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RESUMO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Imunizações, ferimentos e suturas

Unidade curricular: 07
Discente: Paloma de Abreu Candido de Souza

Cuiabá/MT
2023 (até dia 06/04/23)
RESUMO
Os ferimentos podem envolver apenas estruturas de superfície, simples, ou envolver estruturas
anatômicas como cartilagem, tendões, nervos e vasos sanguíneos, sendo graves e complexos. Na
anamnese, é importante determinar o tempo do trauma, mecanismo e se há comorbidades que
podem dificultar a cicatrização. Ao exame físico, é importante saber se há dor, parestesia e perda de
função, extensão e profundidade da lesão, o grau de contaminação e a presença de lesão nervosa,
vascular, de tendões e dentre outros. Já o exame de imagem, é na suspeita de fratura associada ao
ferimento, solicitar raio X (RX) da área acometida.

Os cuidados com ferimentos superficiais, na abordagem deve ser sob técnica asséptica, havendo
algumas etapas da ferida, sendo: analgesia, lavar o ferimento e as áreas subjacentes à lesão,
anestesia, irrigação do leito da ferida com SF 0,9% em jatos, anti sepsia ampla da pele e ao redor da
lesão com clorexidina, hemostasia, desbridamento de tecido desvitalizados e a remoção de corpos
estranhos, escolha do fio de sutura, a sutura, curativo e orientações quanto aos cuidados com as
feridas. Sendo que a antibioticoterapia de forma profilática não está indicado e possui situações que
é recomendada. Assim, após a sutura é importante observar a história vacinal, para saber se há um
possível risco de ferimento em evoluir com tétano, em que se deve ter em mente a possível
necessidade de imunização passiva com imunoglobulina humana.

Além disso, em caso de mordedura por cães e gatos deve ser encaminhado a sala de vacina de raiva,
após o procedimento, sendo necessário aplicar o esquema de profilaxia da raiva pós exposição pela
via intramuscular e esquema, em caso de necessidade, de necessidade do uso do soro antirrábico ou
imunoglobulina antirrábica. Sendo que os acidentes leves são ferimentos superficiais, pouco
extensos, geralmente únicos em troncos e membros, decorrendo de mordeduras ou arraduras por
unha ou dente. Agora os graves, são na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé,
ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, dentre outras situações. Nos acidentes leves, em caso
de cão ou gato sem suspeita de raiva, lavar com água e sabão, observar o animal por 10 dias se ele
permanecer sadio, encerrar-se o caso e se morrer, desaparecer ou ficar raivoso, administrar 4 doses
de vacina; já os suspeitos de raiva, lavar, iniciar esquema profilático com duas doses, observar
animal durante 10 dias, se morrer mantem o esquema e se a suspeita dor descartada, suspende o
esquema profilático.

Nos acidentes graves, nos sem suspeita de raiva, lavar com água e sabão, observar por 10 dias,
iniciar esquema profilático com duas doses, se for confirmado mantem até 4 doses completas e se
não, suspende o esquema. Agora nos com suspeita de raiva, lava, iniciar esquema profilático com
soro/imunoglobulina e 4 doses de vacina, observamos o animal por 10 dias, e seguir as mesmas
recomendações já citadas nessa situação. Quanto ao animal desaparecido ou morto, lavar e iniciar
de forma imediata o esquema profilático. No caso de agressões por morcegos ou qualquer espécie
de mamífero silvestre, deve-se indicar sorovacinação independente da gravidade da lesão. Em
acidentes de trabalho, deve preencher a notificação de acidente de trabalho e encaminhar o paciente
ao médico do trabalho. Além disso, é recomendada a retirada dos pontos quando a cicatriz esteja em
fase de remodelamento, em torno do quinto ao sétimo dia. Sendo que em suturas fechadas sob
tensão ou pacientes com comorbidades, pode ser até dez a quinze dias, no caso de infecção local, os
pontos devem ser removidos totalmente ou parcialmente para melhor tratamento.

Referências bibliográficas:

● AZEVEDO, Luciano César Pontes et al Medicina intensiva: abordagem prática. [S.l: s.n.],
2018.
● VELASCO, Irineu Tadeu et al. Medicina de emergência: abordagem prática. Barueri, SP:
Manole, 2019.
● American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 10ª ed. Chicago-IL:
2018

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