Você está na página 1de 18

RESUMO FISIO II

Líquidos corporais

 Obs.: todos valores são baseados em um homem adulto com 70kg


• Os valores podem mudar de acordo com o sexo, idade, porcentagem de gordura corporal, clima quente, dentre outros fatores
 Entrada diária de água
• Ingerida na forma de líquidos ou pela água nos alimentos → 2100ml/dia
• Sintetizada pelo corpo como resultado da oxidação de carboidratos → 200 ml/dia
• ENTRADA TOTAL → 2300ml/dia
− Depende do clima, do hábito e do nível de atividade física
 Perda insensível de água
• Perda constante de água que não é percebida conscientemente
• Através da PELE
− Independentemente da sudorese → presente mesmo em indivíduos que não possuem gls sudoríparas
− 300 a 400 ml/dia por difusão
− Essa perda é minimizada pela camada de colesterol da pele
 OBS.: indivíduos com queimaduras graves que destroem essa camada, podem perder de 3 a 5L/dia
• Através do TRATO RESPIRATÓRIO
− 300 a 400ml/dia por umidade
− O ar inspirado tem pV menor que 47mmHg, fazendo com que a água saia em forma de umidade, já que a pV atm é cerca de
47mmHg
− Em climas frios, a pV do vapor atm diminui a quase 0, causando grande perda de água → ressecamento de vias aéreas
 Perda diária da água
• Perda de líquido no SUOR
− É muito variável
− Geralmente, 100 ml/dia
− Climas quentes, exercícios físicos pesados → 1 a 2L/hora
• Perda de água nas FEZES
− 100 ml/dia
− Pode aumentar para vários litros em caso de diarreia grave → ameaça a vida
• Perda de água pelos RINS
− De acordo com o ganho de eletrólitos e com o grau de hidratação.
− Os rins são um importante mecanismo de controle da homeostase de líquidos e eletrólitos.
 Compartimentos de líquidos corporais
• LIC – liquido intracelular
− Cerca de 28 a 42L de líquidos totais do corpo → estão dentro das células
− Os principais cátions do LIC são o potássio (K+) e o magnésio (Mg2+), e os ânions contrabalanceadores, as proteínas e os fosfatos
orgânicos.
• LEC – líquido extracelular
− Plasma sanguíneo (3L) → circula nos vasos sg
− Líquido intersticial (11L) → banha as céls → é o ultrafiltrado do plasma
− Liquido transcelular (cerca de 1 a 2L)
 Líquidos dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e liq cefalorraquidiano
− O principal cátion do LEC é o sódio (Na+) e os ânions que o contrabalançam são o cloreto e o bicabornato (HCO3-).
• OBS.: o sangue possui tanto LIC (nas hemácias) quanto LEC (no plasma)
• Cada compartimento deve obedecer a eletroneutralidade → mesma concentração de cargas + e –
• A seletividade da membrana permite a diferença do LIC e do LEC e a homeostasia dos órgãos
• As diferenças de pressão osmótica entre o LEC e o LIC são responsáveis pelo movimento de líquido entre esses compartimentos.
− Como a membrana plasmática celular contém canais de água (aquaporinas), a água cruza facilmente a membrana
− A concentração total de solutos (osmolaridade) é a mesma no LIC e no LEC
 OSMOSE
• É o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido às diferenças de concentração dos solutos.
• As diferenças de concentração de solutos impermeáveis estabelecem diferenças de pressão osmótica, que é a força que faz com
que a água flua por osmose.
• Osmolaridade:
− É a concentração de partículas osmoticamente ativas (solutos).
− Quando duas soluções apresentam a mesma osmolaridade, são denominadas isosmóticas.
− Quando apresentam osmolaridades diferentes:
 A de maior osmolaridade é chamada hiperosmótica
 A de menor osmolaridade é chamada de hiposmótica.
• Pressão osmótica
− É o que faz a água se mover de um meio hiperosmótico para um hiposomótico.
− Quando duas soluções separadas por membrana semipermeável apresentam a mesma pressão osmótica efetiva, são
isotônicas, ou seja, não ocorre o fluxo de água entre elas
− OBS: A água flui da solução hipotônica para a solução hipertônica.
 Casos clínicos:
• Acidentes vasculares encefálicos (derrame)
− Acúmulo de liq intersticial no cérebro (edema) e inchaço dos neurônios
− Edema pode elevar a pressão intracraniana → coma → morte
− Barreira hematoencefálica
 Separa líq cefalorraquidiano de líq intersticial do sangue
 É permeável a água mas não permite a passagem de outras substâncias
 Manitol (açúcar) → causa o movimento de líquido para fora do tec cerebral por osmose devido ao gradiente osmótico
através da barreira hematoencefálica
• Edema
− Pode ser formado pelo aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, aumento da permeabilidade capilar
ou obstrução linfática.
 Edema intracelular:
 Ocorre pela depressão de metabolismo, nutrição inadequada das céls.
 Pode ocorrer por um processo inflamatório, que aumenta a permeabilidade da memb. Celular, permitindo a difusão
de íons Na+, consequentemente de água para a célula
 Edema extracelular
 Ocorre pelo extravasamento excessivo de líquido para o interstício pelos capilares → falha na drenagem linfática
• Transtornos hidroeletrolíticos (diarreia/vômitos)
− Aumentar volume vascular → solução com subst. que não cruzam a parede capilar (proteína)
 Pressão oncótica (gerada por proteínas) retém o líquido no compartimento vascular
• Queimaduras
− Perde camada de queratina → desidratação → líq corporais hiperosmóticos → urina [ ] (tentativa de preservar o líq do corpo)
− Nesses casos, é necessária a administração de soro para reestabelecer o equilíbrio

pH dos líquidos corporais

 Características:
• O balanço ácido básico está relacionado à manutenção da concentração normal de íons hidrogênio nos líquidos corporais.
• A concentração de H+ nos líquidos do organismo é extremamente baixa.
• A faixa normal do pH arterial é de 7,37 a 7,42.
• A faixa de pH compatível com a vida, é de 6,8 a 8,0.
• Os mecanismos para a manutenção do pH: tamponamento do H+, no LEC e no LIC, e as compensações respiratórias e renal.
• Os mecanismos de tamponamento e de compensação respiratórias ocorrem rapidamente, dentro de min ou horas.
• Os mecanismos de compensação renal são mais lentos, demorando horas ou dias.

Produção de ácidos no organismo

 Produção pode ser de duas formas → ácido volátil (CO2) ou ácidos não voláteis ou ácidos fixos
 GÁS CARBÔNICO – CO2
• O CO2 em si não é um ácido, mas quando reage com água, se transforma em ácido fraco – H2CO3 (ác. carbônico)
− CO2 + H2O ↔ H2CO3 (atuação da anidrase carbônica) ↔ H+ + HCO3-
• O H+ gerado por essa dissociação deve ser tamponado.
• Nos pulmões, as reações ocorrem no sentido inverso: o CO2 é regenerado e expirado.
 ÁCIDOS FIXOS
• As proteínas, com aas e enxofre, geram ácido sulfúrico quando são metabolizadas, e os fosfolipídios produzem ácido fosfórico.
• Os ácidos sulfúrico e fosfórico não são voláteis → devem ser tamponados até que possam ser excretados pelos rins

Tamponamento

 Características:
• Uma solução-tampão é mistura que tem a capacidade de evitar que o pH das soluções sofra grandes variações
• É formada por um ácido fraco (HA) ou base fraca (A) e um sal desse ácido ou base
• Um dos tampões mais importantes é formado pelo ácido carbônico (H2CO3) e pelo sal desse ácido, o bicarbonato de sódio (NaHCO3)
− H2CO3 ↔ H+ + HCO3-
− NaHCO3 ↔ Na+ + HCO3-
• A solução tampão resiste às alterações de pH.
− Pode-se adicionar ou remover H+ da solução-tampão e seu pH se alterará minimamente
• Os líq corporais contém vários tipos de tampões que formam a primeira defesa contra variações de Ph
 Tampões do LEC
• Principais tampões → bicarbonato e fosfato
• Bicarbonato: forma básica é o HCO3 e a forma ácida é o CO2 em equilíbrio com o H2CO3
• Fosfato: forma básica é HPO4²⁻ e a forma ácida é o H2PO4
• Tampão bicarbonato → HCO3/CO2
− É o mais importante apesar do tampão fosfato (6,8) ser mais próximo do pH fisiológico (7,4)
− É utilizado como primeira linha de defesa quando o organismo ganha ou perde H+
− Características:
 A concentração da forma básica é alta – HCO3
 O pK é 6,1 que é próximo do pH do LEC
 O CO2, a forma ácida do tampão, é volátil e pode ser expirado pelos pulmões → restaura o pH
 A restauração completa do balanço ácido-básico depende dos rins que secretam H+ e sintetizam HCO3 “novo” para
substituir o HCO2 consumido no tamponamento de H+
− HCl + NaHCO3 (LEC) ↔ H+ + Cl- + Na+ + HCO3- ↔ Na+ + Cl- + H2CO3 ↔ CO2 + H2O
• Tampão fosfato → HPO4²⁻/H2PO4
− O fosfato inorgânico pode atuar como tampão
− Seu pK é 6,8, então sua curva de titulação vai de 5,8 a 7,8 pH
− Apesar de sua faixa de tamponamento ser mais próxima do pH sanguíneo (7,4), o tampão bicarbonato é mais eficiente pois sua
forma ácida pode ser expirada (CO2)
 Tampões do LIC
• Proteínas intracelulares
− O tampão mais importante é a hemoglobina – Hb presente em altas concentrações nas hemácias
− A oxiemoglobina libera O2 para os tecidos e se transforma em desoxiemoglobina
− Essa desoxiemoglobina se liga ao H+ gerado pela dissociação do H2CO3 formado na hemácia pela combinação de CO2 e H2O
 Forma HHb e o H+ é tamponado

Distúrbios ácido-básicos

 Caracterísicas:
• O pH sanguíneo é determinado pela proporção entre as [ ] de
HCO3 e CO2.
• OBS.: uma solução-tampão é mistura que tem a capacidade de
evitar que o pH das soluções sofra grandes variações
− Formada por um ác ou base fraco e um sal desse ác ou base
• ACIDEMIA:
− ↑ de [H+] no sangue e ↓ do pH.
− É causada pela acidose.
− Se o pH arterial estiver abaixo de 7,37 tem-se uma acidemia.
• ALCALEMIA:
− ↓ de [H+] no sangue e ↑ do pH.
− É causada pela alcalose.
− Se o pH arterial estiver acima de 7,42 tem-se uma alcalemia.
 Distúrbios:
• Acidose metabólica
− ↓ CO2 ↓PCO2
− ↑ H+ ↓ pH
 Aumento da produção ou pela ingestão de ácidos fixos ou pela redução da excreção
− ↓ HCO3
− Hiperventilação – compensação
 A ↓ do pH ativa quimiorreceptores nos corpos carotídeos
− ↑ reabsorção de HCO3 pelo rim – correção
 O excesso de H+ vai ser excretado na forma de ácido e de NH4+
 Mais HCO3- será sintetizado e absorvido pelos rins, para repor o que foi consumido, no tamponamento.
− CASO CLÍNICO:
 A acidose metabólica pode desenvolver em pacientes diabéticos dependentes de insulina secundária à produção de
cetoácidos se as dosagens de insulina não são adequadas. Como resposta compensatória a esta acidose, respiração
profunda e rápida se desenvolve. Este modelo de respiração é chamado de respiração de Kussmaul. Com a respiração
Kussmaul prolongada, os músculos envolvidos podem se tornar fadigados. Quando a fadiga ocorre, a compensação
respiratória é diminuída e a acidose se torna mais grave.
• Alcalose metabólica
− ↑ CO2 ↑PCO2
− ↓ H+ ↑ pH
 Temponamento: Para utilizar os tampões do LIC, o H+ sai das células em troca de K+, resultando em hipocalemia.
− ↑ HCO3
 Perda de H+ pelos sist. gastrointestinal e renal
 O H+ secretado pelo estômago vai para o ID, onde o pH baixo estimula a secreção de HCO3 pelo pâncreas
 Vômito – perde HCl pelo estômago
 HCO3 não é secretado no ID e permanece no sangue
− Hipoventilação – compensação
 ↑ pH inibe os quimiorreceptores carotídeos
− ↑ excreção de HCO3 pelo rim – correção
− CASO CLÍNICO:
 Perda de conteúdos gástricos do corpo (p. ex., vômito, sucção nasogástrica) produz alcalose metabólica secundária à perda
de HCl. Se a perda do fluido gástrico é significante, a contração do volume do LEC ocorre. Nesta condição, os rins não
conseguem excretar quantidades sufi cientes de HCO3 – para compensar a alcalose metabólica.
• Acidose respiratória
− ↑ CO2 ↑PCO2
 Causada pela hipoventilação
− ↑ H+ ↓pH
− ↑ HCO3
− Nenhuma compensação pulmonar
− ↑ reabsorção de HCO3 pelo rim – compensação
• Alcalose respiratória
− ↓ CO2 ↓PCO2
 Causada pela hiperventilação
− ↓ H+ ↑pH
− ↓ HCO3
− Nenhuma compensação pulmonar
− ↓ reabsorção de HCO3 pelo rim – compensação
 Menos CO2 se entra nas células renais e menos H+ e
HCO3- é excretado e reabsorvido, respectivamente.
− Alcalose respiratória aguda: a compensação renal ainda não ocorreu e o pH é bem alto.
− Alcalose respiratória crônica: a compensação renalç está ocorrendo e tende a normalizar a proporção HCO3-/CO2 e o pH.
• OBS:
− Para cada distúrbio metabólico, altera a PCO2 (compensação respiratória) para a variação da [HCO3]
− Para cada distúrbio respiratório, altera a [HCO3] (compensação renal) para a variação da PCO2
 HIATO ANIÔNICO (Anion Gap) para diagnosticar distúrbios acidobásicos
• As [ ] de ânions e cátions no plasma devem ser = para manter a neutralidade elétrica.
• Medem-se o cátion Na+ e os ânions Cl e HCO3 em laboratório para diagnosticar
acidose metabólica
− Acidose metabólica – aumento de ácidos não voláteis como na cetoacidose
diabética
− A queda de HCO3 não é acompanhada pelo aumento equivalente de Cl
• Hiato aniônico plasmático = [Na] – [HCO3] – [Cl]
− O hiato vai de 8 a 16 mEq/L → geralmente os ânions não medidos excedem os cátions não medidos

Sistema renal

 Excreção
• Filtrado → tem tudo que é encontrado no plasma sanguíneo, menos proteína
• Quando o filtrado flui para os ductos coletores, já perdeu H2O, nutrientes e íons
• Urina → restos metabólicos (ureia) e subst. desnecessária
• Os rins processam 180L de fluido por dia → 1,5L é urinado, o resto retorna para
a circulação
 Filtração glomerular
• Processo PASSIVO → pressão hidrostática força os fluidos e solutos através de
memb. – água, aas, glicose, etc
• Proteínas não passam para o filtrado – moléc grandes
• As proteínas dentro dos capilares mantêm a pressão coloidosmótica no sangue
glomerular – evita a perda de toda água para os túbulos renais
• Proteinúria ou hematúria indica problema na membrana de filtração.
• CASO CLÍNICO:
− A síndrome nefrótica é causada por diversos distúrbios, caracterizando-se por aumento na permeabilidade dos capilares
glomerulares às proteínas causando proteinúria. O surgimento de proteínas, na urina, pode indicar a presença de doença renal.
Pessoas com essa síndrome, frequentemente, desenvolvem hipoalbuminemia, em virtude da proteinúria. Além disso,
normalmente ocorre edema generalizado em pessoas com síndrome nefrótica.
• A pressão de filtração resultante (PFR) é responsável pela formação do filtrado.
− A pressão hidrostática glomerular (PHg) é a força que impulsiona a água e os solutos para fora do sangue através da memb.
− A PHg é contraposta por duas forças que inibem a perda de líquido dos capilares glomerulares:
 POg: pressão oncótica (coloidosmótica) do próprio sangue que está passando no glomérulo
 PHc: pressão hidrostática capsular, exercida pelos fluidos na capsula glomerular.
− PFR = PHg – (POg + PHc) → a PFR a partir do plasma é de 10mmHg
• A taxa de filtração glomerular é o volume de filtrado formado a cada minuto pela ação dos glomérulos renais
− TGF normal = 120 a 125 mL/min
− Regulação da TGF
 Controles intrínsecos: agem localmente nos rins para manter a TFG constante, em resposta à PA.
 Os controles intrínsecos não conseguem lidar com uma PA muito baixa (hemorragia). Se a PA diminuir abaixo de
80mmHg, os controles extrínsecos se sobressaem.
 Controle miogênico:
→ Capacidade do músculo liso vascular se contrair ao ser estirado
→ ↑ PA = arteríolas glomerulares AFERENTES se CONTRAIAM, o que restringe o fluxo de sangue para o glomérulo
→ ↓ na PA = arteríolas AFERENTES DILATEM e aumentem o fluxo de sangue para o glomérulo = PHg, mantém a TFG
constante.
 Controle por feedback tubuloglomerular:
→ Realizado pelas céls da mácula densa → no ramo ascendente da alça de Henle e respondem à [NaCl] no filtrado
→ ↑PA, ↑TFG, ↑ [NaCl] (não há tempo para a reabsorção)
 Céls da mácula densa libera subst. vasoconstritora (ATP) → CONSTRIÇÃO nas arteríolas aferentes (maior
tempo para reabsorção de NaCl)
→ Céls da mácula densa expostas a um ↓ fluxo de filtrado e ↓ [NaCl], a liberação de ATP é inibida →
VASODILATAÇÃO nas arteríolas aferentes.
 Controles extrínsecos: agem controlando a homeostase da PA pelos sistemas nervoso e endócrino – neural e hormonal
 Controle pelo SNA Simpático:
→ ↑PA = noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas e adrenalina liberada pela medula da suprarrenal agem nos
receptores ALFA1 no músculo liso vascular → forte CONSTRIÇÃO nas arteríolas AFERENTES → INIBIÇÃO do
processo de filtração
→ Isso ESTIMULA o mecanismo da renina-angiotensina pela estimulação das células da mácula densa → o simpático
também estimula as células granulares do aparelho justaglomerular, a partir do receptor BETA1, a liberarem
RENINA, que vai atuar no sistema renina-angiotensina.
 Mecanismo da RENINA-ANGIOTENSINA:
→ Estímulos fazem as céls granulares liberarem o hormônio renina.
→ Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I
→ Angiotensina I é inativada e convertida em angiotensina II pela ECA (enzima presente nos pulmões)
→ A angiotensina II age para estabilizar a PA e o volume do LEC
 Potente vasoconstritor → ativa músculos das arteríolas, ↑PA
 Estimula a reabsorção de Na pela estimulação da liberação de aldosterona pelo córtex da suprarrenal
 Estimula o hipotálamo a produzir e a neurohipófise a liberar o ADH, além de ativar os centros da sede
 Aumenta a reabsorção de fluidos pela constrição das arteríolas eferentes
 OBS.: todos os efeitos da angiotensina II são para ↑ o volume do LEC e ↑PA
→ Estímulos que ativam a liberação de RENINA
 ↓ perfusão sanguínea no glomérulo ↓ estiramento das céls glanulares
 ↓ de NaCl ↑ sinais das céls da mácula densa ↑ estimulação das céls glanulares
 ↑ estimulação das céls glandulares via receptores beta1-adrenérgicos pelos nervos simpáticos renais
→ CASO CLÍNICO:
 A ECA degrada a bradicinina, inativando-a, e transforma a angiotensina I, hormônio inativo, em angiotensina
II, que é ativa. A ECA aumenta os níveis de angiotensina II e reduz os de bradicinina.
 Os fármacos chamados inibidores da ECA (p. ex., enalapril, captopril), ↓ PA sistêmica, em pacientes com
hipertensão, diminuem os níveis de angiotensina II e elevam os de bradicinina. Esses dois efeitos reduzem a
resistência vascular sistêmica, a pressão arterial e a resistência vascular renal, aumentando, dessa forma, a
IFG e o FSR.
 Os antagonistas do receptor de angiotensina II (p. ex., losartana) também são usados para tratar a pressão
arterial elevada. Como o nome sugere, esses medicamentos bloqueiam a ligação da angiotensina II ao
receptor de angiotensina II (AT1). Portanto, bloqueiam os efeitos vasoconstritores da angiotensina II sobre a
arteríola aferente, aumentando a IFG e o FSR. Ao contrário dos inibidores da ECA, os antagonistas do receptor
de angiotensina II não inibem o metabolismo das cininas (p. ex., bradicinina).

 Reabsorção tubular:
• Glicose e aas são completamente reabsorvidos para manter as [ ] do plasma
• A reabsorção de H2O e da maioria dos íons é regulada em resposta a sinais hormonais
• Pode ser um processo ATIVO ou PASSIVO de acordo com a subst. transportada
• REABSORÇÃO DE Na – processo ATIVO
− Na do filtrado → céls tubulares através de T.A. 2º, a favor do gradiente de [ ] → bomba de Na/K → leva moléc de glicose junto
− Na dentro das céls tubulares é transportado ativamente para o LI pela bomba Na/K
− No líq intersticial → Na difundido para dentro dos capilares pelo grande fluxo de H2O dentro dos vasos
• REABSORÇÃO DE H2O, ÍONS E OUTROS NUTRIENTES
− Na gera gradiente elétrico ao se movere das céls tubulares para os capilares sanguíneos, favorecendo a reabsorção de ânions.
− A H2O se move por osmose para dentro dos capilares peritubulares pelas aquaporinas
− A medida que a H2O deixa os túbulos, ↑ [ ] de solutos no filtrado e eles começam a seguir seus gradientes de [ ] para dentro
dos capilares tubulares.
− Subst. reabsorvidas por T.A. 2º → glicose, aas, lactato, vitaminas e maioria dos cátions
• OBS.: existe um transporte máximo – Tm para quase todas subst. reabsorvidas ativamente
− Tm = nº de carreadores nos túbulos renais disponíveis para carrear cada subst.
− Quando carreadores estão saturados, o excesso é excretado na urina
 Ex.: hiperglicemia por diabetes melitos
 ↑ [glicose] no plasma, Tm para glicose é excedido → glicosúria
• SUBST NÃO REABSORVIDAS
− Falta de carreadores ou subst. muito grandes → ureia, creatinina, ác. úrico
− CREATININA → [ ] no plasma é estável → útil para medir a TFG e a função glomerular
 Capacidades absortivas dos túbulos renais e ductos coletores:
• TCP – túbulo contorcido proximal:
− As células são as mais ativas na reabsorção.
− Glicose, lactato, aas, TA 2º com Na
− Na → TA 1º → bomba de Na/K → gera gradiente eletroquímico para a difusão passiva de soluto, osmose e TA 2º com Na
− Água → osmose para a reabsorção de solutos
− Cátions → TP direcionado pelo gradiente de [ ]
− Ânions → TP direcionado pelo gradiente de [ ] para o CL e TA 2º para Na e HCO3
− Ureia e solutos lipossolúveis: difusão passiva direcionada pelo gradiente de [ ]
• Ramo descendente da alça de Henle
− Reabsorção de H2O por osmose por aquaporinas
• Ramo ascendente da alça de Henle
− Escasso de aquaporinas → H2O não sai
− Na, Cl e K → TA 2º via co-transportador Na-K-2Cl
− Ca e Mg → difusão passiva paracelular direcionada pelo gradiente de [ ]
• TCD – túbulo contorcido distal e DC – ducto coletor
− Pouca reabsorção de NaCl → simporte
− A reabsorção é ocorre de acordo com as necessidades do corpo no momento, regulada por hormônios
 Aldosterona para o Na
 ↓ de Na – hiponatremia
 ↓ do volume sanguíneo ou da PA
 ↑ de K no LEC – hipercalemia
 ADH para H2O → inserção de aquaporinas
 PTH – paratormônio para o Ca
− O PAN (peptídeo natriurético atrial) reduz a [Na] diminuindo o volume e a PA
 Liberado por céls atriais cardíacas
 ↑ volume sanguíneo e ↑PA = PAN inibe a reabsorção de Na nos DC → secreção de angiotensina II e estímulo da TFG →
dilata arteríolas renais → ↓ reabsorção de H2O, ↓ vol sg, ↓PA
 Secreção tubular
• Subst. como H, K, NH4, creatinina e certos ác orgânicos podem se mover para dentro ou para fora do filtrado
• Com exceção do potássio, o TCP é o principal local de secreção, mas as porções corticais dos ductos coletores e as regiões finais dos
TCD também participam da secreção
 Regulação da [ ] e do volume de urina
• Osmolaridade = nº de partículas dissolvidas em 1kg de água
• ↑ osmolaridade = ↑ concentração
• Os rins realizam realiza a manutenção da [ ] osmótica do plasma por mecanismos de contracorrente
− Contracorrente = líq fluem por túbulos adjacentes em direções opostas
− Estabelece um gradiente osmótico do córtex à medula
− Permite que os rins variem a [ ] da urina
• Mecanismo contracorrente
− A alça de Henle descendente é impermeável aos solutos e permeável a H2O
− A AH ascendente é permeável aos solutos e impermeável a H2O
− A reciclagem da ureia contribui para o gradiente osmótico medular
 Nos ramos finais da AH, a ureia entra no filtrado por difusão facilitada
 Filtrado chega ao DC: a ureia muito [ ], é transportada por difusão facilitada para fora do túbulo e para dentro do LI medular
 Isso faz com que a ureia recircule de volta ao ramo fino da AH e contribua para a alta osmolaridade medular
• Formação da urina diluída
− O filtrado é diluído ao passar pelo ramo ascendente da AH.
− Para excretar urina diluída → permitir que o filtrado siga seu caminho para a pelve renal sem reabsorver água
 ADH não é liberado pela neurohipófise → DC impermeável a água
• Formação da urina concentrada
− O ADH inibe a diurese, ↓ vol da urina
− O ADH gera a inserção de aquaporinas no DC → água passa facilmente para dentro das céls e depois para o LI
− A liberação de ADH é estimulada pelo ↑ da osmolaridade do plasma acima de 300mOsm ou grande ↓ do vol sanguíneo
• Diuréticos
− Subst. química que ↑ o vol urinário por não ser reabsorvida e por carregar água junto com ela (ex.: glicose em diabetes melito)
− O álcool estimula a diurese pela inibição da liberação de ADH
− ↑ fluxo urinário pela inibição da reabsorção de Na e da reabsorção de água no TCP (ex.: cafeína)

 Equilíbrio hídrico e osmolaridade do LEC


• A entrada de H2O deve ser igual à saída.
• O aumento da osmolaridade do plasma (>300mOsm/Kg) desencadeia:
− Ativa o mecanismo da sede
− Liberação de ADH → faz com que os rins conservem mais H2O e excretem urina concentrada
• A diminuição da osmolaridade inibe tanto a sede quanto a liberação de ADH
• Regulação da ingestão de H2O
− ↑ da osmolaridade do plasma excita o centro da sede no hipotálamo
 Boca seca: ↑ da pressão coloidosmótica ↓ líquidos deixem a corrente sanguínea para as céls
 Menos produção de saliva, aumentando a sede: gls salivares obtém água do sangue
− Os neurônios do centro da sede são estimulados quando:
 Osmorreceptores perdem água por osmose para o LEC hipertônico
 Osmorreceptores são ativados pela angiotensina II por estímulo de barorreceptores
• Regulação da perda de água
− Perda obrigatória de água na urina → rins excretam 900 a 1200mOsm de solutos para manter a homeostase do sangue
− A [ ] de solutos e o vol de urina dependem da ingestão de líquidos, da dieta e da perda de água por outros meios
− INFLUÊNCIA DO ADH
 A quantidade de água reabsorvida nos DC é proporcional à quantidade de ADH liberada
 ↓[ ] de ADH = maior parte da água que chega aos DC não é reabsorvida → falta aquaporinas
 Resultado = urina diluída e redução dos líq corporais
 ↑[ ] de ADH = aquaporinas são inseridas e quase toda água é reabsorvida
 Resultado = urina concentrada e em pequeno volume
 Os osmorreceptores do hipotálamo reconhecem a [ ] de solutos do LEC e estimulam ou inibem a liberação de ADH da
neurohipófise de acordo com essa [ ]
 ↓ da osmolaridade do LEC = ↑ liberação de ADH pela estimulação dos osmorreceptores
 ↑ da osmolaridade do LEC = ↓ liberação de ADH ↑ excreção de água na urina, restaurando a osmolaridade sanguínea
 ↓ PA ↑ secreção de ADH
 Diretamente via barorreceptores no átrio e em alguns vasos sanguíneos
 Indiretamente via sistema renina-angiotensina
•CASO CLÍNICO:
− Hemorragia → ↓ PA, ativando os baroreceptores.
 A norepinefrina causa intensa vasoconstrição das arteríolas aferente e eferente, reduzindo a IFG e o FSR.
 ↑ atividade simpática ↑ a liberação de epinefrina e angiotensina II, causando maior vasoconstrição e a redução do FSR.
 O aumento da resistência vascular, dos rins e de outros leitos vasculares, aumenta a resistência periférica total. Com isso,
a PA tende a aumentar, contrabalançando a queda de pressão provocada pela hemorragia.
 Assim, esse sistema atua para preservar a pressão arterial, à custa da manutenção dos valores normais da IFG – intensidade
de filtração glomerular e do FSR – fluxo sanguíneo renal.
− Estenose da artéria renal (estreitamento da luz da artéria), causada por aterosclerose, pode causar aumento sistêmico da PA,
mediado pela estimulação do sistema renina-angiotensina.
 ↑ pressão na região da artéria proxima à estenose, mas a pressão na região distal à estenose se mantém normal ou ↓.
 A administração de fármacos para reduzir a PA sistêmica também diminui a pressão distal à estenose → o FSR, a PCG –
pressão na cápsula glomerular e a IFG diminuem.
 Mecanismos renais do balanço acidobásico:
• Reabsorção de HCO3 filtrado:
− Quase 99,9% do HCO3 filtrado é reabsorvido
− Maior parte é no TCP e pequena parte na AH, TCD e nos DC
− Mecanismo de reabsorção de HCO3 no TCP
 Na, gerado pela bomba Na/K, entra na cel a favor do gradiente de [ ] e o H é sai contra o seu gradiente de [ ] através do
contratransporte (TA 2º)
 O H secretado se combina com o HCO3→ H2CO3 → anidrase carbônica → H2O + CO2 que entram facilmente na cél
 Na cel, o CO2 e a H2O se combinam → H2CO3 pela anidrase carbônica intercelular → H + HCO3
 O H é secretado pelo trocador Na/H para auxiliar em nova reabsorção de HCO3
 O HCO3 é transportado para o sangue por dois mecanimos:
 Simporte de Na/HCO3
 Antiporte de Cl/HCO3
− Efeito da PCO2
 Acidose respiratória:  Alcalose respiratória:
 ↑ PCO2  ↓ PCO2
 ↑ [CO2] nas céls para gerar H e ↑ HCO3  ↓ [CO2] nas céls para gerar H e ↓HCO3
pode ser reabsorvido pode ser reabsorvido
 ↑ ↓ [HCO3] no plasma ↑pH arterial  ↓ [HCO3] no plasma ↓pH arterial
• Excreção de H na forma de ácido titulável
− Ácido titulável = H excretado com tampões urinários
− O fosfato inorgânico é o mais importante desses tampões devido à sua ↑ [ ] na urina e pK ideal
− Mecanismo de excreção:
 O ácido titulável é excretado por todo o néfron, mas principalmente por céls da porção final do TCD e do DC
 Pode ser excretado por ATPase H estimulada pela aldosterona ou pela ATPase H/K
 O H secretado se combina com a forma ácida do tampão fosfato (HPO4²⁻) → H2PO4 – ác titulável excretado
 O H secretado pela ATPase H é produzido a partir do CO2 + H2O = H2CO3 que se dissocia em H (que é secretado) e HCO3
(que é reabsorvido pelo sangue via trocador Cl/HCO3)
• Excreção de H como NH4
− Mecanismo de excreção:
 TCP:
 Glutamina é metabolizada em NH3 e alfa-cetoglutarato, que é metabolizado em HCO3
 Na cel, NH3 é convertida em NH4, que é secretado para o lúmen pelo trocador Na/NH4
 HCO3 é reabsorvido para o sangue via simporte Na/HCO3
 Uma parte do NH4 é excretada diretamente na urina
 AH ascendente espessa:
 Parte do NH4 é reabsorvido por substituição pelo K no co-transportador Na-K-2Cl
 DC:
 Quando o H é secretado no líq tubular a NH3 se combina formando o NH4
 Apenas a forma NH3 é lipossolúvel e pode se difundir através das céls dos DC para o líq tubular
 No líq tubular, o NH3 se combina com o H secretado, formando o NH4
Sistema endócrino

 Composto por um grupo de glândulas cuja função é regular o metabolismo do corpo, através de vários tipos de mensageiros químicos;
 HORMÔNIOS
• São substancias químicas secretadas para o LEC, que regulam a função de outras células.
− Existem três classes:
 Proteicos
 Esteroides - derivados do colesterol
 Aminas - derivados da tirosina
 Feedback negativo
• Controle da liberação hormonal a partir do próprio hormônio
• Tem como finalidade inibir sua hipersecreção
− Feedback de alça LONGA: quando o hormônio volta a agir lá no eixo hipotálamo-hipófise.
− Feedback de alça CURTA: quando um hormônio da hipófise anterior age sobre o hipotálamo, inibindo a secreção do hormônio
liberador hipotalâmico.
− Feedback de alça ULTRACURTA: o hormônio hipotalâmico inibe a sua própria secreção (EX: o hormônio liberador do hormônio
de crescimento, o GHRH, inibe a própria secreção de GHRH).
− OBS: A variável controlada não é a taxa de secreção do hormônio, mas o grau de atividade no tecido-alvo. Então, somente
quando a atividade no tecido-alvo se eleva até um nível apropriado, os sinais de feedback para a glândula endócrina serão
suficientes para tornar mais lenta a secreção do hormônio.
 Feedback positivo
• A ação de um hormônio causa secreção adicional desse hormônio.
− EX: Durante o ciclo menstrual, os ovários secretam estrogênio, que estimula a hipófise anterior a secretar FSH e de LH. E o FSH
e o LH vão voltar a estimular a ovulação e a secreção de mais estrogênio pelos ovários.
 Regulação dos Receptores Hormonais
• Para responder a um hormônio, um tecido-alvo tem que ter receptores específicos para esse hormônio.
• A reatividade do tecido-alvo depende tanto da concentração hormonal quanto da sensibilidade desses receptores.
• Essa sensibilidade pode ser alterada por duas maneiras:
− Regulação para baixo → o hormônio diminui o número ou a afinidade, de seus receptores no tecido-alvo.
 Objetivo: reduzir a sensibilidade do tecido-alvo, quando os níveis hormonais ficam elevados por longo períodos.
− Regulação para cima → o hormônio aumenta o número, ou a afinidade, dos seus receptores.
 HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS
• H. liberador da tireotrofina (TRH): Estimula a secreção de TSH (H. Estimulador da tireóide)
• H. liberador de corticotrofina (CRH): estimula a secreção de ACTH
• H. liberador do H. do crescimento (GHRH): estimula a secreção do H. do crescimento
• H. liberador da gonadotrofina (GnRH): Estimula a secreção de FSH e LH.
• H. inibidor da prolactina (PIH): INIBE a secreção de prolactina pelos lactotrofos
 HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS
• A hipófise anterior (ADENOHIPÓFISE) secreta seis hormônios peptídicos:
− Hormônio estimulante da tireoide (TSH)
 Estimulado: pelo TRH e indiretamente pela gestação
 Inibido: por retroalimentação negativa exercida pelos hormônios tireoidianos na hipófise anterior.
− Hormônio folículo estimulante (FSH)
 Nas mulheres, estimula a maturação do folículo ovariano e a produção de estrogênios.
 Nos homens, estimula a produção de esperma.
 Estimulado pelo GnRH
 Inibido por retroalimentação negativa exercida por inibina, estrogênios nas mulheres e testosterona nos homens.
− Hormônio luteinizante (LH)
 Nas mulheres, desencadeia a ovulação e estimula a produção do estrogênio e progesterona pelos ovários.
 Nos homens, estimula a produção de testosterona
 Estimulado pelo GnRH
 Inibido por retroalimentação negativa exercida por estrogênio e progesterona nas mulheres e testosterona nos homens.
− Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH)
 Promove a liberação de glicocorticoides e androgênios no córtex da supra-renal.
 Estimulado pelo CRH
 Inibido por retroalimentação negativa exercida pelos glicocorticoides
− Hormônio do crescimento - GH
 Provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer;
 Principais ações
 Crescimento linear, efeito diabetogênico (aumenta a [ ] de glicose no sangue), aumento da síntese de proteínas,
crescimento de órgãos, redução do catabolismo de proteínas e aa;
 SOMATOMEDINAS
 O GH estimula o fígado a produzir essas pequenas proteínas chamadas somatomedinas, seus efeitos sobre o
crescimento são = aos efeitos da insulina, são chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs).
 Elas amplificam em todos os aspectos a ação do hormônio do crescimento sobre os tecidos.
→ A maioria dos efeitos do GH resulta mais das somatomedinas, do que dos efeitos diretos do próprio hormônio
 A mais importante é a somatomedina C e sua concentração acompanha a da taxa de secreção do GH
 Regulação
 Via estimulante: GHRH → age sobre a adenohipófise e estimula a síntese e secreção do hormônio do crescimento
 Via inibitória: SOMATOSTATINA
→ Age sobre adenohipófise, bloqueando a ação do GHRH e inibindo a secreção do GH
 Durante a infância, sua secreção permanece estável, tem uma elevação considerável na puberdade, e cai na senescência
− Prolactina
 Na puberdade, estimula a proliferação dos ductos mamários. Na gravidez, estimula o crescimento e desenvolvimento dos
alvéolos mamários, que irão produzir leite.
 Durante a amamentação, é responsável pela diminuição da fertilidade, uma vez que inibe a ovulação → inibindo a
secreção do GnRH
 INIBIÇÃO:
 Em mulheres NÃO grávidas ou em lactação, a secreção de prolactina é inibida pela dopamina do hipotálamo.
 O efeito inibitório da dopamina supera o efeito estimulante do TRH.
 ESTIMULAÇÃO:
 A gravidez e a amamentação são os estímulos mais importantes da secreção de prolactina.
 DEFICIÊNCIA de prolactina → Pode ser causada pela destruição dos lactotrofos da adenohipófise → falha na lactação.
 EXCESSO de prolactina:
 Deficiência de dopamina por comprometimento do hipotálamo ou tumores secretores de prolactina
• A hipófise posterior (NEUROHIPÓFISE) secreta dois hormônios:
− Hormônio antidiurético – ADH
 Secretado em casos de:
 Aumento da osmolaridade plasmática → detectado por osmoreceptores
 Hipovolemia → redução da PA → detectada por barorreceptores
 Resulta em:
 Aumento da permeabilidade da água → aquaporinas → maior reabsorção de água
 Contração do músculo liso vascular → aumento da resistência periférica total
 FISIOPATOLOGIA
 DIABETES INSÍPITO CENTRAL:
→ Causada por falha da neurohipófise em secretar ADH, com isso os ductos coletores ficam impermeáveis à água.
→ Produção de muita urina diluída, e líquidos corporais concentrados.
 DIABETES INSÍPITO NEFROGÊNICO:
→ As células principais do ducto coletor não respondem ao ADH, devido ao defeito em um receptor, com isso, a água
não é reabsorvida nos ductos coletores, resultando na excreção de grandes volumes de urina diluída.
→ Os líquidos corporais ficam concentrados, e a osmolaridade sérica aumenta.
 OBS: Ao contrário do diabetes insípito central, os níveis de ADH estão elevados, devido à estimulação da secreção pelo
aumento da osmolaridade.
− Ocitocina
 Causa a ejeção do leite e contrações uterinas relacionadas ao trabalho de parto
 O principal estímulo para a secreção de ocitocina é a sucção da mama.
 HORMÔNIOS TIREOIDEOS
• Atuam sobre praticamente todos os sistemas de órgãos no corpo, regulando o metabolismo;
− ↑ consumo de O2, ↑ débito cardíaco, ↑FC, ↑ metabolismo basal, ↑ da temp. corporal, ↑ absorção de glicose
− No período perinatal, os hormônios da tireoide são essenciais para a maturação do SNC.
• REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMONIOS TIREOIDEANOS
− O controle principal da síntese e da secreção dos hormônios tireoideanos é feito pelo eixo hipotalâmico-hipofisário.
− Hipotálamo → TRH
 O TRH afeta diretamente os tireotrofos da hipófise anterior, aumentando sua secreção de TSH.
− Adenohipófise → TSH
 O TSH aumenta a síntese e a secreção dos hormônios da tireoide, estimulando cada etapa da via biossintética.
 OBS: a secreção de TSH é regulada por dois fatores:
 Pelo TRH
 Pelos hormônios tireoidianos, que inibem a secreção de TSH regulando para baixo os receptores de TRH nos
tireotrofos, diminuindo, assim, sua sensibilidade à estimulação pelo TRH (feedback negativo)
• FISIOPATOLOGIA DOS HORMONIOS DA TIREOIDE
− Hipertireoidismo
 A forma mais comum do hipertireoidismo é a DOENÇA DE GRAVES, um distúrbio autoimune, caracterizado pelo aumento
dos níveis circulantes de imunoglobulinas estimulantes da tireoide.
 Essas imunoglobulinas são anticorpos para os receptores de TSH, nas células foliculares da tireoide.
 Quando presentes, os anticorpos estimulam, intensamente, a glândula tireoide, resultando em aumento da secreção de
hormônios da tireoide e hipertrofia da glândula.
 Outras causas de hipertireoidismo são neoplasias na glândula, excesso de secreção de TRH ou de TSH e administração de
hormônios tireóideos exógenos.
 CAUSA
 Doença de graves, adm. Exógena de hormônios ou neoplasia na tireoide → Níveis de TSH = ↓ [devido ao feedback
negativo de T3].
 Aumento da secreção de TRH ou de TSH (distúrbio hipotalâmico ou hipofisário) → Níveis de TSH: ↑.
 Sinais e sintomas:
 Perda de peso, aumento do metabolismo basal, Produção excessiva de calor e transpiração, frequência cardíaca
aumentada, devido à regulação para cima dos receptores B1 no coração, Dispneia, Exoftalmia, Bócio
− Hipotireoidismo
 A causa mais comum é a destruição autoimune da tireoide (tireoidite), quando os anticorpos podem destruir, literalmente
a glândula ou podem bloquear a síntese de hormônios tireoidianos.
 Outras causas são: a remoção cirúrgica da tireoide, como tratamento do hipertireoidismo, insuficiência hipotalâmica ou da
hipófise e deficiência de I-.
 CAUSA:
 Defeito na tireoide → Níveis de TSH ↑ pelo feedback negativo da falta de T3 e T4.
 Defeito no hipotálamo ou na hipófise → níveis de TSH ↓.
 Sinais e sintomas:
 Ganho de peso, diminuição do metabolismo basal, diminuição da produção de calor e sensibilidade ao frio, frequência
cardíaca diminuída, retardo no crescimento, retardo mental, hipoventilação, Letargia
 Quando a causa do hipotireoidismo é defeito na tireoide, os altos níveis de TSH vão desenvolver o bócio pela estimulação
constante da glândula.
− Cretinismo
 Causado por hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças.
 Se caracteriza pela deficiência do crescimento corporal e por retardo mental.
 Resulta da ausência congênita da tireoide, de sua incapacidade de produzir hormônio tireoidiano devido a um defeito
genético ou da ausência de iodo na dieta (cretinismo endêmico).
 HORMÔNIO PARATIREOIDEO – PTH
• Produzido e secretado pelas células principais das 4 paratireoides, localizadas no pescoço sob a tireoide.
• Seu papel é o de regular a concentração de Ca2+ no LEC.
• Regulação da secreção de PTH
− A secreção do PTH é regulada pela concentração plasmática de Ca2+
 Baixas concentrações estimulam as paratireoides a secretarem PTH, e altas concentrações de Ca2+, inibem.
• Ações do PTH
− Osso:
 O PTH se liga aos seus receptores nos osteoclastos e estimula a reabsorção óssea, fornecendo Ca2+ e fosfato para o LEC.
− Rim:
 O PTH inibe a reabsorção de fosfato, inibindo o simporte de Na+/fosfato pelo TCP.
 Provoca fosfatúria, aumento de fosfato na urina → Esse fosfato seria, de outro modo, complexado com o Ca2+ no LEC.
 Além dessas ações, o PTH também estimula a reabsorção de Ca2+ no TCD do néfron.
OBS: isoladamente, os efeitos do PTH, no osso, não podem ser responsáveis por aumentar a concentração plasmática de Ca2+, pois, o fosfato
liberado pelo osso, vai se complexar com o Ca2+, no LEC, e limitar o aumento da concentração de Ca2+ ionizado → forma ativa.
− Intestino delgado:
 Indiretamente, o PTH estimula a absorção intestinal de Ca2+ pela ativação da vitamina D.
• FISIOPATOLOGIA DO PTH
− Hiperparatireoidismo:
 Comumente causado por adenomas da paratireoide, que secretam grandes quantidades de PTH.
 As consequências são:
 Hipercalcemia: resulta do aumento da reabsorção óssea, renal e intestina de Ca2+.
 Hipofosfatemia: resulta da diminuição da reabsorção renal de fosfato e da fosfatúria.
 Sintomas: cálculos decorrentes da hipercalciúria, ossos comprometidos, decorrente do aumento da reabsorção.
− Hipoparatireoidismo:
 Pode ser causada por cirurgia na tireoide, tratamento de hiperparatireoidismo.
 Assim, haverão baixos níveis circulantes de PTH, resultando em:
 Hipocalemia: diminuição de reabsorção óssea, renal e intestinal do Ca2+
 Hiperfosfatemia: aumento da reabsorção de fosfato.
 CALCITONINA
• Sintetizada e secretada pelas células parafoliculares ou células C da tireoide.
• O principal estimulo para a secreção de calcitonina é o aumento da concentração plasmática de Ca2+.
• Ação: Inibe a reabsorção óssea osteoclástica, diminuindo a concentração plasmática de Ca2+
 VITAMINA D
• Em conjunto com o PTH, é o segundo maior hormônio regulador do Ca2+ e do metabolismo do fosfato.
− O papel do PTH é o de manter a concentração plasmática de Ca2+ e suas ações são coordenadas para aumentar a concentração
de Ca 2+ ionizado em direção ao normal.
− O papel da vitamina D é o de promover a mineralização do novo osso, e suas ações são coordenadas para aumentar, tanto a
concentração de Ca2+ quanto a de fosfato, no plasma, de modo que esses elementos possam ser depositados no mineral do
osso novo.
• A vitamina D aumenta a reabsorção de Ca2+ no intestino, no rim, pela reabsorção de Ca2+ e fosfato e no osso, estimulando a
atividade dos osteoclastos juntamente com o PTH.
• FISIOPATOLOGIA DA VIT. D
− Deficiência de vitamina D em criança causa raquitismo, uma condição em que quantidades insuficientes de Ca2+ e fosfato estão
disponíveis para a mineralização dos ossos em crescimento.
− Em adultos, a deficiência de vitamina D resulta em osteomalácia, na qual o osso novo não mineraliza, resultando em curvatura
e amolecimento dos ossos sustentadores de peso.
 SUPRARRENAL
• As glândulas suprarrenais estão localizadas na cavidade retroperitoneal, acima de cada rim.
− A MEDULA, na zona interna da glândula, compõe aproximadamente 20% do tecido.
 Ela é de origem neuroectodermica
 Secreta as catecolaminas epinefrina e norepinefrina.
− O CÓRTEX suprarrenal, na zona externa da glândula, é de origem mesodérmica e tem três camadas distintas:
 Glomerular: síntese de mineralcorticoides (Aldosterona)
 Fascicular: síntese de glicocorticoides (cortisol)
 Reticular: síntese de sexocorticoides (androgênios: androstenediona e desidroepiandrosterona (DHEA).
• Vias biossintéticas no córtex suprarrenal
− Cada camada do córtex sintetiza e secreta, predominantemente, um tipo de esteroide
− A base para essa especialização é a presença ou ausência de enzimas que catalisam as várias modificações do núcleo esteroide
− O precursor de todos os esteroides adrenocorticais é o COLESTEROL
− A maior parte do colesterol é fornecida para o córtex suprarrenal pela circulação, e pequenas quantidades são sintetizadas nas
próprias células suprarrenais corticais
− O primeiro passo, em cada via, é a conversão de colesterol em pregnenolona, catalisada pela colesterol desmolase → enzima
limitadora da intensidade/velocidade na via
• GLICOCORTICOIDES (Cortisol) → Zona Fascicular:
− O principal glicocorticoide produzido nos seres humanos é o cortisol
− Enzimas necessárias para converter o colesterol em cortisol:
 Desmolase colesterol → converte colesterol em pregnenolona
 17alfa-hidroxilase → hidroxila pregnenolona para formar 17-hidroxipregnenolona
 3beta-hidroxiesteroide desidrogenase → converte 17-hidroxiprenenolona em 17-hidroxiprogesterona
 21beta-hidroxilase e 11beta-hidroxilase → hidroxilam em C11 e C21 produzindo o cortisol.
− Outro gliococorticoide presente nessa via é a corticosterona
 EX: se a etapa de 17alfa-hidroxilase for bloqueada, a zona fasciculada ainda pode produzir corticosterona.
 Assim, o cortisol não é absolutamente necessário para sustentar a vida, desde que a cortoicosterona esteja sendo
sintetizada.
 Bloqueios nas etapas do colesterol desmolase, 3beta-hidroxiesteroide desidrogenase, 21beta-hidroxilase ou 11beta-
hidroxilase são devastadores, por impedir a produção de cortisol e de corticosterona.
→ Nesses casos, sem terapia de reposição hormonal adequada, ocorrerá morte
• MINERALOCORTICOIDES (Aldosterona) → Zona Glomerular:
− O principal mineralocorticoide no corpo é aldosterona
− As etapas necessárias para converter colesterol em corticosterona são idênticas às da zona fasciculada, e a adição da enzima
aldosterona sintase, na zona glomerulosa, converte a corticosterona em aldosterona.
− 11-desoxicorticosterona (DOC) e corticosterona também têm atividade mineralocorticoide.
 Assim, se a via dos mineralocorticoide estiver bloqueada abaixo do nível da DOC, os mineralocorticoides continuarão a ser
produzidos.
 Mas, se a via estiver bloqueada acima do nível da DOC (ex: ausência de 21beta-hidroxilase), então, a nenhum
mineralocorticoide será produzido.
• ANDROGÊNIOS (DHEA e androstenediona) → Zona Reticular:
− DHEA e androstenediona são esteroides androgênicos produzidos, principalmente pela zona reticular, com quantidades
menores produzidas na zona fasciculada.
 Têm fraca atividade androgênica, mas, nos testículos, são convertidos em testosterona, o androgênio mais potente.
− Os precursores para os androgênios suprarrenais são a 17-hidroxipregnenolona e a 17-progesterona.
− Nos homens, os androgênios suprarrenais têm pouca importância, pois os testículos produzem sua própria testosterona, a
partir do colesterol, e não requerem os precursores suprarrenais.
− Nas mulheres, entretanto, o córtex suprarrenal é a principal fonte de compostos androgênicos.
• Regulação da secreção dos esteroides adrenocorticais
− A síntese e excreção de hormônios esteroides, pelo córtex, dependem da estimulação da colesterol desmolase pelo ACTH.
− A zona fascicular (glicocorticoides): está sobre controle exclusivo do eixo hipotálamo-hipófise → CRH - hipotálamo e ACTH -
adenohipófise.
− A zona reticular (androgênios) também está sob controle do eixo hipotálamo-hipófise, embora pode ter controle adicional
independente.
− A zona glomerulosa, (mineralocorticoides), depende de ACTH para a primeira etapa na biossíntese de esteroides, mas é
controlada separadamente pelo sistema renina angiotensina-aldosterona.
 ACTH
 Secretado pela adenohipófise
 Tem padrão secretor pulsátil e diurno
 OBS: O relógio interno que determina o padrão diurno pode ser deslocado por alternância do ciclo vigília-sono, por
exemplo, quando a pessoa varia o horário de dormir e de despertar. O padrão diurno também pode ser abolido por
coma, cegueira ou exposição constante à luz ou ao escuro.
• Regulação da secreção de Aldosterona
− O ACTH continua sendo essencial nesse processo porque estimula a colesterol desmolase (1ª etapa da via).
− Aldosterona apresenta padrão diurno, os níveis mais baixos ocorrem à meia-noite, e os níveis mais altos antes de acordar.
− A regulação primária da secreção de aldosterona ocorre pelas variações do volume do LEC, por meio do sistema renina-
angiotensina II-aldosterona e pelas alterações dos níveis séricos de K+.
 Renina-angiotensina II-aldosterona
 O mediador dessa regulação é a angiotensina II, que aumenta a síntese e a secreção de aldosterona, pela estimulação
da colesterol desmolase e aldosterona sintase, primeira e última etapas da via.
 ↓ do vol. do LEC → ↓ da pressão de perfusão rena → ↑ a secreção de renina pelas céls justaglomerulares do rim.
 A renina então, catalisa a conversão do angiotensinogênio em angiotensina I, que é inativa.
 A enzima conversora de angiotensina (ECA) catalisa a conversão da angiotensina I em angiotensina II que atua na zona
glomerulosa para estimular a síntese de aldosterona.
 EX: reduções do volume do LEC estimulam a secreção de aldosterona, e a aldosterona esimula a reabsorção de sódio
pelos rins, para ajudar a restaura o teor de sódio no LEC e o volume do LEC.
 Potássio K+ sérico
 ↑ da [ ] sérica de K+ → ↑ a secreção de aldosterona, e as reduções reduzem a secreção de aldosterona.
 EX: ↑ da [ ] sérica de K+ atua nas células suprarrenais as desporalizando e abrindo canais de cálcio sensíveis à
voltagem. Quando os canais de cálcio se abrem, a [ ] do cálcio intracelular ↑ e estimula a secreção de aldosterona.
 Aumentos no K+ sérico estimulam a secreção de aldosterona, e aldosterona aumenta a secreção de K+ pelo rim,
diminuindo, assim, o K+ sérico em direção ao normal.
• Ações dos esteroides adrenocorticais:
− MINERALOCORTICOIDES:
 Aldosterona – TCD e DC: ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H
 Tumor secretor de aldosterona:
 ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H
 ↑ vol de LEC, hipertensão, hipopotassemia e alcalose metabólica
 Insuficiência suprarrenal:
 ↓ reabsorção de Na, ↓ secreção de K e H
 ↓ vol de LEC, hipotensão, hiperpotassemia e acidose metabólica
− GLICOCORTICOIDES:
 Cortisol promove a gliconeogênese e armazenamento de glicogênio
 Cortisol tem efeitos catabólicos e diabetogênicos
 É necessário para a manutenção da PA e desempenha papel permissivo nas arteríolas, regulando para cima os receptores
alfa1-adrenérgicos → resposta vasoconstritora às catecolaminas
 ↑ a FG, causando vasodilatação das arteríolas aferentes
• Ações dos androgênios suprarrenais:
− DHEA e androstenediona → convertidos em testosterona nos testículos
− Homens:
 Papel menor, pois a síntese de testosterona original é a partir de colesterol
− Mulheres:
 Principais androgênios.
 Responsáveis pelo desenvolvimento de pelos pubianos, axilares e pela libido
 Em excesso (síndrome adrenogenital), pode levar à masculinização das mulheres
• FISIOPATOLOGIA DO CÓRTEX SUPRARRENAL
− Doença de Addison
 Insuficiência adrenocortical primária → destruição autoimune de todas as zonas do córtex da suprarrenal
 ↓ da síntese de todos hormônios adrenocorticais
 ↓ dos níveis circulantes de cortisol, aldosterona e androgênios suprarrenais
 Sintomas:
 ↓ cortisol = hipoglicemia, anorexia, perda de peso, náusea, vômitos, fraqueza
 ↓ aldosterona = hiperpotassemia, acidose metabólica e hipotensão (↓ vol do LEC)
 Nas mulheres = ↓ DHEA e androstenediona = ↓ pelos pubianos e axilares, ↓ do libido
 Hiperpigmentação da pele (cotovelos, joelhos, mamilos) = ↑ níveis de ACTH
 Perfil do doente:
 ↑ CRH
 ↑ ACTH
 ↓ cortisol, aldosterona e androgênios
 Tratamento: glicocorticoides e mineralocorticoides
− Insuficiência suprarrenal secundária
 Ocorre quando o CRH ou o ACTH é insuficiente
 Pode ocorrer a diminuição do ACTH, diminuindo a secreção de cortisol pelo córtex
 Perfil do doente:
 ↓ ACTH
 ↓ cortisol
 Aldosterona = normal
 Não terá hipopotassemia, acidose metabólica e redução do vol do LEC, não haverá hiperpigmentação pois ↓ACTH
− Síndrome de Cushing
 Excesso da produção espontânea de cortisol, ou administração de glicocorticoides exógenos
 Perfil do doente:
 ↓ CRH – feedback negativo pelo excesso de cortisol
 ↓ ACTH – feedback negativo pelo excesso de cortisol
 ↑ cortisol
 Tratamento:
 Cetoconazol ou metirapona → bloqueia a biossíntese de hormônios esteroides
 Adrenalectomia bilateral associada à reposição hormonal de esteroides
− Doença de Cushing
 Problema na adenohipófise, com hipersecreção de glicocorticoides e androgênios pela estimulação de ACTH
 Perfil do doente:
 ↓ CRH – feedback negativo pelo excesso de cortisol
 ↑ ACTH – adenoma hipofisário secretor de ACTH – não responde ao feedback negativo
 ↑ cortisol
 Tratamento: remoção cirúrgica do tumor secretor
− Síndrome de Conn
 Hiperaldosteronismo primário → tumor secretor de aldosterona
 ↑ aldosterona = ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H
 Efeitos:
 ↑ vol do LEC – devido ao ↑ da reabsorção de Na
 Hipertensão – devido ao ↑ da reabsorção de Na
 Alcalose metabólica – devido ao ↑ da secreção de H
 Os níveis circulantes de renina serão REDUZIDOS pois o vol aumentado do LEC aumenta a pressão de perfusão renal, que
inibe a secreção de renina.
 Tratamento: antagonista da aldosterona → espironolactona, seguida pela remoção cirúrgica do tumor

Sist. reprodutor masculino e feminino

 Sistema reprodutor masculino


• Gametogênese contínua por toda a vida
• Espermatogênese → processo dura cerca de 72 dias
• TESTÍCULOS
− No escroto → T cerca de 2°C abaixo da T corporal
− Células de Sertoli
 Estimulada por testosterona e FSH
 Suporte estrutural
 Barreira hematotesticular → junções que ligam duas céls de Sertoli
 Guiam as céls espermáticas em direção ao lúmen quando amadurecem
 Expressam receptor para andrógeno → testosterona, FSH
 Produzem fluidos que servem para a manutenção do sptz
 Função fagocítica → corpos residuais: citoplasma do sptz
 Produz hormônio antimülleriano – AMH → responsável pela regressão de
ductos que darão origem ao sist. feminino
 Produz hormônio inibina → inibe a produção de FSH
 Produz proteína de ligação a andrógeno – ABP → mantém nível alto de andrógeno
 Enzima CYP19 – aromatase → converte testosterona em estrógeno
− Células de Leydig
 Produzem testosterona
 Expressa receptor para LH
 Níveis reduzidos de LH diminui a prod de testosterona
− TESTOSTERONA
 Regula a função da cél de Sertoli
 Pode ser convertida em DHT (di-hidrotestosterona)
 Masculinização da genitália, crescimento e atividade da próstata, crescimento do pênis, escurecimento e
pregueamento do escroto, crescimento de pelos pubianos e axilares, crescimento de pelos faciais e corporais e
aumento da massa muscular
− O testículo é regulado por um eixo endócrino e gonadotrofinas hipofisárias → eixo hipotalâmico-hipofisário
 Hipotálamo: hormônio liberador de gonadotrofina – GnRH
 Hipófise anterior:
 hormônio luteinizante – LH
 hormônio folículo estimulante – FSH
• EREÇÃO:
− Evento neurovascular.
− Sist. simpático → ejaculação + vasoconstrição
− Sist. parassimpático → ereção + vasodilatação
• OBS.: Caso Clínico
− Disfunção erétil – DE
 Pode ser causada por prod insuficiente de andrógeno, dano
neurovascular (diabetes melito, lesão da medula espinhal),
dano estrutural do pênis, fatores psicogênicos, medicações
prescritas (antidepressivos) e drogas (álcool e tabaco)
 Tratamento: uso de inibidores seletivos de GMPc fosfodiesterases (Viagra), os quais auxiliam na manutenção de uma
ereção
 Sistema reprodutor feminino
• Gametogênese apenas durante a vida intrauterina
• OVÁRIO:
− Folículo primordial
 5º mês de gestação – 7 milhões
 Maturidade sexual – 300 mil → atresia: cerca de 270 mil
 Entre a menarca e menopausa ovula cerca de 450
 Menopausa – menos de 1000
− Folículo antral
 Células granulosas → receptores para FSH
 Células da teca → receptor para LH e produção de andrógenos
(androstenediona e testosterona)
• Hormônios femininos
− Hipotálamo → GnRH
− Hipófise anterior → FSH e LH
− Ovarianos → estrogênio e progesterona
• Ciclo ovariano
− A cada 28 dias, FSH e LH fazem com que cerca de 8 a 12 folículos comecem a
crescer nos ovários
− Um ou mais desses folículos amadurece e é ovulado no 14º dia do ciclo, o
restante sofre atresia
− Durante o crescimento dos folículos é secretado estrogênio.
− Depois da ovulação, o folículo se desenvolve em corpo lúteo que secreta
estrogênio e progesterona
− Após 14 dias, o corpo lúteo degenera → cai os níveis de estrogênio e
progesterona → menstruação

Você também pode gostar