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1ª lição de Psicanálise

Método Catártico: Procedimento que o sujeito traz a nível CS, os sentimentos e emoções
reprimidos, o que possibilita o alívio emocional ou limpeza da mente.

Afeto: Carga emocional

Ab-reação: Descarga emocional

Catarse: Limpeza

Sintomas da Anna O. e as respectivas Cenas Patogênicas: Hidrofobia (cão bebendo água no


copo); Perturbações Visuais e Alterações dos Globos Oculares (desviou o olhar choroso do pai
e aproximação do relógio); Paralisia e Braço Adormecido (sonho da serpente que descia para
atacar o pai); Alucinações (cobras e caveiras decorrente dos dedos e contemplação das
unhas); Esquecimento da Língua Materna (oração que não conseguia lembrar).

Como Breuer removeu os sintomas da Anna O: Repetindo suas palavras, murmuradas em


suas crises de absences, durante a hipnose forçando ela a fazer associações de ideias,
reproduzindo e reconstruindo as lembranças das Cenas Patogênicas, levando-a exteriorização
emocional e a cartase.

Talking Cure: Alívio por meio da fala.

Cena Patogênica: Os acontecimentos traumáticos, que são reprimidos e surge sintomas


histéricos.

‘’Os histéricos sofrem de reminiscências’’: Pois seus sintomas são reminiscências. Eles são as
sobras de experiências traumáticas manifestada na consciência, que aliena o sujeito no
presente, mantendo-o aprisionado nas experiências esquecidas do passado.

Observações do Breuer que desvendou a origem e ‘’cura’’ dos sintomas da Anna O:

- Nos acontecimentos patogênicos ela reprimiu as emoções, o que transformou em sintomas


físicos. Portanto, para a cura ela deveria reconstruir esses acontecimentos na hipnose e
exteriorizar as emoções.

- Descoberta da divisão da mente, CS e o estado mental hipnoide (ICS).

Conversão Histérica: mecanismo de defesa que o ego utiliza que converte as emoções
reprimidas em sintomas físicos.

2ª Lição de Psicanálise

As concepções apresentadas por Charcot sobre Histeria: Apresenta uma concepção biológica.
Organicista, fruto de uma degeneração do sistema nervoso. Derrubou o mito da histeria ser
tipicamente feminina.
As concepções apresentadas por Janet (discípulo de Charcot) sobre Histeria: Ponto de vista
organicista. Seria decorrente de uma alteração degenerativa do sistema nervoso, manifestada
por meio de uma fraqueza Congênita, que impede a integração das ideias na mente.

Razões que Freud abandonou a Hipnose no tratamento de Histeria: Impossibilidade de


hipnotizar todas; Constatação de não oferecer a cura completa dos sintomas.

Experiência de Bernheim: Ele demonstrou que as pessoas no sono hipnótico executavam


diversas ordens, aparentemente se esqueciam dessas ordens, sendo possível relembra-las em
estado normal por meio da insistência.

Como Freud desvinculou o Método Catártico da Hipnose: Baseado na experiência de


Bernheim, abandonou a hipnose e passou a usar a sugestão, pressionando a testa de suas
pacientes para força-las a se lembrarem dos acontecimentos esquecidos.

Ao utilizar a sugestão (pressão na testa) Freud descobriu a Resistência.

Resistência: Barreira defensiva, que impede o ICS de se tornar CS.

Repressão (recalque): Força que excluiu da consciência os acontecimentos traumáticos por


serem incompatíveis com os valores morais, expulsando-os para o ICS. É o mecanismo
responsável pela formação dos sintomas.

Construção do Sintoma e sua Representação: É um conflito psíquico entre um desejo


reprimido, que é impedido de retornar ao CS por uma força defensiva. O sintoma surge
realizando disfarçadamente o desejo reprimido. O sintoma é a solução do conflito entre o
desejo e defesa que foi chamado de formação de compromisso.

Soluções para os Desejos Reprimidos libertados por meio do tratamento psicanalítico:

- Aceitação: Reconhecimento de que a repressão deveria ter ocorrido, e o desejo pode voltar
na consciência sem produzir ameaça ou sofrimento.

- Julgamento de Condenação: Considera justa a repressão ocorrida no passado, porém no


presente, a substitui mantendo o desejo sobre controle CS, pois apresenta uma maturidade
egóica.

- Sublimação: Canaliza a energia dos desejos sexuais infantis para alvos mais elevados,
socialmente aceitáveis. Os instintos sexuais permutam sua finalidade sexual por uma
finalidade de maior valor social.

3ª Lição de Psicanálise

Princípio do Determinismo: Nada acontece por acaso. Todos os eventos mentais não são
casuais. Trata-se do princípio da causalidade.

Complexos: Palavras ou ideias investidas com uma carga emocional que giram em torno de um
determinado tema.
Chiste: Forma de exprimir indiretamente por meio de alusões conteúdos de natureza hostil e
sexual que não podem ser expressos diretamente.

Associação livre: Regra da psicanálise. O paciente se expressa livremente e espontaneamente


tudo aquilo que lhe venha a mente. Por meio da associação livre que se dá uma comunicação
do paciente com o analista.

Funções do Sonho: Guardião do sono e realização alucinatória de desejos reprimidos.

Conteúdos dos Sonhos:

- Conteúdos Manifestos: São CS, nossas lembranças, o que relatamos.

- Conteúdos Latentes: São ICS, estão ocultos no conteúdo manifesto. Também conteúdos que
foram reprimidos na infância.

Sonhos de Natureza Infantil: Sonhos simples, não tem enigma. Não existe censura. O
conteúdo manifesto é semelhante aos conteúdos latentes.

Sonhos de Natureza de Adulto: São confusos, desconexos, enigmáticos. Existe censura. O


conteúdo manifesto é um sintoma, o substituto do conteúdo latente. No sonho um resto
diurno se liga a um desejo reprimido na infância, assim, realiza disfarçadamente um desejo
reprimido.

Elaboração Onírica: processo que transforma os pensamentos latentes ICS do sonho em


pensamentos manifestos CS. Constituídos pelos mecanismos do deslocamento, condensação e
simbolismo.

Deslocamento: Substitui uma ideia ICS de grande peso emocional por outra ideia CS de menor
peso emocional. Ex: Desejo de matar o pai (ICS), pode aparecer por meio de uma ideia CS que
aparece no sonho manifesto estar matando um leão.

Condensação: Agrupamento de várias ideias ICS para formar uma única ideia CS. Ex: Peixe +
mulher = sereia. O conteúdo manifesto representa a condensação entre o desejo e a defesa,
representa o todo pela parte.

Simbolismo: Constitui a representação indireta e figurada de conteúdos ICS, como podem ser
encontrados nos mitos, contos de fadas, na arte, etc.

Atos Falhos (parapraxias): Exprimem intenções que devem ficar ocultas da consciência.
Realizam disfarçadamente os desejos reprimidos. A análise desses acontecimentos pode levar
ao descobrimento da parte oculta da mente.

Ponto de Vista Tópico: Modelo teórico proposto por Freud que divide a mente.

1ª Tópica: Teoria topológico, CS, PCS, ICS.

2ª Tópica: Teoria estrutural, Id, Ego e Superego.

CS: O aqui e agora. Ocupa a periferia da mente. É basicamente perceptiva, não tem função de
arquivo.
PCS: Sistema da mente que inclui todas as lembranças que podem ser recuperadas
voluntariamente.

ICS: Região da mente que contém os conteúdos esquecidos, recalcados e hereditários.

4ª Lição de Psicanálise

Libido: Impulso sexual que está presente desde o inicio da vida. Ele tem uma satisfação não
subordinada a genitalidade, que foi denominada de satisfação perversa.

Fases do Desenvolvimento Psicossexual: Oral; Anal; Fálica; Período de Latência e Genital.

Perversão: Desvio de conduta sexual que não visa a genitalidade, substituindo a finalidade
genital para ele próprio. Ex: Exibicionismo, voyeurismo, etc.

5ª Lição de Psicanálise

Transferência: Processo pelo qual o paciente consagra ao analista uma série de sentimentos,
sendo eles positivos ou negativos, de forma ICS e esquecidas. O paciente cria um vínculo
neurótico com o analista.

Contratransferência: Reação emocional que o analista experiência na sua relação com o


paciente. São todos os sentimentos que surgem no analista em decorrência da transferência.

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Instinto: Padrão de comportamento pré-determinado, fixado pela hereditariedade.


Necessidade.

Pulsão: Processo dinâmico que gera uma pressão, que leva o indivíduo buscar os meios para
que possa ser descarregada, produzindo alivio do indivíduo, o prazer, a satisfação.

Componentes da Pulsão:

- Fonte: Origem biológica, corporal, zona erógena.

- Pressão: A intensidade como essa força atua sobre o indivíduo.

- Finalidade/Objetivo: A descarga ou satisfação.

- Objeto: Tudo aquilo que serve para satisfazer a pulsão. Pode ser parcial, total, imaginário,
real, outra pessoa, a própria pessoa, etc.

Elementos da Representação da Pulsão:

- Elemento Qualitativo: Representante ideativo (ideia, fantasia, história, lembrança, etc).

- Elemento Quantitativo: Afeto (carga emocional que acompanha o representante ideativo).


1ª Teoria Pulsional: Pulsão de Auto-Conservação X Pulsão Sexual

- Pulsão de Auto-Conservação: Pulsão do ego, instinto, necessidade. Responsáveis pela


conservação biológica (fome, etc). Regida pelo princípio de realidade, necessita de objetos
externos para sua satisfação.

- Pulsão Sexual: Libido. Responsáveis pela perpetuação da espécie. Não necessitam de objetos
externos para sua satisfação. Regida pelo princípio do prazer. O protótipo é o amor.

Consequências dessa Teoria: Anaclisia (apoio) e Pulsão Sexual Parcial (impulsos presentes
desde sempre sem necessidade para a procriação).

Como as Pulsões de Auto-Conservação se opõem e colaboram entre si:

- Colaboção: Anaclisia significa que a pulsão sexual encontra seu suporte na pulsão de auto-
conservação, e ambas na mesma região. Ex: A boca ingere os alimentos e serve para beijar.

- Oposição: Quando a região das duas pulsões, também passa a ser o lugar do sintoma. Ex: Se
as pulsões orais contaminarem a região podemos encontrar transtornos alimentares.

Narcisismo: Etapa precoce do desenvolvimento psicossexual que se caracteriza por um esboço


do ego e por um investimento libidinal. A libido investe no ego, antes de uma parte ir para o
mundo externo. O ego é o reservatório da libido, envia e recebe.

2 Tipos de Investimento Libidinal: Libido do Ego (investimento em si próprio); Libido do


Objeto (investimento externo). Existe uma balança energética entre elas, quanto uma
aumenta a outra diminui.

2 Tipos de Escolha Objetal:

- Escolha Anaclítica: A mulher que nutre, o homem que protege. As pessoas que escolhemos
como objeto de amor representam o prolongamento das figuras parentais. São eles que
fornecem o protótipo do objeto sexualmente satisfatório. (Mamãe e Papai)

- Escolha Narcísica: Modelo de relação que o individuo estabelece consigo mesmo. A própria
pessoa fornece o protótipo do objeto sexualmente satisfatório. O que se é
(homossexualidade); O que se foi (feita pelo perverso); O que se gostaria de ser (amor
platônico) e Alguém que um dia fez parte da própria pessoa (na psicose).

Narcisismo Primário X Narcisismo Secundário:

- Primário: Libido em si mesmo antes de ir para o externo. Trata-se de um período anterior da


construção do eu depois que surgiu a 2ª tópica. Protótipo é a vida intra-uterina.

- Secundário: Retirada da libido que após investir no objeto, volta para o próprio eu
reivestindo-o. (Quando não se consegue manter um relacionamento muito tempo é por esse
motivo, o que deveria investir no outro volta para si).
Compulsão à Repetição: Repetição das situações dolorosas do passado. Ex: No brinquedo da
criança, nos conflitos psíquicos, nas neuroses traumáticas, na transferência dos neuróticos.
(Teorização da Pulsão de Morte).

2ª Teoria das Pulsões:

- Pulsão de Vida: Eros, forças facilitadoras da vida, toda atividade mental ligada ao amor,
bondade, etc. Elas unem. Inclui a 1ª Teoria Pulsional, auto-conservação e sexualidade.

- Pulsão de Morte: Thamatos, forças destrutivas da vida, toda atividade mental ligada ao ódio,
inveja, etc. Elas separam, atacam.

Consequência: Fusão (pulsões de vida e morte juntos) e Desfusão (pulsões de vida e morte
separados, muito intensos).

2ª Tópica – Teoria Estrutural

ID: Polo pulsional da personalidade, psicobiológico, é ICS. Em parte hereditários e inatos e em


parte construído pelos conteúdos recalcados. Sede dos desejos, instintos e pulsões.
Assemelha-se ao ICS na primeira tópica. Do ponto de vista econômico é o reservatório da
energia psíquica. É irracional.

EGO: Polo central da personalidade. Do ponto de vista tópico ele tem uma dependência do
que o ID quer, das exigências da realidade e do que o Superego diz. É encarregado do
interesse total da pessoa e decide quais e como serão satisfeitas as exigências do ID, realidade
e superego. Responsável por todas as funções por todas as funções mentais do individuo com
a realidade, Ex: pensamento, controle mortor, etc. Do ponto de vista dinâmico, ele mobiliza os
mecanismos de defesa. E do ponto de vista econômico é responsável pela distribuição da
energia pulsional.

SUPEREGO: Herdeiro do Complexo de Édipo. Representante interno dos valores sociais,


normas, crenças, etc. Ele se constitui pela interiorização das exigências e das interdições
parentais. Censor do ego, decide o certo e errado. Consciência moral, autoconservação e a
formação de ideais são suas funções.

Mecanismos de Defesa

Sublimação: Processo através do qual a energia originalmente dirigida para propósitos sexuais
é direcionada para novas finalidades socialmente aceitas. Ex: Individuo que tem pulsões
agressivas e se torna um cirurgião; Um orador é a expressão sublimada de pulsões sexuais
orais.
Projeção: Quando aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro dele
para o meio externo. Atribui ao outro o que é seu. Ex: Uma pessoa arrogante que se diz
simpática, fala que a outra pessoa é arrogante.

Formação Reativa: Qnd o indivíduo exibe comportamentos, sentimentos, atitudes contrárias


aquilo que inconscientemente se rejeita. Conscientemente o sujeito apresenta uma atitude
oposta ao desejo reprimido que constitui uma reação contra ele. Ex: Crueldade = Paixão;
Hostilidade = Obediência. Não gostar de alguém e começar a temer que algo ruim o aconteça.

Isolamento: Consiste em separar um pensamento/ comportamento/ sentimento para não


entrar em contato com algo perturbador. Ex: Relatar fatos sem demonstrar sentimentos ou um
homem que se relaciona com prostitutas separando a ternura da sensualidade.

Anulação: Ações que tem por finalidade contestar ou desfazer um dano que,
inconscientemente a pessoa pensa que seus desejos possam causar, seja sexuais ou hostis. Ex:
Dps de ficar brava com o professor, começou a ter necessidade de rezar pelo seu bem estar.

Negação: Herdeiro do recalque. O sujeito desconsidera uma parte da realidade externa ou


interna, desagradável ou indesejável, seja por meio de uma fantasia de satisfação de desejos,
seja pelo comportamento. Tentativa de não aceitar na realidade um fato que perturba o ego,
para se proteger do sofrimento. Ex: Uma pessoa gorda que se diz ser magra.

Conversão: Quando um conflito psíquico se converte em expressões somáticas. Ex: Ficar,


inexplicavelmente, incapaz de emitir qualquer tipo de som após ver um cena assustadora.

Deslocamento: Quando transfere as características de um objeto para outro. Ex: Desejo de


matar o pai, sonha que matou um leão ou ser atacado pelo chefe e descontar na mulher.

Identificação: Quando o indivíduo assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do


outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo dessa pessoa. Ex: A mãe
falecida de uma menina era escritora policial, logo a menina tornou-se roteirista de filmes
policiais.

Racionalização: Quando o sujeito procura uma explicação coerente e plausível para uma
atitude, sentimento, etc..., cujo os motivos verdadeiros são outros. Ex: Bater no filho por estar
com raiva, mas dizer que é para o bem dele; Ir mal na prova e dizer que é pq não teve tempo.

Repressão/Recalque: Excluir conteúdos traumáticos do CS para o ICS. Ex: Não se lembrar do


assassinato dos pais que presenciou nova.

Idealização: Quando o sujeito atribui qualidades de perfeição a outro sujeito, ou seja, idealiza
o outro. Está ligado ao narcisismo (ideal do ego). As vezes é importante para poder confiar em
um médico por exemplo. Ex: paixão.

Regressão: Quando o sujeito se depara com um conflito que não consegue resolver, retorna
para antigas condutas. Ex: Correr para chorar no colo da mãe por estar brava e tirar nota baixa.

Fixação: Forma incompleta na evolução da personalidade. Ex: Criança continuar falando igual
um bebê e ter dependências da mãe que já deveria ter sido superado.

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