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2017
Semana 3
20 ——— 24
fevereiro
Rubens Oda
Alexandre Bandeira
(Rebeca Khouri)
08:00
21:00 11:00
08/02 Cadeias
alimentares e teias
tróficas
21:00
08:00
21:00 11:00
15/02 Relações
Ecológicas
21:00
08:00
21:00 11:00
21:00
20
fev
Relações
ecológicas
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Bio. 5
positivo + (para indicar uma vantagem na relação)
negativo – (para indicar um prejuízo para o indiví-
duo) 0 (representando uma indiferença na relação,
ou seja, não se afeta nem positivamente nem nega-
tivamente).
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias,
árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e
elefantes, já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses her-
bívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que
os levou a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os
herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de
onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados
observados nessas duas áreas.
Bio. 6
De acordo com as informações acima,
2.
Os itens abaixo contêm exemplos de diversas relações ecológicas entre os seres
vivos:
I – A associação entre certos fungos e algas clorofíceas ou cianobactérias costu-
ma ser tão íntima que ambos formam um novo tipo de organismo, o líquen;
II – Várias espécies de abelhas formam agrupamentos altamente organizados,
nas quais, de modo instintivo, cada indivíduo coloca a sobrevivência da colméia
acima de sua própria;
III – Entre alguns insetos da mesma espécie, os animais mais fracos ou doentes
são devorados pelos sadios;
IV – A caravela é um cnidário que vive flutuando no mar e é formada por um con-
junto de indivíduos da mesma espécie que vivem fisicamente juntos, dividindo o
trabalho.
IV – A caravela é um cnidário que vive flutuando no mar e é formada por um con-
junto de indivíduos da mesma espécie que vivem fisicamente juntos, dividindo o
trabalho.
As relações ecológicas que estão descritas nos itens acima são classificadas,
respectivamente, como:
3.
Considere os gráficos.
Bio. 7
Após uma aula sobre relações ecológicas, um professor propôs aos seus alunos
a identificação de três dessas relações interespecíficas. Espécies diferentes de
seres vivos (A, B, C, D, E e F) estão relacionadas nos gráficos. Pode-se concluir
que as relações I, II e III correspondem, respectivamente,
Bio. 8
formigueiro.
EXERCÍCIO DE CASA
1.
Sabemos que o mutualismo ocorre quando seres de espécies diferentes mantêm
relações em que ambos são beneficiados. Marque a alternativa que indica orga-
nismos que estabelecem uma interação mutualística.
a) Fungos e algas.
b)Tubarão e rêmoras.
c) Piolho e ser humano.
d) Bromélias e árvores.
e) Leões e zebras.
2.
Se duas espécies diferentes ocuparem num mesmo ecossistema o mesmo nicho
ecológico, é provável que:
a) amensalismo e parasitismo
b) parasitismo e epifitismo
c) parasitismo e predatismo
d) parasitismo e protocoperação
e) protocoperação e epifitismo
4.
Populações de Aedes aegypti têm desenvolvido resistência aos inseticidas orga-
nofosforados. Desta forma, uma alternativa para o controle destes insetos vem
sendo a utilização de inseticida microbiológico.
Bio. 9
nhecido como fumacê, elimina apenas a forma adulta, mas não tem nenhu-
ma eficácia para acabar com as larvas. Para controlar esses criadouros do
mosquito pode-se utilizar um bioinseticida líquido que tem como principal
componente o Bacillus thuringiensis israelensis. Essa bactéria, inimiga natu-
ral do Aedes, produz uma toxina que, ao ser ingerida pela larva, causa danos
Revista Pesquisa Fapesp,
Edição 85, 03/03 ao intestino do inseto, provocando sua morte.
a) parasitismo
b) predatismo
c) inquilinismo
d) antibiose
e) mutualismo
5.
Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem
para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído
por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo de vaga-lume, o Photu-
ris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus fingindo
ser desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris,
muito maior que ele, é atacado e devorado por ela.
a) comensalismo
b) inquilinismo
c) cooperação
d) predatismo
e) mutualismo
6.
No Brasil, cerca de 80% da energia elétrica advém de hidrelétricas, cuja
construção implica o represamento de rios. A formação de um reservatório
para esse fim, por sua vez, pode modificar a ictiofauna local. Um exemplo é
o represamento do Rio Paraná, onde se observou o desaparecimento de pei-
xes cascudos quase que simultaneamente ao aumento do número de peixes
de espécies exóticas introduzidas, como o mapará e a corvina, as três espé-
cies com nichos ecológicos semelhantes.
PETESSE, M. L.: PETRERE JR., M. Ciência Hoje. São Paulo, n. 293, v. 49.
jun, 2012 (adaptado).
Bio. 10
Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos é explicado
pelo(a)
7.
A avoante, também conhecida como arribaçã (Zenaida auriculata noronha) é
uma ave migratória que se desloca no Nordeste, acompanhando o ritmo das chu-
vas, encontrando-se ameaçada de extinção, em decorrência da caça indiscrimi-
nada. A relação do homem com esta ave é:
a) a espécie A é predadora de B.
b) a espécie B é predadora de A.
c) a espécie A é comensal de B.
Bio. 11
d) a espécie B é comensal de A.
e) as espécies A e B apresentam mutualismo.
9.
http://uol.com.br/niquel/
10.
Na aula em que se discutia o assunto relações interespecíficas, a professora
apresentou aos alunos, em DVD, as cenas iniciais do filme Procurando Nemo
(Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios, 2003). Nessas cenas, um casal
de peixes-palhaço (Amphiprion ocellaris) protege seus ovos em uma cavidade na
rocha, sobre a qual há inúmeras anêmonas (classe Anthozoa).
Contudo, uma barracuda (Sphyraena barracuda) ataca o casal, devorando a fê-
mea e seus ovos. Apenas um ovo sobrevive, que o pai batiza de Nemo. Nemo e
seu pai, Marlin, vivem protegidos por entre os tentáculos da anêmona que, se-
gundo a explicação da professora, se beneficia dessa relação aproveitando os
restos alimentares de pai e filho. Em ecologia, as relações interespecíficas entre
o peixe palhaço e a anêmona, e entre a barracuda e o peixe palhaço são chama-
das, respectivamente, de
a) mutualismo e parasitismo.
b) protocooperação e predação.
c) comensalismo e predação.
d) inquilinismo e parasitismo.
e) parasitismo e predação.
QUESTÃO CONTEXTO
Níquel Náusea
Bio. 12
www.niquel.com.br
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. c Predação: Sapo predando o inseto
2. b
3. c Competição interespecífica: Sapos competindo
4. a pelo mesmo recurso (alimento).
02.
A competição interespecífica pode causar como
consequências: Mudança do nicho de alguns indi-
Exercício de casa víduos, para evitar essa competição; extinção de
1- a uma das espécies, já que ela será mais fraca e não
2- b vai conseguir se alimentar; migração de alguns indi-
3- b víduos para outra área, onde não haja competição.
4- d
5- d
6- c
Bio. 13
7- d
8- b
9- e
10- b
20|22
fev
Sucessão
ecológica
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Sucessão ecológica As comunidades intermediárias (ou seriais) já pos-
sui um número maior de organismos.
É a alteração das comunidades ao longo do tempo,
em um mesmo espaço. Ao olhar uma comunidade, Por fim, a comunidade clímax possui um número
observa-se os valores de produtividade bruta (taxa de organismos e condições climáticas estáveis, com
de fotossíntese e quantidade de gases produzidos) e alta matéria orgânica. A produtividade bruta é se
produtividade líquida (produtos da fotossíntese me- torna alta, e a líquida diminui.
nos o que é gasto na respiração)
Na sucessão primária, tem-se a ocupação de um
Ela se inicia com uma comunidade pioneira (ou ece- ambiente novo, estéril (ex.: ilhas vulcânicas), en-
se), onde organismos como líquens e gramíneas se quanto na sucessão secundária, tem-se a ocupação
estabelecem, e há pouca matéria orgânica e alta va- de um ambiente que já havida sido habitado antes
riabilidade de condições ambientais. A produtivida- (ex.: área de pasto ou ambiente após uma queima-
de bruta é baixa, mas a líquida é alta. da).
EXERCÍCIO DE AULA
Bio. 15
1.
A comunidade clímax constitui a etapa final de uma sucessão ecológica. Consi-
dera-se que a comunidade chegou ao clímax quando
2.
Considere as seguintes afirmações sobre sucessão ecológica.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
3.
Considere dois ecossistemas fluviais, ambos em estágio inicial de sucessão, sen-
do um deles (I) altamente poluído por detritos orgânicos biodegradáveis e o ou-
tro (II) totalmente livre de qualquer tipo de poluição.
4.
As queimadas, comuns na estação seca em diversas regiões brasileiras, podem
provocar a destruição da vegetação natural. Após a ocorrência de queimadas em
uma floresta, é CORRETO afirmar que:
Bio. 16
b) após o estabelecimento dos líquens, ocorrerá a instalação de novas espécies.
c) a comunidade clímax será a primeira a se restabelecer.
d) somente após o retorno dos animais é que as plantas voltarão a se instalar na
área queimada.
e) a colonização por espécies pioneiras facilitará o estabelecimento de outras
espécies.
5.
Vários eventos caracterizam a evolução de uma comunidade biológica durante
uma sucessão ecologia. Assinale a alternativa que contém o conjunto correto
desses eventos.
Bio. 17
2.
Analise as figuras
A figura mostra o processo de ocupação do solo em uma área dos pampas gaú-
chos. Considerando a sucessão ecológica, é correto afirmar que:
a) na fase 2 temos a sucessão secundária uma vez que, na 1, teve início a suces-
são primária.
b) ocorre maior competição na fase 3 que na 4, uma vez que capins e liquens ha-
bitam a mesma área.
c) após as fases representadas, ocorrerá um estágio seguinte, com arbustos de
pequeno porte e, depois, o clímax, com árvores.
d) depois do estabelecimento da fase 4 surgirão os primeiros animais, dando iní-
cio à sucessão zoológica.
e) a comunidade atinge o clímax na fase 4, situação em que a diversidade de or-
ganismos e a biomassa tendem a se manter constantes.
3.
A sucessão ecológica pode ser primária ou secundária. Sobre a sucessão primá-
ria, assinale a afirmativa correta.
4.
Assinale a alternativa que aponta corretamente os indícios de que a sucessão
ecológica chegou a um estágio de “clímax”:
Bio. 18
e) As únicas mudanças que continuam são a especiação e a evolução.
5.
Durante o processo de sucessão ecológica, os ecossistemas sofrem várias mu-
danças. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica uma tendên-
cia ao longo da sucessão.
6.
A substituição ordenada e gradual de uma comunidade por outra, até que se che-
gue a uma comunidade estável, é chamada de sucessão ecológica. Nesse pro-
cesso, pode-se dizer que o que ocorre é
a) I aumenta e II diminui
b) I diminui e II aumenta
c) I aumenta e II permanece constante
d) ambos aumentam
e) ambos diminuem
8.
Considere as afirmativas:
Bio. 19
Assinale:
9.
Acerca das sucessões ecológicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F
para as falsas.
a) F, F, F, V, V.
b) F, F, V, V, F.
c) V, F, F, V, F.
d) V, V, V, V, V.
10.
Podemos caracterizar uma sucessão ecológica como uma substituição lenta e
gradual da dominância de uma comunidade sobre outra. A sucessão ecológica
permite a formação de uma comunidade clímax, atinge a estabilidade e dificil-
mente sofre alterações significativas em sua estrutura. As espécies que iniciam
o processo de sucessão são denominadas espécies pioneiras. Ao longo da su-
cessão, ocorrem mudanças na estrutura das comunidades. A sucessão pode ser
classificada como primária quando tem início em ambientes que nunca foram
habitados anteriormente. A sucessão secundária é caracterizada por ter início
em ambientes que já foram habitados, cujas comunidades sofreram grandes per-
turbações, o que comprometeu o equilíbrio da comunidade clímax. Podemos ci-
tar como exemplo de sucessão secundária o repovoamento natural de uma área
agrícola que foi abandonada. Durante a sucessão, as comunidades que se insta-
lam sofrem mudanças em sua estrutura. Na tabela a seguir estão listadas algu-
mas dessas mudanças. Observe:
Bio. 20
Analisando a tabela e utilizando conhecimentos prévios de ecologia, pode-se
concluir que há um erro no seguinte item desta tabela:
QUESTÃO CONTEXTO
O Havaí se localiza em um arquipélago no Oceano Pacífico, e é um dos estados
dos Estados Unidos da América. O arquipélago possui 132 ilhas, e é no sudeste
que se encontram as as oito maiores ilhas do Havaí, que são habitadas. Todas as
ilhas foram formadas por vulcões, e muitas cadeias de rochas e ilhas principais
hoje são vulcões inativos.
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b O tipo de sucessão é uma sucessão primária, onde
2. c organismos vão colonizar um ambiente estéril, nun-
3. d ca ocupado antes. Ela se inicia com a comunidade
4. e pioneira, onde organismos como líquens se estabe-
5. b lecem, seguida pela comunidade intermediária e por
fim se estabelecendo como comunidade clímax.
02.
Exercício de casa
1- b
2- e
3- a
4- d
5- d
6- e
7- d
Bio. 21
8- b
9- b
10- c
Fil. Semana 3
Lara Rocha
(Debora Andrade)
10/02 Os pré-socráticos e
os sofistas
09:15
19:15
24/02 Filósofos da
tradição
9:15
19:15
24
Filósofos da fev
tradição
Sócrates, Platão e
Aristóteles
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
mudança, da transformação. No entanto, por que
Platão nomeia este mundo de habitamos de mun-
do sensível? Exatamente porque nós apreendemos
esse mundo através de nossos sentidos, ou seja, nós
percebemos as coisas desse mundo por intermédio
dos cinco sentidos (visão, tato, olfato, paladar, audi-
Platão, Sócrates e Aristóteles ção). Mas e o que é, então, o mundo inteligível para
Platão?
25
que era possível encontrar o conhecimento verda- plo: a Forma ou ideia de cadeira existe no mundo das
deiro, através da diferenciação entre a mera opinião ideias como um conceito que temos acesso através
(doxa) e a verdade (episteme). de nosso Intelecto. É por isso que quando obser-
vamos uma cadeira particular (material) no mundo
Fil.
A genialidade do seu pensamento pode ser compre- sensível, nós a identificamos como cadeira, dado
endida, em linhas gerais, se atentarmos para o mé- que acessamos a ideia ou conceito de cadeira que
todo socrático, que é composto de dois momentos existe no mundo inteligível.
principais: A ironia e a mauêutica. A ironia pode ser
entendida como o momento destrutivo do diálogo, Todas as coisas (materiais) que existem aqui no mun-
onde Sócrates procurava mostrar ao seu interlocu- do sensível correspondem a uma ideia ou Forma lá
tor que aquilo que ele considerava ser uma verdade no mundo das ideias. No mundo inteligível estão as
tratava-se apenas de uma opinião. Já no segundo essências ou a origem de todas as coisas que ob-
momento do diálogo – a mauêutica – Sócrates fazia servamos no mundo sensível. Assim, a origem das
o que chamava de parto das ideias, ou seja, levava cadeiras que existem no mundo sensível é a ideia de
o seu interlocutor a buscar a verdade por si mesmo cadeira. O que existe realmente é a ideia, enquanto
através do diálogo. que a coisa material só existe enquanto participa de
ideia dessa coisa. Essa é a teoria da participação em
Platão: Uma coisa só existe na medida em que parti-
Platão cipa da ideia dessa mesma coisa. Portanto, segundo
Platão, a ideia é anterior às próprias coisas. Seguin-
Uma das teorias mais fundamentais para a compre- do o nosso exemplo, a ideia de cadeira é anterior à
ensão do pensamento de Platão (428- 347 a. C) é, existência das cadeiras particulares.
sem dúvida, a sua famosa teoria das ideias. Ela afir-
ma que existem dois mundos, a saber: o mundo sen- Uma teoria que deriva da teoria das ideias é a teoria
sível e o mundo inteligível. O mundo sensível é exa- platônica da reminiscência. Segundo Platão, o ser
tamente este mundo que nós habitamos, ou seja, o humano é formado de uma parte mortal, a saber, o
mundo terreno da matéria, onde estão presentes to- corpo; e uma parte imortal, a saber: a alma; antes de
dos os objetos materiais. Todas as coisas do mundo habitarmos este mundo, nossa alma habitava o mun-
sensível, então, estão sujeitas à geração e à corrup- do das ideias. Lá ela possuía todo o conhecimento
ção, podendo deixar de ser o que são e se transfor- possível, não era ignorante a respeito de nada. No
mar em outra coisa, esse é o mundo da variação, da entanto, quando nossa alma se junta ao corpo,
ela acaba se esquecendo de tudo aquilo que ela sa-
bia lá no mundo das ideias. Assim, o conhecimento → Essência: é o que dá identidade à substância, de
para Platão é reminiscência (ou seja, lembrança) da- modo que, se lhe faltasse ela, não poderia ser ela
quilo que nossa alma já viu quando habitava o mun- mesma.
do inteligível. Conhecer é, portanto, nada mais do
que lembrar, trazer de volta à memória aquilo que já → Acidente: a substância pode ter ou não sem que
vimos em outro mundo. sua identidade seja alterada por isso.
Além das noções de essência e acidente, os concei-
tos de matéria e forma são indispensáveis ao pen-
samento aristotélico. Todo ser contém as duas re-
Aristóteles alidades.
Aristóteles, sem dúvida, foi um dos homens mais bri- → Matéria: Princípio indeterminado que compõe o
lhantes e importantes de todos os tempos. Durante mundo.
sua vida escreveu diversos tratados sobre filosofia,
física, biologia, além de ser responsável pela exis- → Forma: é o que faz que uma coisa seja o que é. É
tência de várias enciclopédias. Embora tenha sido o que faz que os cachorros sejam cachorros mesmo
discípulo de Platão, Aristóteles rompeu com o mes- pertencendo à raças diferentes.
tre e criou sua própria escola, chamando-a de Liceu.
Na sua concepção filosófica, o conhecimento sensí- A forma é inteligível e faz com que todos que perten-
vel e o conhecimento racional também são distintos, cem à mesma espécie sejam o que são, já a matéria
porém são interligados. Para Aristóteles, ninguém é passividade e tende a realizar a forma e a potência.
26
conhece o racional sem o auxílio dos sentidos. A se- Aristóteles concilia em sua filosofia os pensamentos
guir veremos algumas das noções mais fundamen- de Heráclito e Parmênides com as noções de ato e
tais de sua metafísica. potência.
Fil.
Primeiramente vamos entender as noções de essên- → Potência: é a capacidade de se tornar alguma
cia e acidente. Para ele, cada ser que existe é uma coisa, mas para que a mudança ocorra é necessária
substância, isto significa que não existem dois mun- a ação do ato.
dos, a ideia e a matéria formam a substancialidade.
O conceito de substância diz respeito àquilo que é → Ato é a essência da coisa (forma).
em si mesmo. Mas, ele pode receber atributos es-
senciais ou acidentais.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encon-
tra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra
Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o
mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates
chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua
própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer ad-
quirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez
que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que esta-
belece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas
concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
2.
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de
conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso esta-
belecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivel-
mente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
27
Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como
Platão se situa diante dessa relação?
Fil.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são insepará-
veis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
.
3.
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa
do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição
existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é
a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos es-
tão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a
identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010.
“A caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as som-
bras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o
mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis,
que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras,
criadas por artefatos fabricadores de ilusões. Os grilhões são nossos pre-
conceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões.
O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a
dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a
luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol
ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a
sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas e insólitas do fi-
lósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já
não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem mover-se
com engenho no interior das aparências e ilusões. Os anos despendidos na
criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para li-
bertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A Paideia
filosófica é uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligí-
28
vel. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver,
orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capa-
cidade para ver.”
[Marilena Chauí]
Fil.
1.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que:
2.
Ainda sobre o texto, pode-se afirmar que:
“Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas que,
quando falava, exercia estranho fascínio. Procurado pelos jovens, passava
horas discutindo na praça pública. Interpelava os transeuntes, dizendo-se
ignorante, e fazia perguntas aos que julgavam entender determinado as-
sunto: “O que é a coragem e a covardia?”, “O que é a beleza?”, “O que é a
justiça?”, “O que é a virtude?”. Desse modo, Sócrates não fazia preleções,
mas dialogava. Ao final, o interlocutor concluía não haver saída senão reco-
nhecer a própria ignorância. A discussão tomava outro rumo, na tentativa de
explicitar melhor o conceito”.
3.
. A partir do fragmento acima exposto, é correto afirmar sobre o pensamento
socrático:
29
saber;
III. que não faz de Sócrates “um ser que ilumina”, já que o caminho por ele pro-
posto é o da discussão intersubjetiva e dialogal.
Fil.
É correto o que se afirma em:
a) I e III, apenas.
b) I, II, e III.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
4.
Por meio do diálogo, Sócrates construía com seus interlocutores uma relação
pautada em perguntas, respostas e novas perguntas. Tal método também ficou
conhecido como maiêutica, e sobre ele é correto afirmar que:
a) tem como finalidade uma conclusão efetiva, ainda que seu interlocutor não
abandone a doxa.
b) a verdade descoberta por seu interlocutor consiste em uma novidade onto-
lógica.
c) enquanto dizia saber apenas que não sabia, Sócrates propunha o “não saber”
como termo à sua filosofia.
d) possibilitava Sócrates ajudar seus interlocutores a dar à luz ideias que já es-
tavam neles.
5.
Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e
o ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido,
opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-
-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é
não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique
Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
30
e a potência se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas
com o intelecto.
Fil.
QUESTÃO CONTEXTO
02.
Exercício de casa
1. c
2. b
3. a
4. d
5. b
31
Fil.
Fís. Semana 3
Leonardo Gomes
(Arthur Vieira)
06/02 Introdução à
Cinemática
18:00
11:00
8:00 18:00
13/02 Gráficos do
Movimento
retilíneo e uniforme
(MU)
18:00
11:00
08:00 18:00
20/02 Gráficos do
Movimento
retilíneo
uniformemente
variado (MUV)
18:00
Gráficos do fev
movimento
retilíneo unifor-
memente varia-
do (MUV)
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A aceleração (média) é a razão entre a variação de
velocidade e o intervalo de tempo necessário para
esta variação e seu módulo é dado por
36
parábolas, possuindo concavidade positiva se a >0
onde vf é a velocidade final e v0 a velocidade inicial. ou negativa se a <0.
Fís.
pelo MUV são:
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Texto para as duas questões abaixo:
37
Em uma prova de 100m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão é
representado pelo gráfico a seguir:
a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 1 e 5 segundos.
c) Entre 5 e 8 segundos.
d) Entre 8 e 11 segundos.
e) Entre 12 e 15 segundos.
2.
Em que intervalo de tempo o corredor apresenta aceleração máxima?
a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 8 e 11 segundos.
c) Entre 1 e 5 segundos.
d) Entre 9 e 15 segundos.
e) Entre 5 e 8 segundo
3.
mula 1 sai da curva Raidillion e, depois de uma longa reta, chega à curva Les
Combes.
38
A telemetria da velocidade versus tempo do carro foi registrada e é apresentada
no gráfico a seguir.
Fís.
Qual das alternativas a seguir contém o gráfico que melhor representa a acelera-
ção do carro de F-1 em função deste mesmo intervalo de tempo?
a)
b)
c)
d)
e)
39
4.
O gráfico abaixo corresponde ao movimento uniformemente variado de uma
Fís.
partícula:
a) I e II.
b) I e III.
40
c) III e IV.
d) IV e V.
e) II e V.
Fís.
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Em um teste, um automóvel é colocado em movimento retilíneo uniformemente
acelerado a partir do repouso até atingir a velocidade máxima. Um técnico cons-
trói o gráfico onde se registra a posição x do veículo em função de sua velocida-
de v. Através desse gráfico, pode-se afirmar que a aceleração do veículo é
a) 1,5 m/s²
b) 2,0 m/s²
c) 2,5 m/s²
d) 3,0 m/s²
e) 3,5 m/s²
2.
A tabela mostra os valores da velocidade de um atleta da São Silvestre em fun-
ção do tempo, nos segundos iniciais da corrida.
Calcule:
4.
Na figura, estão representadas as velocidades, em função do tempo, desenvolvi-
das por um atleta, em dois treinos A e B, para uma corrida de 100 m rasos.
41
Fís.
Com relação aos tempos gastos pelo atleta para percorrer os 100 m, podemos
afirmar que, aproximadamente:
5.
Em certo instante passam pela origem de uma trajetória retilínea os móveis A,
em movimento uniforme, e B, em movimento uniformemente variado. A partir
desse instante, constrói-se o diagrama abaixo. Em que instante o móvel B está
32 m à frente de A?
6.
O gráfico representa a velocidade em função do tempo de uma pequena esfera
em movimento retilíneo.
a)
42
b)
Fís.
c)
d)
e)
GABARITO
01.
Exercícios para aula
1. c
2. a
3. d
4. a) v = 5 + 2t
b) 14 m
c) v = 7 m/s
d) acelerado
5. c
02.
Exercícios para casa
1. b
2. a)
43
Fís.
b) 1,8 m/s
3. a) d = 100 m
b) vm = 20 m/s
4. b
5. 8s
6. d
22
Exercícios fev
do movimento
retilíneo unifor-
memente varia-
do (MUV)
01. Exercícios de Aula
02. Exercícios de Casa
03. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Um móvel se desloca, em movimento uniforme, sobre o eixo x durante o intervalo
de tempo de t0=0 a t = 30s. O gráfico representa a posição x, em função do tem-
po t, para o intervalo de t=0s a t=5,0s:
a) 10.
b) 15.
c) 20.
d) 25.
45
e) 30.
Fís.
2.
A avenida Pedro Álvares Cabral, localizada numa grande cidade, é plana e retilí-
nea. Num trecho, a avenida é cortada por ruas transversais, conforme mostra a
figura abaixo:
O menor intervalo de tempo possível para esse deslocamento, ao longo das li-
nhas pontilhadas, é de:
a) 9,30min.
b) 9,50min.
c) 10,30min.
d) 10,50min.
e) 10,67min.
46
4.
Um projetor de filmes gira com uma velocidade de 20 quadros por segundo.
Cada quadro mede 1,0 cm de comprimento. Despreze a separação entre os qua-
Fís.
dros. Qual o tempo de projeção, em minutos, de um filme cuja fita tem um com-
primento total de 18 m?
a) 1,5
b) 3,0
c) 4,5
d) 6,0
e) 7,5
5.
Uma pessoa sai de casa a caminhar, em linha reta, afasta-se 4 km, de onde retor-
na, chegando em casa 90min após a partida. A figura abaixo mostra como sua
posição em relação a casa variou com o tempo, durante a caminhada. Observe a
figura e marque a alternativa correta sobre a velocidade dessa pessoa.
47
6.
Sabendo que os intervalos de tempo A e C são ambos de 1,5s, qual é o módulo a0
da aceleração com que o elevador se move durante esses intervalos?
Fís.
a) 3,00 m/s²
b) 2,00 m/s²
c) 1,50 m/s²
d) 0,75 m/s²
e) 0,50 m/s²
7.
Sabendo que os intervalos de tempo A e C são ambos de 1,5s e que o intervalo B
é de 6s, qual a distância total percorrida pelo elevador?
a) 13,50 m
b) 18,00 m
c) 20,25 m
d) 22,50 m
e) 27,00 m
8.
Partindo do repouso, um avião percorre a pista de decolagem com aceleração
constante e atinge a velocidade de 360 km/h em 25s. Qual o valor da aceleração
em m/s²?
9.
Um carro está parado diante de um sinal fechado. Quando o sinal abre, o car-
ro começa a mover-se com aceleração constante de 2,0 m/s² e, neste instante,
passa por ele uma motocicleta com velocidade constante de módulo 14 m/s, mo-
vendo-se na mesma direção e sentido. Nos gráficos abaixo, considere a posição
inicial do carro como origem dos deslocamentos e o instante em que o sinal abre
como origem dos tempos. Em cada gráfico, uma curva refere-se ao movimento
do carro e a outra ao movimento da motocicleta.
48
Fís.
É correto afirmar que:
10.
. No mesmo instante em que um carro A, com MRU, passa pela origem de uma
trajetória retilínea, outro, B, parte do repouso desse mesmo ponto com MRUV.
Após o tempo ∆t_E, Ae B se encontram. O tempo, contado a partir do início do
movimento do carro B, necessário para que ambos apresentem a mesma velo-
cidade, é:
a) 2∆tE
b) (3∆tE)/4
c) ∆tE
d) (∆tE)/2
e) (∆tE)/4
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Dois móveis A e B partem, simultaneamente, do mesmo ponto, com velocidades
constantes VA = 6 m/s e VB = 8 m/s. Qual a distância entre eles, em metros, de-
pois de 5 s, se eles se movem na mesma direção e no mesmo sentido?
a) 10
b) 30
c) 50
d) 70
e) 90
2.
Dois barcos partem simultaneamente de um mesmo ponto, seguindo rumos per-
pendiculares entre si. Sendo de 30km/h e 40km/h suas velocidades, sua distân-
cia após 6min vale:
a) 7km
b) 1km
49
c) 300km
d) 5km
e) 420km
Fís.
3.
Numa viagem de automóvel foram anotados os instantes e os marcos quilomé-
tricos, durante certo intervalo de tempo, conforme a tabela a seguir. Supõe-se
movimento uniforme.
a) 1 s e 15 m.
b) 1 s e 25 m.
c) 2 s e 25 m.
d) 2 s e 50 m.
e) 3 s e 25 m.
5.
A distância entre dois automóveis é de 225 km. Se eles andam um ao encontro
do outro com velocidades de 60 km/h e de 90 km/h, respectivamente, se en-
contrarão ao fim de:
a) 1 hora.
b) 1 hora e 15 minutos.
c) 1 hora e meia.
d) 1 hora e 50 minutos.
50
e) 2 horas e meia.
Fís.
6.
O gráfico abaixo mostra a posição, em função do tempo, de dois trens que via-
jam no mesmo sentido em trilhos paralelos:
51
8.
Um carro está viajando numa estrada retilínea com a velocidade de 72 km/h.
Vendo adiante um congestionamento no trânsito, o motorista aplica os freios du-
rante 2,5s e reduz a velocidade para 54 km/h. Supondo que a aceleração é cons-
tante durante o período de aplicação dos freios, calcule o seu módulo, em m/s².
Fís.
a) 1,0
b) 1,5
c) 2,0
d) 2,5
e) 3,0
9.
As velocidades de crescimento vertical de duas plantas Ae B, de espécies dife-
rentes, variaram, em função do tempo decorrido após o plantio de suas semen-
tes, como mostra o gráfico a seguir.
a) Determine a mínima aceleração constante que o carro deve ter para parar an-
tes de atingir o cruzamento e não ser multado.
b) Calcule a menor aceleração constante que o carro deve ter para passar pelo
cruzamento sem ser multado. Aproxime 1,72 3,0.
GABARITO
52
01.
Fís.
Exercícios para aula
1. d
2. v = 36km/h
3. b
4. a
5. d
6. b
7. d
8. a = 4,0m/s2
9. b; f
10. d
02.
Exercícios para casa
1. a
2. d
3. d
4. b
5. c
6. d
7. d
8. c
9. b
10. a) a = -3m/s2 b) a = 2,4m/s2
Geo. Semana 3
Claudio Hansen
Rhanna Leoncio
07/02 Formação
do espaço e
revoluções
industriais
09:15
Formação
09/02 do espaço e
revoluções
industriais
19:15
Fordismo e o
14/02 surgimento do
Keynesianismo
09:15
Fordismo e o
16/02 surgimento do
Keynesianismo
19:15
21/02 Toyotismo e a
Terceira Revolução
Industrial
09:15
23/02 Toyotismo e a
Terceira Revolução
Industrial
19:15
21|23
Toyotismo e fev
a Terceira Re-
volução Indus-
trial
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
O modelo Toyotista, também chamado de sistema mandas do mercado (Just in time).
flexível, surge na fábrica de automóveis da Toyota,
no Japão, após a crise do modelo Fordista-Tayloris- → Produtos não duráveis (obsolescência progra-
ta, visando solucionar os problemas criados por este mada) e diversificados para possibilitar a renovação
modelo, tais como, estoques lotados, pressão sindi- dos estoques.
cal e produtos muito duráveis e padronizados. Den-
tre as soluções encontradas para estes problemas Durante o predomínio do Fordismo era correto afir-
destacam-se: mar que os países industrializados eram os países
ricos, pois eram os que tinham capital para inves-
→ O aumento dos salários dos trabalhadores para tir na otimização da produção e o faziam nas suas
aumentar assim o mercado consumidor. indústrias que até então estavam concentradas em
seu território. Com o Toyotismo e a desconcentra-
→ A desconcentração industrial como forma de di- ção industrial isto foi alterado com as indústrias mi-
ficultar o amparo dos sindicatos aos trabalhadores grando para os países pobres e emergentes e a sede
com a saída das indústria dos países ricos para os se concentrando nos países ricos.
países mais pobres. Esse aspecto surge da necessi-
dade do Japão encontrar espaços para a produção, Além do modelo Toyotista, a Terceira Revolução In-
visto que seu território, em grande maioria, é forma- dustrial tem como características o desenvolvimen-
do por montanhas e florestas. to de alta tecnologia, investimento em pesquisas
Geo. 57
(Tecnopólos) e o destaque da informação que dão
→ A produção flexível, ou seja, que se adapta às de- origem ao Meio Técnico Científico Informacional.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
A expansão da produção capitalista, nos três primeiros quartos do século XX,
esteve assentada principalmente no modelo de organização fordista. A partir
dos anos 1970, esse modelo sofreu significativas alterações, decorrentes da difi-
culdade em enfrentar, através de ganhos de produtividade, a crise que atingiu o
sistema capitalista. Impôs-se ao universo da produção a necessidade de profun-
da reestruturação econômica, expressa pela introdução de novas tecnologias,
flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos
e dos padrões de consumo. Tais mudanças foram vistas por alguns como ruptu-
ra e, por outros, como continuidade do modelo fordista. De qualquer maneira, o
mundo do trabalho real do século XXI já não é mais o mesmo.
Geo. 58
não sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda indústria.”
(SCHLOSSER, Eric. País Fast- Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221).
2.
São características das transformações que estão ocorrendo no mundo do tra-
balho na sociedade globalizada:
3.
A mecanização do processo produtivo assume hoje dimensões nunca vistas,
com o desenvolvimento da robótica e, cada vez mais, as fábricas empregam um
contingente menor de operários. Em vista disso, podemos observar as seguintes
mudanças nas relações de trabalho:
Geo. 59
IV – Nos países industrializados, surge o desemprego estrutural, com a diminui-
ção constante e irreversível dos cargos nas empresas, colocando em disponibili-
dade uma parcela cada vez maior da população.
4.
São fatores que hoje introduzem mudanças no mundo do trabalho.
Geo. 60
Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente neste anúncio é:
6.
“Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não
adquire maior controle sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos
sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior para os ausen-
tes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descen-
tralizado e o poder sobre o trabalhador, mais direto.”
Geo. 61
8.
O mapa a seguir apresenta o mais antigo tecnopolo do mundo.
A respeito do surgimento das cidades tecnopolos, é INCORRETO afirmar que
9.
Geo. 62
Disponível em: http://
autoentusiastas.blogspot.
com.br/2012/10/industria-
automobilistica-definido-o.
html. Acesso em: 21/11/2012
Geo. 63
do nos ideais de competitividade, redução de custos de produção e distribuição
para um mercado cada vez mais global.
V. Determinou a adoção de uma produção mais flexível, visando atender a mer-
cados específicos com bens particularizados e, em consequência, na reorgani-
zação do espaço industrial. A instalação de unidades industriais em determinada
localidade fica vinculada, além de outros aspectos, à localização de outras in-
dústrias fornecedoras de peças, de eventuais incentivos fiscais, de mão de obra
qualificada e potencial mercado consumidor.
a) I, II, III e V.
b) I, II e IV.
c) I, IV e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
QUESTÃO CONTEXTO
Com base no trecho apresentado, desenvolva argumentos que relacionem de
maneira coerente o processo de Globalização e o sistema flexível.
GABARITO
01.
Exercícios para aula
1. d
02.
Exercícios para casa
1. e
2. b
Geo. 64
3. d
4. b
5. c
6. e
7. a
8. d
9. b
10. d
His. Semana 3
William Gabriel
(Karenn Correa)
09:15
19:15
15/02 Formação do
Mundo Moderno
09:15
19:15
09:15
19:15
22
Expansão fev
Marítima e a
conquista do
Novo Mundo
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Portugal é o país pioneiro quando tratamos de ex-
pansão marítima. A centralização governamental
com um estado consolidado e Absolutista levou o
mesmo a criar estruturas para atuação além mar.
O Rei objetivava o poder, novos negócios e rotas
comerciais, por exemplo. A Nobreza, como um
todo, queria mais terras e coordenava as expedi-
ções. Portugal tinha poucos recursos em suas ter-
ras, logo, isto também ajudava a incentivar buscas
de novas possibilidades.
Nau: Embarcação utilizada por Pedro Alvarez Cabral
Havia uma dificuldade muito grande em cruzar o No início do Périplo Africano foi conquistada a cida-
mediterrâneo para chegar as Índias devido a co- de de Ceuta, atual Marrocos, e foram adiante. Na-
brança de impostos e pedágios nas cidades italia- quela época valeria o “Princípio do Direito Romano”,
nas, logo, o Périplo Africano começa a ser montado onde as novas rotas e caminhos encontrados per-
por Portugal. Um detalhe é que Lisboa era um porto tenciam a quem os descobriu.
prático para quem adentrava aos mares nórdicos,
isso faz com que os portugueses tenham um conta- Em 1492 Colombo chega a América. Em 1620 temos
His. 68
to forte com toda cultura náutica. início a Companhia das Índias Ocidentais, adminis-
trada pela Holanda, dominando o frete dos mares.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas
a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até en-
tão:
His. 69
3.
No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia
Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não
sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante
deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem-
-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensi-
nado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”.
(ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade
urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997.)
His. 70
ploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do
período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima
de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedica-
vam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na
costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte
náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continen-
te africano.
5.
“Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica
do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia
da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas
começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da
história portuguesa tão ou mais importantes.”
His. 71
esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R.
História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001
2.
O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes
no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das
Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época
passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala
no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro,
chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Pau-
lo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto es-
colhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de
3.
“A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano,
a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a
repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de
outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques
muçulmanos à cristandade da Península Ibérica.”
João Lúcio de Azevedo. “Época de Portugal econômico: esboços históri-
cos”
His. 72
da Península Ibérica.
b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvi-
mento das navegações portuguesas.
c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para ex-
pulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano.
d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para do-
minar as rotas comerciais africanas.
e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a
expansão comercial e religiosa de Portugal.
4.
Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes Navega-
ções, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes.
A expansão ultramarina acarretou o(a):
a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.
His. 73
6.
No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal
teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supre-
macia comercial na Europa. Todavia “em meio da aparente prosperidade, a
nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem
para alguns particulares (...)
Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássi-
ca Editora, pág.180
His. 74
8.
O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins
da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupa-
do pelos mouros “andou atrás” de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores
decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO:
9.
Foram inúmeras as consequências da expansão ultramarina dos europeus, ge-
rando uma radical transformação no panorama da história da humanidade. So-
bressai como UMA importante consequência:
His. 75
Gadus morhua – Bacalhau Norueguês
02.
Exercício de casa
1. a
2. a
3. e
4. d
5. a
6. b
7. a
His. 76
8. b
9. a
Lit. Semana 3
Diogo Mendes
(Maria Carolina)
11:00
21:00
11:00
21:00
11:00
21:00
24
Gêneros fev
Literários
Lírico e ensaístico
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Gênero Lírico e a criatividade para fundamentar as suas reflexões.
O gênero lírico é o mais poético dos gêneros. Os Em geral, é um texto mais explorado no meio acadê-
textos possuem expressividade e as palavras, geral- mico, pois visa avaliar a maneira que o produtor do
mente, trazem marcas de musicalidade, além disso, texto apresenta seu ponto de vista sobre um deter-
há um forte direcionamento às emoções do eu lírico, minado tema.
que representa a voz do texto. É comum a presen-
ça de figuras de linguagens, verbos e pronomes na Para entender melhor, leia abaixo, um pequeno tre-
1ª pessoa, a subjetividade e o sentido conotativo da cho de um texto acadêmico do autor Paulo Cezar
linguagem. Konzen, que realizou um ensaio intitulado “Ensaios
sobre a arte da Palavra”. O trecho a seguir apresen-
Leia, abaixo, um poema de Álvares de Azevedo e ob- ta a construção da fundamentação do autor sobre o
serve a sensibilidade do eu lírico: carnaval:
80
E tanta vida que meu peito enchia sentando diversas variantes, segundo os povos e as
Morreu na minha triste mocidade! épocas.
Nesse espetáculo, geralmente sem palco e sem se-
Misérrimo! votei meus pobres dias paração entre atores e espectadores, todos parti-
Lit.
À sina doida de um amor sem fruto... cipam ativamente. Quando as leis do carnaval es-
E minh’alma na treva agora dorme tão em vigor, todos se submetem a elas, aceitando
Como um olhar que a morte envolve em luto. uma forma de vida inabitual, espaço propício para
o questionamento das mais dimensões dos valores
Que me resta, meu Deus?!... morra comigo nas sociedades.”
A estrela de meus cândidos amores, Fonte: http://www.unioeste.br/editora/pdf/
Já que não levo no meu peito morto paulo_konzen_palavra_thesis_protegido.pdf
Um punhado sequer de murchas flores!”
Gênero Ensaístico
O ensaio é um tipo de gênero literário em que o au-
tor apresenta suas reflexões e impressões acerca de
um determinado tema. Por ser um texto de cunho
opinativo, faz-se preciso defender uma tese e utili-
zar estratégias argumentativas que validem as ideias
apresentadas. Utiliza-se uma linguagem simples, há
diversos temas que podem ser abordados, sua escri-
ta é menos formal e o autor deve explorar a autoria
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Primeira lição
81
Era declamada junto à fogueira onde o cadáver era incinerado.
Endecha é uma poesia que revela as dores do coração.
Epitáfio é um pequeno verso gravado em pedras tumulares.
Epicédio é uma poesia onde o poeta relata a vida de uma pessoa morta.
Lit.
CESAR, A. C. Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
2.
Os poemas
O texto é todo construído por meio do emprego de uma figura de estilo. Essa fi-
gura é denominada de:
a) elipse
b) metáfora
c) metonímia
d) personificação
3.
Anoitecer
A Dolores
82
uivando escuro segredo;
desta hora tenho medo.
[...]
É a hora do descanso,
Lit.
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono,
depois de tanto rodar;
pede paz – morte – mergulho
no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo.
Hora de delicadeza,
agasalho, sombra, silêncio.
Haverá disso no mundo?
É antes a hora dos corvos,
bicando em mim,
meu passado, meu futuro, meu degredo;
desta hora, sim, tenho medo.
ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005 (fragmento).
Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro “A rosa do povo” re-
vela desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica de-
monstra um(a)
[...]
quando a geração de meu pai
batia na minha
a minha achava que era normal
que a geração de cima
só podia educar a de baixo
batendo
83
tendo errado quando apanhou da de cima
e errado quando bateu na de baixo
Lit.
éramos todos inocentes.
WANDERLEY, J. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros
do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento).
2.
Soneto de fidelidade
84
3.
Casamento
Lit.
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
85
za agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos.
d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis,
põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes
africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo.
Lit.
e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são
romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a proble-
mática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida
pelo Estado Novo.
5.
Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles:
Reinvenção
6.
Cântico VI
86
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Lit.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento).
(Ferreira Gullar)
87
Leia abaixo, um dos poemas do autor e, a partir de suas impressões, explique o
posicionamento da voz lírica em relação à temática abordada.
Lit.
Poema Brasileiro
No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes
de completar
8 anos de idade
02.
ciando a desigualdade, a falta de mobilização políti-
ca para transformar esse cenário e a pobreza.
Exercício de casa
1. b
2. d
3. e
4. c
5. b
6. a
88
Lit.
Mat. Semana 3
PC Sampaio
Alex Amaral
Gabriel Ritter
(Allan Pinho)
10/02 Introdução
ao Estudo de
Conjuntos
8:00
18:00
08:00 11:00
18:00 21:00
17/02 Grandezas
Proporcionais e
Escala
08:00
18:00
23/02 Grandezas Regra de Três
Proporcionais Simples
e Escala -
Continuação
08:00 11:00
18:00 21:00
08:00
18:00
23
Revisão de fev
grandezas
proporcionais e
escala
01. Exercícios de Aula
02. Exercícios de Casa
03. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Para a construção de isolamento acústico numa parede cuja área mede 9 m², sa-
be-se que, se a fonte sonora estiver a 3 m do plano da parede, o custo é de R$
500,00. Nesse tipo de isolamento, a espessura do material que reveste a parede
é inversamente proporcional ao quadrado da distância até a fonte sonora, e o
custo é diretamente proporcional ao volume do material do revestimento. Uma
expressão que fornece o custo para revestir uma parede de área A (em metro
quadrado), situada a D metros da fonte sonora, é
a) 500.81/(A.D²)
b) (500.A)/D²
c) (500.D²)/A
d) (500.A.D)/81
e) (500.3.D²)/A
2.
Em uma empresa de móveis, um cliente encomenda um guarda-roupa nas di-
mensões 220 cm de altura, 120 cm de largura e 50 cm de profundidade. Alguns
dias depois, o projetista, com o desenho elaborado na escala 1 : 8, entra em con-
Mat. 93
tato com o cliente para fazer sua apresentação. No momento da impressão, o
profissional percebe que o desenho não caberia na folha de papel que costuma-
va usar. Para resolver o problema, configurou a impressora para que a figura fos-
se reduzida em 20%. A altura, a largura e a profundidade do desenho impresso
para a apresentação serão, respectivamente,
3.
A resistência elétrica e as dimensões do condutor
A relação da resistência elétrica com as dimensões do condutor foi estudada por
um grupo de cientistas por meio de vários experimentos de eletricidade. Eles ve-
rificaram que existe proporcionalidade entre resistência (R) e comprimento (ℓ ),
dada a mesma secção transversal (A) resistência (R) e área da secção transversal
(A), dado o mesmo comprimento (ℓ) comprimento (ℓ) e área da secção transversal
(A), dada a mesma resistência (R).
4.
Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no esta-
do de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2 000
km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a distância
entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm.
Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de
a) 1 : 250.
b) 1 : 2 500.
c) 1 : 25 000.
d) 1 : 250 000.
Mat. 94
e) 1 : 25 000 000.
5.
A resistência mecânica S de uma viga de madeira, em forma de um paralelepípe-
do retângulo, é diretamente proporcional à sua largura (b) e ao quadrado de sua
altura (d) e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os supor-
tes da viga, que coincide com o seu comprimento (x), conforme ilustra a figura. A
constante de proporcionalidade k é chamada de resistência da viga.
BUSHAW, D. et al.
Aplicações da matemática
escolar. São Paulo: Atual,
1997.(Foto: Reprodução/
Enem)
k .b.d ²
a) S=
x²
k .b.d
b) S=
x²
k .b.d ²
c) S=
x
k .b ².d
d) S=
x
k .b.2d
e) S=
2x
6.
. O veículo terrestre mais veloz já fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que
está sendo preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele é mais veloz
do que o Concorde, um dos aviões de passageiros mais rápidos já feitos, que al-
cança 2 330 km/h.
Mat. 95
BASILIO, A. Galileu, mar. 2012 (adaptado).
Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo da diferença, em
minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Concorde, em suas
velocidades máximas, é
a)0,1.
b) 0,7.
c) 6,0.
d)11,2.
e) 40,2.
7.
Na construção de um conjunto habitacional de casas populares, todas serão fei-
tas num mesmo modelo, ocupando, cada uma delas, terrenos cujas dimensões
são iguais a 20 m de comprimento por 8 m de largura. Visando a comercialização
dessas casas, antes do início das obras, a empresa resolveu apresentá-las por
meio de maquetes construídas numa escala de 1 : 200.
a) 4 e 10.
b) 5 e 2.
c) 10 e 4.
d) 20 e 8.
e) 50 e 20.
8.
Há um novo impulso para produzir combustível a partir de gordura animal.
Em abril, a High Plains Bioenergy inaugurou uma biorrefinaria próxima a
uma fábrica de processamento de carne suína em Guymon, Oklahoma. A
refinaria converte a gordura do porco, juntamente com o o óleo vegetal, em
biodiesel. A expectativa da fábrica é transformar 14 milhões de quilogramas
de banha em 112 milhões de litros de biodiesel.
Revista Scientific American. Brasil, ago. 2009 (adaptado).
Considere que haja uma proporção direta entre a massa de banha transformada
e o volume de biodiesel produzido. Para produzir 48 milhões de litros de biodie-
sel, a massa de banha necessária, em quilogramas, será de, aproximadamente:
a) 6 milhões.
b) 33 milhões.
c) 78 milhões.
d) 146 milhões.
e) 384 milhões.
9.
Um biólogo mediu a altura de cinco árvores distintas e representou-as em uma
mesma malha quadriculada, utilizando escalas diferentes, conforme indicações
Mat. 96
na figura a seguir.
a)I
b)II
c)III
d)IV
e) V
10.
A suspeita de que haveria uma relação causal entre tabagismo e câncer de pul-
mão foi levantada pela primeira vez a partir de observações clinicas. Para testar
essa possível associação, foram conduzidos inúmeros estudos epidemiológicos.
Dentre esses, houve o estudo do número de casos de câncer em relação ao nú-
mero de cigarros consumidos por dia, cujos resultados são mostrados no gráfico
a seguir.
De acordo com as informações do gráfico,
Mat. 97
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
O hábito de comer um prato de folhas todo dia faz proezas para o corpo. Uma
das formas de variar o sabor das saladas é experimentar diferentes molhos. Um
molho de iogurte com mostarda contém 2 colheres de sopa de iogurte desnata-
do, 1 colher de sopa de mostarda, 4 colheres de sopa de água, 2 colheres de sopa
de azeite.Considerando que uma colher de sopa equivale a aproximadamente
15 mL, qual é o número máximo de doses desse molho que se faz utilizando 1,5
L de azeite e mantendo a proporcionalidade das quantidades dos demais ingre-
dientes?
a)5
b)20
c)50
d)200
e)500
2.
Um jornaleiro irá receber 21 revistas. Cada uma terá um carrinho na escala de
1:43 do tamanho real acompanhando-a em caixinha à parte. Os carrinhos são
embalados com folga de 0,5 cm nas laterais, como indicado na figura. Assim, o
jornaleiro reservou três prateleiras com 95 cm de comprimento por 7 cm de lar-
gura, onde as caixas serão acomodadas de forma a caberem inteiramente dentro
de cada prateleira. Além disso, sabe-se que os carrinhos são cópias dos modelos
reais que possuem 387 cm de comprimento por 172 cm de largura.
Quantos carrinhos, no máximo, cabem em cada uma das prateleiras?
a) 2
b) 3
c) 7
d) 9
e) 10
3.
José, Carlos e Paulo devem transportar em suas bicicletas uma certa quantidade
Mat. 98
de laranjas. Decidiram dividir o trajeto a ser percorrido em duas partes, sendo
que ao final da primeira parte eles redistribuiriam a quantidade de laranjas que
cada um carregava dependendo do cansaço de cada um. Na primeira parte do
trajeto José, Carlos e Paulo dividiram as laranjas na proporção 6:5:4, respectiva-
mente. Na segunda parte do trajeto José, Carlos e Paulo dividiram as laranjas na
proporção 4:4:2, respectivamente. Sabendo-se que um deles levou 50 laranjas a
mais no segundo trajeto, qual a quantidade de laranjas que José, Carlos e Paulo,
nessa ordem, transportaram na segunda parte do trajeto?
4.
Pedro ganhou R$ 360 000,00 em uma loteria federal e resolveu dividir integral-
mente o prêmio entre os seus três filhos, Ana, Renato e Carlos, de forma que
cada um receba uma quantia que seja inversamente proporcional às suas idades.
Sabendo que Ana tem 4 anos, Renato, 5 anos e Carlos, 20 anos, eles receberão,
respectivamente:
a) 0,1138 e 0,0165.
b) 0,1138 e 0,165.
c) 1,138 e 0,165.
d) 11380 e 1 650.
e) 1138 000 e 165 000.
6.
Sabe-se que o valor cobrado na conta de energia elétrica correspondente ao uso
de cada eletrodoméstico é diretamente proporcional à potência utilizada pelo
aparelho, medida em watts (W), e também ao tempo que esse aparelho perma-
nece ligado durante o mês. Certo consumidor possui um chuveiro elétrico com
Mat. 99
potência máxima de 3 600 W e um televisor com potência máxima de 100 W.
Em certo mês, a família do consumidor utilizou esse chuveiro elétrico durante
um tempo total de 5 horas e esse televisor durante um tempo total de 60 horas,
ambos em suas potências máximas.
Qual a razão entre o valor cobrado pelo uso do chuveiro e o valor cobrado pelo
uso do televisor?
a) 1 : 1 200
b) 1 : 12
c) 3 : 1
d) 36 : 1
e) 432 : 1
7.
Uma fábrica vende pizzas congeladas de tamanhos médio e grande, cujos diâ-
metros são respectivamente 30 cm e 40 cm. Fabricam-se apenas pizzas de sa-
bor muçarela. Sabe-se que o custo com os ingredientes para a preparação é di-
retamente proporcional ao quadrado do diâmetro da pizza, e que na de tamanho
médio esse custo é R$ 1,80. Além disso, todas possuem um custo fixo de R$3,80,
referente às demais despesas da fábrica. Sabe-se ainda que a fábrica deseja lu-
crar R$ 2,50 em cada pizza grande.
Qual é o preço que a fábrica deve cobrar pela pizza grande, a fim de obter o lu-
cro desejado?
a) R$ 5,70
b) R$ 6,20
c) R$ 7,30
d) R$ 7,90
e) R$ 8,70
8.
A Figura 1 representa uma gravura retangular com 8 m de comprimento e 6 m de
altura.
Figura 2
Mat. 100
A reprodução da gravura deve ocupar o máximo possível da região disponível,
mantendo-se as proporções da Figura 1.
PRADO, A. C. Superinteressante, ed. 301, fev. 2012 (adaptado).
a) 1:3
b) 1:4
c) 1:20
d) 1:25
e) 1 : 32
QUESTÃO CONTEXTO
Estrela da Morte custaria US$ 7,7 octilhões para operar por dia
Mat. 101
arma definitiva do Império em “Guerra nas Estrelas”. De acordo com a es-
timativa da Ovo Energy, o custo seria de US$ 7,7 octilhões por dia, um valor
que não vale nem a pena converter para real.
Para se ter uma ideia do tamanho desse número, ele representa 30 trilhões
de vezes todo o dinheiro que existe no planeta Terra (cerca de US$ 200 tri-
lhões). “Rogue One”, um prólogo de “Guerra nas Estrelas”, conta a história
de um grupo de rebeldes que se reúne para roubar os planos de construção
da Estrela da Morte.
Para chegar a esse número, a Ovo Energy chamou Alexander Barnett, pro-
fessor de matemática da Universidade de Dartmouth, e Stephen Skolnick,
editor do “Physics Central”. Para o cálculo, eles levaram em conta uma equi-
pe de 2,,06 milhões de funcionários, sendo quase 26 mil stormtroopers. A
partir daí, pensaram em detalhes como alimentação de todo esse pessoal,
iluminação, lavanderia e reciclagem de lixo.
http://oglobo.globo. Se apenas para deixar as luzes acessas a Estrela da Morte custaria mais
com/cultura/filmes/
estrela-da-morte-
de US$ 50 bilhões por dia, os custos chegam à estratosfera quando eles in-
custaria-us-77-octilhoes- cluem o laser com capacidade de destruir planetas e a capacidade da esta-
para-operar-por-dia-1-
20571991#ixzz4YPCKKtqN ção de viajar no hiperspespaço.
02.
Exercícios para casa
1. c
Mat. 102
2. d
3. b
4. d
5. c
6. c
7. e
8. d
23
Regra de fev
três simples
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A regra de três é o processo pelo qual podemos re-
lacionar duas grandezas, sejam elas diretamente ou
1 → 20
inversamente proporcionais. É comum termos 3 va- multiplicando cruzado x= 2.20 ⇒ x= 40
2→x
lores e precisarmos encontrar o quarto valor.
Exemplo. Se em uma banca de jornal vende em uma
semana 20 revistas em duas semanas venderá quan- Logo terá vendido 40 revistas.
tas?
EXERCÍCIOS DE AULA
Mat. 104
1.
Uma mãe recorreu à bula para verificar a dosagem de um remédio que precisava
dar a seu filho. Na bula, recomendava-se a seguinte dosagem: 5 gotas para cada
2 kg de massa corporal a cada 8 horas. Se a mãe ministrou corretamente 30 gotas
do remédio a seu filho a cada 8 horas, então a massa corporal dele é de
a) 12 kg
b) 16 kg
c) 24 kg
d) 36 kg
e) 75 kg
2.
Cinco marcas de pão integral apresentam as seguintes concentrações de fibras
(massa de fibra por massa de pão):
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
3.
A London Eye é uma enorme roda-gigante na capital inglesa. Por ser um dos mo-
numentos construídos para celebrar a entrada do terceiro milênio, ela também
é conhecida como Roda do Milênio. Um turista brasileiro, em visita à Inglaterra,
perguntou a um londrino o diâmetro (destacado na imagem) da Roda do Milênio
e ele respondeu que ele tem 443 pés.
Não habituado com a unidade pé, e querendo satisfazer sua curiosidade, esse
turista consultou um manual de unidades de medidas e constatou que 1 pé equi-
Mat. 105
vale a 12 polegadas, e que 1 polegada equivale a 2,54 cm. Após alguns cálculos
de conversão, o turista ficou surpreendido com o resultado obtido em metros.
Qual a medida que mais se aproxima do diâmetro da Roda do Milênio, em metro?
a) 3
b) 94
c) 113
d) 135
e) 145
a)2
b)3
c)4
d)6
e)8
5.
Um produtor de maracujá usa uma caixa-d’água, com volume V, para alimentar o
sistema de irrigação de seu pomar. O sistema capta água através de um furo no
fundo da caixa a uma vazão constante. Com a caixa-d’água cheia, o sistema foi
acionado às 7 h da manhã de segunda-feira. Às 13 h do mesmo dia, verificou-se
que já haviam sido usados 15% do volume da água existente na caixa. Um dispo-
sitivo eletrônico interrompe o funcionamento do sistema quando o volume res-
tante na caixa é de 5% do volume total, para reabastecimento.
Supondo que o sistema funcione sem falhas, a que horas o dispositivo eletrônico
interromperá o funcionamento?
a) Às 15 h de segunda-feira.
b) Às 11 h de terça-feira.
c) Às 14 h de terça-feira.
d) Às 4 h de quarta-feira.
e) Às 21 h de terça-feira.
Mat. 106
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
O veículo terrestre mais veloz já fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que
está sendo preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele é mais
veloz do que o Concorde, um dos aviões de passageiros mais rápidos já fei-
tos, que alcança 2 330 km/h.
Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo da diferença, em
minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Concorde, em suas
velocidades máximas, é
a) 0,1.
b) 0,7.
c) 6,0.
d) 11,2.
e) 40,2.
2.
A insulina é utilizada no tratamento de pacientes com diabetes para o contro-
le glicêmico. Para facilitar sua aplicação, foi desenvolvida uma “caneta” na qual
pode ser inserido um refil contendo 3mL de insulina como mostra a imagem.
Para controle das aplicações, definiu-se a unidade de insulina como 0,01 mL. An-
tes de cada aplicação, é necessário descartar 2 unidades de insulina, de forma
a retirar possíveis bolhas de ar. A um paciente foram prescritas duas aplicações
diárias: 10 unidades de insulina pela manhã e 10 à noite.
Qual o número máximo de aplicações por refil que o paciente poderá utilizar com
a dosagem prescrita?
a) 25
b) 15
c) 13
Mat. 107
d) 12
e) 8
3.
Alguns medicamentos para felinos são administrados com base na superfície
corporal do animal. Foi receitado a um felino pesando 3,0 kg um medicamento
na dosagem diária de 250 mg por metro quadrado de superfície corporal.
a) 0,624.
b) 52,0.
c) 156,0.
d) 750,0.
e) 1 201,9.
4.
Um anel contém 15 gramas de ouro 16 quilates. Isso significa que o anel contém
10 g de ouro puro e 5 g de uma liga metálica. Sabe-se que o ouro é considera-
do 18 quilates se há a proporção de 3 g de ouro puro para 1 g de liga metálica.
Para transformar esse anel de ouro 16 quilates em outro de 18 quilates, é preciso
acrescentar a seguinte quantidade, em gramas, de ouro puro:
a) 6
b) 5
c) 4
d) 3
5.
Uma empresa tem 750 empregados e comprou marmitas individuais congeladas
suficientes para o almoço deles durante 25 dias. Se essa empresa tivesse mais
500 empregados, a quantidade de marmitas já adquiridas seria suficiente para
um número de dias igual a:
a) 10
b) 12
c) 15
Mat. 108
d) 18
6.
Diariamente, uma residência consome 20 160 Wh. Essa residência possui 100
células solares retangulares (dispositivos capazes de converter a luz solar em
energia elétrica) de dimensões 6 cm x 8 cm. Cada uma das tais células produz,
ao longo do dia, 24 Wh por centímetro de diagonal. O proprietário dessa resi-
dência quer produzir, por dia, exatamente a mesma quantidade de energia que
sua casa consome.
Qual deve ser a ação desse proprietário para que ele atinja o seu objetivo?
a) Retirar 16 células.
b) Retirar 40 células.
c) Acrescentar 5 células.
d) Acrescentar 20 células.
e) Acrescentar 40 células.
7.
Durante uma epidemia de uma gripe viral, o secretário de saúde de um municí-
pio comprou 16 galões de álcool em gel, com 4 litros de capacidade cada um,
para distribuir igualmente em recipientes para 10 escolas públicas do
município. O fornecedor dispõe à venda diversos tipos de recipientes, com suas
respectivas capacidades listadas:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
8.
Um paciente necessita de reidratação endovenosa feita por meio de cinco fras-
cos de soro durante 24 h. Cada frasco tem um volume de 800 mL de soro. Nas
primeiras quatro horas, deverá receber 40% do total a ser aplicado. Cada milili-
tro de soro corresponde a 12 gotas. O número de gotas por minuto que o pacien-
te deverá receber após as quatro primeiras horas será
a) 16.
b) 20.
Mat. 109
c) 24.
d) 34.
e) 40.
QUESTÃO CONTEXTO
Calvin está empenhado em ser o maior matemático da sua sala. Para isso, sabe
que precisará fazer muitos exercícios. Sua professora disse que para conseguir o
feito ele terá que acertar mais questões que seus colegas, que costumam acer-
tar 85% dos exercícios. Sabendo que Calvin atualmente acerta 40% dos exercí-
cios estudando 2 horas por dia e que a relação entre estudo e acertos seja direta-
mente proporcional, pelos menos quantas horas a mais Calvin precisará estudar
para acertar 90% dos exercícios?
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a 2 horas e meia a mais.
2. b
3. d
4. b
5. e
02.
Exercícios para casa
1. c
2. a
3. b
4. b
5. c
6. a
Mat. 110
7. c
8. c
24
Regra de fev
três composta
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Para entender sobre regra de três composta veja- No exemplo acima, todas as grandezas eram direta-
mos o exemplo a seguir : mente proporcionais. Vamos estudar agora quando
existem grandezas que são inversamente proporcio-
Esse é um problema que envolve uma grande- nais .
za (quantidade de fio) proporcional as outras duas
(comprimento do tecido e largura do tecido). Para Ex: Para alimentar 12 porcos durante 20 dias são ne-
resolver esse problema, vamos utilizar a regra de cessários 400 kilos de farelo. Quantos porcos po-
três composta. dem ser alimentados com 600 kg de farelo durante
24 dias ?
Ex:Para confeccionar 1.600 metros de tecido
com largura de 1,80m a tecelagem Nortefabril Temos que:
S.A. consome 320kg de fio. Qual é a quantidade
de fio necessária para produzir 2.100 metros do
mesmo tecido com largura de 1,50 m?
Mat. 112
Podemos verificar que :
→ A é diretamente proporcional a B. (pois se au-
mentarmos o comprimento, precisamos de mais Podemos concluir que :
quantidade de fio).
→ A é diretamente proporcional a B. (Pois se aumen-
→ A é diretamente proporcional a C. (pois se au- tarmos a quantidade de farelo mais porcos poderão
mentarmos a largura, precisamos de mais quan- se alimentar)
tidade de fio).
→ A é inversamente proporcional a C.(Pois se au-
Portanto : 320 1600 1,80 mentarmos o número de dias menos porcos pode-
= . rão se alimentar). Portanto temos que inverter a ra-
x 2100 1,50
zão de número de dias).
320 2880
→ .
x 3150 Então : 12 400 24
3150.320 =.
→x = x 600 20
2880 12 9600
→x = 350 →= ∴
= x 15
x 12000
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Uma escola lançou uma campanha para seus alunos arrecadarem, durante 30
dias, alimentos não perecíveis para doar a uma comunidade carente da região.
Vinte alunos aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias trabalharam 3 horas di-
árias, arrecadando 12 kg de alimentos por dia. Animados com os resultados, 30
novos alunos somaram-se ao grupo, e passaram a trabalhar 4 horas por dia nos
dias seguintes até o término da campanha.
a) 920 kg.
b) 800 kg.
c) 720 kg.
d) 600 kg.
e) 570 kg.
Mat. 113
2.
Uma indústria tem um reservatório de água com capacidade para 900 m³. Quan-
do há necessidade de limpeza do reservatório, toda a água precisa ser escoada.
O escoamento da água é feito por seis ralos, e dura 6 horas quando o reservató-
rio está cheio. Esta indústria construirá um novo reservatório, com capacidade
de 500 m³, cujo escoamento da água deverá ser realizado em 4 horas, quando o
reservatório estiver cheio. Os ralos utilizados no novo reservatório deverão ser
idênticos aos do já existente. A quantidade de ralos do novo reservatório deverá
ser igual a
a) 2.
b) 4.
c) 5.
d) 8.
e) 9.
3.
Sabe-se que 4 máquinas, operando 4 horas por dia, durante 4 dias, produzem 4
toneladas de certo produto Quantas toneladas do mesmo produto seriam pro-
duzidas por 6 máquinas daquele tipo, operando 6 horas por dia, durante 6 dias?
a) 8
b) 15
c) 10,5
d) 13,5
4.
Os desabamentos, em sua maioria, são causados por grande acúmulo de lixo
nas encostas dos morros. Se 10 pessoas retiram 135 toneladas de lixo em 9 dias,
quantas toneladas serão retiradas por 40 pessoas em 30 dias ?
a) 1500 toneladas
b) 1800 toneladas
c) 2000 toneladas
d) 2200 toneladas
5.
Em uma fábrica, constatou-se que eram necessários 8 dias para produzir certo
nº de aparelhos, utilizando-se os serviços de 7 operários, trabalhando 3 horas a
cada dia. Para reduzir a dois dias o tempo de produção, é necessário:
a) triplicar o nº de operários
b) triplicar o nº de horas trabalhadas por dia
c) triplicar o nº de horas trabalhadas por dia e o nº de operários
d) duplicar o nº de operários
e) duplicar o nº de operários e o número de horas trabalhadas por dia.
Mat. 114
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Operando 12 horas por dia horas, 20 máquinas produzem 6000 peças em 6 dias.
Com 4 horas a menos de trabalho diário, 15 daquelas máquinas produzirão 4.000
peças em:
a) 8 dias
b) 9 dias
c) 9 dias e 6 horas.
d) 8 dias e 12 horas.
2.
Uma obra será executada por 13 operários (de mesma capacidade de trabalho)
trabalhando durante 11 dias com jornada de trabalho de 6 horas por dia. Decorri-
dos 8 dias do início da obra 3 operários adoeceram e a obra deverá ser concluída
pelos operários restantes no prazo estabelecido anteriormente. Qual deverá ser
a jornada diária de trabalho dos operários restantes nos dias que faltam para a
conclusão da obra no prazo previsto?
a) 7h 42 min
b) 7h 44 min
c) 7h 46 min
d) 7h 48 min
e) 7h 50 min
3.
Com 16 máquinas de costura aprontaram 720 uniformes em 6 dias de trabalho.
Quantas máquinas serão necessárias para confeccionar 2.160 uniformes em 24
dias?
a) 12 máquinas
b) 15 máquinas
c) 18 máquinas
d) 20 máquinas
4.
Três máquinas imprimem 9.000 cartazes em uma dúzia de dias. Em quantos dias
8/3 dessas máquinas imprimem 4/3 dos cartazes, trabalhando o mesmo número
de horas por dia?
a) 4 dias.
b) 6 dias.
c) 9 dias.
d) 12 dias
Mat. 115
5.
Em um prédio, 6 pintores pintam uma área de 300m² em 2 horas. Quantos pinto-
res, trabalhando no mesmo ritmo que os outros, são necessários para pintar uma
área de 400m² em 1 hora?
6.
Lúcia viajou de automóvel durante 6 dias, dirigindo 6 horas por dia, com veloci-
dade média de 80km/h. determine quantos dias duraria a viagem de Lúcia se ela
dirigisse durante 8 horas por dia à velocidade média de 90km/h.
7.
Uma loja dispõe de 20 balconistas que trabalham 8 horas por dia. Os salários
mensais desses balconistas perfazem o total de R$28.000,00. Quanto a loja gas-
tará por mês, se passar a ter 30 balconistas trabalhando 5 horas por dia?
8.
Um feirante tinha uma cesta de ovos para vender e atendeu sucessivamente três
fregueses. Cada freguês levou a metade dos ovos e mais meio ovo do total de
ovos existentes na cesta. Se o feirante não precisou quebrar nenhum ovo e so-
braram 10 ovos na cesta, quantos ovos havia inicialmente?
QUESTÃO CONTEXTO
O halterofilismo ou a halterofilia, levantamento de peso(s), ou ainda, levan-
tamento de peso olímpico (LPO), é um desporto cujo objetivo é levantar a
maior quantidade de peso possível, do chão até sobre a cabeça, numa barra
em que são fixados pesos.
Mat. 116
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a Aproximadamente 158 kg
2. c
3. d
4. b
5. e
02.
Exercícios para casa
1. a
2. d
3. a
4. b
5. 16 pintores
6. 4 dias
7. R$26.250,00
8. 87 ovos
Por. Semana 3
Eduardo Valladares
(Bernardo Soares)
09:15
19:15
09:15
19:15
09:15
19:15
20
Análise de fev
Texto e Fenô-
menos Linguís-
ticos
Ambiguidade, polissemia, tipos de
discurso e intertextualidade
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Ambiguidade e Polissemia Intertextualidade
A ambiguidade acontece quando ocorre um du- É a influência de um texto sobre outro que o toma
plo sentido na frase. Por exemplo, “O computa- como modelo ou ponto de partida; utilização de
dor tornou-se um aliado do homem, mas esse uma multiplicidade de textos ou de partes de
nem sempre realiza todas as suas tarefas.” (as textos preexistentes de um ou mais autores, de
palavras “esse” e “suas” podem referir-se tanto a que resulta a elaboração de um novo texto lite-
“computador” quanto a “homem”) rário. Por exemplo, as propagandas da Hortifruti
que utilizam nomes de filmes, ou trechos de mú-
A polissemia é a pluralidade significativa de um sica para elaborarem a publicidade da empresa.
mesmo significante, isto é, a capacidade que o
próprio vocábulo possui de assumir várias signi-
ficações, somente definidas dentro de um deter-
minado contexto. Por exemplo:
“No meio do caminho tinha uma pedra” (Carlos
Drummond de Andrade)
PEDRA = fragmento mineral ou problema, con-
Por. 120
tratempo.
Tipos de discurso
Discurso direto: a fala do personagem é reprodu-
zida de forma fiel e literal. Exemplo:
Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu
com tom de simpatia.
→ Citação: é uma transcrição do outro texto marca- → Paródia: é uma forma de intertextualidade em
da por aspas ou itálico para mostrar que o trecho ou que se observa a manutenção de estruturas e ex-
o texto citado foi tirado de outra fonte. pressões do texto original, acompanhada por altera-
ção de sentido, com intuito crítico, irônico.
→ Epígrafe: (do grego epi = posição superior + gra-
phé = escrita): é uma citação que inicia um texto. → Hipertexto: é a leitura não linear, intimamente
relacionada ao mundo tecnológico. Em uma página
→ Paráfrase: é a reprodução das ideias de um texto. na internet, por exemplo, podemos ser remetidos a
Na paráfrase, sempre se mantêm os conteúdos do uma outra, através de um link, já que a tecnologia
texto original, mas elas são acrescidas de comentá- nos permite uma outra forma de ler.
rios e impressões. Pode-se dizer que parafrasear é
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Por. 121
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações
visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida re-
corre à
Por. 122
a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavore-
ce o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente.
b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura,
pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional.
c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evi-
tado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares.
d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e ver-
dadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet.
e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequ-
ência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborati-
va.
3.
Texto 1
No meio do caminho
No meio do caminho tinha
uma pedra
Tinha uma pedra no meio
do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha
uma pedra
ANDRADE, C. D. Antologia poética.
Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
Texto 2
Por. 123
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tor-
nam uma réplica do texto 1.
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como
pertencentes ao mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, fo-
ram elaborados com finalidades distintas.
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-
-los como pertencentes ao mesmo gênero.
4.
Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português
Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde
2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava bo-
letins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para
anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P.,
um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de In-
frações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que
passou mal e morreu a caminho do hospital.
5.
Certa vez, eu jogava uma partida de sinuca, e só havia a bola sete na mesa.
De modo que a mastiguei lentamente saboreando-lhe os bocados com pra-
zer. Refiro-me à refeição que havia pedido ao garçom. Dei-lhe duas taca-
das na cara. Estou me referindo à bola. Em seguida, saí montando nela e a
égua, de que estou falando agora, chegou calmamente à fazenda de minha
mãe. Fui encontrá-la morta na mesa, meu irmão comia-lhe uma perna com
prazer e ofereceu-me um pedaço: “Obrigado”, disse eu, “já comi galinha no
almoço”.
Por. 124
Logo em seguida, chegou minha mulher e deu-me na cara. Um beijo, digo.
Dei-lhe um abraço. Fazia calor. Daí a pouco minha camisa estava inteira-
mente molhada. Refiro-me a que estava na corda secando, quando começou
a chover. Minha sogra apareceu para apanhar a camisa.
Não tive remédio senão esmagá-la com o pé. Estou falando da barata que ia
trepando na cadeira.
Malaquias, meu primo, vivia com uma velha de oitenta anos. A velha era sua
avó, esclareço. Malaquias tinha dezoito filhos, mas nunca se casou. Isto é,
nunca se casou com uma mulher que durasse mais de um ano. Agora, senta-
do à nossa frente, Malaquias fura o coração com uma faca. Depois corta as
pernas e o sangue do porco enche a bacia.
Nesse texto, o autor reorienta o leitor no processo de leitura, usando como recur-
so expressões como “refiro-me/me refiro”, “estou me referindo”, “de que estou
falando agora”, “digo”, “estou falando da”, “esclareço”, “isto é”. Todas elas são ex-
pressões linguísticas introdutoras de paráfrases, que servem para
a) confirmar.
b) contradizer.
c) destacar.
d) retificar.
e) sintetizar.
EXERCÍCIO DE CASA
1.
TEXTO A
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Por. 125
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
TEXTO B
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo.
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Cfrculo
do Livro. s/d.
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam
o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisan-
do-os, conclui-se que:
2.
Por. 126
Jornal Zero Hora, 2 mar.
2006.
Por. 127
e) informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos.
4.
Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com
passagens lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo cons-
tante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes
textos:
TEXTO 1
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche na vida”
TEXTO 2
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
BUARQUE, Chico. Letra e música.
São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
a) reiteração de imagens
b) oposição de ideias
c) falta de criatividade
d) negação dos versos
e) ausência de recursos
5.
Por. 128
O efeito humorístico da tirinha foi produzido:
Por. 129
7.
O hipertexto permite – ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exi-
ge – a participação de diversos autores na sua construção, a redefinição
dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos tradicionais de leitura
e de escrita. Por seu enorme potencial para se estabelecerem conexões, ele
facilita o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o estabelecimento
da comunicação e a aquisição de informação de maneira cooperativa.
Por. 130
a) repetição vocabular para facilitar o entendimento.
b) palavras e construções que evitem ambiguidade.
c) expressões informais para apresentar os direitos.
d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.
e) exemplificações que auxiliem a compreensão dos conceitos formulados.
QUESTÃO CONTEXTO
A polissemia é a multiplicidade de sentidos de uma palavra e para entendermos
seu significado real, precisamos entender o contexto em que está inserida. A ti-
rinha abaixo é um caso de polissemia por causa da palavra “vendo”. Explique os
dois sentidos possíveis para essa palavra e como poderia ser desfeito.
GABARITO
01.
Exercício de aula
1. a
2. e
3. d
4. b
5. d
02.
Exercício de casa
1. c
2. e
3. a
4. a
5. d
6. a
Por. 131
7. c
8. b
03.
Questão Contexto
A palavra “vendo” tem o sentido de ver, observar o
pôr do sol ou do verbo vender, comercializar o pôr
do sol. Dessa forma, para desfazer a polissemia do
“vendo”, a frase poderia ser reescrita da seguinte
maneira: “Observo o pôr do sol”.
Qui. Semana 3
Allan Rodrigues
Xandão
Victor Pontes
08:00 11:00
18:00 21:00
22:00
08:00 11:00
Métodos de Métodos de
separação separação
de misturas de misturas
homogêneas,
heterogêneas
tratamento de água
e esgoto
18:00 21:00
21/02 Evolução dos Atomística
modelos atômicos
08:00 11:00
18:00 21:00
21
Atomística fev
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Representação de um ele- Íons isoeletrônicos
mento químico
Exemplo: 11Na+ ; 12Mg++, 8O -- ; 9F- ; 13Al+++
Z
EA Todos os exemplos acima tem 10 elétrons em sua
camada de valência!
Z=p
Qui. 136
Quando um átomo está em seu estado fundamen-
tal (eletricamente neutro), o seu número de prótons
(cargas positivas) é igual ao seu número de elétrons
(cargas negativas).
p=e–
Z=p=e–
Íons
Quando um átomo eletricamente neutro, ou seja, no
estado fundamental perde ou recebe elétrons, ele
se transforma em um ÍON.
a) X e Z; Y e T
b) X e Z; Y e W
c) X e Z; X e Y
d) Y e T; Z e W
e) X e Y; Z e W
2.
Os íons representados a seguir apresentam mesmo(a)
19
K39 + e 20
Ca40 2+
a) massa
b) raio iônico
Qui. 137
c) carga nuclear
d) número de elétrons
e) energia de ionização
3.
É INCORRETO afirmar que o ânion monovalente 9F19 1- apresenta:
4.
Dados os átomos neutros
a) A e B
b) A e C
c) B e C
d) A, B e C
e) C e D
5.
O elemento Químico B possui 20 nêutron, é isótopo do elemento A, que possui
x prótons, é isóbaro de elemento químico C, que tem 16 nêutrons. O número de
massa de C é 2x+2. Sabendo-se que A e C são isótonos, pode-se afirmar que o
somatório do número de massa, do número atômico e de número de nêutrons
dos elementos A, B, C respectivamente, está relacionado na alternativa:
a) 109, 56 e 53
b) 112, 54 e 48
c) 110, 58 e 52
d) 118, 62 e 56
1.
Considere os elementos a seguir e assinale a opção correta:
(I) 19K40
Qui. 138
(II) 8O16
(III) 18Ar40
(IV) 8O17
(V) 17Cℓ37
(VI) 8O18
(VII) 20Ca40
2.
A água pesada, utilizada em certos tipos de reatores nucleares, é composta por
dois átomos de deutério (número de massa 2) e pelo isótopo 16 de oxigênio. O
número total de nêutrons na molécula da água pesada é
a) 10
b) 12
c) 16
d) 18
e) 20
3.
Comparando-se as espécies químicas Fe2+ e Fe3+, é correto afirmar que
4.
Dentre os números atômicos 23, 31, 34, 38, 54, os que correspondem a elemen-
tos químicos com dois elétrons de valência são:
a) 23 e 38
b) 31 e 34
c) 31 e 38
d) 34 e 54
e) 38 e 54
Qui. 139
5.
O silício, elemento químico mais abundante na natureza depois do oxigênio, tem
grande aplicação na indústria eletrônica. Por outro lado, o enxofre é de impor-
tância fundamental na obtenção do ácido sulfúrico. Sabendo-se que o átomo
14
Si28 é isótono de uma das variedades isotópicas do enxofre, 16S, pode-se afir-
mar que este átomo tem número de massa
a) 14
b) 16
c) 30
d) 32
e) 34
6.
Os átomos isóbaros X e Y pertencem a metal alcalino e alcalino-terroso do mes-
mo período da classificação periódica. Sabendo-se que X é formado por 37 pró-
tons e 51 nêutrons, pode-se afirmar que os números atômicos e de massa de Y
são, respectivamente,
a) 36 e 87
b) 37 e 87
c) 38 e 87
d) 38 e 88
e) 39 e 88
7.
As alternativas referem-se ao número de partículas constituintes de espécies
atômicas.
A afirmativa FALSA é
a) dois átomos neutros com o mesmo número atômico têm o mesmo número de
elétrons.
b) um ânion com 52 elétrons e número de massa 116 tem 64 nêutrons.
c) um átomo neutro com 31 elétrons tem número atômico igual a 31.
d) um átomo neutro, ao perder três elétrons, mantém inalterado seu número
atômico.
e) um cátion com carga 3+, 47 elétrons e 62 nêutrons tem número de massa igual
a 112.
8.
São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z:
I. X é isóbaro de Y e o isótono de Z.
II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z.
Qui. 140
III. O número de massa de Z é 138.
O número atômico de X é:
a) 53
b) 54
c) 55
d) 56
e) 57
9.
Sejam os átomos A, B, C e D, sendo que:
São isótopos:
a) B e C;
b) A, B e D;
c) A e C
d) A e B
e) A, B, C.
QUESTÃO CONTEXTO
Qual é o potencial de destruição da bomba H que a Coreia do Norte diz
ter testado?
Qui. 141
O hidrogênio, o deutério e o trítio são representados, respectivamente: (1H1),
(1H2) e (1H3). Analisando o numero atômico e massa desses elementos é INCOR-
RETO afirmar que:
a) são isótopos
b) eles possuem e o mesmo numero de elétrons
c) o deutério possui um próton a mais que o hidrogênio
d) o deutério e o trítio são mais pesados que o hidrogênio
e) o trítio possui o dobro de nêutrons em relação ao deutério.
02.
(deutério), possui 1 nêutron a mais que o hidrogênio.
d)Verdadeira, ambos tem massa maior que o hidro-
Exercícios para casa gênio (Massa = Prótons + Nêutrons).
1. b e)Verdadeira, o deutério, possui 1 nêutron e 1 próton
2. a (massa = 2), já o trítio possui 2 nêutrons e 1 próton
3. a (massa = 3), portanto, é o dobro de nêutrons (2x1 =
4. a 2).
5. c
Qui. 142
6. d
7. b
8. c
9. c
Qui. 143
21
Evolução fev
dos Modelos
Atômicos
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Essa ideia de átomo não corresponde à que se tem
hoje. No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e
seu discípulo Demócrito imaginaram que a matéria
não poderia ser infinitamente divisível, dai a palavra
“átomo”, a = negação e tomo = divisível. Se partida
variadas vezes, chegaria a uma partícula muito pe-
quena, indivisível e impenetrável, e assim conclu-
íram que toda matéria era constituída por peque-
nas partículas indivisíveis, os átomos. Essa teoria se
manteve por longos anos. Somente no século XIX,
um novo modelo para explicar de que se constituía a
matéria foi apresentado. Experimento de Thomson com raios catódicos:
Para medir a razão entre a carga e a massa do elé-
tron, um feixe de raios catódicos (elétrons) passa
O Modelo atômico de Dalton através de um campo elétrico e de um campo mag-
– 1803 nético. De modo que o campo elétrico provoca des-
vio em um sentido, enquanto o campo magnético
John Dalton (1766 – 1844), cientista britânico reto- desvia o feixe no sentido oposto. Posteriormente,
Qui. 146
mou a ideia do átomo como constituinte básico da deduziu a existência de uma carga positiva. Seu mo-
matéria. Dalton considerou os átomos como partí- delo consistia em uma esfera maciça carregada po-
culas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Seu sitivamente, na qual se encontravam, incrustados,
modelo ficou conhecido como “Bola de Bilhar”. Esse as cargas negativas. Se modelo foi conhecido como
modelo foi considerado por cerca de 100 anos, até pudim de passas.
que um novo modelo surgiu.
Qui. 147
gradativamente perderiam energia e atingiriam o
núcleo. O próximo modelo estava baseado nesta hi-
pótese e em estudos da teoria quântica.
Qui. 148
EXERCÍCIO DE AULA
1.
No fim do século XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) foi con-
vencido por J. J. Thomson a trabalhar com o fenômeno então recentemente
descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu a elaboração de um mode-
lo atômico que possibilitou o entendimento da radiação emitida pelos átomos
de urânio, polônio e rádio. Aos 26 anos de idade, Rutherford fez sua maior des-
coberta. Estudando a emissão de radiação de urânio e do tório, observou que
existem dois tipos distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvida, que
denominamos radiação alfa ( ), α e uma com maior poder de penetração, que
denominamos radiação beta ( ). β Sobre a descoberta de Rutherford podemos
afirmar ainda:
a) I, apenas
b) I e II
c) III, apenas
d) I, II e IV
e) II e IV
2.
A eletricidade (do grego elétron, que significa “âmbar”) é um fenômeno físico
originado por cargas elétricas. Há dois tipos de cargas elétricas: positivas e ne-
gativas. As cargas de nomes iguais (mesmo sinal) se repelem e as de nomes
distintos (sinais diferentes) se atraem. De acordo com a informação, assinale a
alternativa correta.
3.
Considere as seguintes afirmações, referentes à evolução dos modelos atômi-
cos:
Qui. 149
I. No modelo de Dalton, o átomo é dividido em prótons e elétrons.
II. No modelo de Rutherford, os átomos são constituídos por um núcleo muito
pequeno e denso e carregado positivamente. Ao redor do núcleo estão distribu-
ídos os elétrons, como planetas em torno do Sol.
III. O físico inglês Thomson afirma, em seu modelo atômico, que um elétron, ao
passar de uma órbita para outra, absorve ou emite um quantum (fóton) de ener-
gia.
a) apenas III.
b) apenas I e II.
c) apenas II e III.
d) apenas II.
e) todas.
4.
Assinale a afirmativa que descreve ADEQUADAMENTE a teoria atômica de Dal-
ton. Toda matéria é constituída de átomos:
Qui. 150
que emitia descargas elétricas em uma fina folha de ouro, além de um anteparo
para detectar a direção tomada pelos elétrons. Assinale a alternativa correta, de
cima para baixo.
a) F - V - V - V - F
b) V - V - F - V - F
c) V - F - F - F - F
d) F - V - V - F - V
e) V - F - F - F - V
a) Rutherford
b) Rutherford-Bohr
c) Thomson
d) Dalton
3.
O conhecimento sobre estrutura atômica evoluiu à medida que determinados
fatos experimentais eram observados, gerando a necessidade de proposição de
modelos atômicos com características que os explicassem.
Qui. 151
tubos de gases rarefeitos.
2. Atómos com núcleo denso e positi-
II. Determinação das Leis Ponderais vo, rodeado pelos elétrons negativos.
das Combinações Químicas
3. Átomos como uma esfera positi-
III. Análise dos espectros atômicos va onde estão distribuídas, uniforme-
(emissão de luz com cores característi- mente, as partículas negativas.
cas para cada elemento)
4. Átomos com elétrons movimentan-
IV. Estudos sobre radioatividades e dis- do-se ao redor do núcleo em trajetó-
persão de partículas alfa rias circulares - denominadas níveis -
com valor determinado de energia
a) I – 3; II – 1; III – 2; IV – 4
b) I – 1; II – 2; III – 4; IV – 3
c) I – 3; II – 1; III – 4; IV – 2
d) I – 4; II – 2; III – 1; IV – 3
e) I – 1; II – 3; III – 4; IV – 2
4.
Uma importante contribuição do modelo de Rutherford foi considerar o átomo
constituído de:
Qui. 152
O número de erros cometidos pelo estudante é:
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
6.
Assinale a alternativa que completa melhor os espaços apresentados na frase
abaixo:
QUESTÃO CONTEXTO
Qui. 153
O “Homem de Ferro 2” retrata a como Tony Stark luta para substituir o metal pa-
ládio, que faz parte do reator de seu peito, por um metal atóxico. Depois de inter-
pretar informações deixadas por seu pai, nosso Iron man projeta um holograma
do elemento que poderia vir a substituir o paládio, cuja imagem se assemelha à
figura abaixo.
02.
o nosso sistema solar no qual o Sol seria o núcleo e
os planetas seriam os elétrons.
Exercícios para casa
1. e; d; b; a; c;
2. b
3. c
4. e
5. a
Qui. 154
6. d
7. a) Falso. O modelo atômico de Rutherford
baseia-se em experimentos de bombardeio de finas
lâminas de um metal por partículas.
b) Falso. Segundo o modelo atômico de
Rutherford, os elétrons estão na região periférica
do átomo (eletrosfera).
c) Verdadeiro.
d) Falso. Essa proposição foi feita por Bohr,
e não por Rutherford.
e) Verdadeiro.
Qui. 155
Red. Semana 3
Rafael Cunha
(Bernardo Soares)
07/02 Conceito de
Texto e suas
Classificações,
Variações
Linguísticas e de
Registro
19:15
09/02 Conceito de
Texto e suas
Classificações,
Variações
Linguísticas e de
Registro
09:15
19:15
09:15
21/02 Textos
Argumentativos:
Carta, Artigo de
Opinião, Editorial
e Dissertação
Argumentativa
19:15
23/02 Textos
Argumentativos:
Carta, Artigo de
Opinião, Editorial
e Dissertação
Argumentativa
09:15
21|23
Textos argu- fev
mentativos:
carta, artigo de opinião,
editorial e dissertação ar-
gumentativa
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Na última aula, destacamos as principais diferenças reproduzida é de uma carta, recentemente liberada
entre os tipos e os gêneros textuais, entendendo, para divulgação, deixada pelo ex-presidente George
inclusive, todas as suas classificações. Agora, con- Bush ao passar o cargo para o também ex-presiden-
siderando a variedade de gêneros na língua portu- te Bill Clinton, em 1993. Nos Estados Unidos, a práti-
guesa, detalharemos alguns que, nos últimos anos, ca é comum. No texto, o antecessor deseja um bom
apareceram com frequência não só na prova de Lin- governo e, principalmente, dá dicas sobre como li-
guagens do ENEM, mas também como propostas de dar com críticas durante o mandato. É um documen-
redação em vestibulares específicos. São eles: car- to histórico e merece seu destaque.
ta, artigo de opinião, editorial e dissertação argu-
mentativa. Vamos conhecê-los? Estamos falando de uma carta; há, então, algumas
características básicas que, no texto reproduzido
aqui, são bem comuns nesse gênero textual:
A carta
→ Local e data: Perceba que, logo no início da
É provável que você já tenha lido - ou até enviado - carta, há informações do local em que foi redigida
uma carta e reconheça facilmente a sua estrutura. (Washington, sede do governo norte-americano) e
Não é difícil perceber algumas marcas, uma vez que de sua data de envio. Neste gênero, é essencial que
esse gênero - com traços argumentativos ou não - você leve em consideração essas informações e,
Red. 161
tem características bem específicas. Observe um principalmente, que sejam fieis ao momento e local
exemplo: da produção, já que estamos falando de um docu-
mento - que, inclusive, no caso da imagem, como já
dissemos, faz parte da história.
Red. 162
um pouco mais opinativos que merecem destaque, E assim o dilema do vestido virou metáfora des-
muito pela frequência de cobrança nos vestibula- sa época repleta de certezas fugazes, avessa à
res e, é claro, por suas marcas, mais incomuns nos tolerância. Uma cor é uma cor. E pronto. Sen-
textos que costumamos ler: o artigo de opinião e o tença emitida, hora da polêmica seguinte. Im-
editorial. Como muitas de suas características são porta pouco se 10%, um quarto ou dois terços
comuns - trabalham com fatos, defendem opiniões enxergam a peça (ou a vida) em outros tons.
com dados, exemplos, argumentos de autoridade, Fernando Sabino, certa vez, explicou assim o
etc. -, vamos manter nossa atenção nas diferenças, diálogo sobre o tabuleiro de damas: “Quis suge-
muito presentes nas questões sobre esses gêneros. rir que, por baixo da realidade que se apresenta
aos nossos olhos, existe outra”. Do lado da ci-
O artigo de opinião defende, prioritariamente, a opi- ência, o médico Luis Fernando Correia ensinou
nião do autor. Isso significa que, em um mesmo ve- que a visão humana não é objetiva como pare-
ículo de comunicação - um jornal, por exemplo -, ce: “Há mais interpretação que certeza. Cada
diferentes autores podem ter posicionamentos con- cérebro interpreta as cores de um jeito próprio.
trários. O ponto de vista do articulista, normalmen- E tudo bem”.
te responsável por uma coluna em jornal ou revis-
ta, independe, então, da forma como o veículo se Na ausência dessa compreensão, reside a in-
posiciona. Nesse sentido, marcas como a primeira tolerância despudorada, de cores fortes e sem
pessoa do singular são bem presentes nesses tex- filtro, das redes sociais, que tanto mal faz ao
tos, uma vez que a opinião defendida é do próprio debate democrático. Facebook e Twitter são
autor do artigo. Vamos ver um exemplo? torcidas organizadas de times rivais. Não bas-
ta torcer pelo próprio clube; é preciso humilhar,
Sobre visões e tons destruir os fãs adversários. Em segundo plano
fica o esporte, paixão nacional a caminho da
Foi Fernando Sabino em “Martini seco” (1987) vala.
quem propôs a reflexão. “Qual a cor do tabu-
leiro de damas?”, indagou o escrivão, um dos Na política, idem. O mundo virtual se divide en-
personagens, após vencer o amigo comissário tre os que enxergam o Brasil como irremediável
de polícia numa partida. Seria branco com qua- fracasso ou sucesso em gestação. É tudo bran-
drados pretos ou preto com quadrados bran- co ou preto. Não há espaço nem para 50 tons
cos? O comissário tentou as duas opções e er- de cinza, para usar a referência cinematográfi-
rou a resposta. Ao fim, o escrivão sentenciou: ca da vez, nem para a outra cor de Sabino.
E na agenda dos direitos civis, há quem sobre- O tema merece debate mais amplo envolven-
ponha classificação de gênero ao afeto nas re- do profissionais da área da educação e nossos
lações familiares. Daí o presidente da Câmara parlamentares, que devem cobrar mudanças.
dos Deputados desarquivar uma proposta de Há de se considerar a revelevância do progra-
legislação que limita a homem, mulher e des- ma criado pelo Ministério da Educação, que
cendentes a definição de família. É mais que di- entrou em vigor ainda em 2010. As vagas dis-
ferença de visão, é falta dela. poníveis nas universidades públicas são insufi-
Na loja virtual da varejista britânica, as vendas cientes para atender a demanda de estudantes
do vestido preto e azul quase quadruplicaram que conclui o Ensino Médio. Muitas acabam
com o dilema das cores. A empresa, agora, es- ocupadas por alunos que têm oportunidade de
tuda lançar o modelo branco e dourado. Fica permanecer longo tempo em cursinhos particu-
aqui a sugestão que a peça venha também em lares para obter bons resultados, principalmen-
outra cor, coberta de branco, dourado, preto e te nos cursos mais concorridos. Há, também,
azul. Salve o tabuleiro de Sabino! aqueles que saíram de escola pública, esforça-
ram-se e conseguiram atingir essa meta. É a li-
Flávia Oliveira. Jornal O Globo, 01/03/2015 vre concorrência, num sistema que se mostra
incapaz de contemplar todos.
Perceba, no texto da jornalista, que a opinião de-
fendida faz referência, exclusivamente, ao seu posi- De alguma forma, seria preciso começar a cor-
cionamento individual, e não ao que o jornal aponta rigir as históricas diferenças sociais. O Fies
como ponto de vista editorial. Trata-se, então, de um tornou-se oportunidade para que pessoas de
Red. 163
artigo de opinião. baixa renda pudessem ingressar na universi-
O editorial, por sua vez, defende uma opinião muito dade. Mas há falhas graves e precedentes pre-
mais corporativa. Aqui, quem se posiciona é o pró- ocupantes. Reportagem divulgada hoje pelo
prio veículo, de acordo com a linha que escolhe se- Correio do Estado mostra casos de jovens que
guir - chamada, também, de linha editorial. As re- saem do curso com dívida altíssima, bem supe-
ferências, neste gênero, não são feitas à primeira rior ao montante que pagariam no decorrer do
pessoa do singular, mas à primeira pessoa do plural curso. Caso consigam arrumar emprego - con-
e, muitas vezes, à terceira pessoa, tratando o pró- siderando as circunstâncias atuais de crise - te-
prio veículo como responsável por aquelas posições rão grande parte da renda comprometida para
(“A Folha defende que...” é um exemplo). Normal- quitar o financiamento, algo que pode levar
mente, os editoriais são apresentados em colunas mais de 10 anos.
com títulos próximos a “Nossa opinião”. Observe um
exemplo: Estudantes contam ainda com o Programa Uni-
versidade Para Todos (ProUni), que garante bol-
Distorções na educação sas de estudo e os valores não precisam ser res-
tituídos pelos beneficiados. As universidades
Linha tênue separa as consequências antagô- particulares recebem isenções fiscais em troca
nicas a que estão sujeitos os estudantes que das vagas concedidas. As duas opções citadas
optam pelo Fundo de Financiamento Estudan- acabam representando garantia de boa quan-
til (Fies). Por um lado, o financiamento parcial tidade de matriculados nas instituições de en-
ou até total das mensalidades em universidade sino superior privadas, que contam com lucro
particular representa a oportunidade de reali- praticamente garantido desse grupo, já que os
zar o sonho de obter ensino superior. Por outro, valores são “bancados” pelo Governo Federal,
o aluno já deixa a faculdade com dívida consi- por meio das isenções ou pelo sistema de finan-
derável e, em muitos casos, não consegue ar- ciamento. Os valores dos cursos continuam su-
rumar emprego facilmente, ainda mais nesse bindo consideravelmente todos os anos.
período de grave recessão econômica. Assim,
inadimplência continua aumentando e já al- Surge, portanto, outra distorção no modelo vi-
cança metade do total de financiamentos auto- gente atualmente. As universidades públicas
rizados no País. Há, sem dúvida, distorções que acabam depreciadas, precisando de mais in-
precisam ser corrigidas. vestimentos do Governo Federal. Há, sem dú-
vida, méritos em garantir acesso ao ensino
superior a jovens de baixa renda. As instituições como tese, uma opinião global que, durante os pa-
privadas cumprem papel importante, conside- rágrafos, será defendida com exemplos, dados esta-
rando que durante anos as instituições públicas tísticos, argumentos de autoridade e outras estraté-
não tiveram melhorias necessárias. Há eviden- gias que conheceremos em outro momento. Aqui, é
te necessidade, porém, de aperfeiçoar critérios importante que você saiba diferenciar os dois gêne-
que incluem exigências de qualidade, além de ros, a fim de, no vestibular, não produzir algo dife-
coerência nos valores cobrados. São mudanças rente do proposto pela Banca.
essenciais para evitar as armadilhas existentes
atualmente.
Características da disserta-
Editorial do jornal Correio do Estado, MS, 22 ção argumentativa
de janeiro de 2017
O texto dissertativo-argumentativo, como já vimos,
defende uma tese. Dessa maneira, é importante que
Note que a opinião apresentada, neste caso, não os argumentos construídos sejam apresentados de
é de alguém em específico, mas do próprio jornal, forma bem específica, a fim de conseguirmos, em
que, inclusive, menciona reportagens produzidas poucas linhas, convencer o receptor da mensagem.
pelo próprio veículo na defesa de opiniões. Se o po- Há, então, algumas características importantíssimas
sicionamento é do jornal, por exemplo, e não de um para a construção desse texto. Vamos vê-las?
autor em específico, estamos falando de um edito-
rial. → Objetividade e impessoalidade: Nesse gênero
Red. 164
textual, é essencial que as opiniões sejam mostradas
de forma objetiva, ou seja, evitando trazer informa-
Dissertação expositiva e ar- ções muito subjetivas, baseadas em convicções in-
gumentativa dividuais e argumentos pouco racionais, e buscando
uma impessoalidade. Isso quer dizer que, na disser-
Por fim, antes de começarmos, de fato, o nosso cur- tação argumentativa, o uso da primeira pessoa não
so de produção textual, precisamos conhecer as es- vai ser sempre a melhor opção. Trabalhar com a ter-
trelas das nossas próximas aulas: a dissertação ex- ceira pessoa, neste caso, pode distanciar melhor o
positiva e a argumentativa. Como já vimos na aula autor das opiniões apresentadas e, assim, deixá-las
anterior, o objetivo desses gêneros se resume a, ba- mais próximas de verdades absolutas.
sicamente, mostrar posicionamentos e defendê-los
ao longo do texto. Há, porém, algumas diferenças → Estrutura específica: Você já deve ter ouvido
que precisam ser mostradas aqui. falar sobre a estruturação dos parágrafos de uma
dissertação. Basicamente, é importante que, nes-
A dissertação expositiva, como o nome já diz, preo- se gênero textual, estejam presentes uma introdu-
cupa-se, apenas, com a exposição de informações ção, parágrafos de desenvolvimento que defendam
- sejam fatos, sejam posicionamentos. Não há uma a opinião global do texto e uma conclusão. Em outro
opinião central, defendida ao longo de todo o texto, momento, detalharemos as características de cada
com unhas e dentes, buscando convencer um pos- parágrafo.
sível leitor. Um texto sobre a redução da maioridade
penal, por exemplo, que mostra os dois lados da mo- → Coerência e coesão: Na construção de qual-
eda - opiniões favoráveis e contrárias - é dissertativo quer texto, a produção de sentido, tanto de maneira
expositivo. O objetivo, aqui, é apenas deixar o leitor abstrata quanto formal (com palavras) é essencial.
informado sobre fatos e opiniões a respeito do tema Dessa forma, a coerência, responsável por essas
- sem, necessariamente, buscar convencê-lo de al- relações no campo das ideias, e a coesão, que usa
guma coisa. palavras nessa construção, precisam ser trabalha-
das de maneira bem rica na dissertação. Teremos,
A dissertação argumentativa, por sua vez, tem como em outro momento, uma aula específica sobre isso,
principal objetivo convencer o leitor. O posiciona- mas não se esqueça dessa regra: seu texto precisa
mento defendido é central no texto e é conhecido ter sentido.
É muito importante que você conheça e entenda de Linguagens. Nas próximas aulas, detalharemos
todas as características desse gênero textual. Isso melhor a estrutura desse texto a fim de facilitar a sua
porque, levando em consideração apenas o ENEM, produção. De qualquer forma, não deixe de aprovei-
a dissertação argumentativa é texto obrigatório na tar os exercícios selecionados para esta matéria e
prova de Redação e tema de questões em sua prova praticar as suas especificidades, ok?
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Carta ao Tom 74
Red. 165
A que ponto a cidade turvaria
Esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
E além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza,
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor
MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo:
Universal; Philips,1975 (fragmento).
a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano.
b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade.
c) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro.
d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina.
e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos.
2.
Grupo transforma pele humana em neurônios
“Pela primeira vez, seremos capazes de observar células com ELA ao mi-
croscópio e ver como elas morrem”, disse Valerie Estess, diretora do Projeto
ALS (ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em deta-
lhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA.
KOLNERKEVIC, I. Folha de S.Paulo. 1 ago. 2008 (adaptado).
Red. 166
3.
A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado
ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A
informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vici-
nal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no
local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de des-
tinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal.
Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez
de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situ-
ação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar o lixo em outra
localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação
achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A
Disponível em: http:// reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha
jornaldacidade.uol.com. o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em
br. Acesso em: 10 ago. 2012
(adaptado). prática o errado. Um perigo!
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal
diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é
Red. 167
O autor do texto analisa a aprovação da MP 540/2011 pelo Senado, deixando cla-
ra a sua opinião sobre o tema. O trecho que apresenta uma avaliação pessoal do
autor como uma estratégia de persuasão do leitor é:
5.
Censura moralista
Red. 168
Nesta época do ano, em que comprar compulsivamente é a principal pre-
ocupação de boa parte da população, é imprescindível refletirmos sobre a
importância da mídia na propagação de determinados comportamentos que
induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx
aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem fetichizados, passam
a assumir qualidades que vão além da mera materialidade. As coisas são
personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automó-
vel de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de
determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior
valorização e visibilidade social a um indivíduo.
TEXTO II
Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas
relações, gera e rege sentimentos, engendra fantasias, aciona comporta-
mentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas ações
no mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando nossa imagi-
nação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos.
Numa época toda codificada como a nossa, o código da alma (o código do
ser) virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consu-
mo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde,
turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo.
2.
Salvador, 10 de maio de 2012.
Red. 169
nos relativos às áreas administrativas.
As contribuições feitas pelos membros da equipe serão de grande valia para
o aperfeiçoamento dos processos de trabalho que estão sendo utilizados.
Queira, por gentileza, transmitir-lhes nossos cumprimentos.
Atenciosamente,
Disponível em: www. Rivaldo Oliveira Andrade
pcspeed.com.br. Acesso em:
1 maio 2012 (adaptado). Diretor Administrativo e Financeiro
A carta manifesta reconhecimento de uma empresa pelos serviços prestados
pelos consultores da PC Speed. Nesse contexto, o uso da norma-padrão
a) constitui uma exigência restrita ao universo financeiro e é substituível por lin-
guagem informal.
b) revela um exagero por parte do remetente e torna o texto rebuscado linguis-
ticamente.
c) expressa o formalismo próprio do gênero e atribui profissionalismo à relação
comunicativa.
d) torna o texto de difícil leitura e atrapalha a compreensão das intenções do re-
metente.
e) sugere elevado nível de escolaridade do diretor e realça seus atributos inte-
lectuais.
3.
A educação física ensinada a jovens do ensino médio deve garantir o acúmu-
lo cultural no que tange à oportunização de vivência das práticas corporais;
a compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao
controle sobre o próprio esforço, e do direito ao repouso e ao lazer; a inicia-
tiva pessoal nas articulações coletivas relativas às práticas corporais comu-
nitárias; a iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para
Disponível em: www.portal. suas próprias práticas corporais; a intervenção política sobre as iniciativas
mec.gov.br. Acesso em: 19
ago. 2012. públicas de esporte e de lazer.
Red. 170
4.
O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive com o pai,
um ex-presidiário, numa casa da periferia paulistana. Ciente de sua beleza,
o que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente
do de suas colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apaixona-
da. E constata, na prática, que o romantismo dos contos de fada tem perna
curta.
VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012.
Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos ideais de amor e felicidade
encontrados nos contos de fada. Essa crítica é traduzida
5.
Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem
a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo
errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte
utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite
de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no
papel”, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia
do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do desti-
natário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento
do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado
apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que
não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independente-
mente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua
revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta
a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é
sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossos
avós”. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários
das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com
facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter dis-
cernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos.
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V.
Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).
Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunica-
ção, usos particulares da escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade,
segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a
6.
Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de an-
tiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A
Red. 171
recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a
uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição.
Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por
povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser
encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias
sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos huma-
nos comuns.
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos coloni-
zadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a)
a) suporte artístico.
b) nível tecnológico.
c) base antropológica.
d) concepção estética.
e) referencial temático.
7.
Exmº Sr. Governador:
Red. 172
b) recorre a termos e expressões em desuso no português.
c) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o
destinatário.
d) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especia-
lizado.
e) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional.
8.
O bit na galáxia de Gutenberg
9.
Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de
Deus, serem quebradas por traição, interesses financeiros e sexuais. Casais
se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem trau-
mas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que
os advogados consultados, por sua competência, estão acostumados a tra-
Red. 173
tar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem
obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação? Não seria
mais útil dar conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a
separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja
qual for o tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos
Disponível em: http://
filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastan-
revistaepoca.globo.com. te complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que podem
Acesso em: 26 fev. 2012
(adaptado). interessar ao leitor médio.
10.
O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos
tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e
orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento . Cícero nota, primeira-
mente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois
aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida
longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez
de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler
as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a
passagem do tempo.
QUESTÃO CONTEXTO
Texto I
Red. 174
Fonte: pinterest.com
Texto II
02.
Exercícios para casa
1. b
2. c
3. a
4. c
5. e
6. c
7. e
Red. 175
8. e
9. e
10. e
Semana 3
TEMA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores se- saúde pública no Brasil, apresentando proposta de
guintes e nos conhecimentos construídos ao longo ação social que respeite os direitos humanos. Sele-
de sua formação, redija um texto dissertativo-argu- cione, organize e relacione, de forma coerente e co-
mentativo em norma padrão da língua portuguesa esa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto
sobre o tema A importância da reivindicação pela de vista.
Texto 1
O sistema de saúde é dinâmico e criativo. Além de cui- a venda de ilusões amparadas apenas na “esperança”
dar da saúde, “vende” esperança do viver. É complexo, pode ser muito danosa para a sociedade. A escassez
com diferentes participantes que têm interesses e in- de recursos exige uma avaliação do custo de oportu-
centivos nem sempre alinhados; alguns destes são per- nidade.
versos e atendem a partes, e não ao todo, do sistema.
E é dinâmico, influenciado pela constante geração de O respeito às considerações morais, éticas, filosóficas
novos conhecimentos, alguns não plenamente valida- e religiosas precisa ser valorizado no âmbito individual,
dos cientificamente. mas as decisões em um sistema de seguro-saúde de-
vem ser embasadas racionalmente. Decisões sobre o
A avaliação crítica de evidências em saúde lida com uso dos preciosos recursos desse seguro coletivo de-
incertezas e faz com que tenhamos que conviver com vem ser norteadas por evidências técnico-científicas
Red.
verdades transitórias. O sistema de saúde é criativo, e preferências da população; devem idealmente res-
com assimetria de informação, conhecimento e poder; peitar o princípio da igualdade de direitos num sistema
decisões são rapidamente e licitamente tomadas, po- universal. A decisão individual afeta o coletivo, e a deci-
rém, utilizando-se de oportunidades não regulamenta- são coletiva impõe restrições aos indivíduos.
das.
No processo de priorização é preciso discutir quais mo-
Temos a saúde como um direito do cidadão e um dever delos são os mais adequados ao se considerar a histó-
do Estado, com os seus princípios doutrinários e orga- ria, a cultura, o momento, as doutrinas e a organização
nizacionais expressos na Constituição. Os limites assis- do sistema de saúde. Temos pelo menos quatro mo-
tenciais não são bem definidos, mas temos certamen- delos (igualitário, comunitário, libertário e o utilitário)
te um limite nos recursos disponíveis. Neste cenário, a e não há um modelo certo ou errado, mas, sim, o que
definição de objetivos claros e a priorização de ações possa mais se alinhar com os princípios doutrinários da
são absolutamente críticas. Uma compreensão e um sociedade. Em nosso atual sistema de saúde, podemos
acordo coletivo sobre a interpretação dos princípios observar a presença de elementos dos quatro mode-
doutrinários são imprescindíveis. Propostas precisam los, o que pode significar que não temos nenhum seria-
ser apresentadas e debatidas. Urge discussões respon- mente a nos nortear.
sáveis que reconheçam a real condição da saúde e os
dilemas existentes. Essas propostas deveriam ser mini- Somente com uma judiciosa interpretação dos princí-
mamente embasadas por fundamentos que as justifi- pios doutrinários e organizacionais podemos avaliar e
quem do ponto de vista sanitário e econômico. debater propostas para os próximos anos. O pensar e
olhar fracionado do sistema de saúde, o não reconhe-
O Estado deve regulamentar, regular, controlar e fis- cimento do limite econômico e a proposição de ações
calizar o sistema e suas partes. Essas funções são, por com foco no curto prazo contribuem para aumentar a
si só, desafiadoras num sistema complexo, dinâmico entropia do sistema de saúde, sua ineficiência e iniqui-
e criativo. A assistência à saúde não necessariamente dade. Disponível em http://
www1.folha.uol.com.br/
precisa ser prestada pelo poder público, e a eficiência opiniao/2014/08/1504723-
operacional deveria ser priorizada. marcos-bosi-
ferrazpropostas-para-a-
A oferta de produtos e serviços estimula a demanda, e saude.shtml
Texto 2
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados
capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem e assistência especiais. Todas as crianças nascidas
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma
cuidados médicos e os serviços sociais indispensá- proteção social.
veis, e direito à segurança em caso de desemprego,
[Declaração Universal dos
doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de Direitos Humanos, artigo 25]
Disponível em http://
perda dos meios de subsistência fora de seu contro- unesdoc.unesco.org/
le.
Texto 3
Red.
Texto 4
Texto 4
Red.