Você está na página 1de 4

Prof.

Washington Pena

Demonstração da Fórmula da Área de um círculo

Proposição 1:
Consideremos um círculo Γ de raio r e área A. Inscreva um polígono regular de n lados pn em Γ e verifique que:
 n π π
Área  pn   π  r 2    sen  cos 
 π n n 

Proposição 2:
Por outro lado se circunscrevermos um polígono regular de n lados Pn em Γ, verifique que:
 π 
 n sen 
Área  Pn   π  r   
2 n 
 π π 
 cos 
n

Proposição 3:
Conclua que AΓ  π  r 2

Demonstração da Proposição 1:


Ângulo central  ac 
n
Polígono pn regular de n lados

r
r 2π
Círculo Γ n

r
Área (pn)

Observando a figura vemos que a Área do polígono pn é igual ao somatório das áreas do triângulo formado; como
no polígono pn há n lados, ou seja, há n triângulos, podemos obter a área do polígono pn da seguinte forma:

Área  pn   
A  A    A  n  A
n vezes

A área de um triângulo em função de dois lados e o ângulo entre eles é obtida pela equação:

1
A  ab sen θ .
2

Daí, podemos, então, escrever a equação anterior da seguinte forma:

1 1 1
Área  pn   n  A  n  ab sen θ  nab sen θ  Área  pn   nab sen θ
2 2 2

⋯1⋯
Prof. Washington Pena

Assim, a área do polígono pn será:

1
Área  pn   nab sen θ 
2
1 2π 1 π
 n  r  r  sen  n  r 2  sen 2  
2 n 2 
n
arco duplo

1 π π π π π
 n  r 2  2  sen  cos   n  r 2  sen  cos 
2 n n π n n
 n π π
 π  r 2    sen  cos 
 π n n 

Ou seja,

 n π π
Área  pn   π  r 2    sen  cos 
 π n n 
c.q.d.

Demonstração da Proposição 2:

l l
2

Polígono Pn regular de n lados


r l
l
2
π π
n n r
r
Círculo Γ
2π π
ac 
n n
Triângulo 1 Triângulo 2
Área (Pn)

Observando a figura vemos que a Área do polígono Pn é igual ao somatório das áreas do Triângulo 1 formado;
como no polígono Pn há n lados, ou seja, há n Triângulos 1, podemos obter a área do polígono Pn da seguinte forma:

Área  Pn   
A  A    A  n  A
n vezes

A área de um triângulo em função da base e da altura é obtida pela equação:

b h
A  .
2

Daí, podemos, então, escrever a equação anterior da seguinte forma:

b h nb h nb h
Área  Pn   n  A  n    Área  Pn  
2 2 2

No Triângulo 1 a altura é o raio r e a base é a medida do lado l. Podemos obter a medida do lado l através do
Triângulo 2:
l
π 2 π l π
tg   tg   l  2  r  tg
n r n 2 r n

⋯2⋯
Prof. Washington Pena

Assim, a área do polígono pn será:

nb h
Área  Pn   
2
π π
n  2  r  tg
r sen
 n  n r 2 n 
2 π
cos
n
π  π 
sen  sen
π 2  n 
 n r 
2 n  π  r    n 
π π  π π 
cos  cos 
n n

Ou seja,

 π 
 sen
 n 
Área  Pn   π  r 2    n 
 π π 
 cos 
n
c.q.d.

Demonstração da Proposição 3:

Polígono pn

Polígono Pn

Círculo Γ

Da figura, podemos observar que a área do polígono Pn é maior que a área do círculo Γ, que por sua vez é maior
que a área do polígono pn . Daí vem:

 π 

 n π π   n
sen 
Área  pn   AΓ  Área  Pn   π  r    sen  cos   AΓ  π  r   
2 2 n 
 π n n   π π 
 cos
n 

Pelo Teorema do Confronto, se lim g  n   lim h  n   L e g  n   f  n   h  n  , então lim f  n   L .


n p n p n p

Assim, é só provar que lim g  n   lim h  n  .


n p n p

⋯3⋯
Prof. Washington Pena

 π 
 sen 
 n π π  
Fazendo g  n   π  r 2    sen  cos  , f  n   AΓ e h  n   π  r 2   
n n  , vem: g  n   f  n   h  n  .
 π n n   π π 
 cos 
n 
 π   


  sen π 
  π π   π π   n  cos 
π
lim g  n   lim  π  r 2    sen  cos    lim π  r 2  lim 
n n
 sen  cos   π  r 2  lim 
n

n n 
  π n n   n n  π
 π n n  n 
 π n 
 n


   n 
π
Fazendo  u , n    u  0, vem:
n
 sen u  sen u
π  r 2  lim   cos u   π  r 2  lim  lim cos u  π  r 2  1 cos 0  π  r 2
u 0    u 0
u 
u 0 u
limite
fundamnetal

Logo, lim g  n   π  r 2 .
n

 
 sen π 
 n 
  π    π π   π 
      
sen 
   n sen  
 2  n n 
lim h  n   lim  π  r    n    lim π  r  lim 
2
 n   π  r 2  lim  n

n n   π π   n n  π
 π π  n 
 cos π 
  cos  cos 
 n    n n  n 
π
Fazendo  u , n    u  0, vem:
n
limite

fundamnetal

 sen u  sen u
  lim
π  r  lim 
2  u   π  r 2  u0 u  π  r 2  1  π  r 2
u 0  cos u  lim cos u cos 0
u 0

Logo, lim h  n   π  r 2 .
n

Portanto, pelo Teorema do Confronto: lim f  n   π  r 2 , ou seja,


n

AΓ  π  r 2

⋯4⋯

Você também pode gostar