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DOCUMENTÁRIO

The Great Composers


Johann Sebastian Bach

Trabalho realizado por Tiago Sousa, 4180178 Licenciatura em Música ramo percussão
Repertório Musical II, Prof. Francisco Melo
Documentário – The Great Composers

O documentário inicia-se com o seu conjunto de obras de J.S.Bach – Concertos


Brandeburgueses, comentados por Robert Levin. O impacto que ele teve com as suas
obras foi totalmente revolucionário, estas foram essenciais para que a música seguisse
o percurso que se conhece nos dias de hoje, percurso sem o qual tudo seria diferente.
Bach acreditava que a principal e única razão da música deveria ser a glória a Deus e a
recreação do espírito. Bach na sua serie de concertos brandeburgueses, também busca
inspiração no “Concerto Grosso em Sol menor” de A.Corelli e em específico no
Concerto Brandeburguês nº3 denota-se parecenças no que toca às diferentes linhas
melódicas em fuga/cânone no “Concerto para Violino em Mi Maior” de A.Vivaldi.

Os Concertos Brandeburgueses são uma coleção de seis peças instrumentais


que Bach enviou em 1719 para o Marquês de Brandeburgo. Na sua variedade, são
sucessivas demonstrações da destreza técnica e artística de um grande compositor. O
Concerto Brandeburguês N.º 3 é o mais popular, mas o N.º 5 será, porventura, o mais
inovador dos seis célebres concertos que J. S. Bach escreveu para o Marquês de
Brandeburgo. Muitos consideram tratar-se do primeiro concerto para Cravo e
Orquestra existente, tal é o protagonismo confiado àquele instrumento.

O Concerto Barroco, enquanto formato musical, desenvolveu-se


essencialmente em Itália, estendendo-se depois a sua prática por toda a Europa.
Genericamente, consistia na contraposição de um núcleo de solistas (denominado
Concertino) e o grupo mais abrangente da orquestra. A maioria destes concertos
compõe-se de três curtos andamentos, numa previsível sucessão do tipo rápido-lento-
rápido. Juntam-se ainda duas outras características bastante particulares: a presença
constante do baixo contínuo e a alternância de secções que se assemelham a um
refrão (o Ritornello) com episódios onde o Concertino assume acentuado
protagonismo.

Os Concertos Brandeburgueses permanecem como obras favoritas no grande


legado de Bach e entre as mais glosadas na discografia internacional. Este conjunto de
seis concertos foi extremamente inovador na época, não só pela variedade de
instrumentos e respetivo impacto na sonoridade, tornando cada concerto único, como
pela diversidade de estrutura. Os Concertos Brandeburgueses constituem um dos
grandes monumentos musicais do Barroco.
Johann Sebastian Bach

(1685-1750)

Johann Sebastian Bach nasceu a 23 de março de 1685 em Turíngia, uma


pequena região no centro da Alemanha. A sua família era muito musical, onde todos
os membros desta tocava e compunha. Eles eram, provavelmente, os músicos alemães
mais importantes dos séculos XVII e XVIII. O seu pai, Ambrósio Bach, era violinista e
trompetista que trabalhava para a corte ducal, enquanto os seus tios e irmãos eram
organistas e faziam parte de grupos de música de câmara em Turíngia e Saxónia. Eram
organizados encontros musicais nas suas casas, tanto como na paróquia de São Jorge,
o que ajudou Bach a desenvolver a sua educação musical.

Aos 10 anos perdeu os seus pais, o que fez com que esse trauma o fizesse olhar
para o mundo de uma maneira diferente para o resto da sua vida, sentindo-se
abandonado e que o mundo era um lugar enganoso e pouco seguro. Com a música
pretendia torna-lo num sítio melhor. Nessa altura foi acolhido pelo seu irmão mais
velho, Johann Christoph, organista e discípulo de Pachelbel, com quem teve as suas
primeiras aulas de teclado. Conseguiu entrar numa escola em Lunemburg, no Norte da
Alemanha, como corista na Michaeliskirche, graças aos seus dotes para o canto e, aos
18 anos, conseguiu o seu primeiro emprego como organista em Neukirche de Arnstadt,
de onde terá partido para ouvir Buxtechude em Lübeck. Aos 20 anos, decidiu fazer
uma viagem de 400 quilómetros durante 1 mês para estudar com o mesmo.

Em outubro de 1707 casou com Maria Bárbara, sua prima. Três dos seus filhos –
Carl Philip Emanuel Bach, Wilhelm Friedemann e Johann Christian Bach – tornaram-se
também em grandes compositores. Aos 22 anos, Bach compôs as suas primeiras
cantatas: Aus der Tiefen e Actus Tragicus. Depois de 1 ano em Mühlhausen, este
deixou esta localidade para ser organista e fazer parte dos grupos de música de
câmara na corte do duque Wilhelm Ernst de Weimar. Em 1713, um dos seus filhos
trouxe-lhe um conjunto de partituras de Antonio Vivaldi, um compositor italiano que
também acabou por ser uma grande influência na sua música. Em Weimar compôs
fugas, peças de câmara, suites orquestrais, cantatas e grande parte da sua música de
órgão.

Aos 32 anos mudou-se para a corte de Köthen, onde trabalhou como diretor
musical. Foi aí que revolucionou a música para teclado com O Cravo Bem Temperado
(Das Wohltemperierte Clavier), que contêm 24 Prelúdios e Fugas. A ideia que lhe
estava subjacente era promover um sistema de afinação conhecido por temperamento
igual, em que a oitava seria, pela primeira vez, dividida em 12 meios-tons iguais, de
modo que um instrumento de tecla soaria sempre afinado independentemente do tom
em que fosse tocado. Também se dedica à música profana e instrumental. Passado 8
anos quis partir da corte de Köthen, porém Wilhelm Ernst recusou-se a deixá-lo ir e,
em consequência, Bach passou o mês de novembro de 1717 na prisão, por
insubordinação.

Bach enviuvou em 1720 e, no ano seguinte, casa pela segunda vez com Ana
Magdalena Wilcke, casamento que durou 29 anos e com quem teve mais 13 filhos. Em
Liepzig trabalhou como Cantor da Igreja de S. Tomás e Diretor de Música da cidade,
onde permaneceu aí até ao resto da sua vida. Este período é o de maior criação no
domínio da música sacra, porém teve conflitos frequentes com as autoridades da
cidade. Compôs as suas 25 cantatas profanas e obras instrumentais como os seus 6
Concertos Brandeburgueses (o 5º, curiosamente, foi o primeiro concerto para teclas
alguma vez escrito), suítes e sonatas, entre outras obras. Para além disso, compôs uma
cantata por mês durante cerca de 25 anos.

Em 1727 reuniu todos os coros das igrejas e todos os músicos da sua cidade
para interpretar a sua grandiosa e magnífica Paixão Segundo São Mateus, na igreja de
S. Tomás de Lípsia. Nesta obra é notável o estilo coral de Bach, que é realçado pelas
implicações dramáticas da narrativa bíblica. É constituído por 24 cenas, em que cada
uma delas consiste numa unidade musical e dramática. É escrita para solistas, coro
duplo e duas orquestras, cada uma constituída por 2 flautas, 2 oboés, 1º e 2º violinos,
violetas, órgão e baixo contínuo.

Em 28 de julho de 1750 (com 65 anos), Bach faleceu por consequência de uma


infeção nos olhos, após um curto período de cegueira, depois de operado aos olhos
pelo cirurgião do Rei da Inglaterra (que, por acaso, deixara Händel sem vista dois anos
depois). Infelizmente, o seu nome e a sua música ficaram desconhecidos pelo público.
Porém, quase 100 anos mais tarde, a sua música voltou a ser apresentada ao público
graças a Mendelssohn e hoje a obra de Bach é considerada como uma das maiores
conquistas na história da música.
Índice de Obras

 “Concerto Brandeburguês nº 2” – J.S.Bach


 1º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 6” – J.S.Bach
 2º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 1” – J.S.Bach
 1º Andamento
 2º Andamento
 4º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 2” – J.S.Bach
 1º Andamento
 2º Andamento
 3º Andamento
 “Concerto Grosso em Sol menor” – A.Corelli
 “Concerto para Violino em Mi Maior” – A.Vivaldi
 “Concerto Brandeburguês nº 3” – J.S.Bach
 1º Andamento
 2º Andamento
 3º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 4” – J.S.Bach
 1º Andamento
 3º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 1” – J.S.Bach
 4º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 5” – J.S.Bach
 1º Andamento
 2º Andamento
 3º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 1” – J.S.Bach
 3º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 6 ” – J.S.Bach
 1º Andamento
 2º Andamento
 3º Andamento
 “Concerto Brandeburguês nº 2” – J.S.Bach
 2º Andamento
Bibliografia

 Breve História da Música Ocidental – Lucioen Jenkins, Clive Unger-Hamilton,


Stephen Johnson e David McCleery

 Guia dos Estilos Musicais – Douglas Moore

 História da Música, Manual do aluno – 2º ano – Maria José Borges e José


Maria Pedrosa Cardoso

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