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23.98 CE] Jornal Oficial das munidades Europeias Ne L 281/31 DIRECTIVA 95/46/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 24 de Outubro de 1995 relativa & proteecio das pessoas singulares no que diz respei 9 a0 tratamento de dados pessoais livre circulagao desses dados © PARLAMENTO EUROPEU © CONSELHO DA UNIAO EUROPEIA, Tendo em conta 0 Trarado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, 0 seu artigo 1008 A, Tendo em conta a proposta da Comissio (), Tendo em conta o parecer do Comité Feonémico © Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 189? B do Tratado |"), (1) Consigerando gue os objectives da Comunidad. enunciados no T-atado, com a redavy0 que the for dada pelo Tratado da Unio Europeia, consistem fem cstabelecer uma unio cada vez mais estrer entre os povos europeus, em fomentar relagdes mais proximas cntre os Estados que pertencem 3 Comunidade, em assegurar o progresso eeondmico € social mediante acces comuns para eliminar as barreiras que dividem a Europa, em promover a melhoria constarte das condig0es de vida dos seus poovos, em preservar e consolidar a paz ¢ a liberdade € em promover a democracia com base nos direitos fundamentais reconhecidos nas Const tuigoes e leis dos Estados-membros, bem como na Convengio curopeia para a protegao dos direitos do Homem e das liberdades fundamentaiss widerando que os sistemas de traramento de dados estio a0 servigo do Homem; que devem respeitir as liberdades @ os direitos fandamentaix das pessoas singulares independentemente da su nacionalidade ou da sua residéncia, especialmente & vida privada, ¢ contribuir para o progresso econt ‘mico € social, o desenvolvimente do comércio & 0 bhom-cstar dos individuoss @ (3) Considerando que o estabelecimento ¢ 0 funciona: mento do mercado interno no qual, nos termos do 1) Jowrc? 1902, p20 2) JO n ©-159 de 17. 1) Parverr de P [Europe de 11 de Margo de 1992. nC 94 de 13,4. 992, p. 198), confirmado em 2 de Decembys de 1993 JO né! C342 de 20. 12.1993, po 30s, posigio comum do Canselho de 20 de Feverevo de 1995 JO nee J} de 13. 4. 1995, p. 1} € deci do Parlamento Europeu de 15 de Junho de 1995 (JO n? © 166 de 3. > 1995), de 5.11, 1990, p. 3,¢ JO a? C 311 de 27.11 1991, p. 38 a) (5) a artigo 7! A do Tratado, & assegurada a livre ‘arculago das mercadorias, das pessoas, dos servi- os © dos capitals, exigem nao s6 que os dados pessoats possam circular livremente de um Estado- mombro para outro, mas igualmente, que sejam protegidos os direitos fundamentais das pessoas; Considerando que © recurso a0 tratamento de lados pesoais nos diversos dominios das activida dles econémicas € soviais 6 cada ver mais frequente na Comunidade: que 0 prograsso registado nas reonologias da informagio facta consideravel ‘mente 0 tratamento ¢ a troca dos referidos dadost Considerando que a integragio econémica ¢ social resultante do estabelecimento ¢ funcionamento do mercado interno nos teemos do artigo 72 A do Tratado iri necessariamente provocar um aumento sensivel dos flusos transfronteiras de dados. pes soais entre todos os intervenientes, privados ow publicos, na vida econdmica e social dos Estados membros; gue © intercimbio de dados pessoais centre empresas estabelecidas em diferentes Estados membros tende a intensificar-se; que as adminis: tragies dos Estados-membros sio chamadas, por forga do direito comunitirio, a colaborar e a tocar centre si dados pessoais a fim de poderem desempe- nnhar as. suas atribuigies ou executar tarefas. por conta de uma_administracao de outro, Estado. membro, no Ambito do espago sean fronteicas tnrernas que o mercado interno constitu: Considerando, além disso, que © teforgo da coope- ragio cientifica bem como a introdusio coorde- ninda de novas redes de telecomunicagdes na Comunidade exigem e facilitam a cieculagio trans fronteiras de dados pessoais: Considerando que as diferengas entre os Estados- rembeos quanto ao nivel de proteccio dos dite tos ¢ liberdades das pessoas, nomeadamente do ditcito & vida privada, no doménio do traeamento tle dados pessoais, podem impedir a sransmiss30 esses dados do territério de_um Fstado-membro para 0 de outro Estado-membro: que estas difere- nncas podem, por conseguinte. constitu um obsta Chilo [to-exetccio de uma sere. de_actidades rencia € entravar 0 exervicio pelas administragdes as 8) °) (19) P1283, ry fungdes que thes incumbem nos rermos do direite ccomunitarios que esta diferenga de niveis de prote: ado resulta da disparidade das disposigSes legisla rivas, regulamentares € administrativas nacionsiss Considerando que, para eliminar os obsticulos 2 cireulagio de dados pessoais, © nivel de proressi0 dos direitos e liberdades das pessoas no que liz respeito ao tratamento destes dados deve set equi- valente em todos os Estados-membros: que a reali- zado deste objectivo, fundamental para © mereado interno, nio pode set assegurada unicamente pelos Extados-merabros, tendo especialmente em conta a sdimensao das divergeneias que se verificam acta: mente a nivel das legislagdes nacionais aplicaveis na matéria © a necessidade do coordenar as legisla oes dos Estados-membros. para assegurar ue a Giveulagio transfronteiras de dados pessoas seia regulada de forma coerente © em conformidade com 0 objective do mercado interno nos terms de artigo 7! A do Tratado: que & portanto necessiria ales legisagces aprosimagae Consideranco que, devide 4 protest resultante da aproximagio das legislagbes nacio- nisis, oy Estados-meanbros deissrio de porter levan= tar obsticulos a livre circulagi entre si de dados pessoais por razdes de protecgio dos direitos liberdades das pessoas, nomeadamente do lireito 2 vida privade; que & deixada aos Fstadas-membros tama margem de manobra gue, no context da aplicagio da directiva, poder ser utiizada pelos pareeiros econdmicos e soctas: que os Fstados- membros poderio, pois, especificar na sua legisla gio navional as condigées. gerais de Tice do Tratamento de dads; qc. ae faz lo, om Estas equivalent membros se esforgarao por melhorar a prowecyi0 actualmente assepurada na respectiva. lepshagato hacional; que, nos Fimites dessa margem de manor bra.e em conformidade com o direito comunit rio, pederio verficarse disparidades a spl diectiva, 0 que poderd reflectir-se na circulagin de ddados quer no interior de um Estado-membro, ‘aver na Comunidades wie Considerando que o objective das _legislagoes. nacionais relativas ao tratamento de dados pessoars E assegurar 0 respeito dos direitos © liberdades. fundamentais, nameadamente do direito a vida peivada, reconhecido nao so no artigo 82 da Com Wo europeia para a proeessio doy direitos der Homem e das liberdades fundamentais coma nos Drincipios gerais do direito comunititios que. por este motivo, a aproximacio das referidas lewsla goes mio deve fazer diminuir a prorecgio que ens indo, pelo contedrioy ter por obj tivo garantir um elevado nivel de proteegin na Comunidades Jornal Oficial das Comunidades Europeias 14) by 23.11, 95) Considerando que os principios da protecyio dos direitos © iberdades das. pessoas, nomeadamente do direito & vida privada, contidos na presente direcva, precisam © ampliam os principios cont dos na Convengao co Conselho da Europa, de 28 de Janeito de 1981, relativa 4 proteegio das pes Soas no que diz eespeiter av tatamento automat rado de dadlos pessoais Consideranda que os pringipios da protecgio devem aplicarse a todo ¢ qualquer tratamento de dados pessoais sempre que ay actividades div res- ponsavel pelo tratamento svjam rexidas pelo direito ‘comunitario; eue se deve excluir 0 tratamento de dados efectuado por uma pessoa singular no exer: icio de actividades exelusivamente pessoais ou omésticas, por esempla vorrespondéncia ou stay de enderegoss Considerando que as actividades referidas nos titu- los Ve VI do Tratado da Unido Europeia, rlativay 4 seguranga publica, a defesa, a seguranga do. Fstado ow as actividades do Estado no dominio penal, ago si0 abrangislas pelo ambito de aplica io do direito comuniticio, sem prejuizo das abi ages que incumbem aos Estadossmembros_ nos termos don? 2 do artigo 562 ¢ dos artigos 37! € 1002 A do Tratadas que o tratamentor de dado pessoais necessirio 3 prorecgia do bem-estar eco nomico do Estado sno ¢ abrangide pela presente dlirectiva quando esse tratamento disser respeite a questes de sequranga do Estados Considerando que, tendo em conta a importancia do desenvolvimento gus. ne imbito da sociedade dle informacio, sofren atualmente as teenies de capragio, manipulagio, -gravagio, ‘conservagao ou comunicagio de dados de som ¢ de Imagem relatives as pessoas singulares. a que aplicar a presente directiva a0 tratamento desses thdos: Considerando que 0 tratamento desses dados 6 & sbrangide pela proente directiva se for automati- zado ou se 0s dados tratados estiverem contides out se destinarem @ ficheiros estruturados segundo eri- rerios especificos relatives as pessoas, a fim de ppermitie um acesso ticil aos dados pessoais. em Considerando gue o tratamento de dados de som ¢ de imagem. tais como on de sigilania por video, rio € abrangido pelo ambi de aplieagio da Dresente directiva se for executado para fins de sequrangapiibliea, de defesa, de seguranga do Estado ou no exervicio de actividades’ do Fstado relativas a dominios de dirsite penal ou ne exer Gio de outras actividades nae abeangidas pelo im: bio de aplicagan do direito comumicities Considerando que. de som e de ima no que se refere a0 tratamento ein para fins jornalisticas ou de 23.11. 98 (a8) a9) 20 Gr) expresso literdria ow artistica, nomeadamente no dominio do audiovisual, os peincipios da ditectisa se aplicam de modo restrito de avordo com as ixposighes referidas no artigo 9's Considerando que, a fim de evitar que uma pessoa seia privada da prowegao a que tem direito por forga da presente directiva, & necessieio que qua: quer tratamento de dados pesosais efectuado na ‘Conmunidade respeite a legislagao de um ds Esta dosmembros; que, nesse sentido, que © cratamento electuado por uma pessoa que age sob a autoridade do responsive! pelo trata mento estabelevido num Estado-membro sia regido pela legislagio deste Estado membros Conviderando que 0 estabelecimentor no territério dle um Esado-membro pressupoe 0 exercicio lew tivo ¢ real de uma actividade mediante uma inst lagao estivel; que, para o efeito, a forma juridiex de tal estabelecimento, quer se trate de uma siny ples sucursal ou de uma filial com personalidade Juridica, nao é determinante; gue, quando no ter t6nio dle varios Estados-membros estiver estabele- ido um Gnico responsivel pelo. tratamento, em special através de uma filial, deverd assewur omeasamente para evitar que a legislagao se ccontomnada, que cada um dos estabelecimentos cumpen as obrigagdes impoxtas pela. lepislagio nacional aplicivel ay respectivas actividades Considerando que o facto de 0 trstamento de ads ser da responsabilidade dle uma pessoa esta boelocida num pais tereeiro nao deve consticur obsticulo 4 protesgao das pessoas assegurada pela presente directivay que, nesses casos, 0 traramento lover ser regido pela legislagio do. Estado-mem- bhro onde se enconteam os mesos atilzados pata 0 rratamento de dados em causa e que deverio doferccee-se garantias de que os dircitos ¢ as obrig ies eotabel tivame te respeitadoss idos na presente directiva serio oles Considerande que a presente directiva was de tertitorialidade apl maréria de direito penal dea ase Considerando que 0s Estados-membros precisa na sua legislagio ow nas regeas de execugio adop- raudae sion termos dax presente disectiva, a6 cond cies getais em que o tratamento de dados ¢ lieits due, momeadamee, 9 artigo 5%. conjugate com fos artigos 72 e 82 permite que os Estados: nomen etabelegamsindependentemene is regeas zetais. condighes especials para o tratament de dados em sectores espevificos © para as diferen= tes catexoriae de dads referilas we aetige Bis Considerando que os. Estadosmembros podem assegurar a concretizayio da prowegaio day pessoas tanto por uma lei getal relativa a proteegio das pessoas no que diz respeito 20 tratamento de Jornal Oficial das Comunidades Europeias (25) (26) Ne L 28133 dladdos pessoais, como por leis sectorials, por exem pleas relativas aos institutos de estatistica Considerando que a legislagio para a proteccio las pessoas eolectivas relativamente ao eratamento de dados que thes dizem respeito io. € afectada pela presente directivas Considerando que os principios de protecgio slevem encontrar expresso, por um lado, nas obi sgayies que impendem sobre as pessoas, a8 autori slades piiblieas, as empresas, os servigos ou outros ‘organismos responsiveis pelo teatamento de dados, eam especial no que respeita 4 qualidade dos dados, 4 sexunanigt (denica, & notificagio t autoridade de vontrolo, a8 circunscincity en) que @ tratamento pode ser efectuado, e, por outro, nos direitos day pessoas cujos dados sio tratados Serem informadas Sobre esse tratamento, poderem (er acesso 308 slodlos, poderem solicitar a sia rectificagio mesmo, em certas circunstineias, padrem apar-se Considerando que os prineipios da proreccio love aplicarse a qualgucr informagao relativa a ‘uma pessoa identficada ou identificavels que, para cterminar se uma pessoa & identificavel, importa considerar o conjunto dos meios susceptivers de setem razoavelmente urilizados, seja pelo responsi- vel pelo tratamento, sea por qualquer outea pes sony para identifica a referida pessoa; que os principios da proteecio mio se aphcam a-dados tornados andnimos de mode ral gue a pessoa ia nie possa ser identiticivel gue os cOdigos de condura na acepgan do arnigo 272 podem ser um inserumento dil para fornecer inlicagdes sobre os ios através dos quais os dados podem ser torna- dos andniimos e conservados sob ama forma que ii hie permita a identificain da pessoa em causa: Considerando que @ protexxio day pessoas se deve aplicar tanto ao tracamento automatizado de dados come ae testamento manuals que « dmbieo desea protegio nao deve, na prinea, depender das teen ‘sas utllizadas, sob pena de se vurrer 0 Séri0 risc0. de a protecgio poder ser contornadas que em tode caso, no que Fespeita. a9 tratamento manval, a presente directiva apenas abranye om fisheiros « niu as pastas no esteururadas: que, em particular, ‘0 contetido de tum ficheiro deve ser estruturado de acrdo com eritéios espesiticas relarivos as pessoas {hte permitam vm acessi Heil aos dados pessoaist ‘que. em conformidade com a defimeto da alinea e Udo artigo 2°, os diferentes eriterios que permitem dererminar oy elementos de um comune estrutar rado de dados pessoais e-os diferentes ertérios que regem 0 agesso a esse conjunto de-dados podem ser nei 2suss CAE] Jomal Oficial das Comunidades Europeias 23. 11, 95) efinidos por cada Estado-membro; que as pastas (32) Considerando que eabe as legislagées_nacionais fou conjuntos de pastas, bem como as suas expas, gu ndo estejam estruturadas de acordo com crite ios especificos, de modo algum se incluem no Jmbito de aplieagio da presente ditectiva: Considerando que qualquer tratamento de dados posoais deve ser efeetuado de forma licita e leal Para com a pessoa em causa que deve, em espe cial, incidir sobre dados adequados, pertinentes « indo excessivos em relagdo as finalidades prossepui das com o tratamento; que essas finalidades devem ser explicits © legitimas © ser determinadas quando da recolha dos dados; que as finalidades ddos tratamentos posteriores i recolha no podem ser incompativeis com as finalidades especificadas incialmente Considerando gue 0 tratamento posterior de dado pessoais para fins historicos,estatsticos ou cient ‘cas nao € de modo geral considerado incompativel ‘com as finalidades para as quais os dados foram previamente recolhidos, deste que os Estados- membros estabelegam garantias adequadas: que «ais garantias devem em especial impedir a utiliza~ ga0 de dados em apoio de medidas ou de decisoes Fomadas em desfavor de uma pessoas Considerando que, para ser livito, 0 tratamento de dados pessoais deve, além disso, ser efectuado com ‘6 consentimanto da pessoa em causa ou ser neces- sano para ¢ celebragao ou execugao de um con ‘rato que vineule a pessoa em causa, ou para o ‘cumpeimento de uma obrigagio legal, ou para a execugio de uma missio de interesse publico ou para o exercicio da aucoridade pablica, ov ainda ara a realizagio do inreresse legitimo de uma pessoa, desile que os interesses ou os direitos € Tiberdades ca. pessoa em causa nao prevalegam: ‘que, em especial, para assegurar o equilibrio. dos imeresses etm causa € garannit a0 mesino tempo luna concorréncia real, os Estados-membros.si0 livres de determinar as condigdes em que os dados pessoais podem ser utilizados e comunicados a Terceiros no Ambit de actividades legitimas de estio corrente das empresas € outros organismox: que, do mesinw modo, podean precisar as conics fem que a comunicagio a terceiros de dados pes- soais pode ser efectuada para fins de mala directa fon de prospecgio feita por uma instituicio de solidariedads social ow outras associagdes ou fun dlagdes, por exemplo de caricter politico, desde que respeiten as disposigdes que permitem a pes ‘soa em causa opor-se, sem necessidade de indicar 0 sea fandamento ou de suportar quaisquer encar- 6s, a0 tratamento dos dados que the dizem res: Peitos Considerando que, do mesmo modo, o tratamento de dados pessoais deve ser considerado licito quando se destinar a proteger um interesse essen cial A vida Ga pessoa em caus; dleterminar se 0 responsivel pelo cratamento que executa uma missao de inceresse puilico ou exerce 2 autoridade publica deve see uma administragio pablica ou ourra pessoa sujeita a0 diteito publica ‘ou ao direito privado, por exemplo uma associagio profissionals Considerando que os dados suscepriveis, pela sua natureza, de por em causa as liberdades fundamen fais ov 0 direito 4 vida privada s6 deverio ser tratados com o conseatimento explitica da pessoa fem causa; que, mo entanto, devem ser expressa mente previstas detrogagies a esta proibigio no ‘gue respeita a necessidades especificas, designada mente quando 0 tratamento desses dados for efec tuado com certas finalidades ligadas a sade por pessoas sujeits por lei a obrigacio de segredo profissional ou para ay actividades legitimas de wertas associagSes ou fundaydes que tenham por objcctivo permitir 0 evercieio das iberdades funda Considerando que, sempre que um motivo de Interesse piiblico importante 0 justfigue, os Esta- ddos-membros devem também ser autorizados a estabelecer derrogagdes 2 proibigdo de craramento de categorias de dados sensiveis em dominios como 4 saiide pablica © a seguranga social — em especial para garantir a qualidade ¢ a rentabilidade no que toca aos métodos utiizados para regularizar os pedidos de prestayies © de servigos no regime de seguro de doenga — ¢ como a investigagio cientii- ete as estatisticas piiblieasy que Thes incumbe, todavia, estabelecer garantias adequadas e especiti teas para a proteccio dos direitos fandamentais © dda vida privada das pessoas: nsiderando, além disso, que © tratamento de dados pessoais pelas autoridades piblicas para a onsecucio de objectivos consagrados no direito onstitucional ou no direito internacioanl pablico, em beneficio de associagdes celigiosas oficialmente reconbecidas, ¢ efectuade por morivos de interesse publico importance: Considerando que quando, para o exercicio de actividades do ambito eleitoral, o funcionamento dlo sistema democratico exigit, em certos Estados ‘membros, que partidos politicos recolham dados sobre a opiniie politica das pessoas, o tratamento, esses dados pode ser autorizado por motivos de interesse piiblico importante, desde que sejam es rabelecidas garantias adequadas: Considerando gue © tratamento de dados pessoais para fins jornalisticos ou de expressio arsstica ou literéria, nomeadamente no dominio do. audiovs sual, deve heneficiar de desrogagies ou de rest bes a determinadas disposigbes dla presente direc tiva, desde que tal seit necessirio para conciliar 0s 23. 11. 95 Gry Jomal Oficial das Comunidasles Europeias NPL 28135 (38) Ba) (40) an direitos fundamentais da pessoa com a liberdade dde expressio, nomeadamente a liberdade de rece- ber ou comunicar informagdes, tal como é garan- tida, nomeadamente pelo artigo 102 da Convengio ceuropeia para a proteceio dos direitos do Homem das liberdades. fundamentais; que, por conse- _auinte, compete aos Estados-membros estabelever, tendo em vista a ponderagio dos direitos funda” mentals, as derrogagdes © limitagoes.necessirias Ggte se prendam com as medidas gerais em materia de legalidade do tratamento de dados, as medidas relativas & teansleréncia de dados para paises ter ceiros, bem como com as competéncias das autori dades’ de controlo; que tal facto nao deverd, no centanto, levar os Estados-membros a prever derro- ‘gavoes as medidas destinadas a gatantir a sepuran ‘ca do tratamento de dados; e que deverio igual- mente ser atribuidas pelo menos i autoridade de controlo determinadas comperéncias posteriori, tais como a de publicar periodicamente um relat rio ou de recorter judicialmente; Considerando que, para que o tratamento de ddados seja leal , a pessoa em causa deve poder ter conhecimento Ua existencia dos tratamentos © obter, no momento em que os dados the s30 pedidos, uma informagdo rigorosa e completa das circunstancias dessa recolhas Considerando que por vezes se tratam dados que rio foram recolhidos directamente pelo respons vel junto da pessoa em causa; que, além disso, 0s } qualaueroperacio ou sono de operant cs sobre dados pessoais, com ou sem meios automa tizados, tais como a_recolha, registo, organizacio. conservagio, adaptagao out alteragio, i Soneultayuflizagao, vomunicayae por fifusio ‘ou qualquer ourra forma de colocacio 4 tisposigao, com comparagao ou interconexao, bem como 0 blogucio, apagamento ou destruiios 1 Ficheiro. de dados pessoais». (sficheiror), qualquer conjumto estruturado de dados pessoais, acessivel Segundo crterios detminados, que sei eentealzad, descentralizado ou repartido de modo funcional ou seogratico; 4d) “Responsive pelo tratamento», a pessoa singular ou colectiva, a autoridads piiblica, © servigo ou qualquer outro organismo que, individualmente ou em con junto com outrem, determine as finalidades © os ieios de tratamento dos dados pessoais; sempre que as finalidades ¢ 5 meios do tratamento sejam deter: ‘minadas por disposicies legislativas ou rogulaments eS nacionais ou comunitirias, 0 responsive! pelo fratamento ou o8 critérios espectficos para a. sua nomeagio podem ser indicados pelo direito nacional fe} sSubcontratante>, a pessoa singular ou colectiva, a astoridade publica, o serviga ou qualquer outro orgs nismo que trata os dados pessoais por conta do, responsavel pelo tratamentos 23.95 Le] f) «Terceiro», a pessoz singular ou colectiva, a autori dade publica, o servigo ou qualquer outro organismo que no a pessoa em causa, 0 responsivel pelo tratamento, 0 subcontratante e'as pessoas que, Sob a autoridade directa do tesponsavel pelo tratamento ou do subcontratante, esta0habilitadas a tratar_ dos dados; “Destinatition, a pessoa singular ou colectiva, a auto: ridade piblica, o servigo ou qualquer outro orga nismo que receba comunicagdes de dados, indepen dentemente de se uratar on no de um terceiro: todavia, as autoridades susceprivels de receberem ‘comunivagies de dados no Ambit. duma missie de inguérito especifica nfo sio consideradas destinati- A h “Consentimento da pessoa em causa, qualquer manifestagio de vortade, livre, especifica ¢ infor mada, pela qual a pessoa em causa aceita que dados pessoais que the dizem respeito sejam objecto de Artigo 32 Amita de apicagao 1. A presente directiva aplica-se ao tratamento de dados pessoais por meios total ou parcialmente automatizados, bem como ao tratamento por meios nio aucomatizados de dados pessoais contidos num ficheiro ou a ele destina- dos. 2. A presente directiva nao se aplica a0 tratamento de dados pessoais: — cfectuado no exercicio de actividades no sujeitas & aplicagio do direito comunitario, tais como as previs: tas nos titulos V ¢ VI do Tratado da Unido Europeia, fe em qualquer caso, a0 tratamento de dados que renha como objecto a seguranga piiblica, a defesa, 2 seguranga do Estado (incluindo © bem-estar econdut Jornal Oficial das Comunidades Europeias N21 28139 co do Fstado quando esse tratamento disser respeito a ‘questies de seguranya do Estado}, ¢ as actividades do Estado no dominio do direito penal, — efectuado por uma pessoa singular no exervicio de actividades exclusivamente pessoais ou domésticas.. Antigo 4 Direito nacional aplicével 1, Cada Estado-membro aplicari as suas disposigées nacionais adopradas por forga da presente directiva ao tratamento de dados pessoais quando: 4) © tratamento for efectuado no contexto das activida- des de umm estabelecimento do responsavel pelo trata- mento situado no rerritério desse Estado-membro; se ‘6 mesmo esponsivel pelo tratamento estiver estabele- ido no territério de wirios Estados-membros, devers tomar as medidas necessirias para garantir que cada uum desses estabelecimentos cumpea as obrigagies estabelecidas no direito nacional que Ihe for aplieé- vel: b © responsivel pelo tratamento no estiver estabele: ido no territério do Estado-membco, mas num local ‘onde a sua legislagio nacional seia aplicavel por forca ddo dircito internacional publica ©) © responsivel pelo tratamento. no estiver estabele- ceido no territério da Comunidade © revortery para, tratamento de dados pessoais, a meios, auromatizados unio, situados no territério desse Fstado-membro, salvo s¢ esses meios s6 forem utilizados para transito ro territirio da Comunidade, 2. No caso referido na alinea ¢) do n? 1, 0 responsivel pelo tratamento deve designar um representante estabele- ida no teeritério desse Estado-membro, sem prejuizo das {gue possam vir a ser intentadas contra © proprio responsivel pelo teatamento. CAPITULO IL CONDICOES GERAIS DE LICITUDE DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS Antigo 5? (05 Estados-membros especificario, dentro dos limites do disposto no presente capitulo, as condigaes em que é licito 0 tratamento de dads pessoais.

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