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ORIENTE MÉDIO Conteúdo 3º

ANO 3º BIMESTRE MENSA II


ORIENTE MÉDIO
O Oriente Médio é uma região localizada na parte sudoeste da Ásia limitada a oeste
pelo mar Vermelho e a leste pelos mares Negro e Cáspio e pelo Golfo Pérsico.
Essa região guarda vários traços culturais. Ainda assim, possui um elemento
unificador, que é a religião.
A região possui uma dinâmica de paisagens desérticas e semi -desérticas, possuindo
poucas áreas com níveis consideráveis de chuvas.
A região apresenta cerca de 250 milhões de pessoas distribuídas de forma bastante
irregular pelo território. Esse fato se dá devido aos:
Aspectos naturais (água, relevo).
Aspectos humanos e culturais (grupos étnicos).
No Oriente Médio a convivência entre grupos é bastante tensa, ocasionando,
principalmente, por intolerância religiosa escassez de água, hoje um dos principais
males da região.
Israel
Um país atípico na região, e considerado uma ilha de prosperidade dentro do Oriente
Médio. Os principais destaques estão dentro do aspecto de produção agrícola e
industrial.
Aspectos Religiosos
O Oriente Médio é o berço das três grandes religiões monoteístas da humanidade: O
islamismo, o cristianismo, e o judaísmo.
O islamismo dentre as três é a que adquiriu maior força dentro da região, se
destacando com religião predominante em todos os países da região ( exceto Israel ).
Petróleo no Oriente Médio
Nas primeiras décadas do século XX, iniciou-se a forte exploração desse recurso
mineral na região, a exploração era controlada pelos transnacionais, destacando-se as
setes irmãs.
Na década de 1960, os principais produtores de petróleo da região criaram a OPEP
( Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a partir daí mantendo influência
direta no preço do produto no mercado internacional.
Atualmente a OPEP reúne 11 países, sendo seis deles do Oriente Médio ( Arábia
Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar), mais Indonésia, Argélia,
Nigéria, Líbia e Venezuela.
O Oriente Médio é a principal região produtora de petróleo do planeta, representa
cerca de 2/3 das reservas mundiais conhecidas atualmente.
Os principais mercados consumidores desse produto vital para a manutenção do
sistema econômico contemporâneo são os norte-americanos, europeus e japoneses
Conflitos na Região
Após as transformações ocorridas no Irã ( monarquia x Xá para república-Aiatolá), deu
início um amplo conflito entre o Iraque e Irã.
Essa guerra teve início em setembro de 1980, a causa principal do conflito era uma
disputa territorial pelo controle de Chatt AL Arab, que corresponde à parte meridional
entre os dois países e uma das únicas saída do Iraque para o Golfo Pérsico.
O Iraque buscava resolver a situação fronteiriça pendente e também conter o avanço
da revolução islâmica imposta pelo Irã na região, com isso aproveitou o período de
dificuldades que o Irã atravessava.
Os principais problemas eram:
Isolamento internacional determinado pelo líder Aiatolá Khomeini.
Os principais problemas eram:
Os principais problemas eram:Os principais problemas eram:
O isolamento que o país atravessava na região, pelo temor que tinha de uma possível
expansão da revolução iraniana.
Enfraquecimento interno em função de uma luta pelo poder entre grupos religiosos e
não- religiosos.
Conflitos na Região
Aproveitando-se das dificuldades atravessadas pelo vizinho, o Iraque efetuou um
ataque maciço na região da fronteira.
Esse conflito não determinou apenas uma crise no fornecimento de petróleo, mas
também a possibilidade eminente de um conflito de ordem mundial.
No ano de 1988, após um plano de paz estipulado pela ONU, o conflito chegou enfim
ao seu desfecho. Esse conflito não apresentou vencedores.
OS CURDOS
Quem são: etnicamente distintos da maioria da população dos países em que vive,
ocupam partes de Irã, Iraque, Turquia, Síria, Armênia e Azerbaijão. A maioria vive em
território turco.
Origem: mulçumanos não árabes, na maioria sunitas, falam um idioma próximo ao
persa. Há curdos cristão e judeus.
Potencial: independentes e autônomos, formariam um país com cerca de 23 milhões
de habitantes e economicamente dependentes de seus potenciais poços de petróleos
e de suas nascentes d’água.
Curdistão: o termo Curdistão ( lugar dos curdos) diz respeito à região localizada a
sudeste do Mar Negro. No trato de Serves (1920) os vitoriosos na Primeira Guerra
Mundial prometeram autonomia aos Curdos. Porém, Tratado de Lausanne (1923), não
se falou mais no assunto.
CURDO X CURDO
Durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), os curdos iraquianos se uniram a Teerã, e
os curdos Iranianos aderiram ao exército de Bagdá.
Após a Guerra do Golfo (1991), os curdos do Iraque se aliaram a Ancara para
combater o PKK ( Partido dos Trabalhadores do Gurbistão), que luta por autonomia na
Turquia.
Nas décadas de 80 e 90, PKK aceitou ajuda financeira de Teerã em seu confronto
contra as forças turcas, enquanto o exército dos aitolás assassinava os lideres curdos
de seu país.
CURDO X CURDO
Nos anos 90, os principais curdos do Iraque travaram uma sangrenta disputa pelo
controle do tráfico clandestino de combustível e alimentos.
Questão Curda
Questão intimamente ligada à relação turbulenta entre o Irã e Iraque.
Esses dois países possuem minorias curdas, dentre os dois o Iraque tem destaque
(cerca de 20% da população é de origem curda).
Os curdos guardam seus traços culturais e buscam a formação de um país autônomo,
fato esse não apoiado pelas potências da região.
QUESTÃO DO LÍBANO
O Líbano já foi um país de propriedade econômica, a ponto de ficar conhecido como
“Suíça do Oriente Médio”.
Contudo essa estabilidade durou até o ano de 1975, quando estourou no país uma
sangrenta guerra civil.
Fatores principais da guerra civil.
Vários grupos étnico-religiosos (cristão maronitas, sunitas, xiitas, cristão ortodoxo etc.)
Tomada de consciência da população mulçumana de sua dominância numérica na
região, e de sua posição na pirâmide social do país.
A entrada maciça de palestinos expulsos da Jordânia em 1970, acentuando a relação
de ódio entre cristãos e mulçumanos.
Fatores principais da guerra civil.
O interesse de Israel e Síria de obterem proveito territorial dos acontecimentos e
contradições internas do Líbano a seu favor.
O Líbano, embora não atravessasse uma guerra civil, apresenta baixíssimo índice de
desenvolvimento humano e alta dependência do capital externo. Até hoje as cidade
estão sendo reconstruídas.
Em 26 de abril de 2005, aconteceu um fato político de grande importância. As tropas
síria que ocupavam o norte do Líbano saíram do território.
O ultimo contingente militar da síria saiu do Líbano nesta terça feira após cerimônia,
simbólica que marcou o fim de 29 anos de permanência de mais de 14 mil soldados
em território libanês, iniciada com o fim da guerra civil libanesa (1975-1991). A Síria
prometeu também a retirada de forças da inteligência e o corte das verbas para
grupos paramilitares no país.

1. Israel e Palestina – o conflito pela terra


O cenário onde ocorre um dos conflitos mais duradouros, com influência na
geopolítica mundial, está localizado no Oriente Médio. Essa região abrange 15% do
continente asiático, sendo aproximadamente 6,6 milhões de km², divididos de maneira
desigual entre os dezesseis países independentes. A Arábia Saudita, o Irã, a Turquia,
o Afeganistão e o Iraque ocupam juntos aproximadamente 85% do território regional,
enquanto o restante, em torno de 15%, é ocupado pelas nações menores: Kuwait,
Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Israel, Líbano, Síria e Jordânia.

A. A Diáspora Judaica
Adriano, o imperador Romano expulsou os judeus da Palestina em 135 d.C. Eles se
espalharam pelos países árebes e por todo o mundo. Essa dispersão, que durou até
1948, ficou conhecida como “Diáspora Judaica”. Enquanto estiveram residindo em
países estranhos, os judeus sempre formaram comunidades próximas a uma
sinagoga, fortalecendo assim seus costumes e resistindo ao preconceito que se
intensificava à medida que prosperavam nas mais diversas atividades, como no
comércio, na medicina, entre outras.
Os povos árabes muçulmanos, a partir do século VII, foram ocupando a região da
Palestina, até que no século XVI passou a ser dominada pelos turcos otamanos
seguidores do islã e, após a Primeira Guerra Mundial, pelos franceses e ingleses
cristãos.
B. O sionismo
O conflito entre árabes e judeus na Palestina desencadeou-se no fim do século XIX,
quando surgiu o movimento conhecido como “sionismo”. Este consistia no retorno dos
judeus para a “Terra Prometida” com o objetivo de formar o atual Estado de Israel. A
intensa migração dos judeus dos vários pontos do globo e a aquisição de
propriedades na Palestina atingiu grandes proporções, ameaçando assim o domínio
árabe sobre a região. O movimento durou até 1948.
Os judeus, convictos do seu direito de propriedade sobre as terras em questão,
argumentam que goram obrigados pelos romanos a abandoná-las. Entretanto, se elas
lhes pertencem desde a Antiguidade, os palestinos também se sentem donos d região
pelo fato de terem habitado lá durante todo o tempo em que foi abandonada e, nesse
período, a Palestina se transformou em sua pátria.
Por meio da Declaração de Balfour, o Reino Unido, em 1917, apoiou a criação de um
Estado Nacional para os Judeus, motivando ainda mais conflitos.
Apesar da resistência da maioria das nações árabes em todo o Oriente Médio, a ONU
aprovou, em 29 de novembro de 1947, a partilha da Palestina e a criação do Estado
do Israel, que representava 56,5% (14.000 km²); os palestinos teriam 42,9% (11.500
km²). Jerusalém, por ser um importante símbolo para os judeus, árabes e cristão, seria
considerada área internacional. Em julho de 1948 foi proclamado o Estado de Israel.

C. Conflitos históricos
Os confrontos entre árabes e judeus, na Palestina, foram constantes nos últimos cem
anos, a partir da imigração judaica, e se tornaram mais violentos com a criação do
Estado de Israel, desencadeando guerras regionais em todo o território palestino.
A Guerra da Partilha
Iniciou-se em julho de 1948. Logo após a criação do Estado de Israel, e durou até
janeiro de 1949. Israel venceu cinco países árabes (Egito, Iraque, Líbano,
Transjordânia ou atual Jordânia e Síria) e aumentou seu território em mais de 40%.
Cerca de 800 mil palestinos deixaram Israel. A Jordânia ficou com a Cisjordânia e o
Egito com a Faixa de Gaza. Jerusalém foi dividida entre israelenses e jordanianos.
A Guerra do Canal de Suez
O canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, representava uma
importante passagem para os navios europeus. Em julho de 1956, Gamal Abdel
Nasser, presidente do Egito e aliado aos palestinos, anunciou a nacionalização do
Canal de Suez, provocando o descontentamento da França e da Inglaterra, que
tentava reconquistas parte dos antigos territórios coloniais.
Em outubro de 1956, as forças israelenses, em apoio à França e à Inglaterra,
controlaram a área em disputa. Apesar da vitória militar das forças anglo-francesas e
israelenses, a derrota foi diplomática devido à pressão norte-americana e soviética,
que forçou a retirada das tropas vitoriosas da região do Canal de Suez.
A Guerra do Canal de Suez foi responsável por várias mudanças na geopolítica
regional e mundial. O presidente Gamal Abdel Nasser tornou-se o principal líder árabe
com objetivo de fortalecer sua política nacionalista e integrar o mundo árabe, apoiando
na década de 1960 a criação da OLP (Organização para a Libertação da Palestina). O
colonialismo anglo-francês foi substituído pela supremacia dos Estados Unidos e da
União Soviética.
A Guerra dos Seis Dias
O mapa da Palestina foi novamente alterado em 1967, no conflito que envolveu os
israelenses e os palestinos, que receberam o apoio do Egito, da Síria e da Jordânia.
Israel obteve a vitória inquestionável em apenas seis dias de confronto. Como
resultado, ocupou a Península do Sinai e a Faixa de Gaza, do Egito, a Cisjordânia, da
Jordânia, e as Colinas de Golã, da Síria.
O mundo árabe estacionou o seu movimento de unificação, conhecido como “pan-
arabismo”, e Israel se consolidou como potência militar no Oriente Médio.
A Guerra do Yom Kippur
No dia 6 de outubro de 1973, enquanto os judeus comemoravam o Yom Kippur, Dia
do Perdão, foram atacados de surpresa por uma coligação entre o Egito e a Síria.
Porém, o contra-ataque de Israel foi arrasador. A assinatura de um cessar-fogo foi
concluída no dia 22 de outubro, sob a imposição do presidente dos EUA, Richard
Nixon, e o soviético Leonid Brejnev.
A Guerra do Yom Kippur foi considerada a última entre Israel e Palestina, entretanto a
tensão na região é contínua.
Intifada
No período compreendido entre 1987 e 1993, os palestinos enfrentaram os
israelenses na revolta das pedras, denominada de “Intifada”. Armados de pedras e
paus, os cidadãos comuns atacavam os soldados de Israel. A prática de inúmeros
atentados por grupos terroristas contra os judeus intensificou o conflito.
Em 2000, uma segunda Intifada foi deflagrada durante a visita do premiê de Israel,
Ariel Sharon, à Esplanada das Mesquitas, um lugar sagrado para os islâmicos.
A formação da OLP
Liderado por Yasser Arafat, em 1959, surgiu um grupo terrorista palestino “Al Fantah”,
que tinha por principal objetivo reconquistar o território perdido na Guerra da Partilha,
em 1949. Cinco anos mais tarde, em 1964, esse movimento seria reconhecido pelos
países árabes como Organização para Libertação da Palestina (OLP).
Em 1974, a OLP foi aceita pela ONU como única representante dos palestinos. Em
1988, seu líder, Yasser Arafat, renunciou ao terrorismo, reconheceu a existência do
Estado de Israel e manteve a luta pela consolidação do Estado palestino.
Após o reconhecimento da OLP pela ONU, os palestinos reforçaram o nacionalismo
entre a população e proporcionalmente o ódio em relação a Israel, o que pode ser
constatado nas diversas reações dos palestinos, como a ocorrida na primeira Intifada
ou “Revolta das pedras”, quando jovens, crianças e idosos, em 1988, rebelaram-se
contra as ordens do exército israelense e os enfrentaram atirando pedras. Nesse
confronto, milhares de palestinos goram mortos.
D. O difícil processo de paz
Em meio a tantas guerras, perdas históricas, econômicas e principalmente humanas,
iniciou-se o lento e indefinido processo de paz entre os árabes e os judeus, que ainda
não se concretizou devido à resistência de ambos os lados.
Em 1978, Egito e Israel formalizaram o acordo de Camp David, tendo como
intermediador o presidente dos EUA, Jimmy Carter. Esse acordo estabeleceu a
devolução da Península do Sinai ao Egito e o reconhecimento do Estado de Israel por
parte do Egito. Apesar da reprovação da maioria dos países árabes, o acordo de
Camp David foi respeitado por Israel e Egito.
No início da década de 1990, por iniciativa diplomática da Noruega e de diversos
países, israelenses e palestinos realizaram importantes encontros para negociar a
paz. Israel, representado por Yitzhak Rabin, e a Palestina, representada por Yasser
Arafat, assinaram, em 1993, um acordo pelo qual Israel devolvia aos palestinos a
Faixa de Gaza e a cidade de Jericó. Outros acordos foram assinados em maio de
1994. Em setembro de 1995, foram devolvidas aos palestinos outras áreas ocupadas
por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Os acordos foram interrompidos pelo
descontentamento de judeus e árabes radicais que não apoiavam o entendimento
entre as duas nações. Rabin foi assassinado por um fanático judeu. As novas
lideranças que assumiram o poder político em Israel dificultaram as negociações de
paz que, apesar das várias tentativas, sempre fracassaram.
Uma nova proposta de paz aconteceu em 2000, em Camp David, nos Estados Unidos.
Israel se comprometeu a retirar parcialmente suas tropas dos territórios ocupados
pelos palestinos e aceitar a soberania de parte desses territórios. Novamente, o
acordo não se concretizou, pois o líder Yasser Arafat exigiu soberania plena das áreas
sagradas de Jerusalém e o retorno dos refugiados.
Com o argumento de ser proteger de ataques terroristas, o governo de Israel iniciou,
em 2002, a construção de um muro que separa as áreas habitadas por palestinos e
israelenses. A construção é um conjunto de estrutura de concreto que atinge até oito
metros de altura e cercas de arame farpado, além da instalação de sensores
eletrônicos e controle militar em todo o percurso da barreira. Tudo isso limita o
deslocamento das pessoas e amplia o controle territorial israelense. O muro de
proteção dificulta a paz na região, uma vez que representa segregação das
comunidades palestinas e aumenta a hostilidade entre os povos.
A partir de 2007, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) passou por um acordo entre
os líderes dos partidos Fatah e Hamas. Formou-se um governo de coalisão, com
conflitos internos e distanciamento do diálogo com Israel.
As principais barreiras para a paz entre Israel e Palestina são os atentados terroristas
e a dificuldade em estabelecer uma fronteira territorial definitiva e soberana na região.
Com a morte de Yasser Arafat e a eleição de uma nova liderança no Estado palestino,
em 2004, iniciou-se um processo de negociação de paz. Em troca da promessa de
contenção dos grupos radicais terroristas por parte da autoridade palestina, em 2005,
Israel iniciou um processo de desocupação de algumas cidades que seriam
devolvidas aos palestinos. A primeira delas foi Jericó, em 15 de março desse ano. No
mesmo ano, sob protestos israelenses, a Faixa de Gaza foi desocupada para ser
apropriada pelos palestinos.

2. Iraque – guerra e paz


Localizado em região de contínuos conflitos, o Iraque protagonizou nas últimas
décadas confrontos internos, regionais e foi invadido pelos Estados Unidos. A seguir,
estudaremos a Guerra do Golfo e a invasão estadunidense no território iraquiano,
acontecimentos geopolíticos que atingiram proporções em escala regional e mundial.

A. Guerra do Golfo
O Kuwait, pequeno país localizado ao sul do Iraque, na região do Golfo Pérsico, com o
apoio militar da Grã-Bretanha, resistiu às várias tentativas de ocupação iraquiana
ocorridas ao longo do século XX.
Com Saddam Hussein no poder, a partir de 1979, o exército iraquiano foi armado com
modernos equipamentos adquiridos da ex-União Soviética, Estados Unidos, Brasil e
de outros países, objetivando a liderança do Oriente Médio.
O domínio do Kuwait representava a apropriação da terceira maior reserva de petróleo
do planeta, fortalecendo a economia do Iraque em relação às demais nações do
mundo árabe.
A invasão do exército de Saddam Hussein, em agosto de 1990, causou a formação de
uma aliança militar, liderada pelos Estados Unidos, com a participação da França e da
Inglaterra. As batalhas foram transmitidas em tempo real pela televisão. As potências
exibiam seu alto nível tecnológico em equipamentos bélicos, incluindo as armas
químicas.
O confronto foi relativamente curto, entre 17 de janeiro e 27 de fevereiro. Saddam
Hussein foi derrotado, porém permaneceu no poder. A Guerra do Golfo, como ficou
conhecida, teve como conseqüências o saque de incalculáveis riquezas do Kuwait,
campos de petróleo incendiados e minados pelo exército do Iraque, e o território
iraquiano foi praticamente destruído. Diante da derrota iraquiana, os xiitas, ao sul, e os
curdos, ao norte, em oposição ao governo iraquiano, revoltaram-se. Saddam
enfrentou a guerra civil com muita violência, mantendo-se no poder.

B. Guerra do Iraque
Após os atentados sofridos pelos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, o
Iraque passou a ser o alvo de combate ao terrorismo. Segundo o governo
estadunidense, terroristas recebiam apoio de Saddam Hussein. Além disso, segundo
os Estados Unidos, o Iraque teria armas de destruição em massa, o que seria uma
ameaça. Esses argumentos, somados ao potencial de produção de petróleo do
Iraque, e outros motivos políticos desencadearam um novo ataque aos iraquianos, em
2003, sob a liderança dos EUA, apesar da reprovação da ONU. O país oi
praticamente destruído, Saddam foi preso, tendo início uma transição política para
uma futura democracia.
O ataque dos Estados Unidos em território iraquiano causou certo desconforto para os
países envolvidos diretamente na ação militar, como a Inglaterra, Espanha, Itália,
Austrália e, principalmente, os próprios Estados Unidos. Apesar das alegações de
existência de armamento de destruição em massa, nada foi encontrado. Em 2003,
poucos dias antes do ataque, representantes das Nações Unidas concluíram que o
Iraque não representava ameaça militar para os países ricos. Durante todo o período
do conflito, a hipótese de presença de armas químicas e biológicas não for
comprovada.
Em novembro de 2005, teve início o julgamento do ditador Saddam Hussein. No
Tribunal Especial Iraquiano enfrentou acusações por crimes contra os direitos
humanos e foi condenado à pena de morte. Seu enforcamento ocorreu em 30 de
dezembro de 2006.
As tropas estadunidenses que ocuparam todo o país desde 2003 alteraram
consideravelmente a organização política e social do Iraque. Os protestos contra a
interferência internacional aumentaram os ataques terroristas e conflitos internos entre
grupos rivais.
Com o fim do governo Bush, foi iniciada a retirada gradativa das tropas de combate
estadunidenses, em junho de 2009, com a partida de todos os soldados somente em
2012.
3. Irã – poder divino
A segunda maior produção de petróleo do mundo é controlada pelo Irã, um país
extenso e com uma população superior a 70 milhões de habitantes, com
predominância da etnia persa.
Controlado pela dinastia Pahlevi desde 1921, a população xiita, cerca de 93% dos
habitantes, condenava a ocidentalização do país e reivindicava o retorno do governo
do aiatolá, líder religioso com poder político.
Na década de 1970, os protestos aumentaram e a revolução se fortaleceu. Em 1979,
o líder Khomeini assumiu o poder até sua morte, em 1989. O Irã tornou-se uma
república islâmica. Com a revolução de 1979, o Irã tornou-se um dos países com
regime político mais fechado do mundo. Tem a maior representatividade do islamismo
xiita do planeta e também é caracterizado por um sistema ultraconservador agravado
pelo apoio do governo a diversos grupos extremistas como o Hamas e o Hesbollah.
O sistema de governo do Irã é dominado pelo líder supremo, o aiatolá, que assume o
cargo por tempo indeterminado e controla as Forças Armadas, o sistema judiciário e a
comunicação estatal. O presidente do país é eleito em voto direto a cada quatro anos.
Porém, o Conselho dos Guardiães, formado por seis juristas e seis clérigos, é quem
escolhe os candidatos autorizados a concorrer às eleições. O aiatolá também
comanda o Conselho de Guardiães.
Com a eleição de Mahmoud Ahmadinejad à presidência, em 2005, o Irã investiu no
enriquecimento do urânio, tendo em vista a produção de armas nucleares. Em 2009,
sob acusações de fraudes, o presidente foi reeleito. O Irã passou por uma série de
protestos populares reprimidos com violência pelo governo. Na ocasião, a imprensa
internacional foi expulsa do país. As imagens da repressão foram divulgadas por meio
da internet pela própria população local. A dimensão dos protestos foi comparada à
revolução islâmica.
O perfil provocativo do Irã, caracterizado como uma nação beligerante, associado à
sua produção de petróleo, representa forte ameaça à economia internacional.

4. Caxemira – a divisão cultural


Ao norte da Índia, localiza-se uma região de conflitos deflagrados a partir de 1947, ano
da independência da Índia e do Paquistão.
A Caxemira, atualmente, é controlada pela China e pela Índia. Entretanto, a maior
parte da população é muçulmana. Essa identidade cultural com o Paquistão é o
argumento predominante para o conflito.
O conflito passou por intervenção da ONU. Em 1949 foi proposta a divisão do
território. Entretanto a Índia apresentou resistência ao acordo e, em 1957, dominou a
maior parte da Caxemira.
A Índia tem armas nucleares desde 1974. O Paquistão, em 1998, anunciou que
também dominava esse recurso militar. O fato despertou o interesse mundial em
acompanhar a geopolítica regional e intensificou a rivalidade entre os dois países.
Outro acontecimento que interferiu no conflito foi o atentado de militantes islâmicos do
Paquistão a um grupo de turistas na cidade de Mumbai, Índia. A violência com fins
políticos abalou a paz entre os países e a possibilidade de um novo acordo pode ser
estender ainda por muito tempo.

5. O Tibete
O conflito entre a China e o Tibete foi marcado, nos últimos anos, por manifestações
de monges exilados nas províncias chinesas. Na maioria das vezes, as ações de
contestação foram reprimidas com extrema violência pelo governo. Mesmo com a
realização das Olimpíadas, em 2008, e a divulgação da questão tibetana na mídia,
não houve progresso nos acordos de paz na região, iniciados em 2002.
O império mongol obteve a conquista do território tibetano no século XIII, perdendo-o
em 1720 para os chineses, que desde então consideram a posse do Tibete um direito
conquistado.
O Tibete se beneficiou da crise política na China, desencadeada pela queda da
dinastia Ching em 1912, expulsou as tropas inimigas e declarou sua independência
sob a liderança do 13º Dalai Lama. Não reconhecendo a soberania do Tibete, em
1918 a China atacou o território em questão, resultando em mais um conflito armado.
Com a morte do líder religioso e político, em 1933, a resistência tibetana enfraqueceu
até ser dominada pelas tropas comunistas. A ONU foi solicitada, porém não interferiu
na ocupação.
Uma semana após a ocupação chinesa, aos 16 anos de idade, o 14º Dalai Lama
assumiu o governo do Tibete. Novas negociações foram propostas em maio de 1951,
quando os representantes do governo do Tibete ameaçados por ataques ainda mais
agressivos, assinaram um acordo que formalizou a condição do Tibete como província
autônoma da China.
Em setembro, as tropas comunistas lideradas por Mao Tsé Tung invadiram o Tibete,
destruindo mosteiros, causando o aprisionamento e a morte de milhares de civis.
A população tibetana, na tentativa de expulsar o exército chinês de seu território,
organizava rebeliões que terminavam em mais destruição e morte. A mais violenta
ocorreu em março de 1959, com elevado saldo de mortes e de civis aprisionados e
exilados. Sem a mínima garantia de segurança, o líder Dalai Lama deixou à capital,
Lhasa, e transferiu-se para a Índia.
Durante a opressão chinesa, a resistência do povo do Tibete em preservar sua cultura
e especialmente sua religião aconteceu e continua acontecendo, sem o emprego da
violência. O governo chinês incentivou a migração chinesa que, juntamente com os
massacres, reduziu a população tibetana. As construções modernas, também de
responsabilidade chinesa, vão substituindo os traços da arquitetura tradicional. Até a
prática da religião do Tibete possui rigorosa vigilância do governo chinês.
O atual líder político e religioso, o Dalai Lama, percorre países do mundo inteiro
buscando o apoio para o drama vivido por seu povo. No entanto, os avanços são
limitados pelo poder da economia e política chinesa no contexto internacional,
podendo, como membro do Conselho de Segurança da ONU, vetar qualquer decisão
que ameace seu domínio no Tibete.
Enquanto a questão não se resolve, os recursos naturais, especialmente as florestas,
são explorados intensamente.
Grande quantidade de lixo nuclear contamina o ambiente tibetano. Além disso,
nascente s dos maiores rios asiáticos podem ser degradadas pelo desequilíbrio
ambiental provocado pelas atividades econômicas dominadas pelos imigrantes
chineses.
Para concluirmos o tema, é importante que se entenda que na geopolítica sempre
podem ocorrer novidades a qualquer instante. Em março de 2005, foi divulgada pela
imprensa uma notícia dando conta de que o Dalai Lama estaria disposto a reconhecer
a soberania chinesa sobre o Tibete. Em troca disso, deveriam ser preservados os
valores culturais, espirituais e ambientais dos tibetanos.
Podemos supor que o desenvolvimento econômico do gigante chinês, com certeza,
deve ter sido o principal elemento motivador para a mudança de postura do líder
espiritual do Tibete. Como em um jogo de xadrez, será necessário acompanhar com
muita atenção os próximos movimentos que ocorrerão na região e que, com certeza,
serão divulgados pela mídia.

6. Outros conflitos
Durante a Guerra Fria, o continente asiático foi palco de diversos conflitos envolvendo
o sistema capitalista estadunidense e o socialista soviético.
Entre os muitos impactos geopolíticos desse período, destaca-se a Guerra da Coreia,
na década de 1950, fragmentando o antigo território em dois países: Coreia do Norte,
que até hoje mantém o regime socialista, e Coreia do Sul, que atingiu elevado padrão
industrial e social.
Com o fim da Segunda Grande Guerra e fragmentação territorial, a Coreia do Norte
iniciou sua corrida armamentista. Em 2002, foi incluída pelo presidente estadunidense
George Bush no “eixo do mal”, juntamente com o Irã e o Iraque.
Os testes nucleares praticados pela Coreia do Norte representam um desafio para as
potências capitalistas. As exigências da ONU e dos Estados Unidos para que os
testes nucleares fossem encerrados não tiveram sucesso. Em 2005, a Coreia do Norte
anunciou pela primeira vez a existência de um arsenal nuclear. Testes nucleares
subterrâneos foram divulgados em 2006 e 2009. Esses fatos abalaram ainda mais as
relações internacionais com o país.
Outra disputa histórica foi a Guerra do Vietnã (1963-1975), conflito que envolveu o
Laos e o Comboja, incansavelmente lembrado nos filmes pela destruição e violência,
despertou protestos no mundo todo.
O Continente asiático, em todas as direções, possui vários movimentos de lutas
separatistas associados às diferenças étnicas e religiosas, como em províncias
chinesas, no Sri Lanka, no Afeganistão, os curdos no Iraque, e outro mais recentes ou
mais antigos que a cada ano elevam os índices de morte, violência e destruição.
O século XXI teve início com o surgimento de um novo país, o Timor Leste, marcado
por uma história de luta incessante contra o domínio da Indonésia, que finalmente
reconheceu, em 5 de maio de 2002, a independência da nação timorense.
Com tantas histórias inacabadas em toda a extensão do maior e mais populoso
continente, a delimitação das fronteiras não pode ser considerada definitiva.

Conflito
Árabe-Israelense
O principal motivo para o conflito árabe-israelense é a questão territorial. As tensões
existem há séculos. Com a expulsão dos judeus pelos romanos no séc. I d.C., os
palestinos ocuparam a área.
Os palestinos sentem-se no direito de permanecer na terra ocupada.
Durante a ocupação das tropas inglesas no território que hoje corresponde a Israel,
houve a permissão da compra de terras por judeus ricos, que começaram a fixar-se na
região
Houve um grande fluxo de emigrantes judeus nessa época. A esse momento, a
história dá o nome de Sionismo, devido a Colina de Sion ocupada, em Jerusalém.
Os ingleses após a Primeira Guerra Mundial comprometeram-se a ajudar os judeus a
construir um Estado livre e independente em território palestino. Entre os anos 1930 e
1940, intensificou-se consideravelmente a imigração judaica para a Palestina. Cresceu
também a tensão entre duas etnias distintas
Em 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus, que
ocupariam 57% das terras e palestinos ocupariam os restantes 43% do território.
Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam a região, começou, em 1948, uma
guerra entre Israel e a Liga Árabe, criada em 1945 e que reunia Estados Árabes que
procuravam defender a independência e a integridade de seus membros.
Organização de Libertação da Palestina
Em 1964 criou-se a OLP, com o objetivo de estabelecer um Estado Autônomo da
Palestina. O movimento teve como líder Iasser Arafat;
Em 1967, novo conflito eclodiu entre árabes e israelenses na fronteira entre Egito e
Israel. Soldados israelenses avançaram sobre a Península do Sinai, a Faixa de Gaza
e as colinas de Golã;
O conflito obrigou os palestinos a refugiarem-se em países vizinhos;
Em 1968, durante o feriado judeu de Yom Kippur, os árabes bombardearam a nação
como resposta aos ataques de 67
Acordos de Paz
Ao assumir a presidência do Egito, Anuar Sadat propõe um acordo de paz com Israel,
convocando o primeiro-ministro israelense a assinar um acordo de paz oficial. A
ceremonial ocorreu em 1979;
O acordo não agradou a muitos, resultando no assassinato do presidente Sadat, em
1981, acusado pelos árabes de traição aos ideais da OLP.

Israel venceu o conflito e ocupou áreas reservadas aos palestinos, ampliando para
75% o domínio sobre as terras da região.

O Egito assumiu o controle sobre a Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.

O massacre foi marcado pelo sofrimento dos palestinos e destruição das cidades.

Guerra dos seis dias


A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países
árabes – Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia
e Sudão.
CAUSA:
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, levou os dois lados a
mobilizarem as suas tropas. Antecipando um ataque eminente do Egito e da Jordânia.
A Guerra
Começou dia 5 de junho de 1967;
Envolveu Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos contra o Egito, a
Jordânia e a Síria;
Israel conquistou a península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as colinas
de Golã.
Em 1967, o líder egípcio Nasser, armou um esquema para fazer com que a Síria e a
Jordânia mobilizassem suas tropas para apoiá-lo em caso de um revide israelense.
Na manhã de 5 de junho, a Força Aérea Israelense (FAI) executou um ataque
coordenado às principais bases aéreas do Egito destruindo quase todos os seus
aviões no solo e inutilizando as pistas.
No decorrer da guerra, a FAI conseguiu derrotar 350 aviões árabes, dos deles
somente 31 foram derrotados.
No Sinai, o exército egípcio tinha sete divisões e cerca de 950 carros de combate,
que foram distribuídos em posições defensivas.
No dia 8 de junho, os israelenses armaram uma emboscada exterminando 60
tanques, 100 canhões e 300 carros.
Foi enviado um grupo de combate para o sul da península, para reabrir o estreito de
Tiran, com o objetivo de encontrar-se com uma força de pára-quedistas que saltaram
em Sharm-el-Sheikh, mas não houve luta, pois a guarnição egípcia havia batido em
retirada.
No 3º dia de luta todo o Sinai já estava sobre o controle de Israel, nas 72 horas
seguintes Israel impôs uma derrota devastadora aos adversários.

Fim da Guerra
A Guerra dos seis dias foi uma derrota para os Estados Árabes, que perderam mais
da metade do seu equipamento militar.
A força aérea da Jordânia foi completamente destruída.
Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.
Com o resultado da guerra, aumentou o numero de refugiados palestinos na
Jordânia e no Egito. A Síria e o Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS,
aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de
conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.
No dia seguinte a conquista da Península do Sinai, o presidente Nasser do Egito
resignou a derrota.
Em Novembro de 1967, as Nações Unidas aprovaram a resolução 242, que
determina a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos
refugiados.
Israel não cumpriu a resolução, alegando que só negocia a desocupação dos
territórios se os estados árabes reconhecerem o estado de Israel, apesar de dividir
controles com esses países vizinhos.
A derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel.
Em agosto de 1967, lideres árabes reuniram-se em Cartum, e anunciaram para o
Mundo: não as negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que
lhes custou um grande prejuízo.
Excepcionalmente na história das guerras, nenhuma vitória tão ampla foi
conquistada em tão pouco tempo.

Gabarito 3º Ano Lista II Mensal II 3º Bimestre


1E
2A
3)E
4) -D
5)-04 + 16 = 20
6) D
7)D
8) A
9)V F V
10)F F V V
11) C
12) C
13) C
14) F V F F
15) D
16) A
17) A
18) A
19) A
20) D
21) A

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