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DO INQUÉRITO POLICIAL
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e
terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995)
Titularidade
Polícia Civil (PC): polícia judiciária dos estados membros, subordinadas ao Governador.
(2) Territorial
(3) Material
Finalidade
Auxiliar o titular da ação penal (Ministério Público – crimes de ação pública – ou ofendido – crimes de ação privada)
na formação de sua opinio delicti (justa causa para a ação penal) :
Valor probatório/Produto do IP
Produto:
CPP
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
(...)
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por
lei seja cometida a mesma função.
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Professor Marcelo Adriano
Como regra, o Estado deve se responsabilizar pela obtenção dessas informações, que poderá ocorrer das seguintes
formas:
Parlamentar: CPI
Militar: IPM
Processo administrativo.
CESPE - 2013
1. A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não acarreta seu impedimento ou suspeição
para o oferecimento da denúncia.
2. Tanto o STJ quanto o STF entendem que a competência exclusiva da polícia judiciária para presidir o inquérito
policial não impede que o Ministério Público promova diligências investigatórias para obter elementos de prova
indispensáveis ao oferecimento de denúncia.
I - de ofício;
As requisições da autoridade judiciária ou do Ministério Público são exceções à discricionariedade, já que, salvo
manifesta ilegalidade, o Delegado de Polícia se vê obrigado a instaurar o inquérito policial.
Sendo crimes de ação penal incondicionada, qualquer pessoa pode requerer à autoridade policial a instauração de
o inquérito policial.
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito.
Delatio criminis
Atenção: segundo STF, somente é possível o início de investigação se houver outras informações além da denúncia
anônima, devendo a instauração do IP ocorrer apenas se forem encontrados outros indícios da ocorrência do crime,
o que significa dizer que não poderá haver abertura de IP exclusivamente fundado em denúncia anônima.
CESPE - 2013
A respeito do inquérito policial, julgue o item, tendo como referência a doutrina majoritária e o entendimento dos
tribunais superiores.
4. Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a instauração de
inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o corpo de
delito.
Prisão em flagrante
A prisão em flagrante e denominada notitia criminis de cognição coercitiva, pois, em regra, obriga o início do
inquérito policial.
Dispensável a instauração de IP pela autoridade policial competente, cabendo, no entanto, o relato circunstanciado
dos fatos em termo próprio e o seu encaminhamento imediato ao juizado com o autor do fato e a vítima,
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
Art. 33 - ...
[...]
Parágrafo único - Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de crime por parte do magistrado,
a autoridade policial, civil ou militar, remeterá os respectivos autos ao Tribunal ou órgão especial competente para o
julgamento, a fim de que prossiga na investigação.
5. A autoridade policial federal recebeu uma delatio criminis contra um magistrado federal, imputando-lhe a prática
de crime de corrupção passiva. Nessa situação, em face do requerimento da vítima, a autoridade policial deverá
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instaurar inquérito policial e, após relatá-lo com a conclusão das investigações, encaminhar os autos ao Tribunal
Regional Federal (TRF)
6. De regra, tratando-se de infrações penais de menor potencial ofensivo, é dispensável a instauração de IP pela
autoridade policial competente, cabendo, no entanto, o relato circunstanciado dos fatos em termo próprio e o seu
encaminhamento imediato ao juizado com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames
periciais necessários.
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Para início da persecutio criminis, deve haver manifestação de vontade da vítima ou que tiver qualidade para
substituí-la ou sucedê-la.
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de
quem tenha qualidade para intentá-la.
Para início da persecutio criminis, deve haver requerimento da vítima ou que tiver qualidade para substituí-la ou
sucedê-la.
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e
o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade
policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública.
CESPE - APF/PF/2014
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Com relação a crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a administração pública, julgue o item que se
segue.
7. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policial deverá determinar, se for caso, a
realização das perícias que se mostrarem necessárias e proceder a acareações.
Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
neste caso, rubricadas pela autoridade.
Indiciamento
Privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que
deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Deve ser feito durante o inquérito, não sendo possível, em regra, depois de iniciado o processo.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou
no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Federal:
1) Réu preso: 15 dias, prorrogáveis por uma vez por 15 dias, sendo a prorrogação devidamente autorizada por juiz,
pressupondo requerimento da autoridade policias;
2) Réu solto: segue a regra geral do CPP, ou seja: 30 dias, prorrogáveis por igual período, quando houver autorização
judicial, pressupondo requerimento da autoridade policial em casos de difícil elucidação.
Especiais:
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
Mediato: juiz;
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar
onde possam ser encontradas.
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do
inquérito.
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
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