Você está na página 1de 3

Caso Concreto 1

Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através


de diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o
portador decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não
foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou
em sua defesa que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título
de um menor, o qual não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia
de endossos. Diante dessa situação hipotética, pergunta-se:

a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante?

R: Não, uma vez que a participação do menor não prejudica a cadeia do


endosso, pois todos estão coobrigados.

b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela?

R: Princípio da autonomia, já que as obrigações no caso em questão são


autônomas e independentes.

QUESTÃO OBJETIVA 1: São princípios gerais dos títulos de crédito:

a) literalidade, forma e causa.

b) forma, causa e abstração.

c) negociabilidade, anterioridade e literalidade.

d) modelo, cártula e autonomia

e) cartularidade, literalidade e autonomia

QUESTÃO OBJETIVA 2: Quanto à classificação dos títulos de crédito, é


incorreto afirmar:

e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não


causais, visto que não dependem de causa específica para serem emitidos

JURISPRUDÊNCIA

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MUNITÓRIA EMBASADA EM CHEQUES.


SEMTEMÇA DE PROCEDÊNCIA. APELO DA RÉ. CONTRARRAZÕES DA
AUTORA. OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. INCORRÊNCIA.
MOTIVOS DA INSURGÊNCIA DA RÉ, CLARAMENTE APRESENTADOS.
AUSÊNCIA DE RELAÇÃO NEGOCIAL COM A AUTORA E LITISCONSÓRCIO
PASSIVO NECESSÁRIO DA BENEFICIÁRIO NOMINALDOS
CHEQUES.INSUBSISTÊNCIA. REGULAR ENDOSSO EM BRANCO, QUE
PERMITI AO PORTADOR EXIGIR O VALOR DOS TÍTULOS, DE QUALQUER
UM DOS INTEGRANTES DA CADEIA DE ENDOSSO PODENDO, AO SEU
LIVRE ARBÍTRIO, DEMANDAR INDIVIDUALMENTE OU CONJUNTAMNETE,
SEM BENEFÍCIO DE ORDEM. EXEGESE DO ART.51 DA LEI 7.357/85 [...]
consoante se infere da interpretação sistemática dos arts. 47 e 51 da lai de
cheques, bem como do art. 275 da codificação civil, é dado ao portador do título
exigir o pagamento correspondente de qualquer dos devedores solidariamente,
sem que se possa alegar o benefício de ordem. Na espécie, inexiste nulidade
pela falta de chamamento ao processo dos endossantes coobrigados,
porquanto a responsabilidade do emitente pelo adimplemento das cártulas não
é condicionada à integração dos demais devedores à lide.

(TJ-SC-AC: 03048393920168240019 Chapecó 03044839-39.2016.8.24.0018,


Relator: Bettina maria Maresch de Moura, Data do Julgamento: 10/09/2019,
Segunda Câmara de Direito Comercial).

DOUTRINA

[...] Pode, portanto, escolher se dirigirá a execução contra todos ou contra


apenas um ou alguns escolhendo entre os coobrigados aquele(s) contra o(s)
qual(is) o fará. Tendo feito sua escolha, a ação que seja dirigida contra um ou
alguns não impede que sejam os outros demandados posteriormente, mesmo
que se tenha obrigado posteriormente àquele. Se um dos coobrigados efetua o
pagamento do cheque, sub-roga-se no direito do credor a quem pagou, tento o
mesmo direito de executar os que tenham obrigações que lhe sejam anteriores,
ou seja, o emitente e os endossantes anteriores a si, bem como grau na cadeia
de coobrigados, as relações entre si reger-se-ão pelas normas das obrigações
solidárias.

MAMADE, Gladston. Títulos de Crédito / Gladston Mamede, - 11. Ed.- São


Paulo: Atlas, 2019, p. 191.

Você também pode gostar