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Curso Enem

2017
Semana 3
20 ——— 24
fevereiro

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Bio. Semana 3

Rubens Oda
Alexandre Bandeira
(Rebeca Khouri)

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CRONOGRAMA
06/02 Método científico e Cadeias
níveis de organizacão alimentares e teias
em Biologia tróficas

08:00
21:00 11:00

08/02 Cadeias
alimentares e teias
tróficas

21:00

13/02 Populações: Relações


Dinâmica e Ecológicas
distribuição

08:00
21:00 11:00

15/02 Relações
Ecológicas

21:00

20/02 Relações Sucessão ecológica


Ecológicas

08:00
21:00 11:00

22/02 Sucessão ecológica

21:00
20
fev
Relações
ecológicas
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO

A Ecologia estuda a relação dos seres vivos com o


meio ambiente, chamada de alelobiose, e a relação Veja a seguir uma tabela, resumindo as principais re-
dos seres vivos entre eles, chamada de ecobiose ou lações ecológicas:
apenas relações ecológicas.

Essas relações podem ser


→ harmônicas, onde nenhum dos indivíduos são
prejudicados ou desarmônicas, onde pelo menos
um dos indivíduos é prejudicado.

Ainda, podem ser


→ intra específicas, quando os indivíduos perten-
cem à mesma espécie, ou interespecíficas, quando
os indivíduos pertencem a espécies diferentes.

Para falar das relações ecológicas, são utilizados os


símbolos:

Bio. 5
positivo + (para indicar uma vantagem na relação)
negativo – (para indicar um prejuízo para o indiví-
duo) 0 (representando uma indiferença na relação,
ou seja, não se afeta nem positivamente nem nega-
tivamente).

EXERCÍCIO DE AULA

1.
Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias,
árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e
elefantes, já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses her-
bívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que
os levou a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os
herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de
onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados
observados nessas duas áreas.
Bio. 6
De acordo com as informações acima,

a) a presença de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o declí-


nio das acácias.
b) os hábitos de alimentação constituem um padrão de comportamento que os
herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso.
c) as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para am-
bas.
d) os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência das
acácias.
e) a relação entre os animais herbívoros, as formigas e as acácias é a mesma que
ocorre entre qualquer predador e sua presa.

2.
Os itens abaixo contêm exemplos de diversas relações ecológicas entre os seres
vivos:
I – A associação entre certos fungos e algas clorofíceas ou cianobactérias costu-
ma ser tão íntima que ambos formam um novo tipo de organismo, o líquen;
II – Várias espécies de abelhas formam agrupamentos altamente organizados,
nas quais, de modo instintivo, cada indivíduo coloca a sobrevivência da colméia
acima de sua própria;
III – Entre alguns insetos da mesma espécie, os animais mais fracos ou doentes
são devorados pelos sadios;
IV – A caravela é um cnidário que vive flutuando no mar e é formada por um con-
junto de indivíduos da mesma espécie que vivem fisicamente juntos, dividindo o
trabalho.
IV – A caravela é um cnidário que vive flutuando no mar e é formada por um con-
junto de indivíduos da mesma espécie que vivem fisicamente juntos, dividindo o
trabalho.

As relações ecológicas que estão descritas nos itens acima são classificadas,
respectivamente, como:

a) Sociedade, colônia, canibalismo e mutualismo.


b) Mutualismo, sociedade, canibalismo e colônia.
c) Comensalismo, sociedade, predatismo e colônia.
d) Mutualismo, colônia, canibalismo e sociedade.
e) Protocooperação, colônia, predatismo e sociedade.

3.
Considere os gráficos.

Bio. 7

X= número de indivíduos e Y = tempo

Após uma aula sobre relações ecológicas, um professor propôs aos seus alunos
a identificação de três dessas relações interespecíficas. Espécies diferentes de
seres vivos (A, B, C, D, E e F) estão relacionadas nos gráficos. Pode-se concluir
que as relações I, II e III correspondem, respectivamente,

a) mutualismo, antibiose e competição.


b) inquilinismo, protocooperação e mutualismo.
c) comensalismo, antibiose e mutualismo.
d) antibiose, comensalismo e mutualismo.
e) parasitismo, predatismo e competição.
4.
Uma colônia de formigas inicia-se com uma rainha jovem que, após ser fe-
cundada pelo macho, voa e escolhe um lugar para cavar um buraco no chão.
Ali dará origem a milhares de formigas, constituindo uma nova colônia. As
fêmeas geradas poderão ser operárias, vivendo cerca de um ano, ou novas
rainhas. Os machos provém de óvulos não fertilizados e vivem aproximada-
mente uma semana. As operárias se dividem nos trabalhos do formigueiro.
Há formigas forrageadoras que se encarregam da busca por alimentos, for-
migas operárias que retiram dejetos da colônia e são responsáveis pela ma-
Disponível em: http://www. nutenção ou que lidam com o alimento e alimentam as larvas, e as formigas
cienciahoje.uol.com.br. patrulheiras. Uma colônia de formigas pode durar anos e dificilmente uma
Acesso em: 21 fev. 2009
(adaptado). formiga social consegue sobreviver sozinha.
MELO, A. Como funciona uma sociedade de formigas?

Uma característica que contribui diretamente para o sucesso da organização so-


cial dos formigueiros é

a) a divisão de tarefas entre as formigas e a organização funcional da colônia.


b) o fato de as formigas machos serem provenientes de óvulos não fertilizados.
c) a alta taxa de mortalidade das formigas solitárias ou das que se afastam da
colônia.
d) a existência de patrulheiras, que protegem o formigueiro do ataque de her-
bívoros.
e) o fato de as rainhas serem fecundadas antes do estabelecimento de um novo

Bio. 8
formigueiro.

EXERCÍCIO DE CASA
1.
Sabemos que o mutualismo ocorre quando seres de espécies diferentes mantêm
relações em que ambos são beneficiados. Marque a alternativa que indica orga-
nismos que estabelecem uma interação mutualística.

a) Fungos e algas.
b)Tubarão e rêmoras.
c) Piolho e ser humano.
d) Bromélias e árvores.
e) Leões e zebras.

2.
Se duas espécies diferentes ocuparem num mesmo ecossistema o mesmo nicho
ecológico, é provável que:

a) se estabeleça entre elas uma relação harmônica.


b) se estabeleça uma competição interespecífica.
c) se estabeleça uma competição intraespecífica.
d) uma das espécies seja produtora e a outra, consumidora.
e) uma das espécies ocupe um nível trófico elevado.
3.
As orquídeas e a erva de passarinho são plantas que fazem fotossíntese e vivem
sobre outras plantas. As orquídeas apenas se apóiam sobre as plantas, enquanto
a erva de passarinho retira água e sais minerais das árvores em que vivem.
Assinale a alternativa correta quanto às relações da erva de passarinho e das or-
quídeas com as plantas hospedeiras, respectivamente.

a) amensalismo e parasitismo
b) parasitismo e epifitismo
c) parasitismo e predatismo
d) parasitismo e protocoperação
e) protocoperação e epifitismo

4.
Populações de Aedes aegypti têm desenvolvido resistência aos inseticidas orga-
nofosforados. Desta forma, uma alternativa para o controle destes insetos vem
sendo a utilização de inseticida microbiológico.

Nova arma contra a dengue

Bactéria é a matéria-prima de bioinseticidas que matam larvas do mosquito


Aedes.

O inseticida aplicado em regiões epidêmicas por meio de vaporizadores, co-

Bio. 9
nhecido como fumacê, elimina apenas a forma adulta, mas não tem nenhu-
ma eficácia para acabar com as larvas. Para controlar esses criadouros do
mosquito pode-se utilizar um bioinseticida líquido que tem como principal
componente o Bacillus thuringiensis israelensis. Essa bactéria, inimiga natu-
ral do Aedes, produz uma toxina que, ao ser ingerida pela larva, causa danos
Revista Pesquisa Fapesp,
Edição 85, 03/03 ao intestino do inseto, provocando sua morte.

Assinale a alternativa que classifica corretamente a relação ecológica entre a lar-


va do mosquito e a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis.

a) parasitismo
b) predatismo
c) inquilinismo
d) antibiose
e) mutualismo

5.
Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem
para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído
por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo de vaga-lume, o Photu-
ris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus fingindo
ser desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris,
muito maior que ele, é atacado e devorado por ela.

BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a aventura


da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000 (adaptado).
A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gê-
nero Photinus, é um exemplo de:

a) comensalismo
b) inquilinismo
c) cooperação
d) predatismo
e) mutualismo

6.
No Brasil, cerca de 80% da energia elétrica advém de hidrelétricas, cuja
construção implica o represamento de rios. A formação de um reservatório
para esse fim, por sua vez, pode modificar a ictiofauna local. Um exemplo é
o represamento do Rio Paraná, onde se observou o desaparecimento de pei-
xes cascudos quase que simultaneamente ao aumento do número de peixes
de espécies exóticas introduzidas, como o mapará e a corvina, as três espé-
cies com nichos ecológicos semelhantes.

PETESSE, M. L.: PETRERE JR., M. Ciência Hoje. São Paulo, n. 293, v. 49.
jun, 2012 (adaptado).

Bio. 10
Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos é explicado
pelo(a)

a) redução do fluxo gênico da espécie nativa.


b) diminuição da competição intraespecífica.
c) aumento da competição interespecífica.
d) isolamento geográfico dos peixes.
e) extinção de nichos ecológicos.

7.
A avoante, também conhecida como arribaçã (Zenaida auriculata noronha) é
uma ave migratória que se desloca no Nordeste, acompanhando o ritmo das chu-
vas, encontrando-se ameaçada de extinção, em decorrência da caça indiscrimi-
nada. A relação do homem com esta ave é:

a) harmônica, intra-específica e de predação


b) desarmônica, intra-específica e de comensalismo
c) harmônica, interespecífica e de parasitismo
d) desarmônica, interespecífica e de predação
8.
As figuras 1 e 2 mostram curvas de crescimento de duas espécies de protozoá-
rios, A e B. Em 1, as espécies foram cultivadas em tubos de ensaio distintos e, em
2, elas foram cultivadas juntas, em um mesmo tubo de ensaio.

Considerando que as condições do meio foram as mesmas em todos os casos, a


explicação mais plausível para os resultados mostrados é:

a) a espécie A é predadora de B.
b) a espécie B é predadora de A.
c) a espécie A é comensal de B.

Bio. 11
d) a espécie B é comensal de A.
e) as espécies A e B apresentam mutualismo.

9.

http://uol.com.br/niquel/

Assinale a alternativa correta a respeito da relação de parasitismo.

a) Os parasitas sempre levam o hospedeiro à morte.


b) Os hospedeiros nunca apresentam as formas assexuadas dos parasitas.
c) Não existem parasitas no reino vegetal.
d) Os parasitas sempre vivem no interior do corpo dos hospedeiros.
e) Essa relação sempre traz prejuízos ao hospedeiro.

10.
Na aula em que se discutia o assunto relações interespecíficas, a professora
apresentou aos alunos, em DVD, as cenas iniciais do filme Procurando Nemo
(Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios, 2003). Nessas cenas, um casal
de peixes-palhaço (Amphiprion ocellaris) protege seus ovos em uma cavidade na
rocha, sobre a qual há inúmeras anêmonas (classe Anthozoa).
Contudo, uma barracuda (Sphyraena barracuda) ataca o casal, devorando a fê-
mea e seus ovos. Apenas um ovo sobrevive, que o pai batiza de Nemo. Nemo e
seu pai, Marlin, vivem protegidos por entre os tentáculos da anêmona que, se-
gundo a explicação da professora, se beneficia dessa relação aproveitando os
restos alimentares de pai e filho. Em ecologia, as relações interespecíficas entre
o peixe palhaço e a anêmona, e entre a barracuda e o peixe palhaço são chama-
das, respectivamente, de

a) mutualismo e parasitismo.
b) protocooperação e predação.
c) comensalismo e predação.
d) inquilinismo e parasitismo.
e) parasitismo e predação.

QUESTÃO CONTEXTO
Níquel Náusea

Bio. 12
www.niquel.com.br

É possível observar duas relações ecológicas nessa tirinha. Imaginando que


os sapos são de espécies diferentes, diga e descreva quais são elas. Cite tam-
bém consequências que aparecem para os sapos por causa de uma dessas
interações.
GABARITO

01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. c Predação: Sapo predando o inseto
2. b
3. c Competição interespecífica: Sapos competindo
4. a pelo mesmo recurso (alimento).

02.
A competição interespecífica pode causar como
consequências: Mudança do nicho de alguns indi-
Exercício de casa víduos, para evitar essa competição; extinção de
1- a uma das espécies, já que ela será mais fraca e não
2- b vai conseguir se alimentar; migração de alguns indi-
3- b víduos para outra área, onde não haja competição.
4- d
5- d
6- c

Bio. 13
7- d
8- b
9- e
10- b
20|22
fev
Sucessão
ecológica
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Sucessão ecológica As comunidades intermediárias (ou seriais) já pos-
sui um número maior de organismos.
É a alteração das comunidades ao longo do tempo,
em um mesmo espaço. Ao olhar uma comunidade, Por fim, a comunidade clímax possui um número
observa-se os valores de produtividade bruta (taxa de organismos e condições climáticas estáveis, com
de fotossíntese e quantidade de gases produzidos) e alta matéria orgânica. A produtividade bruta é se
produtividade líquida (produtos da fotossíntese me- torna alta, e a líquida diminui.
nos o que é gasto na respiração)
Na sucessão primária, tem-se a ocupação de um
Ela se inicia com uma comunidade pioneira (ou ece- ambiente novo, estéril (ex.: ilhas vulcânicas), en-
se), onde organismos como líquens e gramíneas se quanto na sucessão secundária, tem-se a ocupação
estabelecem, e há pouca matéria orgânica e alta va- de um ambiente que já havida sido habitado antes
riabilidade de condições ambientais. A produtivida- (ex.: área de pasto ou ambiente após uma queima-
de bruta é baixa, mas a líquida é alta. da).

EXERCÍCIO DE AULA

Bio. 15
1.
A comunidade clímax constitui a etapa final de uma sucessão ecológica. Consi-
dera-se que a comunidade chegou ao clímax quando

a) as teias alimentares, menos complexas, são substituídas por cadeias alimen-


tares.
b) a produção primária bruta é igual ao consumo.
c) cessam a competição interespecífica e a competição intraespecífica.
d) a produção primária líquida é alta.
e) a biomassa vegetal iguala-se à biomassa dos consumidores

2.
Considere as seguintes afirmações sobre sucessão ecológica.

I - Quando uma comunidade atinge o estágio clímax, a teia alimentar torna-se


mais complexa.
II - A composição das espécies tende a permanecer constante ao longo da su-
cessão.
III - Os diferentes organismos dos estágios serais ocasiona modificações nas
condições ambientais locais.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
3.
Considere dois ecossistemas fluviais, ambos em estágio inicial de sucessão, sen-
do um deles (I) altamente poluído por detritos orgânicos biodegradáveis e o ou-
tro (II) totalmente livre de qualquer tipo de poluição.

A relação P/R (P = produção primária bruta e R = respiração) da comunidade é,


provavelmente:

a) igual a 1 em ambos os ecossistemas;


b) menor que 1 em ambos os ecossistemas;
c) maior que 1 em ambos os ecossistemas;
d) menor e maior que 1 em (I) e (II), respectivamente;
e) maior e menor que 1 em (I) e (II), respectivamente.

4.
As queimadas, comuns na estação seca em diversas regiões brasileiras, podem
provocar a destruição da vegetação natural. Após a ocorrência de queimadas em
uma floresta, é CORRETO afirmar que:

a) com o passar do tempo, ocorrerá sucessão primária.

Bio. 16
b) após o estabelecimento dos líquens, ocorrerá a instalação de novas espécies.
c) a comunidade clímax será a primeira a se restabelecer.
d) somente após o retorno dos animais é que as plantas voltarão a se instalar na
área queimada.
e) a colonização por espécies pioneiras facilitará o estabelecimento de outras
espécies.

5.
Vários eventos caracterizam a evolução de uma comunidade biológica durante
uma sucessão ecologia. Assinale a alternativa que contém o conjunto correto
desses eventos.

a) Modificações no microclima de uma comunidade em sucessão causam dimi-


nuição da diversidade biológica a aumento da biomassa.
b) O aumento da biodiversidade biológica de uma comunidade em sucessão leva
ao aumento da biomassa e, à medida que as novas comunidades se sucedem,
ocorrem modificações no microclima.
c) O aumento da biomassa da comunidade em sucessão leva ao aumento da di-
versidade biológica e à estabilização do microclima.
d) O aumento da diversidade biológica causa modificações no microclima de
uma comunidade em sucessão, o que determina a diminuição da sua biomassa.
e) A estabilização do microclima e da biomassa determina o aumento da diversi-
dade biológica de uma comunidade em sucessão.
EXERCÍCIO DE CASA
1.
Vários eventos caracterizam a evolução de uma comunidade biológica durante
uma sucessão ecológica.

Assinale a alternativa que contém o conjunto correto desses eventos.

a) Modificações no microclima de uma comunidade em sucessão causam dimi-


nuição da diversidade biológica e aumento da biomassa.
b) O aumento da diversidade biológica de uma comunidade em sucessão leva ao
aumento da biomassa e, à medida que as novas comunidades se sucedem, ocor-
rem modificações no microclima.
c) O aumento da biomassa da comunidade em sucessão leva ao aumento da di-
versidade biológica e à estabilização do microclima.
d) O aumento da diversidade biológica causa modificações no microclima de
uma comunidade em sucessão, o que determina a diminuição da sua biomassa.
e) A estabilização do microclima e da biomassa determina o aumento da diversi-
dade biológica de uma comunidade em sucessão.

Bio. 17
2.
Analise as figuras

A figura mostra o processo de ocupação do solo em uma área dos pampas gaú-
chos. Considerando a sucessão ecológica, é correto afirmar que:

a) na fase 2 temos a sucessão secundária uma vez que, na 1, teve início a suces-
são primária.
b) ocorre maior competição na fase 3 que na 4, uma vez que capins e liquens ha-
bitam a mesma área.
c) após as fases representadas, ocorrerá um estágio seguinte, com arbustos de
pequeno porte e, depois, o clímax, com árvores.
d) depois do estabelecimento da fase 4 surgirão os primeiros animais, dando iní-
cio à sucessão zoológica.
e) a comunidade atinge o clímax na fase 4, situação em que a diversidade de or-
ganismos e a biomassa tendem a se manter constantes.
3.
A sucessão ecológica pode ser primária ou secundária. Sobre a sucessão primá-
ria, assinale a afirmativa correta.

a) Tem início em áreas antes desabitadas, como as dunas.


b) Ocorre após a derrubada de florestas.
c) As mudanças no ambiente são muito rápidas.
d) Os organismos já encontram condições favoráveis para seu estabelecimento.
e) Os organismos não modificam o ambiente.

4.
Assinale a alternativa que aponta corretamente os indícios de que a sucessão
ecológica chegou a um estágio de “clímax”:

a) Cessam completamente as mudanças na biomassa. A riqueza de espécies atin-


ge um patamar e permanece constante por centenas de milhares de anos.
b) As proporções da abundância total representadas por cada espécie assumem
um valor fixo e cessam as mudanças em tempo geológico.
c) As mudanças em todas as propriedades básicas do ecossistema cessam com-
pletamente.
d) Passa a ser impossível detectar mudanças, por exemplo, na composição de
espécies, após poucos anos.

Bio. 18
e) As únicas mudanças que continuam são a especiação e a evolução.

5.
Durante o processo de sucessão ecológica, os ecossistemas sofrem várias mu-
danças. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica uma tendên-
cia ao longo da sucessão.

a) Diminuição do tamanho dos indivíduos.


b) Redução da diversidade de espécies.
c) Aumento da produtividade líquida.
d) Aumento da complexidade das cadeias alimentares.
e) Diminuição da biomassa total.

6.
A substituição ordenada e gradual de uma comunidade por outra, até que se che-
gue a uma comunidade estável, é chamada de sucessão ecológica. Nesse pro-
cesso, pode-se dizer que o que ocorre é

a) a constância de biomassa e de espécies.


b) a redução de biomassa e maior diversificação de espécies.
c) a redução de biomassa e menor diversificação de espécies.
d) o aumento de biomassa e menor diversificação de espécies.
e) o aumento de biomassa e maior diversificação de espécies.
7.
Com relação ao número de nichos ecológicos (I) e à taxa de respiração (II), numa
sucessão ecológica é correto afirmar que:

a) I aumenta e II diminui
b) I diminui e II aumenta
c) I aumenta e II permanece constante
d) ambos aumentam
e) ambos diminuem

8.
Considere as afirmativas:

1. Sucessão ecológica é o nome que se dá ao processo de transformações gra-


duais na constituição das comunidades de organismos.
2. Quando se atinge um estágio de estabilidade em uma sucessão, a comunida-
de correspondente é a
comunidade clímax.
3. Numa sucessão ecológica, a diversidade de espécies aumenta inicialmente,
atingindo o ponto mais alto no clímax estabilizando-se então.
4. Numa sucessão ecológica ocorre aumento de biomassa.

Bio. 19
Assinale:

a) se todas as afirmativas estiverem incorretas;


b) se todas as afirmativas estiverem corretas;
c) se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem corretas;
d) se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem incorretas;
e) se somente a afirmativa 4 estiver correta.

9.
Acerca das sucessões ecológicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F
para as falsas.

( ) Os conjuntos populacionais passam constantemente por alterações abruptas


e descontínuas com o passar do tempo.
( ) O fim da sucessão secundária sempre resulta em uma comunidade clímax
composta pelas mesmas populações que existiam antes da derrubada.
( ) A relação entre a produção e o consumo em um ecossistema em sucessão e
maior que um.
( ) A presença das espécies pioneiras facilita a retenção da umidade, diminui a
temperatura da superfície e a protege contra a ação do vento.
( ) A sucessão primária tem início em ambientes cujas comunidades sofreram
grandes perturbações, comprometendo a estabilidade do estágio clímax da su-
cessão.

A sequência está correta em:

a) F, F, F, V, V.
b) F, F, V, V, F.
c) V, F, F, V, F.
d) V, V, V, V, V.
10.
Podemos caracterizar uma sucessão ecológica como uma substituição lenta e
gradual da dominância de uma comunidade sobre outra. A sucessão ecológica
permite a formação de uma comunidade clímax, atinge a estabilidade e dificil-
mente sofre alterações significativas em sua estrutura. As espécies que iniciam
o processo de sucessão são denominadas espécies pioneiras. Ao longo da su-
cessão, ocorrem mudanças na estrutura das comunidades. A sucessão pode ser
classificada como primária quando tem início em ambientes que nunca foram
habitados anteriormente. A sucessão secundária é caracterizada por ter início
em ambientes que já foram habitados, cujas comunidades sofreram grandes per-
turbações, o que comprometeu o equilíbrio da comunidade clímax. Podemos ci-
tar como exemplo de sucessão secundária o repovoamento natural de uma área
agrícola que foi abandonada. Durante a sucessão, as comunidades que se insta-
lam sofrem mudanças em sua estrutura. Na tabela a seguir estão listadas algu-
mas dessas mudanças. Observe:

Bio. 20
Analisando a tabela e utilizando conhecimentos prévios de ecologia, pode-se
concluir que há um erro no seguinte item desta tabela:

a) O comportamento da diversidade está correto, pois a comunidade pioneira


tem poucas espécies.
b) O comportamento da biomassa total está correto, pois com o aumento da di-
versidade de espécies haverá aumento populacional e consequente aumento da
biomassa.
c) A relação produção/consumo está incorreta, pois ela será maior do que 1 no
início da sucessão e não menor.
d) O comportamento da teia alimentar está correto, pois com o aumento da di-
versidade de espécies haverá maior complexidade nas relações tróficas.

QUESTÃO CONTEXTO
O Havaí se localiza em um arquipélago no Oceano Pacífico, e é um dos estados
dos Estados Unidos da América. O arquipélago possui 132 ilhas, e é no sudeste
que se encontram as as oito maiores ilhas do Havaí, que são habitadas. Todas as
ilhas foram formadas por vulcões, e muitas cadeias de rochas e ilhas principais
hoje são vulcões inativos.

As ilhas de vulcões são formadas a partir da deposição de lava, que se solidifica


quando em contato com a água. Após um período de tempo, forma-se a área de
ilha. Este ambiente então fica suscetível para que ocorra o processo de sucessão
ecológica. Diga que tipo de sucessão ocorre neste local e descreva-a.
GABARITO

01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b O tipo de sucessão é uma sucessão primária, onde
2. c organismos vão colonizar um ambiente estéril, nun-
3. d ca ocupado antes. Ela se inicia com a comunidade
4. e pioneira, onde organismos como líquens se estabe-
5. b lecem, seguida pela comunidade intermediária e por
fim se estabelecendo como comunidade clímax.

02.
Exercício de casa
1- b
2- e
3- a
4- d
5- d
6- e
7- d

Bio. 21
8- b
9- b
10- c
Fil. Semana 3

Lara Rocha
(Debora Andrade)

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CRONOGRAMA

10/02 Os pré-socráticos e
os sofistas

09:15
19:15

24/02 Filósofos da
tradição

9:15
19:15
24
Filósofos da fev
tradição
Sócrates, Platão e
Aristóteles

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
mudança, da transformação. No entanto, por que
Platão nomeia este mundo de habitamos de mun-
do sensível? Exatamente porque nós apreendemos
esse mundo através de nossos sentidos, ou seja, nós
percebemos as coisas desse mundo por intermédio
dos cinco sentidos (visão, tato, olfato, paladar, audi-
Platão, Sócrates e Aristóteles ção). Mas e o que é, então, o mundo inteligível para
Platão?

Sócrates O mundo inteligível ou mundo das ideias ou mundo


das Formas é um mundo superior, apenas acessível
O filósofo ateniense Sócrates (469 – 399 a.C) foi um ao nosso Intelecto e não aos nossos sentidos, que
pensador do período clássico da filosofia grega anti- nada mais é do que o mundo do conhecimento ou
ga e é considerado o pai da filosofia. Sócrates acre- da sabedoria. É contemplando as ideias do mundo
ditava na superioridade da língua oral sobre a língua inteligível através de nossa alma que podemos co-
escrita, ou seja, considerava que o conhecimento nhecer as coisas. Assim, o mundo inteligível é com-
deveria ser construído sempre através do diálogo. posto de ideias perfeitas, eternas e imutáveis, que
Diferentemente dos sofistas, Sócrates acreditava podemos acessar através da nossa razão. Um exem-

25
que era possível encontrar o conhecimento verda- plo: a Forma ou ideia de cadeira existe no mundo das
deiro, através da diferenciação entre a mera opinião ideias como um conceito que temos acesso através
(doxa) e a verdade (episteme). de nosso Intelecto. É por isso que quando obser-
vamos uma cadeira particular (material) no mundo

Fil.
A genialidade do seu pensamento pode ser compre- sensível, nós a identificamos como cadeira, dado
endida, em linhas gerais, se atentarmos para o mé- que acessamos a ideia ou conceito de cadeira que
todo socrático, que é composto de dois momentos existe no mundo inteligível.
principais: A ironia e a mauêutica. A ironia pode ser
entendida como o momento destrutivo do diálogo, Todas as coisas (materiais) que existem aqui no mun-
onde Sócrates procurava mostrar ao seu interlocu- do sensível correspondem a uma ideia ou Forma lá
tor que aquilo que ele considerava ser uma verdade no mundo das ideias. No mundo inteligível estão as
tratava-se apenas de uma opinião. Já no segundo essências ou a origem de todas as coisas que ob-
momento do diálogo – a mauêutica – Sócrates fazia servamos no mundo sensível. Assim, a origem das
o que chamava de parto das ideias, ou seja, levava cadeiras que existem no mundo sensível é a ideia de
o seu interlocutor a buscar a verdade por si mesmo cadeira. O que existe realmente é a ideia, enquanto
através do diálogo. que a coisa material só existe enquanto participa de
ideia dessa coisa. Essa é a teoria da participação em
Platão: Uma coisa só existe na medida em que parti-
Platão cipa da ideia dessa mesma coisa. Portanto, segundo
Platão, a ideia é anterior às próprias coisas. Seguin-
Uma das teorias mais fundamentais para a compre- do o nosso exemplo, a ideia de cadeira é anterior à
ensão do pensamento de Platão (428- 347 a. C) é, existência das cadeiras particulares.
sem dúvida, a sua famosa teoria das ideias. Ela afir-
ma que existem dois mundos, a saber: o mundo sen- Uma teoria que deriva da teoria das ideias é a teoria
sível e o mundo inteligível. O mundo sensível é exa- platônica da reminiscência. Segundo Platão, o ser
tamente este mundo que nós habitamos, ou seja, o humano é formado de uma parte mortal, a saber, o
mundo terreno da matéria, onde estão presentes to- corpo; e uma parte imortal, a saber: a alma; antes de
dos os objetos materiais. Todas as coisas do mundo habitarmos este mundo, nossa alma habitava o mun-
sensível, então, estão sujeitas à geração e à corrup- do das ideias. Lá ela possuía todo o conhecimento
ção, podendo deixar de ser o que são e se transfor- possível, não era ignorante a respeito de nada. No
mar em outra coisa, esse é o mundo da variação, da entanto, quando nossa alma se junta ao corpo,
ela acaba se esquecendo de tudo aquilo que ela sa-
bia lá no mundo das ideias. Assim, o conhecimento → Essência: é o que dá identidade à substância, de
para Platão é reminiscência (ou seja, lembrança) da- modo que, se lhe faltasse ela, não poderia ser ela
quilo que nossa alma já viu quando habitava o mun- mesma.
do inteligível. Conhecer é, portanto, nada mais do
que lembrar, trazer de volta à memória aquilo que já → Acidente: a substância pode ter ou não sem que
vimos em outro mundo. sua identidade seja alterada por isso.
Além das noções de essência e acidente, os concei-
tos de matéria e forma são indispensáveis ao pen-
samento aristotélico. Todo ser contém as duas re-
Aristóteles alidades.

Aristóteles, sem dúvida, foi um dos homens mais bri- → Matéria: Princípio indeterminado que compõe o
lhantes e importantes de todos os tempos. Durante mundo.
sua vida escreveu diversos tratados sobre filosofia,
física, biologia, além de ser responsável pela exis- → Forma: é o que faz que uma coisa seja o que é. É
tência de várias enciclopédias. Embora tenha sido o que faz que os cachorros sejam cachorros mesmo
discípulo de Platão, Aristóteles rompeu com o mes- pertencendo à raças diferentes.
tre e criou sua própria escola, chamando-a de Liceu.
Na sua concepção filosófica, o conhecimento sensí- A forma é inteligível e faz com que todos que perten-
vel e o conhecimento racional também são distintos, cem à mesma espécie sejam o que são, já a matéria
porém são interligados. Para Aristóteles, ninguém é passividade e tende a realizar a forma e a potência.

26
conhece o racional sem o auxílio dos sentidos. A se- Aristóteles concilia em sua filosofia os pensamentos
guir veremos algumas das noções mais fundamen- de Heráclito e Parmênides com as noções de ato e
tais de sua metafísica. potência.

Fil.
Primeiramente vamos entender as noções de essên- → Potência: é a capacidade de se tornar alguma
cia e acidente. Para ele, cada ser que existe é uma coisa, mas para que a mudança ocorra é necessária
substância, isto significa que não existem dois mun- a ação do ato.
dos, a ideia e a matéria formam a substancialidade.
O conceito de substância diz respeito àquilo que é → Ato é a essência da coisa (forma).
em si mesmo. Mas, ele pode receber atributos es-
senciais ou acidentais.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encon-
tra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra
Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o
mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates
chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua
própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois

a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer ad-
quirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez
que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que esta-
belece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas
concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.

2.
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de
conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso esta-
belecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivel-
mente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odys-


seus, 2012 (adaptado).

O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da

27
Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como
Platão se situa diante dessa relação?

a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.

Fil.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são insepará-
veis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
.

3.
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa
do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição
existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é
a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos es-
tão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a
identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010.

Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles


a identifica como

a) busca por bens materiais e títulos de nobreza.


b) plenitude espiritual e ascese pessoal.
c) finalidade das ações e condutas humanas.
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
EXERCÍCIOS DE CASA
Leia o texto para responder às questões de números 1 e 2.

“A caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as som-
bras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o
mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis,
que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras,
criadas por artefatos fabricadores de ilusões. Os grilhões são nossos pre-
conceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões.
O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a
dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a
luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol
ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a
sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas e insólitas do fi-
lósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já
não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem mover-se
com engenho no interior das aparências e ilusões. Os anos despendidos na
criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para li-
bertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A Paideia
filosófica é uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligí-

28
vel. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver,
orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capa-
cidade para ver.”
[Marilena Chauí]

Fil.
1.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que:

a) O conhecimento filosófico é o único que pressupõe o acesso ao mundo sen-


sível.
b) Filosofar é um instrumento de alienação para quem sai da caverna.
c) O filósofo, por sua busca, tem uma visão mais abrangente do conhecimento.
d) A unidade da verdade não permite divagações metafísicas.

2.
Ainda sobre o texto, pode-se afirmar que:

a) O processo de esclarecimento por meio da filosofia pressupõe a iluminação


das coisas sensíveis pelos fabricadores de ilusões.
b) A Paidéia filosófica é um processo de dissolução de preconceitos e de ideias
ligadas ao senso comum.
c) A alegoria da caverna não se adequa às realidades contemporâneas.
d) Convidar as pessoas para saírem da caverna é um contrassenso, pois somente
o filósofo pode sair da caverna.
Leia o texto para responder as questões de número 3 e 4.

“Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas que,
quando falava, exercia estranho fascínio. Procurado pelos jovens, passava
horas discutindo na praça pública. Interpelava os transeuntes, dizendo-se
ignorante, e fazia perguntas aos que julgavam entender determinado as-
sunto: “O que é a coragem e a covardia?”, “O que é a beleza?”, “O que é a
justiça?”, “O que é a virtude?”. Desse modo, Sócrates não fazia preleções,
mas dialogava. Ao final, o interlocutor concluía não haver saída senão reco-
nhecer a própria ignorância. A discussão tomava outro rumo, na tentativa de
explicitar melhor o conceito”.

(ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires.


Filosofando: Introdução à Filosofia, 2009, p.21).

3.
. A partir do fragmento acima exposto, é correto afirmar sobre o pensamento
socrático:

I. que se define enquanto saber inacabado, porque é dinâmico e está em cons-


trução;
II. que é por natureza dogmático, já que o próprio Sócrates é detentor de um

29
saber;
III. que não faz de Sócrates “um ser que ilumina”, já que o caminho por ele pro-
posto é o da discussão intersubjetiva e dialogal.

Fil.
É correto o que se afirma em:

a) I e III, apenas.
b) I, II, e III.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.

4.
Por meio do diálogo, Sócrates construía com seus interlocutores uma relação
pautada em perguntas, respostas e novas perguntas. Tal método também ficou
conhecido como maiêutica, e sobre ele é correto afirmar que:

a) tem como finalidade uma conclusão efetiva, ainda que seu interlocutor não
abandone a doxa.
b) a verdade descoberta por seu interlocutor consiste em uma novidade onto-
lógica.
c) enquanto dizia saber apenas que não sabia, Sócrates propunha o “não saber”
como termo à sua filosofia.
d) possibilitava Sócrates ajudar seus interlocutores a dar à luz ideias que já es-
tavam neles.
5.
Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e
o ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido,
opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-
-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é
não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique
Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.

A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Po-


tência de Aristóteles, assinale a alternativa correta.

a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em


algo diferente dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em re-
lação à estátua (ser-em-potência).
b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebi-
do no mundo sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capaci-
dade de assumir ou receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar
(assumindo ou recebendo aquela forma).
c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre
porque o movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que
existe é sempre imutável e imóvel.
d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais)

30
e a potência se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas
com o intelecto.

Fil.
QUESTÃO CONTEXTO

Há muitos séculos atrás, Platão descrevia em sua obra “ A República”, a alego-


ria da caverna, na qual os homens, acorrentados, viviam uma vida ilusória, onde
tudo o que conheciam era baseado nas sombras projetadas na parede da caver-
na. No século XXI, muitas pessoas ainda vivem acorrentadas, guiadas a partir de
representações enganosas difundidas pela mídia. Com base em seus conheci-
mentos sobre o mito da caverna e na charge acima, escreva um pequeno texto
sobre a possível aplicação do mito da caverna no mundo contemporâneos.
GABARITO
01.
Exercício de aula
1. a
2. d
3. c

02.
Exercício de casa
1. c
2. b
3. a
4. d
5. b

31
Fil.
Fís. Semana 3

Leonardo Gomes
(Arthur Vieira)

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CRONOGRAMA

06/02 Introdução à
Cinemática

18:00

08/02 Introdução à Movimento


Cinemática retilíneo e uniforme
(MU)

11:00
8:00 18:00

13/02 Gráficos do
Movimento
retilíneo e uniforme
(MU)

18:00

15/02 Gráficos do Movimento


Movimento retilíneo
retilíneo e uniforme uniformemente
(MU) variado (MUV)

11:00
08:00 18:00
20/02 Gráficos do
Movimento
retilíneo
uniformemente
variado (MUV)

18:00

22/02 Gráficos do Exercícios de MUV


Movimento
retilíneo
uniformemente
variado (MUV)
11:00
08:00 18:00
20|22

Gráficos do fev
movimento
retilíneo unifor-
memente varia-
do (MUV)
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A aceleração (média) é a razão entre a variação de
velocidade e o intervalo de tempo necessário para
esta variação e seu módulo é dado por

e sua unidade é o metro por segundo ao quadrado


(m/s2).

A aceleração constante produz um movimento cha-


mado de uniformemente variado (MUV).

Para este tipo de movimento, a velocidade média


também pode ser calculada como a média das ve- Gráficos
locidades.
Para um movimento retilíneo uniformemente varia-
do, os gráficos de posição contra tempo (s x t) são

36
parábolas, possuindo concavidade positiva se a >0
onde vf é a velocidade final e v0 a velocidade inicial. ou negativa se a <0.

Pode-se demonstrar que as equações responsáveis

Fís.
pelo MUV são:

Para os gráficos de velocidade contra o tempo (v x


t), temos retas:

Obs.: Para um movimento ser considerado ace-


lerado é preciso que o módulo de sua velocidade
aumente. E para ser considerado como retarda-
do ou desacelerado é preciso que o módulo de
sua velocidade diminua. O sinal negativo vai indi-
car seu sentido. Assim uma aceleração negativa
não significa que o movimento é retardado. Finalmente, para os casos em que a aceleração é
constante (praticamente todos os casos):
O movimento será acelerado quando velocidade
e aceleração tiverem mesmo sentido e será re-
tardado quando velocidade e aceleração tiverem
sentidos opostos.

O movimento ainda pode ser classificado como pro-


gressivo (quando ocorre no sentido positivo do eixo)
e retrógrado (quando ocorre no sentido negativo do
eixo).
Estes gráficos possuem certas peculiaridades van- → No gráfico s x t: a tangente do ângulo é igual a
tajosas: velocidade;
→ No gráfico v x t: a tangente do ângulo é igual a
aceleração e a área sob o gráfico é igual a variação
de posição.
→ No gráfico a x t: a área sob o gráfico é igual a va-
riação de velocidade.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Texto para as duas questões abaixo:

37
Em uma prova de 100m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão é
representado pelo gráfico a seguir:

Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velocidade do corredor é apro-


Fís.
ximadamente constante?

a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 1 e 5 segundos.
c) Entre 5 e 8 segundos.
d) Entre 8 e 11 segundos.
e) Entre 12 e 15 segundos.
2.
Em que intervalo de tempo o corredor apresenta aceleração máxima?

a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 8 e 11 segundos.
c) Entre 1 e 5 segundos.
d) Entre 9 e 15 segundos.
e) Entre 5 e 8 segundo

No circuito automobilístico de Spa Francorchamps, na Bélgica, um carro de Fór-

3.
mula 1 sai da curva Raidillion e, depois de uma longa reta, chega à curva Les
Combes.

Figura: Circuito automobilístico de Spa Francorchamps

38
A telemetria da velocidade versus tempo do carro foi registrada e é apresentada
no gráfico a seguir.

Fís.
Qual das alternativas a seguir contém o gráfico que melhor representa a acelera-
ção do carro de F-1 em função deste mesmo intervalo de tempo?

a)

b)
c)

d)

e)

39
4.
O gráfico abaixo corresponde ao movimento uniformemente variado de uma

Fís.
partícula:

a) Supondo que a trajetória da partícula seja a representada a seguir, copie-a, in-


dicando a posição da partícula nos instantes 0, 1 s, 2 s, 3 s, 4 s e 5 s.

b) O movimento é acelerado ou retardado para 0 < t < 2 s? E para t > 2 s?


5.
Como medida de segurança, várias transportadoras estão usando sistemas de
comunicação via satélite para rastrear o movimento de seus caminhões. Consi-
dere um sistema que transmite, a cada instante, a velocidade do caminhão para
uma estação de monitoramento. A figura abaixo mostra o gráfico da velocidade
em função do tempo, em unidades arbitrárias, para um caminhão que se desloca
entre duas cidades. Consideramos que AB, BC, CD, DE e EF são intervalos de
tempo entre os instantes respectivos assinalados no gráfico.

Com base no gráfico, analise as seguintes afirmativas:

I. Em AB, o caminhão tem aceleração positiva.


II. O caminhão atinge a menor velocidade em BC.
III. O caminhão atinge a maior velocidade no intervalo DE.
IV. O caminhão percorre uma distância maior no intervalo DE que no intervalo
EF.
V. O caminhão sofre uma desaceleração no intervalo CD.

Indique a alternativa que contém apenas afirmativas corretas:

a) I e II.
b) I e III.

40
c) III e IV.
d) IV e V.
e) II e V.

Fís.
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Em um teste, um automóvel é colocado em movimento retilíneo uniformemente
acelerado a partir do repouso até atingir a velocidade máxima. Um técnico cons-
trói o gráfico onde se registra a posição x do veículo em função de sua velocida-
de v. Através desse gráfico, pode-se afirmar que a aceleração do veículo é

a) 1,5 m/s²
b) 2,0 m/s²
c) 2,5 m/s²
d) 3,0 m/s²
e) 3,5 m/s²

2.
A tabela mostra os valores da velocidade de um atleta da São Silvestre em fun-
ção do tempo, nos segundos iniciais da corrida.

a) Esboce o gráfico da velocidade do atleta em função do tempo.


b) Calcule a aceleração do atleta nos primeiros 5 s da corrida.
3.
A velocidade escalar de um móvel variou com o tempo conforme o gráfico se-
guinte:

Calcule:

a) a distância percorrida pelo móvel no intervalo de tempo de 0 a 5 s;


b) a velocidade escalar média do móvel no mesmo intervalo de tempo.

4.
Na figura, estão representadas as velocidades, em função do tempo, desenvolvi-
das por um atleta, em dois treinos A e B, para uma corrida de 100 m rasos.

41
Fís.
Com relação aos tempos gastos pelo atleta para percorrer os 100 m, podemos
afirmar que, aproximadamente:

a) no B levou 0,4 s a menos que no A.


b) no A levou 0,4 s a menos que no B.
c) no B levou 1,0 s a menos que no A.
d) no A levou 1,0 s a menos que no B.
e) no A e no B levou o mesmo tempo.

5.
Em certo instante passam pela origem de uma trajetória retilínea os móveis A,
em movimento uniforme, e B, em movimento uniformemente variado. A partir
desse instante, constrói-se o diagrama abaixo. Em que instante o móvel B está
32 m à frente de A?
6.
O gráfico representa a velocidade em função do tempo de uma pequena esfera
em movimento retilíneo.

Em t = 0, a esfera se encontra na origem da trajetória. Qual das alternativas se-


guintes apresenta corretamente os gráficos da aceleração (a) em função do tem-
po e do espaço (s) em função do tempo (t)?

a)

42
b)

Fís.
c)

d)

e)
GABARITO
01.
Exercícios para aula
1. c
2. a
3. d
4. a) v = 5 + 2t
b) 14 m
c) v = 7 m/s
d) acelerado
5. c

02.
Exercícios para casa
1. b
2. a)

43
Fís.
b) 1,8 m/s
3. a) d = 100 m
b) vm = 20 m/s
4. b
5. 8s
6. d
22
Exercícios fev
do movimento
retilíneo unifor-
memente varia-
do (MUV)
01. Exercícios de Aula
02. Exercícios de Casa
03. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Um móvel se desloca, em movimento uniforme, sobre o eixo x durante o intervalo
de tempo de t0=0 a t = 30s. O gráfico representa a posição x, em função do tem-
po t, para o intervalo de t=0s a t=5,0s:

O instante em que a posição do móvel é –30 m, em segundos, é:

a) 10.
b) 15.
c) 20.
d) 25.

45
e) 30.

Fís.
2.
A avenida Pedro Álvares Cabral, localizada numa grande cidade, é plana e retilí-
nea. Num trecho, a avenida é cortada por ruas transversais, conforme mostra a
figura abaixo:

Para permitir a travessia segura de pedestres, os sinais de trânsito existentes nos


cruzamentos devem ser fechados, simultaneamente, a cada 1,5min. Um carro,
trafegando pela avenida com velocidade constante, chega ao cruzamento com
a Rua Pero Vaz de Caminha 10s depois que o sinal abriu. Qual deve ser o módulo
dessa velocidade, em km/h, para que ele possa percorrer todo o trecho da ave-
nida indicado na figura, desde a Rua Pero Vaz de Caminha até a Rua Fernão de
Magalhães, encontrando todos os sinais abertos?
3.
A figura abaixo ilustra trechos de algumas alamedas de uma região plana da ci-
dade. Uma pessoa, que caminha com velocidade escalar constante de 3,6 km/h,
necessita ir do ponto A ao ponto B.

O menor intervalo de tempo possível para esse deslocamento, ao longo das li-
nhas pontilhadas, é de:

a) 9,30min.
b) 9,50min.
c) 10,30min.
d) 10,50min.
e) 10,67min.

46
4.
Um projetor de filmes gira com uma velocidade de 20 quadros por segundo.
Cada quadro mede 1,0 cm de comprimento. Despreze a separação entre os qua-

Fís.
dros. Qual o tempo de projeção, em minutos, de um filme cuja fita tem um com-
primento total de 18 m?

a) 1,5
b) 3,0
c) 4,5
d) 6,0
e) 7,5

5.
Uma pessoa sai de casa a caminhar, em linha reta, afasta-se 4 km, de onde retor-
na, chegando em casa 90min após a partida. A figura abaixo mostra como sua
posição em relação a casa variou com o tempo, durante a caminhada. Observe a
figura e marque a alternativa correta sobre a velocidade dessa pessoa.

a) Foi nula nos tempos t = 10min, 30min e 70min.


b) Foi crescente nos tempos t = 20min, 30min e 50min.
c) Foi decrescente nos tempos t = 50min e 70min.
d) Foi crescente no tempo t = 20min.
e) Foi constante entre os tempos t = 10min e t = 30min.
O enunciado a seguir é para as questões 6 e 7:

Os gráficos de velocidade (v) e aceleração (a) contra o tempo (t) representam o


movimento “ideal” de um elevador que parte do repouso, sobe e para.

47
6.
Sabendo que os intervalos de tempo A e C são ambos de 1,5s, qual é o módulo a0
da aceleração com que o elevador se move durante esses intervalos?

Fís.
a) 3,00 m/s²
b) 2,00 m/s²
c) 1,50 m/s²
d) 0,75 m/s²
e) 0,50 m/s²

7.
Sabendo que os intervalos de tempo A e C são ambos de 1,5s e que o intervalo B
é de 6s, qual a distância total percorrida pelo elevador?

a) 13,50 m
b) 18,00 m
c) 20,25 m
d) 22,50 m
e) 27,00 m
8.
Partindo do repouso, um avião percorre a pista de decolagem com aceleração
constante e atinge a velocidade de 360 km/h em 25s. Qual o valor da aceleração
em m/s²?

9.
Um carro está parado diante de um sinal fechado. Quando o sinal abre, o car-
ro começa a mover-se com aceleração constante de 2,0 m/s² e, neste instante,
passa por ele uma motocicleta com velocidade constante de módulo 14 m/s, mo-
vendo-se na mesma direção e sentido. Nos gráficos abaixo, considere a posição
inicial do carro como origem dos deslocamentos e o instante em que o sinal abre
como origem dos tempos. Em cada gráfico, uma curva refere-se ao movimento
do carro e a outra ao movimento da motocicleta.

48
Fís.
É correto afirmar que:

a) o carro alcançará a motocicleta quando suas velocidades forem iguais.


b) o carro alcançará a motocicleta no instante t = 14s.
c) o carro alcançará a motocicleta na posição x = 64 m.
d) as acelerações do carro e da motocicleta, em função do tempo, podem ser
representadas pelo gráfico II.
e) os deslocamentos do carro e da motocicleta, em função do tempo, podem ser
representados pelo gráfico I.
f) as velocidades do carro e da motocicleta, em função do tempo, podem ser re-
presentadas pelo gráfico III.

10.
. No mesmo instante em que um carro A, com MRU, passa pela origem de uma
trajetória retilínea, outro, B, parte do repouso desse mesmo ponto com MRUV.
Após o tempo ∆t_E, Ae B se encontram. O tempo, contado a partir do início do
movimento do carro B, necessário para que ambos apresentem a mesma velo-
cidade, é:

a) 2∆tE
b) (3∆tE)/4
c) ∆tE
d) (∆tE)/2
e) (∆tE)/4
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Dois móveis A e B partem, simultaneamente, do mesmo ponto, com velocidades
constantes VA = 6 m/s e VB = 8 m/s. Qual a distância entre eles, em metros, de-
pois de 5 s, se eles se movem na mesma direção e no mesmo sentido?

a) 10
b) 30
c) 50
d) 70
e) 90

2.
Dois barcos partem simultaneamente de um mesmo ponto, seguindo rumos per-
pendiculares entre si. Sendo de 30km/h e 40km/h suas velocidades, sua distân-
cia após 6min vale:

a) 7km
b) 1km

49
c) 300km
d) 5km
e) 420km

Fís.
3.
Numa viagem de automóvel foram anotados os instantes e os marcos quilomé-
tricos, durante certo intervalo de tempo, conforme a tabela a seguir. Supõe-se
movimento uniforme.

Acerca desse movimento, considere a seguinte frase incompleta: “No instante


7h10min, o movimento tem velocidade escalar de .....................”.
Os valores mais prováveis para se preencher corretamente as lacunas da frase
são, respectivamente,

a) 203 km/h e 1,0 km.


b) 5 km/h e 1,0 km.
c) 1,0 km/min e 1,0 km.
d) 1,0 km/min e 203 km.
e) 5,0 km/min e 203 km.
4.
Dois ciclistas percorrem, com velocidade constante, uma pista retilínea. No ins-
tante t = 0, o primeiro encontra-se a 10 m da origem e o segundo a 15 m.
Sabendo-se que suas velocidades escalares são, respectivamente, de 15 m/s e
10 m/s, o intervalo de tempo decorrido e a distância a partir da origem onde se
dará o encontro serão:

a) 1 s e 15 m.
b) 1 s e 25 m.
c) 2 s e 25 m.
d) 2 s e 50 m.
e) 3 s e 25 m.

5.
A distância entre dois automóveis é de 225 km. Se eles andam um ao encontro
do outro com velocidades de 60 km/h e de 90 km/h, respectivamente, se en-
contrarão ao fim de:

a) 1 hora.
b) 1 hora e 15 minutos.
c) 1 hora e meia.
d) 1 hora e 50 minutos.

50
e) 2 horas e meia.

Fís.
6.
O gráfico abaixo mostra a posição, em função do tempo, de dois trens que via-
jam no mesmo sentido em trilhos paralelos:

Assinale a afirmativa correta.

a)Na origem do gráfico, ambos os trens estavam parados.


b) Os trens aceleraram o tempo todo.
c) No instante tB, ambos os trens têm a mesma velocidade.
d) Ambos os trens têm a mesma aceleração em algum instante anterior a tB.
e) Ambos os trens têm a mesma velocidade em algum instante anterior a tB.
7.
O gráfico abaixo representa os movimentos de dois móveis A e B:

Observando o gráfico, pode-se afirmar que:

a) em t = 2s e t = 9s a velocidade do móvel A é igual à velocidade do móvel B.


b) a aceleração do móvel A é sempre maior que a do móvel B.
c) a velocidade do móvel B em t = 2s é nula.
d) a velocidade do móvel A em t = 9s é 7 m/s.
e) em t = 0s a aceleração do móvel A é 16 m/s².

51
8.
Um carro está viajando numa estrada retilínea com a velocidade de 72 km/h.
Vendo adiante um congestionamento no trânsito, o motorista aplica os freios du-
rante 2,5s e reduz a velocidade para 54 km/h. Supondo que a aceleração é cons-
tante durante o período de aplicação dos freios, calcule o seu módulo, em m/s².

Fís.
a) 1,0
b) 1,5
c) 2,0
d) 2,5
e) 3,0

9.
As velocidades de crescimento vertical de duas plantas Ae B, de espécies dife-
rentes, variaram, em função do tempo decorrido após o plantio de suas semen-
tes, como mostra o gráfico a seguir.

É possível afirmar que:

a) A atinge uma altura final maior do que B.


b) B atinge uma altura final maior do que A.
c) A e B atingem a mesma altura final.
d) A e B atingem a mesma altura no instante t0.
e) A e B mantêm altura constante entre os instantes t1 e t2.
10.
. Um automóvel trafega com velocidade constante de 12 m/s por uma avenida e
se aproxima de um cruzamento onde há um semáforo com fiscalização eletrôni-
ca. Quando o automóvel se encontra a uma distância de 30 m do cruzamento, o
sinal muda de verde para amarelo. O motorista deve decidir entre parar o carro
antes de chegar ao cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo cruzamento
antes de o sinal mudar para vermelho. Este sinal permanece amarelo por 2,2s. O
tempo de reação do motorista (tempo decorrido entre o momento em que o mo-
torista vê a mudança de sinal e o momento em que realiza alguma ação) é 0,5s.

a) Determine a mínima aceleração constante que o carro deve ter para parar an-
tes de atingir o cruzamento e não ser multado.
b) Calcule a menor aceleração constante que o carro deve ter para passar pelo
cruzamento sem ser multado. Aproxime 1,72 3,0.

GABARITO

52
01.

Fís.
Exercícios para aula
1. d
2. v = 36km/h
3. b
4. a
5. d
6. b
7. d
8. a = 4,0m/s2
9. b; f
10. d

02.
Exercícios para casa
1. a
2. d
3. d
4. b
5. c
6. d
7. d
8. c
9. b
10. a) a = -3m/s2 b) a = 2,4m/s2
Geo. Semana 3

Claudio Hansen
Rhanna Leoncio

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CRONOGRAMA

07/02 Formação
do espaço e
revoluções
industriais

09:15

Formação
09/02 do espaço e
revoluções
industriais

19:15

Fordismo e o
14/02 surgimento do
Keynesianismo

09:15

Fordismo e o
16/02 surgimento do
Keynesianismo

19:15
21/02 Toyotismo e a
Terceira Revolução
Industrial

09:15

23/02 Toyotismo e a
Terceira Revolução
Industrial

19:15
21|23

Toyotismo e fev
a Terceira Re-
volução Indus-
trial
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
O modelo Toyotista, também chamado de sistema mandas do mercado (Just in time).
flexível, surge na fábrica de automóveis da Toyota,
no Japão, após a crise do modelo Fordista-Tayloris- → Produtos não duráveis (obsolescência progra-
ta, visando solucionar os problemas criados por este mada) e diversificados para possibilitar a renovação
modelo, tais como, estoques lotados, pressão sindi- dos estoques.
cal e produtos muito duráveis e padronizados. Den-
tre as soluções encontradas para estes problemas Durante o predomínio do Fordismo era correto afir-
destacam-se: mar que os países industrializados eram os países
ricos, pois eram os que tinham capital para inves-
→ O aumento dos salários dos trabalhadores para tir na otimização da produção e o faziam nas suas
aumentar assim o mercado consumidor. indústrias que até então estavam concentradas em
seu território. Com o Toyotismo e a desconcentra-
→ A desconcentração industrial como forma de di- ção industrial isto foi alterado com as indústrias mi-
ficultar o amparo dos sindicatos aos trabalhadores grando para os países pobres e emergentes e a sede
com a saída das indústria dos países ricos para os se concentrando nos países ricos.
países mais pobres. Esse aspecto surge da necessi-
dade do Japão encontrar espaços para a produção, Além do modelo Toyotista, a Terceira Revolução In-
visto que seu território, em grande maioria, é forma- dustrial tem como características o desenvolvimen-
do por montanhas e florestas. to de alta tecnologia, investimento em pesquisas

Geo. 57
(Tecnopólos) e o destaque da informação que dão
→ A produção flexível, ou seja, que se adapta às de- origem ao Meio Técnico Científico Informacional.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
A expansão da produção capitalista, nos três primeiros quartos do século XX,
esteve assentada principalmente no modelo de organização fordista. A partir
dos anos 1970, esse modelo sofreu significativas alterações, decorrentes da difi-
culdade em enfrentar, através de ganhos de produtividade, a crise que atingiu o
sistema capitalista. Impôs-se ao universo da produção a necessidade de profun-
da reestruturação econômica, expressa pela introdução de novas tecnologias,
flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos
e dos padrões de consumo. Tais mudanças foram vistas por alguns como ruptu-
ra e, por outros, como continuidade do modelo fordista. De qualquer maneira, o
mundo do trabalho real do século XXI já não é mais o mesmo.

Sobre os impactos concretos que afetaram a produção e o trabalho no Brasil, no


quadro das transformações comentadas no texto, é correto afirmar que houve:

a) consolidação do assalariamento regulamentado, através da expansão do em-


prego com carteira registrada para a totalidade dos trabalhadores.
b) fortalecimento do poder de negociação dos sindicatos e elevação contínua da
renda dos trabalhadores.
c) extinção por inteiro das formas antigas de divisão do trabalho baseada na se-
paração entre concepção e execução, em decorrência da alta qualificação inte-
lectual dos trabalhadores.
d) expansão de formas alternativas de organização do trabalho (trabalho infor-
mal, doméstico, temporário, por hora e subcontratação) em detrimento do assa-
lariamento tradicional.
e) redução drástica das jornadas de trabalho e ampliação do tempo de lazer des-
frutado pelos trabalhadores.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
“No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se
queixar do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de aci-
dentes sem medo de serem despedidos. Agora, apenas um terço dos funcio-
nários da IBP [empresa alimentícia norte-americana] pertence a algum sin-
dicato. A maioria dos não sindicalizados é imigrante recente; vários estão no
país ilegalmente; e no geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja
qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém a fazer queixa. [...]
A velocidade das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas

Geo. 58
não sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda indústria.”
(SCHLOSSER, Eric. País Fast- Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221).

No texto, o autor aborda a universalização, no campo industrial, dos empregos


do tipo Mcjobs “McEmprego”, comuns em empresas fast-food. Assinale a alter-
nativa que apresenta somente características desse tipo de emprego.

a) Alta remuneração da força-de-trabalho adequada à especialização exigida


pelo processo de produção automatizado.
b) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade
no espaço da empresa.
c) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena
divisão do trabalho.
d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportu-
nidades de avanço na carreira.
e) Baixa qualificação do trabalhador acompanhada de má remuneração do tra-
balho e alta rotatividade.

2.
São características das transformações que estão ocorrendo no mundo do tra-
balho na sociedade globalizada:

I – a principal estratégia das grandes empresas está na dispersão geográfica


para outras zonas em que a exploração do trabalho é mais barata;
II – a produção, longe da rigidez do fordismo, apóia-se na flexibilização organi-
zacional do trabalho e das formas de contratação;
III – com as novas tecnologias, o mercado de trabalho se apresenta como um
bloco homogêneo, de fácil mobilidade e intercâmbio;
IV – a inserção da população feminina no mercado de trabalho se dá de forma
ampliada e igualitária.
Assinale a alternativa correta.

a) II e III estão corretas.


b) I e II estão corretas.
c) II, III e IV estão corretas.
d) I , II e III estão corretas.

3.
A mecanização do processo produtivo assume hoje dimensões nunca vistas,
com o desenvolvimento da robótica e, cada vez mais, as fábricas empregam um
contingente menor de operários. Em vista disso, podemos observar as seguintes
mudanças nas relações de trabalho:

I – A concorrência desenfreada entre trabalhadores por empregos reforça um


sentimento crescente de individualismo e isolamento.
II – Com a transformação na indústria, novas relações de trabalho se organizam
-trabalho individual, terceirizado e prestação de serviços – substituindo relações
de emprego tradicionais.
III – A concorrência desenfreada, entre trabalhadores por emprego, entre em-
presas pelo controle dos mercados e entre nações pelos recursos escassos, aba-
la antigas alianças e relações tradicionais de solidariedade.

Geo. 59
IV – Nos países industrializados, surge o desemprego estrutural, com a diminui-
ção constante e irreversível dos cargos nas empresas, colocando em disponibili-
dade uma parcela cada vez maior da população.

a) I, III e IV estão corretas.


b) I, II e III estão corretas.
c) III e IV estão corretas.
d) I, II, III e IV estão corretas.

4.
São fatores que hoje introduzem mudanças no mundo do trabalho.

I – O uso intensivo de novas tecnologias, como robôs e computadores, e a revo-


lução na comunicação, com as redes computadorizadas.
II – Uma acirrada competição comercial entre países de industrialização emer-
gente, como Brasil, México, China e os chamados Tigres Asiáticos (Coréia do
Sul, Hong Kong, Taiwan).
III – A busca, em qualquer parte do globo, de mão-de-obra barata, de mercado
de matéria prima, pelas empresas multinacionais, decidindo onde, como e quan-
do produzir.
IV – A diminuição do desemprego, nos países desenvolvidos e em desenvolvi-
mento, como parte do cenário globalizado.

Selecione a alternativa correta:

a) II, III e IV estão corretas.


b) I, II e III estão corretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
5.
. O capitalismo já conta com mais de dois séculos de história e, de acordo com
alguns estudiosos, vive-se hoje um modelo pós-fordista ou toyotista desse siste-
ma econômico. Observe o anúncio publicitário:

Geo. 60
Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente neste anúncio é:

a) concentração de capital, viabilizando a automação fabril


b) terceirização da produção, massificando o consumo de bens
c) flexibilização da indústria, permitindo a produção por demanda
d) formação de estoque, aumentando a lucratividade das empresas

6.
“Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não
adquire maior controle sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos
sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior para os ausen-
tes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descen-
tralizado e o poder sobre o trabalhador, mais direto.”

SENNETT R. A corrosão do caráter, consequências pessoais do novo capi-


talismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).

Comparada à organização do trabalho característica do taylorismo e do fordis-


mo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe que

a) as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar as relações la-


borais.
b) as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para o espaço do-
méstico.
c) os procedimentos de terceirização sejam aprimorados pela qualificação pro-
fissional.
d) as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização da especiali-
zação funcional.
e) os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos para os resulta-
dos do trabalho.
7.
No contexto da revolução técnico-científica, governantes e empresas de países
desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Japão, têm
estimulado a criação de arranjos territoriais chamados tecnopolos, caracteriza-
dos por

a) centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento que apresentam concen-


tração de mão de obra qualificada capaz de gerar novos produtos de alta tecno-
logia que poderão ser absorvidos pelas indústrias.
b) centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento instalados em fazendas
que utilizam ferramentas tradicionais e mão de obra intensiva para realizar estu-
dos que aumentem a produtividade.
c) áreas centrais das grandes cidades que apresentam alta concentração de
compra e venda de produtos tecnológicos e serviços de manutenção com mão
de obra pouco qualificada.
d) conjuntos empresariais voltados para a prestação de serviços avançados a
distância com o emprego de mão de obra barata adaptada ao uso de sistemas
de comunicação e informação.
e) áreas centrais das grandes metrópoles que apresentam elevado dinamismo
para a recepção de eventos e congressos especializados em biotecnologia e
saúde para soluções de demandas em mercados emergentes.

Geo. 61
8.
O mapa a seguir apresenta o mais antigo tecnopolo do mundo.
A respeito do surgimento das cidades tecnopolos, é INCORRETO afirmar que

a) são regiões que concentram indústrias de alta tecnologia, centros de pesqui-


sas e inovações tecnológicas abrigando grandes universidades capazes de ga-
rantir a formação de novos pesquisadores.
b) o Vale do Silício localiza-se na Costa Oeste dos Estados Unidos no Estado da
Califórnia. A concentração industrial estrutura-se em torno da Baía de São Fran-
cisco onde foram instaladas centenas de empresas dedicadas à produção de
computadores e softwares de alta tecnologia.
c) a cidade de Boston, na Costa Leste dos Estados Unidos, também representa
um importante tecnopolo do país. Nessa região além da indústria bélica encon-
tram-se diversas companhias que produzem tecnologia de ponta.
d) no Japão, a ilha de Hokkaido abriga os dois maiores tecnopolos do país,Sa-
pporo e Kushiro, especializados em alta tecnologia informacional.
e) na Índia , Bangalore representa um tecnopolo especializado em alta tecnolo-
gia e telecomunicações e é classificada como uma das dez cidades mais empre-
endedoras do mundo.

9.

Geo. 62
Disponível em: http://
autoentusiastas.blogspot.
com.br/2012/10/industria-
automobilistica-definido-o.
html. Acesso em: 21/11/2012

A imagem retrata um cenário presente na chamada Terceira Revolução Industrial


ou Revolução Técnico-Científica, a qual fez surgir novos processos de produção
e grandes mudanças nas relações de trabalho dentro das empresas capitalistas.
Uma alteração significativa diz respeito à(ao)

a) informatização do processo produtivo e à ampliação do emprego de modo


geral.
b) automação do processo produtivo e à necessidade de mão de obra reduzida,
mas qualificada e especializada.
c) surgimento do Fordismo, conjunto de métodos para a produção em série, com
os quais vários operários produzem mais em menos tempo.
d) ausência completa de trabalhadores em todas as fases da produção, visto que
as máquinas regulam todo o processo produtivo.
10.
Na segunda metade do século XX, o mundo passou a conviver com a chamada
“Terceira Revolução Industrial”, fenômeno decorrente da alteração dos meios de
produção, em função dos avanços tecnológicos, resultando uma nova plasticida-
de da dinâmica capitalista.

A respeito da denominada “Terceira Revolução Industrial”, sua definição, carac-


terísticas e implicações nas relações políticas e sociais, analise as afirmações a
seguir.

I. Trata-se da consolidação da “Segunda Revolução Industrial”, caracterizada


pelo grande investimento e implementação de novas tecnologias, notadamente
por fazer cessar o processo de obsolescência de tecnologias verificado no está-
gio antecedente.
II. As contínuas e expressivas transformações tecnológicas desta nova realidade
têm determinado maciços investimentos na área de capacitação de pessoal em
um processo de demanda contínua por mão de obra cada vez mais qualificada.
III. Ocorre em substituição ao esgotamento do sistema fordista, conservando,
entretanto, o conceito de produção em série, já que é a única maneira possível
de atender a um aumento de demanda sempre crescente em função da globali-
zação da economia.
IV. Processo que culminou com expressivos investimentos em pesquisa tecno-
lógica, oferta de incentivos fiscais e de um reordenamento econômico assenta-

Geo. 63
do nos ideais de competitividade, redução de custos de produção e distribuição
para um mercado cada vez mais global.
V. Determinou a adoção de uma produção mais flexível, visando atender a mer-
cados específicos com bens particularizados e, em consequência, na reorgani-
zação do espaço industrial. A instalação de unidades industriais em determinada
localidade fica vinculada, além de outros aspectos, à localização de outras in-
dústrias fornecedoras de peças, de eventuais incentivos fiscais, de mão de obra
qualificada e potencial mercado consumidor.

Estão corretas, somente,

a) I, II, III e V.
b) I, II e IV.
c) I, IV e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

QUESTÃO CONTEXTO
Com base no trecho apresentado, desenvolva argumentos que relacionem de
maneira coerente o processo de Globalização e o sistema flexível.

“Na hierarquia herdada dos valores reconhecidos, a ‘síndrome consumista’


destronou a duração, promoveu a transitoriedade e colocou o valor da novi-
dade acima do valor da permanência.”
Trecho extraído do livro Vida Líquida de Zygmunt Bauman.
Dois dos aspectos mais representativos da Globalização são o avanço dos meios
de transporte e dos meios de comunicação, o que levou ao uso da expressão “al-
deia global” para se referir ao encurtamento das distâncias físicas e das distân-
cias culturais\econômicas. Neste sentido, o sistema flexível, Toyotismo, é o ado-
tado no pós 1970 possibilitando a flexibilização da produção industrial de acordo
com a demanda e produtos cada vez mais diversificados.

GABARITO
01.
Exercícios para aula
1. d

02.
Exercícios para casa
1. e
2. b

Geo. 64
3. d
4. b
5. c
6. e
7. a
8. d
9. b
10. d
His. Semana 3

William Gabriel
(Karenn Correa)

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CRONOGRAMA

08/02 Do Império Romano


ao Feudalismo

09:15
19:15

15/02 Formação do
Mundo Moderno

09:15
19:15

22/02 Expansão Marítima


e a conquista do
Novo Mundo

09:15
19:15
22
Expansão fev
Marítima e a
conquista do
Novo Mundo
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Portugal é o país pioneiro quando tratamos de ex-
pansão marítima. A centralização governamental
com um estado consolidado e Absolutista levou o
mesmo a criar estruturas para atuação além mar.
O Rei objetivava o poder, novos negócios e rotas
comerciais, por exemplo. A Nobreza, como um
todo, queria mais terras e coordenava as expedi-
ções. Portugal tinha poucos recursos em suas ter-
ras, logo, isto também ajudava a incentivar buscas
de novas possibilidades.
Nau: Embarcação utilizada por Pedro Alvarez Cabral

Havia uma dificuldade muito grande em cruzar o No início do Périplo Africano foi conquistada a cida-
mediterrâneo para chegar as Índias devido a co- de de Ceuta, atual Marrocos, e foram adiante. Na-
brança de impostos e pedágios nas cidades italia- quela época valeria o “Princípio do Direito Romano”,
nas, logo, o Périplo Africano começa a ser montado onde as novas rotas e caminhos encontrados per-
por Portugal. Um detalhe é que Lisboa era um porto tenciam a quem os descobriu.
prático para quem adentrava aos mares nórdicos,
isso faz com que os portugueses tenham um conta- Em 1492 Colombo chega a América. Em 1620 temos

His. 68
to forte com toda cultura náutica. início a Companhia das Índias Ocidentais, adminis-
trada pela Holanda, dominando o frete dos mares.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas
a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até en-
tão:

a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desem-


barcar no litoral, impedindo assim a criação de núcleos de povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portu-
guesa nas Américas, policiando a costa com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitó-
rias militares garantiam relações comerciais lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo
do litoral bem como as feitorias da costa sul-atlântica.
e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamen-
to de funcionários administrativos.
2.
Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta
terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias
do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem
ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar
extrair à vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.;
FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São
Paulo: Atual, 1991 (adaptado).

O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na coloniza-


ção da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação
do espaço americano está indicada na:

a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico.


b) promoção das guerras justas para conquistar o território
c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano.
d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico.
e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas.

His. 69
3.
No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia
Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não
sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante
deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem-
-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensi-
nado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”.
(ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade
urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997.)

Do ponto de vista da Inquisição:

a) o problema dos métodos citados no trecho residia na dissimulação, que aca-


bava por enganar o enfeitiçado.
b) o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a jus-
tiça do fogo poderia eliminá-lo.
c) os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram condenados por-
que afetavam a saúde da população.
d) as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois eram perceptíveis
suas tendências feministas.
e) os cristãos deviam preservar a instituição do casamento recorrendo exclusiva-
mente aos ensinamentos da Igreja.
4.
“As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segun-
da metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, con-
tornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar,
contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula
presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos
estritamente mercantis. (...) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se
em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem procede o pri-
meiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim,
cujo comércio se achava até então em mãos de mercadores árabes, come-
çam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447.”
Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.

Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima:

a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugue-


ses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do
Oriente através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente
através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África,
ou seja, ouro, marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os por-
tugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a ex-

His. 70
ploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do
período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima
de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedica-
vam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na
costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte
náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continen-
te africano.

5.
“Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica
do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia
da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas
começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da
história portuguesa tão ou mais importantes.”

Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa


na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica:

a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já


visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima
iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os
negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas;
para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização
dos “povos bárbaros”.
c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos
em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econô-
mico, político e social de Portugal.
d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entu-
siasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas,
para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a inde-
pendência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse
específico na expansão.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo ser-
tão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não
podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela,
até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma
de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares
[...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar

His. 71
esta gente.

Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R.
História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a


nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:

a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.


b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico exis-
tente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade eu-
ropeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de
trabalho.

2.
O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes
no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das
Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época
passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala
no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro,
chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Pau-
lo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto es-
colhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de

a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.


b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

3.
“A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano,
a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a
repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de
outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques
muçulmanos à cristandade da Península Ibérica.”
João Lúcio de Azevedo. “Época de Portugal econômico: esboços históri-
cos”

De acordo com o texto, é correto interpretar que:

a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos

His. 72
da Península Ibérica.
b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvi-
mento das navegações portuguesas.
c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para ex-
pulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano.
d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para do-
minar as rotas comerciais africanas.
e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a
expansão comercial e religiosa de Portugal.

4.
Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes Navega-
ções, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes.
A expansão ultramarina acarretou o(a):

a) fortalecimento do comércio mediterrâneo e das rotas terrestres para o oriente.


b) fim dos monopólios reais na exploração de diversas atividades econômicas,
tais como o sal e o diamante.
c) declínio das monarquias nacionais apoiadas por segmentos citadinos burgue-
ses.
d) superação dos entraves medievais com o desenvolvimento da economia mer-
cantil.
e) consolidação política e econômica da nobreza provincial ligada aos senhorios
e à propriedade fundiária.
5.
Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portan-
to pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações
portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos.

1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras


do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o
Oriente, em 1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra ini-
ciada em 1519, por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à
Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente
Americano com as Índias.

Estão corretos apenas os itens:

a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.

His. 73
6.
No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal
teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supre-
macia comercial na Europa. Todavia “em meio da aparente prosperidade, a
nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem
para alguns particulares (...)
Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássi-
ca Editora, pág.180

Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que:

a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade


econômica interna.
b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda
da produtividade agrícola, diminuição da mão-de-obra, falta de investimentos
industriais, afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final
do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais.
d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao
escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Por-
tugal.
e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Ve-
neza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo
o século XVI.
7.
“Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer pas-
sar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o
abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu”.
Fernando Pessoa

O significado de “passar além do Bojador”, nas primeiras décadas do século XV,


é:

a) Ultrapassar a “barreira” que, segundo a tradição grega, era o limite máximo


para navegar sem o perigo de ser atacado por monstros marinhos, permitindo
aos navegantes portugueses atingir a Costa da Guiné.
b) Conquistar Ceuta e encontrar o “Eldorado”, lendária terra repleta de prazeres
e riquezas, superando os mitos vinculados ao longo da Idade Média.
c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola res-
ponsável por abastecer o mercado oriental de produtos de luxo.
d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestades marítimas e
o “mar tenebroso” das ilhas da América Central.
e) “Dobrar” o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima
coberta de mitos e lendas sobre a existência do “Paraíso” ou “Éden”.

His. 74
8.
O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins
da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupa-
do pelos mouros “andou atrás” de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores
decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO:

a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir


da Revolução de Aviz
b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais,
propiciou o capital necessário à empreitada expansionista
c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na
Escola de Sagres
d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses
e) o incentivo governamental à expansão

9.
Foram inúmeras as consequências da expansão ultramarina dos europeus, ge-
rando uma radical transformação no panorama da história da humanidade. So-
bressai como UMA importante consequência:

a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil.


b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao
Oceano Atlântico.
c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo
como sândalo, porcelanas e pedras preciosas.
d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável.
e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa.
QUESTÃO CONTEXTO
“Cinco espécies marinhas podem ser vendidas com esse nome. Existe, porém,
o chamado “bacalhau legítimo”: o peixe Gadus morhua, considerado o melhor
de todos. Ele também é conhecido como cod ou bacalhau do Porto – uma refe-
rência à cidade portuguesa, apesar de não haver bacalhau em águas lusitanas.”

His. 75
Gadus morhua – Bacalhau Norueguês

O “Bacalhau Legítimo”, o mais antigo peixe colocado no formato de “peixe-seco”


não existe em águas portuguesas, apenas nos mares nórdicos, em especial na
Noruega. Isso mostra que os portugueses tinham recursos para explorar mares
distantes. Comente sobre as capacidades náuticas do país no século XV e como
isso influenciou na Expansão Marítima.
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. c Pontos favoráveis para a capacidade náutica de Por-
2. e tugal: ótima localização geográfica; expulsão dos
3. e mouros; unificação e centralização administrativa;
4. c contato com a cultura árabe e falta de recursos ge-
5. b rais, que os colocavam na perspectiva de estar sem-
pre procurando algo para preenchê-los.

02.
Exercício de casa
1. a
2. a
3. e
4. d
5. a
6. b
7. a

His. 76
8. b
9. a
Lit. Semana 3

Diogo Mendes
(Maria Carolina)

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escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

10/02 Literatura e arte:


conceitos iniciais

11:00
21:00

17/02 Gêneros literários:


épico/narrativo e
dramático

11:00
21:00

24/02 Gêneros literários:


lírico e ensaístico

11:00
21:00
24
Gêneros fev
Literários
Lírico e ensaístico
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Gênero Lírico e a criatividade para fundamentar as suas reflexões.

O gênero lírico é o mais poético dos gêneros. Os Em geral, é um texto mais explorado no meio acadê-
textos possuem expressividade e as palavras, geral- mico, pois visa avaliar a maneira que o produtor do
mente, trazem marcas de musicalidade, além disso, texto apresenta seu ponto de vista sobre um deter-
há um forte direcionamento às emoções do eu lírico, minado tema.
que representa a voz do texto. É comum a presen-
ça de figuras de linguagens, verbos e pronomes na Para entender melhor, leia abaixo, um pequeno tre-
1ª pessoa, a subjetividade e o sentido conotativo da cho de um texto acadêmico do autor Paulo Cezar
linguagem. Konzen, que realizou um ensaio intitulado “Ensaios
sobre a arte da Palavra”. O trecho a seguir apresen-
Leia, abaixo, um poema de Álvares de Azevedo e ob- ta a construção da fundamentação do autor sobre o
serve a sensibilidade do eu lírico: carnaval:

“Adeus, Meus Sonhos! “O carnaval, apesar de não se constituir especifica-


mente num fato literário, possui implicações com a
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! literatura na medida em que se apresenta como es-
Não levo da existência uma saudade! petáculo de forma sincrética, de caráter ritual, apre-

80
E tanta vida que meu peito enchia sentando diversas variantes, segundo os povos e as
Morreu na minha triste mocidade! épocas.
Nesse espetáculo, geralmente sem palco e sem se-
Misérrimo! votei meus pobres dias paração entre atores e espectadores, todos parti-

Lit.
À sina doida de um amor sem fruto... cipam ativamente. Quando as leis do carnaval es-
E minh’alma na treva agora dorme tão em vigor, todos se submetem a elas, aceitando
Como um olhar que a morte envolve em luto. uma forma de vida inabitual, espaço propício para
o questionamento das mais dimensões dos valores
Que me resta, meu Deus?!... morra comigo nas sociedades.”
A estrela de meus cândidos amores, Fonte: http://www.unioeste.br/editora/pdf/
Já que não levo no meu peito morto paulo_konzen_palavra_thesis_protegido.pdf
Um punhado sequer de murchas flores!”

Gênero Ensaístico
O ensaio é um tipo de gênero literário em que o au-
tor apresenta suas reflexões e impressões acerca de
um determinado tema. Por ser um texto de cunho
opinativo, faz-se preciso defender uma tese e utili-
zar estratégias argumentativas que validem as ideias
apresentadas. Utiliza-se uma linguagem simples, há
diversos temas que podem ser abordados, sua escri-
ta é menos formal e o autor deve explorar a autoria
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Primeira lição

Os gêneros de poesia são: lírico, satírico, didático, épico, ligeiro.


O gênero lírico compreende o lirismo.
Lirismo é a tradução de um sentimento subjetivo, sincero e pessoal.
É a linguagem do coração, do amor.

O lirismo é assim denominado porque em outros tempos os versos sentimen-


tais eram declamados ao som da lira.
O lirismo pode ser:

a) Elegíaco, quando trata de assuntos tristes, quase sempre a morte.


b) Bucólico, quando versa sobre assuntos campestres.
c) Erótico, quando versa sobre o amor.

O lirismo elegíaco compreende a elegia, a nênia, a endecha, o epitáfio e o


epicédio.
Elegia é uma poesia que trata de assuntos tristes.
Nênia é uma poesia em homenagem a uma pessoa morta.

81
Era declamada junto à fogueira onde o cadáver era incinerado.
Endecha é uma poesia que revela as dores do coração.
Epitáfio é um pequeno verso gravado em pedras tumulares.
Epicédio é uma poesia onde o poeta relata a vida de uma pessoa morta.

Lit.
CESAR, A. C. Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

No poema de Ana Cristina Cesar, a relação entre as definições apresentadas e o


processo de construção do texto indica que o(a)

a) caráter descritivo dos versos assinala uma concepção irônica de lirismo.


b) tom explicativo e contido constitui uma forma peculiar de expressão poética.
c) seleção e o recorte do tema revelam uma visão pessimista da criação artística.
d) enumeração de distintas manifestações líricas produz um efeito de impesso-
alidade.
e) referência a gêneros poéticos clássicos expressa a adesão do eu lírico às tra-
dições literárias.

2.
Os poemas

“Os poemas são pássaros que chegam


não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...”
Mario Quintana. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005.

O texto é todo construído por meio do emprego de uma figura de estilo. Essa fi-
gura é denominada de:

a) elipse
b) metáfora
c) metonímia
d) personificação

3.
Anoitecer

A Dolores

É a hora em que o sino toca,


mas aqui não há sinos;
há somente buzinas,
sirenes roucas,
apitos aflitos, pungentes, trágicos,

82
uivando escuro segredo;
desta hora tenho medo.
[...]
É a hora do descanso,

Lit.
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono,
depois de tanto rodar;
pede paz – morte – mergulho
no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo.
Hora de delicadeza,
agasalho, sombra, silêncio.
Haverá disso no mundo?
É antes a hora dos corvos,
bicando em mim,
meu passado, meu futuro, meu degredo;
desta hora, sim, tenho medo.
ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005 (fragmento).

Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro “A rosa do povo” re-
vela desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica de-
monstra um(a)

a) defesa da esperança como forma de superação das atrocidades da guerra.


b) desejo de resistência às formas de opressão e medo produzidas pela guerra.
c) olhar pessimista das instituições humanas e sociais submetidas ao conflito ar-
mado.
d) exortação à solidariedade para a reconstrução dos espaços urbanos bombar-
deados.
e) espírito de contestação capaz de subverter a condição de vítima dos povos
afetados.
EXERCÍCIO DE CASA
1.
Esses chopes dourados

[...]
quando a geração de meu pai
batia na minha
a minha achava que era normal
que a geração de cima
só podia educar a de baixo
batendo

quando a minha geração batia na de vocês


ainda não sabia que estava errado
mas a geração de vocês já sabia
e cresceu odiando a geração de cima

aí chegou esta hora


em que todas as gerações já sabem de tudo
e é péssimo
ter pertencido à geração do meio

83
tendo errado quando apanhou da de cima
e errado quando bateu na de baixo

e sabendo que apesar de amaldiçoados

Lit.
éramos todos inocentes.
WANDERLEY, J. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros
do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento).

Ao expressar uma percepção de atitudes e valores situados na passagem do


tempo, o eu lírico manifesta uma angústia sintetizada na

a) compreensão da efemeridade das convicções antes vistas como sólidas.


b) consciência das imperfeições aceitas na construção do senso comum.
c) revolta das novas gerações contra modelos tradicionais de educação.
d) incerteza da expectativa de mudança por parte das futuras gerações.
e) crueldade atribuída à forma de punição praticada pelos mais velhos.

2.
Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
[Vinicius de Moraes]

Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia


de que o poeta:

a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.


b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por
outra e trocar de amor.
c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na
alegria quanto na tristeza.
e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas
se entregarem ao amor.

84
3.
Casamento

Há mulheres que dizem:


Meu marido, se quiser pescar, pesque,

Lit.
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.

O poema de Adélia Prado, que segue a proposta moderna de tematização de


fatos cotidianos, apresenta a prosaica ação de limpar peixes na qual a voz lírica
reconhece uma

a) expectativa do marido em relação à esposa.


b) imposição dos afazeres conjugais.
c) disposição para realizar tarefas masculinas.
d) dissonância entre as vozes masculina e feminina.
e) forma de consagração da cumplicidade no casamento.
4.
“No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil ha-
via duas literaturas independentes dentro da mesma língua: uma do Norte
e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por formação histórica,
composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu aos
romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em
nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bas-
tante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas,
refletindo as características locais.”
CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios.
São Paulo: Ática, 2003.

Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da


paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que:

a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urba-


na, colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de caracte-
rísticas locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia.
b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a te-
mática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre
as raças.
c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vo-
cabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da nature-

85
za agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos.
d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis,
põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes
africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo.

Lit.
e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são
romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a proble-
mática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida
pelo Estado Novo.

5.
Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles:

Reinvenção

“A vida só é possível Reinventada.


Anda o sol pelas Campinas
E passeia a mão dourada
Pelas águas, pelas folhas...
Ah! Tudo bolhas
Que vêm de fundas piscinas
De ilusionismo...
- mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
A vida só é possível
Reinventada.
Vem a lua, vem, retira
As algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
Cheios da tua Figura.
Tudo mentira!
Mentira Da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada,
Desprendo-me do balanço
Que além do tempo me leva.
Só - na treva,
Fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida,
A vida só é possível
Reinventada.”

Nesse poema aparece expressa a seguinte oposição fundamental:

a) vida versus morte.


b) realidade versus ficção.
c) presença versus ausência.
d) dia versus noite.
e) liberdade versus prisão.

6.
Cântico VI

86
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.

Lit.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento).

A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto


existencial. Em Cântico VI, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como
inerente à condição humana,

a) a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar.


b) o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo.
c) o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas.
d) a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente.
e) um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas.
QUESTÃO CONTEXTO
Recentemente, em dezembro de 2016, tivemos uma perda lastimável: Ferreira
Gullar, um dos maiores nomes da literatura brasileira, morreu aos 86 anos de ida-
de. No entanto, seu talento, visão crítica sobre o âmbito social e a sua importân-
cia lírica permanecem preservadas no acervo literário.

(Ferreira Gullar)

87
Leia abaixo, um dos poemas do autor e, a partir de suas impressões, explique o
posicionamento da voz lírica em relação à temática abordada.

Lit.
Poema Brasileiro

“No Piauí de cada 100 crianças que nascem


78 morrem antes de completar 8 anos de idade

No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade

No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes
de completar
8 anos de idade

Antes de completar 8 anos de idade


antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade.”
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b O poema de Ferreira Gullar faz uma forte crítica às
2. b mazelas sociais da região Nordeste, uma vez que a
3. c voz lírica enfatiza a condição das crianças, que mor-
rem antes de completarem 8 anos de idade, denun-

02.
ciando a desigualdade, a falta de mobilização políti-
ca para transformar esse cenário e a pobreza.
Exercício de casa
1. b
2. d
3. e
4. c
5. b
6. a

88
Lit.
Mat. Semana 3

PC Sampaio
Alex Amaral
Gabriel Ritter
(Allan Pinho)

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CRONOGRAMA

09/02 Operações com Operações


números naturais, com números
racionais e naturais, racionais
irracionais e irracionais -
continuação
08:00 11:00
18:00 21:00

10/02 Introdução
ao Estudo de
Conjuntos

8:00
18:00

16/02 Problemas Conjuntos


Envolvendo Númericos
Operações com
Conjuntos

08:00 11:00
18:00 21:00

17/02 Grandezas
Proporcionais e
Escala

08:00
18:00
23/02 Grandezas Regra de Três
Proporcionais Simples
e Escala -
Continuação

08:00 11:00
18:00 21:00

24/02 Regra de Três


Composta

08:00
18:00
23
Revisão de fev
grandezas
proporcionais e
escala
01. Exercícios de Aula
02. Exercícios de Casa
03. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Para a construção de isolamento acústico numa parede cuja área mede 9 m², sa-
be-se que, se a fonte sonora estiver a 3 m do plano da parede, o custo é de R$
500,00. Nesse tipo de isolamento, a espessura do material que reveste a parede
é inversamente proporcional ao quadrado da distância até a fonte sonora, e o
custo é diretamente proporcional ao volume do material do revestimento. Uma
expressão que fornece o custo para revestir uma parede de área A (em metro
quadrado), situada a D metros da fonte sonora, é

a) 500.81/(A.D²)
b) (500.A)/D²
c) (500.D²)/A
d) (500.A.D)/81
e) (500.3.D²)/A

2.
Em uma empresa de móveis, um cliente encomenda um guarda-roupa nas di-
mensões 220 cm de altura, 120 cm de largura e 50 cm de profundidade. Alguns
dias depois, o projetista, com o desenho elaborado na escala 1 : 8, entra em con-

Mat. 93
tato com o cliente para fazer sua apresentação. No momento da impressão, o
profissional percebe que o desenho não caberia na folha de papel que costuma-
va usar. Para resolver o problema, configurou a impressora para que a figura fos-
se reduzida em 20%. A altura, a largura e a profundidade do desenho impresso
para a apresentação serão, respectivamente,

a) 22,00 cm, 12,00 cm e 5,00 cm.


b) 27,50 cm, 15,00 cm e 6,25 cm.
c) 34,37 cm, 18,75 cm e 7,81 cm.
d) 35,20 cm, 19,20 cm e 8,00 cm.
e) 44,00 cm, 24,00 cm e 10,00 cm

3.
A resistência elétrica e as dimensões do condutor
A relação da resistência elétrica com as dimensões do condutor foi estudada por
um grupo de cientistas por meio de vários experimentos de eletricidade. Eles ve-
rificaram que existe proporcionalidade entre resistência (R) e comprimento (ℓ ),
dada a mesma secção transversal (A) resistência (R) e área da secção transversal
(A), dado o mesmo comprimento (ℓ) comprimento (ℓ) e área da secção transversal
(A), dada a mesma resistência (R).

Considerando os resistores como fios, pode-se exemplificar o estudo das gran-


dezas que influem na resistência elétrica utilizando as figuras seguintes
As figuras mostram que as proporcionalidades existentes entre resistência (R) e
comprimento (ℓ), resistência (R) e área da secção transversal (A), e entre compri-
mento (ℓ) e área da secção transversal (A) são, respectivamente,

a) direta, direta e direta.


b) direta, direta e inversa.
c) direta, inversa e direta.
d) inversa, direta e direta.
e) inversa, direta e inversa.

4.
Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no esta-
do de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2 000
km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a distância
entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm.

Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de

a) 1 : 250.
b) 1 : 2 500.
c) 1 : 25 000.
d) 1 : 250 000.

Mat. 94
e) 1 : 25 000 000.

5.
A resistência mecânica S de uma viga de madeira, em forma de um paralelepípe-
do retângulo, é diretamente proporcional à sua largura (b) e ao quadrado de sua
altura (d) e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os supor-
tes da viga, que coincide com o seu comprimento (x), conforme ilustra a figura. A
constante de proporcionalidade k é chamada de resistência da viga.

BUSHAW, D. et al.
Aplicações da matemática
escolar. São Paulo: Atual,
1997.(Foto: Reprodução/
Enem)

A expressão que traduz a resistência S dessa viga de madeira é

k .b.d ²
a) S=

k .b.d
b) S=

k .b.d ²
c) S=
x
k .b ².d
d) S=
x

k .b.2d
e) S=
2x

6.
. O veículo terrestre mais veloz já fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que
está sendo preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele é mais veloz
do que o Concorde, um dos aviões de passageiros mais rápidos já feitos, que al-
cança 2 330 km/h.

Para uma distância fixa, a velocidade e o tempo são inversamente proporcionais.

Mat. 95
BASILIO, A. Galileu, mar. 2012 (adaptado).

Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo da diferença, em
minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Concorde, em suas
velocidades máximas, é

a)0,1.
b) 0,7.
c) 6,0.
d)11,2.
e) 40,2.

7.
Na construção de um conjunto habitacional de casas populares, todas serão fei-
tas num mesmo modelo, ocupando, cada uma delas, terrenos cujas dimensões
são iguais a 20 m de comprimento por 8 m de largura. Visando a comercialização
dessas casas, antes do início das obras, a empresa resolveu apresentá-las por
meio de maquetes construídas numa escala de 1 : 200.

As medidas do comprimento e da largura dos terrenos, respectivamente, em


centímetros, na maquete construída, foram de

a) 4 e 10.
b) 5 e 2.
c) 10 e 4.
d) 20 e 8.
e) 50 e 20.
8.
Há um novo impulso para produzir combustível a partir de gordura animal.
Em abril, a High Plains Bioenergy inaugurou uma biorrefinaria próxima a
uma fábrica de processamento de carne suína em Guymon, Oklahoma. A
refinaria converte a gordura do porco, juntamente com o o óleo vegetal, em
biodiesel. A expectativa da fábrica é transformar 14 milhões de quilogramas
de banha em 112 milhões de litros de biodiesel.
Revista Scientific American. Brasil, ago. 2009 (adaptado).

Considere que haja uma proporção direta entre a massa de banha transformada
e o volume de biodiesel produzido. Para produzir 48 milhões de litros de biodie-
sel, a massa de banha necessária, em quilogramas, será de, aproximadamente:

a) 6 milhões.
b) 33 milhões.
c) 78 milhões.
d) 146 milhões.
e) 384 milhões.

9.
Um biólogo mediu a altura de cinco árvores distintas e representou-as em uma
mesma malha quadriculada, utilizando escalas diferentes, conforme indicações

Mat. 96
na figura a seguir.

Qual é a árvore que apresenta a maior altura real?

a)I
b)II
c)III
d)IV
e) V

10.
A suspeita de que haveria uma relação causal entre tabagismo e câncer de pul-
mão foi levantada pela primeira vez a partir de observações clinicas. Para testar
essa possível associação, foram conduzidos inúmeros estudos epidemiológicos.
Dentre esses, houve o estudo do número de casos de câncer em relação ao nú-
mero de cigarros consumidos por dia, cujos resultados são mostrados no gráfico
a seguir.
De acordo com as informações do gráfico,

a) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são


grandezas inversamente proporcionais.
b) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são
grandezas que não se relacionam.
c)o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são
grandezas diretamente proporcionais.
d)uma pessoa não fumante certamente nunca será́ diagnosticada com câncer
de pulmão.
e)o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são
grandezas que estão relacionadas, mas sem proporcionalidade.

Mat. 97
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
O hábito de comer um prato de folhas todo dia faz proezas para o corpo. Uma
das formas de variar o sabor das saladas é experimentar diferentes molhos. Um
molho de iogurte com mostarda contém 2 colheres de sopa de iogurte desnata-
do, 1 colher de sopa de mostarda, 4 colheres de sopa de água, 2 colheres de sopa
de azeite.Considerando que uma colher de sopa equivale a aproximadamente
15 mL, qual é o número máximo de doses desse molho que se faz utilizando 1,5
L de azeite e mantendo a proporcionalidade das quantidades dos demais ingre-
dientes?

a)5
b)20
c)50
d)200
e)500

2.
Um jornaleiro irá receber 21 revistas. Cada uma terá um carrinho na escala de
1:43 do tamanho real acompanhando-a em caixinha à parte. Os carrinhos são
embalados com folga de 0,5 cm nas laterais, como indicado na figura. Assim, o
jornaleiro reservou três prateleiras com 95 cm de comprimento por 7 cm de lar-
gura, onde as caixas serão acomodadas de forma a caberem inteiramente dentro
de cada prateleira. Além disso, sabe-se que os carrinhos são cópias dos modelos
reais que possuem 387 cm de comprimento por 172 cm de largura.
Quantos carrinhos, no máximo, cabem em cada uma das prateleiras?

a) 2
b) 3
c) 7
d) 9
e) 10

3.
José, Carlos e Paulo devem transportar em suas bicicletas uma certa quantidade

Mat. 98
de laranjas. Decidiram dividir o trajeto a ser percorrido em duas partes, sendo
que ao final da primeira parte eles redistribuiriam a quantidade de laranjas que
cada um carregava dependendo do cansaço de cada um. Na primeira parte do
trajeto José, Carlos e Paulo dividiram as laranjas na proporção 6:5:4, respectiva-
mente. Na segunda parte do trajeto José, Carlos e Paulo dividiram as laranjas na
proporção 4:4:2, respectivamente. Sabendo-se que um deles levou 50 laranjas a
mais no segundo trajeto, qual a quantidade de laranjas que José, Carlos e Paulo,
nessa ordem, transportaram na segunda parte do trajeto?

a) 600, 550, 350


b) 300, 300, 150
c) 300, 250, 200
d) 200, 200, 100
e) 100, 100, 50

4.
Pedro ganhou R$ 360 000,00 em uma loteria federal e resolveu dividir integral-
mente o prêmio entre os seus três filhos, Ana, Renato e Carlos, de forma que
cada um receba uma quantia que seja inversamente proporcional às suas idades.
Sabendo que Ana tem 4 anos, Renato, 5 anos e Carlos, 20 anos, eles receberão,
respectivamente:

a) R$ 54 000,00; R$ 216 000,00 e R$ 90 000,00.


b) R$ 90 000,00; R$ 54 000,00 e R$ 216 000,00.
c) R$ 216 000,00; R$ 90 000,00 e R$ 54 000,00.
d) R$ 180 000,00; R$ 144 000,00 e R$ 36 000,00.
e) R$ 180 000,00; R$ 120 000,00 e R$ 60 000,00.
5.
Toda a esfera visível ao longo do ano, nos hemisférios celestes Norte e Sul, está
dividida em 88 partes, incluindo, cada uma delas, um número variável de estre-
las. A unidade de medida utilizada pelos astrônomos para calcular a área de uma
constelação é o grau quadrado. Algumas constelações são imensas, como Erída-
no, o rio celeste, localizada no hemisfério celeste Sul e ocupa uma área de 1 138
graus quadrados. Em contraponto, a constelação Norma, localizada no mesmo
hemisfério, não passa de 165 graus quadrados. Em um mapa do hemisfério ce-
lestial feito em uma escala de 1:1 000, as constelações Erídano e Norma ocupa-
rão, respectivamente, uma área, em graus quadrados, de:

a) 0,1138 e 0,0165.
b) 0,1138 e 0,165.
c) 1,138 e 0,165.
d) 11380 e 1 650.
e) 1138 000 e 165 000.

6.
Sabe-se que o valor cobrado na conta de energia elétrica correspondente ao uso
de cada eletrodoméstico é diretamente proporcional à potência utilizada pelo
aparelho, medida em watts (W), e também ao tempo que esse aparelho perma-
nece ligado durante o mês. Certo consumidor possui um chuveiro elétrico com

Mat. 99
potência máxima de 3 600 W e um televisor com potência máxima de 100 W.
Em certo mês, a família do consumidor utilizou esse chuveiro elétrico durante
um tempo total de 5 horas e esse televisor durante um tempo total de 60 horas,
ambos em suas potências máximas.

Qual a razão entre o valor cobrado pelo uso do chuveiro e o valor cobrado pelo
uso do televisor?

a) 1 : 1 200
b) 1 : 12
c) 3 : 1
d) 36 : 1
e) 432 : 1

7.
Uma fábrica vende pizzas congeladas de tamanhos médio e grande, cujos diâ-
metros são respectivamente 30 cm e 40 cm. Fabricam-se apenas pizzas de sa-
bor muçarela. Sabe-se que o custo com os ingredientes para a preparação é di-
retamente proporcional ao quadrado do diâmetro da pizza, e que na de tamanho
médio esse custo é R$ 1,80. Além disso, todas possuem um custo fixo de R$3,80,
referente às demais despesas da fábrica. Sabe-se ainda que a fábrica deseja lu-
crar R$ 2,50 em cada pizza grande.

Qual é o preço que a fábrica deve cobrar pela pizza grande, a fim de obter o lu-
cro desejado?

a) R$ 5,70
b) R$ 6,20
c) R$ 7,30
d) R$ 7,90
e) R$ 8,70
8.
A Figura 1 representa uma gravura retangular com 8 m de comprimento e 6 m de
altura.

Deseja-se reproduzi-la numa folha de papel retangular com 42 cm de compri-


mento e 30 cm de altura, deixando livres 3 cm em cada margem, conforme a

Figura 2

Mat. 100
A reprodução da gravura deve ocupar o máximo possível da região disponível,
mantendo-se as proporções da Figura 1.
PRADO, A. C. Superinteressante, ed. 301, fev. 2012 (adaptado).

A escala da gravura reproduzida na folha de papel é

a) 1:3
b) 1:4
c) 1:20
d) 1:25
e) 1 : 32
QUESTÃO CONTEXTO
Estrela da Morte custaria US$ 7,7 octilhões para operar por dia

RIO — É de se esperar que uma estação espacial capaz de destruir planetas


inteiros seja cara. E, inspirada na proximidade da estreia de “Rogue One:
Uma história Star Wars”, uma empresa britânica de energia resolveu fazer
uma estimativa de qual seria o custo de manutenção da Estrela da Morte, a

Mat. 101
arma definitiva do Império em “Guerra nas Estrelas”. De acordo com a es-
timativa da Ovo Energy, o custo seria de US$ 7,7 octilhões por dia, um valor
que não vale nem a pena converter para real.

Para se ter uma ideia do tamanho desse número, ele representa 30 trilhões
de vezes todo o dinheiro que existe no planeta Terra (cerca de US$ 200 tri-
lhões). “Rogue One”, um prólogo de “Guerra nas Estrelas”, conta a história
de um grupo de rebeldes que se reúne para roubar os planos de construção
da Estrela da Morte.

Para chegar a esse número, a Ovo Energy chamou Alexander Barnett, pro-
fessor de matemática da Universidade de Dartmouth, e Stephen Skolnick,
editor do “Physics Central”. Para o cálculo, eles levaram em conta uma equi-
pe de 2,,06 milhões de funcionários, sendo quase 26 mil stormtroopers. A
partir daí, pensaram em detalhes como alimentação de todo esse pessoal,
iluminação, lavanderia e reciclagem de lixo.

http://oglobo.globo. Se apenas para deixar as luzes acessas a Estrela da Morte custaria mais
com/cultura/filmes/
estrela-da-morte-
de US$ 50 bilhões por dia, os custos chegam à estratosfera quando eles in-
custaria-us-77-octilhoes- cluem o laser com capacidade de destruir planetas e a capacidade da esta-
para-operar-por-dia-1-
20571991#ixzz4YPCKKtqN ção de viajar no hiperspespaço.

Na época do lançamento do filme uma rede de cinemas lançou um balde de pi-


poca com 19,8 x 10-2 metros de diâmetro no formato da estrela da morte. Sa-
bendo que estima-se que a estrela da morte tenha 420 km de diâmetro podemos
afirmar caso seja feito em escala, 1 km da estrela da morte equivale a aproxima-
damente:

a)0,047 x 10-2 km da réplica


b)0,024 x 10-2 km da réplica
c)0,047 x 10-5 km da réplica
d)0,024 x 10-5km da réplica
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. b c
2. a
3. c
4. e
5. a
6. c
7. c
8. a
9. d
10. e

02.
Exercícios para casa
1. c

Mat. 102
2. d
3. b
4. d
5. c
6. c
7. e
8. d
23
Regra de fev
três simples
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A regra de três é o processo pelo qual podemos re-
lacionar duas grandezas, sejam elas diretamente ou
1 → 20
inversamente proporcionais. É comum termos 3 va- multiplicando cruzado x= 2.20 ⇒ x= 40
2→x
lores e precisarmos encontrar o quarto valor.
Exemplo. Se em uma banca de jornal vende em uma
semana 20 revistas em duas semanas venderá quan- Logo terá vendido 40 revistas.
tas?

Para resolvermos o problema precisamos analisar as


grandezas. Quanto mais tempo passar mais revista
venderá logo as grandezas são diretamente propor-
cionais assim:

EXERCÍCIOS DE AULA

Mat. 104
1.
Uma mãe recorreu à bula para verificar a dosagem de um remédio que precisava
dar a seu filho. Na bula, recomendava-se a seguinte dosagem: 5 gotas para cada
2 kg de massa corporal a cada 8 horas. Se a mãe ministrou corretamente 30 gotas
do remédio a seu filho a cada 8 horas, então a massa corporal dele é de

a) 12 kg
b) 16 kg
c) 24 kg
d) 36 kg
e) 75 kg

2.
Cinco marcas de pão integral apresentam as seguintes concentrações de fibras
(massa de fibra por massa de pão):

→ Marca A: 2 g de fibras a cada 50 g de pão;


→ Marca B: 5 g de fibras a cada 40 g de pão;
→ Marca C: 5 g de fibras a cada 100 g de pão;
→ Marca D: 6 g de fibras a cada 90 g de pão;
→ Marca E: 7 g de fibras a cada 70 g de pão.

Recomenda-se a ingestão do pão que possui a maior concentração de fibras.

A marca a ser escolhida é

a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
3.
A London Eye é uma enorme roda-gigante na capital inglesa. Por ser um dos mo-
numentos construídos para celebrar a entrada do terceiro milênio, ela também
é conhecida como Roda do Milênio. Um turista brasileiro, em visita à Inglaterra,
perguntou a um londrino o diâmetro (destacado na imagem) da Roda do Milênio
e ele respondeu que ele tem 443 pés.

Não habituado com a unidade pé, e querendo satisfazer sua curiosidade, esse
turista consultou um manual de unidades de medidas e constatou que 1 pé equi-

Mat. 105
vale a 12 polegadas, e que 1 polegada equivale a 2,54 cm. Após alguns cálculos
de conversão, o turista ficou surpreendido com o resultado obtido em metros.
Qual a medida que mais se aproxima do diâmetro da Roda do Milênio, em metro?

a) 3
b) 94
c) 113
d) 135
e) 145

4. Um banco de sangue recebe 450 mL de sangue de cada doador. Após separar o


plasma sanguíneo das hemácias, o primeiro é armazenado em bolsas de 250 mL
de capacidade. O banco de sangue aluga refrigeradores de uma empresa para
estocagem das bolsas de plasma, segundo a sua necessidade. Cada refrigerador
tem uma capacidade de estocagem de 50 bolsas. Ao longo de uma semana, 100
pessoas doaram sangue àquele banco. Admita que, de cada 60 mL de sangue,
extraem-se 40 mL de plasma. O número mínimo de congeladores que o banco
precisou alugar, para estocar todas as bolsas de plasma dessa semana, foi

a)2
b)3
c)4
d)6
e)8
5.
Um produtor de maracujá usa uma caixa-d’água, com volume V, para alimentar o
sistema de irrigação de seu pomar. O sistema capta água através de um furo no
fundo da caixa a uma vazão constante. Com a caixa-d’água cheia, o sistema foi
acionado às 7 h da manhã de segunda-feira. Às 13 h do mesmo dia, verificou-se
que já haviam sido usados 15% do volume da água existente na caixa. Um dispo-
sitivo eletrônico interrompe o funcionamento do sistema quando o volume res-
tante na caixa é de 5% do volume total, para reabastecimento.

Supondo que o sistema funcione sem falhas, a que horas o dispositivo eletrônico
interromperá o funcionamento?

a) Às 15 h de segunda-feira.
b) Às 11 h de terça-feira.
c) Às 14 h de terça-feira.
d) Às 4 h de quarta-feira.
e) Às 21 h de terça-feira.

Mat. 106
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
O veículo terrestre mais veloz já fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que
está sendo preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele é mais
veloz do que o Concorde, um dos aviões de passageiros mais rápidos já fei-
tos, que alcança 2 330 km/h.

Para uma distância fixa, a velocidade e o tempo são inversamente propor-


cionais.
BASILIO, A. Galileu, mar. 2012 (adaptado).

Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo da diferença, em
minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Concorde, em suas
velocidades máximas, é

a) 0,1.
b) 0,7.
c) 6,0.
d) 11,2.
e) 40,2.
2.
A insulina é utilizada no tratamento de pacientes com diabetes para o contro-
le glicêmico. Para facilitar sua aplicação, foi desenvolvida uma “caneta” na qual
pode ser inserido um refil contendo 3mL de insulina como mostra a imagem.

Para controle das aplicações, definiu-se a unidade de insulina como 0,01 mL. An-
tes de cada aplicação, é necessário descartar 2 unidades de insulina, de forma
a retirar possíveis bolhas de ar. A um paciente foram prescritas duas aplicações
diárias: 10 unidades de insulina pela manhã e 10 à noite.
Qual o número máximo de aplicações por refil que o paciente poderá utilizar com
a dosagem prescrita?

a) 25
b) 15
c) 13

Mat. 107
d) 12
e) 8

3.
Alguns medicamentos para felinos são administrados com base na superfície
corporal do animal. Foi receitado a um felino pesando 3,0 kg um medicamento
na dosagem diária de 250 mg por metro quadrado de superfície corporal.

O quadro apresenta a relação entre a massa do felino, em quilogramas, e a área


de sua superfície corporal, em metros quadrados.

A dose diária, em miligramas, que esse felino deverá receber é de

a) 0,624.
b) 52,0.
c) 156,0.
d) 750,0.
e) 1 201,9.
4.
Um anel contém 15 gramas de ouro 16 quilates. Isso significa que o anel contém
10 g de ouro puro e 5 g de uma liga metálica. Sabe-se que o ouro é considera-
do 18 quilates se há a proporção de 3 g de ouro puro para 1 g de liga metálica.
Para transformar esse anel de ouro 16 quilates em outro de 18 quilates, é preciso
acrescentar a seguinte quantidade, em gramas, de ouro puro:

a) 6
b) 5
c) 4
d) 3

5.
Uma empresa tem 750 empregados e comprou marmitas individuais congeladas
suficientes para o almoço deles durante 25 dias. Se essa empresa tivesse mais
500 empregados, a quantidade de marmitas já adquiridas seria suficiente para
um número de dias igual a:

a) 10
b) 12
c) 15

Mat. 108
d) 18

6.
Diariamente, uma residência consome 20 160 Wh. Essa residência possui 100
células solares retangulares (dispositivos capazes de converter a luz solar em
energia elétrica) de dimensões 6 cm x 8 cm. Cada uma das tais células produz,
ao longo do dia, 24 Wh por centímetro de diagonal. O proprietário dessa resi-
dência quer produzir, por dia, exatamente a mesma quantidade de energia que
sua casa consome.

Qual deve ser a ação desse proprietário para que ele atinja o seu objetivo?

a) Retirar 16 células.
b) Retirar 40 células.
c) Acrescentar 5 células.
d) Acrescentar 20 células.
e) Acrescentar 40 células.

7.
Durante uma epidemia de uma gripe viral, o secretário de saúde de um municí-
pio comprou 16 galões de álcool em gel, com 4 litros de capacidade cada um,
para distribuir igualmente em recipientes para 10 escolas públicas do
município. O fornecedor dispõe à venda diversos tipos de recipientes, com suas
respectivas capacidades listadas:

I) Recipiente I: 0,125 litro;


II) Recipiente II: 0,250 litro;
III) Recipiente III: 0,320 litro;
IV) Recipiente IV: 0,500 litro;
V) Recipiente V: 0,800 litro.
O secretário de saúde comprará recipientes de um mesmo tipo, de modo a ins-
talar 20 deles em cada escola, abastecidos com álcool em gel na sua capacidade
máxima, de forma a utilizar todo o gel dos galões de uma só vez.

Que tipo de recipiente o secretário de saúde deve comprar?

a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.

8.
Um paciente necessita de reidratação endovenosa feita por meio de cinco fras-
cos de soro durante 24 h. Cada frasco tem um volume de 800 mL de soro. Nas
primeiras quatro horas, deverá receber 40% do total a ser aplicado. Cada milili-
tro de soro corresponde a 12 gotas. O número de gotas por minuto que o pacien-
te deverá receber após as quatro primeiras horas será

a) 16.
b) 20.

Mat. 109
c) 24.
d) 34.
e) 40.

QUESTÃO CONTEXTO

Calvin está empenhado em ser o maior matemático da sua sala. Para isso, sabe
que precisará fazer muitos exercícios. Sua professora disse que para conseguir o
feito ele terá que acertar mais questões que seus colegas, que costumam acer-
tar 85% dos exercícios. Sabendo que Calvin atualmente acerta 40% dos exercí-
cios estudando 2 horas por dia e que a relação entre estudo e acertos seja direta-
mente proporcional, pelos menos quantas horas a mais Calvin precisará estudar
para acertar 90% dos exercícios?
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a 2 horas e meia a mais.
2. b
3. d
4. b
5. e

02.
Exercícios para casa
1. c
2. a
3. b
4. b
5. c
6. a

Mat. 110
7. c
8. c
24
Regra de fev
três composta
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Para entender sobre regra de três composta veja- No exemplo acima, todas as grandezas eram direta-
mos o exemplo a seguir : mente proporcionais. Vamos estudar agora quando
existem grandezas que são inversamente proporcio-
Esse é um problema que envolve uma grande- nais .
za (quantidade de fio) proporcional as outras duas
(comprimento do tecido e largura do tecido). Para Ex: Para alimentar 12 porcos durante 20 dias são ne-
resolver esse problema, vamos utilizar a regra de cessários 400 kilos de farelo. Quantos porcos po-
três composta. dem ser alimentados com 600 kg de farelo durante
24 dias ?
Ex:Para confeccionar 1.600 metros de tecido
com largura de 1,80m a tecelagem Nortefabril Temos que:
S.A. consome 320kg de fio. Qual é a quantidade
de fio necessária para produzir 2.100 metros do
mesmo tecido com largura de 1,50 m?

Precisamos calcular a grandeza A(quantidade de


fio), que depende das grandezas B(comprimento
do tecido) e C(largura do tecido).

Mat. 112
Podemos verificar que :
→ A é diretamente proporcional a B. (pois se au-
mentarmos o comprimento, precisamos de mais Podemos concluir que :
quantidade de fio).
→ A é diretamente proporcional a B. (Pois se aumen-
→ A é diretamente proporcional a C. (pois se au- tarmos a quantidade de farelo mais porcos poderão
mentarmos a largura, precisamos de mais quan- se alimentar)
tidade de fio).
→ A é inversamente proporcional a C.(Pois se au-
Portanto : 320 1600 1,80 mentarmos o número de dias menos porcos pode-
= . rão se alimentar). Portanto temos que inverter a ra-
x 2100 1,50
zão de número de dias).
320 2880
→ .
x 3150 Então : 12 400 24
3150.320 =.
→x = x 600 20
2880 12 9600
→x = 350 →= ∴
= x 15
x 12000
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Uma escola lançou uma campanha para seus alunos arrecadarem, durante 30
dias, alimentos não perecíveis para doar a uma comunidade carente da região.
Vinte alunos aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias trabalharam 3 horas di-
árias, arrecadando 12 kg de alimentos por dia. Animados com os resultados, 30
novos alunos somaram-se ao grupo, e passaram a trabalhar 4 horas por dia nos
dias seguintes até o término da campanha.

Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se mantido constante, a quantidade de


alimentos arrecadados ao final do prazo estipulado seria de

a) 920 kg.
b) 800 kg.
c) 720 kg.
d) 600 kg.
e) 570 kg.

Mat. 113
2.
Uma indústria tem um reservatório de água com capacidade para 900 m³. Quan-
do há necessidade de limpeza do reservatório, toda a água precisa ser escoada.
O escoamento da água é feito por seis ralos, e dura 6 horas quando o reservató-
rio está cheio. Esta indústria construirá um novo reservatório, com capacidade
de 500 m³, cujo escoamento da água deverá ser realizado em 4 horas, quando o
reservatório estiver cheio. Os ralos utilizados no novo reservatório deverão ser
idênticos aos do já existente. A quantidade de ralos do novo reservatório deverá
ser igual a

a) 2.
b) 4.
c) 5.
d) 8.
e) 9.

3.
Sabe-se que 4 máquinas, operando 4 horas por dia, durante 4 dias, produzem 4
toneladas de certo produto Quantas toneladas do mesmo produto seriam pro-
duzidas por 6 máquinas daquele tipo, operando 6 horas por dia, durante 6 dias?

a) 8
b) 15
c) 10,5
d) 13,5
4.
Os desabamentos, em sua maioria, são causados por grande acúmulo de lixo
nas encostas dos morros. Se 10 pessoas retiram 135 toneladas de lixo em 9 dias,
quantas toneladas serão retiradas por 40 pessoas em 30 dias ?

a) 1500 toneladas
b) 1800 toneladas
c) 2000 toneladas
d) 2200 toneladas

5.
Em uma fábrica, constatou-se que eram necessários 8 dias para produzir certo
nº de aparelhos, utilizando-se os serviços de 7 operários, trabalhando 3 horas a
cada dia. Para reduzir a dois dias o tempo de produção, é necessário:

a) triplicar o nº de operários
b) triplicar o nº de horas trabalhadas por dia
c) triplicar o nº de horas trabalhadas por dia e o nº de operários
d) duplicar o nº de operários
e) duplicar o nº de operários e o número de horas trabalhadas por dia.

Mat. 114
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Operando 12 horas por dia horas, 20 máquinas produzem 6000 peças em 6 dias.
Com 4 horas a menos de trabalho diário, 15 daquelas máquinas produzirão 4.000
peças em:

a) 8 dias
b) 9 dias
c) 9 dias e 6 horas.
d) 8 dias e 12 horas.

2.
Uma obra será executada por 13 operários (de mesma capacidade de trabalho)
trabalhando durante 11 dias com jornada de trabalho de 6 horas por dia. Decorri-
dos 8 dias do início da obra 3 operários adoeceram e a obra deverá ser concluída
pelos operários restantes no prazo estabelecido anteriormente. Qual deverá ser
a jornada diária de trabalho dos operários restantes nos dias que faltam para a
conclusão da obra no prazo previsto?

a) 7h 42 min
b) 7h 44 min
c) 7h 46 min
d) 7h 48 min
e) 7h 50 min
3.
Com 16 máquinas de costura aprontaram 720 uniformes em 6 dias de trabalho.
Quantas máquinas serão necessárias para confeccionar 2.160 uniformes em 24
dias?

a) 12 máquinas
b) 15 máquinas
c) 18 máquinas
d) 20 máquinas

4.
Três máquinas imprimem 9.000 cartazes em uma dúzia de dias. Em quantos dias
8/3 dessas máquinas imprimem 4/3 dos cartazes, trabalhando o mesmo número
de horas por dia?

a) 4 dias.
b) 6 dias.
c) 9 dias.
d) 12 dias

Mat. 115
5.
Em um prédio, 6 pintores pintam uma área de 300m² em 2 horas. Quantos pinto-
res, trabalhando no mesmo ritmo que os outros, são necessários para pintar uma
área de 400m² em 1 hora?

6.
Lúcia viajou de automóvel durante 6 dias, dirigindo 6 horas por dia, com veloci-
dade média de 80km/h. determine quantos dias duraria a viagem de Lúcia se ela
dirigisse durante 8 horas por dia à velocidade média de 90km/h.

7.
Uma loja dispõe de 20 balconistas que trabalham 8 horas por dia. Os salários
mensais desses balconistas perfazem o total de R$28.000,00. Quanto a loja gas-
tará por mês, se passar a ter 30 balconistas trabalhando 5 horas por dia?

8.
Um feirante tinha uma cesta de ovos para vender e atendeu sucessivamente três
fregueses. Cada freguês levou a metade dos ovos e mais meio ovo do total de
ovos existentes na cesta. Se o feirante não precisou quebrar nenhum ovo e so-
braram 10 ovos na cesta, quantos ovos havia inicialmente?
QUESTÃO CONTEXTO
O halterofilismo ou a halterofilia, levantamento de peso(s), ou ainda, levan-
tamento de peso olímpico (LPO), é um desporto cujo objetivo é levantar a
maior quantidade de peso possível, do chão até sobre a cabeça, numa barra
em que são fixados pesos.

Compete-se em duas modalidades: o arranco e o arremesso. Seu objetivo


(https://pt.wikipedia.org/ é desenvolver a potência (força rápida, explosiva) e também exige técnica,
wiki/Halterofilismo#cite_
note-1) flexibilidade, coordenação equilíbrio.

No halterofilismo existe uma relação de proporcionalidade entre as medidas fí-


sicas de um atleta e quanto de peso máximo ele é capaz de levantar, além de ter
outros fatores como gênero e idade do atleta. Jang Mi-ran é uma atleta sul-core-
ana, com 1,70 de altura, 118kg e com 85cm de diâmetro de cintura com este físico
ela consegue competir na categoria de levantamento de até 75 kg. Digamos que
Jang Mi-ran queira agora competir na categoria de até 90kg e terá 95 cm de diâ-
metro. Quantos Kg esta atleta deverá ganhar para conseguir competir?

Mat. 116
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a Aproximadamente 158 kg
2. c
3. d
4. b
5. e

02.
Exercícios para casa
1. a
2. d
3. a
4. b
5. 16 pintores
6. 4 dias
7. R$26.250,00
8. 87 ovos
Por. Semana 3

Eduardo Valladares
(Bernardo Soares)

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escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

06/02 Linguagem e suas


funções

09:15
19:15

13/02 Análise de Texto e


Fenômenos Linguísticos
Marcadores de
pressuposição,
polifonia, modali-
zadores e relações
entre textos

09:15
19:15

20/02 Análise de Texto e


Fenômenos Linguísticos
Ambiguidade,
polissemia, tipos
de discurso e
intertextualidade.

09:15
19:15
20
Análise de fev
Texto e Fenô-
menos Linguís-
ticos
Ambiguidade, polissemia, tipos de
discurso e intertextualidade

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Ambiguidade e Polissemia Intertextualidade
A ambiguidade acontece quando ocorre um du- É a influência de um texto sobre outro que o toma
plo sentido na frase. Por exemplo, “O computa- como modelo ou ponto de partida; utilização de
dor tornou-se um aliado do homem, mas esse uma multiplicidade de textos ou de partes de
nem sempre realiza todas as suas tarefas.” (as textos preexistentes de um ou mais autores, de
palavras “esse” e “suas” podem referir-se tanto a que resulta a elaboração de um novo texto lite-
“computador” quanto a “homem”) rário. Por exemplo, as propagandas da Hortifruti
que utilizam nomes de filmes, ou trechos de mú-
A polissemia é a pluralidade significativa de um sica para elaborarem a publicidade da empresa.
mesmo significante, isto é, a capacidade que o
próprio vocábulo possui de assumir várias signi-
ficações, somente definidas dentro de um deter-
minado contexto. Por exemplo:
“No meio do caminho tinha uma pedra” (Carlos
Drummond de Andrade)
PEDRA = fragmento mineral ou problema, con-

Por. 120
tratempo.

Tipos de discurso
Discurso direto: a fala do personagem é reprodu-
zida de forma fiel e literal. Exemplo:
Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu
com tom de simpatia.

Discurso indireto: o narrador interfere na fala do


personagem, não reproduzindo-a de forma lite-
ral; aqui são as palavras do narrador contando a
fala do personagem. Exemplo:
Os formados repetiam que iriam cumprir seus
deveres e respeitar seus semelhantes com firme-
za e honestidade.

Discurso indireto livre: mescla o discurso indire-


to com o direto. Exemplo:
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmun-
gou, franziu a testa, achando a frase extravagan-
te. Aves matarem bois e cabras, que lembrança!
Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela es-
tivesse tresvariando. (Graciliano Ramos, Vidas
secas)
Veja os diferentes tipos de intertextualidade: dizer com outras palavras o que um texto transmitiu.

→ Citação: é uma transcrição do outro texto marca- → Paródia: é uma forma de intertextualidade em
da por aspas ou itálico para mostrar que o trecho ou que se observa a manutenção de estruturas e ex-
o texto citado foi tirado de outra fonte. pressões do texto original, acompanhada por altera-
ção de sentido, com intuito crítico, irônico.
→ Epígrafe: (do grego epi = posição superior + gra-
phé = escrita): é uma citação que inicia um texto. → Hipertexto: é a leitura não linear, intimamente
relacionada ao mundo tecnológico. Em uma página
→ Paráfrase: é a reprodução das ideias de um texto. na internet, por exemplo, podemos ser remetidos a
Na paráfrase, sempre se mantêm os conteúdos do uma outra, através de um link, já que a tecnologia
texto original, mas elas são acrescidas de comentá- nos permite uma outra forma de ler.
rios e impressões. Pode-se dizer que parafrasear é

EXERCÍCIO DE AULA
1.

Por. 121
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações
visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida re-
corre à

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para


transmitir a ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população
pobre e o espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira
de descanso da família
2.
O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que
se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado
de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. As-
sim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura
a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa
ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estru-
turação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O
hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura / leitura ele-
trônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um
novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um
tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundida-
de simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não
necessariamente correlacionados.
MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br.
Acesso em: 29 jun. 2011.

O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser


considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um con-
junto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico compu-
tadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hi-
pertexto

Por. 122
a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavore-
ce o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente.
b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura,
pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional.
c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evi-
tado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares.
d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e ver-
dadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet.
e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequ-
ência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborati-
va.

3.
Texto 1

No meio do caminho
No meio do caminho tinha
uma pedra
Tinha uma pedra no meio
do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha
uma pedra
ANDRADE, C. D. Antologia poética.
Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
Texto 2

DAVOS, J. Garfiels, um charme


de gato – 7; Trad. Da Agência
Internacional Press. Porto Alegre.
L&PM, 2000.

A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos re-


vela que

a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por


histórias em quadrinho.

Por. 123
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tor-
nam uma réplica do texto 1.
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como
pertencentes ao mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, fo-
ram elaborados com finalidades distintas.
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-
-los como pertencentes ao mesmo gênero.

4.
Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português
Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde
2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava bo-
letins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para
anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P.,
um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de In-
frações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que
passou mal e morreu a caminho do hospital.

O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atrope-


lara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano
passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com l no lugar de r) e
“insulficiência” múltipla de órgãos (com um I desnecessário em “insuficiên-
cia” — além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla
de órgãos”).

M.O.P. foi indiciado pela 2a Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na


casa do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia
encontrou um computador com modelos de documentos.
Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado)
O texto apresentado trata da prisão de um fraudador que emitia documentos
com erros de escrita. Tendo em vista o assunto, a organização, bem como os re-
cursos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a)

a) conto, porque discute problemas existenciais e sociais de um fraudador.


b) notícia, porque relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador.
c) crônica, porque narra o imprevisto que levou a polícia a prender um fraudador.
d) editorial, porque opina sobre aspectos linguísticos dos documentos redigidos
por um fraudador.
e) piada, porque narra o fato engraçado de um fraudador descoberto pela polícia
por causa de erros de grafia.

5.
Certa vez, eu jogava uma partida de sinuca, e só havia a bola sete na mesa.
De modo que a mastiguei lentamente saboreando-lhe os bocados com pra-
zer. Refiro-me à refeição que havia pedido ao garçom. Dei-lhe duas taca-
das na cara. Estou me referindo à bola. Em seguida, saí montando nela e a
égua, de que estou falando agora, chegou calmamente à fazenda de minha
mãe. Fui encontrá-la morta na mesa, meu irmão comia-lhe uma perna com
prazer e ofereceu-me um pedaço: “Obrigado”, disse eu, “já comi galinha no
almoço”.

Por. 124
Logo em seguida, chegou minha mulher e deu-me na cara. Um beijo, digo.
Dei-lhe um abraço. Fazia calor. Daí a pouco minha camisa estava inteira-
mente molhada. Refiro-me a que estava na corda secando, quando começou
a chover. Minha sogra apareceu para apanhar a camisa.

Não tive remédio senão esmagá-la com o pé. Estou falando da barata que ia
trepando na cadeira.

Malaquias, meu primo, vivia com uma velha de oitenta anos. A velha era sua
avó, esclareço. Malaquias tinha dezoito filhos, mas nunca se casou. Isto é,
nunca se casou com uma mulher que durasse mais de um ano. Agora, senta-
do à nossa frente, Malaquias fura o coração com uma faca. Depois corta as
pernas e o sangue do porco enche a bacia.

Nos bons tempos passeávamos juntos. Eu tinha um carro. Malaquias tinha


uma namorada. Um dia rolou a ribanceira. Me refiro a Malaquias. Entrou
pela pretoria adentro arrebentando porta e parou resfolegante junto do juiz
pálido de susto. Me refiro ao carro. E a Malaquias.
FERNANDES, M. Trinta anos de mim mesmo.
São Paulo: Abril Cultural, 1973

Nesse texto, o autor reorienta o leitor no processo de leitura, usando como recur-
so expressões como “refiro-me/me refiro”, “estou me referindo”, “de que estou
falando agora”, “digo”, “estou falando da”, “esclareço”, “isto é”. Todas elas são ex-
pressões linguísticas introdutoras de paráfrases, que servem para

a) confirmar.
b) contradizer.
c) destacar.
d) retificar.
e) sintetizar.
EXERCÍCIO DE CASA
1.
TEXTO A
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.

Por. 125
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.

TEXTO B
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo.
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Cfrculo
do Livro. s/d.
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam
o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisan-
do-os, conclui-se que:

a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nas-


ceu, é o tom de que se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a
paisagem tropical realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crí-
tica da realidade brasileira.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta
em relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.

2.

Por. 126
Jornal Zero Hora, 2 mar.
2006.

Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços


reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os hor-
rores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Es-
panha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura
do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. Além dessa figura, a lin-
guagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e
a charge, ao explorar

a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referen-


te tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.
b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evi-
denciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto
pelo chargista brasileiro.
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo
caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias
retratadas tanto em Guernica quanto na charge.
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra
pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro.
3.
DELEGADO – Então desce ele. Vê o que arrancam desse sacana.
SARARÁ – Só que tem um porém. Ele é menor.
DELEGADO – Então vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz.
(Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige ao público.)

REPÓRTER – E o Querô foi espremido, empilhado, esmagado de corpo e


alma num cubículo imundo, com outros meninos. Meninos todos espremidos,
empilhados, esmagados de corpo e alma, alucinados pelos seus desesperos,
cegados por muitas aflições. Muitos meninos, com seus desesperos e seus
ódios, empilhados, espremi - dos, esmagados de corpo e alma no imundo
cubículo do reformatório. E foi lá que o Querô cresceu.

MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo:. Global, 2003 (fragmento).

No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de sentido de intensifica-


ção, construindo a ideia de

a) opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.


b) repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.
c) polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os meninos.
d) concepção educacional e carcerária, que gera comoção nos meninos.

Por. 127
e) informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos.

4.
Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com
passagens lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo cons-
tante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes
textos:

TEXTO 1
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche na vida”

ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia.


Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.

TEXTO 2
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
BUARQUE, Chico. Letra e música.
São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986

Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Car-


los Drummond de Andrade por:
TEXTO 3
Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Essa espécie ainda envergonhada.
PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986

Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Car-


los Drummond de Andrade por:

a) reiteração de imagens
b) oposição de ideias
c) falta de criatividade
d) negação dos versos
e) ausência de recursos

5.

Por. 128
O efeito humorístico da tirinha foi produzido:

a) Pela pergunta que Hagar fez a Dirk.


b) Pela resposta de Dirk a Hagar.
c) Pelo efeito sonoro provocado pela onomatopeia “POW”.
d) Pelo jogo de sentidos provocados pelo uso da palavra “sujo”, fazendo com que
a palavra assumisse um efeito polissêmico.
e) pela displicência de Hagar ao fazer o questionamento ao amigo.
6.
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nos-
so cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei
que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente con-
versar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Pará-
bola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o


cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente
devido

a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela infor-


malidade.
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

Por. 129
7.
O hipertexto permite – ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exi-
ge – a participação de diversos autores na sua construção, a redefinição
dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos tradicionais de leitura
e de escrita. Por seu enorme potencial para se estabelecerem conexões, ele
facilita o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o estabelecimento
da comunicação e a aquisição de informação de maneira cooperativa.

Embora haja quem identifique o hipertexto exclusivamente com os textos


eletrônicos, produzidos em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele
não deve ser limitado a isso, já que consiste numa forma organizacional que
tanto pode ser concebida para o papel como para os ambientes digitais. É
claro que o texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no papel,
são praticamente inviáveis: a conexão imediata, a comparação de trechos
de textos na mesma tela, o “mergulho” nos diversos aprofundamentos de
um tema, como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos.

RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita


e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Considerando-se a linguagem específica de cada sistema de comunicação,


como rádio, jornal, TV, internet, segundo o texto, a hipertextualidade configu-
ra-se como um(a)

a) elemento originário dos textos eletrônicos.


b) conexão imediata e reduzida ao texto digital.
c) novo modo de leitura e de organização da escrita.
d) estratégia de manutenção do papel do leitor com perfil definido.
e) modelo de leitura baseado nas informações da superfície do texto.
8.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze
anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos
de idade. [...]
Art 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportuni-
dades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental,
moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art 4° É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos refe-
rentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convi-
vência familiar e comunitária.

[...] BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do


adolescente. Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento)

Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta


características próprias desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à compo-
sição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de

Por. 130
a) repetição vocabular para facilitar o entendimento.
b) palavras e construções que evitem ambiguidade.
c) expressões informais para apresentar os direitos.
d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.
e) exemplificações que auxiliem a compreensão dos conceitos formulados.

QUESTÃO CONTEXTO
A polissemia é a multiplicidade de sentidos de uma palavra e para entendermos
seu significado real, precisamos entender o contexto em que está inserida. A ti-
rinha abaixo é um caso de polissemia por causa da palavra “vendo”. Explique os
dois sentidos possíveis para essa palavra e como poderia ser desfeito.
GABARITO
01.
Exercício de aula
1. a
2. e
3. d
4. b
5. d

02.
Exercício de casa
1. c
2. e
3. a
4. a
5. d
6. a

Por. 131
7. c
8. b

03.
Questão Contexto
A palavra “vendo” tem o sentido de ver, observar o
pôr do sol ou do verbo vender, comercializar o pôr
do sol. Dessa forma, para desfazer a polissemia do
“vendo”, a frase poderia ser reescrita da seguinte
maneira: “Observo o pôr do sol”.
Qui. Semana 3

Allan Rodrigues
Xandão
Victor Pontes

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CRONOGRAMA

07/02 Propriedades Estados físicos da


da matéria, matéria e gráfcos
substância, mistura de mudança
e sistema de fase

08:00 11:00

Propriedades Estados físicos da


da matéria, matéria e gráfcos
substância, mistura de mudança
e sistema de fase

18:00 21:00
22:00

14/02 Métodos de Métodos de


separação separação
de mistura de misturas
heterogêneas homogêneas

08:00 11:00

Métodos de Métodos de
separação separação
de misturas de misturas
homogêneas,
heterogêneas
tratamento de água
e esgoto

18:00 21:00
21/02 Evolução dos Atomística
modelos atômicos

08:00 11:00

Evolução dos Atomística:


modelos atômicos Estrutura atômica
- De Demócrito a
Sommerfield

18:00 21:00
21
Atomística fev

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Representação de um ele- Íons isoeletrônicos
mento químico
Exemplo: 11Na+ ; 12Mg++, 8O -- ; 9F- ; 13Al+++

Z
EA Todos os exemplos acima tem 10 elétrons em sua
camada de valência!

Número de Massa (A) é a soma de prótons e nêu-


trons no núcleo de um átomo.
Isótopos, isóbaros e isótonos
A=p+ n

Número Atômico (Z) é o número de prótons pre-


sentes no núcleo de um átomo.

Z=p

Qui. 136
Quando um átomo está em seu estado fundamen-
tal (eletricamente neutro), o seu número de prótons
(cargas positivas) é igual ao seu número de elétrons
(cargas negativas).

p=e–

Portanto, para um átomo, o número de prótons é


também igual ao número de elétrons.

Z=p=e–

Íons
Quando um átomo eletricamente neutro, ou seja, no
estado fundamental perde ou recebe elétrons, ele
se transforma em um ÍON.

Quando perde elétrons → íon positivo → Cátion


Quando ganha elétrons → íon negativo → Aniôn
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Dados os átomos: 26X54; 24Y54; 26Z52; 25W55; 24T52, são isótopos:

a) X e Z; Y e T
b) X e Z; Y e W
c) X e Z; X e Y
d) Y e T; Z e W
e) X e Y; Z e W

2.
Os íons representados a seguir apresentam mesmo(a)

19
K39 + e 20
Ca40 2+

a) massa
b) raio iônico

Qui. 137
c) carga nuclear
d) número de elétrons
e) energia de ionização

3.
É INCORRETO afirmar que o ânion monovalente 9F19 1- apresenta:

a) número de massa igual a dezenove.


b) dez nêutrons.
c) dez partículas com carga negativa na eletrosfera.
d) nove prótons.
e) um número de elétrons menor que o cátion trivalente 27Aℓ13 3+.

4.
Dados os átomos neutros

A: número atômico 7, número de massa 14


B: 8 prótons, 8 nêutrons
C: número de massa 16, 9 nêutrons
D: 6 elétrons, 6 nêutrons

Pertencem ao mesmo elemento químico

a) A e B
b) A e C
c) B e C
d) A, B e C
e) C e D
5.
O elemento Químico B possui 20 nêutron, é isótopo do elemento A, que possui
x prótons, é isóbaro de elemento químico C, que tem 16 nêutrons. O número de
massa de C é 2x+2. Sabendo-se que A e C são isótonos, pode-se afirmar que o
somatório do número de massa, do número atômico e de número de nêutrons
dos elementos A, B, C respectivamente, está relacionado na alternativa:

a) 109, 56 e 53
b) 112, 54 e 48
c) 110, 58 e 52
d) 118, 62 e 56

EXERCÍCIOS PARA CASA

1.
Considere os elementos a seguir e assinale a opção correta:

(I) 19K40

Qui. 138
(II) 8O16
(III) 18Ar40
(IV) 8O17
(V) 17Cℓ37
(VI) 8O18
(VII) 20Ca40

a) I e III são isótopos; II, IV e VI são isóbaros.


b) III e VII são isóbaros; V e VII são isótonos.
c) II, IV e VI são isótopos; III e VII são isótonos.
d) II e III são isótonos; IV e VI são isóbaros.
e) II e IV são isótonos; V e VII são isóbaros.

2.
A água pesada, utilizada em certos tipos de reatores nucleares, é composta por
dois átomos de deutério (número de massa 2) e pelo isótopo 16 de oxigênio. O
número total de nêutrons na molécula da água pesada é

a) 10
b) 12
c) 16
d) 18
e) 20
3.
Comparando-se as espécies químicas Fe2+ e Fe3+, é correto afirmar que

a) Fe3+ possui menos elétrons que Fe2+.


b) Fe2+ tem menor raio iônico.
c) Fe3+ possui mais prótons que Fe2+.
d) Fe3+ tem massa maior que Fe2+.
e) a transformação de Fe2+ em Fe3+ altera a composição do núcleo.

4.
Dentre os números atômicos 23, 31, 34, 38, 54, os que correspondem a elemen-
tos químicos com dois elétrons de valência são:

a) 23 e 38
b) 31 e 34
c) 31 e 38
d) 34 e 54
e) 38 e 54

Qui. 139
5.
O silício, elemento químico mais abundante na natureza depois do oxigênio, tem
grande aplicação na indústria eletrônica. Por outro lado, o enxofre é de impor-
tância fundamental na obtenção do ácido sulfúrico. Sabendo-se que o átomo
14
Si28 é isótono de uma das variedades isotópicas do enxofre, 16S, pode-se afir-
mar que este átomo tem número de massa

a) 14
b) 16
c) 30
d) 32
e) 34

6.
Os átomos isóbaros X e Y pertencem a metal alcalino e alcalino-terroso do mes-
mo período da classificação periódica. Sabendo-se que X é formado por 37 pró-
tons e 51 nêutrons, pode-se afirmar que os números atômicos e de massa de Y
são, respectivamente,

a) 36 e 87
b) 37 e 87
c) 38 e 87
d) 38 e 88
e) 39 e 88
7.
As alternativas referem-se ao número de partículas constituintes de espécies
atômicas.

A afirmativa FALSA é

a) dois átomos neutros com o mesmo número atômico têm o mesmo número de
elétrons.
b) um ânion com 52 elétrons e número de massa 116 tem 64 nêutrons.
c) um átomo neutro com 31 elétrons tem número atômico igual a 31.
d) um átomo neutro, ao perder três elétrons, mantém inalterado seu número
atômico.
e) um cátion com carga 3+, 47 elétrons e 62 nêutrons tem número de massa igual
a 112.

8.
São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z:

I. X é isóbaro de Y e o isótono de Z.
II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z.

Qui. 140
III. O número de massa de Z é 138.

O número atômico de X é:
a) 53
b) 54
c) 55
d) 56
e) 57

9.
Sejam os átomos A, B, C e D, sendo que:

A possui 20 prótons e 19 nêutrons.


B possui 19 prótons e 20 nêutrons.
C possui 20 prótons e 20 nêutrons.
D possui 18 prótons e 20 nêutrons.

São isótopos:
a) B e C;
b) A, B e D;
c) A e C
d) A e B
e) A, B, C.
QUESTÃO CONTEXTO
Qual é o potencial de destruição da bomba H que a Coreia do Norte diz
ter testado?

Até hoje, nenhuma explosão superou a potência da “Bomba-Czar”, uma


bomba de hidrogênio de 50 megatons (o equivalente a 50 milhões de to-
neladas de dinamite) detonada durante um teste do governo soviético em
outubro de 1961.

As bombas de hidrogêni funcionam seguindo um processo de fusão nuclear,


oposto ao da bomba de fissão: em vez de partir ou quebrar, diversos áto-
mos - nesse caso, os de isótopos do hidrogênio deutério e trítio - se juntam
formando núcleos maiores antes de explodir. A primeira explosão nuclear
se encarrega de gerar a elevadíssima temperatura necessária para que os
isótopos de hidrogênio se fundam, o que explica porque a bomba H também
http://www.bbc.
com/portuguese/ é chamada de termonuclear.A potência final é determinada pelo volume de
noticias/2016/01/160106_ hidrogênio, mais precisamente seus dois isótopos radioativos, o deutério e
bomba_hidrogenio_coreia_
lab o trítio.

Qui. 141
O hidrogênio, o deutério e o trítio são representados, respectivamente: (1H1),
(1H2) e (1H3). Analisando o numero atômico e massa desses elementos é INCOR-
RETO afirmar que:

a) são isótopos
b) eles possuem e o mesmo numero de elétrons
c) o deutério possui um próton a mais que o hidrogênio
d) o deutério e o trítio são mais pesados que o hidrogênio
e) o trítio possui o dobro de nêutrons em relação ao deutério.

Justifique a(s) incorreta(s).


GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a a) Verdadeira, pois estes possuem o mesmo número
2. d atômico (prótons).
3. e b) Verdadeira, estes possuem o mesmo número de
4. b elétrons (o numero de elétrons é igual ao numero de
5. c prótons).
c)FALSA, ele não possui um próton a mais, o D₂O

02.
(deutério), possui 1 nêutron a mais que o hidrogênio.
d)Verdadeira, ambos tem massa maior que o hidro-
Exercícios para casa gênio (Massa = Prótons + Nêutrons).
1. b e)Verdadeira, o deutério, possui 1 nêutron e 1 próton
2. a (massa = 2), já o trítio possui 2 nêutrons e 1 próton
3. a (massa = 3), portanto, é o dobro de nêutrons (2x1 =
4. a 2).
5. c

Qui. 142
6. d
7. b
8. c
9. c
Qui. 143
21
Evolução fev
dos Modelos
Atômicos
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Essa ideia de átomo não corresponde à que se tem
hoje. No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e
seu discípulo Demócrito imaginaram que a matéria
não poderia ser infinitamente divisível, dai a palavra
“átomo”, a = negação e tomo = divisível. Se partida
variadas vezes, chegaria a uma partícula muito pe-
quena, indivisível e impenetrável, e assim conclu-
íram que toda matéria era constituída por peque-
nas partículas indivisíveis, os átomos. Essa teoria se
manteve por longos anos. Somente no século XIX,
um novo modelo para explicar de que se constituía a
matéria foi apresentado. Experimento de Thomson com raios catódicos:
Para medir a razão entre a carga e a massa do elé-
tron, um feixe de raios catódicos (elétrons) passa
O Modelo atômico de Dalton através de um campo elétrico e de um campo mag-
– 1803 nético. De modo que o campo elétrico provoca des-
vio em um sentido, enquanto o campo magnético
John Dalton (1766 – 1844), cientista britânico reto- desvia o feixe no sentido oposto. Posteriormente,

Qui. 146
mou a ideia do átomo como constituinte básico da deduziu a existência de uma carga positiva. Seu mo-
matéria. Dalton considerou os átomos como partí- delo consistia em uma esfera maciça carregada po-
culas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Seu sitivamente, na qual se encontravam, incrustados,
modelo ficou conhecido como “Bola de Bilhar”. Esse as cargas negativas. Se modelo foi conhecido como
modelo foi considerado por cerca de 100 anos, até pudim de passas.
que um novo modelo surgiu.

Representação do modelo atômico de Dalton: A bola de bilhar

O Modelo atômico de Thom-


son – 1903
O físico britânico Joseph John Thomson (1856 –
1940) concluiu, após um estudo com raios catódi-
cos(emitidos de uma fonte de cátions), que o átomo
não era apenas uma esfera indivisível como tinha
dito Dalton. Em seu estudo, percebeu a existência
de partículas carregadas negativamente, determi-
nando sua relação entre a carga dessas partículas
(que foram denominados inicialmente como corpús-
culos) e a massa.
O Modelo atômico de Ruther- e era envolto por elétrons girando em elipses (a ele-
ford – 1911 trosfera, isto é, a maior parte de volume atômico).

Após a descoberta da Radioatividade, em 1911, o físi-


co da Nova Zelândia Ernest Rutherford (1871 – 1937)
e seus colaboradores realizaram, dentre outras, uma
experiência cujo objetivo era determinar as proprie-
dades das partículas alfa e sua interação com a ma-
téria. O experimento consistiu em bombardear uma
finíssima lâmina de ouro com partículas alfa, emiti-
das por polônio radioativo em uma chapa fotográfi-
ca. Com o experimento, ele percebeu que algumas
partículas atravessavam a lâmina sem sofrer desvio,
enquanto outras eram desviadas e uma parte delas
era ricocheteada.
Modelo planetário de Rutherford
O átomo com um núcleo, onde está concentrada a
maior parte de sua massa, envolto por elétrons gi-
rando na eletrosfera. A principal falha no modelo de
Rutherford foi não considerar que os elétrons, como
partículas carregadas girando ao redor do núcleo,

Qui. 147
gradativamente perderiam energia e atingiriam o
núcleo. O próximo modelo estava baseado nesta hi-
pótese e em estudos da teoria quântica.

Experimento de Rutherford O Modelo atômico de Bohr –


Partículas alfa (emitidas por Polônio radioativo) 1913
bombardeando uma fina lâmina de ouro para uma
chapa fotográfica (detector de partículas). O físico dinamarquês, Neils Bohr (1885-1962) propôs
um modelo que seria formado por um núcleo posi-
O físico chegou à conclusão de que a maioria das tivo com uma parte periférica, onde giravam os elé-
partículas atravessou a lâmina sem desviar, pois o trons. Ainda semelhante ao modelo de Rutherford, a
átomo é constituído em grande parte por espaço va- diferença entre estes era que para Bohr, os elétrons
zio. As outras partículas que sofreram desvio pro- giravam, sem emitir ou absorver energia, em órbitas
vavelmente foram repelidas pelo núcleo, devido à circulares, as quais ele denominou níveis de energia
positividade de suas cargas. E, por fim, as que rico- ou camadas.
chetearam foram também repelidas pelo núcleo.

Conclusões de Rutherford a respeito do desvia de


algumas partículas.
Baseado nesta experiência, Rutherford elaborou um
modelo que ficou conhecido como “Modelo plane-
Modelo atômico de Bohr: um núcleo positivo com uma parte
tário”, em que o átomo possuía um núcleo, onde es- periférica, onde os elétrons, sem emissão ou absorção de energia
giravam em órbitas circulares (camadas ou níveis de energia).
taria concentrada a maior parte da massa do átomo,
possível calcular a posição e a velocidade de um elé-
O Modelo atômico de Som- tron, num mesmo instante.
merfeld – 1915 → Orbital – região do espaço ao redor do núcleo
onde é máxima a probabilidade de encontrar um elé-
O físico alemão Arnold Johannes Wilhelm Sommer- tron.
feld, em 1915, estudando os espectros de emissão
de átomos mais complexos que o hidrogênio, ad- Ele propôs este modelo através na teoria da relati-
mitiu que em cada camada eletrônica (n) havia 1 ór- vidade de Einstein e da teoria quântica, assim po-
bita circular e (n-1) órbitas elípticas com diferentes dendo explicar detalhes dos espectros. Como ele
características. Essas órbitas elípticas foram então complementou o que Bohr não conseguia explicar
chamadas de subníveis ou subcamadas e caracteri- satisfatoriamente para átomos além dos hidrogenói-
zadas por l,onde l=0, l=1, l=2 e l=3 são respectiva- des, o modelo ficou conhecido como Bohr-Sommer-
mente os subníveis s, p, d e f. Por exemplo, na 4ª ca- feld. A energia do elétron seria determinada pela
mada há uma órbita circular e três elípticas. distância em que se encontrava do núcleo e pelo
tipo de órbita que descreve.

Modelo dos orbitais atômicos


→ Princípio da dualidade partícula-onda (De Bro-
glie)
→ Princípio da incerteza de Heisenberg – não é

Qui. 148
EXERCÍCIO DE AULA
1.
No fim do século XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) foi con-
vencido por J. J. Thomson a trabalhar com o fenômeno então recentemente
descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu a elaboração de um mode-
lo atômico que possibilitou o entendimento da radiação emitida pelos átomos
de urânio, polônio e rádio. Aos 26 anos de idade, Rutherford fez sua maior des-
coberta. Estudando a emissão de radiação de urânio e do tório, observou que
existem dois tipos distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvida, que
denominamos radiação alfa ( ), α e uma com maior poder de penetração, que
denominamos radiação beta ( ). β Sobre a descoberta de Rutherford podemos
afirmar ainda:

I. A radiação alfa é atraída pelo polo negativo de um campo elétrico.


II. O baixo poder de penetração das radiações alfa decorre de sua elevada massa.
III. A radiação beta é constituída por partículas positivas, pois se desviam para o
polo negativo do campo elétrico.
IV. As partículas alfa são iguais a átomos de hélio que perderam os elétrons.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

a) I, apenas
b) I e II
c) III, apenas
d) I, II e IV
e) II e IV
2.
A eletricidade (do grego elétron, que significa “âmbar”) é um fenômeno físico
originado por cargas elétricas. Há dois tipos de cargas elétricas: positivas e ne-
gativas. As cargas de nomes iguais (mesmo sinal) se repelem e as de nomes
distintos (sinais diferentes) se atraem. De acordo com a informação, assinale a
alternativa correta.

a) O fenômeno descrito acima não pode ser explicado utilizando-se o modelo


atômico de Dalton.
b) O fenômeno descrito acima não pode ser explicado utilizando-se o modelo
atômico de Thomson.
c) Os prótons possuem carga elétrica negativa.
d) O fenômeno descrito acima não pode ser explicado utilizando-se o modelo
atômico de Rutherford.
e) Os elétrons possuem carga elétrica positiva.

3.
Considere as seguintes afirmações, referentes à evolução dos modelos atômi-
cos:

Qui. 149
I. No modelo de Dalton, o átomo é dividido em prótons e elétrons.
II. No modelo de Rutherford, os átomos são constituídos por um núcleo muito
pequeno e denso e carregado positivamente. Ao redor do núcleo estão distribu-
ídos os elétrons, como planetas em torno do Sol.
III. O físico inglês Thomson afirma, em seu modelo atômico, que um elétron, ao
passar de uma órbita para outra, absorve ou emite um quantum (fóton) de ener-
gia.

Das afirmações feitas, está(ão) correta(s):

a) apenas III.
b) apenas I e II.
c) apenas II e III.
d) apenas II.
e) todas.

4.
Assinale a afirmativa que descreve ADEQUADAMENTE a teoria atômica de Dal-
ton. Toda matéria é constituída de átomos:

a) os quais são formados por partículas positivas e negativas.


b) e todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos.
c) os quais são formados por um núcleo positivo e por elétrons que gravitam em
diferentes camadas eletrônicas.
d) os quais são formados por um núcleo positivo e por elétrons que gravitam li-
vremente em torno desse núcleo.
5.
Os fundamentos da estrutura da matéria e da atomística baseados em resultados
experimentais tiveram sua origem com John Dalton, no início do século XIX. Des-
de então, no transcorrer de aproximadamente 100 anos, outros cientistas, tais
como J. J. Thomson, E. Rutherford e N. Bohr, deram contribuições marcantes de
como possivelmente o átomo estaria estruturado. Com base nas ideias propos-
tas por esses cientistas, marque (V) para verdadeira e (F) para falsa.

(_____) Rutherford foi o primeiro cientista a propor a ideia de que os átomos


eram, na verdade, grandes espaços vazios constituídos por um centro pequeno,
positivo e denso com elétrons girando ao seu redor.
(_____) Thomson utilizou uma analogia inusitada ao comparar um átomo com
um “pudim de passas”, em que estas seriam prótons incrustados em uma massa
uniforme de elétrons dando origem à atual eletrosfera.
(_____) Dalton comparou os átomos a esferas maciças, perfeitas e indivisíveis,
tais como “bolas de bilhar”. A partir deste estudo surgiu o termo “átomo” que sig-
nifica “sem partes” ou “indivisível”.
(_____) O modelo atômico de Bohr foi o primeiro a envolver conceitos de mecâ-
nica quântica, em que a eletrosfera possuía apenas algumas regiões acessíveis
denominadas níveis de energia, sendo ao elétron proibido a movimentação entre
estas regiões.
(_____) Rutherford utilizou em seu famoso experimento uma fonte radioativa

Qui. 150
que emitia descargas elétricas em uma fina folha de ouro, além de um anteparo
para detectar a direção tomada pelos elétrons. Assinale a alternativa correta, de
cima para baixo.

a) F - V - V - V - F
b) V - V - F - V - F
c) V - F - F - F - F
d) F - V - V - F - V
e) V - F - F - F - V

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Relacione os nomes dos cientistas e filósofos apresentados na coluna à esquerda
com suas descobertas na coluna à direita:

a) Demócrito ( ) Descobridor do nêutron.


b) Thomson ( ) Seu modelo atômico era semelhante a uma
c) Rutherford bola de bilhar.
d) Dalton ( ) Seu modelo atômico era semelhante a um
e) Chadwick “pudim de passas”.
( ) Foi o primeiro a utilizar a palavra átomo.
( ) Criou um modelo para o átomo semelhante
2.
Fogos de artifício utilizam sais de diferentes íons metálicos misturados com um
material explosivo. Quando incendiados, emitem diferentes colorações. Por
exemplo: sais de sódio emitem cor amarela, de bário, cor verde, e de cobre, cor
azul. Essas cores são produzidas quando os elétrons excitados dos íons metáli-
cos retornam para níveis de menor energia. O modelo atômico mais adequado
para explicar esse fenômeno é o modelo de:

a) Rutherford
b) Rutherford-Bohr
c) Thomson
d) Dalton

3.
O conhecimento sobre estrutura atômica evoluiu à medida que determinados
fatos experimentais eram observados, gerando a necessidade de proposição de
modelos atômicos com características que os explicassem.

Fatos Observados Características do Modelo Atômico

I. Investigações sobre a natureza elétri- 1. Átomos maciços, indivisíveis e in-


ca da matéria e descargas elétricas em destrutíveis

Qui. 151
tubos de gases rarefeitos.
2. Atómos com núcleo denso e positi-
II. Determinação das Leis Ponderais vo, rodeado pelos elétrons negativos.
das Combinações Químicas
3. Átomos como uma esfera positi-
III. Análise dos espectros atômicos va onde estão distribuídas, uniforme-
(emissão de luz com cores característi- mente, as partículas negativas.
cas para cada elemento)
4. Átomos com elétrons movimentan-
IV. Estudos sobre radioatividades e dis- do-se ao redor do núcleo em trajetó-
persão de partículas alfa rias circulares - denominadas níveis -
com valor determinado de energia

A associação correta entre o fato observado e o modelo atômico proposto, a par-


tir deste subsídio, é:

a) I – 3; II – 1; III – 2; IV – 4
b) I – 1; II – 2; III – 4; IV – 3
c) I – 3; II – 1; III – 4; IV – 2
d) I – 4; II – 2; III – 1; IV – 3
e) I – 1; II – 3; III – 4; IV – 2

4.
Uma importante contribuição do modelo de Rutherford foi considerar o átomo
constituído de:

a) elétrons mergulhados numa massa homogênea de carga positiva.


b) uma estrutura altamente compactada de prótons e elétrons.
c) um núcleo de massa desprezível comparada com a massa do elétron.
d) uma região central com carga negativa chamada núcleo.
e) um núcleo muito pequeno de carga positiva, cercada por elétrons.
5.
Ao resumir as características de cada um dos sucessivos modelos do átomo de
hidrogênio, um estudante elaborou o seguinte resumo:

Modelo Atômico: Dalton


Características: Átomos maciços e indivisíveis.

Modelo Atômico: Thomson


Características: elétron, de carga negativa, incrustado em uma esfera de carga

Modelo Atômico: Rutherford


Características: elétron, de carga negativa, em órbita em torno de um núcleo
central, de carga positiva. Não há restrição quanto aos valores dos raios das ór-
bitas e das energias do elétron.

Modelo Atômico: Bohr


Características: elétron, de carga negativa, em órbita em torno de um núcleo
central, de carga positiva. Apenas certos valores dos raios das órbitas e das ener-
gias do elétron são possíveis.

Qui. 152
O número de erros cometidos pelo estudante é:

a) 0
b) 1
c) 2
d) 3

6.
Assinale a alternativa que completa melhor os espaços apresentados na frase
abaixo:

“O modelo de Rutherford propõe que o átomo seria composto por um núcleo


muito pequeno e de carga elétrica ..., que seria equilibrado por …, de carga elé-
trica …, que ficavam girando ao redor do núcleo, numa região periférica deno-
minada ...”

a) neutra, prótons, positiva e núcleo.


b) positiva, elétrons, positiva, eletrosfera.
c) negativa, prótons, negativa, eletrosfera.
d) positiva, elétrons, negativa, eletrosfera.
e) negativa, prótons, negativa, núcleo.
7.
Em relação ao modelo atômico de Rutherford, julgue os itens a seguir como ver-
dadeiros ou falsos:

a) Esse modelo baseia-se em experimentos com eletrólise de soluções de sais


de ouro.
b) Ele apresenta a matéria constituída por elétrons em contato direto com os
prótons.
c) O modelo foi elaborado a partir de experimentos em que uma fina lâmina de
ouro era bombardeada com partículas α.
d) Segundo esse modelo, só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos
nos quais ele se apresenta com valores de energia múltiplos inteiros de um fóton.
e) Esse modelo é semelhante a um sistema planetário, em que os elétrons distri-
buem-se ao redor do núcleo, assim como os planetas em torno do Sol.

QUESTÃO CONTEXTO

Qui. 153
O “Homem de Ferro 2” retrata a como Tony Stark luta para substituir o metal pa-
ládio, que faz parte do reator de seu peito, por um metal atóxico. Depois de inter-
pretar informações deixadas por seu pai, nosso Iron man projeta um holograma
do elemento que poderia vir a substituir o paládio, cuja imagem se assemelha à
figura abaixo.

Qual dos modelos atômicos a imagem acima representa?


GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. d Rutherford imaginou que o átomo seria composto
2. a por um núcleo positivo e muito pequeno. Ele tam-
3. d bém acreditava que os elétrons giravam ao redor do
4. b núcleo e neutralizavam a carga positiva do núcleo.
5. c Este modelo foi difundido no meio científico em
1911. Rutherford sugeriu que o átomo pareceria com

02.
o nosso sistema solar no qual o Sol seria o núcleo e
os planetas seriam os elétrons.
Exercícios para casa
1. e; d; b; a; c;
2. b
3. c
4. e
5. a

Qui. 154
6. d
7. a) Falso. O modelo atômico de Rutherford
baseia-se em experimentos de bombardeio de finas
lâminas de um metal por partículas.
b) Falso. Segundo o modelo atômico de
Rutherford, os elétrons estão na região periférica
do átomo (eletrosfera).
c) Verdadeiro.
d) Falso. Essa proposição foi feita por Bohr,
e não por Rutherford.
e) Verdadeiro.
Qui. 155
Red. Semana 3

Rafael Cunha
(Bernardo Soares)

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07/02 Conceito de
Texto e suas
Classificações,
Variações
Linguísticas e de
Registro
19:15

09/02 Conceito de
Texto e suas
Classificações,
Variações
Linguísticas e de
Registro
09:15

14/02 Tipos e Gêneros


Textuais

19:15

16/02 Tipos e Gêneros


Textuais

09:15
21/02 Textos
Argumentativos:
Carta, Artigo de
Opinião, Editorial
e Dissertação
Argumentativa
19:15

23/02 Textos
Argumentativos:
Carta, Artigo de
Opinião, Editorial
e Dissertação
Argumentativa
09:15
21|23
Textos argu- fev
mentativos:
carta, artigo de opinião,
editorial e dissertação ar-
gumentativa
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Na última aula, destacamos as principais diferenças reproduzida é de uma carta, recentemente liberada
entre os tipos e os gêneros textuais, entendendo, para divulgação, deixada pelo ex-presidente George
inclusive, todas as suas classificações. Agora, con- Bush ao passar o cargo para o também ex-presiden-
siderando a variedade de gêneros na língua portu- te Bill Clinton, em 1993. Nos Estados Unidos, a práti-
guesa, detalharemos alguns que, nos últimos anos, ca é comum. No texto, o antecessor deseja um bom
apareceram com frequência não só na prova de Lin- governo e, principalmente, dá dicas sobre como li-
guagens do ENEM, mas também como propostas de dar com críticas durante o mandato. É um documen-
redação em vestibulares específicos. São eles: car- to histórico e merece seu destaque.
ta, artigo de opinião, editorial e dissertação argu-
mentativa. Vamos conhecê-los? Estamos falando de uma carta; há, então, algumas
características básicas que, no texto reproduzido
aqui, são bem comuns nesse gênero textual:
A carta
→ Local e data: Perceba que, logo no início da
É provável que você já tenha lido - ou até enviado - carta, há informações do local em que foi redigida
uma carta e reconheça facilmente a sua estrutura. (Washington, sede do governo norte-americano) e
Não é difícil perceber algumas marcas, uma vez que de sua data de envio. Neste gênero, é essencial que
esse gênero - com traços argumentativos ou não - você leve em consideração essas informações e,

Red. 161
tem características bem específicas. Observe um principalmente, que sejam fieis ao momento e local
exemplo: da produção, já que estamos falando de um docu-
mento - que, inclusive, no caso da imagem, como já
dissemos, faz parte da história.

→ Saudação: Ao começar o texto com “dear Bill”


(em tradução livre, “caro Bill”), George Bush apre-
senta o que chamamos de saudação. Este é o mo-
mento de usar os pronomes de tratamento que você
aprende nas aulas de classes gramaticais.

→Despedida: O “good luck” (em tradução livre,


“boa sorte”) de Bush pode ser classificado como
uma despedida. Assim como na saudação, o trata-
mento dado depende de quem está produzindo e,
mais ainda, de quem está lendo o documento. Se
é uma carta para um parente ou amigo, você pode
mandar um beijo; se, porém, você estiver falando
com o diretor de uma escola, talvez o “atenciosa-
mente” seja a melhor escolha.

→ Assinatura: Estamos falando de um texto que,


obrigatoriamente, apresenta um emissor e um re-
ceptor - alguém que envia e alguém que recebe a
carta. É necessário, então, deixar claro quem está
escrevendo o documento. A assinatura torna-se es-
sencial, aqui.
Não se preocupe com a tradução do texto. Na verda-
de, a escolha do inglês é proposital, já que o objeti-
vo, aqui, é analisar a estrutura do gênero. A imagem
Sobre a carta, uma última informação: a presença “É de outra cor, com quadrados pretos e bran-
do remetente e do destinatário também fica clara cos”. A lembrança do episódio literário, que
durante o texto. É comum a utilização de vocativos acabou dando nome à autobiografia (“O tabu-
- evidenciando uma conversa com o destinatário - e leiro de damas”, 1999) do escritor mineiro morto
referências à primeira pessoa, o autor da carta. Por há dez anos, emergiu da polêmica da semana
ser muito curto, o texto de Bush não faz tantas cons- nas redes sociais — a essa altura, já enterrada.
truções como essas, mas uma carta mais elabora- De que cor seria o vestido da escocesa: branco
da precisa criar esse vínculo entre quem escreve e e dourado ou preto e azul? O tolo questiona-
quem lê. mento se presta a explicar os dias de hoje, da
vida em plebiscito permanente.

Artigo de opinião e editorial Por 24 horas, o mundo virtual se ocupou do


enigma. A imagem do vestido foi alvo de de-
No mundo dos gêneros textuais, é comum encon- zenas de milhões de visualizações. Jornalistas
trarmos uma variedade de textos que se encaixam se ocuparam da pauta. Oftalmologistas, neuro-
na classificação de textos jornalísticos. São eles: cientistas e psicólogos foram convocados a ex-
notícia, reportagem, carta do leitor, carta ao leitor, plicar o Fla-Flu da ocasião. Os tensos perderam
charge, tirinha, nota de óbito, crônica, entre ou- o sono. Os indiferentes foram dormir. Os debo-
tros. Suas características são muito comuns, pou- chados fizeram piada. Os ocupados esculham-
co complexas, o que permite uma fácil identificação baram o falso drama. Os radicais desqualifica-
em qualquer leitura breve. Há, porém, dois gêneros ram a opinião contrária. Sinal dos tempos.

Red. 162
um pouco mais opinativos que merecem destaque, E assim o dilema do vestido virou metáfora des-
muito pela frequência de cobrança nos vestibula- sa época repleta de certezas fugazes, avessa à
res e, é claro, por suas marcas, mais incomuns nos tolerância. Uma cor é uma cor. E pronto. Sen-
textos que costumamos ler: o artigo de opinião e o tença emitida, hora da polêmica seguinte. Im-
editorial. Como muitas de suas características são porta pouco se 10%, um quarto ou dois terços
comuns - trabalham com fatos, defendem opiniões enxergam a peça (ou a vida) em outros tons.
com dados, exemplos, argumentos de autoridade, Fernando Sabino, certa vez, explicou assim o
etc. -, vamos manter nossa atenção nas diferenças, diálogo sobre o tabuleiro de damas: “Quis suge-
muito presentes nas questões sobre esses gêneros. rir que, por baixo da realidade que se apresenta
aos nossos olhos, existe outra”. Do lado da ci-
O artigo de opinião defende, prioritariamente, a opi- ência, o médico Luis Fernando Correia ensinou
nião do autor. Isso significa que, em um mesmo ve- que a visão humana não é objetiva como pare-
ículo de comunicação - um jornal, por exemplo -, ce: “Há mais interpretação que certeza. Cada
diferentes autores podem ter posicionamentos con- cérebro interpreta as cores de um jeito próprio.
trários. O ponto de vista do articulista, normalmen- E tudo bem”.
te responsável por uma coluna em jornal ou revis-
ta, independe, então, da forma como o veículo se Na ausência dessa compreensão, reside a in-
posiciona. Nesse sentido, marcas como a primeira tolerância despudorada, de cores fortes e sem
pessoa do singular são bem presentes nesses tex- filtro, das redes sociais, que tanto mal faz ao
tos, uma vez que a opinião defendida é do próprio debate democrático. Facebook e Twitter são
autor do artigo. Vamos ver um exemplo? torcidas organizadas de times rivais. Não bas-
ta torcer pelo próprio clube; é preciso humilhar,
Sobre visões e tons destruir os fãs adversários. Em segundo plano
fica o esporte, paixão nacional a caminho da
Foi Fernando Sabino em “Martini seco” (1987) vala.
quem propôs a reflexão. “Qual a cor do tabu-
leiro de damas?”, indagou o escrivão, um dos Na política, idem. O mundo virtual se divide en-
personagens, após vencer o amigo comissário tre os que enxergam o Brasil como irremediável
de polícia numa partida. Seria branco com qua- fracasso ou sucesso em gestação. É tudo bran-
drados pretos ou preto com quadrados bran- co ou preto. Não há espaço nem para 50 tons
cos? O comissário tentou as duas opções e er- de cinza, para usar a referência cinematográfi-
rou a resposta. Ao fim, o escrivão sentenciou: ca da vez, nem para a outra cor de Sabino.
E na agenda dos direitos civis, há quem sobre- O tema merece debate mais amplo envolven-
ponha classificação de gênero ao afeto nas re- do profissionais da área da educação e nossos
lações familiares. Daí o presidente da Câmara parlamentares, que devem cobrar mudanças.
dos Deputados desarquivar uma proposta de Há de se considerar a revelevância do progra-
legislação que limita a homem, mulher e des- ma criado pelo Ministério da Educação, que
cendentes a definição de família. É mais que di- entrou em vigor ainda em 2010. As vagas dis-
ferença de visão, é falta dela. poníveis nas universidades públicas são insufi-
Na loja virtual da varejista britânica, as vendas cientes para atender a demanda de estudantes
do vestido preto e azul quase quadruplicaram que conclui o Ensino Médio. Muitas acabam
com o dilema das cores. A empresa, agora, es- ocupadas por alunos que têm oportunidade de
tuda lançar o modelo branco e dourado. Fica permanecer longo tempo em cursinhos particu-
aqui a sugestão que a peça venha também em lares para obter bons resultados, principalmen-
outra cor, coberta de branco, dourado, preto e te nos cursos mais concorridos. Há, também,
azul. Salve o tabuleiro de Sabino! aqueles que saíram de escola pública, esforça-
ram-se e conseguiram atingir essa meta. É a li-
Flávia Oliveira. Jornal O Globo, 01/03/2015 vre concorrência, num sistema que se mostra
incapaz de contemplar todos.
Perceba, no texto da jornalista, que a opinião de-
fendida faz referência, exclusivamente, ao seu posi- De alguma forma, seria preciso começar a cor-
cionamento individual, e não ao que o jornal aponta rigir as históricas diferenças sociais. O Fies
como ponto de vista editorial. Trata-se, então, de um tornou-se oportunidade para que pessoas de

Red. 163
artigo de opinião. baixa renda pudessem ingressar na universi-
O editorial, por sua vez, defende uma opinião muito dade. Mas há falhas graves e precedentes pre-
mais corporativa. Aqui, quem se posiciona é o pró- ocupantes. Reportagem divulgada hoje pelo
prio veículo, de acordo com a linha que escolhe se- Correio do Estado mostra casos de jovens que
guir - chamada, também, de linha editorial. As re- saem do curso com dívida altíssima, bem supe-
ferências, neste gênero, não são feitas à primeira rior ao montante que pagariam no decorrer do
pessoa do singular, mas à primeira pessoa do plural curso. Caso consigam arrumar emprego - con-
e, muitas vezes, à terceira pessoa, tratando o pró- siderando as circunstâncias atuais de crise - te-
prio veículo como responsável por aquelas posições rão grande parte da renda comprometida para
(“A Folha defende que...” é um exemplo). Normal- quitar o financiamento, algo que pode levar
mente, os editoriais são apresentados em colunas mais de 10 anos.
com títulos próximos a “Nossa opinião”. Observe um
exemplo: Estudantes contam ainda com o Programa Uni-
versidade Para Todos (ProUni), que garante bol-
Distorções na educação sas de estudo e os valores não precisam ser res-
tituídos pelos beneficiados. As universidades
Linha tênue separa as consequências antagô- particulares recebem isenções fiscais em troca
nicas a que estão sujeitos os estudantes que das vagas concedidas. As duas opções citadas
optam pelo Fundo de Financiamento Estudan- acabam representando garantia de boa quan-
til (Fies). Por um lado, o financiamento parcial tidade de matriculados nas instituições de en-
ou até total das mensalidades em universidade sino superior privadas, que contam com lucro
particular representa a oportunidade de reali- praticamente garantido desse grupo, já que os
zar o sonho de obter ensino superior. Por outro, valores são “bancados” pelo Governo Federal,
o aluno já deixa a faculdade com dívida consi- por meio das isenções ou pelo sistema de finan-
derável e, em muitos casos, não consegue ar- ciamento. Os valores dos cursos continuam su-
rumar emprego facilmente, ainda mais nesse bindo consideravelmente todos os anos.
período de grave recessão econômica. Assim,
inadimplência continua aumentando e já al- Surge, portanto, outra distorção no modelo vi-
cança metade do total de financiamentos auto- gente atualmente. As universidades públicas
rizados no País. Há, sem dúvida, distorções que acabam depreciadas, precisando de mais in-
precisam ser corrigidas. vestimentos do Governo Federal. Há, sem dú-
vida, méritos em garantir acesso ao ensino
superior a jovens de baixa renda. As instituições como tese, uma opinião global que, durante os pa-
privadas cumprem papel importante, conside- rágrafos, será defendida com exemplos, dados esta-
rando que durante anos as instituições públicas tísticos, argumentos de autoridade e outras estraté-
não tiveram melhorias necessárias. Há eviden- gias que conheceremos em outro momento. Aqui, é
te necessidade, porém, de aperfeiçoar critérios importante que você saiba diferenciar os dois gêne-
que incluem exigências de qualidade, além de ros, a fim de, no vestibular, não produzir algo dife-
coerência nos valores cobrados. São mudanças rente do proposto pela Banca.
essenciais para evitar as armadilhas existentes
atualmente.
Características da disserta-
Editorial do jornal Correio do Estado, MS, 22 ção argumentativa
de janeiro de 2017
O texto dissertativo-argumentativo, como já vimos,
defende uma tese. Dessa maneira, é importante que
Note que a opinião apresentada, neste caso, não os argumentos construídos sejam apresentados de
é de alguém em específico, mas do próprio jornal, forma bem específica, a fim de conseguirmos, em
que, inclusive, menciona reportagens produzidas poucas linhas, convencer o receptor da mensagem.
pelo próprio veículo na defesa de opiniões. Se o po- Há, então, algumas características importantíssimas
sicionamento é do jornal, por exemplo, e não de um para a construção desse texto. Vamos vê-las?
autor em específico, estamos falando de um edito-
rial. → Objetividade e impessoalidade: Nesse gênero

Red. 164
textual, é essencial que as opiniões sejam mostradas
de forma objetiva, ou seja, evitando trazer informa-
Dissertação expositiva e ar- ções muito subjetivas, baseadas em convicções in-
gumentativa dividuais e argumentos pouco racionais, e buscando
uma impessoalidade. Isso quer dizer que, na disser-
Por fim, antes de começarmos, de fato, o nosso cur- tação argumentativa, o uso da primeira pessoa não
so de produção textual, precisamos conhecer as es- vai ser sempre a melhor opção. Trabalhar com a ter-
trelas das nossas próximas aulas: a dissertação ex- ceira pessoa, neste caso, pode distanciar melhor o
positiva e a argumentativa. Como já vimos na aula autor das opiniões apresentadas e, assim, deixá-las
anterior, o objetivo desses gêneros se resume a, ba- mais próximas de verdades absolutas.
sicamente, mostrar posicionamentos e defendê-los
ao longo do texto. Há, porém, algumas diferenças → Estrutura específica: Você já deve ter ouvido
que precisam ser mostradas aqui. falar sobre a estruturação dos parágrafos de uma
dissertação. Basicamente, é importante que, nes-
A dissertação expositiva, como o nome já diz, preo- se gênero textual, estejam presentes uma introdu-
cupa-se, apenas, com a exposição de informações ção, parágrafos de desenvolvimento que defendam
- sejam fatos, sejam posicionamentos. Não há uma a opinião global do texto e uma conclusão. Em outro
opinião central, defendida ao longo de todo o texto, momento, detalharemos as características de cada
com unhas e dentes, buscando convencer um pos- parágrafo.
sível leitor. Um texto sobre a redução da maioridade
penal, por exemplo, que mostra os dois lados da mo- → Coerência e coesão: Na construção de qual-
eda - opiniões favoráveis e contrárias - é dissertativo quer texto, a produção de sentido, tanto de maneira
expositivo. O objetivo, aqui, é apenas deixar o leitor abstrata quanto formal (com palavras) é essencial.
informado sobre fatos e opiniões a respeito do tema Dessa forma, a coerência, responsável por essas
- sem, necessariamente, buscar convencê-lo de al- relações no campo das ideias, e a coesão, que usa
guma coisa. palavras nessa construção, precisam ser trabalha-
das de maneira bem rica na dissertação. Teremos,
A dissertação argumentativa, por sua vez, tem como em outro momento, uma aula específica sobre isso,
principal objetivo convencer o leitor. O posiciona- mas não se esqueça dessa regra: seu texto precisa
mento defendido é central no texto e é conhecido ter sentido.
É muito importante que você conheça e entenda de Linguagens. Nas próximas aulas, detalharemos
todas as características desse gênero textual. Isso melhor a estrutura desse texto a fim de facilitar a sua
porque, levando em consideração apenas o ENEM, produção. De qualquer forma, não deixe de aprovei-
a dissertação argumentativa é texto obrigatório na tar os exercícios selecionados para esta matéria e
prova de Redação e tema de questões em sua prova praticar as suas especificidades, ok?

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Carta ao Tom 74

Rua Nascimento Silva, cento e sete


Você ensinando pra Elizete
As canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz
Ah, que saudade,
Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia

Red. 165
A que ponto a cidade turvaria
Esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
E além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza,
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor

MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo:
Universal; Philips,1975 (fragmento).

O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gê-


nero textual carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor

a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano.
b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade.
c) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro.
d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina.
e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos.

2.
Grupo transforma pele humana em neurônios

Um grupo de pesquisadores dos EUA conseguiu alterar células extraídas da


pele de uma mulher de 82 anos sofrendo de uma doença nervosa degene-
rativa e conseguiu transformá-las em células capazes de se transformarem
virtualmente em qualquer tipo de órgão do corpo. Em outras palavras, ga-
nharam os poderes das células-tronco pluripotentes, normalmente obtidas a
partir da destruição de embriões.
O método usado na pesquisa, descrita hoje na revista Science, existe desde
o ano passado, quando um grupo liderado pelo japonês Shinya Yamanaka
criou as chamadas iPS (células-tronco de pluripotência induzida). O novo es-
tudo, porem, mostra pela primeira vez que é possível aplicá-lo a células de
pessoas doentes, portadoras de esclerose lateral amiotrófica (ELA), mal que
destrói o sistema nervoso progressivamente.

“Pela primeira vez, seremos capazes de observar células com ELA ao mi-
croscópio e ver como elas morrem”, disse Valerie Estess, diretora do Projeto
ALS (ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em deta-
lhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA.
KOLNERKEVIC, I. Folha de S.Paulo. 1 ago. 2008 (adaptado).

A análise dos elementos constitutivos do texto e a identificação de seu gênero


permitem ao leitor inferir que o objetivo do autor é

a) apresentar a opinião da diretora do Projeto ALS.


b) expor a sua opinião como um especialista no tema.
c) descrever os procedimentos de uma experiência científica.
d) defender a pesquisa e a opinião dos pesquisadores dos EUA.
e) informar os resultados de uma nova pesquisa feita nos EUA.

Red. 166
3.
A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado
ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A
informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vici-
nal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no
local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de des-
tinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal.
Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez
de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situ-
ação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar o lixo em outra
localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação
achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A
Disponível em: http:// reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha
jornaldacidade.uol.com. o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em
br. Acesso em: 10 ago. 2012
(adaptado). prática o errado. Um perigo!

Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal
diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é

a) apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.


b) chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
c) provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
d) interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opi-
nião pública.
e) trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de
vista do autor da notícia.
4.
Não adianta isolar o fumante

Se quiser mesmo combater o fumo, o governo precisa ir além das restrições.


É preciso apoiar quem quer largar o cigarro.
Ao apoiar uma medida provisória para combater o fumo em locais públicos
nos 27 estados brasileiros, o senado reafirmou um valor fundamental: a de-
fesa da saúde e da vida.
Em pelo menos um aspecto a MP 540/2011 é ainda mais rigorosa que as me-
didas em vigor em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná, estados que até
agora adotaram as legislações mais duras contra o tabagismo. Ela proíbe os
fumódromos em 100% dos locais fechados, incluindo até tabacarias, onde o
fumo era autorizado sob determinadas condições.
Uma das principais medidas atinge o fumante no bolso. O governo fica au-
torizado a fixar um novo preço para o maço de cigarros. O Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) será elevado em 300%. Somando uma coisa
e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais ácido. Deverá subir 20% em
2012 e 55% em 2013.
A visão fundamental da MP está correta. Sabe-se, há muito, que o tabaco
faz mal à saúde. É razoável, portanto, que o Estado aja em nome da saúde
pública.
Época, 28 nov. 2011 (adaptado)

Red. 167
O autor do texto analisa a aprovação da MP 540/2011 pelo Senado, deixando cla-
ra a sua opinião sobre o tema. O trecho que apresenta uma avaliação pessoal do
autor como uma estratégia de persuasão do leitor é:

a) “Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais fechados”.


b) “O governo fica autorizado a fixar um novo preço para o maço de cigarros.’’
c) “O Imposto sobre Produtos Industrializados (IP)
d) “Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais ácido.”
e) “Deverá subir 20% em 2012 e 55% em 2013.”

5.
Censura moralista

Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se


esta crise, por exemplo, apontando a precariedade das práticas de leitura,
lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da
falta de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos livros em livrarias,
num nunca acabar de problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá,
pesquisas acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente assim,
que brasileiros leem, sim, só que leem livros que as pesquisas tradicionais
não levam em conta. E, também de um tempo para cá, políticas educacio-
nais têm tomado a peito investir em livros e em leitura.

LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br.


Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).
Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se
frente a assuntos que geram consenso ou despertam polêmica. No texto, a au-
tora

a) ressalta a importância de os professores incentivarem os jovens às práticas


de leitura.
b) critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura à precariedade
de bibliotecas.
c) rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à cri-
se de leitura.
d) questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de pesqui-
sas acadêmicas.
e) atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens por
livros de qualidade.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
TEXTO I

Red. 168
Nesta época do ano, em que comprar compulsivamente é a principal pre-
ocupação de boa parte da população, é imprescindível refletirmos sobre a
importância da mídia na propagação de determinados comportamentos que
induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx
aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem fetichizados, passam
a assumir qualidades que vão além da mera materialidade. As coisas são
personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automó-
vel de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de
determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior
valorização e visibilidade social a um indivíduo.

LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em: http://ob-


servatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 18 Jan.2015.

TEXTO II

Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas
relações, gera e rege sentimentos, engendra fantasias, aciona comporta-
mentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas ações
no mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando nossa imagi-
nação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos.
Numa época toda codificada como a nossa, o código da alma (o código do
ser) virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consu-
mo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde,
turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo.

BARCELLOS, G. A alma do consumo. Disponível em: www.diplomatique.


org.br.
Acesso em 18 jan 2015.
Esses textos propõem uma reflexão crítica sobre o consumismo. Ambos partem
do ponto de vista de que esse hábito

a) desperta o desejo de ascensão social.


b) provoca mudanças nos valores sociais.
c) advém de necessidades suscitadas pela publicidade.
d) deriva da inerente busca por felicidade pelo ser humano.
e) resulta de um apelo do mercado em determinadas datas.

2.
Salvador, 10 de maio de 2012.

Consultoria PC Speed Sr. Pedro Alberto



Assunto: Consultoria Prezado Senhor,

Manifestamos nossa apreciação pelo excelente trabalho executado pela
equipe de consultores desta empresa na revisão de todos os controles inter-

Red. 169
nos relativos às áreas administrativas.

As contribuições feitas pelos membros da equipe serão de grande valia para
o aperfeiçoamento dos processos de trabalho que estão sendo utilizados.

Queira, por gentileza, transmitir-lhes nossos cumprimentos.

Atenciosamente,

Disponível em: www. Rivaldo Oliveira Andrade
pcspeed.com.br. Acesso em:
1 maio 2012 (adaptado). Diretor Administrativo e Financeiro


A carta manifesta reconhecimento de uma empresa pelos serviços prestados
pelos consultores da PC Speed. Nesse contexto, o uso da norma-padrão

a) constitui uma exigência restrita ao universo financeiro e é substituível por lin-
guagem informal.
b) revela um exagero por parte do remetente e torna o texto rebuscado linguis-
ticamente.
c) expressa o formalismo próprio do gênero e atribui profissionalismo à relação
comunicativa.
d) torna o texto de difícil leitura e atrapalha a compreensão das intenções do re-
metente.
e) sugere elevado nível de escolaridade do diretor e realça seus atributos inte-
lectuais.
3.
A educação física ensinada a jovens do ensino médio deve garantir o acúmu-
lo cultural no que tange à oportunização de vivência das práticas corporais;
a compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao
controle sobre o próprio esforço, e do direito ao repouso e ao lazer; a inicia-
tiva pessoal nas articulações coletivas relativas às práticas corporais comu-
nitárias; a iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para
Disponível em: www.portal. suas próprias práticas corporais; a intervenção política sobre as iniciativas
mec.gov.br. Acesso em: 19
ago. 2012. públicas de esporte e de lazer.

Segundo o texto, a educação física visa propiciar ao indivíduo oportunidades de


aprender a conhecer e a perceber, de forma permanente e contínua, o seu pró-
prio corpo, concebendo as práticas corporais como meios para

a) ampliar a interação social.


b) atingir padrões de beleza.
c) obter resultados de alta performance.
d) reproduzir movimentos predeterminados.
e) alcançar maior produtividade no trabalho.

Red. 170
4.
O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive com o pai,
um ex-presidiário, numa casa da periferia paulistana. Ciente de sua beleza,
o que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente
do de suas colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apaixona-
da. E constata, na prática, que o romantismo dos contos de fada tem perna
curta.
VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012.

Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos ideais de amor e felicidade
encontrados nos contos de fada. Essa crítica é traduzida

a) pela descrição da dura realidade da vida das operárias.


b) pelas decepções semelhantes às encontradas nos contos de fada.
c) pela ilusão de que a beleza garantiria melhor sorte na vida e no amor.
d) pelas fantasias existentes apenas na imaginação de pessoas apaixonadas.
e) pelos sentimentos intensos dos apaixonados enquanto vivem o romantismo.

5.
Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem
a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo
errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte
utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite
de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no
papel”, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia
do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do desti-
natário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento
do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado
apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que
não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independente-
mente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua
revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta
a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é
sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossos
avós”. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários
das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com
facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter dis-
cernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos.
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V.
Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).

Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunica-
ção, usos particulares da escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade,
segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a

a) interagir por meio da linguagem formal no contexto digital.


b) buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line.
c) adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos.
d) desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web.
e) perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes digitais.

6.
Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de an-
tiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A

Red. 171
recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a
uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição.
Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por
povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser
encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias
sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos huma-
nos comuns.

SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.).


Mostra do redescobrimento:
arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São
Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.

De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos coloni-
zadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a)

a) suporte artístico.
b) nível tecnológico.
c) base antropológica.
d) concepção estética.
e) referencial temático.

7.
Exmº Sr. Governador:

Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Pal-


meira dos Índios em 1928.
[…]
ADMINISTRAÇÃO

Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordiná-


rio vai para eles dinheiro considerável. Não há vereda aberta pelos matutos
que prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi
feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que
não precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque
se derrubou a Bastilha – um telegrama; porque se deitou pedra na rua – um
telegrama; porque o deputado F. esticou a canela – um telegrama.

Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929.


GRACILIANO RAMOS

RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962.

O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de Palmeira


dos Índios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial,
o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista para esse gênero, pois
o autor:

a) emprega sinais de pontuação em excesso.

Red. 172
b) recorre a termos e expressões em desuso no português.
c) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o
destinatário.
d) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especia-
lizado.
e) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional.

8.
O bit na galáxia de Gutenberg

Neste século, a escrita divide terreno com diversos meios de comunicação.


Essa questão nos faz pensar na necessidade da “imbricação, na coexistên-
cia e interpretação recíproca dos diversos circuitos de produção e difusão
do saber...”.
É necessário relativizar nossa postura frente às modernas tecnologias, prin-
cipalmente à informática. Ela é um campo novidativo, sem dúvida, mas suas
bases estão nos modelos informativos anteriores, inclusive, na tradição oral
e na capacidade natural de simular mentalmente os acontecimentos do
mundo e antecipar as consequências de nossos atos. A impressão é a ma-
triz que deflagrou todo esse processo comunicacional eletrônico. Enfatizo,
assim, o parentesco que há entre o computador e os outros meios de comu-
nicação, principalmente a escrita, uma visão da informática como um “des-
dobramento daquilo que a produção literária impressa e, anteriormente, a
tradição oral já traziam consigo”.

NEITZEL. L.C. Disponível em. www.geocities.com. Acesso em: 1 ago 2012


(adaptado).

a) se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais de comunicação e infor-


mação.
Ao tecer considerações sobre as tecnologias da contemporaneidade e os meios
de comunicação do passado, esse texto concebe que a escrita contribui para
uma evolução das novas tecnologias por

a) se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais de comunicação e infor-


mação.
b) cumprir função essencial na contemporaneidade por meio das impressões em
papel.
c) realizar transição relevante da tradição oral para o progresso das sociedades
humanas.
d) oferecer melhoria sistemática do padrão de vida e do desenvolvimento social
humano.
e) fornecer base essencial para o progresso das tecnologias de comunicação e
informação.

9.
Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de
Deus, serem quebradas por traição, interesses financeiros e sexuais. Casais
se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem trau-
mas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que
os advogados consultados, por sua competência, estão acostumados a tra-

Red. 173
tar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem
obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação? Não seria
mais útil dar conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a
separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja
qual for o tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos
Disponível em: http://
filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastan-
revistaepoca.globo.com. te complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que podem
Acesso em: 26 fev. 2012
(adaptado). interessar ao leitor médio.

O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na seção de carta do


leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se acerca de uma reportagem publicada
na edição anterior. Ao fazer sua argumentação, o autor do texto

a) faz uma síntese do que foi abordado na reportagem.


b) discute problemas conjugais que conduzem à separação.
c) aborda a importância dos advogados em processos de separação.
d) oferece dicas para orientar as pessoas em processos de separação.
e) rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando novas ideias.

10.
O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos
tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e
orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento . Cícero nota, primeira-
mente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois
aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida
longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez
de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler
as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a
passagem do tempo.

NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época . 28 abr.


O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argu-
mentos que levam a inferir que seu objetivo é

a) esclarecer que a velhice é inevitável.


b) contar fatos sobre a arte de envelhecer.
c) defender a ideia de que a velhice é desagradável.
d) influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento.
e) mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento.

QUESTÃO CONTEXTO
Texto I

Red. 174
Fonte: pinterest.com

“Bem, para aqueles de vocês que nunca conheceram um muçulmano, é um


prazer conhecê-los. Deixem que eu diga quem sou. Sou mãe, amante de
café, expresso duplo, creme separado. Sou introvertida.Sou fanática por
querer entrar em forma. E sou muçulmana espiritual praticante. Mas não
como diz a Lady Gaga, porque, amor, eu não nasci assim. Foi uma escolha.”

Transcrição da palestra de Dalia Mogahed no TED, em fevereiro de 2016.

Texto II

Assista à palestra completa de Dalia Mogahed, no TED2016, neste link.

A fala de Dalia Mogahed, pesquisadora e escritora, é muito importante nos


dias de hoje. Vivemos na era do medo, da desconfiança, e cada vez mais es-
tereótipos tomam conta das sociedades, nos deixando trancados em casa
ou, simplesmente, criando aversões a determinadas culturas e crenças.

Levando em consideração as ideias apresentadas no vídeo, faça o que se pede:

a) Identifique a tese desenvolvida e defendida ao longo da fala.


b) Aponte dois argumentos utilizados na fundamentação desse posicionamento.
Aqui, você pode apresentar exemplos, dados e até mesmo afirmações que sir-
vam de base para a opinião da palestrante.
GABARITO
01.
Exercícios para aula
1. b
2. e
3. d
4. d
5. d

02.
Exercícios para casa
1. b
2. c
3. a
4. c
5. e
6. c
7. e

Red. 175
8. e
9. e
10. e
Semana 3
TEMA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores se- saúde pública no Brasil, apresentando proposta de
guintes e nos conhecimentos construídos ao longo ação social que respeite os direitos humanos. Sele-
de sua formação, redija um texto dissertativo-argu- cione, organize e relacione, de forma coerente e co-
mentativo em norma padrão da língua portuguesa esa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto
sobre o tema A importância da reivindicação pela de vista.

Texto 1
O sistema de saúde é dinâmico e criativo. Além de cui- a venda de ilusões amparadas apenas na “esperança”
dar da saúde, “vende” esperança do viver. É complexo, pode ser muito danosa para a sociedade. A escassez
com diferentes participantes que têm interesses e in- de recursos exige uma avaliação do custo de oportu-
centivos nem sempre alinhados; alguns destes são per- nidade.
versos e atendem a partes, e não ao todo, do sistema.
E é dinâmico, influenciado pela constante geração de O respeito às considerações morais, éticas, filosóficas
novos conhecimentos, alguns não plenamente valida- e religiosas precisa ser valorizado no âmbito individual,
dos cientificamente. mas as decisões em um sistema de seguro-saúde de-
vem ser embasadas racionalmente. Decisões sobre o
A avaliação crítica de evidências em saúde lida com uso dos preciosos recursos desse seguro coletivo de-
incertezas e faz com que tenhamos que conviver com vem ser norteadas por evidências técnico-científicas

Red.
verdades transitórias. O sistema de saúde é criativo, e preferências da população; devem idealmente res-
com assimetria de informação, conhecimento e poder; peitar o princípio da igualdade de direitos num sistema
decisões são rapidamente e licitamente tomadas, po- universal. A decisão individual afeta o coletivo, e a deci-
rém, utilizando-se de oportunidades não regulamenta- são coletiva impõe restrições aos indivíduos.
das.
No processo de priorização é preciso discutir quais mo-
Temos a saúde como um direito do cidadão e um dever delos são os mais adequados ao se considerar a histó-
do Estado, com os seus princípios doutrinários e orga- ria, a cultura, o momento, as doutrinas e a organização
nizacionais expressos na Constituição. Os limites assis- do sistema de saúde. Temos pelo menos quatro mo-
tenciais não são bem definidos, mas temos certamen- delos (igualitário, comunitário, libertário e o utilitário)
te um limite nos recursos disponíveis. Neste cenário, a e não há um modelo certo ou errado, mas, sim, o que
definição de objetivos claros e a priorização de ações possa mais se alinhar com os princípios doutrinários da
são absolutamente críticas. Uma compreensão e um sociedade. Em nosso atual sistema de saúde, podemos
acordo coletivo sobre a interpretação dos princípios observar a presença de elementos dos quatro mode-
doutrinários são imprescindíveis. Propostas precisam los, o que pode significar que não temos nenhum seria-
ser apresentadas e debatidas. Urge discussões respon- mente a nos nortear.
sáveis que reconheçam a real condição da saúde e os
dilemas existentes. Essas propostas deveriam ser mini- Somente com uma judiciosa interpretação dos princí-
mamente embasadas por fundamentos que as justifi- pios doutrinários e organizacionais podemos avaliar e
quem do ponto de vista sanitário e econômico. debater propostas para os próximos anos. O pensar e
olhar fracionado do sistema de saúde, o não reconhe-
O Estado deve regulamentar, regular, controlar e fis- cimento do limite econômico e a proposição de ações
calizar o sistema e suas partes. Essas funções são, por com foco no curto prazo contribuem para aumentar a
si só, desafiadoras num sistema complexo, dinâmico entropia do sistema de saúde, sua ineficiência e iniqui-
e criativo. A assistência à saúde não necessariamente dade. Disponível em http://
www1.folha.uol.com.br/
precisa ser prestada pelo poder público, e a eficiência opiniao/2014/08/1504723-
operacional deveria ser priorizada. marcos-bosi-
ferrazpropostas-para-a-
A oferta de produtos e serviços estimula a demanda, e saude.shtml
Texto 2
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados
capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem e assistência especiais. Todas as crianças nascidas
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma
cuidados médicos e os serviços sociais indispensá- proteção social.
veis, e direito à segurança em caso de desemprego,
[Declaração Universal dos
doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de Direitos Humanos, artigo 25]
Disponível em http://
perda dos meios de subsistência fora de seu contro- unesdoc.unesco.org/
le.

Texto 3

Red.
Texto 4
Texto 4

Disponível em: http://


g1.globo.com/politica/
noticia/am-supera-pe-e-
lidera-ranking-de-
superlotacao-em-presidios-
brasil-tem-270-mil-presos-
acima-da-capacidade.ghtml

Red.

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