Você está na página 1de 54

Tórax, Vias Aéreas Superiores e Caixa

Torácica
Aula 3
Profª.: Flávia Capalonga
E-mail:flavia.capalonga@univates.br
Tórax é a parte superior do tronco entre o
pescoço e o abdome. A anatomia radiológica
do tórax é dividida em três seções: a caixa
torácica, o sistema respiratório e o mediastino.
A caixa torácica compreende um esterno
(subdividido em manúbrio, corpo e processo
xifoide), duas clavículas, duas escapulas e doze
pares de vértebras torácicas posteriormente.
Tipos Físicos
Posicionamento
TÓRAX

 Rotina Básica:  Rotina Especial:


- PA - PA em decúbito dorsal ou reclinado
- Perfil - Decúbito Lateral
- Apicolordótica
- Oblíqua anterior
- Oblíqua posterior
PA

 Indicação: Derrames pleurais, pneumotórax, atelectasia e sinais de infecção


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, transversal / longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em posição ortostática, pés ligeiramente afastados,
queixo elevado, descansando sobre o RI, mãos sobre a região inferior dos quadris, regiões
palmares para fora, cotovelos parcialmente fletidos, ombros rodados anteriormente,
rebaixados e apoiados contra o RI. PMS alinhado
 RC perpendicular ao RI , incidindo em T7 (18 a 20 cm abaixo da vértebra proeminente)
 Interromper respiração durante a exposição
+/- Kvp: 110/125 mAs: 3/1,5
 Anatomia Demonstrada: pulmões dos ápices
até os seios costofrênicos e a traqueia,
preenchida por ar (T1 para baixo), as sombras
hilares, coração grandes vasos e a caixa
torácica
PERFIL

 Indicação: Derrames pleurais, pneumotórax, atelectasia e sinais de infecção


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, transversal / longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em posição ortostática, lado esquerdo contra o RI,
braços erguidos acima da cabeça e queixo elevado. PMS paralelo ao RI
 RC perpendicular ao RI , direcionado para o meio do tórax a nível de T7 (7,5 a 10 cm abaixo
da incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
 Anatomia Demonstrada: pulmões dos ápices
até os seios costofrênicos e o esterno é visto +/- Kvp: 125 mAs: 6
anteriormente e posteriormente às costelas
AP DECÚBITO DORSAL OU SEMIERETO - ESPECIAL

 Indicação: Lesões envolvendo os pulmões, determinação de níveis hidroaéreos (DD)


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, transversal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em DD na maca/mesa, elevar a cabeceira para
deixar em posição semiereta, rodar os ombros para frente e se possível elevar o queixo
 RC angular no sentido caudal (+/- 5º) para ficar perpendicular ao eixo longitudinal do
esterno, direcionado a nível de T7 (7,5 a 10 cm abaixo da incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
+/- Kvp: 110 mAs: 1,7

Decúbito Dorsal Semiereto

 Anatomia Demonstrada: pulmões mais densos e


apenas 8 ou 9 costelas

 OBS.: coração parece maior. DFR menor e DOR


maior em relação ao coração
DECÚBITO LATERAL (Inc. AP) - ESPECIAL

 Indicação: Pequenos derrames pleurais (níveis hidroaéreos), possível pneumotórax


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, transversal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em decúbito lateral (D ou E), queixo erguido e ambos
os braços erguidos sobre a cabeça, costas apoiadas contra o RI, joelhos levemente fletidos e
PMS paralelo ao RI
 RC perpendicular ao RI, direcionado a nível de T7 (7,5 a 10 cm abaixo da incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
+/- Kvp: 125 mAs: 3
 Anatomia Demonstrada:: pulmões dos ápices
até os seios costofrênicos, traqueia e a caixa
torácica

 OBS.: em casos se suspeita de derrame pleural (liquido) na cavidade


pleural, o lado suspeito deve estar para baixo. Em casos de
pneumotórax (ar) o lado afetado deve estar para cima
APICOLORDÓTICA - ESPECIAL

 Indicação: Avaliação de calcificação e massas abaixo das clavículas


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em ortostase afastados 30 cm do RI, com os ombros
inclinados para trás, pescoço e região posterior da cabeça tocando o receptor, ambas as
mãos sobre os quadris, regiões palmares para fora e ombros rodados anteriormente
 RC perpendicular ao RI, incidindo no meio do esterno (7,5 a 10 cm abaixo da incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
+/- Kvp: 125 mAs: 3,5

 Anatomia Demonstrada:: pulmões  OBS.: As clavículas devem aparecer quase


dos ápices até os seios horizontais e acima dos ápices pulmonares
costofrênicos, traqueia e a caixa
torácica
180 cm, transversal

Paciente em ,
ombros rodados anteriormente e os
braços na posição lordótica
OBLÍQUAS ANTERIORES (OAD E OAE) - ESPECIAL

 Indicação: Investigar patologias envolvendo os campos pulmonares, traqueia e estruturas do


mediastino
 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em ortostase, rodado 45º com o ombro anterior
esquerdo elevado e apoiado contra o RI na OAE (na OAD, braço direito apoiado), braço
oposto fletido, próximo ao RI e mão sobre o quadril com a região palmar para fora, rosto
para frente com queixo elevado
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de T7 (8 a 10cm abaixo da proeminência vertebral)
 Interromper respiração durante a exposição
 o lado de interesse é o lado
afastado do RI
Então... para visualizar pulmão
para visualizar pulmão

 o lado de interesse é o lado


próximo do RI
Então... para visualizar pulmão
para visualizar pulmão
OBLÍQUAS POSTERIORES (OPD E OPE) - ESPECIAL

 Indicação: Investigar patologias envolvendo os campos pulmonares, traqueia e estruturas do


mediastino e determinar tamanho e contorno do coração e grandes vasos
 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35 x 43 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em ortostase, rodado 45º com a superfície posterior
do ombro direito elevado e apoiado contra o RI na OPD (na OPE, braço esquerdo apoiado),
braço oposto fletido, próximo ao RI e mão sobre o quadril com a região palmar para fora,
rosto para frente com queixo elevado
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de T7 (7,5 a 10 cm abaixo da incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
VIAS AÉREAS SUPERIORES

 Rotina Básica:
- AP
- Perfil
AP

 Indicação: Investigar lesões de laringe e traqueia (preenchidas pelo ar) e deglutição de


corpo estranho
 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1 m
 Tamanho do RI 24 x 30 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto, queixo elevado de modo que a linha
acantomeatal esteja perpendicular ao RI e PMS alinhado
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de T1-T2 (2,5cm acima da incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
 Anatomia Demonstrada: laringe e traqueia +/- Kvp: 80 mAs: 10
cheias de ar e são visualizadas através da
coluna
PERFIL

 Indicação: Investigar lesões de laringe e traqueia (preenchidas pelo ar) e descartar epiglotite
 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 24 x 30 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto, elevar o queixo levemente, braços para baixo e
rodá-los para trás (mãos juntas)
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de C6 – C7 (entre proeminência laríngea da
cartilagem tireóidea e incisura jugular)
 Interromper respiração durante a exposição
 Anatomia Demonstrada: laringe e traqueia
cheias de ar
+/- Kvp: 80 mAs: 3
Questionário

 1- Quais as incidências básicas realizadas para o estudo do tórax? Descreva-as:


 2- Qual a melhor incidência realizada quando há suspeita de pneumotórax?
 3- Descreva o RC nas incidências básicas e especiais de tórax:
 4- Em qual incidência o coração aparece maior e por quê?
 5- Descreva como é realizada a incidência Apicolordótica e qual deve ser a posição das
clavículas:
 6- Quando há suspeita de derrames pleurais, qual deve ser a posição do paciente?
 7- Quais incidências posso realizar para ter melhor visualização do pulmão esquerdo?
 8- Qual a DFR ,tamanho e posição de RI deve ser usada para a incidência AP de vias
aéreas superiores?
 9- Qual a posicionamento do paciente na incidência perfil de vias aéreas superiores?
 10- Qual a indicação e o que visualizamos nas incidências de vias aéreas superiores?
CAIXA TORÁCIA: ESTERNO E COSTELAS
Vista inferior

Vista posterior
ESTERNO

 Rotina Básica:
- OAD
- Perfil
OBLÍQUA ANTERIOR DIREITA (OAD)

 Indicação: Patologia esternal, incluindo fraturas e processos inflamatórios


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m (100 cm)
 Tamanho do RI 24 x 30 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto, levemente rodado (15 a 20º para o lado
direito), braço direito para baixo ao lado do corpo e o braço esquerdo para cima com a
mão apoiado sobre o RI
 RC perpendicular ao RI, incidindo no meio do esterno
 Interromper respiração, se necessário
 Anatomia Demonstrada: esterno é visualizado
+/- Kvp: 60 mAs: 45
superposto à sombra cardíaca
PERFIL “D” OU “E’’

 Indicação: Patologia esternal, incluindo fraturas e processos inflamatórios


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m (100 cm)  Tamanho do RI 30 x 35 cm, longitudinal
 DFR mínima 1,8 m (180 cm)  Tamanho do RI 24 x 30 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto com os ombros e braços para trás em posição
de lateral verdadeira
 RC perpendicular ao RI, incidindo no meio do esterno
 Interromper respiração, se necessário
Perfil “D”

 Anatomia Demonstrada: esterno inteiro com


sobreposição mínima de partes moles
+/- Kvp: 70 mAs: 80
ARTICULAÇÕES ESTERNOCLAVICULARES

 Rotina Básica:
- PA
- OBLÍQUAS ANTERIORES
PA

 Indicação: Luxação da articulação


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m (100 cm)
 Tamanho do RI 18 x 24 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em decúbito ventral com a cabeça sobre um
travesseiro e braços para cima. Não realizar rotação dos ombros. PMS alinhado
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de T2-T3 (7cm abaixo da proeminência vertebral)
 Interromper respiração na expiração
 Anatomia Demonstrada: lateral do +/- Kvp:70 mAs: 25
manúbrio e porção medial das clavículas
OBLÍQUAS ANTERIORES – OAD E OAE

 Indicação: Luxação, diástase ou outras condições da articulação


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m (100 cm)
 Tamanho do RI 18 x 24 cm, longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente em decúbito ventral com leve rotação do tórax (10º
a 15º), com um dos braços levantados na frente do paciente e o outro ao longo do corpo
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de T2-T3 (7cm abaixo da proeminência vertebral) e
2,5 a 5 cm lateral ao PMS
 Interromper respiração na expiração
+/- Kvp: 70 mAs: 25
 Anatomia Demonstrada: manúbrio, porção
medial das clavículas e a articulação
esternoclavicular mais evidente na porção
inferior
COSTELAS

 Rotina Básica:
- AP (costelas posteriores) ou AP (costelas
anteriores) – Estudo Bilateral
OU
- AP/PA – Estudo das costelas unilaterais
- Oblíquas Anteriores ou Posteriores –
Porções Axilares das costelas
- PA de tórax
AP ou PA – Acima do Diafragma

 Indicação: Patologia costal, incluindo fraturas e processos neoplásicos.


 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m e 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35x43, Longitudinal ou Transversal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto ou em decúbito ventral/dorsal, alinhar PMS ao
RI, rodar os ombros anteriormente, erguer o queixo e garantir que não haja rotação do tórax,
pelve e cabeça.
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível de T7 (PA: 18 a 20 cm abaixo da proeminência
vertebral – AP: 10 cm abaixo da incisura jugular)
 Interromper respiração na inspiração
+/- Kvp: 70 mAs: 32

 Anatomia Demonstrada: costelas de 1 a 10


AP – Abaixo do Diafragma

 Indicação: Patologia costal, incluindo fraturas e processos neoplásicos


Obs.: Principal indicação é traumatismo das costelas inferiores
 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m e 80 cm (180 cm) em ortostase e 1m (100 cm) em decúbito
 Tamanho do RI 35x43, Transversal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto ou em decúbito dorsal, alinhar PMS ao RI/linha
central da mesa, rodar os ombros anteriormente, erguer o queixo e garantir que não haja
rotação do tórax, pelve e cabeça.
 RC perpendicular ao RI, incidindo a nível do processo xifoide.
 Interromper respiração na expiração
+/- Kvp: 75 mAs: 25

 Anatomia Demonstrada: costelas de 9 a 12


AP OU PA - Unilateral

 Indicação: realizada para demonstrar sinais de traumatismos específicos de um lado da


cavidade torácica
 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m (100 cm)
 Tamanho do RI 35x43, Longitudinal
 Posicionamento de Paciente: Paciente ereto alinhar PMS ao RI, erguer o queixo e garantir
que não haja rotação do tórax, pelve e cabeça.
 RC perpendicular ao RI centralizado entre o PMS e a margem externa do tórax. Acima do
diafragma: incidir a nível de T7 e Abaixo do diafragma: incidir no processo xifoide
 Interromper respiração: Acima: inspiração Abaixo: expiração
+/- Kvp: 70 mAs: 25
 Anatomia Demonstrada: costelas do lado de
1 a 10 – Acima do diafragma e 9 a 12 –
Abaixo do diafragma
OBLÍQUA ANTERIOR ou POSTERIOR – PA/AP

 Indicação: para demonstrar a porção axilar das costelas que não são bem visualizadas nas
incidências AP – PA

 Fatores Técnicos:
 DFR mínima 1m e 80 cm (180 cm)
 Tamanho do RI 35x43, Longitudinal

 Interromper respiração: Acima: inspiração Abaixo: expiração


OBLÍQUA ANTERIOR
PA

Posicionamento da parte: rodar o


paciente 45º com o lado de
interesse oposto ao RI. Erguer o
braço do lado elevado acima da
+/- Kvp: 70 mAs: 32
cabeça e o braço oposto para
baixo e longe do tórax.
*Paciente ereto  Lesão nas costelas anteriores esquerdas, acima do
diafragma
RC perpendicular ao RI, incidindo a
nível de T7, entre a margem lateral
das costelas e a coluna  Anatomia Demonstrada: costelas de 1 a 10
OBLÍQUA POSTERIOR
AP

Posicionamento da parte: rodar o


paciente 45º com o lado de
interesse próximo ao RI. Erguer o
braço do lado elevado acima da +/- Kvp: 70 mAs: 32
cabeça e o braço oposto para
baixo e longe do tórax.  Lesão nas costelas direitas posteriores, acima do
diafragma
*Paciente ereto
RC perpendicular ao RI, incidindo a
nível de T7, entre a margem lateral  Anatomia Demonstrada: costelas de 1 a 10
das costelas e a coluna
+/- Kvp: 70 mAs: 32

Posicionamento segue o
mesmo da OPE, porém o
paciente está em decúbito
dorsal

 Lesão nas costelas posteriores esquerdas, abaixo


do diafragma

 Anatomia Demonstrada: costelas de 9 a 12


Questionário:

 1- Quais as incidências básicas realizadas para o estudo do esterno?


 2- Descreva a incidência PA para estudo das articulações esterno claviculares:
 3- Como deve ser o posicionamento do paciente para realizar a incidência AP ou PA de
acima do diafragma no estudo das costelas?
 4- Quais as principais diferenças entre as incidências acima ou abaixo do diafragma nos
estudos das costelas?
 5- Como deve ser o posicionamento da parte de interesse nas incidências oblíquas
posteriores e oblíquas anteriores? Qual é o sentido e a incidência do RC?

Você também pode gostar