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INTRODUÇÃO
Ao abordar o conceito de medição de vazão de fluidos, é fundamental definir três tipos
de pressão: pressão estática, trata-se da pressão termodinâmica, aquela que age da mesma
forma em todas as direções e que é inerente à seção do escoamento para uma vazão;
pressão dinâmica, aquela medida devido à energia cinética do fluido em escoamento e
pressão de estagnação, que é a soma das pressões estática e dinâmica 1,2.
Tubo de Pitot consiste em um tubo aberto dirigido contra a corrente do fluido, tendo na
outra extremidade um manômetro que indica diretamente a pressão total (pressão de
estagnação). Quando um tubo de Pitot é unido a outro que o envolve, tem-se o Tubo de
Prandtl. Este possui aberturas as quais permitem a medição da pressão estática e em suas
extremidades um manômetro que permite a medição da pressão dinâmica¹. A correta
localização das aberturas do tubo produz um balanceamento dos efeitos do nariz da sonda e
de sua haste, produzindo o valor correto da pressão estática².
Com os valores da velocidade do escoamento calculadas, bem como das alturas
obtidas no Tubo de Prandtl, é possível determinar o perfil do escoamento do fluido. Os fluidos
podem apresentar escoamento laminar ou turbulento. O escoamento laminar caracteriza-se
por linhas de correntes suaves e movimentos altamente ordenado enquanto o escoamento
turbulento é caracterizado pelas flutuações de velocidade e pelo movimento altamente
desordenado³.
Com isso, objetivou-se nesta prática avaliar a velocidade por meio do Tubo de Prandtl
e do anemômetro, a vazão do ar, e ainda determinar o perfil do escoamento.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Materiais
Para a realização desta prática, o grupo utilizou os seguintes materiais:
● Tubo de Prandtl;
● Anemômetro de fio quente;
● Transdutor diferencial de pressão;
● Termopar;
● Soprador;
2.2. Métodos
Esta prática foi realizada em duas partes. A primeira parte consiste na análise da
velocidade do ar que está sendo escoado, feito em 6 etapas, partindo do tubo de entrada de
ar de alimentação completamente fechado (com menor vazão), com 4 etapas graduais, até
se chegar na entrada totalmente aberta (maior vazão) com o auxílio de um anemômetro na
saída de ar do tubo.
Já na segunda parte, com o auxílio do tubo de Prandtl, foram feitas medições em 5
alturas diferentes do tubo, para se ter uma noção no perfil de escoamento do ar, dentro do
tubo de ar. A primeira medição estava encostada no fundo do tubo, e a última na parte superior
do mesmo. Da mesma forma que na primeira parte do experimento, a entrada de ar foi
aumentada de maneira progressiva, partindo de totalmente fechado até totalmente aberto.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
𝜌𝑓 𝑔𝑣12 2(𝑃0 − 𝑃1 )
𝑃0 = 𝑃1 + → 𝑣1 = √
2𝑔 𝜌𝑓
2 𝜌á𝑔𝑢𝑎 𝑔 ℎ
𝑣1 = √ Equação 1
𝜌𝑓
𝑄 = 𝑣1 × 𝐴 Equação 2
A partir da Figura 1 acima, pode-se perceber que há uma tendência dos perfis de
velocidade, como explicado anteriormente, em que as velocidades são predominantemente
maiores na parte central do tubo do que nas extremidades.
Não obstante, nesse experimento também foi possível avaliar as diferentes vazões
(Tabela 4), o tipo de escoamento em laminar e turbulento e da Equação 4 para o cálculo do
diâmetro hidráulico da área medida para utilizá-la na Equação 5 de Reynolds.
𝑎×𝑏
𝐷= Equação 4
2(𝑎+𝑏)
𝐷𝑣𝜌
𝑅𝑒 = Equação 5
𝜇
Então, os resultados dos valores de Reynolds para a parte do centro do tubo estão
descritos na Tabela E.
Medida Reynolds
1 9254,06
2 14631,96
3 22029,07
4. CONCLUSÃO
Por meio da análise dos resultados obtidos, conclui-se que a prática teve seu objetivo
alcançado, no sentido da obtenção dos valores para as velocidades e vazões, bem como o
perfil de escoamento em um caso real.
Foi possível, também, observar na prática os efeitos da condição de escorregamento,
que é o efeito da parede do tubo que dificulta a movimentação das partículas de ar próximas,
além de discutir a respeito de possíveis erros de medição que podem ter ocorrido durante o
experimento..
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] IGNÁCIO, R. F. Tubo de Pitot. 2011. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2019.
[2] PUC RIO (Rio de Janeiro). Medida de pressão em fluidos em movimento. Disponível
em: . Acesso em: 22 set. 2019.
[3] ÇENGEL, Y.A., CIMBALA, J.M.; Mecânica dos Fluidos, Fundamentos e Aplicações,1º
ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 2007.