SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

EDITAL NORMATIVO NO 1/2021 – RP-2/SES-DF/2021, DE 8 DE JANEIRO DE 2021

PROGRAMA

A
1 1 1
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial

AD
Odontologia

Data da prova: domingo, 7/02/2021.

C
INSTRUÇÕES
 Você receberá do fiscal:
LI
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de
acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e
o uma folha de respostas personalizada.
AP
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas.
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa.
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com
a sua caligrafia usual, a seguinte frase:

Não basta sonhar, tem que lutar.

Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá
VA


prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas.
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala.
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 2 (duas) horas e 30 (trinta) minutos após o início da prova.
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente.
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação.
O

 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas.

 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES.
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova.
PR

INSTRUÇÕES PARA A PROVA OBJETIVA

 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal.
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas.
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais
destinados às respostas.
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da
prova objetiva para a folha de respostas.
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta,
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente.
 Marque as respostas assim:

Tipo “U”
 Odontologia
Itens de 1 a 120
Uma paciente de 48 anos de idade compareceu ao serviço de
cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, encaminhada para
reconstrução óssea em maxila anterior, de canino a canino,
visando à futura reabilitação com implantes osseointegráveis.
O rebordo apresentava-se modificado, de modo que a altura
original do rebordo alveolar se manteve, apesar da ausência
dos dentes, mas a espessura desse mesmo rebordo alveolar
reduziu-se a menos de um terço da sua espessura original,
apresentando-se de forma côncava. No momento do exame
físico, verificaram-se FC = 80 bpm, FR = 19 irpm e SatO2 =
97%.
Considerando esse caso clínico, a respeito dos enxertos
ósseos em odontologia, julgue os itens a seguir.
1. Segundo a classificação de Cawood e Howell
(modificada), esse tipo de rebordo edêntulo pode ser
classificado como tipo IV e apresenta-se como um
grande desafio para a cirurgia reconstrutiva, por causa
da severidade da reabsorção.
2. O processo alveolar na maxila e na mandíbula segue
padrões diferentes no processo de reabsorção. A maxila
reabsorve a cortical externa em toda a sua extensão
(centrípeta), enquanto a mandíbula apresenta a sua
maior perda inicial nas corticais internas na região
posterior, e a tábua óssea vestibular apresenta maior
grau de comprometimento na região anterior
LI
(centrífuga).
AP
3. O processo de reabsorção é progressivo, irreversível,
crônico e cumulativo, apresentando uma taxa de
reabsorção média de 25% no primeiro ano
pós-extração, e de 0,2 mm a cada ano subsequente,
estando sujeita a alterações individuais de acordo com
condições locais e (ou) sistêmicas.
4. Enxertos ósseos de qualquer tipo podem gerar novo
VA
osso por meio de três mecanismos possíveis:
osteogênese direta, osteocondução e osteoindução. Um
enxerto considerado ideal deve apresentar essas três
propriedades. Porém, do ponto de vista biológico, o
enxerto autógeno não é o único que atende a todas as
necessidades para que ocorra neoformação óssea.
O
5. Conforme a teoria de Axhausen, a osteogênese ocorre
em duas fases, sendo que, na fase I, o osso é formado
pelas células transferidas do enxerto e, na fase II, a área
receptora é induzida pelo enxerto a formar osso. De
PR
acordo com o autor, cinco meses é o tempo no qual o
osso encontra o equilíbrio.
6. Para proceder à reconstrução requerida, o cirurgião
poderá lançar mão de enxerto ósseo autógeno, já que
uma das indicações para sua utilização é a reparação de
defeitos ósseos em espessura do rebordo alveolar.
Área livre
111 – UNIPROFISSIONAL EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
PROCESSO SELETIVO – RP-2/SES – DF/2021
ODONTOLOGIA – TIPO “U”
Uma paciente de 18 anos de idade apresentou-se ao serviço
de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial para exodontia
dos terceiros molares impactados. Ao exame clínico, a região
retromolar inferior mostrava sinais de pericoronarite branda,
e a paciente relatava dor discreta. O exame radiográfico
panorâmico evidenciou os elementos 38 e 48 em inclusão
horizontal e completamente localizados dentro do ramo
mandibular, com os planos oclusais abaixo da linha cervical
dos elementos 37 e 47. A imagem radiográfica sugeria,
ainda, íntimo contato entre os ápices dos terceiros molares e
o canal dentário inferior. No momento do exame físico,
observaram-se FC = 70 bpm, FR = 17 irpm e SatO2 = 98%.
Tendo em vista esse caso clínico e os conhecimentos
correlatos, julgue os itens a seguir.
A
7. Segundo Pell e Gregory, os elementos 38 e 48
apresentam-se classificados como C3 (respectivamente,
AD
em relação ao plano oclusal dos segundos molares e ao
ramo mandibular).
8. De acordo com Peterson, essa é a impacção de mais
difícil solução, mostrando-se como um desafio
cirúrgico, mesmo para especialistas.
9. A incisão ideal para remoção de terceiros molares
inferiores impactados é a incisão em envelope, que se
C
estende da papila mesial do primeiro molar inferior,
circunda a cervical dos dentes em direção à linha
distovestibular no ângulo do segundo molar e, então,
posterior e lateralmente à margem anterior do ramo
mandibular.
10. No caso em questão, por se tratar de um quadro de
pericoronarite branda, se o dente puder ser removido
facilmente, a extração deverá ser feita imediatamente
11. Em razão da proximidade dos terceiros molares com o
canal dentário inferior, os três tipos possíveis de lesão
aos nervos na área cirúrgica são axonotmese,
neuropraxia e neurotmese, sendo essa a gradação da
severidade do dano, da menor para a maior.
12. Caso a paciente apresentasse, no momento da cirurgia,
severa limitação na abertura bucal, a técnica de escolha
para a anestesia da região poderia ser a de
Vazirani-Akinosi com a boca fechada, e o anestésico
utilizado poderia ser a prilocaína, ainda que possa
ocorrer metemoglobinemia em virtude da natureza
química desse anestésico.
Área livre
PÁGINA 2/11
Um paciente de 45 anos de idade compareceu ao ambulatório
de cirurgia bucomaxilofacial, encaminhado para ser
submetido a biópsia de lesão ulcerada em borda lateral de
língua à esquerda, de bordos endurados e sangrantes à
manipulação, com tempo de evolução de, aproximadamente,
quatro meses. Na anamnese, o paciente relatou que já
realizou tratamentos anteriores, mas que a lesão persistia.
Declarou-se, ainda, sem comorbidades associadas, além de
ser ex-tabagista e ex-etilista há vários anos. No momento do
exame físico, constataram-se FC = 68 bpm, FR = 20 irpm e
SatO2 = 97%.
Em relação a esse caso clínico e com base nos
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
13. A biópsia é um procedimento invasivo, porém é
necessária quando um diagnóstico definitivo não pode
ser obtido por meio de outros procedimentos.
14. Ulceração, enduração e sangramento são características
das lesões que geram suspeita de doença maligna, ao
contrário da duração (persistência) acima de duas
semanas, eritroplasia e crescimento rápido, que são
mais comumente encontrados em lesões benignas.
15. Indica-se, para a realização de biópsia, qualquer lesão
que não responda a tratamento clínico de rotina (por
exemplo, remoção do agente irritante) após um período
de 10 dias a 14 dias e (ou) apresente sinais de
inflamação que persistem por um longo período.
16. Em virtude da grande variabilidade de comportamento
das lesões bucais, o prognóstico, em geral, está mais
LI
relacionado com o diagnóstico histopatológico, que
AP
indica o comportamento biológico da lesão, do que a
qualquer outro fator isolado.
17. A causa do carcinoma de células escamosas oral é
multifatorial. Entre esses fatores, a hereditariedade
parece não desempenhar um papel principal na
causalidade desses tumores.
18. A gravidade de uma neoplasia maligna da boca pode
variar desde a necessidade de uma simples biópsia
VA
excisional até a ressecção composta dos ossos gnáticos
com esvaziamento cervical para atingir a cura.
Área livre
O
PR
111 – UNIPROFISSIONAL EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
PROCESSO SELETIVO – RP-2/SES – DF/2021
ODONTOLOGIA – TIPO “U”
Um paciente de 22 anos de idade compareceu ao consultório
odontológico solicitando a exodontia do elemento 16,
alegando que não poderia pagar pelo tratamento restaurador.
Ao exame clínico, o cirurgião-dentista (CD) notou lesão de
cárie profunda, mas a coroa clínica estava bastante
preservada. A imagem radiográfica sugeria raízes longas e
divergentes, além de maior densidade óssea. No momento do
exame físico, verificaram-se FC = 77 bpm, FR = 15 irpm e
SatO2 = 99%.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos
correlatos, julgue os itens a seguir.
19. Se, para a solução desse caso clínico, o CD propuser a
realização de um retalho cirúrgico, geralmente o
A
comprimento desse retalho não deve exceder o dobro da
largura da base. Preferencialmente, a largura da base
deve ser maior do que o comprimento do retalho.
AD
20. A indicação para exodontia do elemento 16 pelo
simples argumento da questão financeira envolvida não
encontra lastro na literatura, uma vez que a decisão
final referente à manutenção ou não do dente do
paciente será sempre do CD assistente.
21. Tendo em vista que a coroa clínica do elemento em
questão está bastante preservada, caso a exodontia seja
C
de fato indicada, não se recomentda a extração cirúrgica
desse dente, mas sim a remoção pela técnica primeira
(fechada), ainda que o osso vestibular apresente- se
especialmente denso, radiograficamente.
22. Caso, no decorrer do procedimento de extração, haja a
fratura de uma das raízes do dente 16, as condições para
que o fragmento seja deixado no processo alveolar são
as seguintes: o fragmento da raiz deve ser pequeno, em
geral com não mais de 4 mm a 5 mm de comprimento;
a raiz deve estar profundamente inserida no osso; e o
dente envolvido deve estar livre de infecção.
23. A osteíte alveolar é uma complicação que pode ocorrer
após exodontias, notadamente nos dentes mandibulares,
e pode ser definida como um retardo na cicatrização,
associado a uma infecção. Caracteriza-se, geralmente,
pelo surgimento de dor moderada a intensa por volta do
terceiro ou quarto dia após a remoção do dente.
24. No processo da extração de dentes maxilares, uma
possível complicação transoperatória é a comunicação
oroantral. Quando essa comunicação é pequena, 2 mm
ou menos em diâmetro, nenhum tratamento cirúrgico
adicional é necessário para o caso, bastando que o CD
tome medidas para assegurar a formação de um coágulo
de sangue de boa qualidade no alvéolo e instrua o
paciente a ter precaução com o seio, a fim de prevenir o
deslocamento do coágulo.
Área livre
PÁGINA 3/11
Um paciente de 62 anos de idade foi encaminhado ao
consultório odontológico para a realização de cirurgia prévia
à instalação de próteses dentárias. Ao exame clínico,
apresentava a necessidade de múltiplas exodontias de dentes
na maxila e a presença de pequeno tórus maxilar irregular,
com depressões, além de freio labial superior com excesso de
tecido e base larga. No arco inferior, edêntulo, apresentava
grande quantidade de tecido mole com hipermobilidade
sobre a crista do rebordo anterior, bem como lesões de
hiperplasia fibrosa inflamatória em estágio inicial. No
momento do exame físico, constataram-se FC = 82 bpm,
FR = 21 irpm e SatO2 = 95%.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos,
julgue os itens a seguir.
25. No planejamento das cirurgias pré-protéticas, a
avaliação da relação interarcos da maxila e da
mandíbula é importante e inclui o exame das relações
anteroposterior e vertical, bem como qualquer possível
assimetria esquelética que possa existir entre a maxila e
a mandíbula.
26. A técnica de alveoloplastia intrasseptal, ou técnica de
Dean, que envolve a remoção do osso intrasseptal e o
reposicionamento do osso cortical vestibular, poderia
ser aplicada ao caso concreto para a área da maxila que
necessita de múltiplas exodontias.
27. Quase todos os toros maxilares devem ser removidos
antes da confecção da prótese total ou parcial.
Entretanto, nesse caso específico, como o tórus maxilar
LI
é pequeno e irregular, com depressões, poderá ser
AP
mantido.
28. O diagnóstico prévio da causa da hipermobilidade do
excesso de tecido mole encontrado no arco inferior
anterior desse paciente é determinante para a escolha do
tratamento cirúrgico pré-protético adequado, que pode
ser o aumento do rebordo mandibular ou a excisão do
excesso de tecidos moles.
29. As lesões de hiperplasia fibrosa inflamatória deverão
VA
ser excisadas, uma vez que, por se tratar de tecido com
fibrose mínima, o tratamento não cirúrgico com a
prótese em combinação com um condicionador de
tecido não é suficiente para a redução ou a eliminação
desse tecido.
O
30. Para a correção do freio labial, o cirurgião poderá
utilizar a vestibuloplastia localizada com epitelização
secundária, já que essa técnica é especialmente
vantajosa quando a base da inserção do freio é
PR
extremamente larga.
Uma paciente de 23 anos de idade, grávida de 24 semanas de
gestação, compareceu ao consultório odontológico com
queixa de sensibilidade no dente 17. Nenhuma outra
condição de saúde foi constatada na anamnese. Ao exame
clínico, observou-se uma cavidade de tamanho pequeno
envolvendo a oclusal do dente 17, com escurecimento na
face mesial, mas com crista marginal preservada. Ao exame
radiográfico, verificou-se lesão cariosa penetrando no quarto
pulpar da dentina, com uma zona levemente definida de
dentina radiopaca separando a dentina desmineralizada da
polpa. Também, durante o exame radiográfico, observou-se
que a paciente tinha um leve reflexo de vômito. O teste de
vitalidade pulpar foi compatível com pulpite reversível.
111 – UNIPROFISSIONAL EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
PROCESSO SELETIVO – RP-2/SES – DF/2021
ODONTOLOGIA – TIPO “U”
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos
referentes a tratamento de polpa vital, julgue os itens a
seguir.
31. O isolamento absoluto é desnecessário, em razão do
reflexo de vômito e do risco médio de exposição pulpar.
32. A melhor técnica para remoção do tecido cariado é a
não seletiva, que remove o tecido cariado até alcançar a
dentina dura nas paredes circundantes e na pulpar, para
garantir o melhor selamento possível da cavidade com a
restauração.
33. Se houver uma exposição acidental da polpa no
decorrer do preparo cavitário e ainda houver tecido
cariado remanescente, recomenda-se a realização de
pulpotomia parcial por causa do risco de transporte de
A
fragmentos de dentina infectados para a polpa.
34. A hemostasia e a desinfecção de uma exposição
acidental devem ser obtidas, usando-se pelotas de
algodão embebidas com hipoclorito de sódio (0,5% –
AD
5%) ou clorexidina (0,2% –2 %), mas não com solução
salina fisiológica.
35. Se, após a exposição pulpar, a hemostasia não for
controlada em até cinco minutos, deverá ser feita
pulpectomia e posterior tratamento do canal.
36. Materiais de silicato de cálcio hidráulico, como
C
agregado de trióxido mineral (MTA), demonstram
resultados histológicos e clínicos iguais aos materiais à
base de hidróxido de cálcio no tratamento da polpa
exposta.
37. Compósitos à base de resina e agentes de união à
dentina são contraindicados para cobrir exposições
pulpares em função da citotoxicidade.
Uma das fases mais importantes do tratamento odontológico
é a primeira consulta. Nela é possível identificar vários
fatores que poderão interferir no tratamento proposto e, até
mesmo, inviabilizar alguns tratamentos que, em pacientes
convencionais, seriam a primeira escolha. A respeito da
propedêutica clínica, especificamente no que tange à
classificação do paciente em função de seu estado físico,
julgue os itens a seguir.
38. A classificação ASA VII seria para o paciente com
morte encefálica declarada, cujos órgãos serão
removidos com o propósito de doação.
39. ASA I seria para o paciente portador de doença
sistêmica moderada ou de menor tolerância que ASA 0.
40. São exemplos de pacientes classificados como ASA III
os com hemofilia, os sob quimioterapia, aquelas no
último trimestre de gestação ou os com insuficiência
cardíaca congestiva e com inchaço nos tornozelos.
41. Os pacientes classificados como ASA IV são aqueles
com história de episódios frequentes de angina do peito,
apresentando sintomas após exercícios leves.
42. A classificação ASA V seria o paciente em fase
terminal, como pacientes com doença renal, hepática ou
infecciosa em estágio final, ou pacientes com câncer
terminal.
PÁGINA 4/11
Um paciente de 72 anos de idade, sob contínuo uso de
varfarina por causa de episódio de infarto do miocárdio,
procurou atendimento odontológico para realização de
extrações dentárias múltiplas.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos,
julgue os itens a seguir.
43. A varfarina é um anticoagulante antagonista da
vitamina K.
44. É possível realizar as extrações dentárias com
segurança, sem a necessidade de suspensão da
varfarina.
45. A prescrição de um anti-inflamatório não esteroidal
para controle da dor pós-operatória é segura no caso
clínico descrito.
Uma paciente de 54 anos de idade, sob uso contínuo de ácido
acetilsalicílico em função de alto risco de doença
cardiovascular, apresenta indicação de cirurgia oral menor.
Tendo em vista esse caso clínico e os conhecimentos
correlatos, julgue os itens a seguir.
46. O ácido acetilsalicílico é um antiagregante plaquetário,
cujo mecanismo de ação envolve a inibição da síntese LI
de tromboxano.
47. Antiagregantes plaquetários causam maior impacto
sobre o tempo de sangramento em comparação com
anticoagulantes.
AP
48. O uso contínuo do ácido acetilsalicílico eleva o risco de
agressão gástrica, em função da perda da mucoproteção
e do aumento da secreção ácida ocasionada pela
inibição da síntese de prostaglandinas envolvidas em
mecanismos de proteção gástrica.
49. Anti-inflamatórios inibidores seletivos de COX-2 são
contraindicados para indivíduos com história
VA
semelhante.
Uma criança de 5 anos de idade, hígida, com peso igual a
20 kg, recebeu dois tubetes do anestésico cloridrato de
mepivacaína 2% e adrenalina 1:200.000 durante um
O
procedimento odontológico. Considere o volume de um
tubete igual a 1,8 mL e a dose máxima permitida do
anestésico igual a 4,4 mg/kg.
PR
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos,
julgue os itens a seguir.
50. A criança recebeu 72 mg de mepivacaína, dose
considerada segura.
51. A dose recebida de adrenalina foi de 0,009 mg, incapaz
de causar qualquer efeito adverso sistêmico.
52. A mordida pós-anestésica é a complicação local mais
comum da anestesia odontológica em crianças.
Área livre
111 – UNIPROFISSIONAL EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
PROCESSO SELETIVO – RP-2/SES – DF/2021
ODONTOLOGIA – TIPO “U”
A
AD
Acervo pessoal.
Com base nas imagens apresentadas e considerando os
C
aspectos clínico e radiográfico de uma criança de 4 anos de
idade, 20 dias após luxação intrusiva completa, julgue os
itens a seguir.
53. A imagem radiográfica é altamente sugestiva de
deslocamento palatino da raiz do dente 61, o que indica
aproximação com o germe do dente 21.
54. Nesse caso, indica-se a extração do dente 61 em função
do tempo decorrido do traumatismo.
55. Alterações de cor, reabsorções e necrose pulpar são
sequelas frequentes em dentes decíduos intruídos.
56. A técnica radiográfica de escolha para traumatismos em
dentes decíduos anteriores é a tomada oclusal
modificada com o filme periapical adulto, podendo
haver complementação com a tomada lateral com filme
periapical adulto ou oclusal em caso de luxação
intrusiva.
A revisão médica dos sistemas é um método sequencial e
detalhado de conferir os sintomas do paciente, órgão por
órgão. Essa revisão pode revelar condições de saúde que não
foram diagnosticadas. A revisão dos sistemas, conduzida
pelo cirurgião-dentista antes da cirurgia bucal, deve ser
guiada por respostas pertinentes obtidas por meio do
histórico. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.
57. Dispneia ao esforço pode indicar alterações nos
sistemas cardiovascular e respiratório.
58. Edema nos tornozelos é um sinal de alterações no
sistema respiratório.
59. Hemoptise é, normalmente, um sinal de disfunção
renal.
60. A avaliação física de várias partes do corpo geralmente
envolve um ou mais dos seguintes meios primários de
avaliação: (1) inspeção; (2) palpação; (3) percussão; e
(4) auscultação.
61. O tilintar nos ouvidos, ou tinido, pode ser visto em
esclerose múltipla e no infarto isquêmico.
PÁGINA 5/11
Considere o tratamento odontológico de um paciente de 82
anos de idade, portador de Alzheimer em estágio moderado
para avançado, já bastante dependente, sob atenção de um
cuidador (auxiliar de enfermagem) em ambiente doméstico;
com função cognitiva e motora comprometidas, mas
comportamento não agressivo, embora impaciente; em
polifarmácia para controle da pressão arterial, angina,
diabetes e Alzheimer. O paciente apresenta-se dentado, com
grande quantidade de biofilme dentário, periodontite estádio
2, grau A generalizada; com recessões gengivais em vários
sítios, na arcada superior e na inferior, e bolsas periodontais
de 5 mm nos piores sítios, com diversas lesões de cárie
dentária de coroa e raiz ativas e algumas cavitadas.
Em relação a esse caso clínico e com base nos
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
62. Para pacientes dependentes como o desse caso clínico, a
estabilização do quadro e os procedimentos visando
prolongar a vida útil dos dentes podem ser preferidos no
lugar de protocolos convencionais usados
rotineiramente em adultos saudáveis.
63. O objetivo principal do tratamento odontológico, nesses
casos, é preservar a função em uma abordagem
orientada pelo ciclo de vida. Nesse paciente, um
tratamento restaurador extensivo pode não ser possível
ou indicado.
64. Pensando em preservar a vida útil dos dentes e sua
função, a extração dentária não deve ser considerada ao
longo do planejamento global do caso, ainda que de
LI
dentes mais comprometidos, devendo-se optar sempre
AP
por abordagens mais conservadoras.
65. Se o paciente for incapaz de realizar a higiene bucal
sozinho, o cuidador deverá ser orientado para realizar a
higiene do idoso. Para tanto, recursos como escovas
elétricas e suportes para fio dental e escovas
interdentais poderão ser empregados para facilitar o
processo.
VA
66. O paciente e seu cuidador deverão ser orientados para
proceder a higiene dental diária e criteriosa, tanto das
superfícies radiculares com lesões de cárie ativas,
visando à remineralização, quanto das superfícies em
risco de desenvolvimento de cárie radicular.
67. Restaurações dentárias pela técnica atraumática (ART)
O
não são recomendadas a esse paciente, principalmente
em locais de difícil acesso, uma vez que apresentam
taxas de insucesso mais altas que as técnicas
convencionais.
PR
68. O fato de o paciente se encontrar sob polifarmácia é
relevante apenas se for necessária a aplicação de
anestesia ou a prescrição de medicamentos no decorrer
do tratamento odontológico. Nesses casos, o médico
responsável deverá ser contatado e a conduta decidida
em equipe.
69. No tratamento periodontal desse paciente, deve-se
planejar reforço das medidas de higiene bucal, terapia
inicial por meio de raspagem e alisamento radicular,
reavaliação e possíveis terapias complementares, como
antibioticoterapia e cirurgias periodontais, seguidas de
terapia de suporte.
111 – UNIPROFISSIONAL EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
PROCESSO SELETIVO – RP-2/SES – DF/2021
ODONTOLOGIA – TIPO “U”
Febre, que significa temperatura corporal acima da faixa
normal de variação, pode ser causada por anormalidades no
cérebro propriamente dito ou por substâncias tóxicas que
afetam os centros reguladores da temperatura. Infecções com
origem bucodental podem causar febre e, em alguns casos,
deixar pacientes em estado grave. No que se refere aos
mecanismos relacionados à febre, julgue os itens a seguir.
70. Muitas proteínas, produtos da degradação das proteínas,
e algumas outras substâncias, especialmente toxinas de
lipossacarídeos oriundas das membranas celulares de
bactérias, podem fazer com que o ponto de ajuste da
temperatura se eleve, causando queda na temperatura e,
então, tremores.
71. Uma das mais importantes citocinas para causar febre é
A
a interleucina-1 (IL-1), também denominada pirogênio
leucocitário ou pirogênio endógeno.
72. Quando a formação de prostaglandina é bloqueada por
AD
fármacos, a febre pode ser potencializada.
73. O ponto de ajuste do controle da temperatura corporal
está localizado no hipotálamo; logo, disfunções desse
órgão podem causar febre ou hipotermia.
74. Os sintomas de temperatura corporal excessiva são
exacerbados por grau de choque circulatório ou pela
excessiva perda de líquidos e eletrólitos pelo suor. O
C
resfriamento do indivíduo com banho gelado não é
procedimento embasado cientificamente, apesar de
popularmente difundido.
Os trabalhadores de saúde bucal, como cirurgiões-dentistas
(CD, técnicos em saúde bucal e auxiliares de saúde bucal que
atuam na Atenção Básica por meio da Estratégia Saúde da
Família (ESF), possuem competências expressas em
legislação. Com base nas competências dos trabalhadores de
saúde bucal que atuam na Atenção Básica, julgue os itens a
seguir.
75. Manipular materiais de uso odontológico é competência
do CD.
76. Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de
saúde bucal é competência do técnico em saúde bucal.
77. Coordenar a manutenção e a conservação dos
equipamentos odontológicos é de competência
exclusiva do CD.
78. Realizar estratificação de risco e elaborar plano de
cuidados para as pessoas que possuem condições
crônicas no território, junto aos demais membros da
equipe, é competência do CD.
79. Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento,
transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos
odontológicos compete ao CD.
Área livre
PÁGINA 6/11
A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010)
analisou a situação da saúde bucal da população brasileira
para subsidiar o Sistema Único de Saúde (SUS) no
planejamento de programas de prevenção e tratamento nessa
área de atuação.
A tabela a seguir mostra o uso de prótese dentária superior,
segundo o tipo de prótese, no grupo etário dos 15 aos 19 anos
de idade por região do Brasil.
(Figura ampliada na página 10)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal:
resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde, 2012, p. 44; 71
(Tabela 29), com adaptações.
Considerando as informações apresentadas, quanto ao uso de
LI
prótese dentária superior, conforme o tipo de prótese, o
AP
grupo etário e a região, bem como os resultados do SB Brasil
2010 para a faixa etária dos 15 anos aos 19 anos de idade,
julgue os itens a seguir.
80. Entre os usuários de prótese, a maioria usava uma
prótese parcial removível.
81. A região com menor número de usuários de qualquer
tipo de prótese dentária superior é a Região Norte.
VA
82. Usuários de prótese total foram encontrados apenas na
Região Sudeste.
83. A maioria eram usuários de uma ponte fixa ou mais de
1 PF.
84. Prótese fixa combinada com prótese removível e mais
O
de uma prótese fixa são as condições menos
prevalentes.
85. O não uso de prótese indica que não há necessidade de
prótese.
PR
Existem vários modelos que explicam os fenômenos que
envolvem o processo de adoecimento em indivíduos. A
respeito desse assunto, julgue os itens a seguir.
86. O modelo processual define a história natural da doença
como o conjunto de processos interativos que criam o
estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer
outro lugar, passando pela resposta do homem ao
estímulo, até as alterações que levem a um defeito,
invalidez, recuperação ou morte.
87. O modelo da história natural da doença tem o conceito
de sistema epidemiológico como base.
88. O modelo sistêmico tem a prevenção como enfoque
maior.
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PROCESSO SELETIVO – RP-2/SES – DF/2021
ODONTOLOGIA – TIPO “U”
89. O modelo biomédico considera a doença como
resultante da agressão de um agente etiológico a um
organismo.
90. O modelo sistêmico destacou-se na explicação de
doenças infecciosas e parasitárias.
Uma paciente de 20 anos de idade procurou atendimento,
pois o dente 23 não havia erupcionado. Ela apresentava
aumento de volume indolor na região anterior da maxila com
apagamento do fundo de vestíbulo e evolução de dois anos.
O dente 63 encontrava-se no arco dentário. A tomografia
computadorizada revelou área hipodensa bem delimitada,
com focos hiperdensos em seu interior, envolvendo a coroa
do dente 33 impactado, estendendo-se além da junção
A
amelodentinária. A lesão media 2,3 cm no maior diâmetro.
Tendo em vista esse caso clínico e os conhecimentos
AD
correlatos, julgue os itens a seguir.
91. Cisto folicular, tumor odontogênico adenomatoide,
ameloblastoma unicístico e cisto odontogênico
calcificante são hipóteses de diagnóstico que devem ser
consideradas nesse caso.
C
92. Se, no exame histopatológico, forem encontradas
células epiteliais fusiformes que formam lençóis,
cordões ou aumentos de volume espiralados, exibindo
estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço
central que pode estar vazio ou conter pequenas
quantidades de material eosinofílico, em meio a um
estroma escasso de tecido conjuntivo fibroso, o
diagnóstico será ameloblastoma.
93. O tumor odontogênico adenomatoide é comum nessa
localização e apresenta, em geral, uma cápsula fibrosa
espessa; sua remoção cirúrgica é, portanto, fácil.
94. Caso o diagnóstico histológico indique tumor
odontogênico adenomatoide ou cisto odontogênico
epitelial calcificante, o tratamento indicado pode ser
enucleação e (ou) curetagem, uma vez que ambos os
tumores apresentam comportamento biológico
semelhante.
95. A técnica de enucleação e (ou) curetagem corresponde à
remoção local do tumor por instrumentação em contato
direto com a lesão, enquanto a ressecção é a remoção de
um tumor por meio da incisão em tecidos não
envolvidos ao seu redor, portanto, retirando o tumor
sem contato direto durante a instrumentação. Um
exemplo é a ressecção segmentar, na qual o tumor é
removido em vários segmentos.
Área livre
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Um paciente de 29 anos de idade, vítima de agressão com
arma branca há 45 minutos, foi encaminhado ao cirurgião
bucomaxilofacial apresentando laceração linear com início
na região temporal esquerda, estendendo-se de forma
retilínea e vertical pela região massetérica até a base da
mandíbula, com profundidade superior a 1,5 cm. O paciente
tinha, ainda, escoriações superficiais e um edema difuso no
lábio superior. O exame intrabucal revelou extrusão dos
dentes 21 e 22, com mobilidade. O paciente não possuía
outras lesões que necessitassem de tratamento. No momento
do exame físico, constataram-se FC = 97 bpm, FR = 17 irpm
e SatO2 = 96%.
Em relação a esse caso clínico e com base nos
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
96. O ducto parotídeo pode ter sido lesado nesse ferimento
logo acima do arco zigomático, e lesões ductais podem
ser mais bem delineadas por inspeção direta, seguindo o
canal do ducto com sonda lacrimal a partir da sua
abertura oral distal.
97. O ramo bucal do nervo facial pode ser encontrado entre
5 mm e 10 mm abaixo do ducto parotídeo e, à medida
que sai da glândula, sua lesão pode comprometer os
movimentos do músculo depressor do lábio inferior.
98. Suturas de náilon são bem adequadas para a retenção e
o fechamento da pele por causa de sua natureza elástica,
além de alta resistência à tração. Já a camada muscular
deve ser aproximada com suturas absorvíveis amarradas
levemente para evitar o esmagamento do músculo.
LI
99. Os dentes extruídos podem ser manualmente
AP
reposicionados de volta em seus alvéolos, e uma
esplintagem, com duração de uma semana a três
semanas, será necessária, assim como o tratamento
endodôntico.
100. São fatores de risco para a formação de hematoma
instabilidade hemodinâmica e má hemostasia de ferida,
além do aumento da atividade pós-operatória, náuseas e
vômitos. Para evitar hematomas, meticulosa hemostasia
VA
deve ser obtida, usando-se técnicas locais, como
ligadura de vasos e eletrocautério no fechamento da
ferida.
O
Um paciente de 57 anos de idade compareceu ao
pronto-socorro por meios próprios após queda da própria
altura e foi encaminhado diretamente para ser avaliado pelo
cirurgião bucomaxilofacial. Ele apresentava
PR
bléfaro-hematoma bilateral, aumento de volume difuso na
face, equimose retroauricular à esquerda e evidências de
sangramento nasal. O paciente relatou inconsciência
transitória e dois episódios de vômitos. Ao exame físico,
constataram-se FC = 55 bpm, FR = 22 irpm, PA = 160
mmHg x 95 mmHg e SatO2 = 95%.
Com base nesse caso clínico e considerando os
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
101. Inicialmente uma história detalhada deve ser obtida,
seguida da palpação do esqueleto facial, a fim de
decidir a respeito da gravidade do caso e dos exames de
imagem a serem solicitados para o correto diagnóstico
das fraturas de face.
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ODONTOLOGIA – TIPO “U”
102. O quadro descrito nesse caso é sugestivo de fratura de
base de crânio, e o paciente deve ser examinado por um
neurocirurgião.
103. Uma fratura naso-órbito-etmoidal pode estar presente
nesse paciente; se for assim, a cominuição dos ossos
nasais e o deslocamento do ligamento cantal medial,
resultando em telecanto traumático, poderão ser
confirmados pelo exame físico e por imagens
complementares. Se além disso, as pupilas estiverem
anisocóricas, uma fratura do assoalho orbitário também
é bastante provável.
104. Impactos graves o bastante para causar fraturas ao
esqueleto facial são frequentemente transmitidos à
coluna cervical, que deve ser imobilizada
temporariamente até que as lesões nessa região tenham
A
sido descartadas ou solucionadas.
105. Se o quadro do paciente se agravar e ocorrer obstrução
completa das vias aéreas, seja por lesões de tecidos
AD
moles, seja por instabilidade de fraturas faciais, uma
cricotireotomia é o meio mais rápido para acessar a
traqueia.
Uma paciente de 18 anos de idade procurou o ambulatório de
C
cirurgia bucomaxilofacial queixando-se de não conseguir
morder direito. A paciente apresentava face côncava com
proeminência acentuada do lábio inferior e do mento,
impossibilidade de selamento labial em repouso, além de
deficiência dos seios paranasais e da área do rebordo
infraorbitário. Notava-se mordida cruzada anterior, com
sobressalência negativa de 5 mm, com incisivos superiores
vestibularizados, enquanto os inferiores estavam
retroinclinados, e os primeiros molares inferiores
encontravam-se em posição mesial em relação aos primeiros
molares superiores.
Considerando esse caso clínico e com base nos
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
106. O enunciado descreve uma paciente com padrão
esquelético classe III de Angle, com deficiência maxilar
e excesso mandibular.
107. As compensações dentárias para a deformidade
esquelética são corrigidas antes da cirurgia pelo
reposicionamento ortodôntico dos dentes sobre suas
bases esqueléticas, e isso ameniza a deformidade da
paciente, facilitando a cirurgia.
108. No caso clínico descrito, a osteotomia de separação
sagital bilateral, separando o ramo e o corpo posterior
da mandíbula de forma sagital, realizada por meio de
uma incisão transbucal, está bem indicada. Entre as
desvantagens dessa osteotomia, está o traumatismo
potencial ao nervo alveolar inferior, com subsequente
diminuição da sensibilidade na área do lábio inferior e
do mento, que pode se tornar permanente.
109. Nesse caso, a osteotomia para recuo da maxila tipo
Le Fort II pode estar indicada; essa técnica melhora a
proporção facial total e normaliza a exposição dos
incisivos durante o sorriso.
110. Em pacientes submetidos à cirurgia sob anestesia geral,
a atelectasia pode ser consequência do mau
posicionamento do tubo endotraqueal, de modo que só
um pulmão tenha sido aerado durante a cirurgia
(intubação seletiva), e pode causar pneumonia.
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Um paciente de 48 anos de idade, vítima de queda de
bicicleta há 12 horas, procurou atendimento queixando-se de
dor intensa na boca e dificuldade para mastigar. O exame
clínico evidenciou hematoma em hemiface direita, acentuado
desnivelamento do plano oclusal com mobilidade entre os
dentes 47 e 48, laceração da gengiva, além de mordida aberta
posterior do lado direito e contato prematuro do dente 48
com o 18. A palpação da base mandibular revelou discreto
degrau na região do ângulo mandibular direito. Ao exame
físico, observaram-se FC = 85 bpm, FR = 16 irpm e
SatO2 = 96%. O paciente não apresentava outras alterações
relevantes sistêmicas e nem na face.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos
correlatos, julgue os itens a seguir.
Tendo em vista esse caso clínico e os conhecimentos
correlatos, julgue os itens a seguir.
116. As características apresentadas no caso clínico sugerem
fratura do osso zigomático que tem forma de uma
pirâmide de quatro lados e possui os processos
temporal, orbital, maxilar e frontal, articulando-se com
os ossos frontal, etmoide, maxilar e temporal.
117. A limitação de abertura da boca no caso clínico
apresentado pode ser explicada pelo bloqueio na
translação do processo coronoide da mandíbula abaixo
dos fragmentos zigomáticos deslocados ou pelo
espasmo muscular secundário à invasão pelos
fragmentos deslocados no músculo temporal, enquanto
a parestesia é causada pelo envolvimento do nervo

A
infraorbitário no traço da fratura.
111. Os aspectos clínicos descritos sugerem uma fratura 118. Se a fratura atravessar a parede do seio maxilar com
composta desfavorável do ângulo mandibular direito, e ruptura da mucosa de revestimento, pode ocorrer escape

a radiografia panorâmica associada a uma incidência
posteroanterior (PA de face) pode confirmar esse
diagnóstico se um traço de fratura, partindo do rebordo
entre os dentes 47 e 48 até alcançar o ângulo
mandibular, for encontrado nessas imagens.
112. A fixação dos dentes com fio de aço denomina-se
fixação intermaxilar, um arco pré-fabricado adaptado e
AD
de ar para o tecido mole da região periorbital,
especialmente as pálpebras, o que se denomina
enfisema subcutâneo, caracterizado pela crepitação na
região.
119. Na suspeita de fraturas do terço médio da face, são
fundamentais as incidências radiográficas de Waters,
lateral e posteroanterior de crânio, bem como a do

C
fixado aos dentes em cada arcada; o arco maxilar é,
então, fixado ao arco mandibular. Isso poderá permitir a
estabilização da fratura no período da fase inicial de
cicatrização óssea, de aproximadamente três semanas, e
pode ser o único tratamento necessário, denominado
LI
120. Nas fraturas de zigoma, o tratamento visa à restauração
redução fechada.
AP
113. Para tratar uma fratura de mandíbula, pode ser utilizada
a abordagem submandibular na qual a incisão cutânea é
posicionada 2 cm abaixo do ângulo da mandíbula, após
a pele e o tecido subcutâneo, e o músculo platisma é
dissecado para chegar à camada superficial da fáscia
cervical profunda, em que se encontra o ramo
mandibular marginal do VII par craniano que inerva o
músculo do mento.
VA
vértice submental, que possibilitam uma excelente
avaliação de toda a região, em especial da órbita, sendo
em geral suficientes para o diagnóstico e o
planejamento cirúrgico.
das funções ocular, nasal e mastigatória, além da
estética facial. A redução aberta geralmente é realizada
por meio de uma combinação de acessos (intraoral, na
região lateral da sobrancelha e na região infraorbitária),
e o uso de fixação interna rígida na crista zigomático
maxilar, na área zigomático frontal e no rebordo
infraorbitário é mandatório para obter a estabilização do
zigoma.

114. A redução aberta com fixação interna rígida utiliza Área livre
placas ou parafusos ósseos para fixação e estabilização
dos segmentos ósseos no período de consolidação da
fratura. As vantagens da fixação rígida incluem a
diminuição do tempo cirúrgico, pois não é necessário
O

estabelecer a relação oclusal, além da melhora das

condições pós-operatórias de higiene e de nutrição.
115. O momento do tratamento das fraturas faciais depende
de diversos fatores; em geral, é melhor adiar a cirurgia
PR

por dois dias ou três dias para aguardar a redução do

edema.

Uma paciente de 47 anos de idade sofreu acidente

automobilístico há seis horas e recebeu o primeiro
atendimento em um hospital regional de onde veio
encaminhada, após liberação pelo cirurgião geral, para ser
avaliada pelo cirurgião bucomaxilofacial. A paciente
apresentava hematoma e edema periorbitário à esquerda, com
crepitação na pálpebra inferior esquerda, diplopia ao olhar
para cima e parestesia na região infraorbitária e nos dentes do
21 ao 25, além de limitação da abertura da boca, embora a
oclusão dentária estivesse preservada. Ao exame físico,
verificaram-se FC = 77 bpm, FR = 17 irpm e SatO2 = 97%.

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 A
AD
C
LI
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal: resultados
principais. Brasília: Ministério da Saúde, 2012, p. 44; 71
(Tabela 29), com adaptações.

Figura ampliada para responder aos itens de 80 a 85.

AP
Área livre
VA
O
PR

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AP
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PR

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