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1 Espaços Métricos 2
1.1 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Funções Contı́nuas 16
1
1 Espaços Métricos
“Todo espaço métrico será espaço topológico, mas nem todo espaço topológico será métrico! ”
• d(x, y) = d(y, x)
Exemplos:
d(x, x) = |x − x| = 0
d(x, y) = |x − y| > 0, se x 6= y
d(x, y) = |x − y| = |y − x| = d(y, x)
2
s n
X
com a métrica definida por d(x, y) = (xi − y i )2 . De fato, d é uma métrica pois:
i=1
v v
u n u n
u X uX
i i 2
d(x, x) = t (x − x ) = t 0=0
i=1 i=1
v
u n
uX
d(x, y) = t (xi − y i )2 > 0, pois (xi − y i )2 > 0, ∀i = 1, ..., n
i=1
v v
u n u n
uX i uX
d(x, y) = t (x − y ) = t (y i − xi )2 = d(y, x)
i 2
i=1 i=1
v v
u n u n
uX i uX
d(x, z) = t (x − z i )2 = t (xi − y i + y i − z i )2
i=1 i=1
v v v
u n u n u n
uX i u X uX
= t [(x − y i ) + (y i − z i )]2 ≤ t (xi − y i )2 + t (y i − z i )2
i=1 i=1 i=1
!2 " #" n # v v
n
X n
X X n
X
u n
X
u n
u uX
ai b i ≤ (ai )2 (bi )2 ⇒ a b ≤ t (a ) t (bi )2
i i i 2
3. Uma norma num espaço vetorial E, sobre o corpo dos reais ou complexos, é uma
função que associa a cada vetor x ∈ E um número real |x|, chamado de norma de
x, de tal maneira que
3
• |0| = 0 e |x| > 0 se x 6= 0
4
Outras definições: Num espaço métrico M, além da distância entre dois pontos
x, y ∈ M , podemos também definir a distância de um ponto x ∈ M a um subconjunto
não-vazio A ⊂ M pela expressão
Assim, a distância d(x, A) do ponto x ao conjunto A é o único número real m tal que:
Um número real m satisfaz a propriedade (i) ⇔ m ≤ d(x, A); a condição (ii) equi-
vale a m ≥ d(x, A), de ambas segue então a igualdade da expressão. Observe que se
x ∈ A ⇒ d(x, A) = 0, porém a recı́proca não é válida. Por exemplo, considere o intervalo
da reta A = (1, 2), temos que d(1, A) = d(2, A) = 0, mesmo com 1, 2 ∈
/ A. Portanto,
d(x, A) 6= 0 se, e somente se, para todo > 0, temos que (x − , x + ) ∩ A 6= ∅.
5
Como x e y são arbitrários, basta mostrar apenas uma dessas desigualdades, no caso
verificaremos a segunda. Ora, para todo > 0, existe um a ∈ A tal que d(y, a) <
d(y, A) + .
Por outro lado, em virtude da desigualdade triangular, temos que d(x, a) ≤ d(x, y) +
d(y, a), portanto segue que
Disto segue o resultado, pois pela propriedade (ii) teremos que d(x, y) + d(y, A) ≥
d(x, A), como querı́amos demonstrar. 2
Corolário 2 Quaisquer que sejam x, y, z ∈ M , tem-se |d(x, z) − d(y, z)| ≤ d(x, y).
Por mais que d(A, B) = d(B, A) e d(A, A) = 0, esta distância não corresponde a uma
métrica, pois falha nas demais propriedades. Por exemplo, tome A e B subconjuntos de
M, tal que A ∩ B 6= ∅, e tome a ∈ A qualquer, distinto de um b ∈ A ∩ B (ou seja, segue
valendo b ∈ B), observe que d(A, B) = 0, mesmo com a 6= b.
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1.1 Exercı́cios
n
X
1. Mostre que d(x, y) = |xi − y i | no conjunto Rn é uma métrica.
i=1
n
X n
X
i i
(P 1) d(x, x) = |x − x | = 0=0
i=1 i=1
Xn Xn
(P 2) d(x, y) = |xi − y i | = z i , com z i > 0, ∀i ∈ [1, n] > 0, se x 6= y
i=1 i=1
n
X n
X
(P 3) d(x, y) = |xi − y i | = |y i − xi | = d(y, x)
i=1 i=1
n
X n
X
|xi − z i | ≤ |xi − y i | + |y i − z i | = d(x, y) + d(y, z)
(P 4) d(x, z) =
i=1 i=1
3. Mostre que d(f, g) = sup{|f (x)−g(x)|; x ∈ [a, b]} no conjunto C[a, b] é uma métrica.
(P 2) d(f, g) = sup{|f (x) − g(x)|; x ∈ [a, b]} > 0, pois |f (x) − g(x)| > 0, ∀x ∈ [a, b]
(P 3) d(f, g) = sup{|f (x) − g(x)|; x ∈ [a, b]} = sup{|g(x) − f (x)|; x ∈ [a, b]} = d(g, f )
(P 4) d(f, h) = sup{|f (x) − h(x)|; x ∈ [a, b]} = sup{|f (x) − g(x) + g(x) − h(x)|; x ∈ [a, b]}
7
Rb
4. Mostre que d(f, g) = a
|f (x) − g(x)|dx no conjunto C[a, b] é uma métrica.
Z b Z b
(P 1) d(f, f ) = |f (x) − f (x)|dx = 0dx = 0 (pela continuidade de f )
a a
Z b
(P 2) d(f, g) = |f (x) − g(x)|dx > 0 (pois |f (x) − g(x)| > 0 e f e g contı́nuas)
a
Z b Z b
(P 3) d(f, g) = |f (x) − g(x)|dx = |g(x) − f (x)|dx = d(g, f )
a a
Z b Z b
(P 4) d(f, h) = |f (x) − h(x)|dx = |f (x) − g(x) + g(x) − h(x)|dx
a a
Z b Z b
≤ |f (x) − g(x)|dx + |g(x) − h(x)|dx = d(f, g) + d(g, h)
a a
A bola fechada (ou disco) de centro a e raio r é o conjunto D(a, r) dos pontos de X
cuja distância ao ponto de a seja inferior ou igual a r:
Assim, a bola fechada é formada pela bola aberta, mais os pontos de X cuja distância
ao ponto a é igual a r. Estes últimos pontos formam um conjunto chamado de esfera de
centro a e raio r, denotada por
8
a ∈ U , existe r > 0 tal que B(a; r) ⊂ U . Um conjunto F é conjunto fechado se X − F
é aberto em X.
Exemplos:
De fato, precisamos mostrar que todos os pontos de B(a; r) podem ser circundados
por uma outra bola aberta contida na maior. Portanto, tomemos x ∈ B(a; r), então
d(x, a) < r. Com isso, existe um raio s = r − d(x; a) > 0 tal que x ∈ B(x; s), e por
sua vez, B(x; s) ⊂ B(a; r). Com efeito:
⇒ d(y, a) < r
⇒ y ∈ B(a; r)
9
Com efeito:
⇒ d(a, y) > r
⇒ y∈
/ D(a; r)
Com efeito, seja qual for r > 0, basta tomar x 6= 0 qualquer em E e observar que
rx r
b = a+ 2|x|
é diferente de a e pertence à bola aberta B(a; r), pois |b − a| = 2
< r.
Como vimos acima, no espaço M munido da métrica discreta e no conjunto Z dos
inteiros, toda bola aberta de raio 1 contém apenas o seu centro.
1
Por outro lado, seja P o conjunto dos números da forma n
, com n > 0 inteiro:
P = {1, 21 , 13 , ...}. Para cada 1
n
∈ P , a bola aberta B( n1 ; n+1
n
) em P, contém apenas
o seu centro n1 . Portanto, todos os pontos de P são isolados e assim P é um espaço
discreto.
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d(a,b)
Prova: Seja r > 0 um número real tal que r < 2
. Se existisse um ponto x ∈ M tal
que x ∈ B(a; r) e x ∈ B(b; r), terı́amos d(x, a) < r e d(x, b) < r. Por conseguinte:
Observação: É claro que a proposição acima também vale se dissermos bolas fechadas,
pois toda bola aberta B(a; r) contém bolas fechadas do tipo D(a; s), onde s < r.
Exemplos:
2. Todo conjunto finito {x1 , ..., xm } é limitado e seu diâmetro é o maior dos números
d(xi , xj ), para i, j = 1, .., m.
3. Em qualquer espaço métrico uma bola fechada D(a; r) é um conjunto limitado e seu
diâmetro é ≤ 2r.
Com efeito, se x, y ∈ D(a; r), então d(x, y) ≤ d(x, a) + d(a, y) ≤ r + r = 2r. Pode
se dar o caso de ser δ(D(a; r)) < 2r: por exemplo, no intervalo [0,1], considerado
como subespaço da reta, a bola fechada de centro 0 e raio 1 coincide com o espaço
todo e portanto seu diâmetro é 1, e não 2. Como, evidentemente, A ⊂ B (A e B
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limitados) implica δ(A) ≤ δ(B), tem-se também δ(B(a; r)) ≤ 2r e δ(S(a; r)) ≤ 2r
em qualquer espaço métrico.
5. Num espaço vetorial normado E 6= {0}, o diâmetro de uma bola fechada de raio r
é igual a 2r.
De fato, basta verificar este fato para a bola D = D(0; r). Ora, se x é qualquer
rx
vetor não nulo em E, então y = |x|
e −y tem ambos norma r, donde pertencem a
D. Mas |y − (−y)| = |2y| = 2r, logo δ(D) = 2r.
Isto mostrou que qualquer esfera centra na origem e de raio r em E tem diâmetro 2r.
O Mesmo resultado vale para bolas abertas de raio r em E, pois: para B = B(0; 4),
a
dado qualquer a > 0 com a < 2r, tomemos r0 com 2
< r0 < r e um vetor x 6= 0 em E.
r0 x
Então y = |x|
e −y possuem norma r0 . Logo, y, −y ∈ B, mas |y − (−y)| = 2r0 > a.
Assim, δ(B) > a, o que mostra ser δ(B) = 2r.
Observação: As bolas e esferas num espaço vetorial normado podem assumir aspec-
tos inesperados. Por exemplo, no disco unitário do plano R2 , centrado na origem,
possui três normas diferentes:
p
• |(x, y)| = x2 + y 2 , esfera cuja forma é um cı́rculo;
• |(x, y)|0 = |x| + |y|, na forma de um quadrado de diagonais contidas nos eixos;
• |(x, y)| = max{|x|, |y|}, na forma de um quadrado de lados paralelos aos eixos.
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6. Num espaço vetorial normado, nenhum subespaço vetorial 6= {0} é limitado.
tv
Com efeito, se v 6= {0}, então |v|
tem norma |t|.
Prova: (1) Se ∅ não fosse aberto, então existiria a ∈ ∅, tal que ∀r > 0 escolhido
terı́amos B(a; r) 6⊂ ∅. Porém, por vacuidade, não existe esse elemento que contraria esta
propriedade, logo ∅ é aberto. Por vacuidade, ∅ também é fechado, logo seu complementar
é aberto, portanto X − ∅ = X é aberto.
S
(2) Seja {Ai }i∈I uma famı́lia de conjuntos abertos. Se a ∈ Ai , então existe i0 ∈ I
tal que a ∈ Ai0 , como cada Ai é aberto, então existe r > 0 tal que B(a; r) ⊂ Ai0 . Sendo
S S
assim, temos que B(a; r) ⊂ Ai0 ⊂ Ai , concluindo então que Ai é aberto.
T
(3) Seja {Ai }i∈J uma famı́lia de conjuntos abertos, com J finito. Se a ∈ Ai , então
a ∈ Ai , para todo i ∈ J. Como cada Ai é aberto, existe ri > 0 tal que B(a; ri ) ⊂ Ai ,
para cada i ∈ J. Com isso, ao tomarmos r = min{ri ; i ∈ J} > 0, teremos que
T
B(a; r) ⊂ B(a; ri ) ⊂ Ai , para todo i ∈ J. Consequentemente, B(a; r) ⊂ Ai , por-
2
T
tanto obtemos que Ai é aberto.
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Prova: (1) Vimos anteriormente que ambos conjuntos ∅ e X são abertos, então segue
que seus complementares, respectivamente X e ∅, são fechados.
T
(2) Seja {Fi }i∈I uma famı́lia de conjuntos fechados. Se a ∈ X − Fi , então temos
S
a ∈ X − Fi (pelas leis de De Morgan). Como cada Fi é fechado, então cada X − Fi
será aberto e, por fim, já vimos que a união arbitrária de abertos é aberto. Deste modo,
S T
segue que X − Fi é aberto e, consequentemente, Fi é fechado.
S
(3) Seja {Fi }i∈J uma famı́lia de conjuntos fechados, com J finito. Se a ∈ X − Fi ,
T
então temos a ∈ X − Fi (pelas leis de De Morgan). Como cada Fi é fechado, então cada
X − Fi será aberto e, por fim, já vimos que a intersecção finita de abertos é aberto. Deste
modo, segue que X − Fi é aberto e, consequentemente, Fi é fechado. 2
T S
2.1 Exercı́cios
Porém, já mostramos em exercı́cios anteriores que B(a; r) e X − D(a; r) são con-
juntos abertos de X. Disto e pelo fato da união de abertos ser um conjunto aberto,
então temos que X − S(a; r) é aberto e, consequentemente, S(a; r) é um conjunto
fechado.
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Para mostrar a igualdade, verificaremos as duas continências. A primeira segue
diretamente, pois:
⇒ {x ∈ S e x ∈ X; d(x, a) < r}
⇒ {x ∈ S ∩ X; d(x, a) < r}
⇒ {x ∈ S; d(x, a) < r}
⇒ x ∈ BS (a; r)
(b) Prove que um conjunto U ⊂ S é aberto em S se, e somente se, existe um aberto
V de X tal que U = S ∩ V .
x ∈ U = {x ∈ S; d(x; a) < r}
= {x ∈ S ∩ X; d(x, a) < r}
= {x ∈ S} e {x ∈ X; d(x, a) < r}
= {x ∈ S} e x ∈ BX (a; r)
= x∈S∩V
(⇐) A volta é válida, pois os sinais de igualdade acima poderiam ser trocados
pelo ⇔, implicando de maneira direta o resultado.
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3. Sejam X = R e S = Z, com a métrica induzida de R. Prove que cada subconjunto
de S é aberto em S.
Temos que Z é um conjunto onde todos os seus pontos são isolados. Seja A ⊂ Z,
então para todo a ∈ A, existe 0 < r < 1 tal que B(a; r) = {a} ⊂ Z. Portanto, A é
um subconjunto aberto de S.
(a) Dê exemplo de uma sequência de abertos de R cuja intersecção não seja um
aberto.
− n1 , n1 , sendo n ∈ N. Esta é uma sequência de abertos,
Tome a sequência
porém a interseção é o conjunto {0} formado por apenas um ponto, ou seja,
fechado.
(b) Dê exemplo de uma sequência de fechados de R cuja união não seja fechada.
Tome a sequência {x}, para cada x ∈ (0, 1). Cada ponto isolado representa um
conjunto fechado, porém a união resulta no conjunto (0,1), que é aberto.
3 Funções Contı́nuas
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Prova: (⇒) Tomemos um V ⊂ Y aberto, com f (a) ∈ V , sendo assim existe > 0 tal
que BY (f (a); ) ⊂ V . Como f é contı́nua em a, então existe δ > 0 tal que f (BX (a; δ)) ⊂
BY (f (a); ). Então, ao tomarmos U = BX (a; δ), aberto em X, temos f (U ) ⊂ V .
(⇐) Dado > 0, BY (f (a); ) é aberto em Y e f (a) ∈ BY (f (a), ). Logo, por hipótese,
∃U ⊂ X, com a ∈ U , de modo que f (U ) ⊂ BY (f (a); ). Visto que a ∈ U , então existe
δ > 0 tal que BX (a; δ) ⊂ U . Deste modo, f (BX (a; δ)) ⊂ f (U ) ⊂ BY (f (a); ). Portanto,
f é contı́nua em a. 2
(I) f é contı́nua;
Prova: (I) → (II) : Seja a ∈ f −1 (V ), com isso, f (a) ∈ V . Por f ser contı́nua e pela
proposição anterior, existe Ua ⊂ X aberto, com a ∈ Ua , de modo que f (Ua ) ⊂ V . Neste
caso, Ua ⊂ f −1 (V ). Ora, f −1 (V ) = { Ua }a∈f −1 (V ) , o qual é aberto em X (por ser união
S
(II) ⇔ (III): Neste caso, vale diretamente a igualdade das afirmações, pois
B ⊂ Y fechado ⇔ Y − B é aberto
⇔ f −1 (Y − B) é aberto em X
⇔ X − f −1 (B) é aberto em X
⇔ f −1 (B) é fechado em X
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Exemplos:
Com efeito, seja a ∈ X um ponto arbitrário. Dado > 0, basta tomar = δ. Então,
d(x, a) < δ implica que d(f (x), f (a)) ≤ d(x, a) < δ e, portanto, f é contı́nua no
ponto a. Em consequência deste fato, as seguintes funções são contı́nuas:
|i(x) − i(y)| = |x − y| ≤ δ
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(d) As projeções pi : X1 × X2 × .. × Xn → Xi (1 ≤ i ≤ n) de um produto cartesiano
de espaços métricos em um dos seus fatores. A i-ésima projeção é definida por
pi (x1 , ..., xn ) = xi .
Aplicando o mesmo raciocı́nio, conseguimos concluir que
≤ d(x1 , y1 ) + d(x2 , y2 )
< δ.
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Corolário 9 Seja f : X → Y contı́nua. Para cada subespaço A ⊂ X, a restrição
f A : A → Y é contı́nua.
Prova: Com efeito, f A = f ◦ i e a inclusão i : A → X é contı́nua. Pela proposição an-
terior segue que a composta de contı́nuas é contı́nua, implicando no resultado. 2
20
Prova: Como |(x + y) − (a + b)| ≤ |x − a| + |y − b|, a adição α(x, y) → x + y é, na
realidade, uma contração fraca de E × E em E e, portanto, contı́nua.
|x0 |
|λ − λ0 ||x0 | < δ1 |x0 | = (|x0 | + 1) < ,
3 3
|λ0 |
|λ0 ||x − x0 | < δ2 |λ0 | = (|λ0 | + 1) < ,
3 3
2 2 2
|λ − λ0 ||x − x0 | < δ1 δ2 = (|x0 | + 1)(|λ0 | + 1) < <
9 9 3
2|t0 |2
1 1 |t − t0 | 2δ
|f (t) − f (t0 )| = − = < ≤ ,
t t0 |t||t0 | |t0 |2 2|t0 |2
Prova: Com efeito, R é um espaço normado real, de modo que a soma x + y e o produto
xy são funções contı́nuas (pelo corolário anterior). Quanto à função quociente (x, y) → xy ,
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ela é composta da aplicação contı́nua (x, y) → (x, y1 ) com a função contı́nua (x, z) → xz.
Finalmente a diferença (x, y) → x − y é a composta da isometria (x, y) → (x, −y) de R2 ,
com a função contı́nua (x, z) = x + z. Ambas são compostas de funções contı́nuas, logo
contı́nuas. 2
|(f + g)(a) − (f + g)(b)| = |f (a) + g(a) − f (b) − g(b)| ≤ |f (a) − f (b)| + |g(a) − g(b)|
Pelo fato de f, g serem contı́nuas: dados 1 , 2 > 0 tal que |f (a) − f (b)| < 1 e
|g(a) − g(b)| < 2 , então existem δ1 , δ2 > 0 tais que |a − b| < δ1 e |a − b| < δ2 e, ainda,
f (B(a; δ1 )) ⊂ B(f (a); 1 ) e f (B(a; δ2 )) ⊂ B(g(a); 2 ). Ao tomarmos δ = min{δ1 , δ2 }
então é válido que
Fazendo a união das expressões dos extremos das linhas acima obtemos que
22
Para a subtração temos um resultado análogo, pois
|(f − g)(a) − (f − g)(b)| = |f (a) − g(a) − f (b) + g(b)| ≤ |f (a) − f (b)| + |g(a) − g(b)|
A diferença é que agora fazemos a intersecção das expressões dos extremos, obtendo
23
Encontre a solução geral da EDO separável (x + 1)dy = (x + 6)dx.
x+6
dy = dx
x+1
Não conseguimos encontrar diretamente a integral acima, por isso buscaremos trans-
formá-la para algum formato que sabemos a integral. Para isso, mudaremos a variável
para u = x + 1, observe que ao fazermos a derivada em relação a x obtemos
du
u0 = (x + 1)0 ⇒ =1 ⇒ du = dx
dx
Estas expressões em azul substituı́mos então na integral que queremos resolver, logo
Z Z
1 1
6 dx = 6 du
x+1 u
= 6 ln |u|
= 6 ln |x + 1|
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Resolveremos agora a segunda integral:
Z
x
dx
x+1
u=x+1 ⇒ x=u−1
u−1
Z Z
x
dx = du
x+1 u
Z
u 1
= − du
u u
Z
1
= 1− du
u
Z Z
1
= 1du − du
u
= u − ln |u|
= x + 1 − ln|x + 1|
= x + 5 ln |x + 1| + (C + 1)
y = x + 5 ln |x + 1| + K
25