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Lei de Ohm

Autor¹ Amauri Cesar do Carmo Filho, Autor² Cristiane Henrique da Silva Santos,
Autor³ Guilherme Ferreira Silva
Experimental de Física 2
Universidade Federal De Uberlândia
e-mail Autor¹: Amauri.carmofilho@live.com
e-mail Autor²: cristianehenriquesilva@outlook.com
e-mail Autor³: guiferreiras@outlook.com.br

Resumo: Este relatório irá explicar sobre a lei de ohm. Mostrando como pode ser entendida e
testada o experimento de Georg Simon Ohm. Tendo base na parte teórica e continuamente a
explicação do processo do experimento, obtendo ajuda de formulas e gráficos.

Palavras chaves- circuito, multímetro, medição, resistor.

Introdução

A lei de ohms é a afirmação de que a corrente que atravessa um dispositivo é sempre


diretamente proporcional a diferença de potencial aplicada ao dispositivo. A lei pode ser
expressa através da Equação (1.0).
𝐸⃗ = 𝜌𝐽 (1.0)
Onde:
𝐸⃗ é o campo elétrico que se forma no material condutor em V/m.
𝜌 é a resistividade do material condutor em ohms/metros
𝐽 é a densidade da corrente no condutor em A/m²
No entanto a lei de ohms é um modelo idealizado que descreve apenas o comportamento de
alguns materiais (ditos ôhmicos), não se aplicando a todos os materiais condutores.
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2010), a expressão matemática V= i.R é uma expressão
errada da Lei de Ohms, pois a “...essa equação é usada para definir o conceito de resistência
se aplica a todos os dispositivos que conduzem corrente elétrica, mesmos que não obedeçam
a lei de Ohm”. Olhando a equação (1.0) conclui-se que a resistividade (Ω) do material
ôhmico permanece constante e não depende do módulo e nem da direção do campo
elétrico aplicado.
Procedimentos Experimentais:
Materiais utilizados no experimento:
01 Fonte de alimentação ajustável (INSTRUTHERM – FA-3005, 0 a 5A, 0 a 32V);
01 Fonte Simétrica (Limitação de corrente de 150mA);
01 Multímetro digital HGL-2000 N;
01 Multímetro digital Victor 86D;
01 Lâmpada 12 V;
01 Suporte com fios condutores diversificados (níquel-cromo, cobre e ferro).
Cabos para conexões;

Primeiro experimento, dependência da resistência elétrica com a diferença de


potencial: Interligamos uma fonte de tensão em série com um multímetro na função
amperímetro e uma lâmpada incandescente. Conectamos um multímetro na função
voltímetro em paralelo com o componente conforme a ilustração (figura 1) abaixo.

Figura 01 – Layout Circuito Elétrico do 1º Procedimento Experimental

Coletamos 01 amostra com 12 leituras ao mesmo tempo em que variamos a tensão aplicada
sobre lâmpada. Montamos uma tabela e plotamos 01 gráfico de Tensões x Correntes com
seus respectivos erros sistemáticos (erro de precisão de leituras do multímetro) e fizemos a
regressão linear para obter a equação da reta.
Interligamos uma fonte de tensão em série com um multímetro na função amperímetro e
um resistor, cujo valor foi alterado entre os dois procedimentos. Após isso conectamos
um multímetro na função voltímetro em paralelo com o componente conforme a
ilustração (figura 2) abaixo.

Figura 02 – Layout Circuito Elétrico do 1° e 2º Procedimento Experimental

Dividimos esta etapa em dois procedimentos experimentais. No primeiro coletamos 01


amostra com 12 leituras à medida que variamos a tensão aplicada sobre o resistor de 8,2KΩ
à temperatura ambiente. Montamos uma tabela e plotamos 01 gráfico de Tensões x Correntes
com seus respectivos erros sistemáticos e fizemos a regressão linear para obter a equação da
reta. No segundo procedimento coletamos 01 amostra com 12 leituras a medida que variamos
a tensão aplicada sobre o resistor de 1,5KΩ, e montamos outra tabela com um gráfico com
seus respectivos erros sistemáticos e fizemos a regressão linear.

Segundo experimento, resistividade de um condutor: Para o segundo experimento


utilizamos o suporte com os cinco condutores diferentes (níquel cromo 0.36mm, 0.51mm
e 0.72 de diâmetro; ferro 0.51mm; cobre 0.51mm), no qual os terminais da fonte de tensão
foram ligados em bornes com quatro distâncias diferentes para cada fio. Os dados deste
experimento foram obtidos a partir de leituras de tensão do multímetro, enquanto a
corrente foi obtida com base na leitura dos valores da fonte de tensão, à temperatura
ambiente.

Resultados e Discursões

Leituras Coletadas na Lâmpada e nos resistores:

A partir dos dados obtidos é possível plotar os gráficos que relacionam a tensão com a
corrente nas amostras do circuito, nos quais é possível observar uma relação.
No primeiro gráfico ambas as retas tem um comportamento linear, de tal modo que o
seu gráfico é composto por duas retas. Porém no gráfico que relaciona os dados da
lâmpada, é possível observar que o seu gráfico assume uma forma não linear,
contrariando assim a equação 1 apresentada no primeiro capítulo, de tal modo é possível
concluir-se que se trata de um componente não-ôhmico.

A) Leituras Coletadas no Segundo experimento:


Em concordância com a tabela de dados obtidos experimentalmente, é possível plotar
um gráfico para que seja mais fácil aferir a diferença entre o comportamento dos
diferentes condutores.

Conforme o esperado a resistência é diretamente proporcional ao material do qual o


condutor é constituído e o tamanho físico da resistência, porém é inversamente
proporcional a área da seção transversal

O erro sistemático proveniente da precisão de medição do multímetro na Tensão na


escala 20V é de ±0,5% + 2 Dígitos, e na Corrente na escala 200mA é de 1,2% + 2
Dígitos, que foi considerado na plotagem do gráfico da tensão x corrente. O erro
percentual em relação ao valor de referência da resistência fornecida pelo fabricante é
de 1,013% a maior já que o resistor era de 33W e valor médio obtido foi de 33,45W.
Este valor está abaixo do erro de tolerância do resistor que é de 5%, que deveria assumir
valores entre 31,35W e 34,65W, no entanto algum erro aleatório não considerado como
oscilação da corrente no momento das leituras dados que o multímetro tem um erro
1,2% de precisão de leitura da corrente ou a degradação do próprio componente (pois já
que não era novo) pode ter feito com que ocorresse tal desvio.
Já na lâmpada, não tínhamos as especificações do filamento oriundo do fabricante para
validar a margem de erro da resistência a um determinado contexto.

Conclusão
Concluímos a resistividade (Ω) do material ôhmico permanece constante e não depende
do módulo e nem da direção do campo elétrico aplicado, pois quando aplicamos
diferentes potenciais sobre o dispositivo ôhmico (resistor) mantinha-se uma
proporcionalidade entre a corrente e a tensão aplicada, fato constatado através dos
gráficos. E que no condutor ôhmico a resistividade é constante somente a uma dada
temperatura, e que a razão entre a tensão aplicada sobre um condutor ôhmico e a corrente
que circula nela é constante. Se aumentar a temperatura afeta a resistividade, fazendo com
que a mesma aumente ou diminua conforme o material empregado no condutor ôhmico.
Concluímos também a importância de se usar os gráficos e a regressão linear como
método mais rápido para se determinar se um dado componente possui ou não material
de comportamento ôhmico a partir da observação do comportamento da função traçada.

Referência Bibliográfica

HALLIDAY D., RESNICK R. e WALKER J., Fundamentos de Física, Vol 3, 8ª ed. ,


Rio de Janeiro, LTC 2010.

YOUNG & FREEDMAN., Fisica III, Vol 3, 12ª ed. Pearson, São Paulo, Pearson 2009.

APOSTILA DE FÍSICA EXPERIMENTAL


II:http://www.infis.ufu.br/sites/infis.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/
Apostila%20fis%20exp.%202%20Marletta.pdf

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