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A resolução CFE no 2/69 perdeu toda a sua eficácia ficando então extintas as expressões
“especialistas da educação” e “habilitações” a Resolução CNE/CP no 1/2006 deixou isso
expresso. A Resolução n 3/97 foi aprovada pela Câmara de Educação Básica (CEB) do
Conselho Nacional de Educação (CNE).
Depois de muito tempo idas e vindas muitos debates em mídias, nos conselhos de
educação nos sindicados dos trabalhadores da educação teve aprovadas as suas
diretrizes curriculares. Pela resolução CNE/CP no 1, de 15/05/2006 deixa o curso de
pedagogia a nível de licenciatura, conforme pareceres CNE/CP nos 5/2005 e 3/2006.
Este curso forma profissionais aptos a exercer exercícios na educação infantil series
iniciais, no ensino médio na modalidade normal assim como em apoio escolar cursos de
educação profissional e outras áreas que necessitam do conhecimento pedagógico. A
carga horaria que esta definida no artigo 7, será de no mínimo 3200 horas de efetivo
trabalho acadêmico.
As diretrizes curriculares de 2006 deixam claro que a identidade do curso de Pedagogia
deve ser pautada pela na docência, implicando a licenciatura como identidade
consequente do pedagogo. As habilitações foram extintas, o curso de Pedagogia -
licenciatura - deverá agora formar integralmente para o conjunto das funções a ele
atribuídas. O pedagogo agora deverá ter uma formação teórica, diversidade de
conhecimentos e de práticas, que se articulam ao longo do curso. Por ter uma formação
mais abrangente, o pedagogo ainda continua sendo formado para atuar em espaços
escolares, dentro e fora da sala de aula, e também em outros espaços onde se fizer
necessária a sua presença. Sua importância se faz notória graças a uma formação
integral, onde campos de conhecimento como História, Psicologia, Sociologia, Filosofia
e Política tornam este profissional preparado para enfrentar a escola tal qual está posta
hoje: diversificada. Outra questão ressaltada nas diretrizes é a reafirmação das
universidades como lócus privilegiado de formação de professores. Nestes quase 70
anos do curso de Pedagogia no Brasil pudemos perceber que o curso desde o começo
enfrenta problemas e dificuldades e estes o acompanham ao longo de sua trajetória. Sua
regulamentação permanece sem alterações da criação a 1972, quando foi reformulado
em função do novo projeto educacional e a consequente legislação educacional do
governo militar. Neste momento, buscava-se tanto atender às novas exigências legais
quanto equacionar os questionamentos acerca das funções do curso e da sua
estruturação curricular. Durante o período 1972 a 1978 o curso sofre algumas alterações
de cima para baixo, ou seja, suas alterações são, na quase totalidade, emanadas do
Conselho Federal de Educação; esta condição se mantém até a década de 1980 quando
segmentos da sociedade civil se organizam em movimentos que buscavam mudanças a
partir da análise das condições concretas da formação e atuação docente. Sua influência
nas decisões governamentais se faz sentir a partir de Congresso e Fóruns de discussão
que resultaram na elaboração de documentos que contribuíssem para a reformulação do
curso. Tal processo sofre rupturas quando, a partir de 1999 as atenções e preocupações
se voltam para os decretos presidenciais, que atingem diretamente o curso de Pedagogia,
em um movimento de limitação das suas funções. Durante todo este tempo a busca pelo
esclarecimento da identidade do pedagogo e a definição mais precisa da função do curso
de Pedagogia se mesclaram. Para concluir voltamos à questão da identidade do
pedagogo e sua ressignificação, mais que afirmar que sua identidade esteja definida ou
indefinida, podemos sim continuar a buscar respostas, lembrando que a identidade
profissional está ligada tanto ao próprio curso como à área de atuação do pedagogo, em
processo de construção contínua.