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RELATÓRIO DE VISITA DE ESTUDO

O planeamento de visitas de estudo visa:


1. Conceber a formação integral como uma ferramenta essencial e imprescindível para formar cidadãos
profissionalmente competentes e socialmente responsáveis, fomentando a competitividade no mercado de
trabalho, de norte a sul do país.
2. Ser uma Escola inclusiva que apresenta iguais oportunidades de acesso, de desenvolvimento
profissional e de crescimento pessoal, sempre que os/as formandos/as necessitem de respostas
diferenciadas.
Local da atividade: Santana/ Arneiro
Entidade a visitar: PR Minas do Conhal
Objetivo da atividade: promover a formação curricular dos formandos nas disciplinas
envolvidas, pondo-os em contacto com locais relacionados com os conteúdos a lecionar e
promovendo ações de formação em trabalho de grupo, no âmbito do Turismo Ambiental e
Rural e do Turismo Equestre
Ciclo de formação: 2019/2022 Ano:10º Turmas: C e D
Data da realização da atividade: 24/10/2019
Curso(s): Técnico de Turismo Ambiental e Rural e Acompanhante de Turismo Equestre
Disciplina(s) envolvida(s) na atividade: Turismo – Técnicas de Gestão
Formadores/as dinamizadores: Sérgio Godinho

Relatório

No dia 24 de Outubro de 2019, pelas 09h00, partiram da Escola Profissional de


Desenvolvimento Rural de Alter do Chão os alunos das turmas do 10º C e do 10º D, dos
cursos de Acompanhante de Turismo Equestre e Técnico de Turismo Ambiental e Rural
respetivamente. O principais objetivos da atividade a desenvolver foram realizar um
percurso pedestre devidamente caracterizado e identificado, reconhecer e interpretar a
sinalética presente no percurso, identificar pontos de interesse no percurso, identificar
pontos negativos e positivos da atividade, criar possíveis atividades paralelas durante o
percurso, aprender a história local ligada ao percurso e delinear partes do percurso que
pudessem ser realizadas a cavalo.
Assim partimos da escola rumo ao local de início do percurso pelas 09h00 com alegria e
boa disposição, prontos a realizar um dos mais bem estruturados percursos pedestres da
região. Chegados ao local, pelas 10h00, foi feita uma reunião de grupo onde foram
explicadas pelo professor as informações e as regras fundamentais, comportamentais e
técnicas a ter no local. Assim foi dada em primeiro lugar uma revisão da matéria dada
sobre sinalética de percursos pedestres. A sinalética é universal, como convém no sentido
de se tornar o mais possível inclusiva. Assim sendo, foram explicados pelo professor os
seguintes sinais:

Sinal de viragem à esquerda

Sinal de viragem à direita

Caminho correto
Caminho errado

Seguidamente foi dada uma pequena palestra sobre ética e conduta a ter.
Assim, os alunos foram alertados para respeitar as indicações do guia, seguir somente
pelos trilhos sinalizados, ter cuidado com o gado, embora manso não gosta da
aproximação de estranhos às crias, evitar barulhos e atitudes que perturbem a paz do
local, observar a fauna à distância, de preferência com binóculos, respeitar a propriedade
privada, não fazer lume, fechar as cancelas e portelos, ser afável com os habitantes
locais, não danificar a flora e não abandonar o lixo, levando-o até um local onde haja
serviço de recolha.
Seguidamente a este período de esclarecimentos, iniciámos o percurso, encontrando
desde logo a primeira e grande dificuldade, uma grande subida que nos iria colocar no
topo do planalto, onde se desenrolava cerca de metade do percurso.
O percurso até ao primeiro ponto de paragem apresentou apenas pequenos declives pois,
como foi dito atrás, estávamos num planalto. A vegetação era essencialmente o eucalipto,
mas também existiam outras espécies como o pinheiro manso, o zimbro (em vias de
extinção) e alguns arbustos de média dimensão. Sensivelmente a meio desta parte do
percurso, onde fomos tirando algumas fotografias, encontrámos um marco geodésico que
não visitámos. Mais à frente, cerca de 2 km, tivemos o primeiro ponto de paragem que é
um miradouro sobre o rio Tejo onde se podem admirar as portas de Rodão, a linha do
comboio, o rio Tejo e algumas das suas ilhas que se formam naquele local.
Iniciámos depois a descida em direção ao rio, numa zona com um declive bastante
acentuado, composto por escadaria de madeira colocada ali especificamente para os
participantes poderem descer em maior segurança.

Chegados à zona do rio, definimos como local de almoço uma das ilhas do rio Tejo ali
presentes. Para lá chegarmos tivemos que atravessar duas pontes himalaias. Na ilha do
Tejo fizemos o almoço onde existia uma mesa e bancos para que os alunos se
acomodarem.

Seguiu-se um pequeno momento de convívio entre todos.

Regressados ao percurso, seguimos sempre junto ao rio Tejo onde pudemos admirar
alguns grifos e as portas de Ródão.
Seguimos pelo trilho de regresso e, cerca de 1 km depois, fizemos o desvio para
podermos ir ao castelejo, uma elevação que permite ter uma vista privilegiada das Minas
do Conhal.
Aqui podemos encontrar sinais claros da atividade mineira ligada ao ouro que terá
atingido o auge no período romano, que faziam esta exploração forçando um desvio ao rio
Tejo e à ribeira de Nisa até àquela zona. Esta técnica de exploração permitia a formação
de montes de pedra, montium ou arrugia. A água era canalizada para aquele local por
canais, corruji, escavados nas encostas da serra até aos depósitos, ou stagna, situados
no vale. As pedras amontoadas de forma bastante visível (alguns montes atingem 5
metros de altura), são a maior prova da atividade mineira.

De volta ao trilho, seguimos em direção ao ponto de partida onde nos esperava o


autocarro do Município de Alter do Chão para nos trazer de volta à escola.
Para a realização da visita foi indispensável o apoio do Município de Alter do Chão
através da cedência de transporte. Os alunos ficaram responsáveis de providenciar a sua
própria refeição, vestuário adequado bem como água e outros suplementos que
desejassem.
De forma global, a atividade correu de forma bastante satisfatória, tendo os alunos
avaliando positivamente os vários momentos e aprendizagens retidas durante todo o
percurso. Os alunos conseguiram assim atingir os objetivos delineados.

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