espessura é constituída por camad llS til'
I !\ til! muitas aplicações e/ou I;'0rque apresentam certas particularidades na relação
VI'd ro /epoXlcom E I -- 39 GPa , E 2 -
"do - 8. 6 GI'a, 2 ='
vI O 28 e G I2 = .3 . 8 GPa. Desenhe os gráficos das l \: II S\ 'II
, IOI'ços-deformações. O caso específico de maior relevância é claramente o dos lami-
lias camadas quando actuam os esforços: a) N x = 60 N/mm e N y = 30 N/mm; b) Mx = 24 N e M y = 6 N .
II lI do, simétricos. Estes laminados apresentam simetria de orientações, materiais e
I )l ' li Llras das camadas em relação ao plano <xy> (ver figuras 7.1 e 7.2). Logo, por
Resolução, Estamos na presença de um laminado de camadas cruzadas a 0° e a 90°, que na literatura an fl J\l
I 111 11 'umada k de orientação f), do material M e com superficies de coordenadas Z
k-I' saxónica se designa por cross-p/y laminare, A primeira etapa da resolução consiste em detenninar as matrizCH ti
0, há sempre uma camada m, também de orientação f), do material M e com
1 rigidez das camadas no referencial global (tabela 3.5),
111 '1'11 i s de coordenadas zrn_1 = -zk e zrn = -zk_l' Como Q'k = Q'rn' facilmente se
I 1111 11 1ti ta na equação (7.19) que B = 0, isto é, à semelhança do que su cede nas placas
39.69 2.450 O] 8.75 J 2.450
di II1I1C<.: riais isotrópicos, deixa de haver acoplamento membrana-flexão. A equação
Q'o = Q = 2.450 8.751 O GPa; Q'90 2.:50 39~69
(I , , ) li ca também bastante mais simples, pois b = 0, a = A-I e d = D-I. Para além
= : ]GPa .
[ [
O O 3.8 3.8
11 11 il lllJ Jificação da relação esforços-deformações, os laminados simétricos têm a van-
I I/ ' II} te não sofrer os empenamentos associados às tensões residuais pós-fabrico ou
Il'ill ções higrotérmicas, tema que é abordado no capítulo 8.
Podemos agora calcular as matrizes de rigidez do laminado, sabendo desde já que B =0, dado tratar-se de LI)"
laminado simétrico. A espessura da camada é hc = 1.2/8 = 0. 15 mm, e ponanto teremos Zo = 0.6 mm, z l
0.45 mm, ... , z8 =-0.6 mm. Das equações (7.18) e (7.20) obtemos:
(/ '1' ti, LImas aplicações, são utilizados laminados anti-simétricos, frequentemente do

I II
J 'II
[
J'l.Oh
.')/1,0 I)
() j· 10 I N/IIII II . II
1111

I • II ' Ii
II

\ Nlllln .
() 4,56 II li

Nu '11 /111'1:.-. A l)hs ' rVIIII)O S que A II = A22' p o is o laminud o 1 ' 111 IgulI l 111',,11 ' 1'0 d ' '\lm Idas a 0° e a 9()" ' II
·1
1 \II11 11l 1I'11I 111 ' 01 0 111 'mbl'Unfl é independenre da sequência d e <!mpilh um ' lHO. Por o utro lado, DII é ba sllIlil l ·2 .
~ 1I1 11' 1'1<H' II D 22' [ lo: liu.: to, a contribuição de cada camada para a rigidez à fl exão é proporcional à suu d II .3 1
-4 ~!
II IH' II ilO phll10 m éd io , e n este caso h à camadas a 0° nas superficies d o laminado, que possuem Q' 11 > -5 l-··
60 80 100
NII IIII' 1 IIl1 0é m que a rigidez ao corte A66 é muito inferior a All' o que indica que este laminado nt o I o 20 40

HIlI'Orll'IIIdO quando há tensões de corte significativas. Isto seria de esperar da análise da rigidez da camud ll
11'lil l1.lIdn no apí tulo 3, onde se concluiu serem as orienrações ±45° as que maximizam a rigidez ao CÚI'III
(I I \l rll "1 .9). A situação é análoga à torção, face ao baixo valor d e D66' Tratando-se de um lamin ud il
"1111 "11'1 'O, temos b =0, e (equações 7 .23)
I
-3.517

a=A-
1
[34 76
= - 3:17 34.76
°
O }IO" mmIN,
·1
·2
O

219.3 ·3

-3 1.11
° -4
·5
[ 2339
d=D- = -3~ .ll
1
381.2
°O},.-, mm"N", _
Figura E7.1. Distribuiç ões das tensoes
O W

O"x e O"yao lo g
W

P
~ ~
n o da es essu ra do laminado lh e é a espessura do

1827

1111>1' II H <!levadas flexibilidades ao corte a66


°
e à torção dó6 confirmam a análise anrerior. Vejamos agora os
h) Introduzindo os novoS valores dos esforços na equaç\ã:.4~l·22)' obtemos
01" ' II~OS de carregamenro propostos:
• 1)\1 'quação (7 .22) obtemos
K = dM = 1..54 !TI.I .

0.0
0.198) . ~ (7 14) estando representadas gra n '1I11H' 111 1'
&0 = aN = 0.0:32 %, -nas camadas são determmadas usando a equaçao . ,
( As tensoes
na tigura E7 .2 ('rxy = O).
1\ 1111\' 1I 0S permite calcular as tensões em cada camada a partir da equação (7.14). A figura E7. 1 mostra as zl hc
z/lle 5
ti NII h~d(,:ões das tensões O"x e O"y' sendo que Txy = O.
: j\
3
1 2-
2
11 o
0j ~
:~ 1\ ·2
·3
~ ! -4
-4 1 -5 ___-:---,-----.-----...,-------;- - -1 tr)'
.5 ~--,--,-----.- '--. - ,- - . a, .30 .20 .10 10 20 30
.150 .100 ·50 O 50 100 150
_ o da es essura do laminado lh e é a espessura da camacl ol.
Figura E7.2. Distribuições das tensoes o"x e O"y a o long P

\'/1

II
J(h. ,,,,,'II I. , 11'l1li phh II III II i/ I!nd ll IC I" ) I I I
/tll " II/I'I(I Ij' , " I, I I 11 1111 di "I" '11 111 I '"II~I III !I II 11111' ,'II 11I IU/i ' N dI' 1111 111'111 11 111 ' ,'I ' HII "III/III' 11 1 111' 111111111\' I'H I , I II VIl IlI Ii I ~ ~I )11111
, 11111 I, 1 \ (II'II , /J'J I) ,() ( l l'lI ,VI I 11'111" 'I ,
tl ll phll 'lI q\lIl ' I( lo 'H ill U) , II I II /III .. '"O N I ' 1 I I II II) 1 1111" II I II ' 'Nd ' 11)1" " 11\ I
II VII II I ' I ' I I ' ) ( ,II I,'lIh II N I ,1/ 111\ lI N Il lIp lhll ' 1111"11 ,,111 "' lll/'ÇI O PW'II, ""I
{
Ii" I lo II II II II I I \ III I r'
, , ' 11 '1/ 0 11(/0 '11111), If f
I " III , d i, I.lqUIIÇIO (7. 17) ,( " 'luI11l0H Ijll ' \ I I ' II'HNI , I" 11 1'1 I II I IHI , \~ IiIl\:O ~

U I Nl lhl\l fi , LI) ' I 'I'HLH- SI; de um laminado anti-simétrico do li o II '


N " (11Ih III , ) p IIng \:-p y, As IIIUU'IZCS de rigidez das Cl" ,,"d ll~ {: } 11 5. ó N / II IIII I , (, N / 1I111l O o o 50.81 NJ' ,

42,66 32.26 3 1.67] [ 42.66 32.26


- 31.67] 111 111\' o va lor de M ;ry difere em m en os de 2 % do anterior, resultado de acoplamentos m embrn n H - i1 ~xl'"
Q' '15 = 32.26 42.66 31.67 GPa; Q' -45 = 32.26 42.66
[ - 31.67 GPa. 111," 1 'N LOS.
3 1.67 3 1.67 34.92 -31.67 -31.67
34.92
• ',,"dll II ·SI)\.: s~' u ra m éd'la d a camada hc
() ( 2
= 1.5/ 12 =O. 125 mm, as coordenadas das mterfàces
.
são Zo = 0.75 11111 1
,) mm, ... , z l2 = -0.75 mm. Recorrendo às equações (7.18) a (7.20) obtemos I 7.2.2. CONSTANTES DE ENGENHARIA DE LAMINADOS SIMÉTRICOS
63.98 48.38 O O O 2.969 ( :Olno vimos anteriormente, nos laminados simétricos podemos considerar sepanl lu
48.38 63.98 O O O III 'me o comportamento membrana do comportamento à flexão. No primeiro ll HO,
2.969
ti '/inimos tensões médias
[; :]= O

O
O

O
52.38

2.969
2.969

12.00
2.969

9.072
O

O
.10 3 ,
N ,y
T = -h- (7 , "
O O 2.969 9.072 12.00 Oxy
O
2.969 2.969 O O O 9.821 que substituimos na equação (7.22),
II IId ' IIN unidades dos termos de A B e D - NI
, sao mm, N e Nmm, respectivamente P d b
VIIIII/" ~ nulos d e vários coeficientes de acoplamento, conforme a análise anterior. Da' eq:a:;: ;7.::7,ar ON
(7 .
36.57 - 27.53 O O O -2.774
-27.5.3 36.57 O O O -2.774
O O 19.40 Podemos agora interpretar os termos da matriz ha à luz das definições das Constan l .
[: ;]= O O -2.774
-2.774 -2.774

195.1 146.8
O

O
.10- 6 . de Engenharia (equação 3.59), isto é:
O O - 2.774 146.8
I 1 -~ .
195. 1 O E =- ' E =- ' v X).
.< ha]] ' y ha ' ali
-2.774 - 2,774 O O
22
O 103.5 (7 . ()
a = C/ 26
I 'IId cndo aos esforços aplicad os as d eformaç- _ Gx)' 17..\)' =~., Px)'
, oes e curvaturas sao (equação 7.22) hC/ 66 alI a '.).2

{~} =~0.01367 % -0.01367% O O O 5.173m- I Y, É possível medir os valores destas Constantes de Engenharia em ensaios de provt:: l '1'1
cortados das placas laminadas, Todavia, a caracterização sistemática do comporlll -
II qU e mOS tra que r - mento dos laminados por esta via é manifestamente inconveniente e dispendiosa, L:.\ ' •
a ap Icaçao de um m omento torçor provoca também d eformações m embrana
1/11 ' hilHante p equenas no caso presente. ' se bem à infinidade de sequências de empilhamento que é possível construir a partir li
camadas de um determinado material. A abordagem de projecto que é habitualmcI1t '
seguida consiste por isso em caracterizar o comportamento mecânico da camada, "
posteriormente, prever o comportamento dos laminados com base numa teoria I '
I 'II,

l '/h
I!I"" 1111111 11 li ' ,I ii I 11 11 !lltlll u . 1101 Ijil '
IIHIIII illl 1Il.'1 "ulo di' 11r ~ II , l ill 'iII! II III 1111
111 11\ Il lIdo , N 11 oh 11111 " " I \lU pdll ' II II ltI II I 11111 I II IIJIIIIIII 1'11 IIIdl) ti · 'n uio d
11\ 111 Il lIdOl, pOl' - ' 1111 lo ) pUI'll II ' dil' O 11I 1'I dll\ ll UI' 1111 I IIlldll ti • 1'llI dil'l11Uf OH vllhll I I II 1111'11, I " IM, I! 1'11 .

II !vII I I lo , : OI1V "ll1r ' ( 'lllb r Uf qu ' <.lir 'I' ' 11 ' I 11 \1 1111 1 O I' / OU f\O ~ I urâl11 ' lI'O ti
III " 1I l l ' lIl l1f que EJ ' 111" • 11111111 l i, 11111\ II 1(1)" I, I
11'1 1
I
i III o II
1I1[lO"lfil1l:iu d a scqu "ncin ti· '1I1pllhlll
l
l'"111
111 111 i 'o I l) ( ' lU '01 Ju:ti r a alterações si nili . Il lvlI lo I '01' ti \ litrus e, conseq u ' 1111
1111 11 1Ill\ orwmcnto à l1 'x 1) ,
III -\lI ' 111 1:1 Jl'opri 'dad me â nicas , Em gera l !-H llL r'jloH 'HL 'S requisitos, verifi ' \ i
III ' \l vnk) r 'S l11edido das Constantes de Engenharia estão em muito boa concord II
V ti '( 111 os vai res calculados através da Teoria Clássica dos Laminados [7.1,7 .21, . d' [0/90/+45] de 1 12 mm de espessura é constituída pür ' 1I1ll1ld lll II
, )107.4. Uma placa lamma a - s .
- "'I _ GP = 027 G = 7.6 GPa. a) Mostre qu ' \I 111 111
I - I' ,r 'ri .. também que se podem definir módulos de flexão, Ejx e Ejy- Recordemos ljU ,
1llIlml1o/cpóxido com EI =
177 GPa, E 2 - 11.0 a, vl2 ., 12
C de Engenharia b) Calcule os módul os li . II 'X I I I,
11111 10 lluase-isotrópico e obtenha as suas onstantes .
11" II) lo tIIna placa isotrópica de módulo E e coeficiente de Poisson y está sujeita a 11111
!'I II I 'o 111.0mento M x' verifica-se que a curvatura resultante é [7.3]
I( ólução. a) Como nos exemplos anteriores, começamos por calcular as matrizes de rigidez

Iii IIles às várias orientações de camadas (tabela 3.5):


(7. 27

~1GPa;
2.984

~1GPa;
177.8 2.984
177.8
\\ 1111 ' ly :::: h 3/12 é o momento estático de segunda ordem da placa por unidade I Q'o=Q= 2.:84 1l~05
111 1'1 UI'U e Ej :::: E/(I- y 2) é o módulo aparente de flexão. Por conseguinte, a analopill [ O 7.6
7.6
\' (lIn os termos da matriz d da relação momentos-curvaturas (7.22),
56.3 1 41.11
41.
Q'4S= 41.11 56.31 41.69 OPa; Q' - 4S = 41.11
69
1 56.31 41.11

56.31
-41.
69
-41.69 OPa.
1
"x)=[dlld [

j
[ -41.69 - 41.69 45.72
"y l2
(7 .28 41.69 41.69 45.72

' ' d h = 1 12/8 = 0.14 mm, temos Zo = 0.56 mm, Zl = 0.42 mm, ... , Zs = -O.
" Xl' d ,ó I Jsando a espessura d a cama a c •

P '1'1I1i te definir os módulos à flexão


12
II que permite Obt[e;4~:lma~:I::S :oigi1d'IZO~~:~:'":~['~~;," ~:;:: 7::::: . Nmm,
de
103
E jx = -
3-'
h d ll
(7. 29) A = 24 .69

0
84.41
O 29.86 0.4576 0.4576 1.448 1
sendo que B = O, pois o laminado é simétrico. Logo, da equação (7.23),

I( Jll{llo 7.3. Calcule os valores das Constantes de Engenharia e dos módulos de flexão do laminado 12.96 -3.789 O]
6
II l lI tl l~lId() no exemplo 7.1. a =A-1 = -3.789 12.96 O .10 - mm/N ,
[
O O 33.49
U. üll.ção. Tendo já obtido a matriz a, as equações (7.26) permitem obter:
7679 -7.698
-21.84]
Ex = 24.0 OPa; E l' = 24.0 OPa; v.ry = 0.10; ó ·1 ·1
d=D- 1 = -7"698 132.2 -39.36 .IO- mm N ,
G.ry=3.80pa; 17.,y= O; [
-21.84 -39.36 710.1

MIII uma vez, tendo o laminado igual número de camadas a 0° e a 90° e sendo o comportamento mem- Das equações (7.26) obtemos:
I" 1II \Il independente da sequência de empilhamento, Ex seria necessariamente igual a Ey- Por outro lado, -E - 68 92 OPa', xvy = 0.2925; G-'y = 26.66 OPa;
E."x- . y-'
1i1l11l· ~ çainda os baixos valores de G xy' que é igual a G 12 , e de vxy' que se deve à resistência à contracção Xy
dllN 'nmadas a 90°.
onde o carácter quase-isotrópico do laminado se manifesta por Ex = Ey e por Gxy = EJ 2(l + V )·

1'/'/
1'//1
I, 111111 """ IHI II' /lII IOI tl lI lI lI lIl l~ .1 )1\ " I d l lll l lil ll~ I I
\ II HII III I I ~ I ,/1111 III " III
/:'il , , / (1'11, I 'n /11// t 11'/1 I
lI ·iI III , '1) 11101111 ' I' iii 1111
VII /IIIIIH dllh 'ul l'H 1l11'U HI " , I . l _i L'
\: LJ.y ' " 1')( ' 1111'1 0 7.
II d " lIi1 '0 t O pn.l 'I" fivlI '. II lIdl ll 11111 III', ' '•
•Ii 1 ,til' LI k gradaç" () I · pJ'O PI ·11 1111 ' d ll III II I Ó' )'ú ura . 011 O I ufl ' lu li/l
l' 1111 I
'l.2.3. ANÁLISE DA RESISTtNCIA DE LAMINADOS III lolcste assunc , ' 0 0 I , ' 111 0 O 'II \) d' um laminad lO/ 0] 8 fl ll j iLO II U II I "
III',' lN . crescente (ti guru 7. ), A d 'cerm inado valor de N x' formam-s' 01 LIlI lI l
I p ltl a ompósita deve ser concebida escolhendo
111 11 ", . " "dll transversais nas zona das camadas a 90° onde a resistência é esta tiSl'i 'H lll 'nl •
I ·nml.ldas d e maneira a obte "d . , ~atenaIs, numero e onenta çi I 1111 II U I'. Nas faces das fendas, a tensão O'x é obviamente nula. Porém , à 1l1l:di lu lIlI •
r a ngI ez e reSIstenCIa ne , .
Vli lill' ':; pretendidos dos esfo N M ,. cessanas para suportai' 1111 1111 II f:a s tamos daquelas, a tensão (J'x na camada aumenta graças à tran sfcr ". n 'i I I ·
rços e . No ambIto da Teo ' CI' .
IIl1do , ti avaliação da resistência d fi . na aSSIca dos LUIlI 1111 Hll das camadas a 0° mediante tensões de corte interlaminares Txz (este fc n ÓJl1 ' 11 0
eve ser eIta camada a ca d '
pl'l\ ' 'dimento: ma a atraves do segujj)1I ~' I1:le lhante ao de transferência de carga para uma fibra partida, an alisad no 'II I
) l 'lI l ' LI la r as d eformações e lido 4). Sob esforços crescentes, as tensões (J'x nas camadas a 90° pr vO ' UIlI II
) 01 l " -, o e as curvaturas 1C a partir da equação (7.22)'
as tensoes em cada camada no referencial I b
) I I ' 1t1l'l1'lação de mais fendas, até se atingir uma densidade de fendas m áxima, 0 11 ti \
(7 , 14); g o aI {xyz}, O'k' usando a equaç ii
II Iuração. A concentração de tensões interlaminares nas extremidades da:; r'n III
('III 'L1l ar as tensões em d IlItnsversais pode provocar a formação local de dela minagens, isto é, d e d es olum ' 1I1 U (,
t' 'u J't'cndo à equação (3~~5~;camada no respectivo referencial principal {123}, O'~I 1' lIlre as camadas a 0° e a 90°. Torna-se claro que a tensão (J'x média nas C~lI II III II

Ipli ar um critério de rotura da camada ( ' I '1 0°, e consequentemente a rigidez equivalente desta, depende da d ensi luu ' II,'
ver capItu o 5).
Il' lldas, sendo por isso muito dificil de prever de forma rigorosa . Sabe-se aindn q l l ' 1\
No decurso deste exercício, temos que distinguir clarame . _ " ~uração transversal de uma dada camada é fortemente condicionada pela (l I' ' II
II I J)rimeira rotura de camada (P:' R'1 F. .z nte duas sItuaçoes: a chamu- li ção das camadas vizinhas [7.4-7.6]. Por exemplo, um maior número d e Ctlll1l1 lu
zrst ty az ure) e a rotura glob I d I '
/11 'l o a primeira rotura de cam d 'c. a o ammado. D ' II Ijacentes da mesma orientação favorece o aparecimento de fissuras tramv ' r II ,
a a e lrequentemente um
Ol'orl'c a esforços bastante infi . a rotura transversal, q u ' "'nómeno que se julga dever à maior probabilidade de existência de d efcit o , ,
enores aos que provocam fi I '
I Ivo) representa-se esquematicame fi a rotura ma. A tItulo ilustra- portanto de locais de menor resistência, Por exemplo, sob este ponto d e vista, " I ,
N /h)-d fi - nte na Igura 7.7 uma curva tensão média (O' ==
\ e ormaçao ( Eox) de um laminado [0/+45/90] Ox preferir o laminado [(0/90/±45) 3]s ao [03/903/(±45h ]s' de igual espessura.
IIl/ 'ia- e a fissuração transversàl d d - S [7. 1]. Sob cargas crescentes
as cama as a 90° seguindo se fi - d
11'II I1 Hversais nas camadas a +450 fi I ' - a ormaçao e fendas O'
N Ol -se que as roturas trans~ers;i:~eI:aa:;~:~U: ::~ura das fibr~,s das camadas a O".
I 'l1:>ão-deformação associados a
,
d d "
per as e ngIdez.
a forma de cotovelos" na curva ~~:.i___ 90_2__-L__________ ~ ______ ~i~
, o'
a

± 45°
\;, ~!
:
1
900

O'
2 1 1 1 i-;;
l .\,2

90' Figura 7.8. Processo gradual de fissuração transvers al num laminado [0/90J 5 s uj eito a uma força Nx INx.2 > Nx. lJ.

Têm sido desenvolvidos modelos mais ou menos elaborados para preV 'f II
Figura 7.7. Represe~tação esque máti ca da curva te nsão-de form açã ocde um laminado [O/±45/90J degradação da rigidez da camada associada à fissuração transversal [7 .7-7.1 8). 1I, t '
com mdlca çao dos pontos de início de fiss uração das ca ma das a 90 0 e a ±45 0 [7.1]. 5'
modelos requerem como dado de entrada a densidade de fendas, ou fazem ap ' lo I
Mecânica da Fractura (ver capítulo 9), o que inviabiliza a sua implementação a . I \
I 'lU

1'/'1
• 111 1\ I 1111 111 \ 11 1111 II III tl ll dll
1\ i I di III 'di i ' , 11, 111 III) ' I' UII VII 101 111111 11 1111 11 11\ 111 1'1 111 II I 1111fll' iVLl 1 UI't1 lU '
1111 \ II i 'os cl S lu(ni ll nl!o '111111 11 \ I II
II · 1' ldll~'l\O dL' 1101 1'1 Illd ', 1 lU ' l O II I 111111\ 1\\ li 111)11

. , , ' II, VIIi '~lI l1' ~lIjdl<l a esforço s membrana vHril'lv 'iK, IliI !I III
_l lIIplo 7.5. A placa lal11lO11du d o 11\1 lo I . . , . . I' .. • I hi)!)
Ol1flid eraram vários sub-modos d I'OlUfU I ' J1br I e de matriz, S ' 11 11 1\
luLOr 'S . ' d' que as reslstenCIaS da call1,IC,\ s, o "' \
- N - O 2 N • Ib.:-SC >1m d
1\1 \ noprimcir a ,todas as propriedades da camada foram degradadas, enqu Ul11 \ N)" ambos de tracçao, e xy - , x' = 70 MPa. a) Determine Os Vll lo\'c d0 11
= 50 MPa O' ., = 160 MPa e '[,,12
1\ I '/lInda situação apenas as propriedades mais dependentes da matriz (E2, \ \ M I'II, (filei = 1600 MPa, O'ut2 ' uc_ . " de Tsai-Wu e de Hashin- I (li ' III . Il
, . . rotura d e camada usando os cntenos
\' 1 ) IWl'um afectadas. O nível de degradação que permite o ajuste dos result" ln I . illI'I':O$ conducentes a pnmeua . do ao critério de Hashill - I{III ' 11 \ I'
l'I\'""la os valores dos esforços de colapso tinal do lammado, recorren
1 'rim mais variou desde o anular efectivo de um determinado módulo ae', I
, de matriz numa camada implica anular E 2 , G 12 e V 12'
li lo)) 'uo de factores de degradação empíricos. Os modelos de Chang et al. [7. J ( 1I11i11 1undo que a rotura

'1 .... 01 inc rporam também relações '12-YI2 não-lineares e resistências 'ut2 e II I . I 7 4 e atend ' o lo \ ti
_ ) T do)' á obtido a matriz de tlexibilidade a do lammado no exemp o . ,
ti 'p 't'H.!entes das camada vizinhas. Por seu turno, Tan [7.21] propôs um m od ,III Ih, Qluçao. a en _ .- 7 22)
1\ IlIcões entre os esforços aplicados, as deformações membrana sao (equaçao .
1II\Iil O mais simples, que envolve o recurso ao critério da tensão máxima (5.13) e lHl
'I'it "rio de Tsai-Wu (5.7) para prever roturas de fibras e de matriz, respectivamen lt" f9'166]
IJld 'pendentemente do modo de rotura, o modelo de degradação escreve-se: 1:0 =aN =19.166 .1O·{;N x •

8.372
(7. 30) . Q' já d 'I '\'1I1
_, d utilizando a equação (7.14) com as matnzes "
( :lIlculamos agora as tensoes nas cama as

ond ~ o índice d significa dano e Dp D 2 e D6 são factores empíricos de degradação, d ' Il ud as:
VII I !)!' mpreendido entre O e 1. Com base num estudo experimental da resistêncil1
li' placas com furos, Tan [7.21] sugere para laminados carbono/epóxido DI = 0.07 \ O"oJ ~.·~::6}NX; 0"90J O;~:5876}Nx; 0" 45 \:::::\N', .') :~:::}"
=

I) = = Dó 0.20. 1 0.06363 10.06363 1.147 1


- MP' Em seguida há que d CICI'II i1 I1 I1 \
a se obterem tensoes em a. ,
IOde N deve estar expresso em N /mm par
I ilWl abordagens ao processo de danificação progressiva devem ser encaradas com
bllstantes reservas pelas seguintes razões:
,
-
x

c c (3 55) d e que resultam:
',1 ' 123} aplicando a translormaçao .
tiS tensoes no re erenc\a l ,
,
'1
) . frata-se efectivamente de modelos algo grosseiros e que, de certa forma, são incon-
Histcntes com as hipóteses subjacentes à Teoria Clássica dos Laminados. Por exemplo,
junto às fendas, é evidente que não haverá deformações membrana nem curvaturas
0'0 =f ~"~:;6}N" ..J ::::6 ,}Nx;
10.06363 1- 0.0636.>
0'45 ={o'O::6]N" ." =F:::(·
uniformes através da espessura. Além disso, a existência de fissuras induz por vezes N o do critério de Tsai-WII , I
_ I condições de aplicar os critérios de rotura, ocas
lima não-linearidade pronunciada. Estamos fina mente em
, t os (equações 58 e 5. 11):
. ' calcular primeiro os seus parame r .
) Podem-se formar delaminagens mais ou menos extensas a partir das extremidades necessano . . 2
2
FlI =3.906,10- (Mpar ; F 22 =1.25·10-4 (MPar ;
7
das fendas transversais, sobretudo perante carregamentos de flexão. As delamina-
\ F 2 = 0.01375 (MPar\;
g 'ns são particularmente prejudiciais ao comportamento à compressão, na medida FI =O(MPar ;
6 2
' 01 que promovem fenómenos de instabilidade localizada (ver capítulo 10). FIZ =2.041.10- 6 (Mpar2 ; FI} =_3.494.10- (MPar ,

) Embora a presença de fissuras transversais possa não afectar consideravelmente a _ cada camada obtemos os respectivos VII I,I \','H
Se substituirmos na equação (5.7) os valores das tensoes em ,
<.:apacidade de carga "quase-estática", acaba por potenciar fenómenos de degradação
higrotérmica (ver capítulo 8) e de fadiga (ver capítulo 10) . d e N x de rotura:
(N x )"0 = 564.6 N/mm; (N x )"90 = 564.6 Nlmm;

(N, ),,45 = 765.6 N/mm; (N x )"-45 = 447.3 N/mm.


tlá portanto grande interesse em modelar correctamente os processos de danificação
11\1

1130
(:,",1'1" ,1 ' 111 111 111111 1 111 ' 11 11," \"1 "11 1'111li III \1 '0 11 (1 II IIN ' 11111 111111 II II 111'101,1 1 I 1111111111 0 N, N,, - Il d ', \
N / IIIIII , N II' I I 1 ,1'1 N / lllill , 4

2
( 111'"1 11 II I) ','Il ' l'i O ti ' ((ashin-.Rolem, no caso da rotura d ' Ilh" l\lI ( \(11111\'1 ii , 1 1 , \1 ; H l b l'ço~ limil ' 111'1 1
V /1 11 1 \I : O
-I ·
(N x )uo =965.6N/mm; (N x )u90 = 965.6 N/mlll;
-2

(N X ),,45 = 669.8 N/mm; (N x ) u-45 = 1729 N/mm; -3


-4
1' lIlI"IIIII O pum II ro rura d a matriz (equação 5.14) temos: -5 +-~~--~~~--~-'-
-8 -6 -4 -2
(N,)"o =366.5 N/mm; (N x,)1I90 =366.5 N/mm;

(N x )u45 = 527.1 N/mm; (N x )"-45 =307.9N/mm.

l 'I II' III1I111 é prevista uma primeira rotura de matriz na camada a -45 0 quando N x = N y = 307.9 N /mlll I'

N,v - 77 .0 N /mm, valores bastante mais conservadores do que os obtidos do critério de Tsai-Wu. I

°i
-I :
h () procedimento a seguir consiste na aplicação cíclica das seguintes etapas: -2 ·:
-3 :
I , I\pU 'ur o critério de Hashin-Rotem para determinar os esforços que provocam a próxima rotura I '
-4 !
1II IIIIIdll c: .5 .;----r.------,----~--1 (12 i lv/x
-0,4 -0.2 0.0 0.2 0.4
terminar o processo se se tratar de uma rorura de fibras;
fazer E 2 = G I2 = O e vl2 = O para roturas de matriz, e prosseguir o cálculo;
'1Ilçular sucessivamente as matrizes A e a, as deformações 60 e as tensões a'k e ak' 4 ·
~h' I ' 'uso, depois das primeiras roturas de matriz das camadas a _45 0 , seguem-se:
51
3
~ .

, I II llI'lI lI le matriz das camadas a 0 e a 90 para N x 0 0


= N y = 354.3 N /mm e N xy = 88 .6 N /mm;
~ ..

-l L
' " 11111'11 11 de matriz das camadas a 45 0 para N x = N y = 516 .3 N /mm e N xy = 129.1 N /mm;
1 It l lll r ll de fibras das camadas a 45 0 para N x = N y = 597.3 N /mm e N xy = 149. 3 N /mm; -2
-3
IJII dlwl11 a rotura final do laminado. É interessante notar que os valores destas forças são praticamente () -4 .
.til I ' II dos valores de primeira rotura de camada. -5 . ---..-----~.----,----- ,
-0.20 -0.10 0.00 0.10 0.20

Figura E7.3. Distribuições das tensões (Jl. (J2 e '1 2 nas várias camadas (h e é a espessura da camada).

1(/1., ",pio 7,6. Resolva o exemplo 7.5 considerando agora a placa sujeita a M x e My = 0.2Mx'
om base no critério de Tsai-Wu, verifica-se que a primeira rotura ocorre na superficie Z =Z I da cam udll
• d M - 1945 NeM = 38 9 N Por seu turno, o critério de Hashin-Rotem previ: 11 11
1/1 .. lllçrl 0, a) A matriz de flexibilidade d do laminado já foi obtida no exemplo 7.4 . Face aos momentos li 90 supenor quan o
0
x -. y "

111 11ii 1Il101I, as curvaturas são (equação 7.22) mesma zona rotura de matriz para M x = 132.0 N e M y = 26.4 N.

72.95] b) O procedimento é análogo ao do exemplo 7 .5) com o ponto 2 a consistir agora no recalcul ar d as
K =dM = 58.4'1 .10-6 M x '
matrizes De d, das curvaturas x: e das tensões a'k e ak'
1 - 41.52 0
Assim, após a primeira rotura de matriz na camada a 90 superior, seguem-se:

~ I ' I1 H <:s nas camadas são obtidas usando na equação (7.14) estas curvaturas e as matrizes Q'k calculadas ) rotura de matriz da camada a 0 0 superior em Z = Zo para M x = 185.1 N e My = 37.0 N;

111\ I'xc rnpl o 7.4. Em seguida, calculam-se as tensões no referencial {123} de cada camada recorrendo à ) rotura das fibras da camada a 0 0 superior em Z = Zo para Mx = 206.8 N e My = 41.4 N;
1' 1111 l(\I'm ação (3.55). Os resultados estão representados graficamente na figura E7 .3. que implica a rotura final do laminado.

iii .'
I
\1\11 )(1 1\"
I ' ii ' h, ' \1\1 ' \1\ \1
, ,""t. ll1 t1 o ,., I)WI \ 111 1\ I \I IIII
7.. o Av nç da do 111 1\ 1\ I
t 1111 I I 'I I
( ' ) _ () 1 UI'U I, I II I '' II
1'1
I
I ti l (f \ I , h\l\ I II 11 11'1 '.
h lllidop'lu 'qU ll<;lll 111111 1 111 I I 11I IIYU'!lI/II !.: (P I 'oi l'l ' il 'll) ' 0 111
I I II I
II I III \ II , I '
'I' ' 01' ii :11'1. "I ' U Il) I uminad os é d ' III ' l O \) 1111 11 1 It l III I! III I ~Il I na análitl li 4th J ) = (pI/eX, ) () 11 111 1( \
~ O O J . ' ~' 11 1 1 11 ,'1\ / ,,1 , q l l
, . ' ,I 'jonam com
I ti
s d esl ' tl11 . ' )lI O
, d ' 1' 1" ,_
111 111 Il udo , I vith t\ SLl a simpli cid ade e rigo!' ' 111 ( II U I l tlll yl', mo vimol'! '111 II 1'~'Ll1ÇOes x e jI 1\ 7 ) 'j"l lt\-\le portanto d e uma teon a . 1) 1
7,'2, 1I11'1I J as '0 11 liç ~ es fundamentais para a apli li iliduJ.' do T eoria Clássica lo Itlllllwersais w através lu 'qll I(,!(' e· .. )l.
\.1 ' prin cipal hmnaçao con
_ siste em não ter em COolO ti
I
1.IIIIIino los é ue as placas sejam relativamente fina s, d e mod o a que sejam válidui'l II " 1 11 11'~ global de 1" ordem c ) <1 ., ' d ser eliminada n as teoriu!; l .
I kl'onnações de corte transversal. E sta defiClencla po e
It p l'lI ' 'S inem ática da Teoria de Kirchhoff, Os valores limite de a/h e b/h (fi II I II
'I ,:" li 'pend em d o tipo de compósito e da sequência de empilhamento do lamin adll , I" ordem usando u(x,y,z)=u o(x,y)+8x (x,y)z
(7 . )
111 11 I l) geralmente superiores aos dos materiais isotrópicos. Isto deve-se à m enol
v(x, y ,z) = vo(x,y) + 8y(x,y)z
I I~ Id ';.o; 11 orte transversal dos laminados compósitos, que resulta dos valores rehu
11 111 'lHe b aixos dos módulos da camada G 13 e G23 . Naturalmente, face ao custo relll w(x ,y ,z) = wo(x,y),
II VI III1 'm c elevado dos materiais compósitos, há todo o interesse em usar laminado _ d' de obedecer às equações (7.5), endo
que as rotaçoes x
' 111
e- e e
y
da secçao elxam
,_ .
. d
Id d entre o trabalho realiza o pe o
I
I IHlH, cuj a viabilidade é muitas vezes assegurada pela elevada rigidez à flexão. No
condlçao de 19ua a e
' lItlll1tO os progressos na tecnologia dos compósitos e a generalização das suas apli- \cfinidas com b ase na d energia de deformação corres I II ()
M e as componentes a
'1I1,'tI ' têm conduzido à utilização crescente de laminados espessos. Nestas condiçõci'l, momentos flectores M x e y •

1\111111- 8' importante recorrer a teorias de laminados mais elaboradas, cujo desenvolvi- ~tentes, isto é,
ld2
(7 . ~ \
III 'llI O cem sido objecto de vários estudos [7.22-7.36]. Estas teorias distinguem-s ' M 8 = J"12 O';udz, lvI),ey = _11 12 0'yvdz . J
x x -11/2
111 II 'jpalmente pelas hipóteses admitidas no que toca à variação dos deslocamentotl
11 1111 na direcção z da espessura do laminado (figura 7.2), podendo ser divididas em . ' por
Na realidade, as funções rotação podem expnmlr-se
I II I'tmdes grupos [7.23,7.26,7.27]:
I ' \II' i lll; de deformação globais, nas quais os deslocamentos são descritos por funções êJwo(x,y) + fJx ,y)
e,(x, y ) = êJx Kx (7 . 11-)
, II' ~ uplicáveis a toda a espessura do laminado, ou seja, para -h/2 ::::; z ::::; h/2;
I I 'mi "s de deformação locais, por vezes designadas por teorias "zig-zag", em que os
êJwo(x,y) + f y(x,y) ,
8.y (x,y) = êJy K,.
\h lo 'l1l11entos são aproximados por funções definidas localmente em cada camada
1111 1lminado; _ ões de endentes do problema concreto em análise,e 1 ,'\
, II 111'111 de deformação globais-locais, que recorrem simultaneamente a funções onde fxCx,y) e f/ x,y) sao funç P . dades elásticas e do número e sequen ' I II
esultam das propne . .' "
, !t Il ti s e a funções locais para caracterizar o campo de deslocamentos. e K são constantes que r . N de placas de matenaIS lsotrOpJ o"
y d das do lammado. o caso )
de empilhamento as cama f ços de corte transversal Vx(x, .
- f ( ) f ( y) coincidem ecom
as funçoes x x,y e y x , . K
os es or
K = = , I d
5Gh/6, sendo G o modu o e c J
'l '

1. t.1. TEORIAS DE DEFORMAÇÃO GLOBAIS V (x y) (figura 7.3), respectivamente, x y C rte Transversal fornece geml-
y , E T ria de l a Ordem com o ' d'
do material (7.31· sta eo . doptada na generalidade dos co I ()
. f ' 'os sendo por ISSO a • '
t ~ I tII te rias, o campo de deslocamentos pode escrever-se genericamente na forma mente resultados satiS aton , " d t 'l'zadas com alguma frequcn ' 11 1
N- b te tem SI o u 1 1
de elementos finitos. ao o st~n " _ 3 nas equações (7 .31).
u(x,y,z) = up(x,y) + f/JI (x,y)Z+f/J2(X,y)Z2 + ... +f/J)x,y)z" teonas. de 3" ordem (7 . 23-7.281, ISto e, com n -

v(x,y,z) = vo(x,y) + fPl(x,y)z + fP2 (X,y)Z2 + ... + fPn(x,y)z" (7.31) . de deformação globais têm limitaçõ'
da ordem n as teonas
Independentemente _' d I da camada ou seja de (J'z' 't'X2 e TV., ·
w(x,y,z) = Wo(x,y) + if/Jx,y)z + if/2(X,y)Z2 + ...+ if/n (x,y)z " , 'I I d s tensoes fora o pano , . b '
importantes no ca cu o a . de placas não permite o l ' \
delo baseado numa teona , \'
11111 1 III). Vo e Wo representam os deslocamentos do plano médio do laminado e 4Yk' ({Jk Como é evidente, quaIquer mo . _ " modelos verdadeiramente trl I
. a (J' Para ISSO sao necessanos
I '1'4 110 funções das coordenadas x e y, com k = 1, 2, ... , n. A Teoria Clássica dos resultados ngorosOS p ar Z '
III',

II
111 ' 11 111111 , ( ,(l IIIII!i O, I'\'V'l ll' ' <I ))1111111 11 11 IIIj II II 111 111 III 11111 1 i ' 11 1111" 1'1/01'001 dll
11 11 I l' ti · '1)1'1 ' 1\ ' I II" nu illl , "'i l " '11'1 111 11111 11 11 ' , 1111 I II, '\i IlI O V ... 'mo 11 11"
'I .. 2. o IA 111 I IJIHv1AI, "1111 Ali
I H)) lu/o ( ' 10, ' IO H 1 ' 111010 'S 1 0 , '111 J I'(J VOVII I ti l II III I I '1111 ' 'umu du8 O~I ' I 'i t'orins d ' 1-1\ )111 1111,'111 1111 iii 1111 111I11 I' ' III rUI 'S d '::;10 'un '1110 I ,I II I"
d " ill d ll llg ' 11 , HI11 'I'in 'Ipi túnd obtido () ' \ 111) o "d i' I(lv 1111 ' IlLOS (7 . 1) • 1 \1
11' 1' t) I')JI '111 ' () t ' 118 01' d as deformações s' atrav 'S d ' 1II1I1uda a caluadu , I! JlI IWlld, 11 ' lil'I'O "d ' III 't\l11<..:ntos numa camada h d ' 11111 lillll

1(11 li) é descrito por 'qU IH; \1 ' lo l i) 1 17.2 7 .29, 7.30]
c=-
au av
x ax' c=-
,v ay' uk(x,y, z) =f/JO.k(x,y) + f/J1.k (x,y)z + f/Jl,k (X,y)Z 2 + ... + tP",k(x,y)zl/ ,
e =-
aw au aw (7 , V k (x,y, z) = tpO,k (x,y) + tpl ,k (X,y)Z + tp2,k(X,y)Z 2 + ... + tp",k(x,y)z" , (7.'/00
z az ' r xz =az +ax'
W k(x,y, z) = If/O,k (x,y) + If/I ,k (x,y)z + 'I'ú , (x,y)z 2 + ... + If/",k( ) •
x,y Z ,

II 11'11 o 'S na camada h do laminado podem ser calculadas da equação (3.44)


l ' \lm h"_l ::; Z ::; hk (figura 7.6). Estas teorias têm a vantagem de assegurar simll ll ll n ' li
l\Jente as condições de continuidade dos deslocamentos e das tensões fora lo I 1111 0 ,
(7. () IIUS interfaces. Como é evidente, quanto maior for a ordem n da teoria, n 'lh \) 1t'
' I'ão os resultados. Todavia, aumenta também o esforço de cálculo, que é [l I' , 'I 11
• :11 1111 1 ' viu em 7.2, face à continuidade das deformações, havendo diferenças n a
IlICnte a grande limitação das teorias puramente locais, pois o número d vIlI'i 'iV
11111 11 ~ 'H de rigidez C'k e C'k+l de camadas adjacentes h e k+l por estas possuír en l
lI tilizado nas equações (7.40) é proporcional ao número de camadas de um lamill ll(l o
II I '11' 111 'S orientações, as tensões a'k e a\+1 serão necessariamente descontínuas. Isco
Por isso, os modelos baseados nestas teorias têm geralmente aplicações limi ca d u 1111
I'l1dl v ' I'ilicar-se para as tensões no plano da camada u'" uy e T~, mas não é aceitá v "
materiais sandwich, em que as "peles" e o núcleo são modeladas por 3 camad afl . N ' II'
1"11 11 II I 'nsões fora do plano u z' Txz e Tyz' pois viola a condição de equilíbrio de forçaN
I IIi II l' 1I1'1 udas . 'aso, as diferenças nas espessuras e nas propriedades das peles e do núcleo ; LlsLi li '11 111
II natureza local da aproximação. Por razões de custo computacional, n I, '
admitem-se geralmente deslocamentos transversais w independentes de z .
I II II \l lo a Contornar esta limitação, as tensões Txz e T são calculadas à posteriori a
yz
11111 I Ils equações de equilíbrio tridimensional nas direcções x ey [7.23, 7.24],
au, a'l',y
- - + --+ --2!.. = O
a'l'
7.3.3. TEORIAS DE DEFORMAÇÃO GLOBAIS-LOCAIS
ax ay az
d'l',). aO"y
--+--+-- =O
a'l'yz (7.3 7) Estas teorias visam atingir um compromisso entre a eficiência computacional das t ()I'ill
ax ay dZ globais e o rigor das teorias locais. Nesse sentido, o campo de deslocamento é o.t I i ',11
sobrepondo funções globais e funções locais. Para evitar que o número de van áv ' I
111111" III II , H:nsões u x ' uy e T~ previamente obtidas. Isto é, as distribuições de tensões
III 111 11/ \0 lu espessura do laminado são dadas por se torne dependente do número de camadas do laminado, utilizam-se gera lm ' iii '
apenas dois termos locais, uma vez que as variáveis correspondentes pod cl H ' I'
'l'
n
=-
f (aO"
__
z
dX
- 11/2
x +~ ar)
dy
dz
(7.38)
previamente eliminadas pelas condições de continuidade dos deslocamentos u 'v '
das tensões fora do plano Txz e Tyz , Assim, as teorias globais-locais usam geraln ' III •
campos de deslocamentos com a forma [7.23,7.29,7.31-7.36]
'l'
)'z
=- f (a'l',y
z
-aX
-11/2
- +aO"y)
- ,
dy- dz , (7.39) lI k(x,y,z) = f/Jo (x, y) +f/JI (x,y)z + f/J2(X,y)Z2 + f/J3(X, y )Z3 + f/JP,k (x, y )qf' + f/Jq,k(x, y)q;'

1ii Il lId · I' 's ulcam valores suficientemente rigorosos para muitas aplicações. VI (x,y,z) = tpo(x,y)+ tpl (x,y)z+ tp2(X,y)Z 2 + tpJ (X,y)Z3 + tpp,k(x,y)qf' + tp".k (x, y)q;' (7 .4 1)

wk(x,y,z) = wo(x,y),

onde Çk é uma coordenada local na direcção da espessura da camada k. Relativam '111 '

iii,
III"
1111 / 1 111Ie) Iq '" I II 1I"tI 111101' 111 111 ' /1 11 ' 11 I " 11 111' " di 111111 ' 111 I, ' Illfll ll lll llll
111 1' 11 0 ," I 'V illl ' (I I I O I I I I I , •III t Ii, " , " "' I .. " 1 III II II I 11111 I, " iI I I 1111 1, 1"1 II I t ,ill MI1 l' ly / 11111 111 111 'H 1,11I1I 11'iI II , IlIp ll
' li 'IlI ' • ) ' III
III I IlI lI d ll plll VOII POli ' Ilt ' II lol ll l! II ii IInH, 1'11 11 , • \ii /11111 11111 1. t / 11111 11
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Viscoelásticos
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,)

8.1. Introdução

( )s capítulos 3 a 7 foram dedicados à análise do comportamento puramem e 11


do materiais compósitos, sob perspectivas micro e macromecânica. E stes (;onh 'v
IIlcmos constituem efectivamente a base para o projecto de estruturas comp ósiwH, Nu
l'ntamo, é importame ter em coma a influência de outros factores no comportam '1110
mecânico, tais como a exposição mais ou menos prolongada a temperaturas c hLl ll ti
dades elevadas, cujos efeitos combinados se designam por higrotérmicos, De fa ' 10, 1\ 1
propriedades mecânicas dos polímeros são bastante sensíveis a estes efeitos, e, ' ()j l Hl
vimos nos capítulos anteriores, certas componentes do comportamemo dos comp Hilo I

são particularmente dependentes das propriedades da matriz, Para além dll


degradação de propriedades, os efeitos higrotérmicos manifestam-se também sol II
forma de expansões ou contracções, que causam tensões imernas nos compósito ,
dadas as diferemes propriedades higrotérmicas das fibras e da matriz. Os cf 'ii 0 11
higrotérmicos constituem um tópico de investigação particularmeme relevam..: ' lll
que a caracterização experimemal continua a assumir o papel principal. N 'ti l '
capítulo, são revistas as conclusões principais desses estudos e apresemados mo I ·10
relativamente simples para ter em conta os efeitos higrotérmicos numa fase ini 'illl
de projecto.

Por outro lado, as matrizes poliméricas possuem um carácter acentuadamCl11 '


viscoelástico, que, obviamente, também se reflecte nos compósitos. Nos m at":l'illi
1'1 11
1'11
111 ,', I II VII , M Ml oIII IIYI'Il' o! Il IHIII ' "ph / '11111 "'"!. I
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8.1. Introdução

( ) ~ capítulos 3 a 7 foram dedicados à análise do comportamento puramente m ecân i 'o


do materiais compósitos, sob perspectivas micro e macromecânica. Estes conh ' ' j
IIICntos constituem efectivamente a base para o projecto de estruturas compósitas. No
l manto, é importante ter em conta a influência de outros factores no comportamento

11Iecânico, tais como a exposição mais ou menos prolongada a temperaturas e hLlmi.-


dudes elevadas, cujos efeitos combinados se designam por higrotérmicos, De facto, a,
propriedades mecânicas dos polímeros são bastante sensíveis a estes efeitos, e, c m(
vimos nos capítulos anteriores, certas componentes do comportamento dos compósicos
lIo particularmente dependentes das propriedades da matriz. Para além du
legradação de propriedades, os efeitos higrotérmicos manifestam-se também sob li
forma de expansões ou contracções, que causam tensões internas nos compósitos,
Jadas as diferentes propriedades higrotérmicas das fibras e da matriz. Os efeitOs
higrotérmicos constituem um tópico de investigação particularmente relevante, cm
que a caracterização experimental continua a assumir o papel principal. N csl '
capítulo, são revistas as conclusões principais desses estudos e apresentados modelos
relativamente simples para ter em conta os efeitos higrotérmicos numa fase ini ial
de projecto.

Por outro lado, as matrizes poliméricas possuem um carácter acentuadamenLc


viscoelástico, que, obviamente, também se reflecte nos compósitos. Nos materi'!i s

1'/11
1'1 1
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111'" 'I" 'leos vis oelá ' fi g,. ' . ... 0, 111 VIC ente, h a uma hi " \ II
socos e actores higrotermicos A _ ., ' .' ,
oh L]l/l:l t i' O formas . . . . natureza Vlscoelasaca manit 'H ill
pnncIpaIS, conforme se exemplifica fi 8
01 'UI' li axial Na . . , ~ na Igura .1 para umu !llll ll
. pnmeIra sItuaçao, em que a barra e ' "
'(l l\ lumc (figura 8 la) d . d . . sta sUjeIta a uma t '11 "
. , epOls a resposta elastlca . . . I 'fi
I "/ldwll da deformação da ba fi '
rra, enomeno que se design
mIcIa, ven Ica-se um aUln ' 111 11
fi"
. " Efeitos Higrotérmicos
III lo se ft r imposta à b _ a por uencza. Por 011 11 11
arra uma deformaçao constante (figu 8 1b) d '
1'II/ ,.\'tl('80 progressiva da tensão em reI _ . . . ra . , a-se IHII II ~ , 1 . DEGRADAÇÃO DE PROPRIEDADES
H. I ,) u barra és ' . açao ao valor mIcIaL Na terceira situação (fi) II/ II
uJena a um carregamento oscilatório _
l\l "mu llm ciclo de histerese A' dr' ' e a Curva tensao-deformu,· II 1111 xposição higrotérmica, as matrizes poliméricas podem ver as suas propl' i -(/ 11 I I
1/ , iJJada E fi ' . ' .area e ImItada pelo referido ciclo define a en 'I' 1111 ' \' nicas degradar-se substancialmente. Naturalmente, as propriedades [1'011 V'III I
. ste enomeno e partIcularment .
l'lljU função é frequentement . e Import~nte nos materiais elastoméri 'II , .111 ('limada dos laminados de fibras contínuas e as propriedades dos compó il o h
e o amorteCImento de VIbrações F I
111111 'l1 to tensão-deformação d . . .. . . ma mente, o compl ll 1111/ II curtas são as mais afectadas [8.1-8 .11). Pelo contrário, exceptuand o uu I I III
os matenaIs vIscoelastIcos é sen ' I ' d
lIl UçtO imposta (figura 8. Id). SIve a taxa e d C/(lI 111 111 (dicas, as propriedades das fibras são geralmente pouco sensíveis a , l'n ' 111 1
III I'otérmicos, o mesmo sucedendo com o módulo longitudinal e com a rCRisl II ' II I
E
1II\I'ção longitudinal da camada. Todavia, a resistência à compressão lon illldiJ ll d I
III o afectada [8 .9, 8.10), pois a resistência e rigidez da matriz também d escmn ' 111 1/ 1111
111 11 papel relevante no fenómeno da microencurvadura das fibras (ver capíLulo II, ,

IIvaliação rigorosa dos efeitos higrotérmicos exige programas experimenwi lI" '
pllllcrão ser extensos e dispendiosos, face à anisotropia dos compósitos. Em I I'Ín '
I' o, atendendo a que estes se devem essencialmente à matriz polimérica, pu I - N 'I
aI
tI('lineada a seguinte metodologia [8.6, 8.7):
II) caracterização experimental dos efeitos higrotérmicos na matriz;
II) I revisão das propriedades dos compósitos recorrendo aos modelos microm ' 'UI I '(I

o &
&
apresentados nos capítulos 4 e 6.

Re orde-se porém que, como se viu nesses capítulos, o actual estado da arte n a mod
lllção micromecânica faz com que esta abordagem só seja verdadeiramente r i OfO l lI
pura as propriedades elásticas.
cJ dI
Figura 8,1. Ma nifes tações de comportamento viscoelástico: aI flu ência ' bl relaxacão cl h' t
N que toca à primeira etapa, Chamis et a!. [8 .6, 8.7) propuseram para descr 'Vl'I' II
' ,; IS erese;
degradação higrotérmica das propriedades de rigidez ou de resistência da mau'iz II
dI sensibilidade à taxa de deform ação.
-quação
Este capítulo apresenta os fu d . .
n amentos teoncos da viscoelasticidade dI'ta I'mear, que (H, I )

192
1'11
IIlI ltH In\ 'ruiR' mui l o III ' 11 11 1 1111 l lll l 1\ llli III I IIp ' I' 01' ' inr 'rio l', Lopo, l ' OI) LI '
III 1\ I ' :
) 1)/11", " 1\ propl'i ' lull ' da mlll riz .\ L ' lJIJ) ' 1'11 1111 i I' \ \ 11 111 I 11111 1111' II,! I d' Ú lIU llb 01 v IIIW 1If) ' nas a difu:;H) lI ll' \ V~· dll \ II 111'11 lIlI P " \ (ii Ufa .2) o u , ';11, UlIII
II I1 V ' 111 ração de água lo 'nl '(.: I) , I\d lll LIli lo 4 11 ' li difusividade D::; é ind J ' 11 1 ' 111 '
dll ' (n 1USSlI ti ' á ru a por maSsa d e t" lll u • I 1111111 I\ III III () I, v I'u me iniinil
111111); , "n 'egunda Lei de F i 1
) /11/1", a propriedade da matriz à temperatura 1. ' I' ,r 'r 11 'ia TI' após secagem pH I l! a2C
aC=D CH , I)
'1il11inação t tal de humidade; aI Z êfz'
) '/ ~,I' a temperatura de transição vítrea da matriz com concentração de água abs l'vi
I,

d.u ; I' "do Ci a concentração de água inicial uniforme, a solução de (8.3) pode ser xpr ' 1\

) ~ ~, ', é a temperatura de transição vítrea da matriz após secagem. 1"'111 série [8.11]
c-c 4,ç.. 1 . (2j+l)1ZZ [(2 j +I)2Jr 2Dl ] ( A
"gundo vários estudos experimentais [8.1,8 .7,8.8], Tg,c pode ser estimada por --' =1-- L...;--sm exp - 2
Ce - cj Jr j~O 2 i + 1 h h

Tgc• = (O.005c 2 -O.lc+I)T , (8. 2) NII prática, é muito dificilmedir as concentrações locais de água [8.13, 8 .1 41, I '1\
g~

"II' nos estudos experimentais mais comuns, regista-se a evolução da concencruçl ()


III "uia de água através de pesagens da amostra após determinados tempo I'
' om c em %.
II posição às condições higrotérmicas. A massa total de água na amostra po I ' ' I
A aplicação das equações (8.1) e (8.2) exige naturalmente o conhecimento da tem- tllI la por
pera tura e da concentração de água no compósito. Quando se coloca um compósito mel) = A J/rio (z, t)dz , (H , )

1-1' o num ambiente com temperatura Ta e humidade Ca (figura 8.2), este adquir '
..adualmente condições estacionárias mediante processos de condução térmica e d • 1111 le A é a área das faces expostas. Em face de (8.4), a variação relativa de ma sa I '
difusão de água. Apesar da baixa condutividade térmica dos polímeros e dos com~ "Kna é
p6sitos de matriz polimérica, verifica-se que estes materiais atingem a temperatura 8,ç.. I [ (2j + 1)2Jr 2DzI]
l- - L...; exp - 2 '
(8.())
11mbiente Ta cerca de 1 milhão de vezes mais rapidamente do que a concentração Jr2 j =o (2j +1)2 h
de humidade final, Ce' dita de saturação [8.12]. Portanto, para efeitos de análise, é
legítimo admitir que a temperatura do compósito é igual a Ta' e estudar depois o I'm que m i é a massa inicial de água na amostra e m e a massa de água de saturação . 1\
processo de difusão de á~a. I ' ura 8.3 mostra a forma típica de uma curva de massa absorvida de água, ond(; s'
1I0ta um troço inicial linear, seguido de uma evolução mais lenta para um valor ti .
IIturação.
m

lne - --- --- --- ----=-~


- ---

1~ C"

Figura 8.2. Compósito expos to a condições ambi e ntai s Ta e ca. Representação esquemática da di stribuição fi
Figura 8.3. Forma típica de uma curva de absorção de água de acordo co m o modelo de Fick.
de humidade ao longo da espessura lequação 8.41.

Em geral, o estudo da difusão de água é um problema tridimensional [8 . 12]. Porém, A aplicação da equação (8.6) a dados experimentais permite obter a difusividade J)
na grande maioria dos casos de interesse prático, a superficie exposta da peça nos a partir do declive inicial da curva de absorção e a massa de água de saturação m",

19\1
194
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11111 ' III I III ,do I" ~ I IlIdlO lU ' u 1/ HoH
1 1'0/ 1' o IVII dn IlIll riz 18 I 1 J 'I 111 \ 111, 1/111 I' I 'v ' I lu 1"llI XII~ 1"
'
, J' O U [l O II I II I III 1111 / I I " ,"
li o ' 111'1" rUII1 ' lHO • d "' P ' , \ I I III l O ISS Ul'US r esuII llIlI 1 11 111/ I - I , _ " }, " lo 1(1/ 11 \ III II. 1 111 1 di
' 11 P ItI :1{) 1 1,1'11. i ' LI.
. locess d egrada 'lO 11 / I'O! " 1'111 ' I IH I j ] É
1111 0 1'1 In L' sali "uar que a d'fu ' 'd d ' ' ,17 . · ttll1lh III 1'11 111 pu l I ' ortotropiu, lo) II ' I' II II II! \III 1\ V '1'111 '( '14 d' u;mp 'I' .. tunl fi (l I ' 1'1 1111
I SIVI a e e bastunL ' ~ '1l14 1v ,I \ '
11 11 1111) ' III C vÓ lida uma lei do tipo " t mperatura, send o 11111 " 111 111 1[1 ' ..:s de conc, istO , { 1'/ () , ,. I J, p 'lo lu ' b'lSca considcrar os 'o ,II '\ ' 1)1 1'
" I )( l lIl1.sã térmica a i) 2 ' I'.X! , A ' nJi<,: 10 dt.: isotropia transver aI impô' I UIll I " 'I
1111 /( o = a 3' Tal como su ccdl: . m s mód ulos de elasticidade, a aniso I n pi u 'I II
olld ' I) é d 'fu .. "1'"11 I térmica da camada é elevada, dado que as fibras possuem codi 'i 'n!
- lJlI lima I SlvIdade característica do material ' .
111 1111 " )11 propriedade do material R é a c . ,,1Jl uma energIa de actlVH\' II , " 1!llnSO térmica aJj substancialmente menores do que as matrizes polim ~ ri ' /I , NII
II' Im olol) e T ' ,onstante uI1Iversal dos gases perfeitos (8 III I I II das fi bras de carbono, os valores de aJjsão mesmo negativos, o que fah '() Il 11'
. e a temperatura em graus K. '
I I I 'l1ha valores próximos de zero [8.18-8.20] (tabela 8.1). Isto constitui 1In111 pl'O
"d \ lade particularmente interessante para estruturas aeroespaciais. O co ,Ii 'i ' 111 •
Il
1
Illp 0 8.1. À temperatura ambiente, um compósito de es ess ura h _ di 'xpansão térmica podem ser objecto de previsão micromecânica, re(,; rI' 'n lo II
I i,. 1,2 J 0-4 mm2/h. Sabendo que o composltO
. . . " p - 3 mm tem uma difusividlldl
POSsUJa lUlcialmente cer d o
IIH ld '1 s semelhantes aos do capítulo 4 [8.20]. Pela sua simplicidade, rigor' i nl ' I' ~ t
~l ll lI l'lIí:t 0, "'e' determine a massa de á b . ca e 10 Yo da massa de águll di I'lI'lIi (; , há que referir a L ei de Misturas para al> que facilmente se ded uh t/1I I ~,
gua a sorvIda em % de m ao fIm d 1 -
e e mes e de um ano d e exp o s i ~NII I IlIl Htirutiva termomecânica uniaxial
Jl ulllç!'lo Começ
. amos por aplicar a equação (8 .6),
Holl )
I
g(t)=: I --.-?, -_l_ex p[_ (2 j +I)2ll'2 1.2' 1O- 4 /]
ll'" j =O (2j + 1)2 32 .
o 'lIbstiruídas as tensões em todos os constituintes na equação (4.4),
( I","d o I == 30 dias (720 h) '1 I
, os ca cu os mostram que basta usar os 3 . .
=
11(1) 0 .22 1. Para t == 365 dias (8760 h) .", , . . pnmelros termos da série para ob l,"
, venuca-se que o pnmelro te . ",.
(H , / O)
(I) = 0 .744. rmo e SUilClente para determin lll'
(' acendendo às equações (4.2) e (4.6), obtemos
I )" 'qllilção (8.6) obtém-se ainda
VfEfia f i + V,,,E,,,a m
n.l(/) _
!'l e
-gl ()[I "';J
n1e

- - +_'
Ine·
a, = -'--'-~~----

VfEf ' +VmEm


(8 , 1 I

( :011 'o no caso presente m /m - 10 o/c f: '1 Em geral, a relação deformação-variação de temperatura não é exactamentc lin ' UI"
I e- o, aCI mente concluímos que ml)) / _ o
I' I1UI'>, t == 365 dias, respectivame t É . t me - 30 Yo e 77 % para t == 30 dias Todavia, os erros da linearização são relativamente pequenos para as varia - 'H I ,
n e. portanto eVIdente a lentidão dos . _
1111'11 'J'utura ambiente. processos de dlfusao de água 1\ lt.:mperatura habituais em compósitos de matriz polimérica.

Tabela 8.1. Proprie dades hi grotér m icas de alguns lam inados unidireccionais [8 .2 1J.
8.2.2. LEIS CONSTITUTIVAS COM EFEITOS HIGROTÉRMICOS a, a,
Compósito ~.
(J.If'C)
PI P,
().Ii"C)

( ;\)l1sideremos uma camada unidireccional de um com . , C(AS4)/Epoxy(350 1-6) 0 .63 -0.9 27 0.0 0.2
qut\isquer constrangimentos às d fi _ posuo de fibras COntínuas sem C(AS4)/PEEK(APC2) 0.58 -0.2 24 0.0 0.3
suas e ormaçoes Quand d . "
vll ri ação de temperatura !JT'fi . o a cama a e sUjeIta a uma C(IM6)/Epoxy(SCI081) 0 .65 -0.3 30 0.0 0.2
,ven ca-se que sofre deformações
E-G/Epoxy 0.55 7.0 21 0.0 0.2
K49/Epoxy 0.60 2.0 60 0.0 0.3

l'lô
1,/'1
(H , I ?
1111 111,\' lo 11 \, 1111((\ Ill d · ' III II ii ' 101 ((1 11\ \I IIllll h "'1! I \' 11 1 11\ '\\ ' d · I ' \llll ' 1'1\1111 1

· d ti l -i I '
_ . ' ' l1i rose pica se obtêm ap Ilcan
' II lo llu 'o ' Jj ' icnres de expansão higr ~ . 'l I i ' I , [li ', 11\\ I' 'J'erenciaJ prin '111111 ii " 11111' os vect res de expan_sao téIl111 ~ 3 56) Por exemplo, no casO da CXp lH1 Sl II
I" IOI'I1;HI ão das deformaçoes (equaçao. .
\ 11' \ \lI I'() I in ~t o f3ii = O se i:;t: j, resultando ainda dt! isotl'opiu transversal que f3 2 I' I
Inl ' III 8. 1 UI resenta alguns valores tipicos, onde se assinala a diferença entre OH VII""
( , \ H)
I . /J I • ti > f3 2' face à menor absorção de humidade das fibras. Recorrendo Li 11111'
II Híl1i ' l'l1i cro mecânica análoga à da expansão térmica, demonstra-se facilmenL ' IJII

PI = VfEflPfl + VmEmP", . (8 , 1 \ I . fi 3 7 Conhecidas as deforma ~ .


Vf Efl + VmEm 111111' l' -
=sine
_ cos e e s ,
estando e defimdo na 19ura
. d
. .
- d . nam-se atraves e
: 'I'ulmente, a relação linear deformação-concentração de água (8.12) é uma ai ,'o III 1'lImada, as tensoes eterml
111 1I<,:lO ac itável, embora menos rigorosa do que (8.8).

( ) 'oeficientes de expansão térmica e higroscópica são eles próprios afectados pOl . . inados, vimos que o campo de deformaçõ
c t'. N es te caso, porém, a variação é em sentido inverso à dos módulos e das resiSI II N II Imbito da Teoria Classl ca dos Lam sões na camada k são
I III lo pela equação (7.9), e portanto as ten
l'i 111:\, tendo Chamis et aI. [8.6, 8.7] proposto a equação
(8. 20)
Tg ,r -T
-Q' k {E'o +ZK-ak LlT-~kC}'
(f k -

Tg,c -Tr'
, - do esforço membrana (7.12),
Illlnbém aplicável ao rácio f3m)f3m,r' É portanto evidente que seriam necessários pro 'correndo novamente a equaçao
, 'dimentos iterativos relativamente complicados para se ter conta de forma rigoro 1\ N= L{f'
k=l .1.-1
(f' k dZ}, (8. 2 1
O H 'feitOs higrotérmicos. Na prática, admitem-se valores médios para os coeficienL '

I . expansão térmica e higroscópica no cálculo das deformações das camadas e, con


. . - d (8 20) permite escrever
' luentemente, dos laminados. Outra hipótese fundamental é a de que a temperatlll'l\ "substltUlçao e .
• tl C ncentração de humidade são uniformes no laminado. N + N T + N II =AEo +BK.,

( ,onsiderando a camada linear elástica, pode-se sobrepor as deformações de origem - (7 18) e (7 19) respectivamenl',
ão as matrizes definidas pelas equaçoes. .,
higr térmica com as deformações mecânicas (equações 3 .51, 8.8 e 8.12), nd e A e B S , .
c onde surgem o esforço membrana de termICO,
(8. 2 )
E = S(f + uLlT + pc , (8.1 5) N T = LlTLQkUk(Z k - Zk- J) '

1= 1

[u e, no referencial principal e sob estado plano de tensão se escrevem


e o esforço membrana higroscÓpico,

EI) [SII 22 O]jO'I)


E = SI2 S O
ja]) jP]1
+ a LlT+ PlI
S 12
0'2 C ' (8.1 6)
N" = ·tQ k~k (Zk - Zk-l)'
2 2 k- I

J rJ 2 O O 1: O OS66 12 . . _ de (8 20) na equação dos momentos (7.13),


Analogamente, a substltUlçao .
Num referencial genérico {xyz} (figura 3.7), as deformações são dadas por
1'1'/

198
\ ' j ' tt'
/I (

I~
À I " A I
'qll ll~' (h (H, S...) <) q u > p ssib.iliw ti detem in i;\ç~ o du s I 'II \) ,
I ' 1I11i 1t' o/ I ' I'
' qllll 'I ) (H. O).
M + M' + M" II I:" I /) I~
H, I ii
, fi ' I) Su
11 111/ .
II /I did ade, o valor de To é geralmente inferior a Tc, na medida em que, IU!'1I 1 I '
, as 111a tnzes definidas pelas equ ações (7 19) , . I 11111 I 'l11pO após a cura, a temperatura do laminado se mantém suficientemen r' '1.
, olld 'Il U t' cm os m om emos térmicos, . (; (7.20), respectlvan ('1111 ,
III til I ora que a matriz seja ainda pouco rígida e para que sejam relevantes pr C 'SHO
h t (' /lI xação viscoelástica e viscoplástica. No sentido de determinar To, vário a li 01"
I" II , .24-8.27] recorreram à determinação experimental baseada na relação curV<l LU I'lI-
(H , ' fi III IIII'COS térmicos de laminados assimétricos. Os laminados [On/90n] são particulur-

C N III III ' onvenientes, dado o número elevado de termos nulos nas matrizes A, B ' I) ,
H
M =-2:Q
2 k~1 k
fl k (Z k2 - 2) •
Z k- I III til 'omo da igualdade de propriedades elásticas nas direcções 1 e 2 das cam a lulo!.
(8.' /I )
NI' luS circunstâncias, To pode ser obtida aquecendo os provetes e determinand o li
.'j, I ' tinirmos os esforços efectivos totais
II Illperatura à qual os provetes retomam a forma plana. Em alternativa, m edi '( •
E
N =N +N T +N H , IIp 'rimentais da curvatura combinadas com as equações (8.31) permitem determ i'í ll "
(8. I)
E / ;11 desde que sejam conhecidos os valores correctos das constantes elásticas ' do
M =M+M T +MH
l'qll llC ~ (;S base da Teoria Clássica dos Lam '
I II 'licientes de dilatação térmica (ver exemplo 8.2). Neste caso, foram prOl O Il1
1\ ' _ (8. 'j () )
,:.l ~)J i to é, mados sao análogas às equações (7./ "1 ""'mulações geometricamente não-lineares [8.24, 8.25], uma vez que podem v ',.
II n lr-se grandes deslocamentos.

{~: }=[; :]{;j, (8 . I) lt7tcmplo 8.2. Estabeleça a relação que permite calcular To a panir de medições da curvatura de lam ill ll d\IH

{~}=[: :]{~: J.
dI! lipo [On/90nJ, com espessura h.

(8.3 )
I 11 11 111 1', f . .
I amenormente referido d
Itcsolução. Sem perda de generalidade, começamos por considerar um referencial {xy z } cujos eixos x . y

III , II II) )(')S fabrico e que se d . ' esenvolvem-se tensões imernas de origem tér- , oincidem com os eixos 1 e 2 d as camadas a 0°, e admitimos que vai ser medida a curvatura Kx ' Recorn.: nd o
' eSlgnam por tensõe 'd' , labela 3.5, obtemos as matrizes d e rigidez das camadas a 0° e a 90°:
, II I I111 (' 111 . esforços NT e s reSI UaIS. Logo, haverá també
momentos MT no laminad 111
' III 11 1111'118 1(. Estas últimas traduzem- o, que provocam deformações E ()
.
II ·Vl ta r. Isso consegue-se rec

se em empenament
d .
orren o a lammados si ' .
.
os mconvenientes qu O
o . 1
h ' b são nulas (ver 7 2 1) I d metncos, para os quais a~
. . ,anu an o M T e 1(. Q66

Recordemos que os valores de Q ij são dados em função das constantes elásticas pelas equações (3.54).
I I I I IIl' residuais de origem térmica d
I I I po em ter uma infl I A • Independentemente do número n de camadas, a aplicação das equações (7.18) a (7 .20), conduz a
I II I 111'lltural, sobretudo na pro _ d uenCIa re evante na inte-
moçao e roturas t .
11'111'1 IlIlPOl't Ime estima . ransversaIs [8.22 823] o A" A' 2 O B'I O O
r os seus valores Para ' . ,. , que
I I III III '/ (11 à qual não existem tensões' 'd IS~O, conSIdera-se uma temperatura de AI2 Ali O O -B'I O
reSI UaIS. Numa p" .
I 1\' , " I01'11 ) admite-se norm 1 nmeIra aproxImação algo O O O O O
a mente que T. é igual ' , A 66
I " , III 1II II Iriz ser termoendu
I 11 11/ , II/ II I' os esforços de orig
' I R
' .
o
reClVe . ecorre se
a temperatura de Cura T no
-, ' c'
- en~ao as equações (8.23) e (8.27)
[: :]=B" O O D" D 12 O
em termIca Em seguId b ' O - B]] O DI2 Dl] O
. a, o tem-se o campo de defor-
O O O O O D66

20 1
'"II
i1 11
11111' i 1111 1'"111 I_ IIll1 i ii i Mi l 1 1'111 ii" 1,1 ' II I I I\II~ dll
11 11 , 11 1111'1111 111 I '\I" I' "' ''~ 1111111 I I ~ It',, " lIi I11M' III I
III , 1I i1 11U ': III IIh ,HI (, O
' ,lI l h II

(I 111'1 .,
,VII .Kl h I /lO.!! O ( lI'u:
10,Oh
Q' o. Q •
l""".HIII
O O 0.0 O O 6.0

,() I)?

82.96
0j
O .10 6 N/m;
NI ,iii' \'1\ Il, O~ ~lI1i 'O ~ '~ ('O I'ÇOS são d e urigem térmica, e r~s ulca das equações (8 ,23) e (8,27), 6.6
N.:' = N;' =C NLlT , °
~ tO·9
\ 12.07 -0.4506
T T
M x = - M.I' = CMLlT, mlN.
12.07
a = A - I = lO.:S06
iii '"
151.5 J
CN = ~[al(QII +QI2)+a2 (Q,2 +Q22)1 °
. - (7 23)
h2 111011 IIlIdo agora o caso a), resulta da equaçao . ,
CM =g[ai (Qil - QI2)+a 2(Q11 +Q12)} 9
-1207 .lQ - 9 N ê o ' =--0.4506 .10- N x' YO xy = O,
Eox - . x' Y
'(lI',' ·n lo agora às equações (8.29) a (8.31), - e portanto as tensões são
I ",lo que, na camada a 90°, ê, = êOy ' ê2 - ê o x'
T
Nx =Ai l êox +Al2êOy+BII"'" ai =-29.46N x ,
=120.IN x , 1',2 =0. O2 .
. R (5 14) é igual ao critério d a te nH' " II lil l\
't'rio de Hashm- otem .
II .lilll a ausência de tensões de corte, o cn e

111 11 ( . I),peloque
li 'lid o uinda evidente que, face à natureza do laminado, êOy = êox e Ky = - Kx ' Podemos então obter Nlim = 0"/2 =416.3N/mm.
x 120.1
N~ - Bll"x
Box = ,
Ali +A12 II) Quanto aos esforços térmicos, a aplicação da equação (8.23),

l+·T~eoo {:1
MxT
=BII
N;-B II " "
. +(DII -D I2 )"x '
Ali +A1 2

Jlln nlmente, substituindo as expressões dos esforços térmicos, N' . & %º" {:;
ii 'rmite obter

dundo origem a deformações


= 3.508,1 0- , O.
T 4 T -
êlx =êOy YO xy -

. ' na cama d a a 90° são então


As tensões reSiduaiS

Exemplo 8.3. Uma placa laminada [O/90bs com h = 1.1 mm é solicitada por esforços N x ' Algumas pro-
= 50.4, a; aI = 4.52, r~ = °MPa.
. _ d temperatura relativamente elevada, qu!: 'ii '
. mo considerando a vanaçao e
I riedades da camada são E, = 140 GPa, E 2 = 10 GPa, v'2 = 0.28, G ' 2 = 6 GPa, ai = -0.31-lI"C, a 2 = 30 I-lI"C, Trata-se de valores baiXOS, mes 0C O valor limite do esforço obtém-se cl .
111 _ = 60 MPa e 'ul2 = 75 MPa. Recorrendo ao critério de Hashin-Rotem, calcule o valor do esforço que responderia a uma temperatura de cura de cerca de 180 .

[lrovoca a fissuração das camadas a 90° nas seguintes condições: a) ignorando tensões residuais; b) 0''2 +O"{ =(5ut2

IIdmitindo !'l.T= 160 °C. ~ N ~m =379N/mm,

que é 91 % do valor calculado sem tensõeS residuais.


Resolução. a) Tratando-se de um laminado simétrico, consid enlll1 os apenas esforços e deformações
~ I II

202
v Id d l n
111111 1 /1 1/1 ' I II~' o ' Iii I ' 1 (i 1 ' III II~' I) 111I II XI Il I 1\ I' !lO II I ' III
,. I. ' I INt. (PI A O R POSiÇÃO D II.MANN
d ·(t' I'
1 ' 111 .1/11 111 1IIlI I I' I Iu l 1 ' III
I , UI
1'1 . .
ompoltamentQ VI S 'o ,I !li/. 'o Ii n 'u l' quando ob ' I ,
(I)
f .' i '(
l - I') - - ef
dI"
(8 , ()
I I I I . I II n I 'Iol'muçt o I' ( II I
.ll1eal'es, nas quais s fac tores d .
.1' 111 "" III ti l! 1 ' 1111 () 182 _ O] A I' '. e proporclOnlll IlItll 111" 1 (,'(1) se designa p r lU dulo de relaxação, send o tal que C(t - L') = O e l < 1'. 11111
. . . s eIS COnStitutIvas de v' I " d '
" 1101 1 111 Mi l ' I I" lI S el " c ' I ' ISCO e aStICI ade IliI III " I I luç - es triaxiais,
.t: l o
' una gera atraves do Prin . , d .
lI ,d, III !l UII , / :i! JI Id ' 1'1101 S para 'á d CIplO a SobrepOSlçl!l I
, ' J o caso e uma barra solicitad i de .(t')
, I ti \ II I II l vl I il O I ' /Tlpo . ]]sta solicita _
I
d a. por uma tens o III I
çao po e ser sempre aproxImada or I
O'.(t)==
, f-~
c..(t-t') - J -dt'.
Y dt' ( . 7)
II 111111 111 i! ' up li cados nos tem (ti I p uma I
I 11111 I pOI' I pos ti Igura 8.4). A deformação resultanl ' (lIl lIlu trizes de flexibilidade de fluência S(c) e de rigidez de relaxação C(l) SlO
1"11 1 riúdades do material análogas às matrizes S e C, definidas no capítulo 3 parll
B(/) =LlO', S(f-t', ) + L!0'2S(t-t'2) + ...+ L!O'nS(t -t'n) (H , III Il lJllpOrtamento linear elástico "quase-estático". No entanto, deve-se salientar qu "
! J

d ' ir, nll por fl exibilidade de fluência. 1 111 geral, não se aplica a equação (3.8), isto é,

S(t) *' C(tf' . (8. 8)

Nu realidade, o domínio viscoelástico linear nos polímeros está limitado a tensõ 'H
11'lu tivamente baixas, como aliás sucede com o comportamento tensão-deformaçlo
Ij llllse-estático. Há portanto grande interesse na descrição geral do comportamcn LO
VI coelástico, no sentido de um melhor aproveitamento das características dos m a t ,-
b'
!luis. Foram já propostos vários modelos de visco elasticidade não-linear [8.31-8.35 1,
" . complexidade considerável, mas os estudos experimentais ainda não apontam
duramente para uma abordagem de referência.

/'1 1'2 t'3 t


I I" ~.~ . ',ollcll ção por incrementos de tensão de um material v· I ' t'
,scoe as 'co e deforma çã o res ultante.
8.3.2. MODELOS DE COMPORTAMENTO VISCOELÁSTICO

II " 1 II 11 (1111 'l'O de incrementos de tensão tender ar" . . Um material visco elástico possui características intermédias entre as dos sólidos elás-
I II' 111 1 !,: O de Boltzmann [8.28-8.30] p a Il1tillItO, obtem-se o Il1tegral ticos ideais e as dos fluidos Newtonianos ideais. Recorde-se que os sólidos elásticos
ideais armazenam toda a energia de deformação que lhes é fornecida, enquanto os
e(t) == i' S(t - t') dO'(t')
-~ dt"
dt'
(8. 34)
l'l uidos Newtonianos ideais, à excepção dos estados de tensão hidrostáticos, dissipam
toda a energia transmitida. É portanto possível construir modelos uniaxiais de com-
o se t < t'. Esta expressao
-.
e generalizável a estados de tensão triaxiais,
portamento viscoelástico combinando os modelos tisicos básicos dos sólidos elásticos
c dos fluidos Newtonianos, que são as molas e os amortecedores, respectivamente.
dO' (t')
f
i
ej(t) = SAt - t')_l_'- dt'
-~ Y dt' , (8. 35) A figura 8.5a mostra o modelo de Maxwell, que é um dos mais simples. Tratando-se de
,. , . uma associação em série, a deformação total c é igual à soma das deformações da mola, Cm'
e do amortecedor, ca . Se k for a constante de rigidez da mola e J1 a viscosidade do fluído,

205
II ' II ~/ ,I, " I ," I I r' H \11 II I I ' Ill \1\1 0 ! 011 'JlI,
(I) =k. . I JI d,'II ' H, I, I
dI dI .I, ~ III I'

s k f-.-------
k

(c)
(a) (b) "
Figura 8.6. Mod e lo de Voigt-Kelvin (a) com as correspondentes curvas de flu ê nci a (b) e re laxaÇao I I,
(ai (b) Ie)
Figura 8.5. Mode lo de Maxwe ll (a) com as correspondentes curvas de fluência (b) e relaxação leI.
IlIlvé de uma análise idêntica à do modelo de Maxwell, demonstra-se fa ilo ,,\1 '

(} 'omportamento em fluência obtém-se admitindo que actua uma tensão O" =/I " '111 ' ' ste modelo prevê
S(t)=.!.[l-e- kl / Ji ),
. '(H ,"
'OI1 I:l LUnte e integrando (8.39), de onde resulta k

a C(t) = k,
e(t) = ~t+C" (8.40 )
P . fi ras 8 6b e 8 6c) A curva de 'flu ~ 1\ iii
qu e a constante de integração é determinada a partir da condição inic; ill l
l"wl fluência e relaxação, respectivamente ~ 19u "mentai~ e~ceptuando a fal lll ti
IÚ em boa concordâ~c~a. com as obse~a~:esoe::~lelo de v'oigt-Kelvin não pfl'V I
' 111

(,', =eCO) = O"o/k. A flexibilidade de fluência prevista, I'

1II11a resposta elástica lmClal. p or outro a '. .


II 'orrência de relaxação, o que é claramente lrreahsta.
(8A I
. d lo de Maxwell em paralelo com uma Jlwl ll
() modelo de Zener mcorpora um mo e _ d 'e . 1
'n.:sce linearmente com o tempo (figura 8.5b). Na realidade, verifica-se que S(I . 'do pela equaçao 1l.erenCla
ligura 8.7a), e o seu comportamento e regi
li . resce ao longo do tempo, conforme sugere a representação da figura 8.1 a, pd o
~LlC o Modelo de Maxwell não descreve correctamente o comportamento à fluêncil1 ,
/I da P, k ) de (H '
a+.cl-=ke+-(ko+ I . '
k, di o k, dt

I ~ l ativamente à relaxação, sob deformação E = EO constante, resulta da integração d u I\. curvas de fluência e de relaxação previstas são
'quação (8.39)
k
Ina=--t+C? (8.42) S(t)=-1 [ 1--
.-k ,- e -,/PI] , (8AH)
P -, ko ko +k ,
.' / À,
onde a condição inicial 0"(0) = 0"0 permite obter C 2, e, em seguida, o módulo de rela- C(t) = k 0+ k le ,
xação (figura 8.5c)
(8.43)
respectivamente (figuras 8.7b e 8.7 c), com

~ =!:'2..
( ,t= ()
que está geralmente em concordância com o tipo de comportamento observado P k)
P, = ko~, (ko + , ' k ,
'xperimentalmente.

utro modelo muito simples é o de Voigt-Kelvin, em que mola e amortecedor estão


tlssociados em paralelo (figura 8.6a). A tensão total é igual à soma das tensões nos
~ II/

206
I"" ii 11 111 I t III ' 11 111 I ,i di.' 11'11 11 111 1
I \ II 11,111 IUIII lU ' I' tll-l() ,.'" II I) I I ''II tl I PI '\l jll' 'dlld '8 'l llgd ' HH '011" I 0 1)
de rcfcr 'o ,j II II\! q\l
I 1"111111 ' I' OUl o '
, "11 ' 1l'iU
1''' !I iudo também as m CS I 'HIH

s
1. .00 •• •••• 0.0. 0 •••••• •••
(' lal
. .0-
I
ko + k, ko o. o oo .oooo o o. o o. o ·o ·o .o

Ib)
Figura 8.7. Modelo de Zener la) com as correspondentes curvas de fluência Ib) e relaxação le),
(c)
Ibl

L-----L-~~-
':..) :.
11mb ra a forma das curvas prevista seja semelhante às medições experim ' 'e bl e m paralelo
' 111 11 . 88 Modelos de Zener melhorados: a I em ser! ; .
FIgura ' '
mod elo de Zener não permite em geral um ajuste quantitativamente rigoroso no \ 11111
porcamento dos polímeros, na medida em que as constantes de tempo P I C AI
ii suficientes. Estes materiais apresentam um espectro contínuo de constanl ' ti
.. ANÁLISE QUASE-ELÁSTICA
I 'mpo Pi e Â,i' devido à complexidade microestrutural (por exemplo, a distribui y 1\ II
p '!;) molecular). Para se conseguir uma boa aproximação ao comportamenw I III ' ' m que as tensões imp I-l l I
" - triaxial de fl uenCla e
11 11 I!-\cremos uma soI lCltaçaO , " é necessário ter em 111 11 \l
~LI necessários modelos com várias molas e amortecedores, como é o caso ii" l o d o tempo, Em pnnClpIO,
modelos ditos de Zener melhorados (figura 8.8). Com base na análise dos m od Iii 1111 11 m constantes ao ong _ demoram a atingir os valores' III
entes do tensor das tensoes
IIl pll ~ que as compon
' 111. série e em paralelo, as curvas de fluência e de relaxação podem agora escrev ' I
It,," ri s, escrevendo H' ( ) (8 ,
0' ) .=0'0 ,}" t
(8, I I
fi ra 8 9. N o CI Il1nlll
, H t é a função Heaviside, representada na gu . . l ' I'
n 11 11" ' J =
1, 2, ... , 6 e 0) . ' _ d (8 55) na equação (8.35) permlte ob
C(t) = ko + L)i e·, I -<, , ( , 'I 1\1 IIlonstra-s e (8 .
28] que a substltlilçao e .
i= L
(8 , (I)
I'cspectivamente, onde Pi = p / k i e Â,i = p /hi . Estas expressões podem ser generalizud ll
li solicitações triaxiais
"d' . 'Lei de Hooke generalizada.
1I'In ção que e 1 entlca a
Sy(t) = Sij + "tSij,,,,[t - e-II p,. ], (8. I - deformações imp\ i-l l ll
m=l
I ) , modo análogo, perante solicitações triaxiais de relaxaçao com
"
Cij(t) = Cii + ICij,me·I IÀ. , ( , 7)
(8 ,5r1 EJ. =EoH(t),
,j
m=l

omo é evidente, a modelação rigorosa do comportamento viscoelástico exige u m


\I tensão resultante é dada por
elevado esforço experimental, devido aos muitos parâmetros necessários, e porqu . (8. H
estes são muito sensíveis à temperatura, Há que referir que, em alternativa à~
equações (8,53) e (8,54), alguns autores recorrem a leis empíricas mais simples
~ II'I

208
1/(1)

I "" n '-se cncã o m ILllo ' OI1IJl" lW II I I " 1 l! 1I~ \I

( " (tI) (H ,() j)


Figura 8.9. Representação da funcão H " d
, eavlsl e, na qual ç -> O
H;m duas componentes,
~ • ti S
1/111\
li citações forem aproximadamente constantes a
$
III~ ' f uma análise dita quase-elástica b d o longo do tempo, é p OSH I I C· (cu) = C (cu) + iC"(cu) .
I ' asea a nas equaçõ (8 56)
IlW Ç es, há que utilizar a metodolo ' , es. ou (8.58) . N Ol/ 111I
gla a segUIr exposta. I ,"(tI» é a componente real, elástica, também designada por componen t· I ,
II I'IIlUZenamento, e C'(úJ) é componente imaginária, de dissipação de en ergia, L1II' \
MI'lIndeza viscoelástica importante é o chamado factor de perda
8.3.4. SOL/CITAÇÕES SINUSOIDAIS E NOTAÇÃO COMPLEXA
C"(úJ)
/\/'1 licitações sinusoidais constituem um cas
tl ' 1J(cu) = tano =- - . ( . () )
C (cu)
III '<.lida em que estabelecem d o particular de grande interesse, n I
. " um qua ,To para a determ ' - d () módulo complexo de relaxação pode ser determinado experimentalmente p arl1 LIli I
VI ' 'oclastlco em situações gera ' d lllaçao o comportamen lO
. IS e carregamento Po .
vaSCo conjunto de frequências úJ através de técnicas de análise dinâmica, DMA (D I'ta l lll!'
A •

('onslderamos para já uma sol" _ . r convemencla de exposiçt o


ICItaçao em deformação uniaxial sinusoidal \ M echanical Analysis) ou, atendendo a que é função da temperatura, usando a M'J'
(I 'Ynamic Mechanical Therrnal Analysis). O campo de frequências típico é de 0,01 a I O()
,,(.) == "o sin(an'),
(8.S( I rz, pois as medições a frequências inferiores a 0 .01 Hz são geralmente exccssivlJ
mente morosas, enquanto acima de 100 Hz h á o risco de ressonância, confom ' ()
/\ resposta em tensão pode ser obtida do integral de Boltz
/I mudança de variável s t _ r, = mann (8.36), no qual fazemOM Jipo de ensaio e as dimensões do provete [8. 36]. Os equipamentos oferecem actua 1m '111 '
um conjunto de dispositivos que permitem medir as características viscoelástica:; 'n I

o{t) == ["o cu r~ C(s)cos(áII')ds ]cOS(áX) + [cocu r~ C(s)sin(áII')ds]sin(áX), (8. 60)


lracção, flexão e torção.

Tendo medido o m ódulo complexo de relaxação, é possível prever a resposta em tenSl ()


Ilsca equação mostra claramente que ares os ta e _
oposição de fase" à decor _. p m tensao tem uma componente "em a qualquer tipo de solicitação em deformação, pois, recorrendo à análise de F Ol/ri ' I' ,
LI maçao ImpOsta (equaçã 8 59)
, m aquela, traduzindo o facto J'á rece 'd d O . e outra componente "em fase" é sempre possível escrever
LI n o e os materiais' I"
'omportamento intermédio entr fl 'd VISCoe astIcoS possuírem um
e os UI os Newtonianos ideais e os sólidos ideais. (8,66)
'l:ratando-se de solicitações sinusoidais, a notação com I ' .
nlente. Uma solicitação em d f, _ p exa e partIcularmente conve- e substituindo no integral de Boltzmann (8 .36),
e ormaçao pode escrever-se

c == "o [COS(áX) + i sin(áX)] <7(1) = ~>kicuk ei"'"


k
r: C(s)e-iOJ,S ds (8.67)
(8.61)
onde se recorreu novamente à variável s = t - r, e se considerou como limite inferi ol'
sendo a resposta em tensão
do integral -00 por mera conveniência formal, pois C(s) = O para s < O. De facto,

210

~ II
H (,/1 1"111 111111 111 1'(' jlllll lll ' ii i I l' rI ~1 1I1 tl llIlIl 1''''
" Jl trll O Ihrn ludu I ' l,'o uri 'r I 'liA III / I I A,II
Q mó ILllo '0 1111 I. 'xo I \ I' 'Iul,:: o, (1(1) t il (/ln I " I 11101 (lli ) ,
(A l /II J I Iii (A l /I) I III
I"
' ,IlO
, Iv " opJi 'ur seu m etod I gia a soli itações em ten ão
III I ' 'Oll. p I 'XQ ele flu ência, * (c , onsiderando Llmu Il~, II t , 1Iltll \tlrll ll OO as co mp onCfiL 'H 111 1111 I' . ,11 1 II I'" 1\' II ii lilH' 'o m NO lici[l\ção, concl ui-s\: quI.:
II 'rll1 it, Obter a resp sta em d D ú.», ~ue, uma vez determinada exp erimencúllll ' 111 1
e orm açao a uma qualquer solicitação em tensão

0'(/) = La.e'''''T ,
k (H , (1 11j

I" '01'1' 'ndo ao integral de Boltzmann (8.34), . . PRINCíPIO DE EQUIVALÊNCIA TEMPO-TEMPERATURA

e(/) = Lakiúlk eifiJ" f+~S(s)e-i("*'\'ds peças compósitas devem ser projectadas de m aneira que os processos de r IUXll yllO
k J- r.><> , ( ,70) 11 11 de flu ência sejam lentos (vários anos), ainda que possam não ser d e pr ~ zóvd o

\l lld ' ,I:I Llrge a t rans!ormada


c
de Fourier da fi eXI'b'l'd N 'fl cas circunstâncias, os ensaios de caracterização que permitiriam obter (12 1/1 )11
I I a d e de fiuencla
,.
( .'(1) deveriam também ser lentos, o que é evidentemente inaceitável. É p oJ'tun[ l) 1'1 ,11
tlllmental recorrer a ensaios de curta duração cujos resultados sejam exrrup olílv I
(8.7 1) pU fa as condições de funcionamento. É aqui que desempenha um papel im l 01 '[1[111 1
I ':m ambos os casos, as equações são generalizá' "_ II l:hamado Princípio de Equivalência tempo-temperatura [8.29], segund () qll l tl I
I 'm e qu e a implementação destas metodol . V~IS a sohcIta~oes triaxiais, sendo ' VI possível reduzir o tempo t dos ensaios aumentando a temperatura T a qu e (,! , I
I , á1culo. Na prática recorre se oglas e bastante eXigente do pOnto d e vi, I II I 'ulizados. Este princípio assenta na hipótese de que os materiais viscoelásci 'o I I II
, - a programas . ,
If uns:D rmadas de Fourier. comerCIaIS p ara realizar a anális' 11111 comportamento reologicamente simples, isto é, que todas as propri ' Irl I •
viscoelásticas têm a mesma dependência da temperatura. Assim, se P designaI" 111 11I
qualquer propriedade viscoelástica, o Princípio d e Equivalência tempo-tempent llll'[1
Il CJl1plo 8.4. Admitindo que o comportamento em relaxação de um ' pode ser traduzido pela equação
d ' M Tito p elo m od elo de M axwell d . matenal p od e ser ap roximadamcl1l , (~ . 7 '
, etermme as componentes real e ima . . '. .
(iI I\: ~c obteriam da DMA N _ . gmana d o m odulo de relaxa~I .,
. es te caso, nao e n ecessário recorrer à transformada d e Fourier,
cm que T r é uma temperatura de referência e
l{cHOluÇão. Vamos utilizar o integral d e Boltzm _
ann para relaxaçao (8 36) b" t
(liA ) do m ódulo de relaxação do m d I d M . , su stltumdo neste a equação t =-- (8 .7 ,
o e o e axwell, e a deformação sinusoidal imposta , aT (T)
e(r) = ê o sin(em) ,
d . que resulta representa um tempo reduzido, onde intervém o factor de translação aTo N o d on Inlo
a'(l) = !~ ke-k(I-T) /,U êo úJcos(ox)dr
da frequência, a equação deste Princípio é

klf
Ç=} a(l) = kêoaJe - /1 !~ekT'/1 cos(ox)dr . P(m, T) = P(m" T, ), ( .7tJ.)
O recurso a uma tabela de integrais mostra que

A aplicação d o Princípio de Equivalência tempo-temperatura requer a escolha de l U1III


temperatura de referência, Tr , bem como a obtenção das curvas de comportamenLO II
212

~Il
III
1'11' \ \ ' IIIP ' I' \llil ll '/ ;. 1\11\ c/lIi II, ' \I II 11\ 1 di I"
I II I l litl ll lllhlI III V 11\1 ' 11'1\ LI '/'"
'11 1\ 10 1111 ' ,tllll d ' l 'Ill 0 liA ' lltVll !lIl' I \I, dl\ I I I HI II \I 11I ' l or '!) t,d 'I') . I( I

I 1'0 " 11m ' I1L " JJustl'l:I I nas iiguràS . 10 ' H, I I 1\11 111 ii 111 "1 11110 I , rcluxaç, ' p lll I
.................................. ,
1\ fi , ii ilid ' l d • de t1uên ia, respectivamenc '. A ' III'V I III ' II' I 'IV ' po teri orm 'Jll \ di
1)[1 ' t\ I" vi são do comportam ento em relaxa çt o I QUl n l S " )11 liç c .

I ' c 'nn in ação experimental do factor aT(T) é essencial para a apli caçuo d"
I'!'l n "pio d e Equivalência tempo-temperatura. Para temperaturas acima da traMi \, I
v II' ' U 1 ~ c te factor é dado pela equação de WilJiams-Landel-Ferry (WLF) [8. 2<) I log '

· 8 11 Cons trucão de uma curva mestra de flu ência .


FIgura . ' .
( .7 I)

m material estar sujeito a temperaturas variáveis ao longo do C' ~'1 o, 1\


() I\L! ' e C2 são constantes empíricas. Verificou-se ainda que, para T r ::::: Tg + 50 t I : \
" No caso de u ' d d 'fi ando os integrais d e Bo llZI1) lll ltl :
\l vulures Cl = 8.86 e C2 = 101.6 são válidos para um vasto conjunto de polím 1'0
1'1' posta visco elástica pode ser determma a mo 1 lC
It lllorfos. A temperaturas inferiores a Tg , verifica-se geralmente uma lei do til \1 dO'(t')
)..----L-dt' ; (H , I
Arrbenius [8.31], I i
E/t) = _ Sij (t,
_ '
tr dt'

(8. 7() H. /H

' 111 qu e R é a constante universal dos gases perfeitos (8.314 1K-1mol-1) e jjJ[ é Ul1l 11

'I\ergia de activação. Alguns autores [8.34, 8.37, 8.38] constataram que a equaçl (l endo t' dç
H.79) se pode usar para resinas epóxidas e seus compósitos unidireccionais abaixo
(', = 10 ar[T(s)] ,
IH. iO.
ÍI de referir que foram também propostos ~utros princíp~os de equivalên
LI 'ima de Tg , desde que se adoptem dois valores distintos de !JH. ia

logC 8.38-8.40], caso do Princípio de Equivalência tempo-humidade


T,
(H .HO)
P(t,c) = p(tr,cJ,

com I (8.H I
T, t =-- ,
r (lHCe)

, mo um Princípio de Equivalência tempo_temperatura-humidade


aSSIm co
( ,H...
P(t,T ,c) = p(t"T"eJ,

em que t (8,!r\)
log t t = ,
Figura 8.10. Construção de uma curva mestra de relaxação. , a·m (T,e)

Neste último caso, foi avançada a hipótese da independência dos efeitos d a tcn p '
ratura e da humidade, ou seja,

214
II II I" 11\ ' II () /1110 ' I lO I (j h ' III l ' lI ll l l ' II ' II
I1 11 ' /1 11 Il ' lIlll ' 1' 11111", qll I ' III ido '/)// ' ,I 111 111 11 II / ', fi 1)/ , II / I
() ( ' .qu VlIllll I 11,,111 VII I \1 11 ti nO Il IIIi ' I \~ I W 1111 1 111 111''' II' 1,"11011 I, I " I I , 11111 , III ll tl II" l:.lo! , (: It ll ,
I
'111 11 1' 10 I I 111111 111 11 11 II 1111111 '" \1 / ' J' I
11 11 ' I' UIIl l,)lll ll ll' ll II N ' 1'0 , 1') t!
, , II ' lllpO 'nvo vid I:l St o I' " ll VI II III' III III ln dn
,' lH luv , , ; Pl'in 'i, io fi:tlha quand é apU 'LIdo li 'ui" l i oJ'U ' 01 d os Jl1 ' I III II ( ;llIllllls, C . . , J, II , ,' III 111 1 1llIl/lh ll 'Iv/l I, ii i 1111 11 1 (1I l lIl lIll l eM III Il ill l'\llhc l'lll Oll1 'h llll \ '1I 1

III I ItI p ' 'us N bJ'(.!/l cimando Se) b ' I ' 111, o da rdem Iii II Hll v!t'Oll mcms. 'O IlI j)\lHI ' M il ' II ,tl H I " MI " I lI ild 1 1t' ~ 1 1 \ 1I : ,' Ix dl C on le rem:e, ASTM STP 7H'/, " ,
, ' t e su CStllnunuo (r) l I
I tl V ,'II • ' 1111 ' lH O Hsico [ 4 1-843J ' . S Cu (; cvc-se ao fenón ' 11 " ti .j.IJH- J 2. Ameri ca n 'u 'I ' LY I(}I' ' I' ,,,II II fi M II I l'li tl /l, I'hll lld Ipl tl ll I' A, 198 2 .
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1II Id l O "lI tos que conduzem a' _ a mOVImentos mole ' U l ll ll I I ( :IHll n is, C. C. Simplificd CumpoM llc Mkl'~Jn1 'chllnks LlqulICions for M ech anica l, T h 1'I11J11 11 11 I
reduçao gradual do volume li
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71',
i 1'11 I I \I II I'111111 II I ~ III
1 M ( ' VII II V I I 1'1111 1111111 111 II plllili 111111 11111 1111111 1' 1111 , II I
tI 'I, 1 1i1l \ lIl li 'l~, II , ( :II IIII H, li,· MUI '1' 111, ("Idl "11111' ,,111111 11111111111/11", '1111' , III I 1111 II'"
1 ., " , I II hU ll lllfW. I l U: I (lll I \ I llltH ,
Jlipl! II'/ JI,(1l) xy CO I)I\lIlH I II~, 11111 11," 1 11 1 (III) 1111 11111' r. I II I I IIIIIH M I Jl IN v ' A \lI~1 ' nlll1l1 ,
/I I, M 'CII IIII , I" N , 1'1 ' di 'ill1!( 'I'rllll Hv 1/1 \ 1:11111 11111 11 111 111 11 iii I III "~ "I y 1,11111111111 'S, C\lIlI I IlI ~ liI
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II , , \, Illed l II', Il ., A. ll ojü, '. Oehiai. l'hc Inl1l1 'o " 0 1' '1'11 1111111 1 1{I'H ldl lld .' ,,' 'sscs ün th ' 'I'I'IIII H' I 1W/H , II11 i I II I \'Ii YMIi'III i\ IlI ll on LIli': Vis'( 'luNl l ' )\ 'I III V i ll' 01 II
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, Ii/

,' III
apítulo 9
.A

ecanl ractura

9.1. Introdução

1\ Mecânica da Fractura é uma área do conhecimento interdisciplinar que visa ' Ul'll '
Il;rizar o comportamento dos materiais à fractura e, com base nessa cara c t er i <::~H.:tlO ,
Ivaliar a integridade das estruturas. Inicialmente~ a sua aplicação restringiu-s ' [10
's tudo de fractura de construções aeroespaciais realizadas em ligas metálicas d<.: 1I lt u
r<.:sistência, dando origem à Mecânica da Fractura Linear Elástica. Posterionn ' n l "
desenvolveu-se a aplicação a construções soldadas de aço, originando a M ecâni 'Gj di
Fractura Elasto-Plástica. Mais recentemente, com a generalização do uso de m arcriui
'ompósitos tem vindo a aumentar o interesse da aplicabilidade da Mecânica lu
I 'ractura nestes materiais.

Nas teorias de resistência e critérios de rotura analisados nos capítulos anterio r 's,
considera-se que o material está isento de defeitos. Em contrapartida, na M ecâni ' U
da Fractura assume-se que a estrutura não é necessariamente um meio contínuo,
podendo conter defeitos causados pelo próprio processo de fabrico ou por um qualq u l'
acidente durante o seu funcionamento. O objectivo é saber se os defeitos existent ..
serão susceptíveis de causar a rotura catastrófica, ou se, durante o período de vid a do
estrutura as suas dimensões se mantêm inferiores às críticas, embora se P OSS'l1l1
propagar de uma forma estável.
9.2. und m nto d M tur
9.2. 1. TEORIA DE GRIFFITH [9 .1]
u
urva
real
1,\ Iv ·1. ar mi.CO, a resistência de um m" \(
t~)1' as JI1r~rar6micas (ver figura 9.1), cu~:e;J~Il . t\ LL: I '(,:l p d e ser obtida a partir di
I .
\
\\
I <)1' lima função seno (ver figura 9.2), J el ren sao-separação pode ser aproxim üd ll
\
. Curva
~\ / / aproximada
a(x)=ac sen(2lZ'~) ; '\
/1.'
'm q ( .1 I ' -......

'" u e.x rdeepresenta


rIRta~cla a variação da dl'St anCla
" . entr .
equilíbrio interatómico inicial b ( e oSfiatomos que se encontram a u n lll
Irtlcçao. . , a e a reslstenciu
ver 19ura 9 1) e c . . " Figura 9.2. Curvas real e aproximada da relação te nsã o-separação do modelo inte ra tómí o.

r-- r---"--------.:
f-i -:f
- -----. -- -- e-"
LJ L__
.
i
, T -.
~-----.-------.i
i

hh
•i
i dmitindo valores muito pequenos para Xl pode-se rescrever (9.1),

Figura 9.1. Modelo atómi co pa ra a resl' stencia


• à tracção_' \ \ por outrO lado, também se pode considerar que
a(x)=Et:(x), q , I)
I ara a total separação dos átomos, pOde_S~nu~Ol~al corre~ponde à energia necessári u
Admitindo que' a area circunscrita
. à curva' .
ca cu ar o parametro À fazendo t:(x)= -X . [) ,()
endo
À '
b

'U q
U = 2y, = f a(x)dx
(9.2) Igualando as equações (9.4) e (9.5) e fazendo i,ntervir (9.3) e (9.6), obtém -sl:

H6h~o, e é uma propriedade do material O /açao de u~a unidade de superficie no


. ue Ys representa a energia necessária à cr' - a =(E
c
:s)li «),/
gaçao _de uma fissura implicar a criação' de actor 2 exphca-se pelo facto da propa-
'quaçao (9.1) em (9.2) obtém-se duas novas superficies. Substituindo a que se verifica exceder largamente os valores experimentais da resistência à U' O ' ' I \)
dos materiais. Por outrO lado, Griffith constatoU, apóS uma série de ensaios 'X I ' I'
mentais em fibras de vidro com diferentes diâmetroS, que a tensão de rotura aU lll ' II
(9.3)
tava à medida que diminuía o diâmetro. Na curva tensão de rotura versus d iâm ' 11' 11
de fibra, verificou-se que os valores de resistência à tracção mais próximos do iii
equação (9.7) surgiam para diâmetros extremamente pequenos. Contudo r lll'l\
diâmetros superiores, obtinham-se valores de resistência similares aos obtido!! Ii i
ensaios de tracção de provetes normalizados. Estas observações levaram G ri l'li lh II
conclusão de que as dimensões superiores das fibras se traduziam numa IT \ II III

1 Recorda-se que IiI11 ,...,osen x = X


iii

222
!III' 'Il ~' I ti ' d .1" IOtl ' li , 1I1I1/0 I' [ lI llIllIlI o , ( ,11 11 1 III II I liI 11 , 1/ 11 1 11 11 1111 O ' 0 1'1 () 1,'0111 III
1111 111 d lm ri lll j ~:1I 1) ti ' I -r 'itos ' III ' 11'1' 1( ' 1111 111111 1111 111 1 11 11 111 IO Hl uil:! rIli ' O,
pnd\" " til 'til II' ' /l 111 0 1('11 11" III "

IJ ., II J; I, " II I'I \ J,"


, ri ' ri I; II I , I ()
h'

Yj\ / V(X)
I UI 1' 1' 'ssand à eqwlçl O (lJ ,H), 01 I ' /1 10

(J
c
=( 2 rciJ'r.a ; )~ I) . II

I . qU I' representa o valor critico de tensão para um dado valor de a.

~/~ a cI ' It , )1J


I .ornparando as equações (9.7) e (9.11) obtém-se uma relaçao - aprOXImad
.

" ~.~.: _ _ _ _ _lé':V__ _____ :.~~~:. ~// 11 JUc mostra que os valores teóricos da resistência só seriam atin~dos, cas~ UII1I lilll ll
dll fissura a, se aproximasse da distância interatómica b. Defeitos d e tao I ~'qlJ 1111
~i _ _ _ _..._ \f a - -- - .. - _//
dimcnsão só poderiam ocorrer para diâmetros de fibra extremamente red U ~ ld () 1 II
R
lIIH: justifica o aparente efeito de tamanho detectado por Griffith.
Figura 9.3. Fiss ura interna a toda a espessura do sólido.

.' 'mpre que uma fissura se propa~a formam-se duas novas superficies. A cn 'l'I,llIl h
I'uru demonstrar esta hipótese, Griffith recorreu a um balanço energético que, ptll'lI
lIperficie por unidade de largura devido à propagação da fissura de uma qu L1!1 I I III II'
LIli') ma terial elástico e frágil, como é o caso do vidro, se pode escrever
ria, será assim 2ys da. A equação (9.8) também se pode escrever
d
-(W-U)=r
dA s' (9.H) dW -dU = Gda. «).I '1)
'111 que W representa o trabalho realizado pelas forças exteriores, U a energia dl'
liste parâmetro G (em homenagem a Griffith) designa-se por Taxa de Libertaçall ti t
I 'formação interna do sólido e dA é a variação de superficie da fissura (dA=4Bda 11 0
I:'nergia de Deformação. Caso haja propagação
'xl:mplo da figura 9.3). A equação (9.8) traduz uma igualdade entre a variação cl u
'ncrgia potencial (W-U) d~vido a um incremento de propagação de fissura e li
G =G" =2ys (9, 1 \
I'l:sistência a essa propagação. Note-se que esta equação é similar à do Teorema dos
'1'I'abalhos Virtuais da Teoria das Estruturas. Na realidade, na ausência de propagação
l: está-se em presença da Taxa Critica de Libertação de Energia que é uma propri lu I
lc fi ssura, Ys é nulo, o que significa que o trabalho realizado pelas forças exteriores 'o
do material e que se costuma designar por Gc-
ig-ual à variação da energia interna de deformação, que é o enunciado do referido teo-
r ·ma. A abertura da fissura no caso da figura 9.3, que representa uma placa fina de
limensões w e L muito superiores ao tamanho da fissura, submetida a uma tensão CJu
9.2.2. EXTENSÃO DA TEORIA DE GRIFFITH
II rmal à fissura, pode ser dada pela solução de Westergaard [9.2], que, para estado
plano de tensão, adquire a seguinte forma
A Teoria de Griffith foi desenvolvida para materiais idealmente frágeis. Na realiclfl I •
mesmo nos ditos frágeis, existem sempre mecanismos de di~sipação de energ~ a m;, I )
(9 .9) ciados a deformação inelástica na extremidade da fissura. E o caso da plasufi I\ Ç I I
nos metais e dos fenómenos de visco elasticidade nos polímeros. A zona na ex u' /11
's tando v(x) representada na figura 9.3. Para uma fissura de comprimento 2a e aber-
da de da fissura onde estes processos ocorrem, denomina-se por zona de processo 1' 11'
lura 2v(x), a variação de energia potencial durante um incremento de propagação,
deverá ser substancialmente menor do que a para que a Mecânica da Fractura L in ' III'
J!lr r I "II '}II II I N
IIJI V Vl', () I '" 11 1 ' " 1111 '1/1 11 I II 1
I II " K" 11 11 í1 011H / , IWC) " o 111 'I, ,I I , IlH f uI( III di
III 1'1'" r '11 0 1) , 1 R
' ' l l l 'II" ll llll ll d ' /1 1I1I 1 I, I 'I' 'I,
I III 111 11 " ' 1:1., li 'H 'O ' lo .'11' ' ,' I~ 'J III I III "' Z, P IlN/' , '!l çllo 1111 ii i
VIII no , _'\, . "I
, ) ,' 11 II' ,'1 ' Z., IIII 1111 ' 1111 ' II/ II ti ' j hJ'lI s 'pOJ1L ' ti ' /rI II lh III ' - N tirá 'l '!' IOl'1I1"",111 1,, ii I I " 1I 1 111 1 1li l 1(11 ' ILIII 'jonu ' 0 11 U1Yl lu ' 1 ) 1' d ' . l' II I
, n d 'LUlb 'J11.Ul fl ll li llH ', H'"/ od o "'" , lJ ll
ti f 1I~:t () p oli 'm s 'r ~ n gl obad , . , (), lUSO stes n'w C9 11'sm o ii '.tl l1 l h)J' da a lceraç~o lo 'Hlld\ ! di I " r 1\ " " V 'l. I1IrUI ça da excremidad ' a fi "sUI'U, '
0::1 numa en 'r l u I r LI 'd d d '
}//I qll ' v.á rius ordens d e grand ez"a S. ,', 1 , 01 .u e. e st'perficle da li.H "' ".
upell I a energta d e fi '
II IUXII d ' tib 't'tH ç5 de en ergia é super Cle Y(' Por n s gullll , 11 1111 lo a tensão atinge.: S ' LI vu l I' cri cic , u e' obtemos no primeir 111 c.: 11'1 I 1'0 III
1j111 t,:UO (9.17) a Tenacidade à I ractura
G== 2 (rs+ ri )' (9 . I I
1\ p II·tir, de (9 . 12) e (9 . 14) , pode-se escrever (9, I ')

G==dW _ dU I/IH' I, uma propriedade do material. Caso a tenacidade e a tensão aplicada sejam '0 1 II '
dA dA (9, 1 J l!lufI a equação (9.18) pode ser usada para a obtenção do comprimento .. iii \) d ll
" puru uma placa de espessura constante B , II lira, a e' a partir do qual se dá um crescimento catastrófico da m esmll . /\
(
III pecções à estrutura devem ser executadas no sentido de se verificar s 'xi I ' I I
GB==dW _ dU tiL I'eitos cujo tamanho se aproxime de ae' Alternativamente, se a e for coo h ' 'ldll
da da (9. 1(j 1111 lemos determinar a tensão crítica que origina o colapso da estrutura. N Rl' '1It \I
1/11 ' lraduz o facto de a enerc:na de fi II solicitações devem ser especificadas no sentido de não se atingir esse va lo,,,
'
I) IIIormação, o'
ser igual à varia - d
ractura, ou Taxa de L'b
. .
- d
z ertaçao e Energia I I I li lIações (9.18) e (9.19) são válidas para a solicitação e geometria da figura ( ,t N II
çao a energIa potencial d .d .
11I'Ol Hgação de fissura Com ., fi' c . eVI o a um lllcremento li . 1118 geral, o segundo membro vem multiplicado por um factor adimensi onal ql l '
. o Ja 01 reLendo, na ausência de _
II Ihulh o das forças exteriores" 1 propagaçao da fissu ra II \' função da geometria e distribuição de carga,
e Igua ao aumento da e '.
N um sólido elástico ideal nã h' d" _ nergla lllterna de deformação,
, ' o a ISslpaçao de energi d .
Il1ll ç < O e recuperada após a _ d "
remoçao as sohcnaçoe
_ a, e to a a energia de defor
.
K==YO'R~' (t , ... ()
Ir í pr pagação da fissura parte da '. s extenores. No entanto, quando
' . ' energIa lllterna de d fi - l'
JII Nl'Ú ca a denominação de ta d l'b _ e ormaçao Iberta-se, o qll ' A referência [9.4] apresenta o valor de Ypara inúmeros casos de interesse pr'iti 'o.
xa e I ertaçao de e . d
pl'opagação Ocorrerá quando for ati' 'd T. nergla e deformação para G. A
, ngl a a axa Crítzca d L 'b -
qll ' e uma propriedade do material. e z ertaçao de Energia 1" Um dos ensaios experimentais mais usados na determinação da tenacidade é () lo
provete CTS ("Compaa Tension Specimen"). A figura 9.4 representa esquem a Li 'U
mente o provete, que, para garantir a existência de um estado plano de deform'lI,a ()
9.2.3. FACTOR INTENSIDADE DE TENSÃO E TENACIDADE À FRACTURA requer que a sua largura B e comprimento de fissura a obedeçam à relação

A equação (9.11) pode-se escrever da seguinte forma a,B ê. 2.S( K 1c J2 (C, I


O'eed

onde CJeed representa a tensão de cedência do material. O provete deve ser pr viu
(9.17) mente submetido a uma solicitação de fadiga para provocar o aparecimento de LI I 11 11
'ndo CJR a tensão remota aplicada (ver figura 9 3) V ' . , fissura inicial a partir do entalhe maquinado. O valor da carga máxima n 'N I I
lu equação depende da solicitaça- d ' . enfica-se que o pnmelrO membro solicitação deve estar condicionado, de modo a que a zona plástica na extremid u ll'
o e o tamanho da fi d
l11embro depende unicamente d . d en a, ao passo que o segundo da fissura durante a propagação, seja de dimensões reduzidas. A determinação d ll
as propne ades do m t . I D fi
Imensidade de Tensão como sendo a ena. e ne-se então o Factor tenacidade faz-se a partir da curva força-deslocamento. A propagação da fissura " I II
relacionada com um d esvio da curva relativamente à linearidade, que pode ou nllll
. J
I ) II'HI' I lll'lI 1111, " 11 " l ' \I \I

'O III ' II I VIl I II II l li l ~'I I III 'I I( III L


,1111 ' \I II 1I1't1U nlló li s - di.:J'echo VÚ'/I1 ttl ti,. 1,1111 111 1'1\1 11 I" 1 1I1.ljll liss~rl:l (v'; li LlI'H I) ,' I
~ o L 'dizlI I" 111\ V 'I, II 11\1)1,' \1 1.1 .1 ,
111111 '(' I' ()'f\wd d c ten a " ,. () erá nuLo e qUi.: a pr ' '.1)\ 111 11
. d Sabe-se que utu O • ~ a y x s " ,
II 1\ IIlf i) do eIXO esta. . d d fi ra devido à singuLuL'l Ind ' PI II
." .nh n a das extremlda es a ssu ,
111'!l1' -I vados na VIZI a ç . - o- (x) tenderá I ara U i ' I !t l \1
II, 'I i I ta. Para valores de x muito supenores a a, a ten~a~ Y,
. d Uma função que sap.sfaz estes reqUlsltoS e
1,"l1llll Hp \lCa a o-R' ~

(9 ,.. \

Figura 9.4. Provete CTS pa ra a determ in ação da tenacidade.

J()( IUplo 9.1. Um laminado quase-iso trópico de tenacidade K 1c=30MPa.m 1/2 e resistência à tru ', '1111 di
!I!I M I'u é usado no fabric o de uma placa com uma fenda central d e 6 mm (ver figura 9.3). Pera nt · 1111111
Hol\ 'IIIICIO uniaxial (J"w d etermine o valor crítico da tensão que origina a propagação instável d a 1"'111 11
( :u'upun.: l.:ste valor com a resistência do m aterial, que não contabiliza a presença de fenda s.

I{ ()llIção. Da equação (9. 19) pod emos obter o valor da tensão correspondente à propagação inst{lv " tllI

~.-y(»
1"lIl h,
30
(j c r::-::::::- = 309 MPa .
vO.0031í
x
( :u,npal'ando este valor com os 500 MPa d a resistência à tracção constata-se que a presença da fend a 1'l.:(11I1
' 111 'l.:I'CIl de 40% a tensão admissível relativamente à placa sem defeito.
Figura 9 .5. Mode lo de Irwin.

.
. -
m K Para isso consideremos'; - x - a, o qu
e pcrnl I '

9.2.4. RELAÇÃO ENTRE G E K Interessa-nos relaclOnar o-yCx) co .


'i)crever (9 .23) como
F ram já introduzidos os dois parâmetros que descrevem o comportamento de fissura O'R(ç+a)
num sólido: a taxa de libertação de energia e o factor intensidade de tensão. O primeiro o-/x) (ç2 +2açy'~ '
~u a ntifica a variação de energia potencial relacionada com a propagação da fissura e \l . ente interessados em estudar a distribuição d e l II
H ' undo caracteriza o estado de tensão na vizinhança da fissura . Para uma fissura a tocla Uma vez que estamos parucularm . >'« a podemos admitir q"
. . h d tremidade da fissura, ou seja p ara., ,
li espessura num sólido de dimensões infinitas (ver figura 9.3) obteve-se para G e K o, sões na Vlzm ança a ex d " r a equação (9 .18), origina
r 'sultados das equações (9.13) e (9.18), respectivamente. Substituindo as equações .; + a =: a e .,>'2 + 2a>'., =~ 2a>'." o que, fazen o mtervl
( .18) e (9.13) em (9.17) obtém-se para estado plano de tensão, K K
O'/x) (2JrÇ~ (2Jr(x-a)~'
K2 - d K SubstituilHlo
G=- (9.22) , bertura da fissura v(x) em funçao e ,
E
Interessa tambem calcular a a . d ue (x + a) /x "'" 2 obtém-se
(9.25) em (9.23) e esta em (9.9) e, assunun o q -
lJ ta relação também é válida para G c e Kc' Uma vez que as equações (9.13) e (9.18)
f ram obtidas para um caso particular (fissura a toda a largura num sólido de dimen-
v(x)=- - -
4K(a- x)li
s~ es infinitas), é necessário provar que (9.22) é válida em todas as situações. lrwin [9.5], E 21r
~/'I

228
" II , '0 11 d l' lIl lI \1 \ 1 ' II II \11' \ ' I 1\ III I 1'II II II IIII d ll d, 11111 11 1 I I "I ,I, I VII 1 LI ) Ul' til'
1\ ' II ' I', 1\ 11 ' " {I dl! uO 1" 'I ( I pl ll lll ( Il ti · '1\1, lil" I Ill lldll , l) hLitlos pr 'vinil enle po r mé t d analÍli<.;os ou nu méricoH, ' lu, I" P 'v
1) I 111 ' III I I' II II O ' 1\ ' ( ,
!lI'OP OI" onuli lud ' ' 1111" , )IIIPI IIH' IlI \) \nl ' !'I OI" A UIII Jlld ,I 1l' ll l\d !"d es ob lid as experimentalmente, d eterminar a carga de fr" 'Iu m (I II II
I ' u fl 'o
11 , ( 'H 1 , 111 ' 1111 ' 1\1 0 ' IU 'tI I'nd us' 11 1
Ll ulo- H '111'lhtmc ' (V(X) - ( 1\) " 1 1' I
1111\ 1111 " li ' fissura admis ível em serviço .
, [1111 11 !0I'111 L1
' l lIl'll C) ."'), , - V • - I p uni a S ~S u+l\u) t m -S pi 'í

x,t
0-
- 2, I'
1m -
I i l+/lQO',Y (x )v(x - .1a) d
II, ' I \ (}>y ,~~~/rXY
Lla oLla 2 x \ //0,
I [ ~ f r~j>, ~
' IHh) q ll 'fac ror 2 no numerador representa o n ' d f: I
I /
, ' (}xx
),,~ ,
-:....->.... \
I " orr 'ndo a uma substiruição do t' _ umero e aces d a Bt II H I i r/' () \
IpO X - a - Llasen 2 f) a re 1 - d '
r

~
i /"- lI"
\)I I i llll fi relação transcrita em (9 22) S l' so uçao o mtegral d ' «I , , I . 1/ \ U
. . a lente-se que de uma fo . 'I Fissura ,/ ,...."""""_ . - . L'- - - - --x-
ii I ' I' ti relação para estado pI d d c _' rma slml ar fl ' illld
I ano e e~ormaçao
//
//
«() , 'III ,r/
Z
Figura 9.7. Represe ntação sucinta do estado de ten são na vizinhança da extremida de da fi ss ur'O,

9.2.5. MODOS DE SOLICITAÇÃO distribuição de tensões em função de r e (ver figura 9.7) na zona próx it11' I" e
Kll'cmidade da fissura pode ser determinada a partir das equações de W est 'I'J 11 111 I
:omo ilustrado na figura 9 ,6,uma fi ssura pode-se propagar d
e tres mo os difercnl('~
• d 1" ,21 que, recorrendo a uma função tensão complexa obteve para um t UI " 1\1
O M do I representa o mod d b
Mod II as superficies da ~n:aa /rtura, e. os Modos I~ e III são modos de corte . NI1 1IIll1'logéneo e isotrópico, os resultados que se apresentam a seguir,
' em mOVimento relauvo perpe d' ui ' fr
I ' J da, enquanto no Modo III e sse mOVimento
" d n c IC d ar a en t ' II
ente e ~en a. Note-se qU I
e paralelo à fr
II 'q uação (9 18) é Td ' Modo I
. va I a para os tres modos ou seja,
I
t5 = ~
K, B(
cos- l-sen-sen- B 3B)
KI = t5Y,R~ x 2Jlr 2 2 2

KU=TYX.R~ (9. 21) J


(1 , = ~
K, B(
cos- l+sen-sen- B 3B)
) 2Jlr 2 2 2 (( , lO
Km = T yz,R ~.
1 KJ B B 3()
T ,= ~ eos - sen - cos-
fl 'ndo (Jy, R'yx,R
'"' e '"'yz,R as tensoes
- remotas aplicadas. xy 2Jlr 2 2 2
I {= Oem estado plano de tensão (ept)
(1z = v«(1x + (1y) em estado plano de deformação (epd)

T!z='Z"~z =0

Modol Modo II Modo 1II

Figura 9.6. Modos de propagação,

~ II

730
II
-J Ali N 'I
O( I I III
/I I II
II') "III 1,11 1 O
/ ( /, I

" _ K II
O"y -~ scn - c()S
v2Jr r
O
2
O
2
'(),~
,II. 11 ,111 A lU
I'
J2rc/' II
()

2
( C) , \ ,

II -
" xy -
KII
)2 O(
cos - 1- sen - sel1 -=- () 30) (C) , II I
I lido J.l o módulo de cor' ( n() I'lIll1 lní l l1ce
designado por G; a alteração justi fi '11- ' I 11 1'1\
Jrr 2 2 2
= -
[l{=
0",
O em ept
I VII III' confusão com a taxa de libenação de energia de deformação), e h

I lu.10 plano de deformação ou l~ = (3-v) / (1 +v) em estado plano de tensão.


11.\' ' II

- =v(O"x+O"y)emepd
"II ="IJ =0
xz yz I h fu tores incensidade de tensão segundo os três modos de deformação (K1, ](11 , I "II I ,
Ih·iinem a amplitude da singularidade do estado de tensão na vizinhança da 'X II' ' III
Modo III dllde da fissura, ou seja, as tensões nessa zona aumentam proporcionalmente uo lu '111 1
IIl cnsidade de tensão. No encanto, eles não dependem de r e e, o que signi'li 'U \III
d -finem a incensidade dos campos de tensões mas não a sua distribuição. CmiO '11 111
\ onhecidos, é possível a determinação das componences das tensões, deforlUll~' 1 ' I
(9. 2 I i 'illocamencos em função de r e e.

As equações (9.30) a (9.32) permitem a obtenção das tensões na vizinhança 111 'X II
v o coeficiente de Poisson. lIlidade da fissura no caso de solicitações segundo cada um dos modos espe iii ' lIdll
N um caso mais geral a solicitação poderá envolver mais do que um dos modo. I' ,1('11
H.• 'orrendo à lei de Hooke e às relações entre deform _ dos, como é o caso da figura 9.8. Nesta situação deve-se começar por determin ll J 1\
obter os deslocamentos para c d d' açoes e deslocamentos podem-H(' '()mponences normal e paralela à fissura da tensão remota aplicada aR'
a a um os tres modos q - d d
. pressões. ' ue sao a os pelas seguinc '
2
al,R = aRcos /3
2
Modo I 0"2,R =O"R sen fi (C) , \b )
"p R =0"1/ sen/3 cos /3
o que origina,
(9 .33)
KI = O"R sen 2 fi..;-;r;;
C( , \'/
KIJ = 0"1/ sen/3 cos /3..;-;r;; .
Modo II
A distribuição de tensões obtém-se a partir da soma das tensões devidas a lI dlJ 11111

dos modos (ver equações (9.30) e (9.31», ou seja,


I II
0"1 =0"1 +0"1
(9.34)
0"2 =0"2r +0"2II CC) , IH
1ü =,,12 +"II~ .

~32

'I
I \(A III !lXI 1111 (1)1
1(1 /1/'

a, ' IH OI I A)
I (IJll'

lX
22
= I \(1 l i (I - 'osO) .(I +COs eX3cosB- I)].
1 lCI'
111111 ' I~ = 3-4v em estado plano de deformação ou k = (3-v)/(1 +v) em e tado I 111111 \ 1\
·_ - - - - - -
II II • O termo

Igur 9.8. Placa de com pósi to co m fissura inclinada relativamente à so licitação e segundo a direcção das fibl ll
I \1 [7actor Densidade de Energia de D eformação. Representa a amplitud,e da in ~ 'n ,. \d
, ia de deformação na vizinhança da extremidade da fissura e e uma ~\.l nçl ' ,I I
i:',
1111 nerg , d . t como uma rcsISI 1\ 'I i I
9.2.6. TEORIA DA DENSIDADE DE ENERGIA DE DEFORMAÇÃO /) , l >ara melhor compreensão, Sd tambem po e ser VIS o d' ão d ' 11) ' 11 11 1
11I'Opagação da fissura, ou seja, esta tende a propagar-se na. lrecç 1
f\ I(;o ria inerente à obtenção dos factores intensidade de tensão baseia-se no pressupo 1\1 I 'sistência correspondente a um mínimo de Sd' Quando Sd aunge um va
,: ) que não depende da geometria da fissura nem da solicitação, sendo I MI 1I111 1
I ' ue a propagação da fissura se faz de forma auto-semelhante, ou seja, a fiss ,,'II Iltlc , ....
I ropuga-se mantendo a sua forma e orientação. Todavia, verifica-se experimentalmclIl \1m parâmetro intrínseco ao material, dá-se a propagaçao.
qu' as fissuras inclinadas relativamente à solicitação nem sempre se mantêm no s 'u dV
f'l lunO original, o que torna a teoria clássica inadequada. Para resolver este problema ' ii,
19.6j, desenvolveu a Teon'a da Densidade de Energia de Deformação que permite a análi \
ti ' problemas de Modo Misto sem a restrição de propagação auto-semelhante. O CO II
" ic básico desta teoria relaciona-se com a consideração de uma região (ZOIlU
Je1'lcraT) à volta da extremidade da fissura (ver figura 9.9). O tamanho desta regit \I
(rui ro) é uma característica do material e representa a distância limite dentro dll
· 99 Modelo da Teoria da Densidade de Energia de Deformação.
tlual, se consideram as características microestruturais do material. Fora desta região FIgura ..
11 ::lolução da análise contínua permanece válida.
Em resumo o critério de propagação de Sih baseia-se em duas hipóteses ~nd,a~1 'n l ti
, . - I v lor de S e mmn)1O 0\1
A energia de deformação armazenada num elemento de volume dV =dxdydz (ver 1. A iniciação da fissura ocorre na dlrecçao para a qua o a d 1

fi ~ ura 9.9) de um material elástico submetido a um estado plano de tensão (CYz = O) seja,
dS" =0 para e= Bo
oU de deformação (CYz =v( CYx +CYy ) ), na vizinhança da extremidade de uma fissura de '
cscreve-se (ver equação 3.10),
2. O crescimento da fissura ocorre quando o valor de Sd atinge um valor crítico .'1'",
(9. 39) que é uma propriedade do material.

Para um material isotrópico, obtém-se a função densidade de energia de deformação


por substituição das equações (9.30) a (9.32) em (9 .39),
. te é a determinação da relação existente entre Sdc e K lc' PlIri\
Um aspecto mteressan b '
(9.40) isso regressemos ao problema da figura 9.3 (Modo I puro) . Assim, se se su slllll I

231,
(0 , 1H) '« )A I ) " I' I)A ... ) t ' 11) - " Y.. 1. AC UH/\ lN' I ~/\I AMINAR
0'2 (f
= -l(k-
I ' t) , ()XI I "I 11)1 (i fund am cn to lu M ' ' ''I i 'U d 'l F ra tura apre~(;n tad os ~ ram I 'S 'ovo lvi lo I 11'1\
, 16p,
'" 111 'dai ' is tr6 pi ' O , I üIll ogéneos. Os compósitos d e fibras Ll rttl S po I '111 I~' "
I) I' ' ,'l' 11 'illnd (.4) relativamente a e e igu alul ti li Z ' /'0, ubtl:m-se dua so lll ~' I \ onsiderados is crór i · fi ,'I LI ma escala macroscópica, p elo que as suas leis I ' '0 11 I II I
((I =
() , 'osO (h- 1)/2) . No entanto, só a primeira (eo O) origina d2Sid()2 > () = Il lniento são análogas às dos materiais homogéneos. Os compósitos de fib ra o nl 111 1111
' 0 11 qu ' n tcmente, um mínimo para Sei) II Jlrcsentam um comportamento mecânico que, a nível macroscópico I II I ' ' I
\'\lI1siderado como o de um meio homogéneo e anisotrópico. Tal com o n os mlll l'illi
« .1111) homogéneos, vamos recorrer ao factor intensidade de tensão, à taxa d e libcr tll<,:l o I ,
' nergia e à teoria da densidade de energia de deformação como técnicas d ' ui \II'
t 'n L1 0 aplicada que originará o início do crescimento da fissura é dada por, dagem do problema da fractura em materiais compósitos.

O" - 8flSde JYz


er - ( a(k-1)
9.3.1.1. Factor Intensidade de Tensão e Taxa de Libertação de Energi
I' \)IH.Jt.: se conclui que, para fissuras em propagação auto-semelhante, se pode escr 'V ' I
V ' I' 'q Ll ações (9 .19) e (9.46)), Para os compósitos de fibras contínuas unidireccionais, considerados h nOI' " ' I ' !It I
lmisotrópicos, o desenvolvimento das equações (9.38) para a situaçã r ' (1 11 1 ' III 111\
(k-1) 2
Sdc = - -KIc'
8flTC
(9 .4H
figura 9.8 permite escre{ver [9.[7] 11 {[ ? S2 Jl

'I" ' permite estabelecer uma relação entre estas duas propriedades do material. PO I
KI R SlS2 S2 SI +~Re __1_ Si. -- ,-
II

11 111 fI) lad , como se vê na equação (9.42), Sd depende dos factores intensidade de t(;1I
o", =~2TC r e SI -S2 !fIf - !fI(;. ~2TC r SI - S2 !fIf !fI(;.
II o, qu e reforça a relação entre as duas teorias. Todavia, o conceito de densidade d '
" I '1'I\itl de deformação apresenta a vantagem adicional de englobar a determinação ti I
I ," 'Çl da iniciação e a condição de propagação. Neste método, não é necessário
0"2
K ' R {I
=~2TCr e SI -S2 [s!fIf -!fI(;.S Jl
I 2 +-K· -lI-Re
~2TC r
1 [1!fIf !fI(;.I Jl
. {- - - - - - - -
S, -S2
(9 . ,I)

e SI -S2 !fI~ - !fI(z1Jl+~Re{- l 2[l-~Jl


II Ul11ir a direcção de propag~ção como acontece no método clássico, não requer 'I
Kl R{S, S2 [1
p , 'nça de uma fissura inicial e remove as dificuldades sentidas nos problemas d \
Mod ,Misto.
T' 2 =~2TCr ~2TC r S, -S !fI(;. !fI(z

sendo
!fi, =cosO+S, senB ( . O)
9.3. Aplicação da Mecânica da Fractura aos Compósitos
!fiz =cosO+S senO,2

em que SI e S2 são as raízes complexas da equação característica


A I'OLLlra dos materiais compósitos pode-se dividir em duas formas distintas: intra-
""ninar e interlaminar. No' primeiro caso, trata-se da rotura das camadas do compósito (9. I
11 11 ' p de acontecer sob a forma de rotura da matriz, rotura das fibras e descoesão
I1bru/matriz. A fractura interlaminar designa-se habitualmente por delaminagem, c que é obtida quando as equações de equilíbrio de tensões e compatibilidade de dd 'l "
normalmente ocorre entre camadas diferentemente orientadas. Vamos, de seguida, mação são representadas em termos da função de tensão de Airy [9.8]. Os parâm ' U' O
lJ) fCSentar os métodos mais usados na abordagem destes dois tipos de rotura. bij (i, j = 1, 2, 6) são iguais aos coeficientes de flexibilidade, Sij (ver equação ( . 1))
para estado plano de tensão e bij = Sij - Sj3Sj3/S33 para estado plano de deformaçlo .

~ : I'I
,I I ~\~ It
III
I I
JI ' II
I
IHll ' III ~' • l: " ' V ' I 111111'1 .

SI ,ri I 1/11
S2 - q, 1//1 ('), , ')

'lid o (,t I> a2 /31e /32 funções d as constante::; d á ' t ', I '
UI'lI rel ativam ente aos pIa ' " tl , Ul'I (, () 'ntllcn uJ c d a orien taçu o dli
nos pnnCIpaIS d e simct ', lá " C .
, II l "'" "!icas mos t . , fi el C < s nca , onsld cnl\'\ ,. II
, " Iam que es tas raIzes são ambas COm I
IIll l1/ ln.1 I'1 aS, n ão p od endo se . A . P exas ou ambas puram ' UII
, r reaIS. sSIm, as quatro raíze
di' Iii 'rentcs complexos COnJ,Ug d A '
a os. S raIzes SeS corresp d
s separam-se em duas s " 1'11
. GU' _K2(S442SSS ) ~ .
- UI
2

fll l'lCI-J im aginárias positivas Const t 1 2 on em as que apreSCl1ltlill


, . a a-se que ao co t ,. d .
,lu , is trópicos onde o valo d _ ' n rano o que sucedIa nos mlll •
, ' r as tensoes para um dado ponto ( 8) d Vúrios autores [9.10, 9.11] estudaram a aplicabilidade do conceito d e 1 ' II le d III!
I VII IIl 'me dos factores intens'd d d _ r, ependia ex 'III
. . I a e e tensa o (ver equações (9 30) (9 I fractura no comportamento dos compósitos unidireccionais. D e um mo 1\ flo, ,, I,
Il Il H 'n OlS aniso trópicos existe também A . ' a .32)), no
N OI ' -se que as tensões resultantes de s~::t:e:e:ndencla. relativamente a S1 c .\' 'Ol1stataram que a tenacidade à fractura é uma constante do material [9. I 21! I 'I J I I
pllradas em componentes normal t . I ç norma.Is ou de Corte podem , l" dcndo no entanto da orientação das fibras. Relativamente aos compÓSiCI) d ' I 111 11
. , e angencIa, COmo sucedia no . " , . 'urras, os trabalhos realizados [9.13,9.14], apontam também para qu ti 1 " III ii 11 11
I OULlvia, no caso de uma fissura ' I' d ' s matenals 1S0trOp1cO ,
mc ma a relauvame t . r' - cja uma propriedade constante do material. Todavia, a propagação d e Ji SH w '1I ii 11, 1 I ,I "
'xiNLC Uma interacção entre as n e a so ICltaçao (figura 9. ),
componentes normal e t . I d na análise de Griffith não ocorre nos compósitos. Devido à heterogen ,id ll I" ti, II
1.0 0, a solicitação normal produz de I angencIa a deformaçlO,
s ocamentos de Modo I d M d materiais, Gaggar [9.15] propôs um conceito alternativo denominado I ()I ' f'llll til
II 'cd endo COm a solicitação tangencial. As I _ e e o o II, o m esmo
li 'jx3m de ser válidas e tend re açoes entre K e G (ver equação (9. 22)) dano na vizinhança da extremidade da fenda. Na realidade, o processo d ' 1"'1\ ' 11/1 1' 1II1
, o em Conta o significado d [; . . compósitos não se baseia na simples propagação de uma fissura preexis t ' III " Á ' 1I 1
I 'osão, torna-se questionável C o actor mtensIdade d o
o seu uso. ontudo quando a fi ' . progride pela formação e propagação de uma zona de dano na vizinhançu III 'X i II
fi 'gllndo uma das direcções p ' . . d ' .' Issura esta onentadu
nncIpals e SImetna do mate . I c 'd midade da fissura causada por um elevado número de microfissu ras U 'v (1 \1 1111
I 'ixa d e existir. Nesse caso I" _ na, a reLen a interacção
, uma so ICltaçao normal o . . I'
mentos em Mod I " _ ngma exc USIvamente desloca- descoesão fibra/matriz, rotura de matriz e rotura de fibras. Para que a M e ' I ni ' I 11 11
o ,e uma solIcltaçao tangencial em M d II '
, Iq Llirem então uma das três f o r m ' o o . As raIzes S1 e S2 Fractura Linear Elástica seja aplicável num compósito, o tamanho d a fissur, I 'v' ' I
. as segumtes,
muito superior ao da zona de dano.

a, =: a 2 =: O, /3, #. /32
a, =: a 2 =: O, /3, =: /32
(9.53) 9.3.1.2. Processo de rotura micromecânica em compósitos
a, =:- a 2 , /3, =: /32 .
A análise macroscópica que utilizámos até aqui ignora a natureza heterogcn 'II
As equações (9.29) são neste caso, válidas e o roblema compósitos e o modo como ela afecta a propagação do dano. De facto, relativa ' 1 " !I "
U0 dos materiais isotrópicos. p resolve-se de uma forma similar
aos materiais isotrópicos e homogéneos, apenas se recalcularam as equ aç 'S dI II
tàctores intensidade de tensão considerando comportamento anisotrópico do m tl! '!'lid,
Um ~rocedimento análogo ao descrito no ca ítulo 9 . " , . As tenacidades são geralmente consideradas propriedades do material que poel ' II I
permite a obtenção das reI - G P .2.4 para matenaIS IsotropIcos,
açoes entre
material ortotrópico e COm a fi
e K para A d '
os tres mo os. ConSIderando o
medidas experimentalmente. Existe no entanto, uma abordagem alternativa li""
ISSura a propagar-se num I d ' . consiste numa análise semi-empírica dos detalhes micro estruturais na vizinh al1 (,:1I III
tem-se que [9.9], p ano e SImetna material,
extremidade da fissura num compósito unidireccional. Nos compósitos, os p ri l1 'iP11I
mecanismos de dano (ver figura 9 .10) incluem plastificação e rotura d' Iih "1I
e matriz, descoesão interfacial fibra/matriz, atrito fibra/matriz após a d cr> ·Ol' II
238
1111 'I III '111 1, l't'd ltltl'lllllll,:l[O ( , I 'II ii - ,11 11 '1111 11 111 1111111 d , l!tl ll /1/1" 1/ lili- UI/I ) ' 1 0 111 1 "
11\1 /{ ',' d, ' I ' 11'0 " 11 1111111111 I lIdll qu ' II 11"1/11 dlld li
11 \1' I (fill/' /1/'1.' /l/ i/IK)· To I OI-l ' k g ' 011 1l'ihl I ' 1111 11 111 fi 1111 11' 11 11111 11 li ipudu no 1)1'111 '1 II II "1'1 II '0l1 HLlII1 II d 'I ' ild ,' II I I 1"1 I ItI l' I II~' II, 1II00lln h ll 1/1 I 11,'11
ti li't l 'luI'u. , orno . ' p de observar n a .li g UI'11 I! , I (I , I I ' 1II II I/ IIIIltl H Jibr'l ~ il1lu ' 11iI 11 1I IIIIIIi' i'I1W tO '''ol11 ' l dll ' I ' IIIJ II I IIIIIIII lo
1 11I1 l1d l lld odo 1l1 llL ' riu l, )')OfV 'Z' lllll
~O IlU li. sUJ'ud a. A a i ruma distância da extren. i 11Id ' ti I I I 11 11' 111\>1.1 ' rá haver 1:ib1'1IH', 111 1"11 " QH
/ , ;
prcd n il1 0 I"u " 110 I" lli lll 1111 II ' 11 \ III lo \J 'orr '11. on IUI-," ti ln , 1111
1I1I'lI d u, l:mb ra não n ecessariamente no plan da Jis~lL1l'u . Jtl LO gera o fen m 'no il li
II 11 1m da rcnacidad ' na u I () I , (' I o\)\ do Jl ,III fliml lci:l adição de ef<.:ilOH I'l'IlI VII II
II I' l n 'o memo de fibras, que se dá com consumo d e energia devido ao UI! 1111 Ilull um dos mecanism s i , (,!lIIIO 'nvolvidos. Para tentar ultrapassar fl lll I/Ii ,,,'
/ I l'lI/murriz. Por Outro lado, as tensões na vizinhança da extremidade da /1. 11 111 ""11 " 1 al1ninen [9.9] descnv Iv LI um modelo híbrido que associa an ális .. 111 ' 1'11
pI! I ' 111 originar a descoesão interfacial fibra/matriz antes da sua rotura. Duranc ' t 11
111 11 'ft>mecâ nica. Um compósito contendo um defeito é dividido em duas ZO Oil : lo 'II I
1)'1) RS existe movimento relativo entre os dois componentes (fibra e matriz) lU lohal. A primeira, também conhecida como Região Heterogénea Lo ui I III .•
!'l' , onsável por alguma dissipação de energia por atrito. Após a rotura a fibra r ' I II II ,
I II I alizada na vizinhança do defeito e é tratada a nível microscópic c J sill ' 1'lI 11dll
li qu ' origina uma redistribuição da energia de deformação da fibra para a ma(J'i~, II
II 11Illterial como heterogéneo. A segunda é exterior à RHL e considera () 111 111(' 1111 1
1 'lllxu mento local da zona fracturada da fibra implica a retoma do seu diâmetro in l ' 111
1 11 11110 homogéneo e ortotrópico. Na RHL consideram-se três componen ws: l\ /i lwlI II
" 'ol1scquentemente, atrito adicional durante a sua extracção da matriz. É ainda pll 11 Ina e a interface fibra/resina. É necessário conhecer as relações conseiwlivlI J1I\1I\
Iv 'I q ue algumas fibras continuem intactas durante a propagação da fiSS lII II, Il1dll uma delas, bem como as respecúvas taxas críticas de libertação d ' ' II ' I 1\
1I'Ild llzindo-se no processo conhecido por ponte de fibras e que contribui PU I'II I 1IIII'um simulados vários tamanhos de fissura com diferentes orientações em '0 1111 11'1 111
I ~ nucidade do material. A tabela 9.1 [9 . 16] apresenta algumas equações do trabll ll lll IIl1ieJireccionais, admiúndo um comportamento elástico e frágil dos con ~ lilll hl l 'I ( )
por unidade de área transversal às fibras dissipado nos mecanismos de dano 11111 ~ 1I1 11 0reS conseguiram modelar com sucesso, comparando com resultad S ' I ' I III II
111)') rtantes.
lul , a ocorrência dos diferentes mecanismos de dano durante o aumento 1 1'11 111 11 1 d ll
IlIl'ga e antes da rotura catastrófica, em provetes com entalhe, unidirl: " 0 111\ III
Ta bela 9.1. Trabalho dissi pado no s m eca nism os de da no nos materiais co mpó s itos.
111I'bono-epóxido.
M 'canismo de dano Equação
Descoesão NII referência [9.16], é feita uma revisão das teorias micromecânicas de fi-a I lIl'II II l1d
interfacial IInportantes que, na generalidade, se baseiam na discussão dos mecanismos ti ' 111 11 11
Atrito fibra/matriz JlI'l:dominantes para um determinado compósito.
após a descoesão
I - Rotura de t1bras
Redistribuição de
tensões ld - comprimento de descoesão
''3'
I~
2 - Amlllcamento e
/
ponte de t1bras
Vr - (i) b I'-
Arrancamento de
W _Vl a~df
Fracção volúmica de tibras I~ V P 3 - Descoesão intelfacial
t1bralm atrix

r
fibra Bj - M ód ulo de elasticidade da fibra r f.--"
ui 241'",
Uuj' u um - Resistência à tracção da tibra e /
Rotura de fibras e
matriz respectivamente
matriz
'ui - Resistência ao corte da interface Figura 9.10. Representação esque mát ica dos mecanismos de rotura microm ecâ ni ca.
Deformação plástica '", - Resistência ao corre da matriz
da matriz !1sjm - Diferença de deformação entre a libra

Deformação plástica e a matriz 9.3.1.3. Teoria da Densidade de Energia de Deformação aplicada aos comp6slto
das fibras dj - Diãmetro da fibra

v'n - Energia absorvida na rotura da matriz A aplicação deste método aos compósitos faz-se de uma forma similar à dos mal 'ri li
isotrópicos, já descrita. Assim, admiúndo que o material é homogéneo e anisolIópi 'ii ,
V!' I' " " 11' I I) ' H) I I II I) I I III •n - l ' I 'lJ li I \ I
II 'II ) 1111 (I) , II)) I I'lIO t'ofl11.lIndo ti , lo
l'l·lI d d ( '' . v,111.c') · ( I ) ) o qll' Ol'lgll, lll
'''"llIdll l I 'III' " dI! 1I1" lliI;lIII I , 1' ('11 \1'1; " di' 11 1' 111111111 \1 111 IHlI II"II \1 1 H 11. 1 ' '( '1 ,111 ) !llhll' HI' I'''' I VI '
J
Sd =a"K? +2a'2K I K" a K,~ I( X
\ , , au KI1 . r " k II I 1'1, 111 11 1'(1 rJ 11.'0 f))( 1)1.
I ('I'
II '1 1111 ii. II I,lq Llt.t,; \' IIlll crlo.r " 11 I' 'Iaç, o II O • igllll lll ll do II ~ ' 1'0 I 'III- S "
'lido 1 I c Jc II dados p elas equações (9.37), e a · (i ' _ _
·" '1 li ' tiS e d ângul (J ' Y , ) - 1,2) funçoes das c J /01 11111' 1
II III Is p r o atraves de 'PI e 'P2 (ver equações (9.49) e (9.50) ), qll(' _111 \.:OS 00 = (1 - v ) cl11l2Pl'
dS k- I 3 1+ v
_ ti =ü. => cosélo= - -
dO 6 ( [ - 2v
2 2 c05BO = - - em EPD,
II =± [b" A +b22 C +b66E 2 +2bI2AC+2bI6AE+2b26CE] • 3
/

"" 2 =± [b II AB+b22CD +b66 EF + bI2 (AD+ BC)+ bI6 (AF + BE) + b (CF + DE)] III IIHI! P 'e tos merecem realce:
26 CC . II' I \I ngulo de propagação previsto depende do coeficiente de P oisson, ou seja de um a PI'O I I·""tllld \' !I II
2 2 2
a 22 =±[b1I B +b22 D +b66F + 2b'2 BD + 2b'6 BF + 2b26 DF] Il1 atcrial;
I II L<!oria da densidade de energia d e deto rmação prevê que a propagação se dê numa dil" \ :111 1111\' frl 1\
o l1d '
é colinear com a tenda inicial.

. .2.FRACTURAINTERLAMINAR

I-írande dificuldade da aplicação da Mecânica da Fractura Linear Elástica ao, 111111 ' I lti
(9, 7)
IIHnpósitos está relacionada com a sua heterogeneidade que, em muita:; tl i l UII ~' II ,
IllIp de a propagação de fissuras de uma forma auto-semelhante. Todavia II li -I \
IIdnagem que consiste num descolamento entre duas camadas contiguas, r '( f ' ' 111 11
1111'l tipo de dano em que a propagação está confinada a um plano, Estão IOl' l lI lIlil
l'umpridos os requisitos da teoria clássica, o que faz com que a fractura interlaminul' ,)tI
I ifcrenciando a equação (9 55) relar' (J ,
. Ivamente a e Igualando a b A
'onsiderado um domínio de aplicação natural da Mecânica da Fractura. De s 'guidll
vlI lores de (Jo correspondentes aS ' . _ zero o tem-se (J
d mmImo em funçao de f3 As . d upresentam-se os principais métodos usados na determinação das taxas críLi 'n, I ,
ln linação de fissura f3 pod d' . SIm, para ca a valor ti '
, e-se etermmar a direcção de p - d fi
por substituição de a em (9 55) 1 " ropagaçao a Issura ao " libertação de energia em Modo I, II e Modo Misto.
o . o va or mmImo de S d
O respectivo valor crítico S ' 'I d que, quan o comparado COOI
_ de' permIte aqUI atar da possível existência ou - d'
propagaçao. nao,
9.3.2.1 . Obtenção da taxa crítica de libertação de energia em modo I

A figura 9.11 representa esquematicamente o ensaio "Double Cantilever Bearn" ( ,II)


Exemplo 9.2. Considere uma placa infinita com uma fenda de .
'Ol'te paralelas à fenda Ad , . d compnmento 2a submetida a tensões d ~ usado para a caracterização dos materiais em Modo L É introduzida uma pré-~ ndll li '
, ' mltm o que se trata de um compósito de fibras cu _
P 'nnlte prever a direcção de propagação, rtas, obtenha a equaçao qu~ comprimento ao a meio da espessura do provete de largura B, que se propaga S h li
acção das forças P. Sem perda de generalidade, vamos recorrer ao ensaio D CB 1 11" [\
obter a taxa crítica de libertação de energia em função das grandezas medidas di!' . 'UI
Hesolução. Como se trata d e um compósito de fibras Curtas podemos a ,.
de um material isotrópico e escrever dmltlr que estamos em presença mente nos ensaios.
I )1I1 'l lIll l' " I)I'IIP I/ 1\'11 J d" "'u III ' III I' ' / III III
II I 1 111 1/111 II (" I .,'glll U ' I , f'IIt'III II~H'1
III , ,'1111 {} ', Indu 1 III' r') . /, , IIIi tlluin lo (1) , (1) I III '1 ,(11 I II . (9.G ) ' III 11 , 1 II 11' 111 I' 1111 tln ' nl '
I ,
• 11 ( , p2 d
G = - --
2B da

IJ ~
• A cxistência de um acréscimo de comprimento de fissura oa sob carga c n ~ l lI nl "

D~
N 'lHe caso tem-se que,
W=Pdo ( . ((1
,
T \
dW ----- do
-::::P- « .Mi
da da
Figura 9.11. Representação esquemática do ensaio DCB.
quc, recorrendo a (9.64) se pode. escrever,
I) 'Iin '-se a flexibilidade C como sendo
ô
C=- (9. q
P
Substituindo (9.69) e (9.61) em (9.16) obtém-se o mesmo resultado de (9. 6 ), () III
" IIlue 8 representa o deslocamento do ponto de aplicação da força P. Substitui! tio permite concluir que a taxa de libertação de energia é independente do tipo d ' 01
('). ) em (9.58) tem-se que
'itação. Saliente-se que, quando aplicada ao ensaio DCB, a equação genérica (') ,()o )
permite a obtenção de uma expressão simples para Gr, recorrendo a uma anáJj , ' II
(9 . O) Mecânica dos Materiais. Assim, considerando que cada um dos braços do proVl' I ' '
uma viga encastrada com comprimento igual ao comprimento da fenda (ver lií'III'1I
1) '"ivando relativamente ao comprimento de fenda a obtém-se, ( .11), obtém-se, recorrendo à equação da elástica ((J2y /dx 2 = M/(EI),

dU =C'pdP +~ dC iS Pa 3
da da 2 da (9 .6 1) -=-- (9.70
2 3EI
11111 relação ao trabalho realiz·ado pelas forças exteriores, duas situações se podem sendo E o módulo axial e 1= bh 3/ 12 o momento estático de segunda ordem da se çuo
('olocar:
da viga. A flexibilidade é então
I , A existência de propagação de fenda com os montantes da máquina de ensaio~ iS 2a 3
li XOS (8 = O). Neste caso, ' c= -P =-3EI (9.71 )
dW
- =0 (9. 62) e, após derivação
da
ou seja, (9. 7 )
dô da EI
-=0
da . (9.63) o que, tendo em conta a equação (9.66) origina
A partir da equação (9.59),
P2 2
G =--Q- (9 .7 )
do ::::dC P+C dP 1 BEl'
(9.64)
da da da
que, tendo em Conta (9.63), permite obter Fazendo intervir a equação (9.71) tem-se finalmente
dP PdC G =3PiS
(9.65) (9 .71\)
da C da I 2Ba'

71,' ,
P II I'II 11 101'(' d · }" 11I ' 11' 1l 111 0 VII I II Il pl l\ " lIll1~ "til I 1It1 11 t, llI i' III i/' 1I '} " .I'II '/' 1/1'/''/'
II
I.dll /'11/ ('( (/ dI) Uit(I ~';fI (U II,), 'J\ \ IIVill , v ' l'lI 1\ \ 1(111 t II 111 111 1,, 10 I' '/i ldl'1 ' d 'm il 111111
11 movi II) ' n l o 1\ ' vi rns n ' O conttlbili zlIlI II \ I II , I\~ ' (I 'III ! ' II ! ' no excrcmi III I ' li I
r ' lldll , Pum in lu ir CH tC cfeitO, Kann inen 11 . 171 ti 1)\1 1111\ 1)\\1 I ·10 de uma vi "li 111111
11111 \ 1'1111 Inçã clás ci a (Modelo de Vzga Corril:fl:du) . t)b~ 'v \
tJ 2ft

3PJ
« .7 I
li

Figura 9.13. Dimensões usadas nos factores de correcção no ens aio DCB.
I 'lido !\ um factOr de correcção do comprimento de fenda, que se determina a I lI l'! I
dll I' 'gr 'Hsã o linear de (C) 1/3 versus a conforme se ilustra na figura 9 .12.

. DCB em que a largura do provete seja variável ( Vl:I' Ii glll'll I) , I " • 1\


ItKcmplo 9.3. Mostre que num ensaIO
>xpl'cssão que p ermite a obtenção da taxa de libertação d e energia não depende de a .

!, y

1/

. Pontos experimentais

Figura 9.12. Determinação da co rrecção L1 na equação [9.75 1.

Cu~ se justifique, pode-se ainda usar um factor d e correcção (P) para grandes deslo Figura 9.14. Provete DCB de la rgura va riável.
'UI11Cntos e um factor (N) que contabilize a presença de blocos que são normalmenl \
'olados ao provete para transmissão de carga (figura 9.13) [9.18] . Neste caso, II Res olução. A largura do provere em qualquer ponto pode ser dada por,
'qllução (9.75) escreve-se, B
b(x)=-x,
L
G _ 3PJ F
(9.7 6)
[ - 2B(a + ILiI) N Usando a equação da elástica podemos escrever,
d 2 y M.f 12PL
' m dx 2 = EI = EBh 3 '

que, ap ós dupla integração, permite a obtenção do deslocamento na extremidade da viga (v 'l' 'qulI\'111

(9.77) (9.70)),

A derivada da tlexibilidade relativamente a a é e nrão


de 24La
c onde II e 12 são dados na figura 9.13. Nestas condições, L1 deve ser obtida da regressão da = EBh3 '
linear da relação (C/N)1/3 versus a.
Recorrendo à equação (9.66) tem-se'
r/l ,I I /I \ I
II 11111 11 111 111111111 Iii II 11111 di' 1111 111111 1 I 111 111 .11111 IIdl di I' HM III . MI 1111111 11111 11 11)11 11111 1111/ 11\' II ii II li .II' 1I I I
tll 'l l'lIlllI lI l ( I, II 11111 111 (1 111(11'.11110 do ViI " l l dll Hil l" 111\111. ' 111lI <,:1l0 «( . ()). R' ' 0 1'1' ' II Iii
11 1\111' P ·tll1il ' lii111 ,li II I I IIh l 11 \ \1 1 1111 \1 · 11111111111 11
• O
I I I I I II l
Cc . 6) I l " 111 • 1III Idlll l 111 1

9.3.2.2. Obtenção da taxa critica de libertação de energia em modo II I) ,H I

/\ (llXII Tici il d e libertaçã de energia em modo II (GuJ pode ser obtid a r' fi ' ',"\i l . '1 . des riw odl il\l
. .' < L Para q. > L uma análise SIm! ar a .
H I • r 'sultado e valIdo p ara a - ' ~
II I nsui "End NOlched Plexure" (ENF), cuja representação esquemática se po !t' v I
1\1\ I Ufa 9 .1 5. A fe nda está localizada a meio da espessura do provete (eixo 11 'U 1111 • 9P 2(2L - a)2 (i) ,K2
\I l[U . tl ignifica que a propagação da delaminagem é controlada pelas tensões de '()J 'Ii , Gn 16EB 2 h3
II' I Illzind assim um efeito de modo II. Assume-se a hipótese de que a secção d III

IlIlou lu do prove te actua como duas vigas independentes, cada uma delas SUPOl"lI1J1t1 l1
m ' Illd' da carga aplicada (ver figura 9.16). Como consequência, o momento es t{1I II 9.3.2.3. Modo Misto
ti ' . 'unda ordem da secção de cada uma das vigas é 1/8 do do provete. DesprezlIlid ll . . CB e ENF) são utilizados para a obl·n 'I ii d ll
Il ' 11 .... ~ia de deformação ao corte, a energia de deformação em flexão escreve-se I( , \I, () dois ensaIOS descntos (D . t Todavia a gen ' w lidud ' III
d I Modo II respectIvamen e. ,

u= r M2
2;;dx. (9.7HI
pl'opriedades em Mo o e
. .
IIpli ações pratIcas cara
.
d
-
Ill'iginando sltuaçoes e
'1"
cterizam-se por so ICltaçoe
d Modo Misto Torna-se assIm n
'. .
- s onde estes dois m odoH ' 1\ 'x \ III ,

ompósitos em taIS sltuaçOes, so


_
. fu damental um '[ ' I '1.1\ 1 II
bretudO nas qm: \:\ VII I III
I
a o, P i'\HUportamento e c . .. fi é o "Mixed-Mode Bending" (MM I)
Modos I e II. O ensaio maIs utIlIzado parla este .1~d 'a base é a combinação 1\ i tl
~===-__~____~=42h . R d e Crews [9 18 , e cUJa I el
dcsenvolvldo por ee er . (fi 9 17) A figura 9.18 'vi I ' 1\ 1\
. DCB e ENF ver 19ura . .
'[rações presentes nos ensaIOS . A ' nálise do equilíbrio do braço li ' ' \1
l'vre do sIstema. SSlm, a a
\)s diagramas d e corpo I . _ d l' 'tações no provete em I1lOd il
Figura 9.15. Re presentação e s quemáti ca do ensaio ENF. .' determmaçao as so lCI
I'cgamento (corpo 1) ongma a de Modo I e Mod 11 lU
- eparadas em componentes
misto. Por sua vez estas sao s 9 11 9 17 facilmente permitem obter o valo I' III
quando comparadas com as figuras. e.

~~
: ~a~·,· j------~l '
iPI4
~ Holicitações para cada um dos modos,
p. =3c-L P
L =J I 4L (C .H \
L~.______~2~________~.J
c+L
Figura 9.16. Diagrama de corpo livre do e nsa io ENF. Rl=--P,
L

N caso da figura 9.16 tem-se que,

U =2 r (px/ 4r dx+ f (Px/ 2? dx+ f-L (Px/ 2-P(x - L))2 dx. (9.79)
.L 2EI /8 l, 2EI JL ' 2EI
Aplicando o teorema de Castigliano que estabelece que o deslocamento Di do ponto
e aplicação da força Pi' projectado sobre a direcção da força, é igual à derivada parcial
Ia energia de deformação U, escreve-se
111'111.11.111 1\ IIIIIIII~IIIII MMII, ,'IIIH' '';\ IIIIIII
1
,u,II" '/.tI. ti III h lll l " 111 111 I 11II li lllhllll 1111101111 ' lo 11'11 1.. 1 .1 ' {i 'x 111\'11 11' ' 1111 1' \I
I ' • II I'dll ' \I fi ,\111 11 f I 1111 I 1'1111111111 111 ,,111, 1.1 1, 11111 11 11 11 II 1\ 11,,111 ~
'11 f l" lq u \ (1IW))\,\)lit'itél'\\J ' II ·rK ·t! 'O (\lIl1,1t 11 11l
I I III pl'('vhll ll~ 1"" 1.1 fi P I'\I JlIII{II\' 11 11~ll\ldllllll II I II 111'"1 (1 1\1
111
\ 1'1 • 1

I 1'1 ,'t , 111 / 11)2 :: I ,

l tJPI ()Vcl e
"lu.,: o. critério lin ea r I O ii:

"~
~ 'I' .-SL = G" (2a+ l) = 1.

,J1 n,1 1I111t1lltindo G lI pela equação (9.8 1) obtém-se


C le 2C le \ 2C Ie

t /'/7 / /;' / i / I / I I I I J
Figura 9.17. Repre sentação esq uemáti ca do ensaio MMB.

I 11111 11,0 ao critério quadrático,


II)"" I'
L

I
pÍl~ substituição d e GIl obtém-se
cl Lp LP II
32 2 E 2 B 4 h Cfc
6
4L
4

2
PQ =4 81a 4 (c +Lt (4a +1)

+1 I II relação f3 vem , P (4a 2 +1)1/4


I '1 1 , fJ L - "---~-:-
c+L p .jJ, 1 =P - (4a+2)1 /2 .
2L Q
O I o valor de f3 é sempre inferior à unidutl . tlP ' •
Figura 9.18. Dia gra ma de co rpo livre do e nsa io MMB . - la que para valores d e a entre e
\) c~tudo d a tiunçao reve . . 't ' rio linear prevê vaI O I"~ 111 " 1' II
,. 'a a = O 5 (ver tigura 9. 19). Isto slgmfica que o cn e
K llrando um mmlmo par · , to mais conservativo.
,' ui I>cituindo Pr e PIl nas equações (9.74) e (9.81), obtemos os respectivos valores di' lllkitação de propagação inferiores ao critério quadráticO, sendo portan

(iI II' O rácio entre os dois modos depende da geometria do provete e do brn\'1I 0.72 ·1
0.7
I ' 'urregamento e não depende de a, sendo dado por 0.68 1
c. 0.66 ~

(9. 84) ~ 0.64 4


0.62 ']
0.6 ..;
0.58 l
hll,o permite a obtenção de diferentes combinações de solicitação, bastando para tu l o 0.2 0.4 0.6 0.8
Gi/Ga
v ,dar a posição do ponto de carregamento (parâmetro c). Devido à interacção d '
111 )dos é necessário o uso de um critério de rotura específico. O mais comum é o critério Figura 9.19. Evolução da função f3 = PdPo em função de a = GI/ G".

' 11 'rgético linear de interacção entre as taxas de libertação de energia, que se escreve

(9 .85)

H 'ndo Grc e G Ilc as respectivas taxas criticas de libertação de energia do material, pre-
vi amente determinadas.

,'ti
~,)O
\I 111 11 (II~ I \l ti" 011 'illlyl \l '!C Il'l (11 i ti
9.4. M ' todo Num 1r o Apl tur Interl m I U li 1\' III) il\ III)· ' Irl I II I ~' II 11111 III III I 1It1 ,' " I I ' I ) , '~)ll l ti UI li ',,~' I \l LI lI
I II 111111111" \1 11 \\ I :! I

1. lo 'ul ) ' ntol> rdoLivOt-; n Il) ' I\l O IlI l


() pi'llhl ,t)11 I ' M " lI i 'u d ll (0'1' \ ' 1111 ' 1 1 11111 11 1( ' 1 II ilÚS I \ pr ' 'l1lie através dc urn:.l ti ) rUX ill)l l ~ I,
I' '11l [lI \!1 \)I ()I' viII 1I1.IlHti 'o Ht () limillltlo d 'v do I ('olllpl ' 1111 1" fl[Cctiva ' dir" ç \ ', I
' 1\1111 I () III I . .' Assim u sando uíi\l\ 11\ 11 11.1
r
Ilnlnar unl.a das CLell UH J'(; ' )
'idu II l1 1 ipóccse antenor.
, d
, '
m só carregamento fil: I \1 I III
I v I () n, ln ,todos n um 'ricos, non ' UUllll ' 111 ' o ,I ' 1'\ 1 ' n tOfi fin it s q uc p ' III illlI
fi da n idera-se que, atraves e u I'
V ' I' 1It1 li IlIu ' l'lIp id éll11cnt se tornaram imprcH ·jndív ' j ~ n I unálise de problcmll 11 111 N III nil'l)am ente re ma , . . , 1 1 deslocamentos relativos no nó l ( I '
t: ó i e mulnphca- as pe os
l'Olllpl XOH. ohl 'r as orças no n fi . 9 20) para se obter a energia n ' " l I
II liça de deslocamentos entre 12 e II na gura. ,
() 'on ' 'ilO fu ndamental do m étodo dos elementos finitos, é que, qualquer vari úv~, 1 I I )1111'(1 fechar a fenda de Lla,
'11 111110 ntlnua, como é o caso dos deslocamentos na análise estrutural, poli '
lI])1'ox.ill'luda por um modelo discreto composto por uma série de variáveis de llllll 1\
'() lllImlfl definidas sobre um número finito de subdomínios, conhecidos por elem,lJlI/tI' c h d Ll Ll a diferença I , \lo )11
t: no nó i que se encontra Lec a o e ui' vi ,
H I 'H '[(;mentos estão interligados em pontos específicos designados por nós ou POli/ti' 'ndo Xi' Yi as orças . d l'bertação de energia escrevem-s '
l/tItI ,is. Uma vez que a variação da variável de campo não é conhecida, são necesslll'lll l'lImentos no nó I. As respecnvas taxas e 1
Itll LimaS funções aproximação para descrever esta variação. Estas funções apro)( G =_1 YLlv,
1I111~:I 0, também conhecidas como funções interpolação, são definidas a partir do L1E 1 2BLIa I I) , ~i Il
G=-
VII !OI" . da variável de campo nos nós. Uma vez escritas as equações de campo pa rti 1\ LiA ( 1
, I r ll ma completa, as incógnitas são os valores nodais da variável de camp o. 1\ G ---Xilu,
11- 2BLIa I

I'l ' oh,lção destas equações, que geralmente apresentam a forma de matrizes ' III

I llnd I, permite a obtenção dos valores nodais da variável de campo através II -o e B a <.\1 111 ' 11 /11 1
onde M representa a superficie da fenda gerada pela propagaça
I '\)p lngem dos elementos. Existem vários tipos de elementos finitos para a resolu çl (I

d l' pr blemas bidimensionais ou tridimensionais. Para mais detalhes o leitor dcv ' Kegundo z.
I' , 'orrer à referência [9.19]. ;Y

N capítulo vamos apresentar os dois métodos mais usados para modelar a fra '.
'I> C
Espessura
interlaminar de compósitos; o Método do Fecho Virtual de Fenda e os Elementos
I l ll'Li . T-. - dos elementos =B
i . ..~ ..._ ~.------ ~
I,'inir.os de Interface. ..j,v/ I :

. .~' ~:.~" :." . I" -~;~·r~·--~· . . .. x

· ..-. . /:--'-'-'\
. t V/ i
1I!J...!) // ' I
9.4.1. MÉTODO DO FECHO VIRTUAL DE FENDA
:~./
Hste método é vulgarmente conhecido como VCCT (do inglês "Virtual Crack Closure
'J' 'chnique") e foi inicialmente desenvolvido por Rybicki e Kanninen [9.20]. Baseia-se
·
a I '-':J-.
···· .. , LIa " "

9 20 Método do Fecho Virtual de Fe nda.


LIa ~I
F Igura . .
no hipótese de lrwin já referida no capítulo 9.2.4, segundo a qual, quando uma fenda
. . propaga, a energia de deformação libertada no processo é igual ao trabalho - (9 .
. , io linear energético da equaçao , admite-s' ' II
85)
Il\.:cessário ao fecho da fenda para o seu comprimento anterior à propagação. Usando, por exemplo, o cnter d G G btidos em (9.87) satisfizer .,.)1
- ando os valores e I e II o
onsideremos o problema plano retratado na figura , 9.20, em que a fenda se existência de propagaçao qu ., I blemas tridimensionais onde o Mo III
. , . ' d ' f cilmente aphcave a pro
pr pagou do nó l para o nó i. Existem duas formas de aplicação do método. A o cnteno. O meto o e a . '1 . d 'ta para os outros dois m O Itl H.
primeira consiste em realizar duas etapas: começa-se por considerar o nó l fechado e III pode ser obtido de uma forma Slml ar a escn

7b2
Toei I V /I 1111 11 ('I I II •
111 1' IIPII
,
I/ d! II / I
I. ) I II I II I II l 'O llll l' ' /II H' llI !) " '1
,
I " tl /lI J li,' !) , I
"(' /l"'( 11 'I I I) J
, ..
'II 1I :t, 11/1I11111
11 11 V (1 ' 111 I /
' 11 11 ti I I \ II I
II/ " 'l'III ' LII) /I'('II'"" " I fU i UI' Ii , 1/ Vlllt) li () LI , I ,Ill "IOd ll III
II

1,1 .4.2. ELEMENTOS FINITOS DE INTERFACE

() '1' 11.1 'oe s linitos d e interface constituem Figura 9.21 . Elem e nto fin ito de inte rface de 18 nós para problemas tridim e ns iona is.
1' / 'lI iI 'ti o CS l1.1do do proble d '" _ actualmente um dos m ét d o /11 11
m a a llllclaçao e pr - \
1'lI llwUU fl nos m a teriais compós"t [922 opagaçao de delaminagen N ' 11 11 « lIlnd as tensões num ponto satisfazem o critério ad optado, o processo d c 1'(1l1ll' II
. I os . -9.25]. Estes element fi' .
I 01' PO SS LlU' espesSura nula e P l' os llItOS caractcnzll lll • dl'v' s r gradual pois a anulação abrupta das tensões provoca instabilidades num 'ri 'U ,
romover a Igação entre d ' 1
' nllll ivos d e camadas co t' ' . OIS e ementos sólido I' ' I II II 1'umente, isto significa que a rotura não ocorre instantaneamente e que a ' I) '1'1 II
n Iguas SusceptIvelS de delam ' A fi
11111 sq ucma d e um elemento fi ' d . lllar, 19ura 9.21 apl" ' 111 /1 II 11Ilciada se dissipa com o crescimento da fenda . Isto é feito considerando UJl1 ./III III lll/tI
I') ,- I· As duas. superficies ('m; lllItO e lllterface para p bl
' .
I enor e supenor) encontram-
. .
ro emas tndlmensiolli l
'fi .
,I, J)ano [9.23], baseado no uso indirecto da Mecânica da Fractura, através I , 1111 111
pI/ r I me lh or vIsualização A . . se artl clalmente separudll 1 -loção de relaxação das tensões/deslocamentos relativos (ver figura 9.22). Consi I ,,' Ir. ii 1
,) . . sSlm, os respectIVOs pOntos homól (
' II 'ontram-se inicialmente fe h d . ogos por exemplo , ., I 1\ 'xistência de um único modo de propagação (I, II ou III), a área definida I ' III 'II' VII
I c a os, podendo abnr caso s' . fj .
. l'OlLlra previamente estabel 'd eJa satIs eIto um cril I II Il'nsão/deslocamento relativo pode ser igualada à respectiva taxa crítica d e lit " '111\' II
eCI o, promovendo desta forma a propagação d e d UII l1
" ' energia. Como a tensão limite (0'11) e a taxa crítica de libertação de ener: ,ju ( ,'~, )
1\ l'u rmulação baseia-se no cálculo das te - II propriedades do material determináveis experimentalmente, pode-se ohl ' I (I
lo ·os a p artir dos deslocamentos 1 . nsoes que se geram entre os pontos hon H" Ikslocamento relativo máximo (ou,,) , Note-se que este processo d e rotura gr:uuu tl I
re atlvos entre esses mesmos pontos,
ustentado pelo modo d e rotura tipico dos compósitos. De facto, e como já foi rd' '1'1111 ,
'xiste uma zona de processo na extremidade da fissura onde a energia de rOllír I I
Õ ={~Js}={Uu,s} - {U s}
UI di ssipa de uma forma gradual segundo os mecanismos de rotura micromecânicu .
(9 .8H)
°n Un sup Un inf

o, de s e t repre ._
sentam as chrecçoes tan enciais . _
I' '/l Lll tantes dos deslocament l' ~ e n a dlrecçao normal. As tensõ '
os re atI vos sao dadas por

O' == Dõ
ond c (9.89)

r
o
D= o dI
(9. 90)
o o :.J Figura 9.22. Relação te nsão/deslocamento re lativo para modos puros (I. II oU 1111.

Hl:ndo d A
A equação (9.89) representa a relação entre tensões e deslocamentos relativos ar ' ,
' . os parametros de rigidez tangencial (d d)
i
atingir a tensão limite (O'u,,). Os pontos (Do,i ' O'u,,) e (Du,i ' O) correspondem à inicia<,: til
n gldez óptimos são os maiores v 1 _ s' I e normal (dn) · Os parâmetros de
a ores que nao conduze bl e rotura completa, respectivamente. A relação de relaxação entre estes dois ponto "
lima vez que valores baixos o . . . m a pro emas numéricos
nglllam lllterpenetrações. ' dada por '
O' == (I-E) Do
II lld I I\' PI " \' !ll I II 111 1111' 1:1. 11 (' 111 Iil d I I I 111111 'I. ii II IlIlI tI 'lI JO 1 ' 1' 111 0 II II

p lu l 11\ ' 11 0 lk II \11(\


M lo Mi 10 ' (1 1'1" pll ll
, . ( ' I ,\ I 11 I II ai
7) 1 III 11 111 ' 111 11 I'" II lt III II , 'm (). . " "I
'ti LI ,\(': . , .
. ,\ ' , I , M do MIStO ' X IHI ' III ' 11 0 11"
I) , I) ')
II 1\1 ' 1 iniciação do 11\110 ' III 11I1l ~ t l dll I I ~() <.. .
- o (I (to!) () li ' l ~l '0 111 ' 1\1 0 'f\l ·tH.la uma d as d IrccÇ
' ões pum li 1\ ' 1\111
\II 'nu eaeq uaça . . _ ' - cu ul1 'd l "l lI
NIH 111 0 los pur s, as outras duas componentes das [Cnsõcs são d esprezáveis c J O I III i IWI Ç~O Para estabelt.: . Hl'l 011 Jt<,: e8 de propagaçao, recorre I
. ' . - d . o P r 'x ' II~P II II
~' I' ll nlllucl a~ abruptamente igualando a 1 os respectivos elementos da matri~ liuf \I 1' 1\ ' I' ético, baseado nas taxas ríticas de libertaçao e energia, com
,- o processo de rotura es tá ol11 pl ' \ 11
1111 E . iI'l r ,ferido critério linear. Assume-se entao que
q\lundo ( ) , I)q
Hill ~ i l IOÇ - esde Modo Misto I, II e III a iniciação do dano é prevista recorren III II
11111 ' .. ilério qu adrático baseado em tensões [9.25],

,O'
!'\ I
O'U, l."'" , I '" ' -.._
( I '-,--
...
•,"'''-...", i=n,s,1
-" _,-_ k = I,U,IU

........, .......
II umindo que as tensões normais de compressão não contribuem para o dano e qll \ ",
-'-,
=
Ou (i n, s, t) representam as tensões correspondentes ao início do dano (ver figlll'lI ............ Oi
.. __."-_....>,,_.. "-,::.~
1) , .. ). Considerando o caso de 0'" ~ 0, as equações (9.93) e (9.89), permitem escrev ' I'

Figura 9.23. Mod elo de Modo Mi sto I, II e III.

(-0 '- )2+ [-Oo.s'- J2+ [-0 ' J2 -1


opn op s Op t
(9.94)
0 • 11 0 ,1 A energia libertada na rotura completa em cada um dos modos é dada por

traduz o deslocamento correspondente ao início do dano em cada uma duo


Il lld ' O/!,i 1 ( . 1(0)
G k ="2O'f,i Of,i
di .. , ·ções. Definindo um deslocamento resultante de Modo Misto
ii d ' li "
com k = I, II, III. Substituindo (9.89) para O'j;i e (9.98) para 0j,i (trans orman o O Hl l
(9. 95)
P em f), pode-se escrever
, rácios de Modo Misto ( . 10 I
(9.9 6)
onde o representa o deslocamento resultante em Modo Misto correspondem ' I
" aplicando estas equações ao deslocamento crítico em Modo Misto o/!, m que promove
rotura ~~mpleta. Substituindo (9.10 1) em (9.99) tem-se
II iniciação, pode-se obter, recorrendo à equação (9 .94)

O _ 2(1 + fis + fit ) _1_+ fis +ll- 2 2[ 2 2]-1 (9. 1.02)


(9.97) 1./11 - d .O,I, "> G 1c Gllc GlJIc
I

·1It'1
,56
111 111 ' ( : II III,,'I ~ II " 111111 illI 1'11 1111111111" 111 11111'11 111 \I I 1','111 111' \-, 10: \ \ I I IIH I) ,
, I I. I\ll' X IlId '1\ I , M , II , li ll l li I V, I· I .. , '.lnll II , 1\ , ,' lIlI d ' I' , 1'1'11 ' IUI" : 11111'11,' 1\' .1 /,111 1111 " I II
/1,11,11/ «),1() \ I 1{lI ndúm I llh ' I' ( :11 11'1 111. II "-111 11 ' II I, II , ,.' 11I1d 'r~ ('u) S11 0l'l Plh ' f I{ ' Inl\)I' '~d C\' "IPO I ' MIlI\~ ""'i.
~I I /I/ I 1', I\S'I'M S'I'I' 7'1 , ~'()H '1 '1, Ilhlllli!;,llIlI llI , I A., .1 982.
\lU ' I' 'I I' 'Ii 'nca O d eslocamento) segund li lu lll11 ,d u di", 'v< <.:8) correspond ' 1\1 I . ., J',- ,l ' ~' I 'I'I\ I 11WN I~1 I II' 1 ' IU I" C haractcrization
-I, ' un, C . '1' .I' IJ I
0 1' Compos ilcH wil.h :11\11 p 'd II I i'l III~
l'ot lll' H, ' ubstituind (9. 103) e (9.98) em (9.9 2) po<.k-sc calc ular o parâl11 ' U' O II Rcinforcement. SAM I'H IlHn' ly, II : 15-2 1 ( 1980).
1111 0 'olTcspo nd ente a cada um dos modos e) consequentemente o estado d e l ' II
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( : \1 11 'Iuindo) os elementos de interface permitem modelar a iniciação e a propa II~' II Control _ A Review. Composites Science and Technology, 41: 333-378 ( 199 1).

lo Juno interlaminar através da inclusão de um modelo de dano adequado . P til'lI II 1, 17 . Kanninen, M. F. An Augmented D o uble Cantilever Beam Model for Studyin g C .. 8ck l'roPII !'1I 11I1I

1\ 'luç50 considera-se um critério quadrático de tensões e para a propagação 11111 and Arrest. International Journal of Fracture, 9: 83-92, (197 3).
nit "('jo linear energético. A vantagem deste método reside no facto de n ã I II 11 . 18. Reeder, J. R and J. H. Crews. N onlinear Analysis and Redesign of m e Mixcd- Mutk 111'1\11111
IH- " fl8á rio assumir a existência de uma pré-fenda) bem como de uma propagaç \I Delamination T est. NASA Technical Memorandum 102777, ( 199 1).

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?58
Capítulo 1
ópic V nçados e
Materiais Compósitos

Os materiais compósitos de alto desempenho (carbono-epóxido, boro-ep6xiuu. I i'vil"


epóxido, etc.), têm vindo a ser cada vez mais usados em aplicações c stl' lIllll l l di
elevado risco, como é o caso das aplicações na aeronáutica e aeroespa 'i uI. ( ,i 1111 11
consequência, torna-se relevante a análise do comportamento destes materiai!-i ' 111 11111
ções específicas susceptíveis de causar dano e que, de algum modo, possam uI" ' 1111' II
sua resistência residual em funcionamento. Iniciaremos a abordagem aos lÓ I ('illl
avançados com um problema comum nestes materiais, e que se relaciona ' 0111 1\
presença de tensões interlaminares nos bordos. De seguida, estudar-se-á a ap li '11\'1 II
dos critérios de Whitney-Nuismer a placas de material compósito contendo UIYl I'lIl' lI
ou um entalhe. A susceptibilidade dos materiais compósitos a solicitações de in pu 'lo
será abordada com algum detalhe, devido à importância que este fenómeno auqui r '
na redução da resistência residual das estruturas, nomeadamente quando estas '. IlI l
submetidas a solicitações de compressão. Analisar-se-á ainda, o desempenho do
compósitos sob solicitações de fadiga e, a finalizar, uma referência ao comportan ' 1110
em fluência destes materiais, que se justifica pelo carácter tipicamente viscoelástico III
resinas que os constituem.

10.1. Efeito de Bordo

o efeito de bordo é um fenómeno úpico dos laminados compósitos, que consiStl; 11 11

~Id
II I 11 )I I ' IHH ' 111 ' 11111\111\1 1'
II II I'" III ' 11(1 1 ii ' I ' 1\ I ' 1 111 ~, ,' llIl l I I II I
' " 111 11111 III iii ' I ' ol'i I :JI\ I ' II dll
I 11111 'Ol llp lÍ llI ' 1l!1\ 1 /1 111111 11 \ III I II II I II " I 1 111 1 1111 1 1\ 1

1 ,11 111 II II ti O ! JlIlIlll II) bordo, BVl" I, I ) \ 111 111 , 1 11 111 111 111,11 111'\ L' IIWd u no ' UI IlIl o ,.
, ti Ill S l ' \1 \ ' 1111 I II '1111 11 11\11111 II IHI 11 1111111 II junlo L1 0 1) 1)1' .1 0 II VI I ' ' \1 1\
, ''' . I I t ll l l lo I l m i '1l1d 11 0. 1 10. I.
II') l' ItI ' lll ll lu ' 1111' 'gi ' S sulk:i ' J'\t 'm ' OI ' II l lI t lIu l ll d' l 11111' h) livr'fl nas quui ::! " l'tl l ii III ·n.suo é c1u OI'd ' II I d , III 11\ I· I I I II I I'
IlI l\ hi\1 Ô l'~ ' I.' stael plano de tensão. '1' I. IV II , o lU lo I , I ' II ~Ü O junto a L11' 1 01 11 11
I V I" 11 ( 1) um estado plano de tensão, m a::; sim 1I111 'H wdo tridimensional d vid I I
I ' I) I 'H int rJaminares. A principal razão da sua existên cia es tá relacionada ' 0111 I

dll"l' 'nças t:xistentes entre os coeficientes de Poisson (vxy) e os termos de acophu11 L'II1 11
~\ I

ti l' 'O"C ' C '1xy ) de duas camadas contíguas diferentemente orientadas. Os lamil'lud lJ 90

tio lipos l0/90 ) e [+8, -8] constituem dois casos extremos, onde se verifica só u m lI wl
-r it s referidos, merecendo por isso atenção especial. Qualquer outra CO I Iii Figura 10.2. Tensões interlaminare s 'yz e Uz e m laminad os tipo 10. 901.

1111 ,, {) le rientações intermédia está obviamente associada ao aparecimento dos III


\' 1"1108 referidos.
10.1.2. LAMINADOS TIPO [:te]
I · d e n S; 'x l·11I vII
10.1.1. LAMINADOS TIPO [0/90] Nos laminados com camadas, as tensões de corte inter amma.res ev sI duu -
' 11111 11 iii
A
mente à diferença dos termos de acoplamento de corte. SSlm, esta
_ . " quando traccionadas segundo v ',' I I 111 11
N 's te tipo de laminados, os efeitos de bordo decorrem apenas da diferença dos co • tlpresentam tensoes de corte ' xy SlmetnCaS . ',
- ' I r solicitação de corte apltcada 1111 IHIIII II I,
I .j 'ntes de Poisson entre as camadas a 0° e 90°. Se estas duas camadas nt II 10.3). Uma vez que nao eXiste qua que . . I
, I ivessem ligadas e pudessem deformar-se livremente, uma solicitação axial O'x dadu estas tensões têm obrigatoriamente que diminuir de um valor fimto ~ . II ll ' I III I II
. d té zero no bordo livre. Este gradiente de tensões é eqUlhbru lo '11111 II
oI'Í rem a deformações cy = -v12cx na camada a 0°, e cy = -v21cx na camada a 90", 1amma o a . ' b do livre (v ' I' I f 111 11
'nd estas últimas bastante inferiores, pois V21 « V 12' Todavia, a adesão perfci lll "parecimento de tensões de corte interlammares ' xz Junto ao or
... d - de COrL • POll l' I
'nu'c camadas implica que estas deformações sejam idênticas ao longo da espessu ru 10.3). A relação existente entre estas duas componentes as tenso~s.
lo laminado. Esta restrição às deformações transversais origina tensões normais O'y no obtida analiticamente recorrendo à equação de equilíbrio da elastlcldade S(; 'L1 1 lo \
Il1 c 'rior das camadas representadas na figura 10.1.
aO'x. + __ + __
__ a,xy
ar..-z __ o ( 10, t )
ax ay oz

f ~-
- .;:--_.. _--
(I --o--
y ~,-- o
ou seja, or.\)' d ( 10 :
, =- - -
(I - -
y - 90 xz S ay Z

y
Figura 10.1. Te nsõ es normais uyque se ge ram no interior das camadas de um laminado (O, 901 uma vez que se assume que O'x é uniforme segundo a direcção x.
devido a um a solicitação de tracção segundo x.
"-- Bordo
livre
estudo do equilíbrio de um elemento de camada a 0° junto ao bordo livre (ver figura
) 0.2), mostra também que a força devida às tensões O'y que se geram no interior das
amadas é equilibrada pela força originada pelas tensões de corte 'yz na interface, uma
vez que não existem O'y as tensões normais no bordo livre. Como estas forças não são
'olineares, gera-se um momento segundo o eixo de solicitação (M x = (II' h5 /2 admitindo ~==--""
J>;y -
1 O termo "bordo livre" tem um significado lato, englobando as extremidades laterais de laminados, as superfícies inte- Figura 10.3. Te nsões interlamina res de corte 'xz e m laminados tipo 1+0. -aI.
riores de furo s ou as extremidades dum tubo laminado, por exemplo.

~I"
262
10.1. . ANÁ I ÓRI A I AMINAIIII I

-:I:UlIX:tj
I Jlllllunó liH ' I tl S 'odl1 CI11 c1cm '111 0 1 111\1 IlliI III 1\ 1- ... 7 n 6~ c d 'J '1110 ti l
111111

1111 'rFu " d ' .l nós f i realizad a pelo. 1l 1l1 0 1'l' pll l' l pt'O Vl' 1 - I ' laminados l02/( () 1. 1
lun ioud s [45 2/-45 2]9 solicitados n a din.: 'Çll.l IIX/U!. JI\)t'um uS~ldas duas amau m II
l
_ _ l u II '/,

SigJltl '

,I ' \11 ' ntos finitos tridimensionais para cada c njunt de camadas igualmente cri ' II ., ---"--_\ ."...------ ---
.

U 0.1 0.2 0.3 004 0.5 0.6 0. 7 0.8 0.9 I


IL1uus . A interface entre camadas diferentemente orientadas foi modelada '0111
y/b
,I '01 'ntos de interface, que permitiram a obtenção das respectivas tensões in L'1'\11
------ ------_._------ - - -
lIlin ures. N as figuras 10.'1 e 10.5 mostra-se como as tensões evoluem ao 1011 O dll Figura 10.4.~~ns~~~':~t~r~aminares na interface 10,90] de um laminado (0 2. 902]s'
I lI'gura da placa 2b, desde o seu eixo de simetria até ao bordo livre. Como se po II
' \) n ~ta tar, em laminados [O i 90 2 ]s sob tensão uniaxial, predominam as tensõ es in fl'l

lllninar S O'z e 'yz junto ao bordo livre, sendo desprezável o valor de ' xz (ver fi '111 11
I OA) . Em contrapartida, num laminado [45 2/-45 2 ]s a tensão 'xz é a mais impOrLUlI1 ......-Tauxz

1111 interface (ver figura 10.5). Na referência [10 .2] demonstra-se que tal sucede (' III ___II_ Tauyz

lodo os laminados tipo [±EI]. Conclui-se então, que a sequência de empilham ' 111 11 ~Sigrm z

I -11 uma influência importante na natureza, magnitude e localização das ten s~ (' -5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _.-J
Inl 'rJaminares. Torna-se assim óbvio que, por exemplo um laminado quase isotrópi ' \I o 0.2 0.4 0,6 0.8 I

I - ~equência de empilhamento [0/45/90/-45]s é preferível a um laminado [0/45/-45/90 1 ~, r/b

PlI gano e Pipes [10.3], chegaram mesmo a demonstrar que a tensão interlaminar (I ' 105 Tensões interlaminares na interface (45 , -45] de um laminado (452. -L,521;,
FIgura .,
. - tl"m sforma de tractiva em compressiva por alteração da sequência de empilhu
I11cnto. Por outro lado, Whitney e Browning [10.'1] sugeriram que o valor de 0'" • \1
Neu gradiente junto ao bordo livre podem iniciar e influenciar o processo de delam
10.1.4. O ENSAIO DE PROVETES DELAMINADOS NOS BORDOS
nogem durante a rotura. Noutro trabalho, Whitney [10.5] constatou que laminados cuj I
H -quência de empilhamento provoca tensões O'z tractivas apresentam delaminagens pr '
, ndo esta característica particular dos compósitos (efeito de bordo) , 11!I:i II:
I'naturamente no processo de carregamento, enquanto outros em que o empilhamenlO Aproveita " tal designado por "Edge-Delarmnauon I t sI
(109) desenvolveu um ensalO expenmen . é.
induza tensões interlaminares O'z compressivas se verifica a ausência quase total dl' (E~T) no sentido de caracterizar a resistência à delammagem dos comp , JI () ,
c.Ic1aminagens na rotura. Trata-:e de um ensaio de tracção de provetes concebidos de modo a a~re en ltt ( ' 11 1

Vários outros estudos [10.6-10.8] apresentam diferentes estratégias que podem s ' I'
pronunciados efeitos de bordo de modo_ a a pr~v~~ar formaç~:ad:~e~a:~::~ae(.~H ;V,;::
fi 106) Durante o ensaio de tracçao, o ImclO da delam g "
L1 sadas para minimizar os efeitos destas tensões interlaminares, incluindo o uso d ' ~~::ui ~o . da rigidez do provete, que se traduz por uma descontl~Uldad', ou
resinas mais tenazes, a adição de películas de termoplástico nas interfaces mais críti- d ç de declive na curva força-deslocamento. Este ensaio, pode e~tao ser uso lo
'as e o uso de diferentes tipos de reforços nos bordos livres, como é o caso de junta. mu ança _ d '. " à delaminagem de diferentes sistemas muI '
como meio de comparaçao a reslstenCla
de aperto ou da costura dos bordos.
riais, como é o caso de diferentes resinas.

N . de problemas o método dos elementos finitos é o mais usado p ai'u II


este tipO _ , Todavia uma aproximação simplificada, baseadu I IlI
obtenção de soluçoes ngorosas. , ,, , "
"
, , ' dos materiais e na mecamca d a f ractura, p ode ser utihzada para prcv
, I 1\
res~st:nc~a . delaml'nagem Considera-se a existência de uma região não delalmnlld ll
reslstenCla a .

2M
IlIh ) 11 )( III / i"ulI/ lIll ' '11 /'.101111 l o I" II I I I' ti I 1111 II !Iii plll V ' i l' ! l' li - O UII'1l h-III
d I III !'!
11111l1d" I - 1I1Íltll" o II xi nl l!dul jUlll) 10 h !lll l ll I \, " ( I I 1 1 111'11 (O ,(») , l \ r'i dd ,'/, tl lI
I 1-1 1o n o ti '1lIninll(.I1l ' bLiclu u [ ul' dl' do 11\1" IlIlu 11 )( 1,, 1 l ' I ti I ,'. ,i< o dc.:J ul1linnd ll II
plllll' LI , um vulor m di d m dul axiul. I I 1 ' vll h,,' I \)h l to r ' orrendo à 1,I di
anil' d s módulos axiais de ambos
III I unIs ti [ HLlbluln nu I s da região delamil1 l\dll
i Il.:nciu '1 dclaminagem é avaliada pela taxa criei a de libertação de ener ,iu ' III
I"
Figura 10.6. Ensa io" Edge Delamination Tes t" IEDT).
Modo 1 que c mo vimos no capítulo 8, pode-se escrever

O valor de G obtido pode não retratar com rigor a taxa crítica d ' Iii ']'I"~'1 II
'J' davia,
(lO , \ 1c
de energia em Modo r. Na realidade, devido à diferença de orientação c1 uH 'UI!! Id ll
'ndu lue a largura da fenda B é igual ao comprimento do provete L, uma vez qUI udjacentes à delaminagem, a solicitação não é de puro Modo r. Por cons ) ~l i I11 " \ I
(' I 's encontra fissurado a todo o comprimento, Dado que a solicitação é uniaxill l ensaio tem apenas valor comparativo, isto é, permite comparar a r ' S IHl l' O • 1\
I 'm-sc uelaminagem de diferentes materiais.
(1 0,11
i I II ..
!..=E§... (l O, Exemplo 10,1. Considere um laminado [(±30)2' 90 21, solicitado axialmente. Para 5x = O. 'X" di', ~, "' 1110 III
A IL da delaminagem entre as camadas a _300 e 90° (ver figura 10.7(a)). Sabendo que El = 150 (; 1' 11, II 1til 1'11,
G = 6 GPa, vI 2=0.3 e que a espessura de cada camada é d e 0. 13 mm, obtenha o val ol' I ' (" 11"
on I Bt representa o módulo axial médio do provete, dado por l2
2b

EI =EIam ( 2b-a)
- - +E -a
2b dei 2b (1 0 .e

_.-'- ---
onde 2b representa a largura do provete e a a dimensão da região delaminada nu 1

dirl.:cção transversal (ver figura 10.6). A flexibilidade escreve-se então


(b)
(a)
ndi cõ e do "11" 011 111 11 11
C=§...=~.
'd d
Figura 10.7, Representação esqu emáti ca do laminado (a) e do modelo usa do co ns, eran o as co .
(10 .7)
P AEI

A variação da flexibilidade com o comprimento de delaminagem pode ser obtida p or


Resolução, Dada a existência de dois planos de simetria, é possível considerar só um quarto <.lu plll 'I , (v, I
tigura 10.7(b)). A resolução do problema requer a determinação dos módulos efectivos do Inlll Il lld ll
lifere nciação da equação (l0.7) e fazendo intervir a equação (10.6),
completo, e dos sublaminados que se geram junto aos bordos. Como vimos no capítulo 7, isso IIlIp1l1'1I
dC =~Elam -Edel determinar a matriz a, inversa de A para cada caso e, em seguida, calcular Ex = l /(all h), sendo It II 'H ill'"
(10. 8)
da 2bA EI2
sura do laminado. No nosso caso temos os seguintes valores,
Ex = 58.11 GPa
'abendo que a deformação uniaxial se pode escrever como Laminado completo - [(±30)z, 9021, :
Ex = 54.47 GPa
Sublaminado superior à delaminagem - [±30lz:
P Ex = 10 GPa
t: = -- (10. 9) Sublaminado inferior à delaminagem - [90]z:
x AEI

btém-se para a taxa crítica de libertação de energia durante a propagação da dela- o valor do módulo efectivo da região delaminada Edel' pode entãO ser obtido através de uma cqu lI\:t \l dll

minagem, tipo da lei das misturas (capítulo 4),


(10.10) _ 4x54.47 + 2xlO _ 39 65GP
Ed I - -. a.
e 6

?ó6
( I I). t t)
HIIl lIl l lltll l 1 I 11 !U\ n( I O, III) IIIHI d i III IHIt I iii II ItI , III HII 111"" , 11111 11 111 ti II ' HI II H" i ll 'lI do Itllillll ill hl di I'h l..
i\" , '1111\ 1 \'1 ' H li ." " I 11 111 lI HIH IIIH . i 1111 " II q ll l
O) no vizinl .un . i do rU l'o I )HI •
1\ n ::n"\ ·jx il di' I II I I I II 1\ 1111 ' I' di li Lt,;nl>t
\ I' IIproximada r t)r I t () , t 01,I

",(X,O).--d'+(7)' +0(7)' -(k'-+(7)' -7(7)' j} ( t n, t f )

l
10.2. Critérios de Rotura para Compósitos com Furo e Entalh( Il ude h representa o factor concentração de tensões ortotrópico que, para uJ1 n p ll1 ' lI
L
li ' largura infinita, se escreve
A li A22 - A~21
(" mui tas aplicações em que é n ecessário que os componentes p ossu am fu ro iill 2 ( r:;-;;- ( t () , I \)
(l Oiro Lipo d e cavidad es, p elo que é importante dispor de critérios de rotura par" I tl lI l k, =1+ A l"
Al i A22 - A12 +
22
2Aóó j
'um 'sres casos. C omo é evidente, a resistência à tracção de uma placa lamiJ) 1I III
'o nL 'nd um furo ou um entalhe é inferior em relação à placa virgem. Ensaios ' XI II . . - 1 2 6) os parâmetros de rigidez extensional dos laminados.
' 11d o A ij (Z, J - , ,
I' III n tais [10.10, 10.11] mostraram que a resistência, expressa em termos d e ár ' ll d i (JR

l ' 'ylO líquida, depende do tamanho do furo, sendo tanto menor quanto m ai r nu II
11m nsão d este. Whitney e Nuismer [10.12, 10.13] avançaram uma explicação p lll ll
I . fe nómeno baseada na distribuição da tensão normal na vizinhança d o flil'\I
Assim, embora o factor concentração de tensões seja independente do tamanho d\l
Y'[
furo o efeito da concentração de tensões é muito mais localizado em fu ros ti
II1 ' n res dimensões (ver figura 10.8) . Consequentemente, pode-se concluir qu ' ii
(~
,r--
V
vo lume de material sobre o qual actuam tensões elevadas deve desempenhar Uill
I npcl importante na resistência.

n--r--r-r-·\
(JR
Figura 10.9. Placa contend o fu ro centra l de ra io R.
......~~~-.. Furo maior
. ~ ~_.~ _.. _----
-_._----------------------:.-
X Substituindo (10.12) em (10.11) obtemos o rácio da resistência à tracção d'l p lll 'II

com furo (O"N ) ' e sem furo


2 ( l O, (' I,
Figura 10.8. Efe ito do tamanh o do furo na di s tribui ção das te nsões.

onsiderando a distribuição de tensões na vizinhança do furo, Nuismer e Whitncy onde R (10.1


llO.13] propuseram dois critérios de tensões para prever a resistência de placas infinita ';1 = R+do '
C ortotrópicas com furo ou entalhe. O primeiro critério conhecido como Critério da
" , h" propriedade do material ind ep ' 11
Tensão Pontual, admite que a rotura ocorrerá quando a tensão O"y atingir o valor da A distância caractenstlca do e, por lpotese, uma , t
resistência à tracção do material O"u' a uma distância fixa do do bordo do furo . Para dente d a geometria do laminado e da distribuição de tensões, sendo de~erm1l111~I,1I
uma placa submetida a uma solicitação de tensão uniforme O"R na direcção y (ver figura ex erimentalmente . Note-se que para furos muito grandes ç J~l, e a equaçao (1~ . 1 ),
10.9) pode-se escrever P / '-l / I. o que retrata o resultado clássico do efeito da concentraçao li
vem O"N O"u--' f(, L'

268
I ' II Ih 'l, 1'1)1 tH 111 1l lido, JlII' I 1111 '11 1111111 11 I I ' 111 1 11 11 ! I ,(I
, II I 'I ' o (l NI '1/ I '0 111 11 1'll'UIIl 'lho l' v 1I 11 1 / 11 llllt ll lld1l l l llllldl ll d u lllld h ll l 'LJlIlI~' I ' ( 10 , 11)) ( 10 , 11
(' I H' I' Ido ,
JlO 1 '1\1 fi 'r 'H ' l' il H' ( 111 11111 \ 1 11 ti l! I II liI tllltI , d ll pl ll ' 1\ ' 111.II! h udu

() ' 1111 lo Ti l "du 'ol1 h 'cido por 'rt't, ' rio II '/iJ/l.lllo " ftj li I , h li'l'iu-se no preSS lIl o ii II A (I 'N,Jl li .
k' 'III : li l'Olu raocorrerá quando o vaI r m !.dio I , .v ubl" Ull a distância fixa m 'd ldll
(JR
II JlI!, 11 r lo borel do furo, atingir a resistência à rO lura do material. Este 'ri I " 1 II
1I'IIt1 UZ- il(; I Or t \tJ-i

(10 . 111 )

• 'ui) rilu in do a equação (10.12) em (10.16) obtém-se o rácio das resistências

(Y N 2(1-;2)
(Y" 2-;i -;i +(k,-3)(;; -;;) (10 , 17)

;I=_R_. (IR
(1 0. 1H
R+ao Figura 10.10. Placa com fenda central de comprimento 2a.

() Ij mites do rácio de (10.17) em função do tamanho do furo leva ' b - ,I


. , . ' m a o tençao 1,10
m s valores do cnteno da tensão pontual.
I II ' Substituindo a equação (10.19) em (10.23) obtém-se para o critério d a tel1fl l O !11111111 1l 1

os os critérios apresentados podem ser aplicados de modo sl'm'l


1111 bl I ( I () ,~ I )
1 ar a pro emas t I'
p hl l'lI ' com fenda central (ver figura 10.10) . A equação (9.23) permite-nos conhec ' I
e, para o critério da tensão média

n
II I' 1'lIdo de tensão localizado na vizinhança da fissura e ao longo do eixo desta
1-;:
7[a-_'::>_
4 . ( 10.2
O'y(x,O) x > a. 1+;4
. ' x 2 _a 2 '
Verifica-se que em ambos os critérios o valor de KQ tende para uma constante qutlJ1d o
:'1I1t lilllindo-a em (10.11) e fazendo x =a + do obtém-se para o cn't"eno d a tensao
- a ~ OCJ. Assim, para o critério da tensão pontual e para o critério da tensão m ' dill
fllII Illl td obtém-se respectivamente,
:N=~1+;32
u
(10. 19)
(10 .26)

lido e
(10 .27)
(10. 20)
Na referência [10. 12] Whitney e Nuismer obtiveram do = 1.016 mm e ao = 3 .8 1 111111
I II ·findo o mesmo procedimento para o critério da tensão média obtém-se
para placas de vidro-epóxido com furo e com fenda. Estes valores revelaram-se ad '-
quados para placas de carbono-epóxido com diferentes sequências de empilhamen co .
(10.21 )

II lo
Exemplo 10.2. Resolva o problema descrito no exemplo 8.1 recorrendo aos critérios de Whirney-N ui slll ' 1'

(10.22) e considerando do = 1.01 6 mm e ao = 3.81 mm. Compare os resultados com os obtidos no exempl o 8 . I.

III
1'/1
U. "hl\l O, I IHI II II III II VI I . do dlt H\II II1 I I I I1I1I I III1II I II1 11
111 11 I'UI'O, o voJUI11 , I , Jl uC 'riaI s ltj cico li lt' ll I I v ll d lll " IlllIit O I '1.1 : ' Jl (), ., '11111 \1
(fN - II~I ' ':,I ~OOJI (1/(I'IO lhl) 11',,1 MPu, VhIl O, 11 0 ' UI fLU', 1 a tcn ão d e ro tura 10 ll l' i 1II I ri ti 1\ "ti ç é muno fi ' I) Iv ,I IIU
'orr 'lido HO critério d u tensão média 111 111 11 1'1 1 0 'm virmde d a distribuição estatí rica da resisrên cia da fibras . /\1 . ' n~' d i
"I • I1sica lida deste critério, a sua aplicação necessita ainda de desenv l Vll1 1 ' 1\1 11
3.8 1») =311.6 MPa. 11 11 previsão microm ecânica de cruel> conforme foi discutido no capítulo 4.

( :wllpfl l'und o co m os resultados do exemplo 8.1, constata-se que os valores obtidos são da I11 CN IlI It IlIdllll \,---
d,' flrl llld cza relativamente ao valor obtido pela teoria clássica da Mecânica da Fractura (3 0 9 M Pu) ' 1111 111
,
I II' /I o da ram ente inferiores à resistência à tracção (500 MPa) do laminado .
10.3. Impacto em Compósitos

realçar que estes critérios pressupõem que a rotura se dá numa d i.. , '\" "
( :OIl V I, IU
ÁS vantagens que os compósitos d e a Ito d esempen h o, c orno é o caso d o arl. (1 11 0
Iii 'p ' nui cular à tensão aplicada, ou seja, na direcção x das figuras 10.9 e 10. 10. I II l' póxido, possuem relativamente aos metais em aplicações que requerem a l~a r 'fH l 11
(-,' I '11- e quando os laminados possuem um número apreciável de camadas c J1l II 'iu> alta rigidez e baixo peso esbatem-se, quando o impacto é um dos para l~1C~I'O II '
I IJI'HH l'ientadas na direcção da tensão aplicada (direcçãoy das figuras 10.9 e 10, 10 ) - a consl'dera r. De facto , estes materiais apresentam uma fraca rCtlH'l l. ' J ' II II
l'() nCepçao
I 10. 14- 10.22]. Neste caso, é a rotura destas camadas que dita a rotura do lamin udll 'sre tipo de solicitações que se traduz numa importante redução da sua r ':H, I
N 'fite aspecto, os critérios de Whitney e Nuismer têm a desvantagem de necessil lll residual à compressão.
lo valor da tensão de rotura do laminado, exigindo por isso a realização de m ais lIllI
~cgundo a generalidade dos autores [10.25-10.27], as solicitações d ~ illl J1l1l I II
' nsaio. Para evitar este inconveniente, Tan [10.18-10.22] propôs critérios de ten 1\11
10dem-se dividir em duas categorias diferentes consoante o valor da veloclda I ':
danificad~l
p()J1mal e de tensão média baseados na comparação entre a tensão crI nas camad u
ol'ientadas na direcção da carga aplicada com a tensão de rotura longitudinal di : impacto de baixa velocidade, caracterizado por uma extensa zona • 11"1
'umada crU/ I> que, por exemplo, no caso da tensão pontual se escreve uma resposta global da estrutura;
) impacto de alta velocidade, caracterizado por uma solicitação transitóri~ que provol' I
uma resposta de carácter localizado, podendo existir ou não perfuraçao.
(1 0.21'1 )

P r Outro lado, é evidente que a utilidade destes critérios assenta na hipótese de II I Estes dois fenómenos são completamente diferentes em termos d~ compor.t amen ll,l
listâncias características do e ao serem propriedades do material, independentes d\l do material e do d ano que provocam e vão ser detalhados em seguida. Dedlcar-s '- II
lHmanho do furo ou da fenda, da distribuição de tensões e eventualmente da sequên iII também alguma atenção à resistência residual após impacto.
de empilhamento. No entanto, vários estudos posteriores mostraram que pode hav ' I'
variações importantes, que afectam consideravelmente as previsões [1O.14-1O. 22 /,
Apesar destas limitações, os critérios de tensão pontual e de tensão média são actua l- 10.3.1. IMPACTO DE BAIXA VELOCIDADE
m ente os que garantem um melhor compromisso entre rigor e facilidade de aplicação,
código europeu de projecto de estruturas em compósitos, EUROCOMP [10. 23 /, o impacto de baixa velocidade é, sem dúvida, a solicitação mais perigo~a por dUll
recomenda a sua utilização desde que se proceda à determinação experimental da razões. A primeira relaciona-se com as extensas zonas danificadas ~ com o upo de d.a no
d istâncias características, o que constitui naturalmente uma limitação importante. Bt\ que provoca, que se caracteriza por delaminagens entre camadas diferentemente on ')1
portanto grande interesse em desenvolver critérios mais rigorosos. Por exemplo, em tadas e por fissuração transversal. Como veremos, as delaminagens podem afectar d .
(10.24], mostrou-se bastante rigoroso para vários materiais, um critério de roturn uma forma drástica a resistência residual da estrutura, nomeadamente quando esllI
baseado na tensão máxima crI e numa resistência longitudinal local da camada, dife- está submetida a solicitações de compressão. A segunda está ligada ao facto do dano
rente da tensão de rotura crw l medida nos ensaios de tracção. De facto, na presença d . não ser visível a olho nu, ou seja, não se observa geralmente indentação ou fiss~ra çl o
superficial. Na realidade, são necessárias técnicas de análise relativamente sofistlcaduH
272
11111'11 1111 ! 1'lH l o 1'11 1 11 ) P lI ,'ll LI I ' l ' ( II II li 111 11 I I "
( 1'" II . 01 ' I ' I ' 1111' II III 11 1I 1f1l" ll ll, l' '1"/1- ((li II ,'J 1J1 1I 1l 1 'I 11 1, 1' 0 '1' 1, 11111 11 1 111 111 H UIIl /I Jll) IllvlI P 'II1111ll' I\ d ' 1IIIIdo 1'"1' \ 111111 11
Ilt,; O I II V ')I () mui '01 1 I
I I III ,
I
1/11, II I
I ' ' ' 11111 III U "'LlmOt' o ruI I ii
111 1 II 11111111 Jl yl ( ti ' 'tlll:Ulllt' US, moo '" r 'l lill I I IlIdxu v ' lo ' lll lld ' l d l " I 111\ II! (Vl' i' Ii,UI'lI 10 , 1 S) , M() lI r lll() ,~ H I , li OU 11111 di 1111
111 11 I ' II, li do II lllluda de I
1111 i 'l O J ' Uv s n us ueronave, ã ui UI1111, l'I1I1 )lO , ii ItivO d ' v.i li lU ' IIfll(' 1' 111 11 /I Vlllll tlg ' 111 de.; ti ' o 'rgiu di !:ll onlv 'J JI !) 111 \) 111 ' 111 11 d ll
1I1pa to rC~U l lUl' lu ~1 1lI 1I 11 d · du ns compon entes: ' I energia rnlvíLi 'U ' n ' II '1'/ III ~d .

" ·j'onnação elásti ' ti uu vi to, Esta e facilmente variável, basra nd paro IlI l ull ' 1'11 1' \I
10.3,1 .1, Ensaios de impacto de baixa velocidade "011 primento da viga ell balanço (ver figura 10.1 4). E tes disp sitiv s arH" ' 1!l 1I 111
\1 umas dificuldades d e calibração, o que t';;rna o dispositivo de qu eda I ' P 'St) 'I)II I)
, \) 111 objectivo de simular o impacto de ob 'ectos \) mais universal. Este consiste na queda de uma massa bem conhecida, LI I u l'l h' li \
VI dos m érodos de e ' ) estranhos, foram desenvolvi 10 1 urna altura predeterminada, que solicita o prove te (geralmente uma pIa a) '(l lo '"dll
nsaIO, que se podem agrupar em d" d'
!til' 'H C os de queda de peso. OIS tIpos: os Ispositivos pCI'l III Ilum plano horizontal (ver figura 10.15). De um modo geral, este tipo d e ' n , llio II I (I
provoca a destruição do prove te, o que origina o ressalto do impa ctor. J1. 0 '0 11 1'

('~lI1~i~~Sitivos pendular~s incluem os ensaios Charpy e Izod (ver figuras 10.11 e 10 I'I
4uência, existe a necessidade de munir o equipamento com um sistem a an ti-r ' 1I 11 1l
l: os para os metaIs. O objectivo destes ensai ' b
I . . lue impeça o impactor de solicitar o provete mais de uma vez. A vel 'i<lud · III
1\ rOtura de um pro . os e o ter a energIa necessária PUI'U impactor, geralmente hemisférico, é medida através de sensores óptic S '0 10 ' /I '11
vete com geometrIa específica T d ' f: .
li 'Htrutivo e de a geo . d _ . o aVIa, o acto de o ensaIO li IJ imediatamente acima do provete. A instrumentação do impactor permic () r " I I II dll
metrIa o provete nao retratar o ti d
lItili;::adas, originou o recurso a s 1 - I . po e estruturas geralmelll curva força-tempo e, por integração, obtêm-se as curvas velocidade-tempo ' I - III 'II
o uçoes a ternatlvas embora se)'a . d d
l'ol11paração de comportamento d d' e , " am a usa o pU1'I 1 mento-tempo . A energia cinética do impactor no momento do impacto (: lllll1h "II1 11111
e herentes materIaIS.
parâmetro a ser considerado embora, por si só, não seja determinante. Nu I' 'I dl Iml ,
uma determinada energia cinética pode ser obtida por duas vias distintas: LIIII -I 'vl ulll
valor da massa a uma velocidade baixa ou uma pequena massa a velocid au' 'I ' VII III
Enquanto no primeiro caso teremos uma resposta do tipo estrutural, n fi'[ lll l 1\1 II
resposta será localizada numa região confinada à zona de impacto . Conclui-s' " 1111 ,
que a selecção do tipo de ensaio deve ser criteriosa para assegurar que as caraCl 'rI. l
do ensaio são similares às condições de impacto a que a estrutura está submeti lu,

1 - Ace lerómetro ' 2 - Provete . 3 - Amplificador' 4


. - Filtro' 5 - Oscilos cópio· 6 - Computador
Figura 10.11. Pê ndulo Charpy e porme nor d e fixa ção do provete nestes ensa ios.

Figura 10.13. Dispositivo pendular.

Figura 10.12. Pormenor de fixa çã o do provete no ensaio Izod.


IIpc rl
'
'i ' U ' Jllllllll I
lll LI
v ·,· l j!. Ll I'U IO. t 7) .
A VIIIII p jW <': L! do '101' III di 11 111 11 11 11

II AI 111111 ó,n 1'"0

~
11 (, L lur
..
--- ---------
- ... -..:::..r..--:.::...::z.:e.
,1 IJ PI Q ansa i r
II • Altu ra do ensa io
Figura 10.14. Di s pos itivo do viga.

_ Montante Figura 10.16. Vi suali za ção de delaminagens sobrepostas numa placa quasi-isotrópi ca
da máquina
[Oz/±45 /90z1s rec orrendo à radiografia por raios X [10.291.
z

o
0
. ma interface entre cam ada s a _45 0 e 45 num lamin cI
Figura 10.17. Vi s uali zação de uma delammagem nu
, T' . de Desempilha mento [10.29l.
[Oz/±45 z/90z1 s recorrendo a ec nlca

sado consiste no corte de um elevado número dt: Li l' I


)utro processo regularmente u . , b ça- o das respectivas secçõclJ UI \
'fi d apos pohmento, o serva
Osciloscópio
tinas na zona dam lca a e, , _ d di ' agens em cada interface e uu,
microscópio, o que permite a idenuficaçao as e amm
Figura 10.15. Dispositivo de ensaio por queda de peso.
roturas de matriz nas camadas (ver figura 10.18).
Fronteira das
ckl3m.inagens

10.3.1.2. Métodos experimentais usados para a detecção do dano

Nn lllminados de vidro-epóxido, as delaminagens podem ser observadas recorrend o


II III H foco de luz intenso colocado por trás da estrutura, uma vez que se trata de UIll
11111 T ia ] translúcido. Todavia, nos compósitos de carbono-epóxido é necessário () Linhas
}- de COIte
II 'UI'NO a métodos não destrutivos, tais como os ultrasons (C-Scan) ou as radiografia · 10 18 Método de corte de tiras fin as [10.301 .
FIgura . .
III H' mi s X. Em ambos os casos, não é possível a obtenção de detalhes sobre a distribuição
dll ti 'l aminagens ao longo da espessura, uma vez que a imagem obtida correspond '
ohr posição das delaminagens (ver figura 10.16). A alternativa consiste em recorrcr
Dano causado por impacto de baixa velocidade
II 11m método destrutivo denominado por "Técnica de Desempilhamento" ("Dep/:y 10.3.1.3.
1'rIt'It/lique") . Esta técnica baseia-se num processo termoquímico, que permite a . baixa velocidade caracteriza-se por rotura da m atriz
I I (1m !,:. o das camadas, mantendo a sua integridade, e a identificação individualizada O dano causado por lmpacto de . d A rotura de fibras é limitad 'l,
d diferentemente onenta as.
!Iii ti 'la minagens por prévia aplicação de uma solução de cloreto de ouro na zona e delaminagens entre cama as . O aparecimento das delami nu-
. . fi ada a zona de contacto .
!l lIll lli 'ada [10.29]. O processo de remoção das camadas faz-se após a queima da resina e quando eXlste, esta con m . . tadas está relacionado com li
gens nas interfaces entre camadas dlferentemente onen
li IlIt Ht temperatura de 418 C, permitindo assim visualizar o dano interno devido à
0

7'/'1

III
d/ '111 ~'lI d ' l /-( d l :t, I'l( I ' li I , ' 1111'" I I
'I I ti I I I 1111 h I I li!' II I '
II · 111 111 Jl u /{' 111 IPI" ' nlll LJJl I' I l{)rllJ I / , ' I 1) , ,II} ' l l I 1111 \' 1/ 11 I
, I 1111 11 11/ 111 11 1 III/I 111 111 dlr " / II I
I ' 111/111111 l lll ndll ubuixo III int 'ri' , (
11 11111 ' 111 11 ' \)10 li dil' ... ' nçu d'
I
U • Vl')' 'I III ' ! 10 I
'", ,I
n ()
"
I
I 1/'11 I I
lllIlll111 0dus d 'h llll lll ll I II
I.: f1 c..: n U<,:t u tl , 'L1 111 II I I II 'ill ' ' III 'S l ' ' . .t' '.
'I • lubekcil11enco I · 111. LI ·I 14 onolí rico-numéricos na previsão de comportamenw lll )
I I lo, '0 11 , Inlll-S ' ILI I.: n os hm ' d ' . t lOCc..: l ue . ['0 1 11111111 IlI lpll ' tO d e comp sit s adquire especial relevo sob duas perspectivas:
. . < ma os pou co <.:::;p 'SIi Ofj O CQ 1 d

"I
11 (1 11 ' 11111 las inl 'rf:" es I' t ad '
. <,
111 1111; Jon e d essa mesma supe fi ' (d '

I' II l'OlUI' L) d a 111'ltriz es tão' '


"
u as Junto a supe 'fi '
. -
r ' man 10 as d elumi ll ll I II
~blc~e_so leItada, para as interfn ' " II/II
r Cle Istn Ulçao troncocó . ) A di
.
'
mca . s e al111Jl \ II'
, I l ' ifltência ao impacro, que envolve a previsão da natureza e dimensões d

'I'vindo de base à obtenção de soluções-rendentes à sua minimização;


don o,

. ll1tImamente lIgadas (ver figura 10 19) A f- , 10 1' rância ao dano, que pretende avaliar a resistência residual das estrutu ra, ti l t'I
Il ll ll d ~, r '::; Llltante das tensões d / fl _ . '. ISSllru ' \ () III lima solicitação de impacto .
e Corte e ou exao constItui o d ' " I
11/1 II III triz propagam-se até às i t e ' ano mICla . A Jlt-l III IH
n er~aces entre camadas diti
I II gl ll un I o aparecimento d dI ' erentemente ori ' 01 0 III
e e ammagens Uma fissura d I ' Numa primeira fase, os modelos devem contemplar, a determinação da disrrilu ~' II
IIIIH ) til.: camadas intermédio ger dI" e corte ocalIzucl \ 1111 I' pacial e da evolução temporal da força de impacto no compósito. Seguidam ' 1)[(', II
a uma e amll1agem subst . 1 .
I' IIIII UP quena e confinada d I ' . anCla na ll1terface inf ', II I
e amll1agem na ll1terface superio U fi !II jectivo é recorrer a uma análise de resistência dos materiais ou de mecânica du r I '
1 ll! ' d i ~lIda n ogrupoexteriorde d '., r. ma lssuradell 'l( II I lira para a determinação dos modos de rotura e previsão do dano causado p eltl soli 'I
cama as contnbUlra para a deI' d "
1/11 • 111 , está adjacente (ver figura 10.20). ammagem a ll1terllll I IIH,:ão. Em geral, a modelação deste fenómeno requer uma análise dinâmica explf 'II I
liom modelos de elementos finitos do impactor e da peça compósita. Todavia, caso I '
pretenda modelar a previsão do dano os modelos resultam extremamente pesados ' II I
lermos computacionais. Daí que se assumam algumas simplificações, nomeadam ' )1 1 '
na previsão da força de impacto, que se descrevem em seguida.

10.3.1.4.1. Força de impacto


(a)
(b)
Figura 10.19. Dela minage m associada à fissuração originada por corte de um a camada int erm édia (a ) No impacto de b aixa velocidade, a duração do contacto entre os corpos é muito sup -
e por fle~ão de uma camada exterior (b) [10.291. rior ao período do 10 modo de vibração, o que permite desprezar o efeito da propa-
gação das ondas de tensão e tratar a solicitação como quase-estática. Neste caso, exis-
" 11 111 IlIm inados mais espessos ou co . , tem alguns modelos simples que podem ser usados para modelar o comportamento da
m maIOr numero de cam d d
I I 'I I I , impacto consiste numa d ' l' a as, o ano caracterís- estrutura. Assim, com o objectivo de modelar o contacto entre um impacto r esférico .
re e ll1ter 19ada de fiss d .
I II tlU di tribuição ao longo da espes 'd' uras e matnz e delaminagens
sura eVl enCla uma m . - uma placa plana, que é representativo da generalidade dos mérodos de ensaio, foram
I III • o da espessura. alOr concentraçao do dano desenvolvidos dois métodos: Balanço Energético e Massa e Mola.

10.3.1.4.1.1. Modelo do 8alanco Energético [10.311

o modelo do Balanço Energético estabelece que a energia cinética do impactor n


momento do impacto é absorvida pela placa sob a forma de energia de deformaçã
de contacto Ec, energia de deformação flexão/corte Efe e energia de deformação de
me!TIbrana Em'
Figura 10.20. Consta tações expe rimentais observadas por Moura [10.291.
(10.29)
11

279
011 I' lu II ' \' 0 11111 ' l O d 1 "1' 111 1111
'nd o l/llax a força máxim a, correspondente à ind 'n l ll~:lI \) Jll úximu. Esta fon,:u V l tÍ ' I'

III sorvida pela placa através de deformações de fl exão/cortc e m embran a

( 10, 10 )
( 10,'7

\ HII I " II 1()I'c,;u I , onta to P se relaciona 1 ti ill I ' nll" ': II\) (X IILruves da conhecid u h' \lU seja [10.34]'
- K~w+KIII w3 (J O. 1-1)
I II 1' 1;1, [lO , 21, P.nax -

(J Q. \I
scndo K a rigidez de flexão/corte, Km a rigidez de membrana e w o desloca m 'nl o
fc
1' lId o N. O parâmetro da rigidez de contacto, que é função das propriedades matcl'i u transversal da placa. No caso de uma placa circular plana encastrada ao longo lo
I 'ol1l l:tricas da placa e do impactor. Para uma placa plana e um impactor esférl 'II bordo obtém-se [10.31]
1\' \)1- ' 110. 2], 1 1 1
- - =-+-
(1 0 . 2 K fc Kf Kc
41í Er h~

l
K - ---'::-'--:-
1' 111 qu ' RI representa o raio do impactor e KI> K p são parâmetros dependentes do f - 3(1-v,z )R~
11111 'duis dos dois corpos. No caso do impactor, constituído por um material isotrópic\l
(1 0 . 9)
110, I I, 41íGzr hp E,. )\ 1
3 'l )j'+ln(R,%'J
(
l - v"
K] = - -. - .
1íE
(10 . K ,,= Er-4v,~Gzr
l'III' l ll llaca, considerada um material transversalmente ortotrópico tem-se [10. 33 1

o .JA;[(~A22 Ali +GzJ -(A I2'+Gzr Y J~


Kp= o (10. 34) sendo hp a espessura da placa e a e o raio da área de contacto [10.32]
21í .JG::(AZ2 Ali - A12 )
31í
a e = [ 4'P(K 1 + Kp)R j
J71' •
(1 0.40

A equação (10.29) pode-se finalmente escrever

A I2 = E,Y zr /3 (10.3 5) '21 Mv 2 = 52 [(K f e W +K m w3)SO/ n 2J71' +'21 Kfi: w- +41 K


o
III W
·1
.
(1 0 .4 1)
/3 = 1 2
l-v r -2v zr o A resolução da equação (10.40) permite a obtenção de w e, por substituição cn l
0= Er (10.38) o valor de Pmax·
Ez
111 1 II' é a direcção radial no plano da placa e z a direcção transversal ao longo da
I'

li ra da mesma. No .caso de uma placa ortotrópica podem-se ainda usar as 10.3.1.4.1.2. Modelo de Massa e Mola [10.31]
11 1I1 1i~' ( '13 (10.34) e (10.35) desde que se obtenham os valores de Er e vr a partir das
1 11"1 (,:( 's (3.60) e (3.61), respectivamente. A resolução da equação (10.30) origina o modelo do Balanço Energético permite a obtenção da força máxima de impato ,
Todavia, caso se pretenda obter a evolução da força, velocidade e deslocamcnLO
2 31 51
E =_n 7 2 p I3
c 5 max
(10 .36) durante o impacto é necessário recorrer ao modelo de Massa e Mol~. Neste mo~e10 ,
o impactor e a placa são representados por duas massas (mI e mp), hgadas atraves I '

~II I
'1111
11111 11 11 10 111 I JlI ' (' 111 11 1111 11 I 'liI'lIl li' l 1 1 11/'1 11 111111 11 111 1111 11 11 1 11 :1. , () '0 1l1PO I' IIIIIIIII III
( IOA"
rl lI pl ll 'II /, 1·/ ' I' III 1'01' lIlIllI '() lllh II II ~'I II di II I 11 11 11 11 , I 'pl l' ' 1\1 IlId o OH .fe/ , O d, ti '.,)/
II · O, ' or'l ' 01 ' Jllbl'Unu ( v ' r tinl/' I 10,:' 1) , I 1 / 11 11 1111 " pOl ' 'I(r) , '2 (t) OH d 'HJ' HII
' ndo ac dado pt.:lu equução (10.40).
111 1' 111 0 I III dUII S I1111 SS Lt S C ap lj tiO lo li 2" I .· I , N ' W I ()I1 , pod~m- C s ' f" V '1 ,, ~
'\lU I ~' i' I , ' qui libri d inâm ico

fII/ XI(t ) +/lnlxr (t) - x 2 (t)l"s == 0 10.3.1.4.2. Previsão do dano causado pelo impacto
.. ()
trlI' X2 I
t +K f c X2 ( t)+K m x 23 (t) -/lnX I (t) - X2 (t)I 1'5 =0
( IO.d I)
A previsão do dano causado pelo impacto de baixa velocidade numa placa d <.: m Ui '
1111 I À. ddinc o sentido da força existente entre as duas massas, sendo À 1 fllll II = l'Íal compósito é um problema complicado. A generalidade das soluções Prol () I II I
\ I I) =
"2 (t) e À -1 para XI (c) < X2 (C). Note-se que a indentação a(c) X , (c) - :.1'2(r = rI.! orrem a análises numéricas com elementos finitos tridimensionais e a critério I '
II" ' O lc locamente da placa w(c) = x2(C). A consideração de condições ini 'i II
propagação especificamente desenvolvidos. Choi et aI. [10.37] estudaram a inc ' J'tl '4:t o
= =
\ I O) O, X, (O) =v para a massa mI> e X2(0) O, X2(0) = O para a massa mp, e o recul "
'ntre a rotura da matriz e a delaminagem e propuseram um critério de rotllru dU I !t I
11 0 111 /,c d de integração numérica de Runge-Kutta de 4 a ordem, permite a resoluçllll
4ue identifica separadamente cada um dos modos de rotura. Todavia, O 'ri I I 1, 1\
d(1 I [ema de equações (10.41) . Por substituição de w(c) em (10.38) obtém-se P(l) .
recorre a um parâmetro empírico, obtido experimentalmente, o que cons ti lui I II'"
limitação do modelo. Lakshminarayana et aI. [10 .38] usaram uma aproxlll1l1l,'II 11
numérico-experimental para prever a resposta ao impacto de placas 1<1 11 ill ud ll l 1
concluíram que, a obtenção rigorosa das tensões interlaminares impondo ti l ll ' II "
~inuidade entre camadas adjacentes e a consideração de um critério de rOllll' lI 1111 1 I
facial, são os requisitos fundamentais para prever o inÍCio da d elaminagem . Zh ' I 'I
Sun [10.39] propuseram um modelo de placa dupla para previsão da d elamill lli III
devida ao impacto. O método trata o compósito dela minado como duas p Ia ' li . I ,
Figura 10.21. Modelos de Massa e Mola com dois e um grau de liberdade.
Mindlin separadas, que inicialmente mantêm a sua integridade estrutural atr'IV 'H li •
restrições de ligação e condições d e contacto. Os autores recorrem ainda ao m étOdo
I :/1 (\ n massa do impactor seja 3 .5 vezes maior que a da placa, esta pode-se desprezar
1 do Fecho Virtual de Fenda descrito no capítulo 8.4.1. para modelar a propagação dll,
1 0. I /, dando origem a um sistema mais simples com um só grau de liberdade (ver
delaminagens . Moura et aI. [10.40], previram o dano em laminados d e carb0l1 0-
li 11/'11 I 0 .2 1). A equação de equilíbrio dinâmico escreve-se
epóxido (0 4, 90 4 )s recorrendo a elementos d e interface e ao modelo d e dano descril o
no capítulo 8.4.2. A caracterização do dano interno foi feita recorrendo à radiogralll\
(10 .43) por raios-X e a observações com microscópio electrónico, em placas seccionadas cm
I lido " (c) = w (c) + a(t). pontos cruciais. As características fundamentais do dano observado foram:
) o dano interno é constituído por delaminagem entre camadas diferentemente orien-
tadas e por fissuração transversal;
) a delaminagem só surge na interface mais afastada da superficie solicitada (segund u
III '1. 1.11. 1.3. Oistribuicão espacial da forca de contacto
interface) e apresenta uma forma de amendoim orientado na direcção d as fibras dll
camada inferior adjacente à interface;
I '1111 1 I previsão do dano causado pelo impacto é necessária uma análise detalhada da
) no último grupo de camadas igualmente orientadas, existe sempre uma fissura tran.
III Illbuição das tensões que se geram na zona de contacto, de raio ac' Assim, é impor-
versaI, devida às tensões de flexão;
111111 ,' letinir o modo como a força se distribui sob a forma de pressão de Contacto
) as fissuras transversais e as delaminagens estão interligadas, ou seja, a d elaminag ' 111
I 1111" os dois corpos. Recorrendo à teoria de Hertz [10.36], a pressão de Contacto
I I , ' V '-se é gerada pela fissura que, na sua propagação ao longo da espessura das camadu H,
encontra um "obstáculo", constituído por um grupo de camadas diferentemen l '
'II
/ 11'1
(II ' III Iii I I ' 01' g 11 11 1111111 ti -111111111/ ( III III I I MI III I I 1I11' I I!W I,

l 'lI l'l! l ' Ilwd 'Iul' () loi, Lil OS ,I ' c.I Ul1 0 ot H ' (' IIdll 11 1111111 '(II Ul ! l 'l'u los dem 'I1L 1111 11
II , III ' d i l " fll (,) H 11.t1 se und I interfu " ' ( 1)1 ) I 11111 I.H no úlLin10 grup d e '1IIll lllhl
Il lI hll 'nL' ri ' n t<ldas na zon a do aparecimenl du Ji !jS Ul'lI Lransversal.
0 \ ' I VUI' nu figura lO .22, o modelo proposto c nsegu e simular a interacção ' I III I
01110 H ' 11111 1
(c1)
1'01111'11 du mucl"iz e a delaminagem. A fissura vertical devida à flexão constitui l 1111111 --.... ',,---- -- ----
. entais e numéricos em esca la 1:1.
II '1111 Oblid numericamente. Esta fissura induz o aparecimento da delamina 1 ' III 1111 Figura 10.23. Comparação entre os resultados ex penm

1111 -rl'u . ad jacente. Este mecanismo de dano ocorre de uma forma progressivu, 1111 . c ulação arll l, l '
s finitos de placa e de casca cUJa Lorm
I -JII, (,) r 'scimento da fissura vertical está associado ao crescimento da delaminu K 111 Ilxistem actualmente elemento . I' [10 42] Relatival11el r ' I
. d tensões de corte mter al11mar . .
N I fi gura 10.23, constata-se o bom comportamento do modelo no que resp -i!1I II 11m cálculo rIgoroso as . ' I houve rotura das camadas por '0 1'1 -
11)1'11111 c rientação da delaminagem bem como na previsão da fissura transversal. . - do dano verifica-se em prImeIrO, ugar
previsao, . se

( ) 1110 lei apresentado é aplicável para um número limitado de camadas. De fac tO, ))11 111
c/ou flexão «correndo ao critéúo ~uadt~:";'t y (1M ')

hunlnados com um número elevado de camadas diferentemente orientada II l ;~2 ) +l rU~:3) = 1


1I((!lldação com elementos finitos tridimensionais e elementos de interface tOrnu I . - transversa, I a. tracção ou compressão, conSQu l11
III 'omp rtável em termos computacionais. A alternativa é recorrer a modelos mil ~ . , . a dIrecçao , , ' ,1\
Hendo cru 2 a resIstenCIa n . I ' Caso a aplicação do flI ' II I
, . ' ncia ao corte mter ammar.
11111 Ics e que de algum modo garantam um mínimo de rigor na previsão do dU11I 1 sinal de cr2 e ' u,23 a reSIste . d . ada camada averigua-se a 'Vl' tl
. , . d da matrIZ numa etermm ,
N .. se contexto, foi desenvolvido um modelo alternativo baseado no uso de um elem ' 1\ indique a eXistenCIa e rotura . ~ d' entes Estas são provocadas p r l ' 1\
10 linit de casca com formulação específica e um critério particular de rotura, tend I! , . d di ' ens das mteuaces a jac .
tual existenCIa e e ammag . ' c e por tensões normais devi lu
. I' e jusuficam a sua Lorma,
1111 - nta as seguintes constatações obtidas por simulação numérica [10.29, 10.41J : sões de corte mter ammares qu d ho consoante nos afastalTIo
_ ' . elo aumento o seu taman
li rcnsões normais crz são localizadas e compressivas; consequentemente pode-o à flexão que sao responsavels p . I 'nares consideradas são as tens~ .
. . ' d A ões de corte mter aml
I! sumir que não desempenham um papel muito importante nas extensas ár ti da superficIe soltclta a. s tens " tificado pelo m odelo h,
li 'Iuminadas características do dano de impacto;
. - d fib d camada inferior ('13),.' o que e JUs
na dIrecçao as ras a fi 10 24) as forças induzidas nas fibnt ,
) , iste uma grande semelhança entre a distribuição das tensões de corte interlami. Clark [10.43]. Segundo este .m odelo (v.~r Agura ' ressivas na região B. Assim sen lo,
t são tractivas na regiao e c omp .
IlIlres na direcção das fibras da camada inferior à interface dela minada e a forma dUM pelos des Iocamen os . . f: 'I'd de de propagação na re lU \)
I' pOSSUi malOr aCl I a
li '1lIninagens, o que demonstra a importância do cálculo rigoroso destas tensões. o model~ suged~e qu~ addae ~~:::!:~amada abaixo da interface delaminada.
A, ou seja na Irecçao s
{) I
_~A
--- 0""-."

_45

Figura 10.24. Modelo de Clark.

. .' . . ão são calculadas na interface, considerada um m eio


As tensões prInCipaiS deVIdas a flex _ - 3 53) que .. ()
Figura 10.22. Visualiza ção do dano progressivo e interacção entre a rot ura da matriz e a delaminag em. . " artir das deformaçoes no plano (ver equaçao. ,
conúnuo e ISOtrOpICO, a P . d Fnalmente considerando esw,
conúnuas entre camadas diferentemente OrIenta as. I ,

I llh
I, t '()'ll l llm' !)II' j , ( ' 11 lO ' () ""',, () di ' I i ' II ( I I ' '111 11,' \1 ,li), d ' I ' 11 111111111 1
I Ii' I\l ' I110 LI ' 'tiS 'a ' Vil i 1' 1'1111" 11 " 1111 111 1111111 'h, l o <.l' Ull úni 'O ,I ' 1l1 ' 1l1l ) tiO 10 111 (\
" III' 'II I 'Iuminu Itlfl .1 J' 'vÍstus, ~ o.n)() o p n I II 1111 fl /I II II ln ,:.!!:, Obt "J11- S ' ii lo, 11111
(o \Ir! 'nw ' 1 e rI" 'CH. das deI am1nagcns
. • üO III 1111 1 1\' !lII HI qll Ht; C nscgu. ' (lI II I " 1111 'H I '8Sun l c a d etcrmi nlH,:no 111 1 ' vúrios pontos cm to da 'umn lu. A "II ' ' /I
' II \ l ' ' III

do I' ,t tângulo envolvente cJ II> I '!arni.t u gC l1 S r i prevista com um err por d ef 'iw ' 11 II' •
IIlIl lI ' 11 m ti 'tam anh das delaminagens a 10 11 'O d u 'NI ' 111'11 J Itrminado. 'SL' II llId
I I a 2 % relativamente aos resultados experimentais, o que é um err accitúv' l 1)0
lo P 'JTn Í[(; a análise de compósitos com muita 'llu tHlas UI1 Ll Vc:t que a formul u~' II d ll
I"tl t ulo de uma superfície, O facto dos resultados numéricos terem subestimado \)
, r crimentais, está relacionado com a circunstância de existir uma situ ação d ' IUll o
,", : :: ,' : pr gressivo e interactuante (rotura da mayriz/delaminagem), que não é contemp lud ll
.:. ... :........,: ..:
'

II 'ste modelo.
' . :', '.', . .", "

.' .: .

: : : .- ~ . ::
- "o ', ....... \
:
10,3.2, IMPACTO DE ALTA VELOCIDADE
..... ... .
. . ..,. ' . : : - .. . . '
.' . 1\0 contrário do que sucede no impacto de baixa velocidade, que se caracteriza por
'. :: . : .. " - " .' lima resposta global da estrutura, no impacto de alta velocidade a resposta é de cará tcr
Interface 1 (entre 02 e 45 21 localizado e o fenómeno de propagação das ondas de tensão é preponderante.
Interface 2 (entre 45 2 e -45 21
volume de material directamente sob o impactor é comprimido e translada transver-
.. .. ' . :: . ' .. .. ' . ': ~a lmente num tempo muito mais curto do que o necessário para que a estrutura tenh'l
- . .' ::.. ' . .. ...:..... -.: ... .
... ..
.... .
uma resposta global. A velocidade de transição a partir da qual a propagação de ondas
. " . " ,.
de tensão se torna importante, pode-se determinar, de uma forma aproximada, con-
..
"' o ", ',

.'. I;l iderandoque a zona cilíndrica de material imediatamente abaixo do impactor sofr
:: ; . . ' .
..
:: ', : à medida que a onda se propaga de uma face à outra, uma deformação uniforme
..... -, " compressiva dada por
v
.' " "
ê=- (10.46)
..... C

onde v representa a velocidade do impactor e C (:::;2000 m/s) a velocidade do som n 'l


Interface 3 (entre -45 2 e 9°4 1 Interface 4 (entre 904 e -45 21 direcção transversal. É costume usarem-se valores da deformação entre 0.5% e 1.0%
para calcular a velocidade de transição. Para a maioria das resinas epóxidas o valor da
" ..
.. .. ... . -" . ' . " "
velocidade de transição oscila entre os 10 m/s e os 20 m/s.
" " '.
• . : : : : : .' 0'0· .,' • • ' • •

" .......... Na caracterização do comportamento ao impacto de alta velocidade, utiliza- c


universalmente um canhão de ar comprimido. Este sistema é basicamente constituído
. .' : ~ . :-
.... ", ",
: : :":' por um reservatório de pressão, um canhão de ar comprimido, um projéctil e um
sistema óptico para leitura da velocidade (ver figura 10.26).
" . "
'. ' . ' . ....':. ' . ' .
',', ..:..... .

Interface 5 (entre -45 2 e 45 21 Interface 6 (entre 45 e °2 1


2
Figura 10.25. Delaminag ens previstas num lamina do [02/±45 2/9021s de carbono-epóxido. submetido a uma
fo rça de impa cto de 2958 N. A numeração das interfaces é feita a pa rtir da face oposta à da solicitação.

í'U6
287
1111111 dii III
dOI'! IlId ' ti I ror' 'tU, po I ' III 11 11 111 1 1111 111 11111111 11111111111 dlll l III J 1'11 ' I' ' 1"1 d I I,
1{IIIII II IId IJ I l i pi 10
\' 11 fpi tl de pcrfuraçã cqu iv I I , II I III I 1111111 ti" 111I1f I '()I' I' 's p J li '111 ' 11 01
,I Ij J fvul ór'l o d r om r il lfl ldll 111I 1" l'It<.:s modos de rotura: rOlUfil LI - 111111'1%, 1'01111 11 ii · III )I'II H, dc1amina T crn ' llll'il o
I, V lvul
p'O)(' 'LiJ/provete.
5 • Co nh o de ar comprim ia
6 . Leitor de ve locida de
7 - Provete [ :==-==:::::::J
--~rl
1=---
)-;;;:::===
Figura 10.26. Canhão de ar comprimido. ----'---:;j ~-
II -,
Y;;' -
() d uno característico deste tipo de ensaios permite definir duas situaçõe di 1 III " UI
t'OIlHOtlnte haja ou não perfuração. Na ausência de perfuração existem fenómell o "
11I'OPt1 ração de onda de tensão que devem ser considerados. O impacto é respon I \'1 I
Igura 10.27. Difere ntes zon as de rotura num laminado submetido a impac to de alta velocidade: zo na I, rotu r POI
P -lu "fiação de uma onda de tensão compressiva que se propaga através da esp 'H Itl ll
corte transversal; zona II, rotura de fibras por tra cção ; zona III, rotura de fibras e delamina ge ns .
IIl1nd o atinge a Outra superficie reflecte-se numa onda de tracção que pode '1111 II
1 1'0 lira na primeira interface entre camadas diferentemente orientadas, O dano dll l 1\
()s primeiros estudos experimentais sobre impacto balístico foram realizados por lUpl 1l
d ' tc tipo de solicitação inclui deÍaminagens, rotura de matriz e de fibras 111 1111
'I aI. [10.44] e Vasudev et aI. [10.45], que determinaram a resistência à perfuraçuJ li •
JlI'O 'csso complexo que envolve a combinação dos efeitos das ondas de tensão Ç()JII )
'ompósitos de fibra de vidro submetidos a impacto de projécteis de pequeno alit I",
ti {ormação transversal localizada. Caso a velocidade do projéctil seja bastante el 'VIII II
(.antwell et aI. [10.46], propuseram um modelo simples para prever a perfuração buli
\) L'mpo de Contacto é bastante cuno, a estrutura não tem tempo para se def0fl11 11) )
Ika de uma placa compósita. A energia total necessária à perfuração foi consid rn II
IIp rcsenta um componamento rígido, o que origina a perfuração com remoçt o I
'orno a soma da energia absorvida por deformação de contacto, flexão da p lu 'II ,
'xplIlsão do material. Este tipo de solicitação designa-se por Impacto Balístico. U I"
n:moção de material por cone e delaminagem. Os autores constataram também qu ' II
d os conceitos mais imponantes é o do Limite Balístico, que se define como a vel o I
impacto de alta velocidade excitava unicamente os modos locais e assumiram qll ' II
dadc mínima inicial do projéctil que resulta em perfuração completa do provel ', I
massa da zona afectada era igual à do projéctil. A energia necessária à criação da d 'Iii
I uni a qual a velocidade residual é nula. Verifica-se também, que acima do linl II
minagem foi estimada multiplicando a área delaminada obtida por C-Scan pela encr~ !U
haH tico, a energia cinética residual do projéctil aumenta linearmente com a sua en ' I
de fractura à delaminagem (700 J/m 2 ). Um procedimento semelhante foi usado PU I'II
uia inética inicial. Pode-se então estabelecer que a energia cinética inicial do projé 'I I
<.:stimar a energia dissipada pela remoção de material ao cone. Os autores obtiverul I
' i ual à soma da energia de perfuração Up com a energia cinética residual do projé '1 1
' d material expulso boa correlação entre as previsões teóricas e os resultados experimentais para com pós i
tos de carbono.
1 2
-mv
2
= U'p +-(m+m
I
2
)v 2
e /' (10.47)
10.3.3. PARÂMETROS FUNDAMENTAIS NA RESISTÊNCIA AO IMPACTO
Hcndo m a massa do projéctil, v e vI' as suas velocidades inicial e residual e me a m asslt
do material expulso. Constata-se que o limite balístico varia linearmente com o
Existem diversas possibilidades de melhorar o desempenho de uma estrutura compósilll
número de camadas do ·laminado e depende da geometria e tamanho do projéctil. Enl
perante solicitações de impacto.
cral, o processo de perfuração ocorre em três fases. Inicialmente, junto da superfici '
solicitada, dá-se uma rotura por cone transversal do volume de material sob O
No que concerne às propriedades do material, uma regra básica consiste em usnr
projéctil relativamente à restante estrutura. De seguida surge uma região onde prc~
materiais com maior tenacidade, porque absorvem maiores níveis de energia I '
domina a rotura de fibras e, finalmente, na região mais próxima da saída do projécti l
deformação e dissipam mais energia durante os processos de danificação. São ponanl \\
aparecem delaminagens (ver figura 10.27). Dependendo da rigidez do prove te, massu
preferíveis resinas dúcteis, como é o caso das resinas epóxidas modificadas com

2BB
,11'/
lo 11111t 'rlo l, O ~LI ' ::I LI Be nta a ne . H, idlld \ I'l i III ' III ' ti ' I11 Ui Hil1v .. d e,II !;I\\! 11 11
11\1 1111':1 {)
II \11 'ui 1 ti IlI lI'I' \ 'III , 0 11 () I' ' III II I II 11111 11 I 11111111 1'1 11 ii 'II , N 'H I ' ' \ 0, 11111 I II , I
1 111 do 1':-\' nbe 'cr t dos s d etalhes d omp l ')(0 'omporramcn to uO IInp Ll ' I II
I' qll ll lO II Il lv ·1 I , I" i::; 1 n 'iII I '0 11 1\ 111 111 . I lIlItl IIl v 'I' II (hum/du I ' , 111111 1
I'Il l l lI'lI) 'xl ' tr\ 1\ ~ 'I ' Çl d<.: mUl 'ri I I II 1111\1 di li '1\ I \) \l • In ui:; difíccis d ' PI'II' lU til I rUlccriais co mp sir
'OIlH) ti J liDl c das poliimida (V 'f ' II lUlo I , A '010 'UÇlO d e camadus " I
II III II! cnazes ("incerleaves"), n as intel'Ía "S li " pL v -L ue d elaminar, é um \ "I'
\11 ' fi ativa que aumenta significativamente a resi ct:ncia ao impacto, n a m 'dlt lll III 0.3.4. RESIST~NCIA RESIDUAL APÓS IMPACTO
lIl!' diminui claramente as tensões de corte interlaminares, diminuind III II
() dano devido ao impacto altera as propriedades do laminado, nomeadamcnt ' LI • li I
Il\lt\u nho das delaminagens e a rotura da matriz [10.47]. Por outr ln III , I 11
II' istência residual perante solicitações de tracção, compressão, flexão, corte e d ' ftl 1111 •
II II ridiz ação, que consiste na introdução de dois ou mais tipos de fibras difer 'l1l ' III
III 'H m laminado, é, actualmente, um dos métodos mais usados para aun '111 111 "
curva da figura 10.28 descreve o modo como a resistência residual à t l' ll 'ç \)
d 'Hcmpenho dos compósitos ao impacto. A introdução de fibras de vidro em lan 11\111111
diminui em função da velocidade de impacto. Podem-se distinguir três zonas~
I ' 'urbono é frequente, na medida em que para além de melhorar a resp III
, na fase inicial (zona I), não ocorre degradação da resistência residual à tracça L1 11111
Iwpu to, reduz o custo do laminado. A obtenção de compósitos híbridos p o I
vez que a velocidade se mantém abaixo de um determinado valor l~mite;
r'leu de dois modos distintos: os diferentes tipos de fibra são misturados na resinu III
I na zona II o dano surge e, conforme a velocidade de impacto vaI aumentan 1\1\ II
olhar à respectiva distribuição ou, cada tipo de fibra é disposto por camada, O lIII
resistência residual vai rapidamente diminuindo até se atingir um mínimo, 01""
'onstitui o caso mais comum. Finalmente uma referência para as propriedad ' II 1
pondente ao máximo tamanho do dano causado pela solicitação;
interface fibra/matriz que também desempenham um papel importante. Algun invl .
) na zona III a resistência residual à tracção mantém-se aproximadamente conSll\l\l l',
ligadores [10.48-10.50] demonstraram que o tratamento superficial das fibras I " I
uma vez que as altas velocidades de impacto originam complet~ perfuraçã J I'\)
11 clhorar o nível de adesão destas com a matriz e influen~iar a energia absorvicl ll 1\ 11
duzindo um furo cujo diâmetro é independente do valor da velOCIdade.
impacto. Contudo, para níveis de adesão elevados o modo de rotura torna-se 11111 III
frágil e os valores de energia de impacto absorvida são baixos. Para graus de ad ' II
aioria dos modelos existentes para estimar a resistência residual à tracção apÓ
baixos, a energia absorvida adquire valores elevados e a rotura ocorre catastroikll A m .
impacto [10.51-10.53], baseiam-se no pressuposto de que o dano devido ao Impact t : "1
um efeito semelhante ao de um furo ou de uma fenda com o mesmo tamanho. ~SSIl n
mente. O melhor compromisso reside em valores intermédios de adesão qu '
sendo, os modelos de Whitney-Nuismer descritos em 10.2. são frequ~ntemente aplIcado
aracterizam por delaminagens progressivas sem rotura de fibras assinalável.

para estimar a resistência residual a tracção, b astando para tal assumIr q~e o tamanho do
Quanto à sequência de empilhamento, existem duas regras fundamentais a segu ir:
defeito considerado (furo ou fenda) é equivalente ao dano causado pelo Impacto .
) contabilização da influência que a sequência de empilhamento tem na rigidcJ\
fl exão, o que condiciona o comportamento da estrutura;
) minimização da diferença de orientação de duas camadas adjacentes (o laminad o
[0/45/90/-45]s é preferível a [0/-45/45/90] s' por exemplo), no sentido de minimizlil
o valor das tensões interlaminares

Outras estratégias consistem na costura dos laminados antes do processo de cura, ()


que gera uma restrição à propagação da delaminagem, quer durante a solicitação d '
impacto quer no comportamento após impacto. Outra solução é usar camadas super-
ficiais de outros materiais para a protecção do laminado contra solicitações d '
impacto de baixa velocidade. Velocidade de impacto

Figura 10.28. Variação da resistê ncia residual à tracção com a velocidade de impacto,
Uma desvantagem da maioria das soluções apresentadas é o aumento do custo d .
'l') I
290
I II ' II I" Liu ti I II , () UI iI 11 1)11 II I ti II IlIh 1I1. I'I II IUlnlll l ln 111'1\ tll l
1t: I MW!il hl\lll l
('IH nI H ho 'ln l U t 0 , AH Aitn , Ro l 111 11 0, II I Illlill jlj l lill' q\l 11 m u t 'dl\IHdi" ~ II
1111111 1111 lo I , vi dJ'o~ 'póxid ) se ved:I1 '1I 1111 111 II! 1111111,' II 1lll HII'tUl1le quer m 'l 111111

11 11 ' I' III I' ' ~ i tlt ' n cül à tlexã ,a pas ' lU' I)() 1II Ill 'I' II IHld" ['rógeis (larn inu Iw d, M On O IlH$lfl

' 11'\)0 1\0- 'P xido) n ã e registam quai q u r p 'I' 11H II I ' li I'O lLlra completa , Mui 111 1
l ' i \1. 11 0, I escudaram a relação entre o fac cor de re cençã de resistência e o riK di
I 11 'XI o para compósitos aramida-epóxido e carbon o-epóxido. Constataram. I" II
c) ~ Modo global

dgid ';I, se mantém constante até um valor limite do tamanho da delaminagem lIn ú II
q LlIll li' rcsce linearmente. Por outro lado, a resistência apresenta um d ecré ' 111 11 Figura 10.29. Diferentes modos de c o~pso numa soli citaçã o de compressão após impacto.
)
I ' '01 uad n a presença de pequenas áreas delaminadas para, a partir daí exibir' lilll ll

d iminuição linear pouco acentuada. omo se pode constatar na figura 10.29, os modos de rotura numa estrUwru , lI j ' III
ti compressão e na presença de uma delaminagem podem assumir três forma~ li ti niu :
I )() I' 'Y ct aI. [10.56], estudaram a resistência residual ao corte após impacto, de Ii'lll local, misto e global. As propriedades do material, a geometria da eSU'Ullll'l1, I
11 1\ II)s de carbono-epóxido, kevlar-epóxido e híbridos realizando ensaios d e '0111 condições de carregamento e a posição da dela minagem são factores prepo l1 I ' )' 11 111 '
Iii 'd ominares. Partindo da relação descrita no capítulo 8, na definição do modo de colapso. Por outro lado, as delaminagens cara l "I'! l kll \"
impacto são embebidas e não a toda a largura, o que significa que os m od ' lo d ' jl l
(1 0AH) visão de comportamento baseados em elementos finitos devem ser tridirn ' 11 Iii" li
[10.58, 10.59]. Diversos estudos [10 .59, 10.60] demonstraram que a interp 'II '11'11,' I'
I 1\ ulTlindo que a é proporcional à raiz quadrada da área delaminada (A), a resistên ' II entre as camadas delaminadas deve ser evitada numericamente, uma V ';I, I'" \I
q' I lu a! ao corte pode-se determinar de modos de deformação podem ser drasticamente afectados. Foi ainda compl'o vlIl llI II
existência de propagação das delaminagens antes do colapso [10.29, 10.6 1, 10.62 1, i
( 1OJl.1) a importância que adquire na previsão da força máxima. O modelo propoH lo f)()I'
Moura et aI. [10 .29, 10.63, 10.64] é b aseado na inclusão d e elementos finico I ,
It III I' 'Iação permite a obtenção de uma estimativa da resistência residual ao corte CHI interface nas interfaces delaminadas por impacto e do respectivo mod elo de 11111 0 ,
Ili 11 \'110 da área delaminada A. apresentados no capítulo 8. Os autores modelaram laminados de carbon o-ep6xid u
com duas sequências de empilhamento, [0 4/90 4 ]5 e [90 4 /04 ]5' cujo modo d e Jap (I
1\ itHencia à compressão é, sem dúvida, a propriedade do material mais afectadli observado experimentalmente foi, respectivamente, o modo local e o global. A f 1'01 11
I II I" olicitações de impacto . Estudos realizados [10.57] mostraram que este tipo d ' inicial da delaminagem foi aproximada num modelo de um quarto de placa (ver li 'lll'(1
11 11 ' III 'H pode reduzir a resistência do material à compressão em cerca de 60~Yti ,
10.30), considerando abertos os pontos circunscritos à forma de amendoim, tend o
I II d" fundamentalmente às delaminagens que provoca. Estas, afectam o comportll sido detectada a existência de propagação antes da carga máxima [10 .64]. Os m do,
III 111 11 do material à compressão por duas vias distintas:
de colapso foram correctamente simulados (ver figura 10.31), assim como o valor ln
I lli I1II1 Ufo rma directa, diminuem a sua resistência residual; carga de colapso, cujo erro relativamente a?s resultados experimentais não ultrapuH-
I di IIII HI forma indirecta, são responsáveis pela alteração da distribuição de forças 1111 sou os 5% .
I IlIllu ra, o que origina uma sobrecarga e consequente rotura de zonas não d aniti-

lu dll t:l,
!1l11 or 'O nHIUI o U 1111 111 I' d w,: lo du rcsirência residual LI · O'XJ relativam entc às p lLl 'u n lo
d/lniti udas, lU ' provavélmente se explica pela presença do dano de impa LO • I II ()
I 'los efeitos da solicitação de fadiga.

I) hll,d llOgCIll
· '11'0'111

" Propugução da
. dehullinagem 10.4. Fadiga em Compósitos

I\. fadiga é um tipo de solicitação que consiste na aplicação de cargas cíclicas abuixo
do limite elástico dos materiais, r que provoca a formação e propagação de dcf 'i l'OH
Figura 10.30. Propagaçã o de delaminagem no laminado (04. 904)5 com um dano inicial de 48 mm x 32 mm .
suscepúveis de provocar a rotura [10.67-10.69]. Nos materiais homogéncos (.'
isotrópicos a rotura por fadiga é ditada por iniciação e propagação de uma fend o 1I0
passo que nos materiais compósitos ocorre uma acumulação generalizada de d an o LI '
natureza diversa: fissuração transversal e longitudinal, descoesão fibra-matriz, d ' lo-
minagem e rotura de fibras.

A caracterização do comportamento à fadiga de materiais compósitos faz-se '1'111


mente através de ensaios do tipo tracção-tracção uniaxial, uma vez que os cnSlllo
tracção-compressão ou compressão-compressão apresentam problemas de cn ' \I I
vadura nos laminados finos . É por isso comum recorrer-se a ensaios de fadi gu ' III
- - ----------_. flexão para se obter solicitações do tipo tracção-compressão com tensão m édia nul ll ,
Figura 10.31. Modo de colapso local no laminado (° 4. 904)5 e global no laminado (90 O) O comportamento à fadiga de um material é caracterizado pela curva S-N que rcpr ,~
4· 4 5·
senta a tensão máxima em função do número de ciclos de vida.
( ) II Hpe~to negativo deste modelo relaciona-se com a dificuldade inerente à modelaçu
d ' , I~ mm~~os co~ várias delaminagens. De facto, a necessidade de considerar U1~:: De seguida apresenta-se uma abordagem sucinta dos mecanismos de dano panl
/lll nllSe trIdImensIOnal com propagação de dano torna o problema extremamente pesa- diferentes laminados e os modelos mais importantes na previsão da vida útil do
do em termos computacionais, se estivermos em presença de várias delaminagens. materiais compósitos sob solicitações de fadiga.

1\ resistência residual à fadiga após impacto é boa D c O


. e ~acto, ng et aI [10 65 1
'onstataram que em laminados de carbono-epóxido não se verifica qualq . . 10.4.1. MECANISMOS DE DANO
I .'. d i ' , uer aumento
r~ a[ e~ e amma~a apos 10 5 ciclos. Verificaram ainda que o dano úpico de solicitações
ti fadIga, como e o caso das microfissuras que surgem na vizinhança da área delami- Os compósitos unidireccionais possuem uma boa resistência à fadiga na direcção das
:.1 ~1.~a, re?uz a conc~ntração de tensões, o que se reflecte no aumento da resistência fibras, o que se explica pelo excelente comportamento destas à fadiga. Nos materiais
~Id~al a compressao, por exemplo. Relativamente aos compósitos de carbono-termo- com fibra de alto módulo, como é o caso do carbono/epóxido, as curvas S-N suo
~Iastlco os :utores ~onstataram a existência de uma redução progressiva da resistência praticamente planas e estão na banda de resultados da resistência estática (ver figl.lrll
I o~pressa~. Bathias [10.66] observou que o limite à fadiga em solicitações do tipo 10.32). Dependendo do valor máximo da tensão aplicada, dois mecanismos de dano
Lracçao-tracçao em placas de carbono-epóxido é apenas ligeiramente inferior relativa- podem ocorrer em compósitos unidireccionais. Para cargas mais altas, o dano inicia-H'
mente a placas não danificadas. Para solicitações do tipo. compressão-compressão o pela rotura individual de algumas fibras devido à variabilidade estaústica da resistên iII
da fibra ao longo do seu comprimento, Isto origina zonas de concentração de tensõ "
294
1'1',
(' p " IlI II IlV ' Il la U' lU "II I I I ~ 11 \11111 II I lt q l li/ IUIIIII I I I I ' 1"11 (, 111 ' 11 0 li h I I I "
l'OIIII'U 1\ ii l ' l' l'n ., t' lIll lll lll l ld ll ti I. II 11I1 II I ' 11 1 • ol'i 'II I ItI I l\r'il 1l 1l 111 dl' llIl ll l llIl II , I I I 1\
'OllIP I') 110 r ' 'ull undu numa J'OLlI l'u 'II I I II ui II IJIII 11111111 HP I'! ii 1I l'l1tl propu LlÇ l (:) 1",, ) dll I I 111 111 1111 I P III ' 1\' [ () lo )uninu lo -111 '11I11I1dll ' i. 0 11 IH, , () lIl l ' (l 1'11
,ido , P II I'U 'ur as de fad iga mai uix u I I I 1\ ( . II I 11 111' I ~t1Q inferi I' ' $ I II I ln ve a r tLtt'l1 ti , I hl lll III 'lI lll ldu , ulinhnda com LI ti li ciw l O j 'vu n lo LI 1'llI lll' 1I 111 1 li
I 'Hi I 11 'iu mas LI def rm ação da matriz p o tl ' 'I( ' 'd ' I' \\ ' I I li mite d e fa di g,1. N ' II d laminado (c -f ' ' (1'11 1' 1 ' I, 'u'I'va da figu ra 10.33) . ciclo ' de [rfl ' 'l 0 - '0 111 11 1" II
I 'II HO, O ian ini ia- e p or rotura da m a triz qll ' ln lul': \ '8 'oesão fibra/m atriz. I . I I HÜO geralmente ri de.: S 11 ti laminados multidireccion ais. As im, s pi os I ' 11'\1 \ '1 II
I I'\) , 'Hfl O O ue de uma forma progressiva e, ao comrári da situação ameri r I 011 1 induzem a fissuração e a in iciação da delaminagem e os de mpr ssã o HUO r ' IHI II
1\ ' ()n 'r d urante 10 6 ciclos. Para valores imermédios d a solicitação o mecaniSl1 o II silveis pela propagação instável desta. Finalmente, refira-se q ue, os c m i óRJI( 11 11 "
d ll IH) co nsiste numa mistura dos dois processos descritos. Assim, a rotura de ai 'lIlI U! tidireccionais apresentam m enor resistência à fadiga que os unidirecci n",iti q ll ll l dn II
I1hru s induz n a vizinhança uma sobrecarga na matriz e na imerface fibra/mOII' '/,. solicitação está alinhada com as fibras, e que a diminuição da resistên ·i.1 1\ f'lId I II '.
ol'! inundo a descoesão entre ambas e a rotura da matriz. mais acentuada quanto maior for o ângulo entre a solicitação e as tibn . A 'x ' ' PI, "
ocorre quando se adiciona uma ligeira percentagem de camadas a 90° n u Il1l1l ' I II I
I unidireccional, pois estas impedem o aparecimento d a rotura da m atriz purtl l ' 11\ 11 1 ' 111\
i I às fibras ("spliuing") sem afectar de modo marcante a rigidez longitudina l.
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o 2 3 4 5 6 7
N' ciclos (Log N) II III

Figura 10.32. Curva S-N típi ca de um co mpós ito de carbono-epóxid o unidirecc iona l. 0% -1-·- ------- -------- ----------------.. -----.- ____ o_o.
0% 100%

n ~ compósitos multidireccionais apresemam, obviameme, menores rigidez e resistên-


Vidn à f.\dí gn

'in qu e os unidireccionais rel~tivamente a solicitações na direcção das fibras. Como Figura 10.33. Evo lu ção típi ca e m fadig a da ri gid ez norma lizada de um comp ósito de

'unsequência, o mecanismo de dano é diferente e a sua sequência pode ser divididu carbono-e póxido mult idi recciona l [10 .7 1L
'm crês fases [10.70]. A primeira fase (ver figura 10.33) caracteriza-se por uma qued u
ubrupta da rigidez que se justifica pelo aparecimento de rotura da matriz nas camadaR Os compósitos de fibras curtas são muito menos resistentes à fadiga que os com i ó
. m orientação diferente da solicitação. A iniciação do dano ocorre nas camadas cuja tos de fibras contínuas. De facto, nos compósitos de fibras curtas a proporçuo I '
diferença de orientação é máxima relativamente à solicitação. Em geral, consiste em carga absorvida pela m atriz é muito superior, o que facilita o aparecimento de I : II~ O ,
descoesão fibra/matriz provocando microfissuras que, por coalescência, originam a Este inicia-se p or descoesão fibra/matriz das fibras orientadas perpendicularm ' nt ' l
rOtura da matriz. A descoesão é favorecida pela diferença de rigidez entre matriz solicitação.
libra, e por factores concentradores de tensão como é o caso de vazios, zonas ricas de
resina, desalinhamentos de fibras, micro-descolamentos fibra/matriz, tensões residu- Os compósitos de tecido apresentam mecanismos d e dano similares aos mul tidir ' ,
uis de origem térmica entre outros. Após iniciação a fissura propaga-se paralelamente cionais, nomeadamente nos laminados cruzados do tipo [0/90]. Todavia, a Hll lI
às fibras e estende-se a toda a espessura da camada. A densidade destas fissuras resistência à fadiga é inferior devido à ondulação das fibras. De facto, as zonafl I I

aumenta com o número de ciclos até à saturação e a sua ocorrência origina um ligeiro ondulação constituem fonte de iniciação de fissuração da matriz e delaminagem.
decréscimo da rigidez, o que caracteriza a segunda fase. Quando as fissuras atingem

296 '1'1'/
10.4.. A OR QU A AM (J COMI III 'AMl N o À ADIGA A Ih m III ul lll lt l l ~ II 11/111111 111 111111 "111 110 'i)/I1POI'IIIII ' /II I) I 1' 1 li , I III 't II "I t'1 III.
ti
( ,Ol1sid mo lo 11111 di 111111111111111 P l' l \I II) <.l ' vi lu) LI an ( lil L/d ' li ' I ' 11 I ) II d/lll v -I
I(x 1 ' IIIliv' l'l;ol; fi.\ 'lo r 's q ll ~ int111 ' Jl ' /U III II I 1IIIJ III II IIIl H'IIIO II rudi a dos 1.lul ' 1' /11 " diminui ' 0 111 l) 11\1111 '111 11 d I I ' I I 110 rn6d iu apli ucJ u. Por OuLfO lu lo ( 1I /' L1 lIlIl /l III III
'OI II( ÓN iWtl , m d os aspecto m ais il'l1pO I'l llll ' !l' /11 II V ' I' '011 o cip d~ mU I ' / 111 lensão m édia ti vid t Ildl gu Iirninui com o amnem da Ul11plilU.d ' I , L' JI ln , 'Í 'liI
( ,01/1 0 . ; I ode consta tar da observação da :Ii 'lH'U f O, } , /I I' 'l:listC:n ia à fadiga a li/I l'llllI . mo nos m ateriú" l1"l ' lólit: s, a amplitude de tensão pode- e rela ionaf 001 I I ' 1\ tl
\'11 111 o 111 du l d as fi bras que, no caso dos c mp ' ::;itos unidireccionais desemp ' 011 11 111 média aplicada por uma fun ção aproximadamente linear. A influ ên i ~l ln 1'1'; (li 11 II
P li 'I I rep nderante no comportamento à fadiga. As fibras de alta rigidez, com~l '. II da solicitação está relacionada com a natureza viscoelástica dos p olímcroR "l U ' Orll 1III
l'lI i) lo carbono e do boro, limitam a deformação no compósito e evitam a d .nu uma diferença de fase entre as tensões e as deformações cíclicas n a matriz, r 'H lIlI lI lI Itl
1I11l ' 's elásticas e viscoelásticas na matriz que são percursoras do dano. Por O UI/ II em acumulação de energia no material sob a forma de calor. evid o l, h t! XI I
III lo, ti ' fibras de baixo módulo, como é o caso do vidro, permitem a existên iii dI condutividades térmicas do material o calor não. é facilmente dissip ad O \II ' I' '1'11
li 'f()l'mações susceptíveis de originar dano prematuro na matriz. As fibras aramíd i 'II gradientes de temperatura. Todavia, de um modo geral a resistência t\ I'udlll/l
<" 'vJari!!l) apresentam um comportamento intermédio entre os dois casos anterior _ \ apenas ligeiramente afectada pelo aumento da frequência da solicitação) I) iW ' I
llll1U vez que as próprias fibras são afectadas pela solicitação. No que respeita 1
explica pelo bom comportamento térmico dos compósitos. O mod d ' !;oli 'II 1\' III
r "inas, o factor preponderante é a deformação à rotura. As resinas epoxídicas apr' também apresenta alguma influência. Assim, a resistência à fadiga em fi XlO '. 111 ,'11111
'ntam o melhor comportamento à fadiga que se justifica pela sua tenacidade dmll à de tracção-tracção devido à fraca resistência que os compósitos apre' cnlll lll II ' /1111 11
h jlldade, boa resistência mecânica, baixa contracção durante o processo de cur~ e bOIl solicitações de compressão. PipesJ1 0.73] constatou que uma solicitação d ' lilli ~ 111111
III 'são com as fibras, nomeadamente com as de vidro.
corte interlaminar apresenta comportamento diverso consoante os m~H 'riul ,
no caso de vidro-epóxido unidireccional o autor verificou um aumento I ' I' ,
200 · · à fadiga relativamente a uma solicitação de tracção longitudinal. T o lavi I, )1111 11
180 +-- - - -_____
compósitos de alto módulo (boro-epóxido e carbono-epóxido) o autor v 'l'I l '1111 ti
"i 160 ·:
contrário. No que respeita à fadiga torsional, estudos realizados [10.74] m ,' 11'11 11 1111 11
~ 140 -i
M'" 120 ~.~.~.~ ..:...~. .:..:.._,--- os laminados [±45] apresentam resistência superior aos compósitos unidir ' . 'l()llllH \
E ~-
r==c;;;:;;~-~~~~;;óxidd embora estes apresentem maior resistência residual após fadiga. A rotura no, ' \11 11
:~ 100 ~
~
w 80 ~
'. -" ......
" ,
!....... Vidro-epóxido I pósitos unidireccionais consiste em fissuras longitudinais paralelas às fibras ao 1111 \)
'~ 60 -] .... . ' .':-: ... 1-- --=-~ramida-epóxi~ que nos laminados [±45] ela sucede por fissuração ao longo das linhas a 4 o , _ (,I ",
{!!. 40 ~ "-'-""-,:",,,,,-,- ._ e extensas delaminagens.
20 !
0 +- - ,
o 2
Finalmente uma referência aos efeitos ambientais. Os compósitos de alto mó lulo
3 4 5 6 7
N" de ciclos (log N)
(carbono-epóxido, boro-epóxido e aramida-epóxido) são praticamente insensiv 'j, II
condições ambientais. Assim, experiências com exposições a humidade relativo I '
Figura 10.34. Comparação de curvas S-N de materiais diferentes [10.72].
98% e temperaturas de 175 oe n ão evidenciaram alterações de relevo no comporl ll
mento à fadiga de compósitos carbono-epóxido [10.75] . Os compósitos com fibru I ,
A sequência de empilhamento também influencia o comportamento à fadiga dos vidro são mais sensíveis à humidade devido às inferiores características d e ad .. I o
ompósitos. Assim, as regras definidas no capítulo 10.2 no sentido de se minimizarem fibra/matriz relativamente às fibras de carbono.
as tensões interlaminares devem ser contempladas no projecto de componentes à
fa diga, uma vez que as tensões normais interlaminares tractivas devem ser evitadas.
Verifica-se ainda que a resistência à fadiga aumenta com a fracção volúmica de fibras
10.4.3. MODELOS
cm resultado do aumento da resistência estática.

Nas últimas décadas, tem sido realizado um extenso trabalho de desenvolvimenll) I '
298
~'I'I
'!'i I ~l'io dl' 'I' III II I ljllil~ !111 j fi I illl'O '"I!
IUi'ilmhi 'o ,Ii 'I ' 1II l' , .', l' I ', ' 11i1 ' 11' , ii
Ill i\ih' h u d L' 1l1l11i1 ~' IO 'OIIII HlIl 1111 1 111 11 I 111.1 /11 d,' 11 111I l'!'luifl 'o m p óll l lI
UI ' I'Iru111 I lIdl l'l,lI~~1 () III 11"
( ii ) 1
I '111; H Hlldt , ti llil! III 'I;t 'S nulO!"
' I 'ili l llv II ,
I" (IIII ' I'OH 111 0 I ,los I
si<J 11I'01 0 , lO pll l lllll \ I I 1\ lU 11111111 11\' I) do duno ' LI vid ll I
lU
pri edad es do 11111 111 1 III III v':/. IlIs la amada pois l1 S ' UI'V UH S- N lo ItUlI l"ldo )1',
111111 II I , 001 difi!l'cl'lt 'S di Uf li ' I 111 11 11 111 1' 'I, ' , , q uências d e..: 'nIJ I
ornp( I;lLOfl
jli,duem os dil' ,)' ' 111 I I () d ' d un e a interacçã entrC el es.
Ihllll ' I1I() ' div'rsas f nuas d e s licicaçlo II O: /()I, 'J'mlllvl l, imp rtante a lÍ'lllll1
\III ' nu o 'XiStC01 a tualmente m odelos d e ap li ' u<,:t o ' ru i q Ll e contemplem as I I
Uma abordagem diferente consiste no uso de m odelos de cará ce r mpil'i ' U, \l III
! ' 111 'fi formas de solicitação e os diversos tipos d e materiais. Na realidade, a mui ol II
exige o recurso a extensos programas experimentais. Bond [1 0 . O] des'nvol v 'll \1111
di ) n odcl s existentes d epende de uma vasta quantidade de dados experimenmiH,
modelo semi-empírico de previsão de vida à fadiga considerando s li 'il llÇI '
I 11 'ilmcnte são aplicáveis em situações de solicitação multiaxial. Daqui se deprc n II
amplitude variável em compósitos de vidro-epóxido. A curva S-N é d es rilll f'HII
1\ II . 'ssidade de mais investigação sobre o tema.

O'max =- blogN +c
N obstante, faremos aqui uma breve apresentação dos principais tipos de mod 'III ,
(I

\lU ' I odem ser agrupados em três categorias diferentes: previsão da vida à fadi'll,
onde b e c são polinómios de quarta ordem função do rácio de tens - es ( 1111I1(/Ollilll '
r 'l1olilcnológicos e dano progressivo. Sendo obviamente impossível apresentar todos li Os coeficientes dos polinómios são obtidos a partir dos dados das curvus S- N , I( i 1\
IIHIlI 'lo , apresentam-se alguns exemplos dentro de cada uma das referidas categori u ,
abordagem permite modelar sequências de ciclos com diferente amp liLUd ' II' 1 11 1
regamento. )
10.4.3.1, Modelos de previsão da vida à fadiga
Epaarachchi et aI. [10.81] propuseram uma lei empírica para o cá1cul da viII \ I 1111 1 /11

(~-l) (1- 1R)"6. jP =- a(NP - 1)


() m delos de previsão da vida à fadiga baseiam-se frequentemente na adaptação do I
l O, ,')
'I'il 'rios de rotura estáticos a situações de fadiga [10.77- 10.79] . Recorrem à informaçl(J O' max
liJl'nccida pelas curvas S-N ou diagramas de Goodman, o que requer um extenSII
onde j é a frequência, R o rácio de tensões e a e f3 são constantes determina la. ' II
t I'lIbalho experimental. Esta abordagem não contabiliza os mecanismos de dano, m 014
1 Ol'túbilita a obtenção de uma estimativa do número de ciclos até à rotura para umll rimentalmente.
lu la solicitação.

m dos modelos pioneiros n este domínio é o critério de rotura à fadiga de Hashin . 10.4.3.2. Modelos fenomenológicos
I' tem [10.77], no qual as tensões de rotura das equações (5.13) e (5.14) são
Os modelos fenomenológicos procuram descrever a deterioração gradual d a rigid ':/.
' lI bstituídas por tensões limite de fadiga. A rotura à fadiga é prevista quando
ou da resistência, através da afectação das propriedades macroscópicas do COO1pÓ. ilO ,
Os primeiros designam-se por M odelos de Rigidez Residual e os segundos por Mod IUI

(10.50) de Resistência R esidual.

onde as tensões limite são função do nível de tensões à fadiga, rácio de tensões e 10.4.3.2.1. Modelos de rigidez residual
núm ero de ciclos. O critério é expresso a partir de dados experimentais obtidos a
Neste caso pressupõe-se que a rotura à fadiga ocorrerá quando as propriedades -1(\
partir de três curvas S-N de provetes unidireccionais correspondentes às solicitações
ticas relacionadas com a rigidez se degradarem até um nível pré-definido. A títu lo de
Llniaxiais longitudinal, transversal e de corte. Lawrence Wu [10.78] propôs uma abor-
dagem análoga baseada no critério de Hill (equação 5.3). Por seu turno, Philippidis exemplo apresentam-se dois dos modelos mais representativos.
cc aI. [10.79] desenvolveram um critério de fadiga multiaxial por adaptação do
:1111
300
," h ll n ' ' I II , II O II!I, III 11 " ldll,11I 1111 'xl ' n () I rn l \Ih) 'l< P '1' III ' lll lli l \' 1 ' <'\1 1(1 I
\ dllllJll 'I ti , IIO ,1i21 I ' ' IWIl l v ' 111111 11111 1II IIIh III 1111111 11111 II di' propLl lI9 o lo 111111 1
111 L't.::>cni'Ufu l1l 111111111111 I" ti 1'1 'v () du rcsisl I) 'j t\ l',tlid u" d ' 'onlpil ho 111111 I h\
dI. I I II ' I 11 um cp' ' 11'(\ \ , \ '11 11 'f 111\ ' 1Ilil I fadi ga
\1111 1111 ~' nl
dN (I I )', ( 10,') I
dD
- = O em compressão
dN
ond ' / 1, b e c são constantes do material obtidas experimentalmente e d E é a !ln I II
!lendo v um parâmetro função do tipo de degradação das propried ades do 111111 ' I ' II I,
III I ' de deformação, D é um parâmetro de dano dado por
v = 1 corresponde a uma degradação aproximadamente linear; v » 1 Crod ll ~ IIJ1l l1
situação de degradação brusca; v < 1 simula uma rápida perda inicial d l'i pi \ "I"
E
D =l - - (lO . d
Eo Yao et ai [10.88] assumiram que a resistência residual durante uma sóli 'il U~1I0 di'
I ' n lo 1::0 o módulo do material não danificado. Outros autores [10.83] usaram unlll fadiga à tracção em compósitos pode ser descrita pela função
v Il'iHntc deste modelo recorrendo a amplitude de tensão em vez de deformação. . )s_e=n-..:(f3.~!X...:.)_co_s...::.(f3~-_a..:..)
a (l)=a - (a - a -
r U 11 senf3cos(f3x-a)
Wbilworth [10.80] propôs um modelo de previsão de rigidez residual
sendo O"r a resistência residual no cicl~ i, a o nível de tensão, x =i/N;; e ex ' /11 III' II I IIII~
dE -(n) - a determinados experimentalmente. Para situações de compressão a fLlnçl () VI' III
(10,
dn (n+l)[E'(n)r-'
Cl'ld o E*(n) = E(n)/E(N) O rácio da rigidez residual sobre a rigidez na rotura, n O
número de ciclos e a e m parâmetros dependentes da tensão aplicada e frequêncill ,
ar(i)=a" - (a,. - a{ ; f J ( l U 1/

onde c representa um parâmetro de degradação da resistência e que é funçl \l lo I t'I


In troduzindo um critério de rotura de deformações, a rigidez residual E(n) pode-SI'
'xprimir em função da resistência estática O"u- Pode-se ainda obter uma distribuição e pico de tensões.
'sca tística da rigidez residual assumindo que O"u se pode representar como uma di,
Iri buição de Weibull de dois parâmetros .
10..4.3.2.3. Modelos de dano progressivo

Os modelos de dano progressivo diferem dos fenomenológicos na medida ' III 111\'
10..4.3.2.2. Modelos de resistência residual
consideram variáveis de dano directamente relacionadas com um tipo espc íli 'o d
dano _ fissuração transversal e delaminagem por exemplo. Estes modelos pod ' 1\1 ' III
interesse destes modelos reside na importância do conhecimento da resistênciu
geral ser divididos em duas classes: os que prevêem simplesmente a propagaçuo dll
residual do compósito e a consequente avaliação da sua vida remanescente, duranr '
dano e os que correlacionam a propagação deste com a resistência e rigidez re:;id~lld ,
uma solicitação de fadiga .

No primeiro tipo de modelos destaca-se o modelo de Feng et aI. [10.89] que d ' HL" ll
Halpin et aI. [10.85] assumiram que a resistência residual O"rCn) é uma função monó-
volveu um modelo para a previsão da propagação do dano à fadiga em provcl 'A d '
tona e decrescente do numero de ciclos e que a alteração da resistência residual pod '
carbono-epóxido devido à fissuração da matriz. Após trabalho experimenw l (\
ser simulada pela equação
autores concluíram que a propagação em modo I pode ser descrita por uma lei Silllil ll
dO"r(n) -A(O"mruJ à de Paris [10.90]
1
(10.5 6)
dn m[O"r(n)r-
dA
--=DG:;'ax ( l O./)())
onde A (O"max) é uma função da tensão cíclica máxima O"max e m uma constante. dN

1111
302
di II II lIt ll 1)11\ llllUl I 'i hllil ll1' l LI ' I' 11'1 110,1)0\
i' lllI o I dlll,ili 'I\du ti 'vl do 1111 111 11 d ll 11 11 111 tI N II II llllll'l'O I · 'i 'lo" 0 1111\ )( li
li '\I' \" I I' '~idutl J I '/II' I( III
III 1\ LI ' Iit ' I'IU <,:UO ti ' 'Oe1' ,iu 111 bd ll\ I dlll' 1111 11111 \ 1\ 1\1 d I Ii\d I i\ , ' D e n CU l1 SCa ot fl dO'r =- CO';-17L1 O'" ( l n,()
do 111111 'riol Lidas cm ensaios I, rmw ' l ' :11, vi III I Iii ti II I ode-se ob ter a partir dn
dll Inl 'gnlção da equação (10. 60) A partir desta equação a vida residu al à fudi ''lI I mi ' I ' I
~e ndo C e 11 constantes. _ - - I . dll li \!
N -
f - r i dA
D[G(A)Y
(10.61 )
" d Através de um processo iterativo as tensoes nas secçoes so
(! uma a. . , .
comparadas com a reslstenCla re 1 .

C a vida residual de cada secção reavaliada.


li , l ,
s'dual Se a secção romper as tensões são re(,.!J~ ll'Ihll 1\

' 111 0 Af a área de dano final correspondente ao início do processo de rotura de fibras.
A previsões de vida à fadiga através da equação (10.61) mostraram ser extremamente
'11 l-llvci aos valores de n e D o que originou alterações à equação (10.60)

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:11111
301,
II I, I I. N II INIII .,', I , J" /. M , Wlllrl l'Y, \ JIIIII ~ III I 1'111111 II I I 11 1111',,"111 I '11IrI'"1I 1:011 111111 'I ,Iro 11I , III , I.!r I, I ). I .. , ', I ,IIIVII"", , I ~ 1141 'III I 1 1111 1111 Jl Vl rl1 1I1 1 1111 III 111'111 11' 11 11 1 1111
1
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1111 " " 11 11011 11 1 <:oll/"I"I: n " (ln JlIIII! li ' u i ( :11111 110. 11 1., 1'1 1' " 11111111 I', II 101 . lO, jWl ' I II iJ '7 ,
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10,92. Ogin, S. L P A Smith P W R Be M ' C .
., " "" aumont. atnx rackmg and Stiffness Reduction During III Todavia, é óbvio que esta metodologia é a mais dispendiosa, pelo que está '1'1\ 11 11 ' 111 \
Fatigue of a (0/90)s GFRP L·' C . .
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, . , n etlcs m rossp y IIlItI interesse em dispor de ensaios de amostras que caracterizem o material no quudl'o [ .
Expenmental Validation . Proceedings of the International Conference on Fatigue of Composil 'H leis constitutivas gerais, permitindo assim a extrapolação para o comportamcnl O lo
Paris-France, 378-385, }une 1997. I
componentes. Isto é particularmente relevante no caso dos compósitos de l1bros ' W I
tínuas, na medida em que são os mais utilizados em aplicações estruturais, e porqu "
como vimos nos capítulos anteriores, o seu comportamento é substancialment ' 111 11
complexo do que o dos materiais estruturais tradicionais. Neste sentido, OpLU l '
normalmente por caracterizar tipos particulares de compósitos, nomeadamcn L ' ()
unidireccionais (ver capítulos 3 a 5), sendo o comportamento geral dos laminu II!
obtido por aplicação da Teoria dos Laminados (ver capítulo 7) .

Um problema que tem que ser tratado inicialmente diz respeito à obtenção tl u
amostras, de maneira a que estas sejam de facto representativas do compon ' 11 1 "
Naturalmente, as tecnologias e parâmetros de fabrico do componente e das am SII' \
devem ser o mais semelhantes possível. Nesta fase, o teor de fibra é um dos fa cLO r '
que deve merecer atenção especial, dado que influencia fortemente as propricdudl'

310
:/11
, ' N 1 I I I 11'1 I 1I 0 1'111Ü, 1" '0 111 ' ndnlll lI lIl pl'ilV ' I ' , 11 '( 1111
VI' I' '!lJlIU I\! II , ,\ 11 111 1111 1 1'1 I d ll II dudll 110 II V ,1~b\ I W~' plll'l\\'1 1I li 'U lu. <) ' 1\ \I I II 111111 111 II 1 II
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tlnr I I'Il V I ' I ' 1111" I) qllld II lino, quc " d 'v 1' 11111 11 1' II I ' I ' Vllu s vaOr S 1/1 1 "1
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I

'cções superiorcs t'u " li s valores relativamente baixos dc ",2' ,S ' O 10 . 1111111 ' III
' 1'111111 ' 111 ' un,:s Ctl tldI.! c rte diamt1l1ll1 lu , () 11 11 111 1111 ' lilO do pr vcte é dti O quol1
r~comendados alg~n cuidados no seu m anuseam ento de mod a eVita r ti II , lIl' I ~' 11
111
,Ir ' I ' I j '111 J cdil' propriedade I ngitudiolli ,
também que os provetes são relativamente 1 ng s d ' VI lo 1111
prematura. N o t ar I I lIi
. ~ 'dos que são particularmente I CI'IllIlI t 0 1
Pn l ' I'i ormente, é necessário lidar com os obsráculos que decorrem da natureza a ' 1\ efeitos de St. Venant aCIma re en ,
e facto demonstra-se que estes estão presentes ao lon g d' um l\ ~II II II
IlIlIdurncnte aniso trópica dos compósitos unidireccionais. Os efeitos de transmissã di' provetes [O] n' D ,

' 11 1'1 li, também conhecidos como efeitos de St. Venant, são muito mais pronunciad l) de comprimento (11.1-11.3]
~I \\ 4UC nos materiais isotrópicos. Estes efeitos, associados à forte anisotropia du ( I t,I
I' 'Hi:,lcl:n ias, podem conduzir a modos de rotura indesejados que invalidam os resultado

dos ensaios. A natureza heterogénea dos compósitos aumenta naturalmente as dispersõ '
; I ra do provete Recordemos que nos materiais isotrópicos UI /U I
noi'l rc ultados, tornando necessário ensaiar um número considerável de provet 'li , em que B e a argu . , . ' .(
enquanto nos compósitos unidireccionais esse raclO pode ser supenor a 1\ l.
1\1 'ndendo a que a anisotropia obriga à realização de vários tipos de ensaios e ao cJ '
VIIUO custo dos materiais, é evidente que um programa de ensaios pode resulllll' \
)
h

I~í;: I
, Iremamente dispendioso. É portanto fundamental definir o programa com b ase no
01 j 'crivos que se pretende atingir, por exemplo, controlo e/ou garantia de qualidad "
L
'OlTlparar diferentes materiais para posterior selecção, ou a obtenção de propriedad 'H
pura projecto.
B

I \ste capítulo apresenta os métodos de ensaio mais utilizadas para caracterizar o com-
I orramento mecânico dos compósitos de fibras contínuas, com natural destaque pan l
Figura 11.1. Repre s entação esqu emática de um provete para e nsa ios de tra cçã o.
OH métodos actualmente objecto de normas. Ensaios relativos a aspectos específicos,

'orno os de impacto, fadiga e fluência, foram já abordados no capítulo 10. Há actual- Tabela 11.1. Dim e nsões dos provetes (ver figura 11.1 J recomendadas pelas normas A5TM, ISO c
flt
mente normas elaboradas por várias organizações, entre as quais salientamos a ISC para laminados de vários tipos [11 .1-11.61.
(International Standards Organisation), a ASTM (American Society for Testing Nonna L (mm) )
B (mm h( )
mm
L; (mm) h; (mm)
Laminado
Materials) e o CRAG (Composites R esearch Advisory Group). Em geral, apesar d ' 250 15 1.0 56 1.5
[Ol n ASTMD 3039
mui tas semelhanças nas configurações dos provetes e nos procedimentos, há algumas 15 1.0 50 0,5 - 2.0
ISO 527 250
diferenças entre as normas, que são frequentemente reflexo da necessidade d ' 10 1.0 50 0.5 - 2.0
CRAG 300 200 - 250
ontinuar o trabalho de investigação nesta área. 2.0 25 1.5
ASTMD 3039 175 25
[901 n
2.0 50 0.5 - 2.0
ISO 527 250 25
2.0 50 0.5 - 2.0
CRAG 30 1 200 - 250 20

250 25 2.5
11.2. Ensaios de tracção Multidireccional ASTM D 30 39
45 ~ 3.0
~20 0 12.5 - 25 1.0 - 10.0
ISO 527
~ 10h, 20 1.0 - 4.0 ~ 50 0.5 - 2.0
~ 200
Os ensaios de tracção são principalmente aplicados a compósitos unidireccionais do C RAG302

ripo [O]n e [90]n' Os objectivos são a medição de E p Vl 2 e de O"uel no primeiro caso,


c de E 2 e O"ut2 no segundo. A figura 11.1 mostra a forma genérica do provete para A utilização de insertos é preconizada por todas as normas (fi~ura 11.1) e tem ,PI;I,
ensaios de tracção, cujas dimensões são indicadas na tabela 11.1 em função da norma objectivos transmitir a carga das maxilas da máquina de ensalOS para o provcr

312
11111 11 qu ' ' o n tlllI 11 1 111' 11 11 11 '!t" l,ll \) '1'· " d 'O IUld l ,ll', N ' I' ' 1111,
II lIdlll l ll l ll lV', d ' uol

lU HlO n " 'i'JHÓ l'lll 1111 1111 Ilil d nd ll 1111 'rllliv S c nu 'fi 'olhll I ' ,n lH ' l'iu iN, ' flU " II qll ll
1111).1 1 11 II II' 'lIl I. ud es ivos 'SLf llllll'lI I-mlientamo , :
il II' I du 111 1 ' 1' 1\) P ,I I.' m axilas é imI Ol'l ll lll a) utilizar CXL' 11 (1Il ' I!' O I , ·h.:v<lda resistência, que p ermitem tli m ' J) lQ ' , I I \11 ( •

vital' o esc rregamento do prove te. H mil I ' l'illi H Inuis utilizados sã li ga II mais elevadas ' 'on'\ baixas intensidades de corrente, diminuind o hi li c '1" , ' !lI',1
'omp sicos de fibra de vidro do tipo [±4 J". E stes últimos têm a vantagcl l d i movendo a estabilidade do zero;
p oli 'rc m ser colados à placa de onde vão ser retirados os provetes, send o d ' , II b) utilizar extensómetros com terminais incorporados, para evitar :eH I 11\ ILI I' II 1•
l'I)l'la tl s em conjunto com aqueles. A norma ASTM D 3039 [1l.4] prevê aindu ti cabos que podem danificar localmente o compósito;
po ibiJidade de os insertos dos provetes [O]n terem a ponta chanfrada (figura 11 . ), c) alinhar correctamente os extensómetros, dado que erros de alinh am ento 11 11 0 1'(\ ' II I

ti ' modo a reduzir a possibilidade de deslocamento. No entanto, estudos I11U dos 2% podem resultar em erros de 15% nas leituras;
I' " m e mostram que os insertos sem chanfro são mais eficientes desde que towl d) utilizar extensómetros com compensação de temperatura.
n 'm e cobertos pelas máxilas (figura 1l.3). O bom alinhamento dos insert li '
nll'\ lamentaI para a obtenção de resultados rigorosos. A utilização de extensómetros agrava os custos dos ensaios e as operaçõ s d 'olil l ' III
e de soldagem dos fios exigem alguma perícia do operador. Há portan O 1'1\ 1)( 1 ' 111\
7° resse na medição de deformaçõe~ através de tecnologia vídeo, que já é d isl 0 11i1 1 1.1 11111
I

por alguns fabricantes. J

Referência de 45°
Figura 11.2. Forma alternativa prevista pela norma ASTM D 3039 111 .4) para os insertos dos provetes [OO)n.
Grelha

Referência de centro de grelha

Terminal

~ Brinco interior
Igura 11.3. O provete deve ser posicionado de forma a que as maxilas da máquina envolvam completamente o inserto
Brinco exterior

Figura 11.4. Representaç ão esquemática de um extensómetro .


As normas acima referidas diferem substancialmente em relação à velocidade de
' t1 saio, parâmetro que é mais importante para os provetes do tipo [90]n, devido ao ~
efeitos viscoelásticos. A norma ASTM D 3039 [1l.4] fixa um intervalo de 1 a 10 Outro aspecto particularmente importante no ensaio de provetes [O]n diz re p ·jl o 1\\1
minutos para a rotura, enquanto a norma ISO 527 [11.5] estabelece velocidades d · modo de rotura observado. De facto, ao contrário do que é desejável, são frcq u ' 1.11 '
2 mm/min e de 1 mm/min para os provetes do tipo [O]n ou [90]n' respectivamente. os casos em que a rotura não se dá na zona central do provete, mas sim junto a s in, '1'
tos, ou por fissuração transversal generalizada [11.3], o que faz com que o tratai 'n l O
A medição dos módulos e do coeficiente de Poisson exige a utilização de extensómetros. dos resultados seja ainda objecto de controvérsia. Por um lado, é evidente 1 I ' li
s extensómetros de pinças têm a vantagem de serem reutilizáveis e fáceis de aplicar. resistências obtidas com esses modos de rotura são inferiores aos valores reais. PO I'
Todavia, são susceptíveis' de escorregamento, e as pinças podem introduzir pequenas outro lado, nem sempre é possível obter roturas na zona central e a rejeição h HI
li suras locais nos pro vetes [90]n' Além disso, nos provetes [0]0' há sempre o risco de restantes resultados pode ser interpretada como uma simples eliminação de resul wdo
serem danificados, dada a alta energia libertada aquando da rotura. Por isso, devem inconvenientes. Actualmente, a norma ASTM D 3039 [11.4] determina qu ' do
ser retirados antes da rotura, o que impossibilita a medição da deformação à rotura. relatório dos ensaios, conste uma descrição pormenorizada dos modos de rOLW'1\
Daí que sejam normalmente preferidos os extensómetros colados (figura 11.4), nos observados em cada provete. A norma ISO 527 [1l.5] permite a rejeição de res ult \
quais a variação de resistência associada à variação do comprimento dos filamentos dos de alguns provetes, desde que o relatório dos ensaios justifique tal procedim 'nu) ,

314
IIIH'III I PI'l'V! ' 111 I l illlI " III II PO I II I !llId, ii I II II II 11111 Ilud o Illltltld il" " 111111
do 11 )1 0 II l l ' I 1.111111 I li I II d" 1'1/' I /I r j'l 111111111 , ' I l ' ~' I\ I do 11 ' 1',,111 - II ) 'ii I II ",
Ilh ' ll 11 . 1) . N ' I ' 'tl HO, I 'V ' II I 1111 II illl do
hll Vl' l' 1111 1)1 ' I') I' 'tuçtO los I' 'H ldl lll lll ,

olw 'lud o no 1I 11 I to 'U à~ r 'sist n 'i I , dlld'l () VII I" I 'I "' ,"U11ItlI I Pj' (; 'SH I. " 0 111 111
VOI11 IUlI1iou lo I' 0111 r II " , I II , 11 1111 ,in H ,,'l O , () I,'ove l ' " /1 11 1

( Vl' I' • Ip (w l o 7). IlI r (até 20 111(11).

1\ nOrma ASTM I II, I () III ,HI roi ti 's 'nvolvida especificamente paru I I'()V ' I ' 10111 1
prcvendo a transmisst 1,1 cHrga através de forças de corte, geradas n s in ' '1'10 1 1111 1
11 .3. Ensaios de compressão ·unhas. Os dispositivos de ensaio designam-se habitualmente por elan s (I f 111'11
11. 6) e IITRI (figura 11.7), também conhecido por Celanese modificad o. No pl'l lll ' "O
'aso, as cunhas são cónicas, estando envolvidas por uma manga cilíndricu 'XI ·1'101' II
111 'd ição da resistência à compressão longitudinal, (Jucl' tem-se revelado um d 'l
alinhamento. A carga é aplicada às cunhas externas. O dispositivo Celanese [ ' )11 I , \' 1
IlI'oblcmas m ais complicados no estudo dos materiais compósitos (11.1-11. 3) . Ap ' III
!'abricado dentro de tolerâncias bastante apertadas, sendo diticil d li IIIP[ II I II
li · Il.:n .:m sido estabelecidas normas ASTM (11.7, 11.8] para ensaios de proveres 1111
diferentes espessuras dos provetes. Tornou-se por isso m ais frequente a ul'ili ",II,'UII II I
l i ,' "ci nais, a validade dos valores obtidos é duvidosa (11.3, 11.9]. O problema pr/II
dispositivo IITRI, no qual as cunhas trapezoidais ficam alojadas cru 'uvi ILlII •
'iI' II na aplicação de cargas de compressão a provetes (0]0 é a forte propensa O I
maquinadas em blocos de aço. O alinhamento entre estes é ass~gllra I:) ,POI' ii 1\ 11 ,
' /I. ' lH'Vadura, face aos valores elevados de (Jucl' Tal obriga a que os provetes tenhlllll
fixos no bloco inferior, e deslizantes no superior graças a chumacelras HXIOI , 1\ I I \11 11
IIIn comprimento livre muito pequeno, tipicamente inferior a 13 mm. Nestas circun
11.8 mostra a geometria do prov~te para ambos os dispositivos, qu c lamh "11I 111 111 111
[ n ia , a rotura dos provetes tende a dar-se junto aos insertos colados, devido 1I0H
II • 'ntuados efeitos de St. Venant já referidos.
adoptados pelo CRAG (11.6]. Como é evidente, este tem que ser . ui 111 10111 111111 1
reparado e pré-montado nas cunhas de modo a minimizar desalu 1 lifl1 ' /\ 1 ti (
P
insertos devem ser de compósito de fibra de vidro do tipo (0/90] nw J..'. 111111 I II I'
m dos primeiros métodos a ser aplicado a laminados (0)0 consta da norma ASTM I )
recomendada a colagem de extensómetros em ambas as faces do provere I L1 I'" I ' [ I' , 111 1
095 (11.7] (figura 11 .5). A carga é aplicada no topo dos provetes, que são envolvidoN
por guias laterais com o propósito de evitar a encurvadura. eventuais deformações de flexão, resultantes de alinhamento deficiente, ou I l' I III)1I
trativas de encurvadura.

hh,

Figura 11.5. Represe ntação esquemática do ensaio ASTM D 695 [11 .7) para laminados [O)n ' incluindo as guia s

anti-encurvadura. As dim ensões habituais são h = h i =2 mm, Li = 35 mm, Le 5, 10 mm e largura B 5, 10 mm.

A prática demonstrou que este método é inadequado para laminados (0]0, pois o
modo de carregamento gera, prematuramente, fissuras transversais que se propagam
Figura 11.6. Representação esquemática do di spositivo Celanese da norma ASTM D 3410 [11 ,8].

316
:11 "
' ()n (JU II' O Il tl ll lll ll ", I 1111'11111 ,d lll' <)lIlndl ) () '()I'I' LilI I • lU ' II U Il' l lI lllll lIlll ' l lr 1 11111

uS bola hus ' () II'I I VI I I I I(' II I' di sto u r LU fa d 'LI - H' I UI' ' 11 ' lll' Vlldul' 1 III " II III
ilustra bem «8 11111 I IH! dl't v 1m I ' 'rca da validade das r sisl'\t\ 'il\s 01 ' Iidu
de compressã d' I rov ' l 'H lOJ'1'

A norma ASTM D 5467 [11.14] estabelece um ensaio de flexão em 4 onlO I 11111


prove te sandwich, cuja pele superior é um laminado [O]n fino . O núcleo ! . nillho d\
abelha metálico, sendo a pele inferior em chapa também metálica, ufid ' III ' III \111\
espessa para garantir que se dá a rotura à compressão da pele superior. A p" II 'lplI
desvantagens deste método são o facto de não garantir estado de tensão v 'r !ud,' 1'11
mente uniforme na direcção da espessura, e os custos muito elevados d' p I' ' I1UI'IH,'1 11
dos provetes. Outro método consiste em utilizar provetes sandwich cujo nt'r 'I ' \I ' \
matriz do compósito, e submetê-los a ensaios de compressão com o dispofl ili vo 11'1'1 I
Figura 11.7. Representação esquemática do dispositivo IITRI da norma ASTM O 3410 [11.8J
[11.15-11.17]. Deste método obtêm-se também resistências superiores às III \' 11 II II

=t :::::;~=, :: ,,=1"i
h 9" Celanese [11.15-11.17]. \
t:: .:: 1:&;;::::: /
Uma abordagem totalmente diferente consiste na utilização do dispositivo 11'1'1 I III \ I
pro vetes multidireccionais para obter cruel a partir da tensão de rotufil do pl ll I II
[11.18-11.21]. Com base em resultados de ensaios de vári 111 111 111111 111
[(±60)z/(0)z/(±600)3]s' demonstrou-se que a rotura se dava na zona " 111 1111 rlll
prove te, condição essencial p ara a validade dos resultados [11.20] . Além di , til) , li VII
Figura 11.8. Geometria do provete para os dispositivos Celanese e IITRI. As dimensões recomendadas são
lores obtidos para cruel foram substancialmente mais elevados do qu CO IlI I I' OVI' II\
h =2 mm, h; = 1.5 mm, L; = 63.5 mm, b = 6.35 mm e Le $ 12.7 mm.
unidireccionais [11.20] . O óbice principal desta abordagem é a inflt, n ' iII dll
camadas de outras orientações. De facto, verificou-se em [11.1 8] e [11. J I !lI ' II
Apesar de os dispositivos Celanese e IITRI terem representado um progresso significa-
valores de cruel eram algo sensíveis à sequência de empilhamento do lamiou lo, ' 1',, 1
livo, que culminou com a norina ASTM D 3410 [11.8], verificou-se que os resultados
deve-se essencialmente a tensões transversais e de corte geradas nas cama da ~ H O" 'I
I diam variar em mais de 50% de laboratório para laboratório [11.3, 11.9]. A:>
utilização de métodos pouco rigorosos para o cálculo de cruel a partir da ceoslIO I ,
principais causas são seguramente a forte sensibilidade às tolerâncias de fabrico e
rotura do provete. Estes problemas foram resolvidos em [11.20] usando prov\:l ' H ' 0111
montagem, bem como os efeitos de St. Venant inerentes ao pequeno compriment
camadas ±60°, por estas induzirem tensões transversais desprezáveis nas camudll
livre. Estes podem também explicar o facto de os módulos longitudinais medidos à
0°, e descontando rigorosamente a contribuição dessas camadas após obtenção) r "vllI
c mpressão serem substancialmente inferiores aos medidos nos ensaios de tracção
das curvas tensão-deformação em ensaios de compressão de provetes [± 60] .. Mil
rt 1.3], bem como a influência do material dos insertos nas resistências medida recentemente, Welsh e Adams [11.21] constataram as vantagens deste m etouo, , I.'I
I] 1.10]. Por conseguinte, o desenvolvimento de métodos de ensaio à compressão
Ontinua a ser objecto de investigação. interessante verificar que os valores de cruel assim obtidos foram geralmente sup 'ri Ol' "
aos de cruel> revelando afinal que a suposta debilidade à compressão dos lamina lo, '
deve provavelmente à elevada propensão à encurvadura, sobretudo após danili ' H ' 110
Haberle e Matthews [11.3, 11.11-11.13] propuseram um ensaio em que a carga de
por impacto transversal de corpos estranhos.
ompressão é transmitida ao provete simultaneamente por compressão de topos e por
corte, graças a um pré-aperto de placas envolvendo os insertos. Este pré-aperto evita
Os laminados multidireccionais podem também ser sujeitos a ensaios de compressl o,
a fissuração transversal do provete. Os valores medidos foram mais elevados do que
Neste caso, para evitar a rotura junto às máxilas, a norma CRAG 401 I lI .1I1
318
11'1
'm la 1:l.IH': \11 I , /l lI II 11111 1 11 , \
I" ' \)111 ' ollllll'Í lIl ' lHo li vr ' lllll 0' 1 I \Ii
'I
III 'lll'vlldllru I J J .'3, J 1.6, J 1.22 1, ' J'mJllv II "ii I I I I 'III \ \I inui s prov 'ni ' Ilt ' d
II
llld nas fa es d o p ,'IlV ' j , dl v ' I') 'II' I II H:dl (1;\ q ue cal'r ' um ' II I "
11I'ogl'i(j " o que indica que a fl exão d o prov ' l \ 11 o " 'oll1.pl 'tumente evitada [11. 2.. 1,
' I ti '01110 nos ensaios de tracção, a interprecaç o do resultados deve atender L10
t o
'lIdi ' t l' progressivo do processo de danificação.

0.5-2 mm 25
h = 2-4 mm

Figura 11.10. Geometria do provete de tracção [±45°1.

:;, 9h
",20 mm Este ensaio é relativamente fácil de realizar e permite obter de forma expedita I .'
'" 1000101 Todavia, é duvidosa a validade da resistência ao corte medida, dado que as camadas
Figura 11.9. Geometria do provete CRAG 401 [11.6] para laminados multidireccionais. não estão sob corte puro, e as tensões 0'1 e 0'2 são da mesma ordem de grandeza de T 12'
Além disso, há um pro~,so gradual de rotura relativamente complexo, que envolve
a formação de fissuras transversais e de dela minagens, bem como não-linearidades
material e geométrica que provocam rotações consideráveis das camadas. Assim, as
11 .4. Ensaios de corte deformações máximas no ensaio são geralmente bastante elevadas, motivo pelo qu al
a norma ISO 14129 [11.23] limita o ensaio a YI2 = 5%. Também se verifica que a
) I" II 'ipal problema na caracterização do comportamento ao corte consiste em gerar resistência depende do número de camadas do laminado.
11111 • lUdo de corte puro num volume de material suficientemente representativo.
1111111111 propostos vários métodos, alguns dos quais normalizados, mas nenhum é uni-

I ,'I " mente aceite [11.1-11.3]. Em geral, os ensaios dão resultados satisfatórios para 11.4.2. ENSAIO DE TRACÇÃO DE LAMINADOS UNIDIRECCIONAIS A 10°
II ,nóc.lulo de corte G 12 , mas questiona-se a validade dos valores de T u l2 obtidos pelos

I HI LI 'O métodos que se revelaram minimamente adequados. Descrevemos em seguida Apesar de não estar normalizado, este ensaio é bastante utilizado para determinar o
\) 'maios mais utilizados. comportamento ao corte [11.1-11.3, 11.25, 11.26]. O prove te é um laminado unidi-
reccional, cujas fibras estão orientadas a 10° em relação ao eixo de carregamento x .
Nestas circunstâncias, as maxilas da máquina de ensaios impedem as rotações, gerando
11.4.1. ENSAIO DE TRACÇÃO DE LAMINADOS [±45] por isso momentos e forças de corte adicionais junto aos insertos. Logo, o provere
deve ser relativamente longo para que, na zona central, haja de facto um estado de
li ' t ' ensaio está normalizado pelas normas ISO 14129 [11.23] e ASTM D 3518 tensão uniaxial O'x' Este traduz-se num estado biaxial de tensões principais:
II I ,24], sendo o provete idêntico em ambos os casos (figura 11.10). O laminado deve O'x sm2
. () .
r =_ (11 .4)
I 'f espessura h = 2 mm, o que normalmente implica um laminado [±45]4s' e os 12 2 '
infi 'nos de compósito de' fibra de vidro do tipo [±45]. O ensaio é normalmente reali-
'/, Ido a 2 mm/min [11.24]. A medição de G 12 exige a colocação de extensómetros nas bem como numa deformação de corte
Iii' ' cções longitudinal (x) e transversal (y). De facto, a aplicação das equações (3.55)
• ( . 6) permite verificar que, nas camadas ±45°, (11 .5)

(11.2)

321
: \ ~O
1
• :olh I do n/ull) () - 10" I 'v '- ' III 11\ III I ii 11 111', 111 ,1, 11 1 II II l·l'o 1'1 I III/,:[ o Li ' ' 011 1, ond e L é o comi ri m 'lHO do prove te (152 mm segttnd o a normu J\S'I'M I ,1,:" 1 ) ). II
, ' ,)1110 I.' 'l)lll)')rOVIl no I'Mi du .11 W 'l1 1,1/ 1111111 II 1'111 I V H\l l: I , L1 'op lafu ' 111 11 III a espessura e n = 1 para calha dupla e n = 2 para calha trip la. m tulo I ' '(Il '11 (,
'Ol'l ', 1) , A d.cccl'l'l'linaçã do m6dul d ' '0 11 I , 1'11 11 obtido de P ( II ,H
1I1 1l~'( 'M ' IYl tres direcções, recorrendo por ex ' l1 l.pl o l
lO ' 111 delta (figura 11.11) . Da aplicação da equaçl ( .
G ---
xy - 2nLh8 '
.
ri 'iltn ' ntc e obtém: sendo Ce a deformação medida por u m extensómetro orientado a 45° em relaçüo O ' 111'/ ti ,

28 +28 -8
8=8' 8 = b c a.
x a' y 3 ' 76

0 11 I ' Ca, Eb e Ee são as deform ações m edidas pelos extensómetros.


25
r-
lAl
Q I
-O
51
L-
O -O 152

$12.7~
--O -O
- i
~
.
/
Figura 11 .11. Roseta de extensómetros aplicada a provetes de tracção. Figura 11.12. Ensaio de co rt e e m ca lha dupla, incluindo as dimen sões do provete ASTM 0425 5 [11 .2'/ 1.

I! método é tido com o adequ ado para m edir o m ódulo de corte G 12, se bem que li
Il'

II I' " Hidade de recorrer a rosetas de extensómetros seja algo in conveniente. Além
r
II lO, os erros d e orientação n o corte dos p rovetes e na colocação da roseta afectam
Idli cativamente as m edições. Por ou tro lado, como o estad o de tensão não é o o o 25
o
~
dI' 'OI'[C puro (equ ação (11.4)), a resistência ao corte tende a ser subestimada, facto
IIlll' pode ser agravado por roturas prematuras junto aos insertos, resultantes dos o 4' 0 4' 0 51
152
Y -O
I lI1 ll's ngimentos acima referidos.
o o o ~1 2 .7
-O

11 .4,3. ENSAI OS DE CORTE EM CALHA Figura 11.13. En sa io de corte em calha tripla , incluindo as dim e nsões do provete ASTM 04255 [11. 271 .

lI orma ASTM D 4255 [11. 27] propõe du as configurações para os ensaios de corte Estes ensaios podem ser aplicados a laminados unidireccionais dos tipos [O]n e [90 1",
111 ·tllha: calha dupla (figura 11. 12) e calha tripla (figura 11. 13). Em ambos os casos, bem como a laminados multidireccionais. A espessura deve andar entre 1.27 e 3. 17
II 'urgas impostas, P, pelo cabeçote da máqu ina podem ser de tracção ou de com- mm, dado que laminados demasiado finos podem encurvar e laminados demasiado
pI' flS lO, sendo geralmente transmitidas aos laminad os através de ligações aparafu- espessos podem implicar cargas suficientemente elevadas para se dar escorregamen lo
II 11tH pré-esforçadas. N o ensaio de calha tripla, a carga aplicad a à calha central é das ligações aparafusadas, com esmagamentos localizados qu e provocam rO!LIra
1\ 'mlmente de compressão, p ois evita-se uma fixação rígid a à b ase. As tensões de prematura. Na realidade, é m uito dificil evitar a formação de fissuras transversais nu
'01'1 > geradas são furação de laminados unidireccion ais, o que faz com que a rotura se inicie quas '
P sempre a partir dos furos, sendo a su a ocorrência frequentemente ocultada pelas calhas.
'í = - - (l I. 7)
x)' nLh'
Também há que assinalar que os provetes não estão sujeitos a corte puro, isto .,
11' 1' 1111 ,l ' ti ' 111P I'l' 111 l) 111 ' 1l101i l' I ' II Ih' 11 11 1111 11 • 111 11 III 1IIIIIIdo I n o ' n u io d ' '1111 111
N 'scas circunstâncias, a tensão de corte é dada por
dll' I II , I! , 0 1'1 Ill lO 'viul.:lJ t<.: lll ' li/II
II 11 1 11 I' 1111 11 ' III oh l ' I' vulorl.:S fiúv 'is P lIIII
II I" ili l n 'ia ti (;O l'tl.:, C m se m, I'OY t p II 1 1'11 1111 ' II P ' I' 1 0 nos resultad s 'xp ' P
d l11 ' ntuis tlJ. J. T'xy = -, I 1,(1)
eh
onde e é a distância entre as extremidades dos entalhes. O m ódulo d e on ' 'II I ' 11 "1

11 .4.4. ENSAIO IOSIPESCU se a partir das deformações medidas pelos extensómetros, 545 e 5 . 45'

J!li ll.: ensaio, que é geralmente designado pelo nome do investigador que o prop
Jlura aracterizar o comportamento ao corte de metais [11.28], foi adoptado p .111
Em princípio, para obter G 12 e r u 12' podem-se usar provetes
Il orm<l ASTM D 5379 [10,29] para laminados compósitos, no seguimento dOI
dade, os resultados experimentais obtidos são geralmente diferentes. No, Jl ov I
II'lIbalhos de Adams e Walrath [11.30]. O método utiliza um prove te duplamenl '
[O]n' é vulgar a formação prematura de fissuras transversais que se ini ium II I II I ti l
') rulhado (figura 11.14) com espessura h entre 3 e 4 mm. Este é posicionado nll
das raízes dos entalhes (figura 11.15a), devido à concentração de temI( . . II I II I'
disp sitivo através de cunhas, sendo a carga transmitida a um bloco que desliza sobr '
11111 pino de alinhamento.
assim bastante aliviada, permitindo a formação gradual de mais fiss lIl'lH 11 I ~IIIHI
central, o que se traduz em curvas r-r não-lineares. Os provetes IC0111 111 1 11111 1111
menos afectados por efeitos de concentração de tensões, mas a roturu d ó- , ti 1111 111 11
brusca entre os entalhes (figura 1l .15b) a tensões bastante b aixa, ' 111 r ' ull ll tl u II
pino de alinhamento
,L!--L--....JL-..!.....L.----, tensões transversais de tracção espúrias junto aos entalhes. D e 1'11 '111, 11 11111 I "
bloco móvel
por Elementos Finitos [11.31-11.33] demonstraram que não h á corte I UI'tI I II II I II
tensões de corte são uniformes, variando com as propriedades do m aterin l ' II II II I" I
com o raio de curvatura do entalhe. Por conseguinte, é de preferir os prov 'I ' I(I LI
bloco fixo para m edições da resistência, embora haja algumas dúvidas acerca da va lid u I , I" 1111

ai
L---l,--------,
bl
L---_X'---__
76
J
/} Figura 11.15. Modos de rotura no ensaio losipesc u de provetes ai [O] n e

Para além da necessidade de uma cuidadosa maquinagem dos entalhes, outra li mi lllí,' II
bl [90] n'

Figura 11.14. Ensa io losipescu seg undo a norma ASTM D 5379 [11 .29]. O raio de curvatura do entalhe deve ser 1.3 m m,
importante do ensaio Iosipescu é a grande sensibilidade a desalinhamentos,. que 1'0 I ' III
gerar deformações de torção e de flexão do provete. A colagem de extensomeCroH11 0
A menos da concentração de tensões altamente localizada junto aos entalhes, o dois lados do provete permite monitorizar eventuais desvios. Também já foram S ll ) ' I'l III
provete funciona como uma viga. Na secção central actua apenas o esforço de corte, alterações ao dispositivo ASTM para minimizar desalinhamentos [11.34].
lima vez que os momentos flectores provenientes dos dois lados se anulam. Há por-
tanto uma zona entre os entalhes sujeita a tensões de corte constantes, onde devem
er colados extensómetros a 45° e a -45 com o eixo do provete. Como esta zona é
0 11.4.5. ENSAIO DE TORÇÃO DE PLACAS
muito pequena, o comprimento da grelha dos extensómetros não deve exceder 2 mm.
Neste ensaio, uma placa rectangular apoiada em dois pontos de uma diagonal ' sujLo lill
324
II J
ii I ' I bl'lI '() UI nuu \) IlIh o II ' II l i II I' I 'v ' \ ' 1
1\ ' 11'111 'I I v Id I ' III 101 I () lll ll d ll 111 1111111 111 " 1 1111 1 I di 1I1 '11I'dll '0 111 li I' 'I I" ' 1I111 Çll O I II lI . N \I \ 1\ II I\I 1 11 11 II" " \I
, LI rt\ ' .,
k ' 01'1 ' 1\lI III " al lI
, IIU 'J11 lil i 'U d ll I gurn 1l.1 (l , II, 11\' \ 11 11 I 1111 1 111 11 d i' I II 1 ' III II l on s ~ 'S LI o ' 1) 1'l' 'm ('abri lid o 1 0 1' \-111 ii 111\ l!liI I II \111 ' 1\ I III ' ' ir ' UIÜ 'r ' o '1UI " A I ' l1. lI. 1 'lro ' x l "1101' I )"
' , I '1" r ap licad o M c d OI:> d1 L II
I II IIi Il li l()~ UI i IiI' oe lonai lOJ" o 1()O I", 11 I II( 1111 1 II \I \I , I 'lido '0 111 outras seq uGncias de pared' I II lI IIII I~ \I I I\I I1111 11 1' () l ly
lo I

I , 'm pilh ul11cnc . interior Di' i Iot \

enquanto o módulo de corte se obtém de


T~y T xy II , I I
G =-=
;ry Y,y E 45 - E_ 45

_ T ç ão de extensómetros colad os a 45° e a - 45° rcl aLiv'1I1


c
' III ' III )
o que pressupoe a UtllZa . . I ASTM D 5448 [11. 37] ql.l' L'X I . q\l
eixo x do tubo. Este ensaiO fOi adoptado pe a . d d h - 2 mm D. = 100 111111
/D < O 02 (figura 11.17), recomen an o - I
Figura 11 .16. Ensaio de torção de placas. LlD i ~ 100 e h i - . nrolamento reforçadQ' \I i \1 ll1 d ll
A

O h-lO mm Os topOS do provete tem e


=
L i 5 mm e i - .' r
com adesivos estruturaiS a flanges a 19ar a
' máquina de ensaios. A v ,11)(' dll t di
o ensaio de torção de placas não é adequado para medir a resistência ao corte, mas
' nnite a obtenção expedita do módulo de corte através de [11.35, 11.36] deformação é 2°/min.
IS'

\Z'22::====F===9~1~ h
i
(11.11)

D,
on de (5 é o deslocamento dos pontos de carregamento e K é um factor de correcção
pura o facto de os pontos de suporte e de carregamento não coincidirem com vértices
lu placa. A norma ISO 15310 [11.36] especifica a = b = 150 mm e h:::; a/35, de modo
II cvitar tensões de corte na direcção da espessura. Nestas condições, segundo a

r 'ferência [11.35], - d ASTM D 5448 [1 '1.371.


Figura 11.17. Tubo compósito para o ensa io de torçao segun o a norma
K =3r 2 -2r-2(1-r 2 )ln(l-r) (11.12)
. . I método raramente é utilizado, por força d s I ' VlI II \
sendo r o rácio entre a distância apoio-ponto de carga L e a diagonal. A norma Apesar de teoncamente ldea , este b' ão são necessariamente repre:;col!\tl v\1
[ O 15310 [11.36] recomenda L = 0.95a. custoS de fabrico dos tubos, que tam em n
dos materiais a utilizar em aplicações reais.
Este ensaio é fácil de realizar e não necessita de extensómetros, pois garante um estado
de tensão uniforme ao longo de quase todo o provete. É por isso considerado um dos
melhores métodos para medir o módulo de corte de compósitos.
11.5. Ensaios de flexão
. .. d' li cidade dos procedimel 10 •
11.4.6. ENSAIO DE TORÇÃO DE TUBOS DE PAREDES FINAS Os ensaios de flexão são multO utlhzado~, da a a ~l~P [11 6 11 38 11. II) I,
, . d bjecto de vanas normas ., . )
dos equipamentos necessanos, sen,; ~ E a resistência longitudinal llÚnima WH\ll d \
. o ponto de vista da Mecânica dos Materiais, o ensaio de torção de tubos de paredes O objectivo é geralmente obter o mo u. o di e fl x-ao não permitem obter val or ,,' li
O] N alidade os ensaiOS e e ,
finas é o ideal para caracterizar o comportamento ao corte, pois garante um estado de provetes [ n' a r e , . I t resulta naturalmente d lu 'I II
propriedades que possam ser usados no projecto. s o
tensão de corte puro, e com a tensão aproximadamente constante através da espes-
'\lI
326
II li ' lu lo d ' I ' IH O II!) IH'OV ' I ' II \lI 1' 1 1II1I111I1II1
I d ll /iII' 'I 'IIHlbilidll I ' do I' 'H ul-
11111\ I lH.'qll 'nu Vfll'ill ~:< 'S 1111 ti 111 ' II I I I, I N
Il I 111\ 1 \ , ii ' /llunto os 'osuius d '
'XI I) l\) Xlr011lUl11'nCl.: út 'is puni 'Oll l/'olo d l' l /Il U' III I ', U<': ln
, ' , I ' " S (; UStos d '
JI 'I uru 'l () e . ' lnsrnUllentação dos CJ1:;; li " J ' 11'11 ' l;:lO.

lI ó I is cip s funda
fl -
. d
mentais e ensaios de flexão, que se designam por flexão em
UI. L
,Hl III OS e . exao em 4 pontos, conforme o número total de su ortes L,
'{lI'r 'gomento (figuras 11.18 e 11 19) O ensa'o d fl _ p e de pOntos de
I, ,. . , '. I e exao em 4 pOntos tem a vantagem
I I l ar uma zona conslderavel de moment fl
() I , 1 ", o ector constante e sem corte transversal 1 1 1 I I 1 V = PI2
( 1'1 camento maxlmo e medido através de um transdutor d .
' 1I lJ llllnto no ensaio de flexão em 3 pOntos usa-se habitualmente o ~e~~~~:cmamenetnotodsO'
I I I l " '\'tll . da máq .
1 I ,"
d
ulll~,.a menos e correcções para a flexibilidade do sistema de transmis- V = - P12 111 II
g
I" 1,1 lI.l a. Na pratica, as vantagens do ensaio de flexão em 4 pontos não se revelam M = P(L-Lj/4

Jlllll llIlllli
, " '1IIIvas, pelo que o ensaio de flexão em 3 pOntos é muito mais utilizado.

r
w Figura 11.19. Ensaio de flexão e m 4 pontos com os di agramas de esforço de corte Ve de momo nto 1l11l 1111 AI

'=t h

l11: L

L,
4 ....
A escolha correcta da espessura do provete h e da distância entre apoi s I. " I 11 11 II
larmente importante nos provetes [O] n' dado que o elevado rácio E J / 11 LI " 11 11111 II
efeitos do corte transversal e a baixa resistência ao corte interlaminar poc! ' I " OVO 'I ii
danos prematuros. É portanto necessário usar rácios L /h bastante elevad s s( t I' ' 1IIdll
para laminados de fibra de carbono, para os quais a norma ISO 14 12 II I . III I
recomenda L /h = 40 (tabela 11.2). A desvantagem é a propensão acrescida ti 'I'UI1 1('1
deslocamentos, ou seja, à não-linearidade geométrica. A norma ASTM D 790 III , IHI
limita a escolha dos rácios Llh a 16,32,40 e 60, e estabelece Ls Ll3 ou L , U 2 1111 = =
M = PL/4 ensaio de flexão em 4 pontos. De resto, é bastante permissiva no que toca as 'H I '
suras h (entre 1 e 25 mm) e larguras B (entre 10 e 25 mm) dos provetes. Amlll ~ l i
normas recomendam taxas de deformação de 0.01 min- I.

Tabela 11.2. Dimensões recomendadas para os provetes pela norma ISO 141251ver figuras 11 .18 e 11 .191.
Figura 11.18. Ensaio de flexão em 3 pontos com os diagramas de esforço de corte Ve de momento flector fvI.
Materiais Ensaio L,(mm) L (mm) L. (mm) h (mm) B(mm)

[90]. e outros de 3 pontos 60 40 2 15

5 :S E ,fG,,:s 15 4 pOntos 60 45 15 2 15

De E,IG" > 15 3 pOntoS 100 80 2 15


4 pontos 100 81 27 2 15

1.'1 1
( li di do 1'01 ' 1 ' I , UI 0 10 I ti IJlII III ~1\ 1I tl lIllIflll í II UIII 'Ol1 lpl'Ond M
III ' 11'0 , o ' 1111 1 m 'diI' as CO nstantcs eláscic,lS no I 111111 ) ( I \ 111 1 I' "No Jll ln inlldo IIluliltl 1'1 i
. I I
I po ibili lu I ' cl ' d UlliJi 'aç:ã 1 ' ui d o pt'l) I I' , \l I I, t il dll di 1 1\ 'iu entre SlIPI)I'I ' I
cionai , entre camadas d e difer '1. I ' 0 1' ' III 1\ ii ' , JllI'I\\LI-Se un tl zO nu in l ' 1'1 11 111 11 /11
A 11l1I'Il1u ASTM 790 [11. 8J re om ' 111 11 d iii ' 11 0 h- (, II li 11 li Pt p'IL"1 S rokll relativamente rica em resina, que é m uiLO finu : li esp~ss ura é inferi r a um. I 'imo d ll I,

II , IIpoio e de 6 mm a 8h para os d e carrc ra m 'nlo, No ' \1I HI1 C a rigidez dos ro lei II esp essura da camada. Assim, a hipótese de isotropia transversal d a amadu ' 1 d "
d , 'lIfl'cgamento parece influenciar mais as r sistên ias mcdidas, na medida cu 111 1 omo adequ ada para a descrição do comportamento tensão-deformação d o ~ JUII ..l1I1I II)
101'I ' !; rígidos em aço INOX tendem a induzir danos locais de compressão. A rS
multidireccionais. Todavia, o m esmo já não se aplica às resistências aI/I ' /I ' " rll l \
1·1,I [11 .39] propõe a utilização de roletes revestidos com uma camadu d '
' l/23' vulgarmente designadas por interlaminares. De facto, devido à diferençll ti l' 111'"
poli])!' pileno de 0.2 mm de espessura, o que pode conferir ganhos na resistên ia III priedades elásticas entre camadas adjacentes, as tensões interlaminares \ 't' 1 I 1 \
I %1 Ill .3]. Todavia, esta opção inviabiliza medições rigorosas do módulo.
tomam valores elevados em numerosos casos de interesse prático, por ex JTl I lo, 11n
bordos livres, em carregamentos transversais de impacto (ver capítulo 9) c -01 jU II lI 1
I III I I' I ria das Vigas obtêm-se facilmente:
coladas (ver capítulo 11). Estas tensões podem provocar a formação de d ItlJ /til" 1' 11 1,
que são particularmente prejudiciais para o desempenho dos laminados. Ú I Ol' l \11\ I
(11.1 ) evidente a importância da caracterização das propriedades interlaminarcs,

(11.1 6) Na realidade, há dificuldades que se têm revelado dificeis de ultrapassar 0 111' ' 1IId ll
no que toca às resistências a ,1t3 e a ue3' Para este efeito, é necessário fabri 'UI' I 1'\l V ' I
I IItlO 6 o deslocamento máximo, Ce e Cs constantes dependentes da geometria e do muito espessos, tipicamente entre 15 e 25 mm, o que, para além I , 111 11 I II
I I II) de ensaio (tabela 11 .3) e Kd uma correcção para grandes deslocamentos, sugerid u dispendioso, pode ser problemático face ao carácter exotérmico do pr c 'IolKIl I , \) I II
lIi'llli normas quando li/L> 0.1. Estas expressões mostram bem que os resultados dOH e à má condutividade térmica dos polímeros. Os acentuados gradientes Lé l'nl 'o I 11 11
1\ IIl os de flexão são muito afectados por variações nas dimensões dos provetctl,
se desenvolvem em secções espessas provocam graus de cura não uniform 'H 110 1(1/1 (I
ohl' ' tudo na espessura h.
da espessura, com consequências ao nível de tensões residuais, distorçõ ", I UI II I
dades, ou mesmo degradação química local. É pois pertinente a questão d a r ', I' 'l l ' l l
Tabela 11 .3. Coeficientes para as equa çõ es (11.1 5) e (1 1.161.
tatividade dos provetes. Os blocos paralelipipédicos apenas permitem a mcdi e,: (j ti
Ensaio c. C, .Kd (ASTM D 790) .Kd (ISO 14125) constantes elásticas. Para m edir as resistências, a forma dos provetes comeml lu 11111 11
redução gradual de secção dos topos para a zona central (figura 11.20), d e ru o lo li
3 pontos 0.25 1.5 1+6( ~r - 4h8
1+4(fr
L L2 promover a rotura nesta. Isto implica custos de maquinagem muito elevad ,.
4 pomos (L, =IJ3) 0.21 1.0 1+4.7(~r - 7.04hJ 1+4.7( ~r - 7.04hJ
L L2 L L2

4 pomos (L, =IJ2) 0.17 0.75 1- lO.9hJ


L2

ai bl
Figura 11.20. Exemplos de provetes usa dos em ensaios de tracção e de compressão na direc çã o da es pes u
11.6. Medição das propriedades na direcção da espessura ai dupla curvatura elíptica bl secção central rectangular [11 .31.

' omo se viu no capítulo 3, as constantes elásticas independentes na direcção da Nos ensaios de tracção, a carga é transmitida ao provete através de insertos c ln I I
'spessura da camada são os módulos E3' G 13 , G 23, e os coeficientes de Poisson v aos seus os topos, sendo evidente que o desempenho da ligação é critico para o su e ' 1-1, li
' 13
' v 23 ' A luz da hipótese de isotropia transversal da camada (equação 3.34), basta
do ensaio. O alinhamento também é fundamental, e a sua comprovação deve ser C-ii I

~30
,1.11
1'\ \' 111 1'1' 11\1 11 I II pl 'II~' I'O li ' VI 1'1 I! ' I II 1'1111111 11 1\ 11 1 III d i IlIdo (\ 'ui ludo • do dctermina que o prove te tenha largura B = 10 mm, comp rin 'nl o 101111 , ,, .. () 1111 11
11 11 1011 III ' I' ' 111 ' I II ' III ' 1111 r ' ' o hl II I I" 1III IIdll II I d l l , P\l l' x ' In p lo 110, ' 11 alo
= =
e L 5h, recomendando h 2 mm (figura 11.1 8). De acordo com u T ' riu III V g ll
d ' 1'\\ 1111"" lO , obH' rVIJ - K' r.. 'qu ' 111, ' III ' III ' I'!\IIII " II I '!I II ', Il ú pOI' CUJ1C
a tensão de corte tem uma distribuição parabólica n a direcção da CSpl.!t>H ~II·ll , unu l llll
I'O Il i I ' I'ÚV ' iH li IiI,,; 'r n 'S t:l árctl. do-se nas superficies e tendo o valor máximo no plano m édio,
max 3P II , I H
T = --
ao corte, ensaio lo ipescu p ermitc a li UII ,. 4Bh
ohl ')) 't o, recorrendo a provetes com as orientações apropriadas. A m edição dc ; I
• ti ''1:,,2 exige obviamente provetes espessos, com as fibras orientadas na direcçl !l Este ensaio não permite obter uma verdadeira resistência ao corte interlamiJ LI!' dud u
PI'I'I 'nd icular ao plano da figura 11.14, pelo que se aplicam as mesmas consideraç , a forte presença dos efeitos de transmissão de carga junto aos rolete, in ' I' ' 11 1 ' II I!
II 'imo tecidas acerca da sua representatividade, Outro ensaio para medição dn
baixos valores de L. Daí que as resistências se designem-se por "aparcnc 'fl " , ' 11(1i1
I • iHlências ao corte interlaminar recorre à compressão de provetes duplamente entu-
uma medida da resistência ao corte interlaminar se for esse o moei ti , 1'01\ 11 11
III I lo::; (figura 11.21), usando um dispositivo idêntico ao da figura 11.5. A roru ru verificado. De facto, em certos casos pode dar-se rotura à compres ão Ou 11 ' II HI
IIL' OITC no plano médio, na zona compreendida entre os dois entalhes. Este ensai
encurvadura. Apesar destas limitações, este é um ensaio muito u sado paw ' ( \lIII O It I
1(11) , ·co da norma ASTM D 3846 [11.40] e tem a vantagem de poder ser aplicad o II de qualidade.
pHIV ' ces relativamente finos. A tensão de rotura ao corte é dada por

P
T = -" (11.1 7)
/L'" BL'
11.7. Ensaios de fractura
\ 1\(1 0 Pu a carga de rotura, B a largura do provete (10 mm) e L o comprimento entl'
\' 11 I nlhes.
Como se viu nos capítulos 9 e 10, reveste-se de grande importância a oru ' I ' 11 1011, 1\1
da resistência à propagação de delaminagens, problema que é tratado no 1 11111 I II dll
Mecânica da Fractura . A taxa libertação de energia G é o parâmetro m ail' ul ili'I,udll
nos compósitos e as situações de carregamento mais estudadas são as d II Hllill I,
modo II e modo-misto l-II [11.43], recorrendo a ensaios cujos fundament s já fOI' \111
Figura 11.21. Ensa io de corte int ~ rlaminar seg und o a norma ASTM 03846 [11 ,40l, que reco menda
tratados em 9.3.2.1 a 9.3 .2.3. Em todos os casos, há que proceder ao fabrico I ' ~1I1 "1
h = 2_54 a 6_0 mm. L = 6_4 mm. t = 1_02 a 1_65 mm e LI = 79_5 mm_ placa, na qual, durante a operação de empilhamento de camadas, se insere um !i lIl1
desmoldante a meia-espessura para gerar a fenda inicial. Em seguida, cortal11- . (l
NIl realidade, à semelhança do que sucede numa junta colada de sobreposição (ver pro vetes com as dimensões apropriadas para os ensaios a realizar. Na fase inicial d ' I •
' 1J ltulo 12), a tensão de corte não é uniforme, diminuindo de valor dos entalhes para
capítulo, concentramos a nossa atenção nos ensaios de laminados unidil'ec iOJ1ui
II ~o na central. Logo, a tensão de rotura obtida de (11.17) é apenas um valor médio.
[O]n' cuja elevada rigidez à flexão e capacidade de manter uma propu'O I II
1\1' lU disso, há tensões normais de compressão junto aos entalhes. Outras limitações auto-semelhante são particularmente convenientes para os ensaios. Os lamino 1m
II '/lte método são obviamente a sensibilidade a desalinhamentos inerente aos ensaios
multidireccionais colocam problemas específicos que são posteriormente abordad o ,
II , ompressão e a necessidade de maquinagem particularmente cuidada dos entalhes,
dllda a forte propensão à fi'ssuração transversal dos compósitos unidireccionais.
11.7.1. MODO I
I"i ualmente, está bastante difundido o ensaio de corte interlaminar de vigas curtas
O ensaio Double Cantilever Beam (DCB) (figure 11.22) está actualmente normaliz'~ 1\1
11l. 4 1, 11.42]. Trata-se de um ensaio de flexão em 3 pontos (figura 11.18), no qual
para a m edição de G1c em laminados (O]n [11.44, 10-45]. Durante o ensaio, regisw-. '
II c.Iistância entre apoios L é deliberadamente reduzida de modo a promover uma rotura

lO orte interlaminar em detrimento da rotura à flexão. A norma ISO 14130 [11.42]


a carga Pc e o deslocamento oe para comprimentos de fenda pré-definidos a. U~oiI .

:\'11
rec mcnda qu ' s -)U III ob ti do!) Ic,i a partir do Dlm' 'd ' uni tl 1 I'" l" ll tln , I L'l'lldll 11 11111
li ndo ln 11 1)1'111 11 111 1(,' 111 . pro ' '/-Isu d o '(lIn (I ' 1\ 1111 1 II Vigll s orei 'id tl (v ' I' H, L ~. l
ciclo d e carga-descarga prévio, em que a fenda inicial é propa n lu I ' '} li 111 111 ,
[> O I'
G = I~ " '
I< 2B(a +1 .11) N ' (J 1, 1'l )
2000 __ __

r
~ ~

lo 8 ti largu ra do provete, .1 a correcção para a rotação e deslocamento da pon l!1


l' l1 1 ~ C/PEEK
1500 -IT --- -··-·-----·--····---·--·--··-------·--
\l n r ' )1 la c F e N fac tores de correcção para grandes deslocamentos e para o feic do
1000 +-- - - - - - - - - - - - - -1
blo ' 01-\ de transmissão de carga, respectivamente. A norma ISO 15024 [11.1'1,1 C/Ep óxid o
I" 'oll1<.:nda que os provetes tenham largura B = 20 mm, uma fenda de comprim '11l\1 500

II i 'Iu l ao d e cerca de 50 mm e um comprimento mínimo de 130 mm. Isto p ermi l ' o · ~----~------------~--~
III ' se possam realizar medições de G 1c ao longo de 45 mm de propagação d a fend u, o 20 40 60
(a - ao)( mm)
I '111'0 cal, são efectuadas marcas espaçadas de 5 mm num dos bordos do prover ',
Figura 11.23. Curvas R obtidas em e nsaios DCB de provetes [DOl n C/ PEEK e C/Epóxido [11.48. 11.1,91.
p I' 'viam ente coberto com fluido corrector para facilitar a visualização da fenda atrav H

li , um microscópio móvel. As espessuras recomendadas são 2h = 3 e 5 mm parti


Há também o problema da definição exacta do instante em que se d á a ini iOÇllil
IIl l1 dnados de fibra de carbono e de fibra de vidro, respectivamente.
Dado o carácter algo subjectivo da detecção visual, foram propostos dois cril ' I' 11
p alternativos (figura 11.24) . Segundo o critério da não-linearidade (NL), a ini iu," II
corresponde ao ponto em que a curva P-o se desvia da linearidade. Este critério I
conservador e parece estar em concordância com os sinais de Emissão Acústica Lil i I I
técnica de detecção de dano . No entanto, a localização exacta do ponto de nL II
-linearidade depende da escala e da resolução do gráfico. O critério 5% ou m áxil l1l 1
(5 /M) estipula que se intersecte a curva P-o com uma linha correspondente a u n iU
Figura 11.22. Provete DCB .
flexibilidade 5% superior à inicial. Será este o ponto de iniciação, a não ser que OCOi'! \
depois do ponto de carga máxima. Este critério é mais fácil de aplicar, m as não I
muior parte dos compósitos apresenta a chamada curva R [11.46-11.48], isto é, Glç
nun ,enta com o comprimento da fenda até se atingir um patamar, como se pode ver conservador, e o valor 5% é obviamente arbitrário .
11 11 li ura 11.23. A curva R dev~-se essencialmente ao fenómeno defibre bridging, que Máximo
p
'onsiste na ligação entre os dois braços dos provetes por algumas fibras (ver capítulo
'l , nsidera-se que este fenómeno está associado à geometria particular do provete
De , não sendo representativo de outras situações. Por isso, julgam-se fundamentais
\I valores de G 1c de iniciação, G1c,i' cuja definição exacta é ainda objecto de alguma
'(l n trovérsia .

primeira questão que se coloca é se G1c,i deve ser medido a partir da fenda criada
Figura 11.24. Crité rios de ini ciação [11 .43 . 11 .441.
J1 ,lo filme desmoldante inserido no provete, ou se a partir de uma fenda gerada por
11111 carregamento prévio, e que se designa habitualmente por pré-fenda.
, 'monstrou-se que GIc,i é independente da espessura do filme se esta não ultrapassar
I ~lJn, e que os seus valores são geralmente inferiores aos obtidos de pré-fendas. 11.7.2. MODO II
" \)davia, a iniciação a partir do filme não é verdadeiramente auto-semelhante, uma
Ao contrário do que su cede no modo I, subsiste alguma polémica acerca da m ediç: (l
v -z qu e a curvatura anticlástica dos braços do provete dá origem a uma frente de
experimental e da própria relevância de G Ilc' De facto, observou-se que, a nív -\
r 'nda curva [11.49,11.50] . Face a estas dúvidas, a norma ISO 15024 [11.44]
t) I) fi" ( I I . .l ))
ii II III i III 1111 11 111 II \' I ,'O I ll l" I V I, tl n 1/ - I jJ l H/I I
1' lI ld , , II ' I li , V /II' II mi ' 1'0 1"1 d ll 01 111 11 I I II I " III
f 'ndu I d lh" 11111
I -111\' ii 1\
-I, CO lll 0 's lU lil'" ' tO /, 1 ' I'P L' ll tl \ '111 I I I ti I I ' II l O prÍJ ii nlll Úxill1 l1 , II
I 1'0 11 11 1[1 't o lo 'ui tia s mi rofendas eH- H' ' 111 11 1i ) lo I , ')'0 IIIViu, p r jecco 0 111 m ll l '
I li 'i )l1'1 6~ i to s implica sempre u ma abo rdag ' Ill n li To m 'dlnica, e as so licitaç 'H I
ENF
fl c'xl o habiruais em estruturas, geram comp nen tes significativas d e m od o II. AI" II I
ti (), verificou -se existir uma relação clara entre G Ilc e a resistência à com pr ' SIi \I
II P ÓH impa to [11. 55], fenómeno que foi analisado no capítulo 10.

II' Illl bém não há consenso sobre o ensaio mais apropriado para obter G IIc' O ensull\ ELS
1s'1I 1- N ocched Flexure (ENF, figura 11.25), já descrito em 9.3.2.2, tem sido o m ui
11I 11ii'.udo, d ad a a sua simplicidade. As espessuras 2h recomendadas para os provel '
I) idcnticas às dos provetes DCB, e a ESIS [11.56] preconiza L = 50 mm e a = 25 m m , p
( :0 111 estas dimensões, a iniciação dá-se de forma instável, o que impede a obten çuo
ti ' lima curva R. Foram por isso propostos os ensaios End-Loaded Split (ELS) ,
I I'ain!: E nd-Notched Flex ure (4ENF) (figura 11.25), nos quais a iniciação é intrin '-
4ENF
\' IIlI 'n ce estável [11.43, 11.51-11.53]. Porém, no ensaio ELS h á maior tendên iu
p l lI'lI randes deslocamentos e alguma sensibilidade às condições de aperto do
\ II'OV 'ce. O ensaio 4ENF foi ainda muito pouco utilizado, uma vez que é bastant '
L L
""tI recente que os anteriores.
Figura 11 .25 . Métodos de ensa io em modo II.

Nu I rática, é algo dificil acompanhar a propagação de uma fenda em modo II, d evi-
lo 110 Contacto entre as duas faces do provete. Logo, as questões relativas à iniciação
II 'utid as a propósito do ensaio DCB são particularmente relevantes em modo II. Ao 11.7.3. MODO MISTO I-II
I 'on I rúrio do que sucede em modo I, os valores de G IIc a partir das pré-fendas são
O ensaio Mixed-Mode B ending (MMB), d esenvolvido p or R eeder e Crews I I I , ':
III 'riores aos que se obtêm a p àrtir do filme [11.43, 11 .51, 11.52] . No caso do ensaio
11.58] (figura 11.26) é actualmente o único candidato à normalizaç~o . C 111 - ' V IlI
liNI" podem-se obter os dois valores em ciclos de carga consecutivos, alterando a
em 9 .3.2.3, este ensaio pode ser considerado a sobreposição dos enSaiOS DCB e EN II,
po içào do provete nos suportes. Surge contudo a dificuldade em saber o comprimento
'xlI ' e da pré-fenda, o que só pode ser feito com base numa calibração da flexibili-
Da aplicação da Teoria das Vigas [11 .57]:
!III I ' prévia, que envolve a realização de ensaios de flexão com comprimentos de
, = 12a 2p 2 (3C _ L)2;
11'11 ln a = 15, 20, 25, 30, 35 e 40 mm, e o ajuste dos resultados por [11.56] Gj B 2 h 3 E, 4L (1 1. ~)

(11.20) G
\I
9a 2p2
= 16B 2 h 3 E L
(c L)2'.
+
j

I( l U peração permite também obter (equação 8.66) sendo o rácio entre os modos

G
lIe
=
2B
?
3ma-p':
2

(11.21) ~;l =~e:::J ( 11 . II,

" II I alternativa à Teoria d as Vigas (ver 8 .3.2.2)


facilmente variável por alteração da distância c, e independente de a. Reeder [1 1. (J I

:1'1'/
1lI llIl l' lll f ti l ' I' II (11 )111 ' or l'l'l: 1,:1 () P UI'II 1 1'111 11 II di 1" 1\ 111,1 11 11
11111111 11 ' 11 10 11 11 p Olll ll UII As H- (U 11 ' 1\ di 1 11 11 1 111 11 1111 ' 111 11 d I) 1 rOv (; l 'H tl1u! lidh" , ' o ll l d ii 'v ' III ' I" 1,,, 111 li I
I ' III lU - tl 'r , " 'ui I lu 'um blls' nll , pi'op l l l1ud, I III I 'II do mllC -du l. I)' lilt'11I II de formo LI 'Vl l " " I '!l p l l lll ' III O lI'xã -fl ex:. l'l -xuU- l J'c,:lO 11 ' l l H ll ' 111 11'11 1\ I \'X '"
II I -I I ~:t (} /, rI," ~LI, ' 11C Jnl:OCC in scáv -I) o lI U ' II 1111 I :t,H II d 'I 'J'J1l inação lu '0 1' 1" '~' \I siv s (ver cap! 1ulo I) , ):; tl(;oplam entos flexão-tlcx, o p d '11 . ( n luzir LI 1'1' ' lIl ' di-
1111 l110 1d 'S -m q ue é feita n o en saio B , I li tl ll ' () ' II uio MMB seja s bl' ' 111 1111 fe nda d em asiado 'urvH S nos provetes DCB e E N F, ind uzindo tillnn ' 111 ' \) l ll l iII) ' 111 1'
III Ilzud para obter os envelopes de iniciaç' o) C' l'lI.lO tl ld pl"Oposras para os d S ' I' 'v ' I modo III nestes últimos. Assim, recomenda-se que seja infe ri or a 0 .2 O I Ir 111 ' 11'1\
• p lll ÇÕ dos tip os [11.59-11.61]:
D- ~ (I I, I I
DII D22 '
(GG)II + (G_G '_1)11 = 1'
c -
_I (1 1. ... "))
k 1Jc
' em que D são os termos da matriz de rigidez à flexão d a T eoria II, I '1\ I I

r'
ij
Laminados de cada braço do provete [11.62,11.63]. Os acoplamen tos fl 'xllo 1\11 ',' (\
GT c = Glc + (GIIc - GIc { ~~ (l1. 2 () e flexão-membrana podem provocar frentes de fenda marcadamen tc Wiíli l1l " I,' '1\ 1
efeitos das tensões residuais nas medições, respectivamente.
!I IIt, T = G r + G u . As dificuldades na validação destas fórmulas resultam da disp 'I'
111 o 'onsiderável nos resultados e, naturalmente, das questões relativas à definição Foram já apresentados vários estudos em que se realizaram ensaios n I ' " HIV i l i '
1111
l'X U 'ta de iniciação ainda por resolver. multidireccionais [11.49, 11.62-11.70], sobretudo com delamina ' o
interfaces do tipo e/-e e 0/90. Verifica-se todavia que as camadas adju ' '\1 1
a c face e orientadas obliquamente sofrem fissuração transversal, o qu ' P I'\1VIl II 1III II i
p propagação mista intra/interlaminar, exemplificada na figura 11. 2 . 1\ ' ltL' I II Id ll ii
propagação está geralmente associado f ibre bridging e/ou não-linearidu I " 1 ' 111'11111 1111
que originam curvas R particularmente pronunciadas (figura 11. 27), ' \l lll v tI " i ' li
G , tipicamente 3 a 4 vezes superiores aos dos provetes unidireccionais. ) lwll\ lIl 111 1 ,
2h ~I--:$-'-~ es~es valores não podem ser considerados medidas válidas da tenacid ad iO I 'ri (1 1111111
Há portanto maior interesse nos valores de iniciação, em que as difel' 'o ' 1Ifl ' 1111
pro vetes unidireccionais e multidireccionais são menos significativas .
L L
1------------------------------------------ ---- ----- ----:
[0/90]5
Figura 11.26. O ensa io MMB.

/ fe nda
7
11,7,4, LAMINADOS MULTIDIRECCIONAIS
90
,
H provetes [O]n são convenientes para os ensaios de fractura, mas, na grande maio- , [0/90],
ria d as aplicações, utilizam-se laminados multidireccionais e observa-se que as dela- ,---- ---- ---- -----------------------------------------.-
minagens ocorrem precisamente entre camadas de diferentes orientações. É por isso Figura 11.27. Rep rese ntação esqu e máti ca da propa gação da fe nda e m e nsa ios DCB de la minados carbo n% l'óxl dll

iil p ortante obter valores das taxas criticas de libertação de energia de laminados mul- [{0/9 0J 1I[0 /90J 61, onde II desig na a posição da dela mina ge m ini cia l [11.49].
6
ti direccionais para que se possa aplicar critérios de fractura no projecto de estruturas.
LIá porém vários problemas nos ensaios de laminados multidireccionais que até agora
impediram que se chegue a um estádio de normalização .

1'1
338
I I, (JIi " J ) (J(C(! M 1), 1' , II '1, l lIlliI ,
I. '()!) I u, ), ( , 11 1111"• 1'1' . A N ew M 'rh od lil ..
(;U I111)t' 'NN lo lI ' )' 'N t!II Io\ . I 'I'\!l,\'\'d I I I II I 11 11
1I . 12. M Il 1lIl 'wl II '
I SO ONO E uropeu n C \1I1J' ," " " 1\11 C:o onposite Materiais - 'J'cs LÍng Ilnd ' Ullldis ll tl o ll ( 1\ :C M <:'1', '), )l , III
1000 • • •
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M 'll i" 'ltl hl ll lld 1' 1"lI 'IUI' '~, /1 '1 )1111, " I .j ll, l'mo
I I ,Oh , 1,uI<Hlml, A " M I
,, " _. n 'nzcggagh
.
II I ~y l11m c LJ'l cliI ross-Ply Lam '
, l.' ) 1' 'HI M , i IlI\' l 'I,I /. /vi , 1~\I\''',,"II , M Il I · 1 Irl lt;rl ilJ11inllr Jirll \: lUI'l:
., (' I '
CapítuLo 12
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A utilização generalizada de matenalS compósitos em estruturas exige frequ ' J11 •
I I , I. ()zdil , F ., L. A. Carlsson, P. Davies. Beam Analysis of Angle-Ply Laminate End-Notched FI mente o estabelecimento de ligações entre diferentes componentes. Estas ligaç\ ' ,
S . exure
, I t;Clmens. Composites Science and Technology, 58: 1929-1938 (1998). usualmente designadas por juntas, podem-se estabelecer entre dois componen teS d .
I I , I. ' 1'11 I, ]. X., C. T. Sun. Intluence of Ply Orientation on Delamination in Composite Laminates. material compósito ou, por exemplo, entre um componente metálico e um comp6siw .
Inum al of Composite Materiais, 32: 1933-1947 (1998) .
O pré-requisito fundamental de uma ligação eficiente é a transmissão de carga en ll' ,
I I , . Morais, A. B., ]. F. Silva A T M· P T D
' . . arques, . . e Castro. Mode II Interlaminar Fracture of os dois componentes, mantendo a sua integridade estrutural sob solicitações está ti ' UI-I
1% llnent Wound Angle-PI S ' A I' .
. y peClmens. pp led ComposIte Materiais, 9: 117-129 (2002) . e ou dinâmicas e condições ambientais (humidade e temperatura) adversas. As jun wH
I I '". <,)%tlll, F., L. A. Carlsson, P . Davies. Beam Analysis of Angle-Ply Laminate Mixed-Mode são também usadas na execução de reparações. De um modo geral, as juntas implicam
SpC(;1I11ens. Composites Science' and Technology, 59: 937-945 (1999). um aumento de peso da estrutura, originam problemas de fabrico na sua execu ção,
1I, "', I( lm , B. W . ,
A .H. Mayer . In tl uence ofF'b
1 re
D'lrecnon
. and Mixed-Mode Ratio o DI ' . constituem zonas de potencial colapso da estrutura e encarecem o produto final. O
111'Hcture Toughne f C- . . . n e ammanon
ss o arbonlEpoxy L ammates. Composltes Science and Technology 63: 695- projectista deve assim restringir o seu uso ao mínimo possível. As ligações usadas nos
7 t (2003). '
materiais compósitos podem-se dividir em três tipos diferentes:
> ligações aparafusadas e rebitadas;

> ligações coladas com adesivo;

> ligações coladas por fusão do polímero base do compósito, que são exclusivas d s

compósitos de matriz termoplástica devido à sua capacidade de reprocessamento.

De seguida apresentam-se as principais características e modelos usados para os dife-


rentes tipos de ligação, com especial ênfase para as duas primeiras, que constituem a
generalidade das aplicações em materiais compósitos.

I ,
12. 1. Ug çõ Apar fu d
) factor 'H g '!l IlI " II I '\) 'o l l1 as relaç ~ es c/ti, w/d ' dtl ( v ' I' I1 gul'l 12.2 ;
) parâmetr tl d o lr\Ul ' l'iu l tais com o as orientações das ama las 'tlS f{ ' qu I) ,I" d
12.1.1. CARACTERrSTICAS
empilhamen to;
) parâmetros de fabrico relacionados com a qualidade do furo do materia l ,II' ' 1111
I! lipo de ligação é muito usado em mut 'flU IS ' QlllP ~ i tos, n om ead amente ' 111
l '
l ' [1'Ulura para a indústria aeronáutica. As prin ipais vantagens são: dante.
) I ' rmicc:m a desmontagem rápida e repetida dos componentes para execu çã I '
r 'Durações ou substituição sem os danificar;
) ll fio requ erem a preparação prévia das superficies;
n O são afectadas por ciclos térmicos e ambientes húmidos;
I 'l'mitem uma fácil inspecção visual para a detecção da presença de dano ou desga tCi
) I 0 01 desempenho sob solicitações de tracção.
~ e 4-
Figura 12.2, Pa râ metros geo métri cos usados na des cri çã o da junta co m s ubs tratos de es pessur /,

t ;l)mO desvantagens salientam-se:


) ti execução do furo interrompe a continuidade das fibras e reduz a resistência dos
Hubstratos; 12.1.2. MODOS DE ROTURA
) II presença do furo induz concentração de tensões nos componentes que pode origi-

nar a sua rotura; Em geral, consideram-se quatro tipos de modos de rotura das juntas com 1'11 1'11 v I
figura 12.3) , podendo alguns deles coexistir: corte, tracção, clivagem e esmu 11 111 ' 1111 1
) udicionam peso à estrutura;
) us propriedades visco elásticas dos polímeros originam relaxação de tensões, promoven- localizado. O modo de rotura depende de vários factores, tais como o tipo I IilwlI \ \I
do a diminuição do pré-esforço de aperto e reduzindo assim o desempenho da junta. sua orientação e sequência de empilhamento, as propriedades da matriz e a . ' ill l \ '
tria da junta. A figura 12.4 evidencia o perfil típico das componentes de tensõ 'II 11\ 11
I \mbora existam alguns tipos de juntas com formas complicadas, a grande maioria importantes que se geram numa ligação deste tipo.
() de ser englobada em dois tipos: as de sobreposição simples e as de sobreposição
dupla (ver figura 12.1). A simplicidade das primeiras é compensada com o m elhor
desempenho das segundas, q~e apresentam resistências superiores em 20% devido
nos menores efeitos de flexão provocada pela excentricidade da carga.

p
P
o o
;-:::., . ~

~--CI============~~--------~
[a)

~
p
~c======~~======~ :1 ..

[b)

Figura 12.1. Junta s com furo de sobre pos içã o simples [a ) e de s obrep os ição dupla [bJ.
[a) [b) [c) [d)

Figura 12.3. Modos de rotura e m juntas com furo : a ) corte bl tracção cI cl ivage m di esmaga me nto localizado
Para além do tipo de junta, os factores que mais influenciam a sua resistência mecânica

I/Ii
346
11 11111 ' I plll '1) 1'1 ' , II'I! 'I,' \) , di III H' I' 'vlt u II , 1'( II II I
b '~ ixo
módulo <.: ·ou 'uq'uentemente m en S seI slv ' J BO {'ito 1.1 0 fur'\). R !I ro
I t ' '11111 ' II I II V' I '
P"II) , ' 1111' , I ' 11110
,
111 1 IlI lI d o 11 11 ' II r O llll'1I NU ' 'dll I
'II que uma junta aparafusada apresenta resistência superi r a li ma jlll1t.l ' ( 11) pill O, 1111 111
" 11111 1 1111 ' 1110 lo lo LI/11H V '% Ill ' t ' 1,'11 111 d , 11111 11 1'111111'11 I'H c.: u t a Su · li ' II ,
'1IIi%U li II I
vez que a força de aperto contribui para a resistência da junta. D evi o Ô n u l lIl ' '%11
I ' 1'111(l '0 111 "LJ'i ' s, OS rcl .lç cs el t tulti (V ' I' , I LI 1'11 1_ .... ) I 'v 'm er elCvad a~ , 11'1\
descontínua das ligações com furo, é comum recorrer ao seu reforço com 11 I 'II VO II
III/ . O ' Ofm rOtura p or e m agamento lo aJiza lo. I ' um 111 do geral, pode-se nli1'll1111'
que aumenta a resistência ao corte da junta. Por outro lado, o pré-esforç I ' up ' 1'1(\
'I li , II i) rOLUra p r orre e tracção se conseguem evitar desde que eld > 3 e wld> ó . I'!
presente nas juntas aparafusadas diminui a tendência à descoesão das juntas 'oln I I ,
II "Llu p ssível aumentar a resistência à tracção do material na secção correspond '111
Estamos neste caso perante uma junta mista, com evidentes efeitos sinergéti o ,
110 fuI' s, aumentando o espaçamento entre estes e considerando mais de uma fil a d,'
'!vm 'ncos d e ligação (parafusos, pinos, entre outros). As roturas por corre e cliva ' III
lo lípi cas de laminados unidireccionais ou com grande preponderância de camadu
12.1.3. MODELAÇÃO
OI'i 'ntadas a 0°. Um outro método geralmente usado para evitar a rotura por cort "
II LI ' O de camadas a ±45°. Todavia, um número excessivo deste tipo de camada
Os fenómenos envolvidos na modelação de uma junta com furo de materiais comp6, l o
l'l'dLi% a resistência à tracção da junta.
são complexos, o que origina que os modelos usados para as juntas com furo n . I '
materiais compósitos sejam baseados nos elementos finitos . De facto, a aniso ero! III
do material, a sequência de empilhamento, as características geométricas, o problt.:llllI
do contacto entre o furo e o elemento de ligação, incluindo o atrito e a folga, e a elLl I
í-'\
I

i
\0 /
\

i /1 i
.I
\· 0
cidade do elemento de ligação tornam o projecto das juntas uma tarefa complicadll ,

O
Erickson [12 .1] mostrou que o efeito do atrito e da folga são importantes na mo I ,
lação, o mesmo não sucedendo relativamente à elasticidade do elemento de ligo '[ o
cujo efeito pode ser desprezado. O problema do contacto entre o furo e o elem " 11 0
de ligação tem vindo a ser resolvido por três modos diferentes (ver figura 12.5) :
) Admitindo uma função coseno para a distribuição da carga devida ao contacto. A
lal (bl lei
tensões obtidas por este método não são rigorosas devido à anisotropia do m atcrllll.
Figura 12.4. Perfil típico da distribuição de tensões planares em juntas com furo:
Por outro lado, após rotura localizada, o campo de tensões interfaciais altenl· "
a) compres~ão radial bl tracçã o na s ecção crítica cl corte.
drasticamente devido à presença do dano, o que torna o método inadequado ! Ul'lI
estas condições;
1\ resistência mecânica de uma junta pode ser significativamente aumentada caso se
) Admitindo uma condição fronteira que impede o movimento radial dos respeclivo
, nsiga reduzir a concentração de tensões. Assim, a execução do furo deve ser feita
nós, permitindo, no entanto, o seu movimento tangencial. As tensões obtidas I 0 1'
rccorrendo a velocidades de corte, ferramentas e sistemas de fixação adequados para
este método são mais fiáveis do que no método da função coseno, mesmo após rOlUI'II ,
f;<.: evitar que o material à volta do furo se danifique. O recurso ao corte por jacto de
Todavia, existe alguma dificuldade na definição do ângulo de contacto, que dev Tr',
úgua produz furos com qualidade superior relativamente à furação com broca.
ser um valor próximo dos 90° relativamente à direcção da solicitação;
) A ambiguidade relativa ao ângulo de contacto resolve-se recorrendo a elementos d •
utro processo consiste no uso de materiais mais tenazes na zona de furação. Assim,
contacto. Se as tensões forem compressivas os elementos simulam as condiç()l'r
eiras de uma camada de vidro-epóxido podem substituir algumas camadas num
fronteira radiais referidas no método anterior. Todavia, no caso contrário, o elernl:I1 lo
laminado de carbono-epóxido. Do mesmo modo, é também possível a substituição
não transmite qualquer tipo de carga reduzindo assim o ângulo de contacto . 1"'0
localizada de camadas a 0° na zona do furo por camadas a ±45°. A maior parte da
retrata com rigor O caso real pois, como é óbvio, durante o carregamento o ân ulo
carga axial é então absorvida pela região primária com camadas a 0° isentas de furos,
de contacto varia devido à deformação do material.
ao passo que na zona de furação as camadas a ±45° se traduzem numa zona de mais

:WI
) 11 1111 1 ,111 I I H II I(' II\ \ IId ll 'I h li III ' II I II\ H I 11 11 II ii II h ' lI l 1111 11 , O, p l'i lll ' 1'1) \I " ) ROlLl J.'a UUi'! \ \ 1'1\ I II' I '~: lio ( I ~ O)
II II d l 11 I 1 I I) I I 'vl do 1\ WI illll li ' ti I I , ( : 0 1111111 11 , 11 1\11 p ,' I'''I I III i lllUl li l' II 1' 1 ' II I rI 'l
( I :2, I
I lJ l ~' 1 li , II p ' )'10111111111 j UI1LU IPII I'Hl'1I I III II ' III II II III ti ' II I , ' l11 p ilh OIl1 'lll I,

1'11'11 II 1 J' 'v il·a o lu r sistên cia da jun ta, vário, inv ' ti udor 's 11 2,2- 12. 1 I' "01'1'1' , 11111 ) Rotura das fibras à compressão (0'1 ~ O)
110 II) " 10 <.1 du tensão p ntual ou da ten ão médi a d escritos n ub I:Ipl lld o I () I 0'11 = -aucl ( I :'.J
' I'od uviú, lraW-Se de m ét dos semi-empíricos, uma vez que é necessári a cI -/iI) ~ 1111
I I,I'vio da di tãn ia aracterística (ao ou do - ver sub capítulo 10.1) a partir d ~ \lIdll ) Rotura da matriz à tracção ou ao corte (0'2 2 + 0'33;::: O)
• I ' I'i rncntais e, além disso, apenas permitem a obtenção da carga d e ro turtl I 11 11 1
1',,'11 ultrap assar estas dificuldades, alguns investigadores [12 .6, 12.7] pr p u ' ' 1'11111 ( I .. , I
IItO \ 'los de dano progressivo que permitem a simulação da iniciação e prop aga<;, il d"

d ll ll () . N este tipo de modelos, começa-se por avaliar o estado de tensão recorrend u 1111
) Rotura da matriz à compressão ou ao corte (0'2 + 0'3 :S; O)
III "LOdo dos elementos finitos. De seguida, por aplicação de um critério específi ' O,

IIvll li nd a a eventual existência de rotura . Caso exista rotura, as propriedades elástl 'II ( I ,01
tl lI %o nas afectadas são alteradas de acordo com o modo de rotura. Esta alteração di
pl'IlPI'iedades implica uma redistribuição de tensões na estrutura e o critério de ro tUl'1I
Ipli cado uma vez mais para a mesma solicitação. Se não existirem mais ponto ~ d • Para cada um dos referidos modos de rotura existe a correspondente lei de de r ll 1,\' II
I! I [urO, a carga é incrementada. O processo repete-se até que a estrutura atinja a rOlll rll
de propriedades, que descreve o modo como a sua ~edução oc~rre. Ja~ ~1 2.9J 1 1'1\ )1
I'IIIII Hlr6fica. um modelo baseado no uso de variáveis de estado 1l1ternas Di e Di (x - 1, 2 , (») lI\:'
variam entre zero e um e identificam a percentagem de rigidez retida pelo maten li II "
a ocorrência de algum dano. A degradação das propriedades elásticas pode-se u, ill l
escrever para cada modo de rotura:

) Rotura das fibras à tracção

(1 2. )

la ) Ib) lei } Rotura das fibras à compressão


Figura 12.5. Métodos de represe ntação da interfac e entre o furo e o ele mento de ligação :
a ) fun ção cose no para a distribuiçã o da carga; bl condições fronteira radiais ; cl elementos de contacto,

lU dos critérios mais usados nos modelos de dano progressivo é o critério tridimen- ) Rotura da matriz à tracção
i()nal de Hashin [12.8]. Pelo facto de ser não interactivo, este critério permite a E~2 =D~ E 22
()btenção individualizada 'dos diferentes modos de rotura e, consequentemente, a Ef3 =DJ E33
i 1\ licação de como degradar as respectivas propriedades do material. Por outro lado,
Gt~ =D[ Gl2 (12,7)
II r rmulação polinomial permite o estabelecimento de interacção das tensões normais
'0 111 as de corte, o que o torna menos conservativo relativamente aos critérios de
Gt~ =D[ G13
I '11 ão ou deformação máxima. Os modos de rotura previstos são: G~3 =D[ G23
V '"2 =V23
" =O
:ill l
I I 111 11 1'11 d II II I III :r. I :( 1111)1" I' 11 11 1111 \ 111 II

1\" / I) ' "'I ' I l ' uduptável à junçã d e su p ' )'1 'i ,"'I'
'!-I ul ul' ' H"
1:" '1 I t h'" ) Permite a obtenção de contornos suaves, o qu e é pani ' ulannente ill l OI'I 'un l ' 'II) I 'I'
" l" (' I ' mos aerodinâmicos e no aspecto estético;
12 - C/ó V I
( I ' ,H ) É geralmente um processo mais económico e mais rápido . O tàcto de ser un II O!1 •
ti
13 =
D 6 ' vI" l3
ração simples, rápida e fácil de automatizar permite aumentar as cad ências li . pi'0
O;~ = D f' 0 23 dução e baixar os custos.
d
V 12 =V ti = O
23
Como desvantagens podem referir-se:
N I r 'I'i!rên ia [1 2.9] verificou-se que se obtinha boa aproximação aos resultado cXI I'
) Necessidade de limpeza e tratamento prévio das superficies;
I III 'nca is d e laminados carbono-epóxido (AS4/3502) com Dr = 0.07 e DJ=D/,' (l, I
) Os ciclos de cura de alguns adesivos são longos e/ou requerem a aplicação de pr 'H, l (I
I lIqu unto em [12.10] os valores apropriados foram Dlc = 0.14e D[= Df= O.4. e temperatura. Isto pode constituir uma limitação ao tamanho da peça '1\ () ()
processo exija o recurso a um forno, ou auto clave;
I! I ' lip d e análise, incluindo um modelo de dano progressivo, revela-se eficaz no ) Sensibilidade aos factores ambientais, como é o caso da temperatura, hun i 111<1 · ,
JlI O; " C de juntas com furo em materiais compósitos, embora os modelos apresent ' nl das radiações ultravioleta;
li 'I'Un IlS importantes, como é o caso da dependência do refinamento da malha I ' ) Dificil inspecção para verificação da qualidade da junta;
I 'mCntos finitos usada. De qualquer modo, a simulação de uma determinadü ) Criação de ligações de carácter definitivo, não permitindo a desmontagem ~ ' nl 111 11
1I1III ção de carregamento permite a prévia obtenção do respectivo modo de rotura. O ficação ou destruição dos componentes;
1'1'0; ' tista pode assim aquilatar da necessidade de, por exemplo, corrigir os parâm '. ) Mau desempenho sob solicitações de arrancamento;
11'0 reom étricos no sentido de melhorar o desempenho da junta.
) Processo de fabrico que necessita de um controlo mais rígido e mão-de- bnl I 'III
treinada;
) Problemas de saúde associados à toxicidade e de segurança inerentes à fl ama iI i III I ,
da maioria dos adesivos.
12.2. Ligações Coladas
Os tipos mais comuns de juntas são apresentados na figura 12.6. A mais frequ ' 11 1 "
12,2.1. CARACTERíSTICAS .
pela simplicidade de execução, é a junta de sobreposição simples em que a Ctl l'gll {:
transmitida entre substratos por tensões de corte nos adesivos. Todavia, a apli UÇI II
ti ligações coladas consistem na junção de dois elementos, geralmente conhecidos descentrada da carga (ver figura 12.7) provoca efeitos de flexão, que originu lI "
)1 0 1' substratos, através de um adesivo . São comuns aplicações correntes, como é o aparecimento de tensões normais na direcção da espessura do adesivo, reduzind \l II
' I oda indústria de embalagens, da madeira e mobiliário, do calçado e aplicaçõe resistência da junta. Para minimizar este problema, pode recorrer-se a juntai:! k'
II l/ li ~ exigentes, como por exemplo a indústria aeronáutica. As principais vantagens sobreposição dupla, em que os efeitos de flexão são consideravelmente inferiores. AI
I 'tl lC tipo de ligação relativamente às juntas com furos são:
juntas com reforço simples ou duplo também apresentam resistência superi r I
) I )jstribuição da carga sobre uma superficie maior, o que diminui a concentração de juntas de sobreposição simples. As juntas em forma de degrau ou rampa apresen lul1
I 'l1sões e, consequentemente, proporciona um melhor desempenho sob solicitações as resistências mais elevadas. Na prática, porém, a dificuldade de m aquinar o
ti ' fa diga;
degraus ou a rampa esbatem as referidas vantagens e encarecem o processo de tàbri 'O,
) A natureza viscoelástica do adesivo promove o amortecimento de vibrações; No caso das juntas em degrau, é comum e mais económico executar os de' l'lIl1
1\ 'onomia no número de peças e no peso;
durante o empilhamento antes da cura. Este procedimento elimina as operaçõ .. di'
) (:upacidade de vedação e de isolamento térmico;
maquinagem evitando assim a danificação das fibras .
I\vita a corrosão galvânica que ocorre nas ligações de materiais diferentes (substratos
, I ' )'11 10 ' lI d ll' l ,

, oh, ( pOI,1 (\0 Irnplo


I olll pu iç dupl
Superfície I1.'lll t Uicas - s processos d e tratam t;l1CO el as SUl ' ri '11 ' IM II '11 I (I

~--
variados, p od endo ser divididos em processos fisic -quími 'Os '" ,
processos químicos e aplicação de primários. O s processos fisi 0 - u 1m i ' c) , P "'II ii I 'III
Re forço s imples o desengorduramento da superficie por imersão em solventes ou por J UH , II L' ' III I ' 111' 1
Reforço duplo
tecido embebido em solvente, Por vezes, é possível substituir solv ' nl
frequentemente tóxico, por agentes emulsificantes ou detergen te cguilld o . (111 11 1
Ra mpa
Degra u lavagem com água quente ou vapor. Também é utilizada a técnica ' 1 ulv ' I'I ~I I ~ I II
Figura 12.6. Tipos de juntas coladas mais comuns . com um solvente ou mergulho num recipiente, dependendo da extens:;io III II) ) 'I I I
Outro método é a limpeza alcalina. Os agentes alcalinos saponificam u11'U 11 11 ,'II \ 11 (
gorduras quando dissolvidos com água quente. É necessário que, I r (li ti · III 0 111
bilização, se lave a superficie com água quente, preferencialmcn c ' qh JIII
porque a camada de sabão é tão nociva para a adesão como a própria t iml l ll 'lI II I II I
Figura 12.7. Represe ntação esquemática da deformada da junta de sobrepos ição simples. A limpeza alcalina é menos tóxica, mais barata e quase sempre m ais ,Ii 'h'lI l 11111 1\
limpeza com solventes.

1 .2.2. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE UMA LIGAÇÃO COLADA Os processos fisicos, ou a limpeza mecânica, seguem-se à eliminação dll 1\ 11 1111 11 111 1
óleos por acção de solventes. Consistem numa alteração da rugosid .H.I ' III 11) 11 II I i,
I Jln dos factores essenciais para o sucesso de uma ligação colada é a compatibilidael ' utilizando ferramentas manuais ou eléctricas.
" 111'1': adesivo e o substrato. A compatibilidade é traduzida pela maior ou m enor
III 'ilidade com que o adesivo molha a superficie, consequência da energia superficia l Os processos químicos dependem do tipo de superficie metálica. Em aços inox li'l
(1(, 'ud a um. O tratamento da superficie de colagem é portanto uma condição essen- por exemplo, é comum efectuar um desengorduramento seguido de U 01U IIIVll h" 1I1
dll l .1 ara o estabelecimento de .uma forte ligação. De um modo geral, a preparação com água. Posteriormente, é feita a imersão num banho de ácido sulfó ri 'o ti (lO"! ,
(II superficies decorre em três etapas. Inicialmente executa-se uma limpeza geral da com posterior lavagem em água, Como este banho provoca geralmente a f fmuv lil d I
I'P -rficie recorrendo a solventes apropriados. O objectivo é a eliminação de depósitos nocivos, é indispensável uma limpeza com ácido crómico a 60 0 Hl' f' 1I d u
III,purezas, o desengorduramento e remoção de contaminantes tais como, agentes de uma lavagem com água e subsequente secagem. Em ligas de alumínio é fr ' I " ' II I •
II .. ln ldantes ou outros aditivos. O segundo passo envolve a abrasão da superficie utilizarem-se banhos crómicos e anodização da superficie. O principal obj e ' 1ivo '. II
, '0111 o objectivo de aumentar a rugosidade e a área de contacto entre o adesivo e o conversão das camadas de óxidos por outras com melhor capacidade d e a I ' I' n ' I
III IHrato. Este procedimento promove uma maior interligação mecânica entre ambos melhor resistência à corrosão e maior estanquicidade à acção dos agentes atmosf"d ' p
" pOde ser executado com uma lixa fina, uma escova de arame ou por projecção de e ambientes salinos,
plI l'lículas metálicas. A etapa final corresponde a um tratamento químico no sentido
(I • numentar a energia de superficie. Para tal, os substratos são imersos num banho A utilização de primários em substratos metálicos é um procedimento corren t ' . I\u
II/ il udo de soluções alcalinas de detergente com temperaturas oscilando entre os 50 vários primários são atribuídas funções como: protecção do meio envolvente . III
, os 80°C. As soluções são obtidas por combinação de sais alcalinos, tais como o deposição de impurezas, acção de filme intermédio para modificação das propriedlltl '
III 'c<'silicato de sódio e pirofosfato de tetrasódio. do substrato, prevenção da corrosão, melhoria do desempenho da ligação adesivo, U III
dos cuidados a ter é a garantia de compatibilidade com o adesivo a utilizar.
v 'jamos os procedimentos mais comuns para as superficies metálicas, termoplásticas

11 11
A(\ c~ ivo s

'ndo 1'1 ' -qll ' III ' III ' Iii
11' II Ulll -!)I O , II v / Il II(I III ' 111 0 II ll/II 'u<;uo ti ' 111 11 Estruturais
IL- pl'Om OlOl"S d ' III 'HI O, 11 '1 d ' iii ' lO nU .ln ' rosos II'u LUn ' 11 0 I
fenólicos-vinílicos
si licOllC
Pi -p I 1'11 IÓl'i o I ' 'uI ·di 'ic) sp Hi O!l f')III' 1 U ' j 'rnl lnllU Os t '1'J110plás ti os u fumlll u Fenólicos I !enólicos-nilrilo
Borrachas sintéticas lloliclol'Ollrcno c II ilfllo
ll'llIlOplósti us non cu h1l11 Cnte: ácid <I é tico I uru as poliamidas; o s6di di s lvi III Iienólicos-policloropreno IpolisulClIfClu
'11l Illll'trd 'n 'cctl'uhidr furano para as resinas flu radas; o tratamento à chama ou 1\ Acrílicos Ianaeróbicos Poliesteres
cíanoacrilatos
Iltl HIU l'll Bulf r6mica para as poli olefinas; a mistura sulfocrómica para o AB . J 111 Termofusiveis
V 'ii li P dcm ser utilizados primários, soluções com uma fraca percentagem de sólidO! Poliurelano
Inorgânicos
1111 ' 11 olham a superficie e constituem uma camada sobre a qual os adesivos pod ' lll Poliimida
epóxido-poliamida
IItI ' I' i .. (por exemplo as borrachas de nitrilo em solução, utilizáveis sobre folhas <.I
cpóxido-polisulfurelo
I'V , que vão ser ligadas com adesivos do tipo SBR), A molhabilidade da superfid ' Epóxído epóxido-fenólicos
epóxido-poliureluno
I ', I i)rea nto, um factor de extrema importância para assegurar uma boa ligação . ' 01
epóxido-nitrilo
Ijllldqu er dos casos, as superficies termoplásticas devem ser inicialmente limpas L' Figura 12.8. Agrupamento dos adesivo s segundo o desempenho.
i (' 11 1'1, C não devem apresentar depósitos de gorduras, agentes anti-estáticos, ceras oU

"I ' lltCS de desmoldagem, O processo mais tradicional consiste no polimento ou deca~ Admitindo o adesivo como parte integrante da estrutura, em oposição aos prodL1 [()'
111111 ' 111 com jacto de areia, seguido de despoeiramento e desengorduramento.
de revestimento ou de estanquicidade, ele deve apresentar uma resistência equivH-
lente aos materiais constituintes da estrutura a ser colada. Nesta perspectiva 1\
designação de adesivo estrutural é atribuída aos adesivos capazes de transmitil'
IIp 'rfícies termoendurecíveis - A maioria dos componentes em materiais termo~
esforços de grandeza considerável, sendo habitual considerar nesta categoria LI ,
I ildlll'ccíveis apresentam na superficie um agente desmoldante que deve ser removido. seguintes famílias: fenólicos, acrílicos, poliuretanos, poliimidas, epóxidos [12 .11) .
( ) pI' cesso mais habitual é a lavagem com detergentes ou solventes, seguida de uma
II lIg'm para aumento da rugosidade superficial. Os solventes utilizados são acetona,
IIth l '11 , tricloroetileno, MEK e isopropanol. A abrasão deve ser realizada com lixas Adesivos fenólicos - Os adesivos fenólicos em geral apresentam um baixo custO
1I 11 li 1'1 , abrasivos à base de carborundum ou alumina, lãs metálicas ou por projecção de
possuem boa resistência mecânica e boa resistência a temperaturas elevadas e a
1I111'tI 'Lilas metálicas. .
agentes ambientais. Como principais limitações, apontam-se a baixa resistência Ô
corrosão por solventes, baixa resistência ao impacto e grande fragilidade, devida t\ !l
elevadas tensões internas geradas pela contracção durante o processo de cura. T êm
12.2.3. TIPOS DE ADESIVOS
sido desenvolvidos adesivos que combinam uma resina fenólica com uma resin a
vinílica ou um elastómero (nitrilo, cloropreno), com o objectivo de melhorarem
Io vários os critérios de classificação dos adesivos existentes, como por exemplo a algumas propriedades, nomeadamente a resistência ao impacto.
I II l'lI tura molecular, a origem, o processo de endurecimento, o modo de apresentação
I o desempenho. Para o utilizador, o critério que se baseia no desempenho é, Os adesivos que combinam uma resina vinílica têm uma temperatura máxima de Uli-
IIf'ovHvelmente, a forma mais interessante. Surgem assim dois grandes grupos: os ade- lização de 130°C e apresentam uma resistência mecânica semelhante à dos adesivos
I OH estruturais e os adesivos não-estruturais, conforme representado na figura 12.8. fenólicos com nitrilo. Geralmente são comercializados como emulsões e filmes ou
apresentados sob a forma de dois componentes (líquido+pó).

Os adesivos fenólicos com nitrilo estão disponíveis sob a forma de filme ou de líquido
mono componente e são utilizados para a ligação de metais, plásticos em geral,
11111 ' 1' \, d r!! ' 111 11 \ ' 1'111 " I' 111 1' 0 , 1111 1 111 11 111 11111 11 II!!II '1 llI llid ll d ' 1 " 1'111 1' 1\
I oss ucm uma b a flexibilidade, um b m ompo nUl 1 'fll LI bllixlI I ' 1111 ' I' 11111'11 , 11111 11
p o li ' 111 t ' I' ,,!iII'/, Ido 'm 'ondllu o II I " I IIIII H 1111111 11 ti I (I() " C: ), IIIIW ó nLil1l11 I" IIf l b oa resistên cia ao arrancamento, à abrasã e uma b a l'n a id üd ', /\ 1111 11 111\'1 ' \
I 'I/LILI , ' I 'os' sui., A s ti 'I'\ vtlnw g ' OH I !'l n ' Plll I' ,1" 0 11 1111
principais inclu em a elevada sensibilidade às proporçõe da misLUl'u LI l q X • tl lH l III
111 " )li li a t uixus c'mpcl'aturas e . 111 ti n ' " II ti" I , li , 'I 'vll tas pr ' s 'S ' ( ' 111(1 ' isocianato e a baixa resistência ao corte à temperatura ambientc.
l'II IIII'L\ S para dc tuar a cura.

() Ll lesivos fenólicos com cloropreno têm uma apresentação comercial e um pr ' fl ll


Adesivos de poliimida - São adesivos para aplicações nas quais a tC 11 I ' 1'1 11111' 1 II
ti · 'ura semelhante à dos adesivos fenólicos com nitrilo. Podem ser utilizad S II I
serviço é bastante elevada (superior a 200°C) . Geralmente apresentam- . Hoh !l 1'ill lI \I \
1l' 111.1 eraturas de -50°C e são bastante sensíveis aos agentes químicos.
de filmes ou líquidos e o seu custo é bastante elevado. Requerem 10 n '0 , I ' IIIP O di
cura com ciclos de pressão e temperatura elevada, pelo que o seu cmpr 'I () " ' 111 11
plexo. Têm uma grande dureza, mas são relativamente frágeis p \J 'o II ' II I I ~,I'
Adesivos acrílicos - Dentro dos adesivos acrílicos incluem-se os adesivos anaeróbi '() • resistem mal a vibrações.
11111 bém conhecidos por diesters poliacrílicos, e os cianoacrilatos, Os adesivOI
ll lla eróbicos são líquidos monocomponentes que se armazenam em contacto c 111 \1
lIl' para manterem a sua forma monomérica. O processo de endurecimento dá-se POI'
Adesivos de epóxido - Os adesivos de epóxido são exten am ' III IIJ IIII III III
IIJ'na reacção de polimerização do tipo radical-livre, uma vez eliminado o oxigénio , colagem de uma grande variedade de materiais. Estes adesivos ('l O " ' III 1.111 11 1
AI resentam uma resistência mecânica muito variável, uma boa resistência a solvem ' resistência mecânica, não produzem agentes voláteis durante a ' 111' I \ 1\ 111 II III 1111
" cm geral, a sua temperatura máxima de utilização situa-se próximo dos 150° " reduzida contracção. São comercializados sob a forma de monocornp om III 11 11 jlld
AI licam-se na colagem de materíais diversos como o Teflon®, o acetal, as poliolefinaH componentes (geralmente dois: resina e endurecedor) baseados fll 11 11\ II I II .\11
(PEBD, PEAD), o Nylon e o poli cloreto de vinilo (PVC), por exemplo. casos, em diglicidil éter de bisfenol A. O processo de cura destes ad ' jYIl 11 1 11 II I I I
si ta da aplicação de pressão, pelo que basta o simples posicionam el I () I I I" 1\ II
s cianoacrilatos são líquidos monocomponentes que se utilizam sem solventes e qu ' serem coladas. As propriedades dos adesivos de epóxido podem ser fi oll ill ' Id ll II 1.1
têm uma cura rápida à temperatura ambiente. O processo de cura é influenciado p ela adição de outras resinas (poliamida, polisulfído, fenólicas) ou por um ,III 11'1111 I II
humidade relativa existente no meio circundante ou nas superficies a serem coladas, (poliuretano ou nitrilo).
pelo teor em pH do meio e pela espessura da junta colada. Apresentam excelente
resistência à tracção mas baixa 'resistência ao arrancamento, fragilidade e custo elevado. Os adesivos epóxido-poliamida curam lentamente à temperatura ambicnl ' ( I:" 1\ I (I
Na família dos adesivos acrílicos, podem também ser referidos os adesivos acrílicos horas) e possuem grande flexibilidade. Alguns destes adesivos utilizam nu II Ii II \ 111 1
modificados, também designados por acrílicos reactivos. A modificação faz-se com a uma poliamida do tipo Dupont Zytel 61 ®, sendo conhecidos comercialm fl l ' II ,III
introdução de polimetilmetacrilato e uma borracha de nitrilo. Como vantagens são designação de adesivos de epóxido-poliamida. São fornecidos sob a forma d . li llll ' ,
indicadas a elevada resistência à humidade, boa resistência ao arrancamento e ao apresentam boa resistência ao arrancamento, um bom desempenho a b aixas 1 ' 1111 •
impacto. Possuem baixa contracção durante o processo de cura e permitem ligações raturas (da ordem dos _70°) e boa resistência à fadiga. Uma aplicação típica dt:sl ' II( II
fortes, mesmo quando as superfícies não estão convenientemente limpas. Como de adesivos é na fabricação de laminados à base de vidro ou carbono.
desvantagens, citam-se a baixa resistência mecânica a altas temperaturas e a elevada
flamabilidade. Quando se pretende ligar materiais com coeficientes de dilatação térmica dif '\' ' 1\1 '
recomendam-se os adesivos epóxido-polisulfureto. São adesivos com uma grand<.: v '\ 1\
tilidade, bom comportamento na exposição a intempéries e boa resistência ao in I ii ' II I,
Adesivos de poliuretano - Os adesivos de poliuretano resultam da reacção de um
poliol (ou poliéter-poliol) com um isocianato e apresentam-se geralmente sob a forma Os adesivos epóxido-fenólicos apresentam-se comercialmente sob a forma de líq uid o 1111
de dois componentes, e a cura processa-se lentamente à temperatura ambiente. filmes que são curados sob pressão a temperaturas da ordem dos 170°C. AprCS 'l1l ll1l 1

111'1
358
II'lI ,\'110 l ' 10 ('(11 1 , I I 1I I11 lu III I 11l \ ' (l do III ·io ' IIVO IVl llI 12.2.4. MO a II IWIURA
hl h'( '1II'b(JIWIO , ,111 11 11 11111 11\'" Il lItI 11ll!10I'Ull1l 'H, ' 1111111
n 'in u!) url'un 'umCl1l0 'nO !t IlPII 'l O ' il II 10 I' IndvlIl11 ' 01 ' 'I 'va lo, E m geral, d i:i LÍn 'ul.!m-i:l C três modos de rotura diferc lI l 'S ' nl ;UIlLUS c lada::; de 11 .lll' •
riais compósitos (ver figura 12.9): rotura coesiva no interior do adesivo, rotur'l ad 'S IVII
() n I '!olivo dc epóxid com poliurctano são au'sivos tcrm plásuc s c m b ti I' 'si t II na interface entre o substrato e o adesivo e rotura de um dos substratos.
\' II II() Impacto e à fadiga e possuem uma resistência ao arrancamento similar à LI i'l lld '
I _
!lV!)i'! 'P xido-poliamida.

() ndcsivos epóxido-nitrilo são comercializados sob a forma de filmes que permil ' III Rotura coes iva

1 ' 111(1 'raturas de utilização entre -55°C e 120°C e uma boa resistência ao arrancam 'rHO ,

" o bustante aplicados na construção e manutenção de aviões a jacto. ~ 1


i !
~---~

Rotura adesiva

II \ I 'sivos não-estruturais estão limitados a pequenas aplicações onde os esfor O


r----~,-=:-:-:l
II II 1l·lnUvamente baixos. Nesta categoria podem incluir-se as borrachas sintéticas, ()

I II ii \' ii 'res, termofusíveis e os adesivos inorgânicos. Os adesivos à base de borracho. "F


Rotura do s ubs tra to
III ', ti ·tlS incluem os adesivos de silicone, que têm excelente estabilidade térmica e UlTIiI

1"11 11 I ' elasticidade, que permite a sua utilização em juntas de vedação. De referi !' Figura 12.9. Repre se ntação esquemática dos dife rentes modos de rotura em juntas coladas ,

1111 1111 "m as colas de contacto baseadas em cloropreno e nitrilo, cuja aplicação e endurc-
111 11 'nto se faz à temperatura ambiente sob superficies diversas (aço, alumínio, PV A rotura coesiva ocorre quando a ligação entre o adesivo e o substrato é mais forte lo
11111 11 'izado ou PVC rigido e estratificados) e os adesivos de polisulfureto, desenvolvidos que a resistência interna do próprio adesivo. Segundo alguns autores, a rotura adesivn
1"11'11 nplicação em juntas de vedação. só ocorre se houver má preparação das superficies. Todavia, trabalhos recentes I '
Gonçalves [12.12, 12.13] mostraram que, em juntas coladas de sobreposição simples,
) n II lesivos de poliester não têm grande expressão industrial porque apresentam u ma existe variação de tensões ao longo da espessura do adesivo, e que os valores máximo,
1"1 'vil ela contracção durante o processo de cura. Muito recentemente, as resinas dc das tensões ocorrem junto da interface. Isto pode explicar o aparecimento frequemc
Iloli 'seer termoplástico têm tid~ alguma relevância no capítulo dos adesivos termo- da rotura adesiva. Saliente-se ainda que, muitas roturas consideradas inicialmenl l'
III veis (hot-melts), embora limitadas pelo custo elevado e pelas elevadas tempera- adesivas, são, na realidade, roturas coesivas. De facto, uma observação rigorosa dll
I II 1'11 H (200 a 220°C) de trabalho que exigem. superficie do substrato revela, por vezes, a existência de uma fina película de resin o.
A rotura de um dos substratos é demonstrativa de uma junta bem concebi lu,
() ad esivos termo fusíveis são aplicados a quente entre os 120 e os 290°C e formam nomeadamente se a carga de rotura corresponder à resistência nominal do substratO .
111ll1l ligação rápida quando solidificam. A composição varia consoante o polímero de
1111 ' (etileno-acetato de vinilo, polietileno, polipropileno, poliamida, poliester A figura 12.10 apresenta o perfil típico de variação das diversas componentes de e fi

I 1'111 plástico ou outro) e apresentam, em geral, propriedades mecânicas baixas. sões numa junta colada de sobreposição simples como a da figura 12.11.
1kntro dos adesivos term'ofusíveis, podem ser considerados os mastics ''plastisol",
IIlilizados na indústria automóvel para colagens e vedação. São adesivos resultantes
II 1 dispersão de uma resina de polic1oreto de vinilo (PVC) num líquido plasticizador.
( : 'r ilmente possuem propriedades mecânicas superiores às dos restantes adesivos
I l!l'lílofusíveis em virtude da incorporação de resinas fenólicas, epóxido e silano no
I l11ido plasticizador.

It.Ii
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Substrato 16.0
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1.5 20,0

-0.5
·0 ,6 ______ __ _____ 6_7_
.5 ______
·1
8 10 12 I. 6 8 10 12
x (mm)
x (mlll) " Figura 12.11 . Representação esquemática da junta colada de sobrepos ição simples usa da por Gonçalves [1 7, I ~ I

1.5
2.5
L................................. ....... . . . . . .
--2 =0,176 mm - - z = O,176mm
- - - z=6,426mm

,,
- - 'z =6,426 mm
- - - - -z = 10,76 1 mm
---- -z = 10,761mm
- - -z '" 11,719mm a ) Aumento da espessura do adesivo
I 0.5
..... . z '" 12,324 mm
!
- - -z ::; 11,719mm
" ' - ' 2=12,324mm
1
:' ).
1.5

~ 'I
~

\ ~
'/

-0.5
0.5
~'" ... "'~
~
b) Adelgamento do s ubst rato
O 6 8 10 12 I. O 6 8 10 12
x (mm)
x (mm) " Figura 12.12. Té cnicas usadas para diminui ção da co nc entração de tensões na extremidade da zona de sobrcpo I ~ II

0.06
0.8
.' --2 =0,176 mm
0.04 •• - -
-z=6,426mm - - z=O,176mm
- - - - - z= 10,761 mm - - - 2=6,426mm
- - ' 2 = 11 ,719 mm - - - _ .. Z '" 10,761 mm Figura 12.13. Representaçã o esquemática do fi lete de re forço numa junta de sobreposição s imple ,
. .. ..... z= 12,324 mm - - -z = 11,7'19mm
......... z = 12,324 mm

-0.02

-0.04
-0.4 12.2.5. MODELAÇÃO
-0.6
·0.06 +-,-_,--,_-,_.,.._..;---,
-O.8 +--r---,r--.--.-.-_T"'-_
6
x (mm)
8 10 12 14
6 a 10 12 14
Pode-se considerar a existência de dois tipos de métodos de análise de juntas co ludll
x (mm)
os métodos analíticos e os métodos numéricos. Os métodos analíticos toroll lll f
Figura 12.1 0. Distribuição das te nsões, normaliza das pelo valor médio da te nsão de corte, no plano médio do ad esivo
impraticáveis na resolução de problemas com geometrias ou condições fronteira 111 1\
de uma junta de so brepos ição simples. Figura ge ntilm ente cedida por J. P. M. Gonçalves [12.1 21.
complexas, associados ao facto de se lidar com materiais anisotrópicos. O !TI 'lod n
numérico dos elementos finitos é sem dúvida o mais utilizado . Contudo, ex i Ht ' I II
omo se pode constatar existem pontos de concentração de tensões nas extremidades
modelos analíticos desenvolvidos para as geometrias mais simples, como é o C,Hj() I"
da zona de sobreposição, nomeadamente nas três componentes normais e na de corte
juntas de sobreposição simples solicitadas à tracção. Um trabalho pioneiro neSLU (II' ' I[
'l""Y' Estes picos de tensão também afectam as camadas vizinhas do adesivo, podendo
deve-se a Volkersen [12.17] que admitiu que os substratos se deformam ap I li
provocar roturas interlaminares. Para atenuar estes efeitos, Hart-Smith [12.14] sugere
tracção e o adesivo em corte. Este cenário é mais aplicável às juntas de sobrCJ o \' I
o aumento da espessura do adesivo nas extremidades da zona de sobreposição (ver dupla, uma vez que nas de sobreposição simples existe o já referido efeito d 11 'Xi II
figura 12. 12a). O adelgaçamento das extremidades dos substratos (figura 12.12b) Este efeito foi considerado na análise de Goland e Reissner [12.18] através de lJI11 II '1111
também reduz o efeito da concentração das tensões, nomeadamente das tensões nor- que permite a obtenção do momento-flector no substrato e na extremidade do ~ IIIII I
mais [12.15]. Adams [12.16] refere que a existência do filete de reforço (ver figura
de sobreposição. Goland e Reissner [12.18] obtiveram expressões analíticas 11"1'" II
12.13) atenua a concentração de tensões e altera a respectiva superficie de fractura.
distribuições das tensões normais O"yy e de corte 'l"xy no adesivo. Contudo, S 11111 11 1

362
11,1
1\ I 11 11 ' I 1111 II 11 1' 1111 111 ")1,',1 ' • I IlIp ll l l'lI l I ii I II I ' II roração da junta na sua análise. O s autores consid cranl111 ' I I lo pllll lO li ' I · I'o l·~nll~;l I )
I' ti ' ('\l ll ' Il ' \l Jl d l ' l'lI llI 'O II Hlll ll I 10 111 111 11 ti I I 11(' e os seus resultados apresentaram boa concordância com o tlI od ,lo unHHn 'o I '
II 10 , I d '(l n " UlI
LI Vud lH,: (l11 () llllld n () ~ !:I ul SlfOLO fl l) Goland e Reissner. Barris e Adams [12.27] fizeram análises não lineares, geom étrico
II Po I' ú nivas li . 1t i ' I ' nl OIl Ylntlol1 l.l 2 .20J upr 'H 'n-
'I'ln l'.I11 ' I'\(' e material, de juntas de sobreposição simples considerando estado plano de d~for­
1111'11 111 i'! olu y( ' '111 q LI ' ind ucm a variaçã dL1 S L 'I1 H ' tj d ' 'ortc e n rma is au IUl1 '0 mação. Foi considerado comportamento elasto-plástico dos substratos e do a.d :slvO c
1 'H. ti fO IOH H IbH lJ'llLOS. Alhnan [1 2.2 1] incluiu ainda a variação da tensão normal a modelação de uma zona triangular de adesivo exterior à zona de sobreposlçao . Os
l" v llO longo d o SI. 'SSlIru d o adesivo e Ojalvo e Eindinoff [12.22] desenvolveram U ll li autores concluíram que uma pequena deformação plástica dos substratos pode
Il lu çl '11 que acrcs cntam a variação linear da tensão de corte ao longo da espcs- aumentar a resistência da junta, uma vez que aumenta a rotação da zona de
IIl'lI do ade iv . T dos e tes trabalhos se basearam na hipótese de comportamento sobreposição, diminuindo o momento-flector e as tensões no adesivo. Por outr~ lado,
11 11 ' lH' elástico do ad esiv e d os substratos. Actualmente, porém, os adesivos actuais uma grande deformação plástica dos substratos origina concentração de tens~es .na
II pl' 'st:ntam elevada ductilidad e e a sua resistência é tão elevada que conduz extremidade do triângulo de adesivo exterior à zona de sobreposição, o que prejudica
II ' ~u cntemente à plas tificação dos substratos (no caso do Alumínio é uma situação a resistência da junta.
'oIl1um). Apesar das muitas limitações, as análises simplificadas podem ser úteis n
'II O de solicitações d e fadiga, onde as forças envolvidas são bastante inferiores. Outros autores desenvolveram elementos finitos especiais para estudar o problema
das juntas coladas. Barker e Bau [12 .28] desenvolveram elementos finitos par~
Ibd i-i tem também vários modelos que englobam comportamento não linear. Bart-Smith análises bidimensionais que se comportam como molas trabalhando ao corte e a
II .23] desenvolveu um modelo baseado nas análises de Volkersen [12.17] e Goland tracção e cuja rigidez depende da espessura do adesivo. Carpenter e Barsoum [12.29]
I' Reissner [12.18] considerando o adesivo como sendo elástico/perfeitamente plástico. desenvolveram dois elementos de dois e quatro nós que permitem modelar a camada
dnms e Mallick [12.24] desenvolveram um método que considera o comportamento de adesivo e que são compatíveis com elementos bidimensionais ou de viga. Lin e Lin
'1IIsto-plástico do adesivo e inclui os efeitos de flexão, corte e tracção nos adesivos [12.30] formularam um elemento baseado na teoria das vigas de Timo.shenko,
lIbstratos. considerando a tensão de corte no adesivo constante, para modelar o adeSiVO e os
substratos e assumindo estado plano de tensão. Pradhan et aI. [12 .31] modelaram a
'(ualmente a maioria dos autores recorre ao método dos elementos finitos. As iniciação e a propagação de dano nas interfaces considerando pares de nós inicial-
"li meiras abordagens admitiram também comportamento linear dos materiais mente ligados. A propagação do dano foi simulada pela separação sequencial desse '
II vo lvidos. Wooley e Carver [12.25] fizeram análises lineares em juntas de nós em função de um critério energético de fractura. Bogdanovich e Y oushanov
I1 hl'Cposição simples utilizando elementos finitos quadriláteros de deformação cons- [12.32] desenvolveram um modelo tridimensional de dano progressivo ~aseado ~as
Ilt lll '. l~ oi assumido estado plano de tensão e utilizaram-se duas camadas de elementos raxas de libertação de energia para prever diferentes modos de propagaçao (coesiva
1111 IIlodelação da camada adesiva, o que possibilitou a obtenção das tensões ao longo adesiva ou interlaminar) numa junta de material compósito. Os autores concluíram
,iii lia espessura. Os resultados foram globalmente concordantes com a solução de da boa aplicabilidade do modelo na obtenção da propagação de dano em junt~S d'
1IIIIIInd e Reissner. Adams e Peppiat [12.16] recorreram a elementos triangulares de sobreposição dupla. Gonçalves et aI. [12.13] fizeram uma análise tridimenSIOna l
.I, IllI"l11ação constante e consideraram a existência de estado plano de deformação. O incluindo comportamento não linear geométrico e material e desenvolveram u m
11111111 'ma da distribuição das tensões de corte no final da camada de adesivo foi estu- elemento finito de interface para obtenção das tensões interfaciais adesivo/substratO .
. 1," 111 p rmenorizadamente mediante análises elásticas. Considerou-se que a camada A aplicação do modelo a juntas de sobreposição simples evidenciou o carácter tri li-
,.I, IIVtl terminava em ângulo recto ou com uma inclinação de 45°. Os autores mensional da distribuição de tensões e a existência de concentração de tensõe n Ofl
II '11v Tum uma boa concordância com os resultados experimentais na distribuição de interfaces. Num outro trabalho [12.33] os autores incluíram um modelo de don o
I, II II 'H e mostraram que a tensão de corte máxima decresce com o aumento do progressivo e realizaram análises, elástica e elasto-plástica, de juntas de sobrepo~ i çl ,o
1'"lllI lIh o da região de adesivo exterior à zona de sobreposição. Cooper e Sawyer simples. No caso da análise elasto-plástica os autores obtiveram boa con~orda l~ ' 1 I
II ' II) I estudaram o comportamento de juntas de sobreposição simples considerando com os resultados experimentais ao nível da carga de rotura . Pereira e MoraiS [12. ~/I' I
I 11 11 11 'riais linear elásticos mas incluindo o efeito não linear geométrico devido à realizaram um estudo numérico-experimental em juntas coladas d e aço li '
1\ d /Ii: !' '1\1 \ : ' I "\ X lo , ) I> I' ' l"I'i I' IIII IIII II " II 11 " 1 1 ' 1111 \111 'UI.l udt l l:! IIp '1'Ii ' ill i ' ( \III III I hl'll 0 11 ' 111 11 1111 p ll l ll

IIVI Ihl , () tll/ I( I" 'Or'l 'Iu ir 1111 lU ' 1\ I" I II I 1\ ii I 11 111 I ' 0 111 'pt xi lo U 'I ' nd ' lo Iclam ' 11. 1 ' I I' ' L'I,' lO III 'olicitação;
II v 'l I - l ' l'Hl 's ti' lI' Icção junco do boruo . V ' I I , ' III'UIII ' 1\1111, " 111 [II ' Il f 'si:) t"'o ,ia d u ) Adelgaçar us 'x lr 'm idades d os substra to ou aun co ta r II nhn ' l t ' ii • I l' 111'11 II I
)11111 Iii 'XI r ' SS a <.:m termo d o com primento d ' o hl' 'I () v \) '/" c.: Livo, era ins 'nslv ,I I resina nas extremidades da zona de sobrep osição, O q ue rcd uz u ' n ' '1\ 1111\' O I
1 I ' 'n ç~1 le defeitos artificialmente criado nas exu'cm iu lI I 'H das ~ nas de sobreposiçl o. tensões normais nas referidas zonas .

12.2.6. REGRAS DE PROJECTO DE UMA LIGAÇÃO COLADA


12.3. Ligações por Fusão [12.361
( ) , diversos estudos teóricos e experimentais realizados sobre as juntas coladas pcr.
IlI iti ram estabelecer uma série de regras que devem ser consideradas no proj ecto d ' Este tipo de ligação é exclusivo dos compósitos de matriz termoplásti ' li . A I" 1\ \\
11 111 11 junta. Deve-se então: termoplásticas, devido às suas características de fácil reprocessam enw r> ' I' II 11' 111 i I
, 1'1'lI j ctar a estrutura de modo a que a junta seja facilmente executável. O acesso do estabelecimento de ligações perfeitas com menor concentração d e t I11-H ' I I \'1111 II
li I II i ' deve ser fácil para que a preparação das superfícies e a colagem decorram mente aos termoendurecíveis. A ligação estabelece-se por aplicaçã d 'Id o l' I' \ " 1'
I III problemas; adequados, de modo a que a difusão do polímero ocorra na interfa . ', () 11I II i I' I
, 1'1ilJ 'c tar as juntas de modo a que a transferência de carga se processe por corte ou métodos de aplicação de calor podem-se dividir em três: geração im rllll , IIpl 11\ II
1"11 'ompressão; externa, ou por fricção. No caso de geração interna de calor, des CH ' 11 111 ' II I I ii I II
, :\'11'cionar o adesivo adequado às características da aplicação (boa resistência estabelecida através de resistência embebida, constituída por um maL !til 1' \1 1111 ' 11 1 ' I I
1111' ' mica, térmica, química, etc.), tendo em conta que altas resistências ao corte e com o compósito, e a ligação por indução electromagnética, típica de '() 1I1Pt'l III 11' "
11 11'11 'çào e baixos módulos de corte e longitudinal são características favoráveis. U m contenham elementos com alguma condutividade eléctrica, como é ' LI, \) I" I I II I
III "Iodo eficiente de aumentar a resistência da junta consiste em usar um adesivo de de carbono. Na aplicação externa de calor, merece referência o pr ' S \111 111 11 11 11
11111 )(0 módulo unicamente na extremidade da zona de sobreposição, reduzindo prensa de pratos quentes e auto clave. Finalmente, as ligações escab ,I , ' iii I 111 11
1\ I 111 ~l concentração de tensões, e um adesivo de alto módulo na zona central para fricção são conseguidas por aplicação de vibrações ou ultrasons.
II)lOl'tar a maior parte da solicitação;
, t 1III'III1tir uma espessura óptima para o adesivo (entre 0 .1 e 0.3 mm), necessária à As principais vantagens deste tipo de ligação são:
I Ih l ·nção do melhor desempe~o da junta. Espessuras muito finas aumentam o ) A junta apresenta propriedades semelhantes ao material dos substratos, U I11 L1 v ''/, tlu '
I L'O d c falhas de colagem e espessuras grandes apresentam maior probabilidade da não é inserido um material diferente na interface;
III ' ' 11ç<1 de defeitos e de maiores dimensões; ) O tratamento superficial necessário é mínimo;
, IlI\'I uir no projecto as tensões de origem térmica provocadas pelos diferentes coefi- ) Apresentam boa ductilidade, durabilidade e são facilmente reparáveis;
I 11' 1\1 's de expansão térmica quando se procede à colagem de materiais diferentes; ) Boa resistência química e à humidade;
1 1' I II, 'wr a junta de tal modo que a rigidez axial dos dois substratos seja idêntica, ou
) T empo de processamento e custo inferiores às juntas coladas com termoendur ' Iv '\ ,
rJu, UI t I =E 2 l 2 ;
, 1'11'1' 'rir adesivos de alta ductilidade quando estamos em presença de solicitações de A principal desvantagem prende-se com a necessidade de fornecimento d e alol' •
111 1)1 11 Tu ou os substratos apresentam diferente rigidez; pressão externas, o que, num processo automatizado, exige equipamento ad equ a I\) ,
, II II I' va i res suficientemente elevados para o rácio comprimento de sobreposição Por outro lado, o facto de ser um processo exclusivo de compósitos de m atriz t<.: 1'I 11l
( I )/. pcssura do substrato (l) . De facto, a resistência da junta aumenta significati- plástica, limita a sua aplicabilidade.
J II III ~ l) t ' om L/t para valores pequenos deste. Todavia, a partir de determinados
'11 1111'" de L /t, o ganho de resistência é marginal e o peso do conjunto aumenta
d, II l l " fls ariamente [12.35);

\/,'1
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Loschonquerschnirren. Luftfahrtforschung, 15: 41-47 (1938). Pergamon, 2000.

36')
SOBRE OS AUTORES
MARCELO F. S. F. DE MOURA obteve a Licenciatura e o Doutoramento 119961
em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenha r ia da Universidade do
Porto {FEUPI. onde exerce as funções de docente universitári o desde 1986. É.
actualmente Professor Auxiliar com nomeação definitiva do Departa mento de
Engenharia Mecâ ni ca e Gestão Indu strial da Facul dade de Engen haria da
Universidade do Porto desde Abril de 1996. A sua área de Investigação está
relacionada com o estudo do comportamento mecânico de materiais anisotrópi -
cos: com pósitos e madeira . Neste âmbito dedicou - se a análise do comportam ento
destes materiais sob so licitações de impacto de baixa velocidade. compressão
após impacto, mecânica da f r actura . juntas coladas e desenvolvimento de
modelos numérico s de dano coesivos e em meio contínuo. Reg iste-se a
participação em 21 projectos Investigação. a publicação de 122 artigos em actas
de cong ressos. 81 artigos em revistas internacionais e nacionais de âmbito
científico e 1 livro.

ALFREDO B. DE MORAIS obteve a Licenciatura em Engenharia Mecânica pela


Faculdade de Engenharia da Universidade do Po rto IFEUPI. o Me strado em
Enge nharia de Polímeros e Compósitos na Universidade Católica de Leuven,
Bélgica , e o Douto r amento em Engenharia Mecânica pela FEUP em 1997.
Foi Investiga dor do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
IINEG II de 1992 a 1997, sendo desde então Docente do Departamento de
Engen haria Mecân ica da Universidade de Aveiro, onde exerce actualmen te as
funções de Professor Associado. No âmb ito da sua actividade de investigação
sobre mecânica dos materiais compósitos e j untas co ladas. reg ist a-s e a
autoria de 30 art igos em actas de congressos e de 36 artigos em revistas
científicas internacionais do Science Citation Index.

ANTÓNIO GONÇALVES DE MAGALHÃES obteve a Lice nciatura, o Mestrado e o


Doutorament o 119991 em Engenharia Mecâ nica pela Faculdade de Engenharia
da Univers idade do Porto {FEUP! É docente do Instituto Superior de Engenharia
do Porto desde 1990 e actualm ente exerce funçõ es de Professor Coordenador
do Departamento de Engenharia Mecânica . A sua área de invest igação está
relacionada com O compo rtamento mecânico. o cont rolo não destrutivo. os
materiais compósitos e as j unta s co ladas. Na sua act ivi dade reg ista-se a
participação em 7 projectos cien tíficos nacionais e internaciona is. a publicação
de 20 artigos em actas de congressos, 17 artigos em revistas internac ionais e
nacionais e 2 livros.

ISBN 978-972-8953 -00 -3

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