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DISCIPLINA:
ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DO ACERVO
ELABORAÇÃO:
Denizete Lima de Mesquita
Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI
Especialista em “Estado Movimentos Sociais e Cultura” pela Universidade
Estadual do Piauí – UESPI
APRESENTAÇÃO
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO MARANHÃO – CAMPUS CAXIAS
CURSO DE FORMAÇAO INICIAL E CONTINUADA – FIC
MODALIDAE PRONATEC DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA
PROFESSORA: DENIZETE LIMA DE MESQUITA
DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DO ACERVO
1. INTRODUÇÃO
A biblioteca existe para que aqueles que a procuram tenham suas necessidades de
informação satisfeitas, por isso a biblioteca deve:
Servir a sua comunidade, possibilitando a promoção de instrução e de difusão
cultural;
Realizar um conjunto de tarefas voltadas à seleção, à organização, à recuperação e à
disseminação da informação;
Estar pronta para oferecer as informações no momento em que são solicitadas;
Tratar e atender a todos indistintamente, com solicitude, educação e presteza.
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Em relação a forma de consulta dos materiais do acervo das bibliotecas, estes são
divididos em:
Obras de Texto – são livros que abordam os temas com profundidade, como por
exemplo: livros didáticos, livros técnicos e científicos, livros de cultura geral ou de
recreação;
Obras de Referência: são aquelas habitualmente usadas para consulta; geralmente
abrangem várias áreas do conhecimento, dando a cada tópico um tratamento
especial e são organizadas de acordo com um plano predeterminado, para facilitar a
localização de informações. As obras de referência mais conhecidas são:
Dicionário – publicação que reúne um conjunto de palavras de um
idioma ou de termos técnicos, em ordem alfabética, com seu
significado ou sua versão em outra língua;
Enciclopédia – publicação que abrange todos os ramos do
conhecimento e cujos temas são abordados em seus aspectos
fundamentais;
Bibliografia – publicação que informa sobre um determinado acervo ou
assunto, através de referências bibliográficas.
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2. NOÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO
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saúde, 611 para anatomia humana, 612 para fisiologia humana, 613 para saúde e segurança
pessoal.
Numerais arábicos são usados para representar cada classe na CDD. Um ponto
decimal segue o terceiro dígito em um número de classe, após o qual a divisão por dez
continua até o grau específico de classificação necessário.
Um assunto pode aparecer em mais de uma disciplina. Por exemplo, "vestuário" tem
aspectos que se encaixam em várias disciplinas. A influência psicológica do vestuário
pertence a 155.95, como parte da disciplina de psicologia; costumes associados ao vestuário
pertencem a 391, como parte da disciplina de costumes; e vestuário no sentido de moda
pertence a 746.92, como parte da disciplina das artes.
A hierarquia na CDD é expressa por estrutura e notação. Hierarquia estrutural
significa que todos os tópicos (exceto as dez classes principais) são parte dos tópicos mais
amplos acima deles. Qualquer nota referente à natureza de uma classe se mantém verdadeira
para todas as classes subordinadas, inclusive tópicos logicamente subordinados classificados
em números coordenados.
A hierarquia de notação é expressa pelo comprimento da notação. Números em um
determinado nível são geralmente subordinados a uma classe cuja notação tem um dígito a
menos; coordenados com uma classe cuja notação tem o mesmo número de dígitos
significativos; e superordenados a uma classe com números com um ou dois dígitos a mais.
600 Tecnologia
630 Agricultura e tecnologias relacionadas
636 Animal husbandry
636.7 Pecuária
636.8 Gatos
A partir das informações apresentadas, pode-se dizer que: “Cães” e “Gatos” são mais
específicos do que (isto é, são subordinados a) "Pecuária"; são igualmente específicos (isto é,
são coordenados com) entre si; e "Pecuária" é menos específico do que (isto é, é
superordenado a) “Cães” e “Gatos”. Às vezes, outros dispositivos devem ser usados para
expressar a hierarquia quando não for possível ou desejável fazê-lo por notação. Cabeçalhos
especiais, notas e entradas indicam relações entre tópicos que violam a hierarquia de notação.
A organização da Classificação Decimal de Dewey – CDD
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A versão impressa da edição integral mais recente da CDD, Edição 23, é composta das
seguintes partes principais em quatro volumes:
Volume 1
Novos recursos na Edição 22: Uma breve explicação dos recursos especiais e
alterações na CDD 23;
(B) Introdução: Uma descrição da CDD e sobre como usá-la;
(C) Glossário: Definições curtas dos termos usados na CDD;
(D) Índice para a introdução e o glossário;
(E) Manual: Um guia para a utilização da CDD que é composto basicamente de
discussões estendidas de áreas problemáticas na aplicação da CDD. As informações
no manual são dispostas pelos números nas tabelas e nos programas;
(F) Tabelas: Seis tabelas numeradas de notação que podem ser adicionadas aos
números de classe para oferecer maior especificidade;
(G) Listas que comparam as Edições 21 e 22: Realocações e números suspensos;
Números reutilizados.
Volume 2
(H) Sumários da CDD: Os três principais níveis da CDD;
(I) Programas: A organização do conhecimento de 000 a 599.
Volume 3
(J) Programas: A organização do conhecimento de 600 a 999;
Volume 4
(K) Índice relativo: Uma lista alfabética de assuntos com as disciplinas em que são
tratados, suborganizados alfabeticamente sob cada entrada.
A CDD é divida em 10 classe e classes principais: 0/9, que abrangem todo o universo
do conhecimento e dos empreendimentos humanos. A classe principal 000 é destinada a obras
genéricas sobre muitos assuntos ou aspectos, a partir de diferentes pontos de vista. São
exemplos desses tipos de assunto os jornais, as enciclopédias, os periódicos gerais.
A classe 000 abrange também certas disciplinas especializadas que, embora
dedicando-se a uma disciplina específica, tratam do conhecimento de forma geral, como
Ciência da Informação, Comunicação, Ciência da Computação, Biblioteconomia e
Jornalismo.
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Cada uma dessas dez classes principais consiste de uma disciplina principal ou grupo
de disciplinas intimamente relacionadas entre si, e estão distribuídas da seguinte forma:
000 GENERALIDADES
100 FILOSOFIA E DISCIPLINAS AFINS
200 RELIGIÃO. TEOLOGIA
300 CIÊNCIAS SOCIAIS
400 FILOLOGIA. LINGÜÍSTICA
500 CIÊNCIAS PURAS
600 TECNOLOGIA (CIÊNCIAS APLICADAS)
700 ARTES
800 LITERATURA
900 GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CIÊNCIAS AFINS
Além das classes principais, a CDD também conta com as TABELAS AUXILIARES,
que representam conceitos que podem, virtualmente, ocorrer associados a qualquer assunto
das dez classes principais.
1. SUBDIVISÕES PADRÃO
2. SUBDIVISÕES DE ÁREA
3. SUBDIVISÕES DE LITERATURAS INDIVIDUAIS
4. SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS INDIVIDUAIS
5. SUBDIVISÕES RACIAIS, ÉTNICAS, NACIONAIS
6. SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS
7. SUBDIVISÕES DE PESSOAS
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Figura 2 – H. La Fontaine
mil subdivisões;
1905-14 – lento crescimento do Instituto;
1914-18 – Atividades paralisadas em decorrência da I Guerra Mundial;
1920 – Instituto é despejado de suas instalações para dar lugar a evento internacional;
1923 – Reorganização do Instituto por Otlet e La Fontaine na Holanda;
1927-33 – Classification Decimale Universelle com 40 mil subdivisões;
1931 – Instituto Internacional de Documentação;
1937 – Federação Internacional de Documentação;
1988 – Federação Internacional de Informação e Documentação;
1992 – Cria-se o Consórcio CDU (UDC Consortium) responsável da manutenção do
MRF – Master Reference File;
2002 – Fim das atividades da FID – o legado permanece: a Classificação Decimal
Universal.
Originalmente, a CDU foi publicada e divulgada por meio de edições ou de versões
conforme descrito nas seções a seguir:
Desenvolvidas: em vários idiomas, a única completa é a terceira edição em alemão.
Tem dez edições sendo a nona edição traduzida para português;
Médias: em 1962 inicia-se sua preparação para servir de meio termo entre a
desenvolvida e a abreviada. As edições médias têm 25% da desenvolvida. Atualmente
há três edições médias: em alemão, em francês e em português, tradução feita pelo
IBICT em 1972;
Abreviadas: atingem 10% das edições desenvolvidas, dando o verdadeiro sentido
universal da CDU. Traduzidas em 16 línguas;
Condensadas: dão uma visão de conjunto da classificação. Traz 2,5% da edição
desenvolvida.
Especiais: apresentam uma ou algumas classes relacionadas;
Parciais: extraída das desenvolvidas são como que separatas com ou sem acréscimo
dos Projetos de extensões ou de assuntos afins.
Em relação a atualização e correção, a CDU modifica-se constantemente sofrendo
acréscimos e correções, mas como norma, os símbolos cancelados não são utilizados durante
dez anos. A FID (Federação Internacional de Informação e Documentação), detentora dos
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Direitos Autorais da CDU até o fim do século XX foi responsável pelas extensões e correções
das edições. Em 1992, prevendo um futuro incerto e a necessidade de ampliar suas parcerias
para a manutenção da CDU, a FID transferiu os Direitos Autorais da CDU para uma
organização chamada Consórcio CDU (UDC Consortium – UDCC) sediada na Holanda e que
reúne membros holandeses, ingleses, franceses, japoneses e espanhóis.
Em relação à estrutura das tabelas da CDUA, estas são divididas da seguinte forma:
0 Generalidades. Ciência e Conhecimento. Organização. Informação. Documentação.
Biblioteconomia. Instituições. Publicações;
1 Filosofia. Psicologia;
2 Religião. Teologia;
3 Ciências Sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração Pública.
Forças Armadas. Assistência Social. Seguro. Educação. Folclore;
4 Vaga;
5 Matemática, Ciências Naturais;
6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia;
7 Artes. Recreação. Diversões. Esportes;
8 Língua. Lingüística. Literatura;
9 Geografia. Biografia. História.
Esta é a espinha dorsal que representa os conceitos contidos nas dez classes da CDU.
Atualmente a CDU possui nove classes sendo oito especiais e uma geral. A classe 4 está vaga
desde 1960 (incorporada para a classe 8) e está reservada a futuras expansões.
O ponto decimal - para quebrar as extensões dos números e facilitar sua leitura, o
sistema adotou o emprego do ponto decimal de três em três algarismos. Portanto o valor
classificatório do ponto é apenas simbólico.
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3. NOÇOES DE CATALOGAÇÃO
Atualmente, os catálogos mais usados são: manuais (ficha padrão de 7,5 x 12,5 cm), ou
automatizados. Eles também podem ser coletivos, isto é, permitem a localização de
documentos de várias bibliotecas, ou catálogo específico de uma única biblioteca.
Independentemente do tipo de catálogo adotado pela biblioteca é necessário que ao se
preparar o catálogo preste-se atenção nos seguintes itens: uniformidade das informações;
economia na preparação e na manutenção economizando recursos e tempo; atualidade, não se
esquecendo que o catálogo deve estar plenamente de acordo com o acervo, sempre atualizado
(MEY, 1995). Além disso, ser de fácil manuseio, consulta e manutenção e tendo como
requisitos, segundo Mey (1995, p. 10):
flexibilidade, que permite inserção de representações de novos itens; exclusão de
representações de itens descartados ou perdidos e mudanças nas representações,
quando
necessário;
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3.1.1 Formas
Quanto à forma em que se apresenta, o catálogo pode ser: em fichas, em livro, em
folhas soltas e online e os principais requisitos necessários para que os catálogos de biblioteca
cumpram suas funções são:
a) ser flexível, isto é, permitir que novas entradas sejam acrescentadas, assim como
facilitar o descarte das entradas dos livros eliminados ou extravios;
b) estar sempre atualizado, para fornecer informações recentes e satisfatórias aos
usuários;
c) reunir as entradas semelhantes;
d) permitir a mudança de entradas em virtude de correções na classificação ou na
própria catalogação;
e) ser processado de forma harmoniosa, coerente e constante, respeitando
rigorosamente os princípios adotados;
f) ser tão acessível quanto possível;
g) ser fácil de aprender a usar.
Catalogo em fichas - já foi o mais comum em bibliotecas. Nele, os dados sobre cada
obra são transcritos em uma ficha do tamanho padrão 7,5 cm x 12,5 cm. As várias
fichas, ordenadas de modo predeterminado, são conservadas em gavetas de dimensões
apropriadas; ao móvel constituído de gavetas para as fichas dá-se o nome de fichário.
Catálogo em livro, é aquele em que os itens da coleção aparecem relacionados, um
após o outro, em folhas de papel, presas às outras por uma das margens, como se fosse
um livro. Geralmente, falar em catálogo em livro, é referir-se a catálogos impressos,
dois quais existem vários exemplares, podendo ser consultados e conservados
facilmente, fora do recinto da biblioteca. Assim sendo, o catálogo em livro é mais
acessível, insto é, mais fácil de ser consultado pelos usuários, que podem dispor de
exemplar na sua própria casa, desde que autorizado pela biblioteca e que a biblioteca
forneça cópias do catálogo.
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É, porém, uma forma mais dispendiosa de organização, exigindo, para sua compilação,
um catálogo original em fichas, além dos gastos com a confecção e edição no formato
de livro.
Catálogo em folhas soltas - muito popularizado em meados do século IXI. Como o
nome diz, é um catálogo em folhas removíveis, manuscritas, datilografadas ou
impressas. Essas folhas podem ser substituídas, permitindo assim supressões,
correções e acréscimos, o que o torna flexível.
Catalogo Online é de acesso público, também denominado OPAC (Online Public
Access Catalog) é atualmente a forma mais adotada pelas bibliotecas que adquirem
softwares gerenciadores de dados e serviços que permitem o acesso via web.
Dentre as suas principais vantagens, sobre as demais formas de catálogo, estão dois
benefícios do acesso remoto em rede e da interface gráfica que possibilitam maior iteração
entre os usurários e o sistema.
3.1.2 Finalidade
Quanto à finalidade de que objetivam, os catálogos podem ser principais quando
destinados ao público leitor, ou auxiliares quanto destinados ao pessoal técnico especializado
da biblioteca.
A deficiência de uma biblioteca somente poderá ser avaliada através do conjunto de
catálogos principais e auxiliares que, hoje, obedecem a um plano convencional.
Catálogos principais - de acordo com suas funções, os catálogos principais podem ter
vários tipos:
De autor
O catálogo de autor ou onomástico reúne as entradas principais e secundárias de autor,
em ordem alfabética, sejam eles individuais ou coletivos, e as remissivas, numa só ordem
alfabética. A palavra autor é tomada no sentido.
De título
Catálogo de título é o que reúne todas as entradas principais e secundárias de título,
mais as remissivas, todas obedecendo a uma única ordem alfabética.
De assunto
Catálogo de assunto, ideográfico ou metódico é o que arrola as obras de acordo com
seus assuntos, isto é, segundo o conteúdo de cada uma. É o catálogo de maior utilidade numa
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biblioteca, pois facilita ao leitor a procura das obras sobre um determinado assunto e matérias
correlatas.
Dicionário
O catálogo que apresenta, numa única ordem alfabética, as entradas de autor, título e
assunto, chama-se catálogo dicionário. Mas, apesar do hábito de se dizer que o catálogo
dicionário reúne todas essas fichas numa única ordem alfabética, na realidade, quanto maior o
número de fichas que ele inclua, maior o número de ordens alfabéticas. São, portanto, ordens
dentro de ordens, podendo esses agrupamentos alfabéticos ser de dois tipos: palavra por
palavra letra por letra.
Cronológico
Há ainda, o catálogo cronológico, não usualmente empregado por bibliotecas, em
geral, e sim por entidades particulares e editoras, pois serve para mostrar as obras de cada
época ou de cada ano.
Geográfico
Quando o catálogo adotado divide as obras pelos respectivos países de origem e
regiões geográficas, chama-se geográfico. Não é considerado um catálogo de importância
primordial, no entanto, este catálogo e o cronológico são de grande valor para incunábulos
(obras impressas no decorrer do século XV).
Sistemático
No catálogo sistemático, classificado ou metódico, os cabeçalhos de assunto são
representados por símbolos de classificação e arrumados de acordo com a sequência do
sistema de classificação adotado, abrangendo todo o conhecimento humano, dividindo-o em
classes. Por isso mesmo, tem sido preferido por associações de profissionais, departamentos
culturais e grandes bibliotecas especializadas. Apresenta fichas numa disposição igual à dos
livros nas estantes, mas, a cada obra, correspondem tantas fichas quantos os assuntos em que
ela foi classificada.
Catálogos auxiliares
Os catálogos auxiliares são instrumentos indispensáveis numa biblioteca, sem eles,
tornar-se-ia impossível o controle das obras da mesma. Como os principais, eles variam
conforme as exigências dos vários serviços da biblioteca.
De registro
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Noções de alfabetação
Faz parte das principais tarefas do auxiliar de biblioteca a alfabetação em fichas
bibliográficas que deverão compor os catálogos acima descritos, que poderão ser adotados
pelas bibliotecas.
Assim, faz-se necessário conhecer as regras básicas de alfabetação que são
indispensáveis ao estabelecimento da uniformidade nos catálogos. Em alguns casos haverá
exceções, as quais deverão ser determinadas pelo (a) bibliotecário (a).
No entanto, as regras básicas de acordo com a NBR 6033 de agosto de 1989, onde a ordem
usada baseia-se no alfabeto português de 23 letras, acrescido das letras k, w, y, totalizando 26
letras, seguindo a sequencia (A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z).
As letras de alfabetos não-latinos são transliteradas segundo as normas estabelecidas
para cada caso e as letras modificadas por acentos e sinais são alfabetadas sem se levar em
consideração as modificações,
assim ä a l ñ ü são a l n o u.
P.ex.: Müller = Muller
Os prefixos e abreviaturas são alfabetados como palavra isolada, quando ligados ao
nome que o antecedem, sem espacejamento, formam uma só palavra.
Darby.
Darras
De, S.C.
DE Andrea
Os prefixos e as abreviaturas com omissão de letras são ordenados exatamente como estão
escritos.
MacBrides, M .
M acCarthy, J.
M ackay
M arshall, C .
McFarland
As iniciais e siglas devem ser consideradas como um todo e antecedem as letras e
palavras iguais não usadas como iniciais ou siglas.
P.ex.: ASA
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IFMA – CAXIAS
Biblioteca “Espaço de cidadania”
Carimbo de registro
Deve ser preferencialmente no verso da folha de rosto e apresentar espaço para colocar
data, número de tombo atribuído pela biblioteca e/ou software de gerenciamento de
acervo adotado, Numero de classificação, Cutter e demais informações consideradas
importantes.
IFMA – CAXIAS Biblioteca “Espaço de cidadania”
CDD/CDU: ___________
CUTTER: ________
Tombo: _______ Data__/___/____
Vale lembrar que cada instituição é livre para elaborar os carimbos que melhor
traduzam as informações que são consideradas importantes, porém preza-se pelo bom
senso no sentido de não confeccionar carimbos com muitas informações para não
prejudicar a leitura das informações ao carimbar os livros, bem como padronizar os
carimbos para que possam ser facilmente reconhecidos.
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Posição para
inserir o
código de
barras
Figura 01 Figura 02
Após o processo de preparação física do item, este deverá ser organizado nas estantes,
de acordo com o número de chamada, ou seja, o código de classificação e de autor que consta
nas etiquetas. Sendo assim, a sequência das obras seguirá a lógica da classificação, serão
agrupados por área do conhecimento.
Manter o acervo organizado é de suma importância para recuperar a informação
solicitada pelo usuário, por isso deve-se fazer sempre a leitura das estantes para recolocar
alguma obra que por ventura esteja fora do lugar, principalmente quando se tratar de
biblioteca de livre acesso.
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REFERÊNCIAS
SOUZA, Sebastião de. 2002. CDU: guia para utilização da edição-padrão internacional em
língua portuguesa. 3.. Brasília : Thesaurus, 2012.
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