Você está na página 1de 12

SUMÁRIO

1 Introdução .................................................................................................................... 3
2 Objetivo ........................................................................................................................ 4
3 Desenvolvimento .......................................................................................................4
4 Resultados ................................................................................................................... 11
5 Conclusão .................................................................................................................... 12
Referências ...................................................................................................................... 13
1 Introdução

A análise integral de volumes de controle é uma ciência presente dentro da


mecânica dos fluidos, uma área que estuda tanto a estática quanto a dinâmica dos
fluidos e suas implicações. São diversas as áreas de aplicações de tais conceitos,
desde o bombeamento do sangue realizado pelo coração até máquinas
termodinâmicas como caldeiras.
A mecânica dos fluidos auxilia no projeto de embarcações, aeronaves,
foguetes, submarinos, turbinas, dispositivos biomédicos, refrigeração de
componentes eletrônicos, transporte de gases e líquidos, além de possuir extremo
significado quando se trata de edificações, ajudando a elas resistirem à força do vento
ou a fenômenos naturais em geral (HENRIQUE, 2015)
Todas essas aplicações modernas das mais variadas escalas de
complexidade tiveram início a tempos antigos. A primeira contribuição possibilitando
o início e desenvolvimento dos estudos até alcançar o atual grau de desenvolvimento
das grandes cidades, foi como matemático grego Arquimedes (285-212 a.C.)
formulando o empuxo para determinar a massa de ouro na coroa do Rei Hiero I, mas
também esteve presente na ampliação urbanística com as construções de aquedutos
pelos romanos, fornecendo água limpa e um modo de irrigar plantações. Na idade
média, poucos foram os avanços significativos, mas na Renascença houve
consideráveis avanços, estendendo uma análise cientifica pela publicação do primeiro
texto sobre mecânica dos fluidos, de Bernoulli (1700-1782), chamado Hydrodynamic.
A formulação do volume do controle do início a fundamentação dos fluidos
dentro dos seus campos de atuação e aplicação, o teorema decorre de alguns
conhecimentos de física, como quantidade de movimento linear quantidade de
movimento angular, termodinâmica e conservação da massa. Dependo das condições
em análise do fluído, cada propriedade é aplicada de acordo com o contexto
(HENRIQUE, 2015)
Através destes aspectos, vê-se a importância deste trabalho em análise
de um experimento real, que foi introduzido em pesquisas, para o conhecimento e
posterior aplicação destes conceitos pelos graduandos em engenharia.

3
2 Objetivo

Projetar um sistema de acordo com o proposto na apresentação do


problema, utilizando os conhecimentos adquiridos em mecânica dos fluidos,
justificando todas as escolhas feitas em relação ao dimensionamento de cada
componente, escolha do fluido, sistema de posicionamento da amostra e descrição
dos possíveis problemas que possam ocorrer.

3 Desenvolvimento

O problema proposto apresenta uma ideia inicial demonstrada no


esquemático abaixo,

Porém, ao serem feitas algumas considerações, o mesmo sofreu


modificações que resultaram no seguinte diagrama,

4
Para que o esquemático ficasse como descrito consideramos

𝛽1 = 𝛽2 = 0
𝛼1 = 𝛼2 = 0

para que os efeitos da gravidade fossem desprezados, e em seguida para os


diâmetros

𝑑1 = 𝑑2 = 25[𝑚𝑚]
𝐷1 = 𝐷2 = 50[𝑚𝑚]

as massas consideradas foram

𝑚𝐶1 = 𝑚𝐶2 = 1[𝑘𝑔]


𝑚𝐶3 = 0,5[𝑘𝑔]

E as vazões 𝑄1 e 𝑄2 consideradas variáveis, responsáveis pelo controle do


movimento dos carrinhos.
O fluido de trabalho escolhido para o experimento foi a água, devido à
facilidade de obtenção, baixo custo e ao conhecimento de suas propriedades físicas
e químicas.

5
O cabo que liga os carros no sistema, guiado pelas polias, foi considerado
ideal, sendo assim não sofre alongamento, e todo o sistema foi considerado sem atrito.
As pás dos carrinhos são perpendiculares ao jato, proporcionando total
aproveitamento da força do jato em relação ao eixo paralelo ao solo.
Para deixarmos a velocidade do carrinho em função do tempo utilizamos a
equação da quantidade movimento

𝑑𝑈
− ∫ 𝑎𝑥 𝜌𝑑∀= −𝑎𝑥 𝑀𝑡 = − 𝑀
𝑉𝐶 𝑑𝑡 𝑐

Substituindo 𝐴𝐵 que é a área do bocal do bocal de saída do jato de água,


𝑀𝑐 a massa de um carrinho, 𝑀𝑡 a massa do carrinho que carrega a amostra somado
com 𝑀𝑐 , e 𝜌 a densidade da água.

−𝑈𝑥 𝜌𝑉𝑥 𝐴𝐵 = −(𝑉 − 𝑈)𝜌(𝑉 − 𝑈)𝐴𝐵 = −𝜌(𝑉 − 𝑈)2 𝐴𝐵

Em seguida deixamos a velocidade em função do tempo

𝑑𝑈
− 𝑀 = −𝜌(𝑉 − 𝑈)2 𝐴𝐵 − 𝐹𝑠𝑥 ⇒ 𝑈(𝑡, 𝑉, 𝐹𝑠𝑥 )
𝑑𝑡 𝑐

𝑑𝑈 𝜌(𝑉 − 𝑈)2 𝐴𝐵 𝜌(𝑉 − 𝑈)2 𝐴𝐵


= ⇒𝑎 =
𝑑𝑡 𝑀𝑐 𝑀𝑐

𝑈(𝑡, 𝑉, 𝑇) = 𝛷𝑖 (𝑡, 𝑉, 𝑇)

6
𝛷1 𝛷2
𝑇 = 𝑀𝑐 𝑎

Igualando as forças 𝐹1 e 𝐹2 e isolando em relação as velocidades, temos

𝑑𝑈1
𝑀𝑐 = 𝜌(𝑉 − 𝑈)2 𝐴𝐵 → 𝐹1 = 𝑎1 𝑀𝑐
𝑑𝑡

𝑑𝑈2
𝑀 = 𝜌(𝑉 − 𝑈)2 𝐴𝐵 → 𝐹2 = 𝑎2 𝑀𝑐
𝑑𝑡 𝑐

+

∑ 𝐹 = 𝑀𝑡 𝑎 → 𝐹1 + 𝐹2 = ∑ 𝐹

∑ 𝐹 = −𝜌(𝑉1 − 𝑈1 )2 𝐴𝐵 + 𝜌(𝑉2 − 𝑈2 )2 𝐴𝐵 𝑈1 = 𝑈2 = 𝑈

𝑑𝑈
𝑀𝑡 = 𝜌𝐴𝐵 [−(𝑉1 − 𝑈)2 + (𝑉2 − 𝑈)2 ]
𝑑𝑡

log[(𝑉1 − 𝑉2 )(2𝑈 − 𝑉1 − 𝑉2 )] 𝜌𝐴𝐵 𝑡


=
2𝑉1 − 2𝑉2 𝑀𝑡

𝜌𝐴 𝑡
(2𝑉1 −2𝑉2 ) 𝐵
(𝑉1 − 𝑉2 )(2𝑈 − 𝑉1 − 𝑉2 ) = 𝑒 𝑀𝑡

Chegamos então na equação que governa a velocidade do sistema em


função do tempo

𝜌𝐴 𝑡
(2𝑉1 −2𝑉2 ) 𝐵
𝑒 𝑀𝑡
2𝑈 − 𝑉1 − 𝑉2 =
(𝑉1 − 𝑉2 )

7
Os cálculos feitos acima foram programados em Matlab para a obtenção
dos gráficos de movimento. O seguinte programa foi usado:

%%Programa para o trabalho de mecflu1


clear
clc
%%Constantes

%controle -> inicio


%controle 2 -> deslocamento para esquerda a partir de 0,243 até 0,848
%controle 3 -> deslocamento para direita a partir de 0,848 até 0,398

p = 999;
Ab = 4.9*10.^(-4);
Mc = 1;
Ma = 0.5;
Mt = (Mc+Ma);

controle = 1;
pos0 = 0;
posMax = 0.916;

V1 = 0;
V2 = 0.035;
dV = 0.0005;
vetorPos = zeros(200,1);
vetorA = zeros(200,1);
vetorV = zeros(200,1);
vetorPos(1) = 0.243;
vetorV(1) = V2-V1;
u = V2-V1;
a = (p*Ab*(-(V1 - u).^2+(V2 - u).^2))/Mt;
vetorA(1) = a;
i = 2;
while(i <= size(vetorPos,1))
if controle==1
DeltaV = V2-V1;
while abs(DeltaV) > abs(10^-12)
u = V2-V1;
a = (p*Ab*(-(V1 - u).^2+(V2 - u).^2))/Mt;
if(V2 > V1)
V1 = V1 + dV;
V2 = V2 - dV;
controle = 2;
else
if (V1 > V2)
V1 = V1 - dV;
V2 = V2 + dV;
controle = 3;
else
vetorA(i) = a;
vetorV(i) = (V2-V1);
vetorPos(i) = vetorPos(i-1) + (V2-V1);
i = i + 1;
break;
end
end
DeltaV = V2-V1;
8
vetorA(i) = a;
vetorV(i) = (V2-V1);
vetorPos(i) = vetorPos(i-1) + (V2-V1);
i = i + 1;
if i > size(vetorPos,1)
break;
end
end
end
if controle==2
DeltaV = V2-V1;
while V1 < 4*V2
u = V2-V1;
a = (p*Ab*(-(V1 - u).^2+(V2 - u).^2))/Mt;
V1 = V1 + dV;
V2 = V2 - dV;
DeltaV = V2-V1;

vetorA(i) = a;
vetorV(i) = (V2-V1);
vetorPos(i) = vetorPos(i-1) + (V2-V1);
i = i + 1;
if i > size(vetorPos,1)
break;
end
end
controle = 1;
continue
end
if controle==3
DeltaV = V2-V1;
while V2 < 4*V1
u = V2-V1;
a = (p*Ab*(-(V1 - u).^2+(V2 - u).^2))/Mt;
V2 = V2 + dV;
V1 = V1 - dV;
DeltaV = V2-V1;

vetorA(i) = a;
vetorV(i) = (V2-V1);
vetorPos(i) = vetorPos(i-1) + (V2-V1);
i = i + 1;
if i > size(vetorPos,1)
break;
end
end
controle = 2;
continue
end
end

figure(1)
plot(vetorPos);
xlabel("t");
ylabel("Posição");
title("Posição da amostra");
ylim ( [ 0 1.5 ]);

9
figure(2)
plot(vetorV)
xlabel("t");
ylabel("Velocidade");
title("Velocidade da amostra");

Fluxograma do Código

10
4 Resultados

Gráfico Velocidade

Gráfico Posição da Amostra

11
5 Conclusão
A partir do código de programação usado podemos notar que a amostra
apresenta um movimento suave de acordo com o problema proposto e pode ser
confirmada com gráfico de posição mostrado acima, apesar de as velocidades serem
alteradas de maneira linear, o que caracteriza uma mudança brusca no controle de
velocidades dos jatos, o que pode ser notado pelos picos de inversão no gráfico de
velocidade da amostra.
Assim em questão de controle, não atingiu a meta esperada, pois o código
usado ainda apresenta limitações em relação a definição literal da palavra controle e
não da total liberdade para escolha de posição da amostra.

12
Referências

HENRIQUE, G. M. O Formalismo integral para um volume de controle. A revista


Eletrônica da Faculdade de Ciências Exatas e da Terra Produção/Construção e
Tecnologia. 2015.

FOX, R.W.; MCDONALD, A.T.; PRITCHARD, P.J. Introdução à Mecânica dos


Fluidos. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

WHITE, F.M. Mecânica dos Fluidos. 4ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002.

13

Você também pode gostar