Você está na página 1de 17

Mecanismos de endurecimento em aços [16]

projetos
¾ Engenheiro Mecânico
mecânicos
â i

materiais
propriedades
de
mecânicas
engenharia

• módulo de elasticidade resistência mecânica


• limite de escoamento e tenacidade
• dureza adequadas
1>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Principais mecanismos de endurecimento:

• Solução sólida

• Refino de grão

• Precipitação

• Discordâncias (encruamento)

• Transformações de fase

2>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por solução sólida:


átomos de soluto “deformam”
deformam a estrutura cristalina da
matriz e interferem na movimentação das discordâncias

efeito (intersticiais) > efeito (substitucionais)

Soluto intersticial Soluto substitucional Soluto substitucional


(átomo menor) (átomo maior)

3>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por solução sólida:

Processo
industrial

adição de
elementos de
liga

4>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por refino de grão:


contribui tanto para o aumento de resistência mecânica
quanto para a tenacidade dos aços.

¾ Hall-Petch: σ
−1 / 2
σ y = σo + k ⋅ d
1

σ
5>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por refino de grão:

Processo
industrial

laminação
controlada

6>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por precipitação: partículas de segunda


fase bloqueiam a movimentação das discordâncias
discordâncias, tor-
nando necessário o aumento da energia de deformação.

deformáveis (coerentes)
1/ 2
⎛r ⎞
Δσp = k ⋅ ε ⋅f ⋅⎜ ⎟
3/2 1/ 2

⎝b⎠
partículas

indeformáveis (incoerentes)
k⋅f
1/ 2
⎛D⎞
Δσp = ⋅ ln⎜ ⎟
D ⎝ 2b ⎠
7>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por precipitação: se as partículas


forem coerentes as discordâncias podem cisalhá-las.
cisalhá-las

partícula coerente

T T

antes depois

8>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por precipitação: se as partículas


forem incoerentes as discordâncias devem ultrapassa-las
ultrapassa-las.

partícula incoerente

G⋅b
Modelo de Orowan: Δσp =
L 9>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por precipitação: se as partículas


forem incoerentes as discordâncias devem ultrapassa-las
ultrapassa-las.

L
partícula incoerente

G⋅b
Modelo de Orowan: Δσp =
L
10>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por precipitação:


Processo
industrial

adição de
microligantes
(Nb, Ti, V)
ƒ modelo de Orowan-
Orowan
Ashby:
ƒ – fração
ç volumétrica
d – tamanho partícula [nm]

f
Δσ p = 10800 ⋅ ⋅ ln(1,63 ⋅ d )
d 11>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por encruamento: o trabalho mecânico


realizado a frio (T < 0
0,5
5 Th) promove a geração e a acumu-
lação de discordâncias em subestruturas (subgrãos).

baixa densidade de discordâncias alta densidade de discordâncias


(recozido) (encruado)

Keh: Δσ d = m ⋅ α ⋅ G ⋅ b ⋅ ρ
12>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por encruamento:


1000

Processo
industrial
a]
nto [MPa

100
endurrecimen

deformação
10
a frio
fi

1
1E8 1E9 1E10 1E11 1E12
-2
densidade de discordâncias ρ [cm ]
13>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por transformação de fase: através


tratamentos térmicos pode ser feita a formação de
microconstituintes mais resistentes.

100 μm 20 μm

Tratamentos
Térmicos

ferrita + perlita martensita


(recozimento / normalização) (têmpera + revenido)
14>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Endurecimento por transformação de fase:

Processo
industrial

tratamentos
té i
térmicos

15>
Mecanismos de endurecimento em aços

¾ Interação entre os mecanismos de endurecimento:


EFEITO CUMULATIVO
LIMITE DE ESCOAMENTO EXPERIMENTAL =
Σ ((RESISTÊNCIA INTRÍNSECA +
ENDURECIMENTO POR SOLUÇÃO SÓLIDA +
ENDURECIMENTO POR REFINO DE GRÃO +
ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO +
ENDURECIMENTO POR ENCRUAMENTO +
ENDURECIMENTO CAUSADO POR
TRANSFORMAÇÕES
Õ DE FASE)
16>
Mecanismos de endurecimento em aços

Bibliografia:

¾ Dieter, G. E. Metalurgia Mecânica. Guanabara Dois, 2a.


ed Rio de Janeiro
ed., Janeiro, 1981
1981, pp
pp. 166
166-212.
212

¾ Ferrante,
Ferrante MM. Seleção de Materiais
Materiais. Ed.
Ed UFSCar
UFSCar, São
Carlos, 1996, pp. 99-129.

¾ Honeycombe, R.W.K. Aços: microestrutura e propriedades.


Ed Calouste Gulbenkian
Ed. Gulbenkian, Lisboa
Lisboa, 1982
1982, pp
pp. 27-47
27 47.

¾ Reed
Reed-Hill,
Hill, R. E. Princípios de Metalurgia Física. Ed.
Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1982.
Notas de aula preparadas pelo Prof. Juno Gallego para a disciplina Materiais de Construção Mecânica I.
® 2009. Permitida a impressão e divulgação. http://www.dem.feis.unesp.br/maprotec/educacional.shtml/

17

Você também pode gostar