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GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
Componente curricular – Bioquímica/Odontologia do 1ọ ANO (INTEGRAL)
Valor desta atividade em grupo: 3,3 (três pontos e três décimos) pontos.
Avisos importantes
I – Este Trabalho Avaliativo para Complementação de Nota será somado na pontuação final que será registrada/postada no Portal de Notas
Acadêmicas da FATEC – referente apenas ao período de testes, provas e trabalhos que foram aplicados durante a primeira unidade da disciplina de
Bioquímica/Odontologia do 1ọ ANO do semestre letivo de 2023.1;
II – O prazo final de entrega deste Trabalho Avaliativo para Averbação em Nota Final da Segunda Unidade, no valor de 3,3 (três pontos e três
décimos), será para o dia 04 de outubro de 2023 até o horário de 17h00 HOB. A entrega deste Trabalho Avaliativo para Averbação em Nota Final da
Segunda Unidade, após a data e horário limite anteriormente informada levará ao DESCONTO DE 25% (vinte e cinco por cento) DA NOTA FINAL
CORRIGIDA DESTA ATIVIDADE. APÓS O DIA E HORÁRIO DE 04 DE OUTUBRO DE 2023 (17h00), ESTA ATIVIDADE NÃO SERÁ MAIS
ACEITA.
IMPORTANTE: O TRABALHO SERÁ ENTREGUE NO FORMATO PDF OU ENTÃO DIGITALIZADO PARA O FORMATO PDF E DEPOIS,
SER ENTREGUE NO NOSSO GRUPO DE WHATSAPP DE ESTUDO (i.e., grupo BIOQ.2023_2_FATEC) CRIADO NO INÍCIO DO SEMESTRE
2023.1 PARA POSTERIOR CORREÇÃO E ANÁLISE PELO PROFESSOR;
III – O referido Trabalho Avaliativo não poderá passar de sete laudas explicativas – o mínimo será de quatro laudas, sem incluir as referências
bibliográficas. Tenham objetividade no que se refere à coesão de ideias para responder ao caso clínico. Sobre a confecção do texto em si: a fonte
deverá ser “Times New Roman” (tamanho 12) ou “Arial” (tamanho 10 ou 11), espaçamento 1,15 com padrão normal de folha tamanho A4 (margem
superior em 2,5 cm; margem inferior em 2,5 cm; margem esquerda em 3,0 cm e margem direita em 3,0 cm) – ou então, usar simplesmente o padrão
ABNT vigente pela FATEC, campus Alagoinhas. Apesar de estas normas técnicas não serem de autoria do docente da disciplina de Imunologia, as
mesmas serão usadas como critério de pontuação também pelo esmero e cuidado da apresentação do trabalho acadêmico como documento
comprobatório da pontuação auferida pela Equipe;
IV – É necessário mencionar as referências bibliográficas do texto e/ou sítios eletrônicos que tenham sido usados para a referida tarefa do Grupo –
essas considerações serão levadas em conta para a obtenção da nota final desta atividade;
V – Os nomes de cada membro da equipe precisam estar regularizados na lista de alunos matriculados na disciplina – para justamente efetivar a
averbação almejada. Caso o nome do(a) discente não constar na lista, não ocorrerá a devida pontuação almejada do(a) Discente;
VI – Boa sorte na empreitada e bons estudos para as Equipes em Bioquímica/Odontologia do 1ọ ANO (INTEGRAL) do semestre letivo de 2023.2.
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GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
Componente curricular – Bioquímica/Odontologia do 1ọ ANO (INTEGRAL)
CASO CLINICO № 01 – (valor: 1,11 ponto) - Leia o texto de referência do caso clínico e depois,
responda o que se pede a seguir.
Pergunta 01 – É possível iniciar o tratamento periodontal não cirúrgico apenas com sessões de
raspagens supra e sub-gengivais para cura do paciente acometido com periodontite? Sim?
Não? Por quê?
Descreva todas as etapas necessárias para a pronta recuperação do nosso paciente –
dica a primeira etapa é sempre “assepsia e antissepsia intra- e extraoral com clorexidina”.
RESPOSTA
O tratamento pode variar de acordo com o estágio e extensão da periodontite. Usuários com
diagnóstico clínico de saúde periodontite leve (Estágio l) necessitam de procedimentos menos
complexos, os quais devem ser realizados na UBS (orientação de higiene bucal/motivação;
profilaxia/polimento coronário; remoção de fatores retentivos de biofilme; raspagem supragengival
para remoção de cálculo dentário).
O tratamento periodontal para periodontite consiste em uma limpeza profissional com raspagem e
remoção da placa bacteriana e do tártaro acumulados nos dentes e na borda das gengivas. Também é
feito o alisamento da raiz (remoção de cálculos na raiz).
O tratamento independente do nível da doença deve iniciar com a assepsia infra e extraoral com
clorexidina. Quanto ao seu uso extra oral, a Clorexidina é indicada para antissepsia da face
do paciente antes de iniciar procedimentos cirúrgicos e de harmonização orofacial. Neste caso a
concentração indicada deve ser 2%. Quando utilizada na antissepsia das mãos do profissional e na
desinfecção de superfícies do consultório a sua concentração deve ser de 4%e 1% respectivamente.
Para desinfecção de instrumentais limpos sua concentração é de 0,05%, deixando-os submersos por 30
minutos.
O uso intraoral a indicação mais comum e mais utilizada pelos clínicos gerais e periodontista é a
solução para bochecho. Com a finalidade de redução de placa bacteriana e no tratamento da gengivite,
a concentração indicada é de 0,12%. Assim, a solução permite o controle químico da placa bacteriana,
principalmente em pacientes especiais com situação motora comprometida.
As glândulas salivares são radiossensíveis, principalmente as que são formadas por células
serosas (parótidas), e as alterações podem, inclusive, várias de degenerativas até morte celular –
isso depende da dose e do tempo de exposição. Todos os danos causados podem estar relacionados
aos vasos sanguíneos; com a interferência com a transmissão nervosa e à destruição do parênquima
glandular. Nas doses abaixo de 25 Gy, as alterações são reversíveis (i.e., redução transitória do fluxo
salivar).
Contudo, em doses maiores que 25 Gy, pode haver destruição da glândula. Assim, podemos
perceber que a irradiação altera a composição salivar, a viscosidade, a cor, o pH, a capacidade
tampão e também, os conteúdos proteicos e eletrolíticos da saliva.
Legenda da figura – caso clínico de um paciente com xerostomia devido à irradiação de cabeça e
pescoço. (Foto cedida gentilmente por Bim Jr, O; Coelho, A; Wang, A, FOB-USP).
As reações celulares produzem resíduos chamados de radicais livres. Os radicais livres podem causar
danos as nossas células quando não neutralizados por antioxidantes. Assim, o estresse oxidativo é o
estado que o nosso corpo fica quando os níveis de antioxidantes não são altos o suficiente para
compensar os efeitos nocivos dos radicais livres.
O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a formação e a detoxificação das EROs,
podendo ocorrer tanto pelo aumento na formação dessas espécies quanto pela diminuição da
capacidade antioxidante celular. O estresse oxidativo decorre de um desequilíbrio entre a geração de
compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. A geração de radicais livres e/ou
espécies reativas não radicais é resultante do metabolismo de oxigênio.
3.2 - Há diferença de origem e fonte de estresse oxidativo da saliva em relação às células do corpo?
Quando ocorre um desequilíbrio entre os oxidantes e AO, devido a falhas na regeneração da CAT, há o
acúmulo de RL no organismo, o qual é denominado de estresse oxidativo (EO). Esse acúmulo pode
gerar efeitos prejudiciais ao organismo como, por exemplo, ataques e alterações das macromoléculas
celulares, com consequente desenvolvimento de diversos eventos fisiopatológicos. Incluem-se nessas
alterações: os danos à nível de membrana celular (peroxidação lipídica), danos ao DNA e às proteínas.
O dano oxidativo ao DNA acontece porque os RL têm a capacidade de atacar o açúcar presente na
desoxirribose e nas bases purínicas e pirimidínicas (constituintes do DNA e RNA), quebrando as
cadeias de DNA, levando a mutações e apoptose.
Há um aumento do EO nas doenças que acometem a cavidade bucal, tal como na doença periodontal,
no câncer bucal, na ulceração aftosa recorrente, no líquen plano e Ia leucoplasia. As ERO são
conhecidas por desempenhar um papel importante nos estágios de iniciação e promoção do câncer. O
ataque ao DNA ocorre devido à ação dos RL, principalmente o radical hidroxila, que é capaz de
induzir mudanças conformacionais no DNA, incluindo quebra de cadeia, modificação de bases.danos
aos genes supressores de tumores e expressão de proto-oncogenes
Dentre as suas inúmeras funções (digestão, mastigação, atividade antifúngica, atividade antibacteriana,
atividade antiviral, lubrificação tamponamento, atuação no balanço hídrico, deglutição), a saliva pode
ser considerada a primeira linha de defesa contra o EO na cavidade bucal, pois é rica em AO, como
ácido úrico, albumina, ácido ascórbico e enzimas antioxidantes
Vários eventos que acontecem na cavidade bucal, como a presenca de inflamações gengivais e o uso
de tabaco, podem gerar um aumento nos RL. Inclusive a mastigação de alguns alimentos pode
provocar o aumento desses RL e promover uma peroxidação lipídica.. Por isso, a saliva tem um papel
importante no controle e modulação dos danos oxidativos na cavidade bucal. As ações antioxidantes
da saliva compreendem a supressão da peroxidação lipidica dos alimentos ingeridos, inibindo o
potencial mutagênico dos indutores de ERO e das ERN, que são efetivamente eliminados pelos
componentes AO da saliva.
A saliva age de diversas maneiras no processo de proteção dos dentes contra a erosão dentária, pois
possui muitas propriedades físico-químicas que desempenham funções específicas de proteção da
estrutura dentária, como diluição de substâncias ácidas erosivas na cavidade bucal por meio do fluxo
salivar, neutralização e tamponamento dos ácidos pelo pH, e também o fornecimento de íons de cálcio
e fosfato.
Uma importante função protetora presente na saliva e ainda pouco estudada é o sistema antioxidante,
responsável por controlar os danos oxidativos. Ele é considerado a primeira linha de defesa para o
estresse oxidativo, que pode causar danos celulares e levar até a morte da célula
Quando o estresse oxidativo está presente no meio bucal, os danos celulares são maiores, ocasionando
alteração na formação e possível diminuição na quantidade do biofilme dental, que é considerado fator
de proteção contra a erosão dentária, ao agir como barreira mecânica. A diminuição na quantidade de
biofilme dental diminui a proteção contra a agressão ácida nos dentes, podendo tornar-se um agravante
para este problema de saúde bucal
Este estresse oxidativo tem sido apontado como importante contribuinte para diversas doenças
inflamatórias, crônicas e degenerativas, incluindo patologias orais, como as doenças cárie e
periodontal.
REFERÊNCIAS
ELEY, Barry M.; SOORY, Mena; MANSON, Julius David. Periodontia. Elsevier Health
Sciences, 2012
SHITSUKA, Caleb et al. Avaliação do estresse oxidativo da saliva de crianças com erosão
dentária. einstein (São Paulo), v. 16, 2018.