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Terça-feira, 30/11/2021.
Ortopedia e Traumatologia em Cirurgia da
Coluna – R4 (701). Tipo
“U”
INSTRUÇÕES
Você receberá do fiscal:
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO,
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e
o uma folha de respostas personalizada.
Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas.
Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa.
Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas,
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase:
Toda força será fraca, se não estiver unida.
Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas.
Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala.
Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova.
Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material
transparente.
Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação.
Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas.
Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES.
Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova.
PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 028 – TIPO “U” PÁGINA 2/7
Uma gestante de 40 anos de idade, com 35 semanas de Um paciente de 62 anos de idade é portador de carcinoma
gestação, compareceu ao consultório, pois, durante a última metastático, de origem desconhecida, na extremidade
ultrassonografia, foi informada de que seu feto, do sexo proximal do fêmur direito, com aspecto radiográfico lítico e
feminino, apresenta uma deformidade em pé esquerdo, acometimento maior que 2/3. Apresenta ainda dor de forte
característica de pé torto congênito. A paciente nega história intensidade, com limitação de suas atividades diárias.
familiar prévia e outras alterações associadas.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
37. Segundo o sistema de pontuação para avaliação de
25. A ultrassonografia pré-natal permite vários diagnósticos fraturas patológicas de Mirels, a pontuação desse
morfológicos, porém o pé torto congênito não está entre paciente é 9, estando indicada a fixação profilática.
eles. 38. A mama e a próstata são locais incomuns para doenças
26. O pé torto congênito é mais comum no sexo masculino. primárias nesse grupo de pacientes.
O envolvimento bilateral ocorre na metade dos casos e, 39. O aspecto radiográfico do carcinoma metastático
quando unilateral, é mais frequente à direita. proveniente do câncer renal e de tireoide, em geral, é
27. Trata-se de uma deformidade com retropé equino e puramente lítico.
varo, associada ao antepé aduto e cavo. 40. O estádio IIB do sistema de Enneking para
28. A primeira deformidade a ser corrigida é a cavo. Essa estadiamento de tumores refere-se a qualquer lesão que
correção é obtida com a elevação da cabeça do primeiro metastatizou.
raio, em um movimento de supinação. 41. Uma lesão benigna ativa é sintomática, causa destruição
29. O navicular e o calcâneo estão deslocados lateral e óssea limitada e pode apresentar-se com fratura
plantarmente em relação ao tálus, o qual apresenta a patológica. Um exemplo desse tipo de lesão é o tumor
maior deformidade. de células gigantes.
30. A tenotomia percutânea do tendão de Aquiles faz parte 42. O mieloma múltiplo e o carcinoma metastático devem
do tratamento conservador do método de Ponseti, e ser incluídos no diagnóstico diferencial para qualquer
todas as crianças submetidas ao método necessitam paciente com mais de 40 anos de idade e que tenha um
desse procedimento. tumor ósseo novo.
Área livre
Uma adolescente de 12 anos de idade compareceu a uma
consulta com queixa de deformidade em coluna vertebral há
dois anos, de caráter progressivo e sem outras queixas
associadas. A paciente apresentava assimetria dos ombros e
do triângulo de talhe e sem discrepâncias entre os membros
inferiores.
PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 028 – TIPO “U” PÁGINA 3/7
Uma paciente de 66 anos de idade sofreu queda da própria Um paciente de 22 anos de idade compareceu a consulta com
altura com trauma em punho esquerdo. Apresentava dor e relato de dor e limitação funcional em ombro direito há três
deformidade e, ao realizar radiografias, foi evidenciada uma meses após queda durante prática de skate, que provocou
fratura da porção distal do rádio esquerdo. deslocamento do ombro com necessidade de auxílio médico
para redução da luxação glenoumeral. Ao exame físico,
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos apresentava apreensão +; recolocação +; gaveta -; sulco -.
correlatos, julgue os itens a seguir. RMN evidenciava lesão de Hill-Sachs, lesão de Bankart e
SLAP tipo II, segundo classificação de Snyder.
43. Para essa paciente, a idade não configura um sinal de
instabilidade da fratura. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos
44. Desvio dorsal maior que 10 graus, cominuição dorsal e correlatos, julgue os itens a seguir.
envolvimento intra-articular são fatores indicativos de
instabilidade. 55. Esse paciente apresenta uma ruptura em alça de balde
45. Para esse tipo de fratura, a classificação de Fernandez é do lábio gleinodal superior, com uma inserção normal
embasada no mecanismo de trauma, sendo o tipo III de do tendão do bíceps.
cisalhamento. 56. Os testes para hiperfrouxidão ligamentar são negativos,
46. Uma fratura da porção distal do rádio intra-articular e enquanto os testes relacionados a uma lesão traumática
não desviada é classificada como tipo III, segundo a são positivos.
classificação universal. 57. O principal estabilizador estático do ombro, nos casos
47. O degrau articular menor que 2 mm e o encurtamento de luxação recidivante, é o ligamento glenoumeral
radial menor que 2 mm a 3 mm são parâmetros superior.
aceitáveis de redução da fratura. 58. O atleta de esporte de contato constitui um fator de
48. Na imobilização para as fraturas de Colles, pode ser risco para falha do tratamento artroscópico.
utilizada a posição de leve flexão palmar, desvio ulnar e 59. A lesão de Hill-Sachs corresponde a uma fratura por
pronossupinação neutra. impacção localizada na região posterolateral da cabeça
umeral.
60. A frouxidão ligamentar glenoumeral pode estar presente
Um paciente de 23 anos de idade, vítima de colisão carro e não ocasionar instabilidade.
versus moto, com trauma de alta energia em membro inferior
esquerdo, apresenta fratura exposta da porção proximal da Área livre
tíbia e da fíbula esquerdas, com extensas lacerações nos
tecidos moles (maior que 10 cm), com cobertura óssea
adequada, perfusão preservada em extremidades e lesão
completa do nervo fibular.
Área livre
PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 028 – TIPO “U” PÁGINA 4/7
Um paciente de 50 anos de idade compareceu a consulta Uma paciente de 40 anos de idade veio a consulta
queixando-se de dor no quadril esquerdo com irradiação para queixando-se de dor em região lombar de forte intensidade,
a região inguinal há dois anos. Relata ainda etilismo regular. com irradiação para membro inferior direito há duas
Ao exame físico, demonstra arco de movimento limitado semanas. Ao exame físico, observaram-se hipoestesia no
pela dor, principalmente a abdução. Radiografias em AP e território de S1 à direita e sinal de Lasègue positivo, com dor
perfil da bacia evidenciaram osteonecrose grau III de Ficat. irradiada no trajeto da raiz de S1, também à direita. A RMN
demonstrou volumosa hérnia central e posterolateral direita
Acerca desse caso clínico e considerando os conhecimentos comprimindo raízes de S1 à direita.
médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
Em relação a esse caso clínico e aos conhecimentos médicos
61. A dor na região inguinal indica geralmente correlatos, julgue os itens a seguir.
acometimento da articulação do quadril.
62. A dor em abdução do quadril sugere que, nessa posição, 73. Foi encontrada hipoestesia em face lateral da perna,
a área de colapso da cabeça femoral entra em contato dorso do pé e hálux da paciente.
com a área de maior pressão no acetábulo. 74. Caso fosse encontrada paresia, o extensor longo do
63. Esse paciente apresenta exames de imagem com sinais hálux e o extensor longo dos dedos seriam os músculos
de acometimento acetabular com estreitamento do provavelmente afetados.
espaço articular. 75. O tratamento inicial para essa paciente deve ser
64. A osteotomia de Sugioka está bem indicada nesse caso, cirúrgico, com a microdiscectomia lombar, uma cirurgia
uma vez que apresenta ampla indicação e baixos índices de pequeno porte, com a qual é possível descomprimir a
de complicação. raiz nervosa sintomática.
65. O objetivo do estadiamento radiográfico deve ser 76. Apesar de possuir Lasègue positivo, não é comum o
identificar osteonecrose na fase 1 de Ficat. paciente jovem apresentar sinais francos de paresia, uma
66. A cintilografia óssea é o exame mais sensível para vez que sua raiz costuma ser resistente à compressão.
identificação precoce da doença. 77. A instabilidade lombar apresenta sinais clínicos e pode
ser confirmada por meio de radiografias dinâmicas de
flexão e extensão.
Uma criança de 6 anos de idade foi levada a consulta com 78. O sinal mais precoce de comprometimento esfincteriano
trauma em cotovelo esquerdo por causa de queda de na síndrome da cauda equina é a retenção urinária.
bicicleta, com queixa de dor e apresentando edema
(++++/4+), deformidade, hematoma em região anterior do
cotovelo, pulso radial ausente e sem sinais de lesão nervosa. Uma atleta de futebol nos finais de semana, de 40 anos de
Radiografias em anteroposterior e perfil evidenciaram fratura idade, compareceu a consulta relatando que sentiu dor súbita
supracondilar do úmero esquerdo tipo III de Gartland, com na face posterior da panturrilha direita durante uma partida,
desvio posterolateral. com sensação de “pedrada”. Refere dor de forte intensidade
com dificuldade para marcha, gap em porção distal e
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos posterior da perna e manobra de Thompson positiva para
correlatos, julgue os itens a seguir. lesão tendinosa.
67. A presença do hematoma em região anterior do Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos
cotovelo e o desvio posterolateral são sinais de alerta correlatos, julgue os itens a seguir.
para o risco de lesão vascular.
68. A ausência do pulso radial é o principal sinal de uma 79. Nesse caso clínico, é provável a rotura do tendão tibial
possível síndrome compartimental. posterior.
69. As fraturas supracondilares com presença de pulso 80. Mesmo com esse quadro clínico característico, o
radial e sem alterações de perfusão capilar podem ser diagnóstico, em cerca de 25% das lesões, não é
imobilizadas e o tratamento cirúrgico programado. realizado no primeiro atendimento médico.
70. A posição ideal de imobilização após estabilização com 81. A nutrição desse tendão é derivada dos vasos do
fios de Kirschner é 120 graus de flexão do cotovelo. peritendão, provenientes das artérias tibial posterior e
71. Não há indicação para exploração cirúrgica imediata de fibulares.
lesão neurológica associada a fraturas supracondilares, 82. O local de acometimento mais frequente é 2 cm a 6 cm
uma vez que a maioria delas são casos de neuropraxia. da inserção, que corresponde à zona de maior
72. Nas fraturas em extensão com desvio posteromedial, o vascularização.
nervo lesionado em geral é o nervo ulnar. 83. O uso de antibióticos do grupo das fluorquinolonas
constitui sinal de risco para lesão.
Área livre 84. É reconhecidamente a de maior incidência entre atletas
recreacionais e na faixa etária dos 30 anos aos 50 anos
de idade.
Área livre
PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 028 – TIPO “U” PÁGINA 5/7
Uma paciente de 52 anos de idade foi a consulta por sentir A respeito da osteomielite, julgue os itens a seguir.
dor em joelho esquerdo, de caráter progressivo, há cinco
anos. Apresenta uma marcha com varismo tipo II (duplo 97. O abscesso de Brodie é uma forma localizada de
varo) em joelho esquerdo, derrame articular ++/4+ e dor à osteomielite subaguda, que ocorre mais frequentemente
palpação na interlinha medial. Radiografias evidenciaram nos ossos longos das extremidades inferiores de jovens
uma gonartrose classificada como Ahback III. adultos.
98. Quando a criança tem idade inferior a 2 anos, pode
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos haver, associada à osteomielite, a presença de artrite
correlatos, julgue os itens a seguir. séptica.
99. O sistema de estadiamento para osteomielite crônica de
85. A paciente apresenta, além da geometria alterada, uma Cierny e Mader caracteriza o tipo III como superficial,
abertura da fenda lateral em consequência do sendo limitada a superfície do osso e infecção
afrouxamento das estruturas laterais. secundária a um defeito de cobertura.
86. A radiografia em perfil da paciente provavelmente
exiba uma porção posterior do platô tibial intacto.
87. A deformidade encontrada comumente na doença No que concerne à ortopedia pediátrica, julgue os itens a
degenerativa articular do joelho por osteoartrose é a seguir.
deformidade angular em valgo no plano coronal.
88. Na osteotomia valgizante da tíbia, em joelho varo, não 100. A característica principal do exame laboratorial do
se deve corrigir o varismo, pois, nas osteotomias raquitismo é a baixa fosfatemia. É uma doença
proximais da tíbia, o eixo de correção deve ser mantido osteometabólica caracterizada por redução da atividade
em varo. osteoblástica.
89. Nas artroplastias unicompartimentais mediais no joelho, 101. Os portadores de osteogênese imperfeita tipo III
a correção completa do eixo evita sobrecarga dos possuem prognóstico compatível com a vida,
componentes da prótese. dentinogênese imperfeita e escleras azuladas que
90. Após uma artroplastita total de joelho, a carga e a tendem a se opacificar.
deambulação com auxílio de apoio serão realizados 102. As crianças portadoras de paralisia cerebral que
assim que tolerado pelo paciente. conseguem se sentar, de forma independente, até os 4
anos de idade possuem um bom preditor de
deambulação independente.
Um paciente de 25 anos de idade, vítima de colisão moto 103. Quando o ângulo metáfiso-diafisário descrito por
versus caminhão, foi encaminhado à emergência com dor na Levine e Drennan é maior que 11 graus, há uma
região púbica e andar inferior do abdome, além de possibilidade maior de se desenvolver tíbia vara
mobilidade anormal à compressão lateral da bacia. Os infantil.
membros apresentam boa perfusão distal e sem
deformidades, bem como ausência de sangramento uretral ou
de sangue ao toque retal. Radiografia em AP do anel pélvico Em relação à pseudoartrose, julgue os itens a seguir.
demonstrou uma disjunção da sínfise púbica maior que 3 cm.
104. A pseudoartrose do tipo “pata de elefante”, apesar de
No que se refere a esse caso clínico e aos conhecimentos vascularizada, não é hipertrófica, e o calo é ausente.
médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 105. Para uma pseudoartrose não infectada de diáfise de osso
longo, uma osteossíntese com placa ponte e compressão
91. As duas incidências complementares à radiografia em interfragmentária está bem indicada.
AP são a inlet view e outlet view, que são de fácil
realização, pois não há necessidade de mobilizar o Área livre
paciente.
92. O provável e principal mecanismo de trauma para essa
lesão foi uma compressão lateral.
93. As fraturas em livro aberto são consideradas
parcialmente instáveis, uma vez que existe estabilidade
no plano vertical.
94. Os ligamentos sacroilíacos posteriores, sacrotuberosos e
sacroespinhosos atuam como limitadores da rotação
lateral da hemipelve.
95. O critério para estabilização cirúrgica é abertura da
sínfise púbica maior que 2.5 cm ou, ainda, associação
com lesão das vias urinárias.
96. O reto e o ânus são as estruturas mais frequentemente
lesadas nas fraturas expostas de pelve.
Área livre
PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 028 – TIPO “U” PÁGINA 6/7
Acerca da anatomia ortopédica e cirúrgica, julgue os itens a Área livre
seguir.
Área livre
PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 028 – TIPO “U” PÁGINA 7/7